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Governador de Mato Grosso se reúne com empresário para discutir implantação de fábrica de celulose

O governador Mauro Mendes se reuniu com o empresário Jackson Wijaya, fundador da Paper Excellence, em Shanghai, neste domingo, visando detalhar a realidade do estado, que estuda a viabilidade no futuro de instalar mais uma planta de celulose no Brasil. Mauro ressaltou o crescimento do Estado em 7% ao ano.

“Somos um estado que tem grandes potencialidades e oportunidades para todos os setores, inclusive a celulose”. Também participaram do jantar a primeira-dama Virginia Mendes, a filha do casal, Ana Mendes, o presidente da FIEMT, Silvio Rangel, e os secretários César Miranda (Sedec) e Rogério Gallo (Fazenda).

“Estamos trabalhando muito nessa viagem à Ásia para ampliar e atrair investimentos para o nosso estado, pois acredito que esse é o papel do governo, o de abrir as portas e ser a ponte entre os investidores e as oportunidades existentes no nosso Estado”, concluiu Mendes.

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Suzano faz jogada de mestre com investimentos estratosféricos em SP e no ES para gerar empregos e renda

Suzano, líder do setor de celulose e papel, anuncia expansões em suas operações no Brasil, trazendo expectativas de crescimento e emprego

A Suzano recentemente anunciou investimentos bilionários que impulsionarão suas operações no país. Com um investimento total de 1,66 bilhão de reais, a empresa está construindo uma nova fábrica de papéis sanitários em Aracruz (ES), substituindo sua caldeira de biomassa na mesma localização e realizando melhorias em sua fábrica em Limeira (SP). Essas iniciativas prometem não apenas aumentar a capacidade de produção da empresa, mas também gerar empregos nas regiões.

Nova fábrica de papel sanitário da Suzano

A nova fábrica de papel sanitário, que incluirá produtos higiênicos e toalhas, será a sétima da Suzano no Brasil. Com uma capacidade de produção anual de 60 mil toneladas, ela elevará a capacidade total da empresa neste segmento para impressionantes 340 mil toneladas por ano. Prevê-se que a produção comece no primeiro trimestre de 2026, após um investimento de 650 milhões de reais.

Uma parte substancial desse investimento, 520 milhões de reais, será coberta por meio de créditos de ICMS que a empresa detém no Estado. Essa estratégia não apenas fortalece as finanças da Suzano, mas também reduz o raio médio de atendimento aos clientes, resultando em uma competitividade logística maior, como destacou Luis Bueno, diretor de produtos de consumo e assuntos corporativos da Suzano. Apesar da nova fábrica, a Suzano planeja manter suas outras sete unidades fabris, mantendo sua participação de mercado de 24% no segmento de papel tissue no Brasil.

Modernização e sustentabilidade

Em Aracruz, a Suzano também aprovou a substituição de sua caldeira de biomassa existente, um investimento estimado em 520 milhões de reais. Com a nova caldeira em operação no quarto trimestre de 2025, a empresa aumentará sua capacidade de geração de energia renovável a partir do vapor produzido no processamento da celulose.

Esse aumento na capacidade de energia renovável deve reduzir marginalmente os custos operacionais, contribuindo para uma operação mais eficiente. Esse investimento faz parte de um esforço contínuo de modernização da fábrica de Aracruz, que tem origem na década de 1970, segundo Walter Schalka, presidente-executivo da empresa.

Expansão da produção de celulose fluff

Além das melhorias em Aracruz, a Suzano também anunciou um investimento de 490 milhões de reais para a produção de celulose fluff a partir de eucalipto em Limeira (SP), onde a empresa já produz papel. Celulose fluff é um componente essencial em produtos como fraldas e absorventes higiênicos, e a demanda por ele aumenta devido aos altos preços nos mercados internacionais.

O investimento em Limeira incluirá a conversão de uma máquina de secagem de celulose, permitindo à empresa a flexibilidade de produzir tanto celulose para papel quanto celulose fluff. Prevê-se que as obras estejam concluídas no quarto trimestre de 2025. Com esse investimento, a capacidade total de produção de celulose fluff da Suzano aumentará de 340 mil toneladas por ano para 440 mil já em 2025.

Geração de empregos e impacto na economia com novos investimentos da Suzano

Esses investimentos não apenas fortalecem a posição da Suzano no mercado nacional e internacional, mas também têm um impacto positivo na economia local. A construção da nova fábrica em Aracruz e a modernização das instalações existentes irão gerar empregos e renda nas regiões onde a empresa opera.

A estratégia da Suzano está alinhada com a competitividade global na produção de celulose de eucalipto, e a empresa está atenta ao crescimento da demanda por celulose de fibra curta em substituição à fibra longa. Embora os resultados específicos da unidade de papel tissue ainda não tenham sido divulgados, a empresa está se aproximando do patamar de relevância que produzirá impacto no resultado global da companhia.

Com esses investimentos, a Suzano continua a desempenhar um papel fundamental na indústria de papel e celulose no Brasil, e também contribui para o desenvolvimento econômico das regiões onde opera e a geração de empregos.

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MPF recomenda anulação do acordo de venda da Eldorado Brasil

Em uma das tantas frentes judiciais pela disputa da Eldorado Brasil, na semana passada, a novela ganhou um novo capítulo

Em uma das tantas frentes judiciais pela disputa da Eldorado Brasil, na semana passada, a novela ganhou um novo capítulo, agora com o pedido de anulação da venda da fábrica de celulose instalada em Três Lagoas.

Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), de Mato Grosso do Sul pede a nulidade da transação de compra da fábrica pela Paper Excellence, sob a alegação de que empresa de capital estrangeiro precisaria ter o aval do Congresso Nacional e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para autorizar o negócio.

Em audiência realizada no final da semana passada, na 1ª Vara Federal de Três Lagoas, o MPF recomendou que a venda da fábrica seja anulada, uma vez que a Paper Excellence é uma empresa de capital estrangeiro e que não obteve a autorização do Congresso para adquirir terras no Brasil, como previsto em lei.

Na audiência de conciliação conduzida pelo juiz Roberto Polini, da 1ª Vara Federal de Três Lagoas, não houve acordo entre as partes. A Paper Excellence reiterou seu interesse em manter a compra da fábrica e a J&F propôs o cancelamento voluntário do negócio, a partir da recompra de 30,5% das ações da Paper. Para atender a legislação, a Paper se comprometeu a se desfazer das áreas que sejam próprias da companhia, correspondentes a apenas 5,07% do total da área plantada utilizada, após assumir o controle.

As propostas da J&F e da PE foram recusadas. A ação civil pública, originada pela Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Mato Grosso do Sul), prossegue na 1ª Vara Federal de Três Lagoas.

Imbróglio

A “briga” pelo controle de 100% da fábrica de celulose Eldorado Brasil virou uma disputa jurídica sem precedentes. A cada semana uma decisão diferente trava, inclusive, investimentos bilionários para a ampliação da fábrica de Três Lagoas. A segunda linha de celulose orçada em R$ 14 bilhões já era para ter sido instalada, se não fosse essa instabilidade que tem caracterizado esse caso.

A Paper Excellence, que já venceu uma arbitragem contra a J&F, detém 49,41% da Eldorado e luta para assumir 100% do seu controle, em um litígio que se arrasta há mais de cinco anos. A J&F ainda tem o controle de 50,59% das ações.

Por: RCN67

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