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Setor de árvores cultivadas avança ritmo de produção durante primeiro semestre de 2022

Segmentos de celulose e papel registraram crescimento nos primeiros seis meses do ano

A produção do setor de árvores cultivadas segue avançando para atender à sociedade por meio de seus bioprodutos. De acordo com o Boletim Cenários Ibá, produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), no primeiro semestre de 2022, a produção de celulose cresceu 7,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a fabricação de papel demonstrou aumento de 3,1% na fabricação do produto.

“A indústria de produtos florestais caminha lado a lado com a nova economia verde que está sendo desenhada no Brasil e no mundo. As empresas do setor de árvores cultivadas desenvolvem mais de 5 mil bioprodutos essenciais para o nosso dia a dia como embalagens de papel, papel higiênico, fraldas, pisos laminados, painéis de madeira para móveis, entre muitos outros. Com tecnologia e inovação, os itens são alternativas sustentáveis aos de origem fóssil. Os consumidores estão exigindo produtos mais sustentáveis, sendo que o processo envolve desde os materiais e o modo de produção até a vida útil desses itens, como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Isso demonstra o quanto a indústria está pronta para atender as demandas da sociedade”, explica o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., direto executivo da Ibá.

Seguindo sua missão de prover bioprodutos para a sociedade de todo o planeta, a indústria de base florestal brasileira registrou avanços na exportação de todos os segmentos. Em valores, o setor trouxe divisas ao país que somaram US$ 5,5 bilhões entre janeiro e junho (+33,0%). Este resultado favoreceu a balança comercial do setor, que totalizou US$ 5,0 bilhões (+38,8%).

No período, a China continua sendo o principal destino das exportações de celulose produzidas no Brasil, chegando a US$ 1,5 bilhão negociados. A América Latina segue como principal comprador de papel do Brasil e somou US$ 966 milhões nas negociações do produto. A região também é o mercado externo que mais adquiriu painéis de madeira, que totalizou US$ 126,3 milhões.

Confira a seguir os indicadores de desempenho do setor de árvores plantadas durante o segundo trimestre de 2022, na 70ª edição do Cenários Ibá, boletim Indústria Brasileira de Árvores.

EDIÇÃO 70

Produção – No primeiro semestre de 2022, a produção de celulose alcançou 12 milhões de toneladas (+7,8%). A fabricação de papel também demonstrou avanço no mesmo período, com 5,4 milhões de toneladas, crescimento de 3,1%. Papéis para embalagem, que chegaram a 3,0 milhões de toneladas (+8,1%) e papéis para fins sanitários (+1,2%) foram destaques. Já carvão vegetal atingiu 1,8 milhão de toneladas (+4,4%).

Vendas Domésticas – As vendas de papel no Brasil no primeiro semestre totalizaram 2,7 milhões de toneladas. Os painéis de madeira, por sua vez, somaram 3,4 milhões de m³.

Exportações em volume – As exportações de celulose entre janeiro e junho somaram 9,0 milhões de toneladas, crescimento de 15,9%. O papel totalizou 1,3 milhão de toneladas comercializadas com outros países no mesmo período (+40,5%).

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SOBRE A IBÁ

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 49 empresas e nove entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Saiba mais em www.iba.org

Fonte: Ibá

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Setor florestal paranaense: uma história de mais de 50 anos

Paraná teve uma grande evolução na atividade florestal

Ao longo dos anos, o Paraná teve uma grande evolução na atividade florestal, por meio do incentivo e da pesquisa, o que garantiu que o Estado pudesse estabelecer um parque madeireiro forte. Para falar sobre essa evolução, o professor Albino Ramos, proprietário da Confal Consultoria Florestal Brasileira, empresa do grupo Index, foi um dos convidados do painel “O setor florestal: posicionamento e geopolíticas”, do 9º Workshop Embrapa Florestas/APRE. Em sua palestra, “Produção, escassez e mercados de madeira: uma visão de longo prazo”, Ramos fez um recorte da história do segmento nos últimos 50 anos, citando as oportunidades e desafios e passando também pelos trâmites necessários para que a atividade florestal pudesse acontecer.  

