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Suzano busca ampliar parcerias florestais no sul do Espírito Santo

A Suzano está buscando ampliar as parcerias para cultivo de eucalipto na região sul do Espírito Santo. Os modelos de negócio contribuem para a revitalização dos ecossistemas agrícolas e para a valorização da terra. As parcerias oferecidas pela empresa na produção de madeira são alternativa de renda complementar para o produtor rural.

O plantio de eucalipto é uma oportunidade de diversificação agrícola para os produtores rurais, viabilizando a produção de madeira em um formato sustentável.

A região sul do Espírito Santo conta com municípios com potencial para a expansão dos plantios florestais, a exemplo de Presidente Kennedy, Itapemirim, Marataízes, Guarapari e adjacências, onde há áreas aptas ao cultivo de eucalipto.

Esse modelo de negócio traz ao produtor uma fonte de renda adicional, melhorando assim a sua diversificação e reduzindo os riscos ao seu negócio. Atualmente, a Suzano possui aproximadamente 1 mil contratos de parceria com produtores capixabas. Estes na modalidade de fomento e arrendamento.

Público-alvo
Produtores com área igual ou superior a 50 hectares que atendam aos requisitos técnicos estabelecidos pela Suzano para plantio, conforme a modalidade contratual. A Suzano conta com um time que está presente nessas diferentes regiões, que pode ser contatado pelos telefones 0800-771-1418, (27) 99882-8003, (73) 99987 8995, (27) 99984 2697, (27) 99790 5668. O contato também pode ser feito diretamente nos escritórios locais da empresa nos respectivos municípios.

Uma das modalidades de parceria é o sistema de arrendamento, em que a Suzano fica responsável por todas as atividades operacionais – do plantio à colheita – e remunera o produtor pela área utilizada. A outra modalidade é o fomento, em que a empresa fornece mudas e assistência técnica, mas a operação de plantio, tratos culturais e colheita cabem ao produtor parceiro, com garantia de compra da madeira pela empresa.

Fonte: Conexão Safra

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Ondas de calor estão escurecendo as florestas europeias

As secas e as ondas de calor estão a fazer com que as florestas europeias percam a cor verde que as caracteriza nos meses de Verão.

No ano passado, 37% das florestas mediterrânicas e da Europa Central foram afetadas, revela um novo estudo.

Investigadores da Universidade ETH de Zurique e do Instituto Federal Suíço de Investigação Florestal, Neve e Paisagem (WSL) têm vindo a examinar o fenómeno ao longo dos últimos 21 anos.

Os resultados, publicados na revista Biogeosciences, mostram que a escurecimento das florestas de Verão está a alastrar por toda a Europa.

O que causa o escurecimento das florestas durante o Verão na Europa?

Utilizando dados de satélite de alta resolução, os investigadores identificaram períodos em que as áreas de floresta não eram tão verdes como deveriam ser durante o Verão.

Embora a seca desempenhe um papel central no escurecimento das florestas, os seus efeitos não foram imediatos.

Os investigadores observaram um “efeito acumulado” de períodos de seca intensa e persistente, o que significa que a capacidade das árvores para sobreviverem ao calor e à seca depende não só das condições atuais mas também dos meses e anos anteriores.

Ao investigarem a história dos eventos de escurecimento florestal, os cientistas identificaram sinais meteorológicos que afetaram as árvores anos mais tarde. Em particular, os períodos frequentes de pouca chuva ao longo de dois a três anos foram um precursor do escurecimento durante o Verão.

Os períodos frequentes de temperaturas elevadas durante pelo menos dois anos nas zonas temperadas também tiveram um impacto significativo.

“O escurecimento da floresta na Europa central foi precedido de dois verões secos e quentes seguidos”, diz Mauro Hermann, doutorando da ETH e principal autor do estudo.

A seca também fomenta o besouro das cascas e as pragas de fungos, bem como os incêndios florestais – todos os quais podem contribuir indirectamente para o escurecimento – os investigadores observam.

Que partes da Europa são mais afectadas pela escurecimento das florestas?

Desde o início deste século que as florestas mediterrânicas têm vindo a sofrer de escurecimento progressivo.

Nos últimos anos, o problema propagou-se às florestas temperadas da Europa Central.

