A Suzano gerou caixa operacional de R$ 22,6 bilhões, destacando a atividade na produção industrial capixaba
A Suzano – maior companhia de celulose e papel da América Latina, bateu recordes no ano passado, destacando seu setor no crescimento da economia capixaba. A empresa registrou ao final de 2022 geração de caixa operacional recorde de R$ 22,6 bilhões, alta de 20%.
No terceiro trimestre de 2022, a Suzano dava indícios do seu desempenho. Com relação ao encerramento do ano, a companhia divulgou uma série de crescimento. A empresa atingiu faturamento de R$ 49,8 bilhões, 22% maior do que no ano anterior. Foram R$ 23,3 bilhões de lucro (+171%). A companhia também registrou EBITDA (o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 28,2 bilhões, também uma alta de 20%.
Preços globais
O forte resultado da Suzano em 2022, segundo a companhia, reflete a evolução de preços globais da celulose e o robusto volume de vendas, em contrapartida à significativa pressão de custos de produção e à continuidade dos desafios enfrentados na cadeia logística global durante a maior parte do ano.
A Suzano vendeu 11,9 milhões de toneladas de celulose em 2022, quando foram comercializados 10,6 milhões de toneladas de celulose e 1,3 milhão de toneladas de papéis.
“A Suzano mostrou mais uma vez, sustentada por sua competitividade estrutural e em meio a um cenário positivo de preços, a capacidade de gerar caixa mesmo diante de um ambiente de forte alta de custos e em meio ao maior ciclo de investimentos de sua história”, afirmou o presidente da Suzano, Walter Schalka, na ocasião da divulgação dos resultados da empresa.
Indústria da Transformação
A Fabricação de celulose, papel e produtos de papel no Espírito Santo foi o grande destaque da produção industrial em 2022, encerrando o ano com crescimento de +7,3% frente ao desempenho negativo de outras atividades do setor, de acordo com Panorama Econômico 4º trimestre de 2022, estudo do Instituto Jones Santos Neves (IJSN).
O presidente do Conselho Regional de Economia, o economista Claudeci Neto, destacou alguns atrativos do Espírito Santo. Entre eles, os incentivos fiscais do Governo do Estado, como o Investe-ES, que propõe a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e o Projeto de Investimento Produtivo (Proinp), permite q as empresas credoras de ICMS usem o saldo para projetos de investimento.
Claudeci Neto lembrou também do estímulo federal em razão da inclusão na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) do município de Aracruz, onde a Suzano diversificará a sua planta industrial já existente para produção também de papel tissue. Cabe ressaltar que a empresa possui outra fábrica no Estado em Cachoeiro de Itapemirim.
Bens finais
“O Espírito Santo tem vantagens, que são os incentivos fiscais e um bom ambiente institucional. É um estado que tem credibilidade nacional, contas em dia, além de uma logística interessante de portos. O que vejo de desfavorável para a indústria é o nosso mercado consumidor, que é pequeno, além de alguns gargalos de transporte rodoviário e ferroviário. Quando um grupo empresarial deseja instalar uma planta, ele analisa todos esses fatores. Existem vantagens e desvantagens que pesam na hora do empresário escolher se instalar aqui”, explica.
A exemplo da Suzano, o economista destaca a necessidade de agregar valor aos produtos produzidos no Espírito Santo. “Temos que investir nas nossas potencialidades, agregar valor ao que produzimos aqui. Se fabricamos celulose, temos que ter plantas de papel. Temos que pensar como agregar valor ao minério de ferro, ao setor de rochas. Temos que pensar nisso primeiro”, comenta.
Fonte: ES Brasil