A fábrica de celulose da chilena CMPC no Rio Grande do Sul deverá elevar sua capacidade de produção em 18% a partir do final deste ano após a conclusão de obras de expansão que incluem a instalação de novos equipamentos na unidade, informou a companhia.
A empresa adquiriu o que chama de “maior prensa de lavagem do mundo”, parte de um investimento de 2,75 bilhões de reais que está sendo desembolsado pela companhia. O primeiro equipamento da prensa chegou ao Brasil nesta semana e o segundo deverá desembarcar na fábrica instalada em Guaíba em junho.
O investimento da companhia ocorre em um momento em que rivais maiores no Brasil, como Suzano e Klabin, estão perto de completarem ciclos de expansão de capacidade bilionários Centro-Oeste e no Sul do país.
“A instalação de ambos permitirá um aumento de 18% na produção de celulose”, afirmou a companhia, que deverá ver a capacidade da unidade ser ampliada para 2,36 milhões de toneladas por ano a partir da conclusão das obras, prevista para novembro. O equipamento é usado no processo integrado de lavagem e branqueamento da celulose.
Atualmente, 91% da produção da fábrica de Guaíba é voltada à exportação, com destaque para a Ásia, afirmou a companhia. O volume adicional de produção, de 350 mil toneladas de celulose por ano, será disponibilizado ao mercado “de acordo com as políticas e estratégias comerciais da CMPC”, disse a empresa.
Questionada sobre o suprimento de madeira para dar conta da produção adicional, a CMPC afirmou que a empresa já tem o fornecimento garantido.
“A empresa tem atuado no incremento da sua base florestal e, com esse enfoque, lançou o programa de fomento RS+Renda, por meio do qual estabelece parcerias com produtores rurais com o intuito de aumentar o volume de plantios de eucalipto, que servem de matéria-prima para abastecer a planta industrial”, afirmou a companhia.
Como a CMPC tem capital estrangeiro, ela não pode adquirir terras rurais no Brasil, com isso, o programa florestal foi lançado no começo do ano passado com meta de atingir 15 mil hectares entre produtores rurais de 71 cidades do Rio Grande do Sul.
Fonte: Reuters