Verão de 2022 foi o mais quente de que há registo no continente e a floresta europeia atravessou a sua fase de escurecimento mais extensa, com mais de um terço das florestas afetadas nestas regiões.

Este é “muito mais do que qualquer outro acontecimento nas duas últimas décadas”, segundo Hermann.

O que significa este escurecimento para as florestas europeias?

A redução da cor verde é um sinal de vitalidade reduzida e de maior stress nas florestas. 

No passado, os verões quentes e secos eram menos frequentes na Europa. Após a onda de calor recorde em 2003, a cor das florestas da Europa foi pouco afetada.

Mas desde 2018, as repetidas secas em grande escala e as altas temperaturas levaram a um aumento extenso do escurecimento.

Com a repetição do Verão de 2022, com temperaturas recorde e seca, o escurecimento das florestas poderá tornar-se ainda mais generalizado no continente.

Os abetos e faias da Alemanha e da Suíça, em particular, foram particularmente afetados uma vez que florestas inteiras sofreram com o calor constante e o stress da seca.

Uma vez que o tempo pode não ser o único fator que contribui para o fenómeno, os investigadores sublinham que não pode ser utilizado para prever o futuro – mas pode oferecer pistas.

“A monitorização orientada das condições meteorológicas ao longo de várias estações pode fornecer informações valiosas sobre a probabilidade de ocorrer descoloração prematura das folhas no Verão seguinte#, destaca Thomas Wohlgemuth, co-autor do estudo de Dinâmica Florestal da WSL.

gestão florestal poderia ajudar a reduzir a descoloração da floresta à medida que as temperaturas aumentam, acrescenta Wohlgemuth.

Fonte: Euronews

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Mapeamento da ILPF ganha fôlego com uso de inteligência artificial

Iniciativa da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, já levantou áreas em Mato Grosso e promete lançar plataforma aberta até 2025

O levantamento da área com ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta) no Brasil deve ganhar um novo aliado a partir de 2025.

É para este ano que está previsto o lançamento de uma plataforma de mapeamento e monitoramento de sistemas integrados no país com base em dados de satélite processados em tempo real e no uso de tecnologias de inteligência artificial como machine learning para realizar esse trabalho de forma automática.

“É um projeto eminentemente de pesquisa científica cujo desafio, à época, era verificar se os métodos de sensoriamento remoto seriam capazes de detectar, mapear e monitorar sistemas complexos de produção, entre eles a ILPF”, conta o pesquisador da Embrapa Solos, Rodrigo Ferraz.

Depois de oito anos de pesquisa, o GeoABC, como foi batizado o sistema, ganhou forma e já permitiu mapear o avanço da tecnologia em Mato Grosso de 2012/13 a 2021/22 e começou a ser replicado no Estado vizinho, o Mato Grosso do Sul.

Para desenvolver o sistema, foi necessário reunir uma série de imagens de satélite que permitissem construir uma linha do tempo a fim de identificar não só a cultura instalada em determinado local, mas também o sistema de manejo adotado.

Esses dados, então, são organizados para, por machine learning, permitir que os algoritmos do GeoABC façam esse diagnóstico de forma automática apontando não só onde está a ILPF no Brasil, mas também como ela está avançando.

Os resultados iniciais de Mato Grosso, por exemplo, indicaram uma taxa de expansão da ILPF no Estado da ordem de 250 mil hectares ao ano de 2013 a 2019.

Quando cruzados com informações da equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Agrosilvipastoril, em Sinop, eles indicaram uma concentração dessa expansão nas áreas próximas das unidades de referência tecnológica (URTs) mantidas no Estado nos primeiros anos – o que, segundo Ferraz, comprova o impacto positivo da presença das URT’s para disseminação da ILPF.

“O interessante quando você tem imagens de satélite é que você pode olhar tanto o passado quanto o presente. E a cada ano que as imagens vão saindo, você está sempre atualizando a plataforma. Então, o que a gente quer, é um sistema dinâmico, um monitoramento mesmo, e não apenas um retrato estático da realidade momentânea”, explica Ferraz.

O plano, segundo o pesquisador, é que aos poucos o sistema seja ajustado para todo o Brasil – primeiramente com foco no Cerrado e, posteriormente, para as demais regiões.

Uma vez com os dados completos, a plataforma permitirá ao público interessado fazer recortes locais da adoção de sistemas integrados, permitindo avaliar não só a taxa de adoção e crescimento da ILPF, mas também seus diferentes arranjos.

