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Empresa Reflorestar explica os desafios do sistema Full Tree na Expoforest

Convidada pela John Deere, empresa detalhou o tema para contextualizar as

tendências da colheita mecanizada na busca do melhor modal para o cliente.

A Reflorestar Soluções Florestais marcou presença na 5ª Expoforest 2023 – a maior feira florestal dinâmica do mundo, que ocorreu em agosto na região de Ribeirão Preto (SP). A empresa foi convidada pela John Deere para fazer uma apresentação na “Arena do Conhecimento” – espaço de palestras dentro do stand da líder mundial em equipamentos agrícolas, explicando sobre os “Desafios do Sistema Full Tree”.

“Somos uma empresa prestadora de serviços na área florestal, capacitada e comprometida em entender e formatar a solução adequada para cada necessidade de nossos clientes. Ficamos muito felizes com o convite da John Deere, pois tivemos a oportunidade de contextualizar as tendências da colheita mecanizada, valorizando sempre a qualificação de mão de obra”, disse o diretor florestal Igor Dutra de Souza.  

Entre os temas abordados, a Reflorestar detalhou os desafios do Sistema Full Tree em áreas inclinadas, assunto apresentado pelo Gerente Geral de Operações, Nilo Neiva. “O plantio em áreas inclinadas tornou-se uma solução diante da escassez de terrenos planos. A empresa contratada tem que oferecer condições para viabilizar o melhor modal que proporcione o maior volume de madeira, com a segurança e com o menor custo possível para o cliente”, disse Neiva.

Entre os principais desafios estão as condições das estradas, muitas vezes ruins para a passagem das máquinas, principalmente, em períodos de chuva. Profissionais com experiência neste tipo de relevo, que tenham foco na segurança e que saibam operar as máquinas com alta tecnologia embarcada é outro ponto que deve ser observado. “A empresa que oferece serviço de colheita de madeira de áreas reflorestadas deve estar atenta a todos esses detalhes, inclusive, investindo em tecnologia de ponta e capacitação de colaboradores”, orienta o gerente geral.

Com investimento de R$ 15 milhões, somente este ano, a Reflorestar tem uma das frotas mais novas do mercado em Full Tree (FT) – sistema de colheita mecanizada que colhe a árvore inteira para, a partir daí, serem processadas e carregadas nos caminhões. 

A Reflorestar esteve na feira com 15 representantes de várias áreas da empresa, inclusive com um operador de garra traçadora, que estava fazendo demonstração da máquina pela Sotreq/CAT. A Expoforest está em sua quinta edição e recebeu mais de 35 mil visitantes, de 42 países, e contou com 235 expositores. Ela ocorre a cada quatro anos no Brasil. 

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Florestar São Paulo completa 33 anos de fundação

Nesta segunda-feira (21) a Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas, a Florestar São Paulo, está completando 33 anos de fundação. A instituição, que surgiu com o propósito de fortalecer o setor de base florestal paulista, viveu diversas fases e nunca esteve tão ativa quanto agora. Ao longo de mais de três décadas, muitos profissionais fizeram parte da Florestar e contribuíram para que a associação se tornasse uma instituição reconhecida dentro do estado de São Paulo e respeitada, como é hoje.

Para contar um pouco desta história, trouxemos três depoimentos, de profissionais que passaram pelo cargo da presidência da Florestar São Paulo: Caio Zanardo (2016 – 2018); Jonas Salvador (2018 – 2021); e João Pedro Pacheco (2021 – 2023).

Caio Zanardo (2016 – 2018)

“Minha passagem pela presidência da Florestar foi em um momento oportuno. Pude dar sequência ao trabalho feito pelo presidente anterior, José Ricardo Ferraz, para simplificar a nossa associação, deixá-la mais ágil e enxuta. Deixamos de ter sede própria e conseguimos otimizar alguns custos. Ampliamos nossa visão de planejamento. Naquele momento, nós criamos uma readequação estratégica. Foi uma ação tática, de monitoramento de temas. Ainda não tínhamos nada relevante relacionado ao setor florestal dentro do estado de São Paulo, mas tivemos uma aproximação importante com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente a respeito das políticas públicas. Foi quando nos envolvemos com a questão do receituário agronômico, que tratava de questões complexas.