Segundo o professor, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) ajudou a escrever essa história, com um planejamento para que fosse possível plantar florestas no Estado. Na época, existiam incentivos fiscais, mas nem todos os interessados adquiriam áreas próprias ou faziam investimentos para poder implantar projetos. “Enquanto perdurou a política de incentivos fiscais, não havia crédito agrícola para empreendimentos florestais. Quem tinha interesse precisava se preparar e juntar recursos. Nos primeiros anos, tudo que podia improvisar foi improvisado”, contou.

Conforme Ramos lembrou, na década de 1970, a empresa Remasa foi constituída, reunindo empresários do setor, que adquiriam ações para participar do investimento. Nos anos seguintes, muita coisa ainda precisava ser organizada para alcançar resultados satisfatórios. Percebeu-se, por exemplo, que o Brasil era rico em florestas, mas não era considerado um país madeireiro. Ao analisarem o mercado, os empresários identificaram que países considerados madeireiros trabalhavam com madeira que a própria indústria plantou.

“A madeira utilizada vinha de florestas produzidas. Ou seja, um país só poderia começar a ser considerado madeireiro quando produzisse a própria matéria-prima, sem utilizar recursos disponíveis, porque isso iria causar exaustão. Dentro desse princípio, começamos a conversar com outros Estados. Houve organização. O reflorestamento no Paraná começou a ser distribuído para as empresas que, na época, chamávamos de verticalizadas, mas sempre voltado ao Eucalipto, Pinus e Araucária. Assim, conseguimos estabelecer um parque madeireiro. Todos os Estados que realmente apostaram nisso tiveram resultados positivos, com efeito nas políticas de reflorestamento, de conservação de solos e exportação. O governo federal recuperou tudo o que investiu em incentivos fiscais com os impostos que vem arrecadando com produtos de origem florestal”, destacou.

Ainda com relação à atividade no Paraná, a expectativa era de criar uma grande região florestal, um sistema em que florestas plantadas fossem dirigidas para determinados locais. Assim, o setor começou a pensar em dois grandes eixos, e o planejamento funcionava para aprovar as cartas-consultas para a indústria madeireira. Na avaliação dele, em 20 anos, essa política, que resultou em 700 mil hectares de florestas plantadas, poderia ter dado excelentes resultados, porque a madeira de pinus já estava entrando em serrarias e laminadoras. Mas, hoje, observa-se que o sistema de planejamento não era o ideal. “Foi no Estudo Setorial da APRE que conhecemos um sistema de polos e pudemos entender o que poderia ser feito para o futuro das florestas plantadas nesses locais. Esse trabalho da Associação foi a origem da minha palestra”, afirmou.

Segundo ele, a separação do Estado por polos florestais é algo semelhante ao que foi feito no passado, afastando a ideia de apenas uma grande região florestal. E, a partir dessa organização, Albino Ramos analisou os polos nos últimos anos, para apontar a evolução.

Durante a palestra, ele destacou as áreas plantadas de cada polo em 1986. Telêmaco Borba contava com mais de 143 mil hectares, sendo quase 107 mil de pinus; Sengés tinha uma área de 121 mil hectares; na Lapa, havia 62 mil hectares, sendo 48 mil de pinus; Guarapuava concentrava 89 mil hectares, sendo 74 mil com pinus; General Carneiro tinha 46 mil hectares; Vale do Ribeira alcançava 166 mil hectares; e em Ponta Grossa eram quase 82 mil hectares. Com base nesses números, Ramos ressaltou que o Paraná chegou a pouco mais de 709 mil hectares, sendo 583 mil de pinus (82%). Já em 2020, segundo o Estudo Setorial da APRE citado por ele, o Estado alcançou 847 mil hectares de florestas plantadas – 219 mil em Telêmaco Borba, 133 mil em Sengés, 80 mil na Lapa, 99 mil em Guarapuava, 119 mil em General Carneiro, 104 mil no Vale do Ribeira e 91 mil em Ponta Grossa. Vale ressaltar que, em breve, a Associação vai lançar a terceira edição do Estudo, com dados atualizados do setor e dos polos.