“Acreditamos que, com isso, possamos fornecer para sociedade e para a cadeia de produção de grãos uma ferramenta de dados para que o país possa, cada vez mais, estimular a adoção de um sistema que é eminentemente conservacionista e de baixa emissão de carbono”, diz Ferraz ao destacar também o valor comercial que o conhecimento territorial da ILPF traz para o setor.

“Algumas regiões vão ter uma forte adoção do sistema pecuária-floresta, outras serão mais fortes na lavoura-pecuária e outras poderão fazer a integração completa. Mas mais do que isso, nós temos também diferenças de janela de plantio, calendário agrícola, clima, que variam de uma região para outra e o que a gente quer é que esses dados tragam inteligência territorial na gestão não só de políticas públicas mas também na logística estratégica comercial da própria cadeia”, pontua o pesquisador.

Expansão

De acordo com dados da Rede ILPF, o Brasil conta atualmente com 17,4 milhões de hectares de sistemas integrados já implantados e uma meta oficial do Plano ABC de chegar a 27,4 milhões de hectares nos próximos dez anos.

A meta da Rede, uma iniciativa púbico-privada para promoção dessa tecnologia, é ainda mais ousada: chegar a 35 milhões de hectares no mesmo período.

“A Rede ILPF fez uma pesquisa há um tempo para saber o número de hectares de ILPF no país e a gente sente falta de um sistema em tempo real e que também tenha informação perene para todo o setor. Isso é importante inclusive para chegarmos nessa nossa meta e comprovar com dados georreferenciados oficiais que conseguimos alcançá-la”, salienta a diretora da Rede ILPF, Isabel Ferreira.

Atualmente, esse monitoramento é feito a partir de visitar técnicas e dias de campo promovidos pela Caravana ILPF, expedição técnica e científica que percorre diferentes estados para promover a adoção de sistemas integrados no país.

Com o lançamento do GeoABC e de outras bases de dados disponíveis, a Rede ILPF também planeja lançar uma plataforma própria com informações não só sobre área, mas também sobre os diferentes perfis de produtor, acesso a crédito e outras informações que permitam a elaboração de políticas públicas mais efetivas para cada região.

“A gente não consegue fazer política pública às cegas. Por isso, temos uma cooperação com o Ministério da Agricultura para passar esses dados também para eles e ajudar a pensar como podemos avançar a ILPF. Com os dados, conseguimos ver onde estão os verdadeiros gargalos, onde tivemos alguma ferramenta implementada que não deu certo ou que deu muito certo e dosar as nossas atividades para tentar aumentar a adoção de ILPF no país”, completa Isabel.

Fonte: Globo Rural

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Setor produtivo se une para turbinar ILPF no Paraná

Parceria entre Sistema Faep/Senar-PR e Cocamar vai treinar assistência técnica para difundir Integração Lavoura Pecuária Floresta

O Paraná tem potencial para aumentar significativamente a produção de grãos e madeira e contribuir para a sustentabilidade da agropecuária, tudo isso sem aumentar a área dedicada ao agronegócio. Uma das chaves para que isso ocorra é o sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), estratégia de manejo que integra diferentes sistemas produtivos em uma mesma área. Os benefícios ambientais, econômicos e sociais desta prática motivaram o Sistema Faep/Senar-PR e a cooperativa Cocamar, de Maringá, a desenvolverem o Programa de Capacitação em Sistemas de ILPF.

Presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette – Fotos: Divulgação/Faep

A proposta tem o objetivo de preparar profissionais para prestar assistência técnica aos produtores rurais do Paraná. Isso ficou evidente durante o lançamento do programa, realizado no dia 30 de março, em Maringá, Noroeste do Estado. O evento contou com o prestígio de autoridades, técnicos e produtores rurais. A solenidade também teve a presença de representantes dos apoiadores da proposta: a Associação Rede ILPF, a Embrapa e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

“Nos últimos anos, a área de implantação de ILPF cresceu no Brasil e o Paraná precisa acompanhar essa evolução. Nós sabemos do compromisso dos nossos produtores com o desenvolvimento sustentável no campo. Para garantir que as melhores tecnologias sejam utilizadas e difundidas, precisamos investir na capacitação dos profissionais de assistência técnica”, afirma Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR.