Neste período também criamos uma rede, com as empresas associadas monitorando os municípios em que estavam inseridas. Tanto para assuntos críticos ou percebendo oportunidades que pudéssemos aproveitar. Tudo isto é um trabalho de construção em longo prazo. Aos poucos, conseguimos mostrar para a esfera pública, a importância do setor e da indústria de base florestal.”

Jonas Salvador (2018 e 2021)

“Meu envolvimento com a Florestar tem mais de 10 anos. Acompanhei os primeiros trabalhos com relação aos cadastros para defensivos agrícolas no estado de São Paulo. O registro se dava na esfera federal e havia a necessidade do cadastro na esfera estadual. Já em 2016, quando eu era vice-presidente, as principais pautas apoiadas pela associação tinham relação com licenciamento ambiental e protocolo florestal. Havia a necessidade de regulamentar estes temas dentro do estado de São Paulo. Nós tínhamos uma agenda muito ativa junto à Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Agricultura e Abastecimento e as demais autarquias envolvidas.

Naquela época existia uma demanda de posicionamento por parte da Florestar. Precisávamos apresentar o setor florestal para o poder público e para a sociedade. Eles precisavam conhecer a forma como era tratada a relação do nosso setor com o meio ambiente e entender todos os cuidados que fazem parte do processo silvicultural e de colheita de madeira. Além disso, é um setor que tem um peso, de forte de cunho social, que envolve as pessoas diretamente ligadas, que trabalham ou vivem próximas aos plantios. É um setor que gera empregos, receita e benefícios para a sociedade.

Antes, nosso foco estava em atuar por melhorias e evitar que restrições atingissem nosso setor. Hoje, focamos em nos comunicar com as diferentes esferas e em nos posicionarmos publicamente. A Florestar funciona como um catalizador dentro do estado de São Paulo para as ações nacionais coordenadas pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). O papel da Florestar é conseguir unificar a comunicação entre governo, empresas e sociedade e traduzir isto numa linguagem só.

Estamos acima do associativismo. Estamos em um cooperativismo. Através da associação, as empresas associadas expões suas demandas e compartilham seus problemas, umas ajudando outras. Desta maneira, conseguimos pautar os assuntos direcionados à sociedade, ao setor público ou privado. Isto facilita na distribuição das demandas e na obtenção de resultados positivos.”  

João Pedro Pacheco (2021 – 2023)

“Em 2014 participei da gestão como secretário-executivo. Foi um período de reconstrução administrativa. Buscamos novos associados, criamos uma nova identidade visual e um novo estatuto. Depois de concluirmos estas etapas, passamos para uma ação de externalização. Passamos a ter reuniões com secretarias de Estado, entidades de classe, representantes do poder legislativo. Começamos a reapresentar a Florestar para estas entidades. Nos envolvemos em discussões sobre utilização de agroquímicos, licenciamento ambiental e outros temas pertinentes ao setor de árvores plantadas.

Conforme fomos nos tornando mais participativos, mais vistos e conhecidos, passamos a ser acessados e reconhecidos, em nível estadual, como a entidade representativa do setor. Isto deu confiança aos associados, o que contribuiu para nossa expansão.

Basicamente, eu vivi três ciclos dentro da Florestar. O primeiro foi uma reorganização administrativa. Depois foi para melhorar a receita, trazendo mais associados e ajustando as contribuições. E o terceiro ciclo foi de externalizar a associação, expor mais a Florestar e buscar um maior reconhecimento.

Sou muito grato e feliz por esta jornada. Além de todo o aprendizado pessoal, é muito gratificante ver o que a Florestar é hoje. Aumentamos consideravelmente o número de empresas associadas e hoje vemos o nome da Florestar presente em importantes debates.

Entidades bem representadas e bem articuladas são muito importantes. O associativismo traz um pleito comum e o recebimento é diferente. Não é um interesse privado, mas sim o interesse coletivo.”

Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas – FLORESTAR SÃO PAULO

Fundação: 21 de agosto de 1990

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Suzano está implantando novo terminal em Inocência (MS) para escoar produção da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo

  • O novo terminal está sendo edificado às margens da MS-240 e contará com uma área construída total de quase 24,2 mil m², além de 8,8 mil metros de linha ferroviária.
  • A companhia também está com obras de ampliação nos terminais T32 e DPW, no Porto de Santos, que contemplam ainda melhorias nos processos.