“O polo do Vale da Ribeira é uma área que merece atenção, por conta da topografia inclinada e das áreas de preservação. Se fizermos as análises e cálculos do passado, temos um limite de 75%, e isso é muito difícil de aumentar. Depois de uma colheita, é preciso replantar imediatamente, para que não se perca a terra passível de uso, já que, nessa região, a vegetação nativa cresce rápido, tanto quanto as florestas plantadas. Por isso, o planejamento da APRE está correto e é preciso se organizar. Precisamos trabalhar em nível de polos, pois, assim, os problemas são mais fáceis de serem resolvidos. Hoje, mais importante do que se discutir o local onde vamos expandir é discutir se está bom aonde chegamos e se vamos replantar em locais que já receberam plantação. As informações divulgadas servem para essa análise da situação de mercado”, concluiu.

Fonte: Embrapa Florestas

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Biomassa: risco de apagão de oferta mobiliza setor florestal em MT

Expansão da agroindústria elevou a demanda por eucalipto como fonte de energia, e pode faltar produto para atender a procura nos próximos anos

A expansão da agroindústria em Mato Grosso ampliou a demanda por madeira para a geração de energia, provocando uma redução significativa na área cultivada de eucalipto. Para os próximos anos, o setor alerta para o risco de faltar matéria-prima para atender a procura. 

Entre 2015 e 2019 houve uma redução de cerca de 30% na área de eucalipto no estado, de 176 mil para 129 mil hectares, segundo o Mapeamento da Produção Florestal de Mato Grosso.

O estudo, divulgado recentemente, foi feito pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) a pedido da Associação dos Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta-MT) em conjunto com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).

Estima-se que, apenas para atender à demanda das usinas de etanol de milho, sejam necessários 25 mil hectares de eucalipto por ano. Com a ampliação de algumas unidades e a perspectiva de instalação de novas plantas, esta necessidade pode triplicar nos próximos anos.

Plantios próprios de eucalipto

biomassa eucalipto

O eucalipto é a madeira mais utilizada para produção do cavaco, que irá alimentar as fornalhas das indústrias. O tempo de corte do plantio até a colheita é de pelo menos seis anos.

Segundo o levantamento, apenas 30% das agroindústrias instaladas no estado possuem plantios próprios para suprimento da biomassa demandada. Ou seja, a grande maioria depende do produto cultivado por terceiros.

Algumas empresas têm investido em programas de incentivo à produção florestal, com aportes financeiros, a taxa de juros zero – pagamento apenas na hora da colheita -, para tornar ainda mais atrativo o plantio.

Além disso, também há exemplos de investimento em fontes alternativas de energia, como o bambu, que pode ser cortado três anos antes do eucalipto.

Workshop Florestar 2022

Diante deste cenário, produtores, técnicos e indústrias têm se reunido em busca de soluções para o “futuro” problema. Um exemplo foi o Workshop Florestar 2022, realizado na última sexta-feira (19) em Cuiabá. 

Fruto de uma parceria entre a Arefloresta e o Senar-MT, o evento reuniu representantes de todo o setor para ampliar os debates sobre os riscos e, principalmente, as oportunidades decorrentes desta nova fase da agroindustrialização em Mato Grosso, puxada pelo crescimento da produção de etanol de milho.

Fonte: Canal Rural

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Abimci lança Estudo Setorial com números do setor industrial madeireiro no Brasil

Neste mês de agosto, a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) lançou o Estudo Setorial – 2022. O documento retrata a abrangência das atividades do setor industrial madeireiro nacional, apresentando panoramas atualizados dos principais segmentos de produtos de madeira processada, dados socioeconômicos, as contribuições do setor para a economia brasileira, bem como informações específicas de cada segmento de produto, trazendo uma visão dos cenários mundiais e nacionais, produção, consumo interno, exportações, entre outros.

O material permite uma real compreensão da importância da indústria de madeira processada mecanicamente para a economia nacional. “Os números apresentados deixam clara a participação do setor no número de empregos gerados, renda, tributos e a sua contribuição positiva no saldo da balança comercial. Em 2020, por exemplo, o número de empregos gerados pelo setor madeireiro foi de 158.972 postos. Quando computamos toda a indústria de madeira sólida que também engloba a indústria moveleira, atingimos 334.388 postos de trabalho. Já quando analisamos o setor de base florestal como um todo, que engloba as indústrias madeireira, moveleira, a silvicultura, os segmentos de papel e celulose, este indicador atinge 612.527 empregos. Com este cenário o setor que mais emprega é o de madeira sólida totalizando 55% de toda a força de trabalho do setor florestal nacional”, pontua o presidente da Abimci, Juliano Vieira de Araujo.   