Presidente do Sindicato Rural de Maringá, José Antonio Borgh

“Esse programa juntou importantes entidades do setor com suas especialidades para transmitir conhecimento aos produtores. Tenho certeza de que será um sucesso, com o agricultor e o pecuarista ganhando mais”, complementa José Antonio Borghi, presidente do Sindicato Rural de Maringá.

Desenvolvimento

Segundo dados da Rede ILPF, plataforma de ensino, divulgação e popularização desse sistema produtivo, a área nacional ocupada pela ILPF aumentou em quase dez vezes no Brasil, ao longo dos últimos 15 anos – atingindo 17,4 milhões de hectares na safra 2020/21. Apesar do cenário favorável, esse número corresponde a apenas 8,35% das áreas sob uso agropecuário no Brasil. No Paraná, a área com ILPF é menor do que a média nacional: representa 6,74% do total, o que equivale a 633 mil hectares. A meta da Rede ILPF é atingir 35 milhões de hectares no país até 2030.

Com o Programa de Capacitação em ILPF, criado pelo Sistema Faep/Senar-PR e Cocamar, a expectativa é identificar produtores com potencial para difusão da tecnologia no Estado, ampliando a adoção deste sistema no setor produtivo. A iniciativa será conduzida ao longo de 13 meses, estendendo-se até abril de 2024 – o que corresponderá a 139 horas de formação. Serão 16 encontros, com Dias de Campo, visitas técnicas e consultorias, para o treinamento de 30 profissionais, entre técnicos da Cocamar e do IDR-Paraná, além de instrutores do Senar-PR.

Presidente do Conselho Administrativo da Cocamar, Luiz Lourenço

“Vamos criar conhecimento na área, para diversificar a propriedade, intensificar a produção na mesma área e aumentar a produção de grãos e carne onde há baixa produtividade. Para isso, é preciso um bom trabalho técnico de apoio ao produtor”, ressalta Luiz Lourenço, presidente do Conselho Administrativo da Cocamar, que fomenta o sistema desde 1996.

Os técnicos envolvidos (engenheiros agrônomos e médicos veterinários) vão atuar em duplas, acompanhando 22 produtores rurais cooperados da Cocamar, que disponibilizarão suas propriedades para implementação das técnicas de ILPF ao longo do programa. No final da capacitação, os técnicos deverão apresentar um projeto e fazer a defesa para uma banca de avaliação.

“Os produtores não serão treinados diretamente, mas vão ceder suas propriedades para que a equipe técnica coloque seus conhecimentos em prática. O produtor tem o papel de colaborar e de realizar as atividades propostas pelos técnicos, além de ser uma pessoa fomentadora dessa técnica de manejo”, explica Emerson Nunes, gerente técnico de ILPF na Cocamar. “As práticas são adaptáveis para diferentes realidades e tamanhos de produção”, complementa.

Arenito Caiuá

O foco do programa é o Arenito Caiuá, região conhecida por ter solo arenoso, baixa umidade e temperaturas elevadas. No local, as atividades desenvolvidas em sistemas de ILPF desempenham papel importante para promover a recuperação de áreas de pastagens degradadas e aumentar a rentabilidade das propriedades rurais com o cultivo da soja. “A soja ainda é tímida na região por conta das condições climáticas desafiadoras. Mas quando se coloca o gado no meio, a conta fecha melhor”, pontua Jorge Vecchi, engenheiro agrônomo da Cocamar. “Teremos um grande laboratório a céu aberto para fazer a integração acontecer por meio desse programa de capacitação”, acrescenta Vecchi.

Diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza

Na avaliação de Victor Braga, médico veterinário da Cocamar, muitos pecuaristas da região já têm consciência das vantagens que o sistema integrado oferece e buscam informações para adotar as estratégias de manejo na propriedade. “Os produtores com mais tecnologia querem aumentar a área de plantio pensando justamente nas pastagens para o inverno e na possibilidade de segunda fonte de renda com a soja, para continuar produzindo o ano todo”, conta. “Com um pasto de inverno de melhor qualidade, conseguimos uma taxa de lotação maior em um período em que é comum que produtores tenham que se desfazer dos animais, pela falta de pastagem adequada para manter a lotação que vem do verão”, complementa Braga.