A Suzano, maior produtora mundial de celulose de mercado e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, deu início às obras para otimizar seus canais logísticos para o escoamento da produção da nova fábrica da empresa em Ribas do Rio Pardo (MS). Um dos projetos é a implantação de um novo terminal intermodal da companhia no Mato Grosso do Sul, no município de Inocência (MS), para o escoamento da celulose produzida na nova fábrica via transporte ferroviário até o Porto de Santos.

O novo terminal está sendo implantado às margens da MS-240 e contará com uma área construída total de quase 24,2 mil m², dos quais 21,5 correspondem à área de armazéns. O empreendimento contempla ainda 8,8 mil metros de linha ferroviária interna e externa, que incluem ramais para vagões em reserva, segregados, carregados e duas peras ferroviárias para manobras de locomotivas e vagões, visando aumentar a eficiência na operação de desembarque dos caminhões e embarque nos vagões.

“Com a construção do terminal intermodal em Inocência e as ampliações dos terminais portuárias em Santos estamos nos aproximando de viabilizar cada vez mais a operação da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para mundo’, e com essas estruturas estamos conectando as pessoas aos nossos produtos por meio de uma logística mais competitiva, efetiva e, principalmente, mais sustentável para o planeta. Além disso, estamos colaborando para o desenvolvimento socioeconômico da região como um todo”, afirma Maurício Miranda, diretor de Engenharia da Suzano.

Com a estrutura, a produção da nova fábrica da Suzano será escoada por meio de transporte rodoviário de Ribas do Rio Pardo até Inocência, passando pelas rodovias BR-262 e MS-277, e, de Inocência, por meio de transporte ferroviário até os terminais da companhia no Porto de Santos pela Malha Norte (bitola larga).

“Além de mais eficiente e competitivo, o transporte ferroviário retira caminhões das estradas, tornando-se uma alternativa sustentável. Já somos ‘carbono negativo’, ou seja, capturamos mais CO² do que emitimos, e queremos ser cada vez mais. Por isso, todo o nosso projeto, desde a construção da fábrica até o escoamento da nossa produção, é pensado dentro do conceito de inovabilidade, a junção de inovação e sustentabilidade. A medida ainda vem ao encontro dos compromissos firmados pela empresa de remover mais de 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2030”, completa Maurício.

As obras do terminal intermodal tiveram início no primeiro semestre deste ano. Atualmente, são cerca de 280 trabalhadores atuando em três frentes de trabalho: serviços de terraplanagem, início da implantação da ferrovia e execução das fundações prediais. No pico da obra, que deve ocorrer em novembro deste ano, serão cerca de 320 postos de trabalho gerados. Após a conclusão, prevista para o terceiro trimestre do próximo ano, serão 80 postos de trabalho para a operação do terminal.

Com os novos investimentos, a Suzano passará a contar com dois terminais intermodais no Mato Grosso do Sul. O primeiro implantado pela companhia foi inaugurado em 2017, em Aparecida do Taboado, para escoar a produção da Unidade de Três Lagoas.

PORTO DE SANTOS

Paralelamente à implantação do terminal no Mato Grosso do Sul, a Suzano também já iniciou as obras de ampliação e melhorias nos dois terminais em operação no Porto de Santos, o T32 e DPW, este último operado em parceria com a empresa DP World Santos. As obras foram iniciadas em fevereiro deste ano e seguem simultaneamente nos dois terminais intermodais, aumentando em 30 mil m² as áreas somadas de depósito atual, além de implantar sistemas para melhorias nos processos.

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Entre as ações de modernização e otimização das operações nos terminais em Santos, estão: implantação de pórticos rolantes para o descarregamento de cargas levadas via ferrovia ao terminal T32, visando aumentar a segurança e a eficiência da operação. Operado por uma sala de controle, o sistema tem capacidade para descarregar até 44 vagões ao mesmo tempo, substituindo o uso de empilhadeiras. Os pórticos têm capacidade para movimentar 48 toneladas de celulose.