A indústria de produtos de madeira processada mecanicamente tem um papel significativo no desenvolvimento econômico e social em diversas regiões do país. “O valor bruto da produção da indústria de madeira sólida, totalizou no ano passado, R$ 26,8 bilhões. Além disto, a balança comercial do segmento totalizou US$ 3,6 bilhões, o que representa 5,8% do total do país”, assinala o presidente da Abimci. Dentre os produtos de madeira sólida que mais se destacam nas exportações brasileira, estão: compensado de coníferas, madeira serrada de coníferas, molduras, portas de madeira, madeira serrada de folhosas, pisos e pellets.

No que refere a base florestal mundial, o Estudo Setorial mostra que atualmente, as florestas no mundo ocupam 4,0 bilhões de ha (hectares), sendo 3,74 bilhões de ha de nativas (93% do total) e 291 milhões de ha (7%) de plantadas. “O Brasil possui 12% do total mundial de cobertura florestal, ou seja 495 milhões de ha, o que correspondem a 60% do nosso território. Desta área, 485,4 milhões de ha (98,1%) são de florestas nativas e 9,5 milhões de ha (1,9%) de florestas plantadas, principalmente com as espécies eucalipto (7,5 mi de ha) e pinus (1,7 mi de ha). Estas florestas são a base de suprimento da produção da indústria de madeira processada mecanicamente”, pontua o presidente.       

Segundo o superintendente da Abimci, Paulo Pupo, os dados apresentados no Estudo Setorial Abimci 2022 mostram uma visão geral dos cenários e fatores que impactam as atividades madeireiras no Brasil e no mundo. “Eles nos permitem compreender os desafios atuais, que são abrangentes e complexos, seja no âmbito, comercial, da produção, do suprimento e políticas de meio ambiente, assim como em relação aos gargalos logísticos, cenários econômicos, novos investimentos, entre tantos outros temas. Essa gama de informações nos proporciona mais oportunidades para construirmos, de forma organizada e harmonizada, ações e agendas para dar suporte ao desenvolvimento dos negócios e a sustentabilidade das empresas madeireiras e de base florestal do Brasil”.

Estudo Setorial em números

O Estudo Setorial 2022 da Abimci está dividido em seis capítulos: Institucional, Tendências Econômicas, Florestas Industriais, Indústria, Mercado e Ações Prioritárias do Setor. Nele é possível encontrar diversos dados e análises sobre cada um dos segmentos de produtos madeireiros, dentre os quais, destacam-se: madeira serrada de coníferas, compensado de coníferas, compensado de folhosas, portas, molduras, pisos e pellets. Abaixo alguns resultados alcançados por cada segmento de produto:

Madeira serrada de coníferas – Em 2021, o Brasil produziu 8,2 milhões de m³ do produto. De 2015 para cá, o país vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional, tendo exportado mais de 3.2 milhões m³ em 2021. Na última década, as exportações tiveram bom desempenho, apresentando crescimento ao longo dos anos, no que se refere aos volumes embarcados.

Compensado de coníferas – O compensado de coníferas é um produto amplamente comercializado e utilizado no mercado global. Em termos de produção, o Brasil se encontra no quarto lugar no ranking mundial. Entre 2012 e 2021, o crescimento da produção anual brasileira vem mostrando aumento gradativo, atingindo 3,4 milhões m³ em 2021. O país é líder mundial nas exportações de compensado de coníferas de acordo com o crescimento acompanhado na última década.

Compensado de folhosas – A produção de compensado de folhosas tem mantido certa estabilidade desde 2014, mas comparativamente à década passada a produção atual se encontra em um patamar mais baixo, em torno de 290 mil m³, alcançado em 2021. As exportações também têm aumentado de forma proporcional ao longo dos últimos anos, passando o compensado de eucalipto, a contribuir com as estatísticas das exportações deste produto.

Portas – A produção nacional de portas de madeira tem maior caracterização para o consumo no mercado interno – em 2021 foram produzidas 7,6 milhões de unidades -, as exportações do produto têm mostrado avanço nos últimos anos, atingindo em 2021, 182,8 mil toneladas.