“A região Noroeste precisa fazer uma revolução. Esse programa, juntando essas entidades, pode permitir que isso ocorra, para aumentar a renda dos produtores e intensificar a produção na mesma área. Precisamos mudar o jeito de conduzir o Arenito, usando ciência e conhecimento, fazendo com que as pesquisas cheguem no campo. Esse programa é a oportunidade”, destacou Natalino Avance de Souza, diretor-presidente do IDR-Paraná.

Benefícios

A ILPF pode ser utilizada em diferentes modalidades, combinando dois ou três componentes em um sistema produtivo: Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) ou Sistema Agrossilvipastoril; Integração Lavoura Pecuária (ILP) ou Sistema Agropastoril; Integração Lavoura Floresta (ILF) ou Sistema Silviagrícola; e Integração Pecuária Floresta (IPF) ou Sistema Silvipastoril. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades.

A integração otimiza o uso da terra, aumentando a produtividade, diversificando as atividades econômicas na propriedade e agregando valor aos produtos. Com isso, há redução dos riscos de frustração de renda por eventos climáticos ou por condições de mercado, além de diminuição dos custos com insumos e dos custos fixos para produção animal.

Adeney de Freitas Bueno, da Embrapa Soja

Com a maior eficiência de utilização de recursos naturais, há redução do uso de agroquímicos, da abertura de novas áreas para fins agropecuários e de passivos ambientais. Promove, ao mesmo tempo, manutenção da biodiversidade, ciclagem de nutrientes, mitigação dos gases de efeito estufa, bem-estar animal e controle dos processos erosivos com a manutenção da cobertura do solo.

As vantagens ainda podem ser sentidas no âmbito social, como com a redução da sazonalidade do uso da mão de obra, geração de empregos diretos e indiretos e incentivo à qualificação profissional e ao estudo.

Diretora-executiva da Rede ILP, Isabel Ferreira

ILPF no Brasil
Atualmente, o Mato Grosso do Sul é o líder no ILPF e conta com 3,3 milhões de hectares dedicados ao sistema ILPF, seguido pelo Mato Grosso, com 3,2 milhões, e Rio Grande do Sul, com 2,2 milhões. O Paraná tem apenas 633 mil hectares dedicados ao sistema ILPF, conforme dados da Rede ILPF. “Depois de iniciativas como essa, o Paraná vai figurar na ponta, pois é uma demanda crescente. Esse é um momento, que vai marcar a história da agropecuária paranaense. Essa interação vai permitir que a tecnologia gerada siga para o campo, não fique na prateleira. Por isso que programas como esse são importantes”, disse Adeney de Freitas Bueno, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Soja.

“Quando encontramos parceiros como os deste programa, a gente agarra para desenvolver projetos de sucesso. Vamos disseminar conhecimento para todos que querem difundir esse sistema, que colabora para o desenvolvimento regional, além de crescimento ambiental, social e humano”, reforçou Isabel Ferreira, diretora-executiva da Rede ILPF.

“Produção de alimentos precisa conciliar questão ambiental”

Realizado em 30 de março, o evento de lançamento do programa, em Maringá, contou com uma aula-magna do consultor Paulo Herrmann, ex-presidente da John Deere Brasil e um dos mais conhecidos defensores dos sistemas integrados no país. Ele destacou as projeções de crescimento da população global e o consequente aumento da demanda por alimentos. Para isso, a sustentabilidade deve ser ponto-chave.

Ex-presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann

“Até 2050, 60% da população vão estar concentradas na Ásia e nós vamos ter que alimentar essas pessoas. Esse é o novo mundo para o qual vamos ter que produzir alimentos. O Paraná vai ter que produzir 50% mais do que hoje e as circunstâncias sob as quais isso vai ter que acontecer é pela intensificação sustentável”, afirmou.

Herrmann frisou a importância da capacitação, principalmente dos jovens, para conduzir esses sistemas e trazer inovação para a agropecuária brasileira. Neste processo, destacou o compromisso das entidades do setor para conciliar a produção de alimentos com a questão ambiental, aproveitando a aptidão agrícola que o país possui. “Nós precisamos de gente com capacidade para manejar essa tecnologia de maneira eficiente. Todos nós precisamos nos engajar nesse processo, ajudando a difundir conhecimento, dando suporte para que as pesquisas não parem e construindo narrativas, para que a futura geração de brasileiros esteja conectada com o agro”, disse.