Além disso, o sistema de pontes rolantes, uma inovação da Suzano no Terminal DPW, será ampliado com a instalação de duas novas pontes rolantes para movimentação de celulose. As pontes, oito ao todo após a conclusão das obras, têm capacidade individual para carregar até 40 toneladas de celulose.

Atualmente, as obras encontram-se em fase de finalização do estaqueamento e início da montagem das estruturas metálicas dos depósitos, o que corresponde a 40% do projeto. São cerca de 450 pessoas trabalhando nos dois terminais. Já no pico, serão 550 trabalhadores atuando nas obras de ampliação. A previsão é que as ampliações dos dois terminais sejam concluídas até julho de 2024.

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Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Lote de madeira serrada de Pinus Taeda é oportunidade no marketplace Central de Materiais

Uma das espécies florestais de maior cultivo no Brasil, o Pinus Taeda tem grande utilização no setor moveleiro, na construção civil e também para embalagens, como caixas e papelão. E o marketplace Central de Materiais, do grupo SYX Global, está vendendo um lote de 33,552 m3 do material.

Ao todo, são 1.320 peças de 38x200x2600mm e 432 peças de 38x175x2600mm, que estão localizadas na cidade de Almirante Tamandaré (PR). O valor proposto é de R$ 700,00 m³. É possível visitar o lote e enviar propostas para avaliação. Mais informações, pelo link https://centraldemateriais.com.br/p/madeira-serrada-de-pinus-taeda-33552-m3-14135

O marketplace Central de Materiais é um local para quem procura ativos que estão sendo vendidos por indústrias, desde pequenas partes e peças até grandes máquinas ou veículos leves e pesados, e faz parte do grupo SYX Global.

Sobre a empresa -A SYX foi fundada em 2012, como Central de Materiais, e é um centro de negócios que realiza a gestão de ativos e inservíveis de empresas, organizando e otimizando o processo de venda desses materiais. A jornada começa desde a avaliação até a entrega, proporcionando capital de giro e liberação de espaço, de forma sustentável e através de uma enorme base de compradores. Atualmente, a SYX é a marca principal, sendo a Central de Materiais o marketplace oficial da marca.

Em 2021 e 2022 conquistou o 3º lugar no ranking da categoria Cleantechs do Brasil pela 100 Open Startups, sendo em 2022 o 54º lugar no ranking geral. Também foi escolhida pela Endeavor para participar do Escale-up 2021 – Programa de Aceleração das Empresas que mais Crescem no Brasil. Em 2022, foi escolhida pela segunda vez consecutiva para receber o selo Cubo do Itaú e fazer parte do maior hub de inovação da América Latina.

syxglobal.com

centraldemateriais.com.br

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A extração de resina sem cortes, testada nos pinhais da Espanha

Comunidade florestal de Bolmente colabora com empresa em plano piloto

A comunidade florestal da freguesia de Bolmente, no concelho de Sober , acaba de colocar em prática um projeto experimental de extração de resina que não exige grandes cortes nos pinheiros. Com o sistema que está sendo testado, a casca da árvore não é retirada nem barcos são usados ​​para coletar o líquido. A extração é feita através de um pequeno orifício feito no tronco com uma furadeira . Um tubo plástico inserido na cavidade do tronco desvia a resina para dentro do saco. Especialistas acreditam que esse método é mais sustentável, devido ao menor impacto sobre o pinus.

O produto resultante, por outro lado, é de maior qualidade, pois está livre das impurezas que vão parar nos recipientes quando se utiliza o método de extração mais comum. «Vamos ver a compatibilidade deste sistema com os abates e a resina que dá. A empresa, por sua banda, também terá que avaliar a rentabilidade” , diz a presidente da comunidade florestal de Bolmente, Berta Pérez Piñeiro. O projeto-piloto, como explica, realiza-se por proposta e em colaboração com uma empresa do município ourense de A Rúa que desenvolve a sua atividade em vários pontos da Galiza e que na Sober trabalha com gente da zona.