Molduras – O Brasil foi, em 2021, o principal exportador mundial de molduras de madeira, responsável por 19% do valor comercializado no mercado internacional, sendo os Estados Unidos o principal mercado importador. Na última década, a produção nacional tem se mantido relativamente estável e, em 2021, atingiu cerca de 980 mil m³.

Pisos – Os pisos de madeira atingiram no último ano, 7,3 milhões de metros quadrados produzidos. Uma boa parte da produção é consumida no mercado interno, mas as exportações também têm sido relevantes para o segmento, no último ano foram exportadas 82,2 mil toneladas do produto, sendo os Estados Unidos o principal mercado de destino das exportações.

Pellets – A produção de pellets tem se ampliado, no Brasil, nos últimos anos. A produção tem se ampliado, mostrando crescimento recorrente, atingindo 700 mil toneladas em 2021. Atualmente, parte da produção é direcionada para atender à demanda internacional, no entanto a demanda nacional cresceu nos últimos anos e estima-se que o consumo nacional do produto tenha sido de aproximadamente 357 mil toneladas em 2021 (51% da produção).

Fonte: ABIMCI

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Suzano e UNESP incentivam implantação do Sistema Agroflorestal em comunidades rurais de Selvíria (MS)

Projeto “Transição Agroecológica em Rede” incentiva a diversificação da produção, manejo sustentável e o associativismo entre agricultores familiares de três assentamentos

Agricultores familiares dos assentamentos Alecrim, Canoas e São Joaquim, no município de Selvíria (MS), deram início ao processo de migração para o Sistema Agroflorestal visando geração de trabalho e renda por meio do manejo sustentável e associativismo nas propriedades rurais. A iniciativa faz parte do projeto “Transição Agroecológica em Rede”, da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, em parceria com o grupo de extensão Guatambu, da UNESP (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) de Ilha Solteira (SP).

Iniciada no ano passado, a parceria tem colaborado para a implantação de 12 SAFs (Sistemas Agroflorestais) no Assentamento Canoas e o acompanhamento do manejo dos SAFs já implantados nos assentamentos Alecrim e São Joaquim, a maioria em sistema de mutirão, com a colaboração conjunta de diversas famílias.

“A Suzano acredita em gente que inspira e transforma. Por isso, temos incentivado iniciativas como esta que visam o fortalecimento da agricultura familiar, promovendo o manejo sustentável e a visão de associativismo entre os agricultores familiares. Acreditamos que essa troca de experiências e de boas práticas durante os mutirões, com acompanhamento especializado, é essencial para o aprendizado e crescimento das comunidades, visando, sempre, a geração de renda e melhora na qualidade de vida dessas famílias”, ressalta Israel Batista Gabriel, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano.

Ao todo, foram promovidos treze mutirões dos agricultores, sendo dez para a implantação de SAFs e dois para manejo; todos com acompanhamento especializado das equipes técnicas da Suzano e da UNESP. O projeto também conta com o apoio da AGRAER e da Secretaria Municipal de Agricultura de Selvíria.

O Sistema Agroflorestal é uma técnica que combina, em uma mesma área, o cultivo de espécies arbóreas, frutíferas, madeiráveis ou adubadores com o de outras culturas, com a produção de hortaliças, meliponicultura e pecuária leiteira. Essa diversificação de culturas é essencial tanto para o manejo sustentável da propriedade, respeitando o meio ambiente, como para maior estabilidade financeira das comunidades diante do mercado.

Para o professor da UNESP, Antônio Lázaro Sant’Ana, orientador do grupo Guatambu, o projeto também atua como estímulo aos alunos, futuros profissionais da área. “Esse contato serve como uma forma de sensibilização dos alunos com relação à importância da agricultura familiar. Por outro lado, essa integração entre assentamentos que já possuem o sistema agroflorestal mais desenvolvido e os que ainda estão recebendo os SAFs foi de suma importância para que os agricultores do Canoas, onde os SAFs estão sendo implantados, visualizassem como ficará em longo prazo, dando mais motivação para o desenvolvimento do projeto”, completa Sant’Ana.