Fonte: Sistema Faep/Senar-PR

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Assembleia Legislativa realiza debate sobre as Oportunidades e Desafios do Setor Florestal Paranaense

Representantes do setor produtivo e do Poder Público discutiram com o Bloco Parlamentar da Madeira a situação e as políticas públicas para o setor madeireiro no Paraná

O Bloco Temático da Madeira da Assembleia Legislativa do Paraná realizou nesta terça-feira, (11), audiência pública sobre as “Oportunidades e Desafios do Setor Florestal Paranaense”, que teve por objetivo promover amplo debate do setor produtivo sobre políticas públicas e desenvolvimento sustentável para o Paraná, terceiro lugar em área plantada do país.

A audiência pública foi convocada pelo presidente do Bloco Temático da Madeira, deputado Artagão Júnior (PSD) e contou com a presença dos deputados Gugu Bueno (PSD), Anibelli Neto (MDB), Matheus Vermelho (PP) e Arilson Chiorato (PT).

“O setor madeireiro é o terceiro mais importante na economia paranaense, sendo um dos que mais gera riqueza para o estado…”

Também participaram do encontro o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Valdemar Bernardo Jorge, o chefe-geral da Embrapa Florestas, Erich Gomes Schaitza, o chefe do Departamento de Florestas Plantadas da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, o Presidente da Associação Paranaense de empresas de Base Florestal (APRE), Zaid Nasser, o diretor de Licenciamento e Outorga do Instituto Água e Terra do Paraná (IAT) e o gerente de Políticas Públicas do Instituto de Desenvolvimento rural do Paraná (IDR).

O presidente do Bloco Parlamentar da Madeira, deputado Artagão Júnior (PSD), comentou que a audiência pública foi positiva porque contou com diversos atores do setor produtivo e também com representantes do Poder Público, que tem a responsabilidade da fiscalização e da realização de políticas públicas. “O que ficou evidente aqui neste evento, ao contrário do que a sociedade imagina, é que quando a gente fala do setor florestal, da floresta plantada, nós temos um segmento, até por exigência das certificações internacionais, com um compromisso muito acima do convencional no sentido da preservação e da sustentabilidade”, explicou.

Os dados apresentados na reunião demonstraram que para cada hectare de floresta plantada, corresponde a outro hectare de floresta nativa destinada a conservação. E o Paraná é destaque no cenário nacional por ter a maior área plantada de pinus do país (cerca de 37% do total de pinus plantado no Brasil), ser líder nas exportações de compensado de pinus, painéis reconstituídos e molduras, com produtividade florestal acima da média nacional e com potencial de crescimento.

Segundo a Associação Paranaense de Empresas Base Florestal (APRE), a importância do desenvolvimento de Florestas Plantadas “mantêm a fertilidade do solo e reciclagem de nutrientes, fixa e sequestra carbono, reduz a pressão sobre florestas nativas, protege e regulariza o regime hídrico, preserva os habitats e ecossistemas naturais, mantém a biodiversidade e incentiva a bioeconomia”.

Sistema ambiental

O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, parabenizou o deputado Artagão pela iniciativa de montar o Bloco Parlamentar e trazer o setor para o debate. “O Governo do Paraná é solidário com aqueles que produzem e geram riqueza e empregos. O Paraná busca criar um sistema ambiental que procure conciliar produção e preservação, uma economia que seja verde, que seja eficiente, que seja inclusiva, gerando empregos e que possa transforar o nosso estado em um modelo de produção e de geração de riqueza, ao mesmo tempo que possa atender as necessidades da população”, explicou.

O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, deputado Anibelli Neto (MDB), participou da reunião e disse que “com a criação do Bloco Parlamentar da Madeira, nunca na história do nosso Legislativo esse setor foi tão valorizado e prestigiado, como presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural tenho certeza que poderemos trabalhar juntos e trazer as demandas do setor para esta casa e criarmos políticas públicas para que as coisas possam sempre melhorar”.

“O setor madeireiro no Paraná responde por cerca de 120 mil empregos diretos envolvendo 6 mil empresas e a Assembleia Legislativa tem esse dever de fazer a interlocução com o setor, encurtando as distâncias, e todos os atores aqui presentes mostraram extrema disposição para que a gente possa diminuir as divergências e potencializar as convergências”, concluiu o deputado Artagão, anfitrião da audiência pública.

Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná

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Parada Geral da Suzano em Jacareí está oferecendo diversas vagas no setor de manutenção

A Company Steel Caldeiraria acaba de anunciar que está contratando profissionais para preencher vagas de emprego na Parada Geral da Suzano na cidade de Jacareí, em São Paulo.

A Company Steel Caldeiraria acaba de anunciar que está contratando profissionais para preencher vagas de emprego na Parada Geral da Suzano na cidade de Jacareí, em São Paulo. Se você trabalha no ramo da manutenção industrial, não perca esta oportunidade.

De acordo com o calendário das paradas gerais das fábricas de papel e celulose de 2023, a previsão é que na unidade da Suzano em Jacaraeí aconteça entre 16 e 26 de maio. Confira as vagas abertas pela empresa.

Vagas para a Parada Geral da Suzano, em Jacareí/2023

  • Encarregado de manutenção
  • Encarregado de caldeiraria
  • Mecânico de manutenção
  • Eletricista de manutenção
  • Soldador TIG/MIG
  • Caldeireiro
  • Ajudante

Envie o seu currículo!

A Company Steel Caldeiraria  pede que os profissionais interessados em concorrer às vagas para a Parada Geral da Suzano 2023, em Jacareí, em São Paulo, encaminhe um currículo para o endereço de e-mail rh@companysteel.com, ou através do WhatsApp (12) 97600-0728.

Lembre-se, para as candidaturas via e-mail, o interessado deverá informar o título da função desejada no campo “assunto” da mensagem. E para os envios pelo WhatSapp, informe por mensagem o cargo que deseja disputar. Boa sorte!

A Suzano

Suzano é uma empresa brasileira do setor de papel e celulose, que possui diversas unidades e fábricas espalhadas pelo país. Uma dessas unidades está localizada em Jacareí, cidade do estado de São Paulo. Nessa unidade, a Suzano produz celulose de eucalipto e papel para embalagens, atendendo ao mercado nacional e internacional.

A fábrica em Jacareí tem capacidade produtiva de aproximadamente 1 milhão de toneladas de celulose por ano e emprega cerca de 1.500 pessoas diretas e 4.500 indiretas na região. Além disso, a Suzano realiza investimentos em projetos sociais e ambientais na cidade e região, como programas de educação, saúde e meio ambiente.

Fonte: O Petróleo

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Construção de fábrica da Arauco em MS deve custar 3 bilhões de dólares e gerar mais de 12 mil empregos

Obras de indústria de celulose devem começar em junho de 2024

A construção de uma fábrica de celulose da empresa Arauco em Inocência, a 330 km de Campo Grande, deve custar US$ 3 bilhões e gerar mais de 12 mil novos postos de trabalhos durante o pico das obras, na cidade com atuais sete mil habitantes. 

As obras para a nova indústria devem começar em junho de 2024. A previsão é que a fábrica comece a funcionar em 2028, gerando 250 empregos diretos e 300 indiretos.

De acordo com o Governo de Mato Grosso do Sul, a população de Inocência deve crescer 170% nos próximos anos. 

A empresa chilena irá investir bilhões de dólares na construção de uma indústria de 3.500 hectares na MS-377, a 50 quilômetros do centro de Inocência, rumo a Água Clara, ao lado do Rio Sucuriú.

O Governo do Estado irá investir em infraestrutura para receber o novo empreendimento, de acordo com as medidas previstas no Plano Estratégico de Organização de Territorial (PEOT) do município.

Na última segunda-feira (10), participaram de uma reunião na Câmara Municipal de Inocência representantes do governo estadual, municipal e da empresa chilena para discutir os projetos. 

Está prevista a construção de um acesso rodoviário à fábrica, pela MS-377; a instalação de terceira faixa em pontos estratégicos da mesma rodovia; a pavimentação de 38 quilômetros da MS-316, entre Inocência e Paraíso das Águas; a implantação de um aeroporto na cidade; e a construção de moradias, entre outras obras.

A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) lançou licitação em março para o projeto executivo da pavimentação da MS-316. 

A Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística) se prepara para lançar a licitação do projeto executivo de construção do aeroporto. 

Fonte: MidiaMax

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