Desde um mês atrás

Os residentes de Bolmente possuem cerca de 600 hectares de floresta e terrenos nas margens do desfiladeiro do Sil, dos quais cerca de metade são plantados com pinheiros . A comunidade administra diretamente aquela área há um mês, depois de não renovar o acordo que havia assinado com os Xunta na última década dos anos setenta. Também no concelho de Sober, a freguesia de Doade optou por recuperar a gestão da serra. Os membros da comunidade de Barantes estão trabalhando nisso.Pinheiros com sacos para a resina na floresta propriedade dos residentes de Bolmente

Pinheiros com sacos para resina no mato pertencentes aos moradores de Bolmente CARLOS RUEDA

Existem outras zonas a sul de Lugo onde se extrai a resina dos pinheiros. As comunidades dos concelhos de Pantón e Folgoso do Courel já o exploram há algum tempo, embora neste último caso os incêndios do último verão tenham interrompido muitos projetos . O sistema que se utiliza nestas serras é o da aplicação de fendas cortadas e consequente remoção da casca. Os moradores de Bolmente, porém, não estavam dispostos a introduzir esta técnica. “Você vê um pinhal como este e é ‘muitas vezes uma matança’ ” , diz Berta Pérez. Esses cortes ou entalhes, a seu critério, acabam sendo prejudiciais à árvore.

Perto de A Cividade

Para desenvolver o projeto-piloto com a empresa de A Rúa, escolheram um pinhal que já tinha atingido o seu crescimento máximo . Prevê-se o seu corte entre 2024 e 2025, de acordo com o plano de gestão florestal que a comunidade florestal elaborou quando terminou o acordo com os Xunta. De cada árvore pendem três sacos para a extracção de resina, como se pode ver no acesso ao miradouro sobre o Sil de A Cividade, que na verdade é um aceiro propriedade da comunidade serrana de Bolmente.

Ao contrário de Doade, onde tem vindo a ser reflorestada com outras variedades, em Bolmente apostam no pinheiro no seu plano de gestão pelas características do terreno e por ser uma espécie que se regenera , refere o presidente. Se o projeto de extração de resina com esse novo sistema for rentável, ele será estendido para outras partes da floresta. Idealmente, deve ser compatível com o corte da madeira, embora essa possibilidade dependa dos resultados.

“Fora da Galiza, nas grandes áreas de resina de madeira, não se cortam dois pinheiros que se utilizam para esta utilização ”, refere Berta Pérez. Na Galiza, pelo contrário, praticamente todas as comunidades que exploram este recurso o compatibilizam com o abate e posterior comercialização da madeira. O sistema de extração agora em teste em Bolmente foi testado pela primeira vez na França em 2015 , para obter resinas de alta qualidade sem reduzir o crescimento das árvores. Há dois anos foram introduzidos projetos experimentais de palheta com broca em várias províncias de Castilla-La Mancha.Especialistas consideram que cortes no tronco acabam afetando o crescimento da árvore

Especialistas consideram que cortes no tronco acabam afetando o crescimento da árvore MONICA IRAGO

Os prós e contras de desistir de acordos de manejo florestal

Até recentemente, praticamente toda a área de floresta comunal no sul de Lugo era gerida sob um acordo com a administração autónoma. Os proprietários cediam o uso da floresta à Xunta, que se encarregava de fazer as plantações — sistematicamente pinheiros — e comercializar a madeira. 30% da receita resultante foi retida para manejo e repovoamento, enquanto os 70% restantes foram pagos pelas comunidades . O habitual é que este dinheiro fosse utilizado para pagar obras prioritárias nas freguesias, embora nalguns casos acabasse por financiar as orquestras das festas dos padroeiros.

Os acordos de manejo florestal assinados há trinta anos ou mais estão expirando. Comunidades como Bolmente já optaram pela gestão direta das terras que possuem. «O acordo é mais cómodo, mas também há um maior descontrolo da serra» , apontam numa destas associações. Algumas associações da zona sul constataram, por exemplo, que ao fim de trinta anos de acordo tinham contraído uma dívida com a administração superior a 200 mil euros.

O plano inicial da Xunta era não renovar nenhum dos acordos madeireiros, mas finalmente foi aplicada uma moratória para as comunidades que preferissem manter esta colaboração . Quem optar por recuperar o manejo da floresta deve elaborar um plano de manejo, para o qual conta com uma linha de subsídios da administração.

Fonte: La Voz de Galicia

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