A iniciativa conta com a participação de estudantes dos cursos de graduação em Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica e Zootecnia e da pós-graduação em Agronomia.

Sobre a Suzano

A Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Com 97 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br

Fonte: Suzano

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ABAF empossa nova diretoria e lança proposta para o Plano Bahia Florestal 2023 – 2033

Em 23 de agosto, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) lançou a proposta do Plano Bahia Florestal 2023-2033, nos moldes de outros estudos que alguns estados brasileiros já fizeram, a exemplo do Mato Grosso do Sul (MS) que, em 10 anos, passou de 300 mil hectares de florestas plantadas para 1,3 milhão e acaba de lançar novo planejamento para os próximos 10 anos. Na ocasião também aconteceu a cerimônia de posse dos Conselhos Diretor e Fiscal da ABAF. O Conselho Diretor, no período de 2022 a 2024, será presidido por Mariana Lisbôa, Líder Global de Relações Corporativas da Suzano S.A..

Além de Mariana Lisbôa, o Conselho Diretor é composto por Altair Negrello Junior (Bracell), Sebastião da Andrade (Ferbasa), Márcio Penteado Geromini (Caravelas Florestal) e Renato Gomes Carneiro Filho (Veracel). O Conselho Fiscal é composto por Fernando Guimarães (Bracell), Itamar da Silva Barros (Veracel), Joice Grave (Suzano), Mouana Sioufi Fonseca (Bracell) e Tayane Antonia Santana Pessoa (Ferbasa). A diretoria executiva permanece com Wilson Andrade Para começar a gestão já provocando evoluções, o evento contou com um debate sobre a construção de um Plano Florestal para o Estado da Bahia.

A reunião presidida por Mariana Lisbôa contou com representantes do setor e do governo do Mato Grosso do Sul (MS), que já implementaram um plano setorial e viram o segmento ampliar e gerar riqueza local.

Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), parabenizou a escolha de Mariana Lisbôa e reforçou a importância da diversidade no setor e em todas as instâncias.

“O setor de árvores cultivadas produz e conserva, além de gerar riqueza e oportunidades. É um setor inovador, que tem desenvolvido cada vez novos usos. O desenvolvimento de um plano pode ajudar a tirar travas, incentivar o crescimento econômico e, principalmente, gerar emprego, fazendo do estado mais uma vez exemplo para todo o país”, disse. Mariana Lisbôa reforçou que, ter um plano permite a construção de um caminho de frutos para a Bahia.

“O setor hoje já gera 223 mil oportunidades criadas pelo setor na Bahia, atuando em 618 mil hectares de áreas plantadas, conservando outros 310 mil hectares”, disse. “A ABAF é uma organização ligada a temas fundamentais para nosso presente e nosso futuro, agindo na cadeia produtiva florestal que é um setor no qual nosso estado tem tudo para ser grande destaque. Estamos falando em um segmento econômico que trata dos negócios dessa imensa e diversificada área, mas, também, de educação ambiental e sustentabilidade. Temos certeza de que, nos próximos anos, seremos testemunhas de uma grande ampliação da rede florestal na Bahia”, declarou o secretário Leonardo Bandeira (Seagri).

“Tenho certeza que à frente da Abaf, Mariana vai imprimir em sua gestão a delicadeza e organização inerentes à mulher, sem deixar de ser firme e assertiva. Fico feliz em ver o público feminino ocupando mais espaços. À frente da Faeb, eu tenho observado como cresceu a participação da mulher nas atividades rurais, dentro e fora das porteiras, e a chegada de Mariana à presidência da Abaf demonstra que o setor florestal trilha o mesmo caminho da inclusão e da igualdade”, declarou Humberto Miranda (presidente da FAEB).

Também se pronunciaram o Cel. José Aparecido de Moraes (Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Três Lagoas/MS); Dito Mário da Reflore; Joésio Siqueira da STCP; Erich Gomes Schaitza (chefe geral da Embrapa Florestas); deputado estadual Eduardo Salles; Ricardo Alban (presidente da Fieb), Vitor Lopes do Sebrae e Paulo de Almeida da SDE, entre outros.

Plano para a Bahia crescer

De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o objetivo do Plano Bahia Florestal 2023-2033 é a atração de novos investimentos para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas no estado. “O plano também irá incentivar investimentos agroindustriais que podem se beneficiar das novas infraestruturas implantadas em torno da Ferrovia de Integração Oeste – Leste (Fiol) e da Centro-Atlântica (FCA) – esta que vai cortar a Bahia de Norte a Sul. Além disso, pretendemos intensificar o que já temos feito para o uso múltiplo da madeira e a maior inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira no estado da Bahia”, explica.

Para Andrade, essa discussão é oportuna no momento em que cresce a demanda por madeira no Brasil e no mundo. “Vale reforçar que a Ibá contabiliza investimentos de R$ 60 bilhões no setor, nos próximos três anos. É preciso que a Bahia esteja preparada para atrair parte desses novos investimentos, seja em ampliações ou novas indústrias. Com isso, poderemos atender a crescente demanda por produtos de madeira, gerando ainda, principalmente no interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância”, completa.

Com o lançamento da proposta, a ABAF pretende reunir um grupo forte e diverso para construir o plano de forma conjunta com a Federação da Agricultura da Bahia (FAEB), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Sebrae Nacional e Bahia, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Bahia (MAPA/BA), o Desenbahia, o Banco do Nordeste, entre outras.

A ABAF representa as empresas de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Essa pluralidade dá à associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos e em horizontes largos. Por isso, a ABAF fomenta a pesquisa, investe na coleta e tabulação de dados, a exemplo do relatório Bahia Florestal.

A indústria de base florestal usa a madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, celulose solúvel, papel, ferro liga, madeira tratada, energia, carvão vegetal e lenha para o processamento de grãos. A madeira utilizada é plantada e é considerada uma matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana. A indústria de árvores plantadas para fins produtivos é a indústria do futuro.

Bracell reforça presença nos conselhos diretor e fiscal da Abaf

Tem como associados: Bayer, Bracell, Caravelas Florestal, ERB, Ferbasa, Floryl, JSL, Komatsu, Proden, Suzano, Venturoli, Veracel e 2Tree. E coopera com quatro regionais – Aiba, Aspex, Assosil, Sineflor – nos principais polos produtores do estado; as quais vinculam pequenos e médios produtores e processadores de madeira locais.

Fotos de Sora Maia/Divulgação ABAF

Fonte: ABAF

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Eldorado Brasil comemora geração de 321 mil megawatts de energia verde

O número é referente ao primeiro semestre deste ano da empresa que está localizada no município de Três Lagoas

A Usina Termelétrica (UTE) Onça Pintada, localizada no município de Três Lagoas e que pertence à Eldorado Brasil – fabricante de celulose – completou um ano de operação.

Marcelo Martins, gerente-geral industrial da empresa, destacou que – em abril deste ano – a UTE Onça Pintada comemorou um ano de operação, com a geração de 321.800 megawatts hora (Mwh) de energia e tornou-se referência em sustentabilidade. 

De acordo com Marcelo Martins, nos seis primeiros meses deste ano foram gerados mais de 70 mil Mwh hora da chamada energia verde. 

Isso porque o projeto utiliza tecnologia desde a retirada de tocos e raízes de eucalipto, que antes seriam descartados, até a transformação da energia com a biomassa sem emissão de poluentes na atmosfera.

Segundo Marcelo Martins, o projeto da fábrica foi concebido para ser autossuficiente em energia elétrica e ter capacidade extra, que poderia ser comercializada no mercado. 

“E é justamente isso que ocorre”, acrescenta Martins.

Por hora, são produzidos em torno de 50 Mwh hora de energia de fonte limpa e renovável para exportação ao mercado nacional.

A UTE Onça Pintada tem capacidade para abastecer uma cidade de 700 mil pessoas – tudo com biomassa feita de tocos, raízes e madeira inservível de eucaliptos plantadas em florestas cultivadas pela companhia em Mato Grosso do Sul.

Questionado sobre planos de expansão da capacidade em produzir energia limpa, Marcelo Martins respondeu: “Por ser um projeto jovem e muito tecnológico, ainda estamos acompanhando toda a evolução. E esta está nos surpreendendo e atendendo nossas expectativas em resultados. Ainda seria cedo para um projeto de expansão para este segmento”.

Fonte: Correio do Estado

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