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SOS Pantanal lança campanha de doações para as Brigadas Pantaneiras 

Com a repetição sistemática dos incêndios no bioma, ONG faz campanha visando aumento no efetivo de combatentes às chamas e mais horas de treinamento junto às comunidades locais

A proteção e a reconstrução do Pantanal dependem de iniciativas urgentes. Os últimos anos mostraram-se extremamente severos ao bioma, que abriga uma das maiores biodiversidades do planeta. É preciso unir forças, em todas as esferas, para que seja possível salvar fauna e flora da maior área alagável do planeta e, diante deste desafio, a sociedade civil tem papel imprescindível. É essa consciência que o SOS Pantanal lança uma campanha de doações para ampliação e desenvolvimento do projeto Brigadas Pantaneiras, que, desde 2020, está à frente nas linhas de combate ao fogo na região.

Em novembro deste ano, o fogo devorou mais uma vez o coração do Pantanal, deixando para trás uma paisagem de destruição e desolação. A atuação de forças combinadas entre Brigadas Pantaneiras, governos estadual e federal e outras organizações foi essencial para que não fossem repetidos cenários como o de 2020, quando quase 30% de todo bioma foram varridos por queimadas. Nesta época, mais de 4 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, o que equivale a 26 cidades do tamanho da capital paulista.

As Brigadas Pantaneiras têm um propósito claro: prevenir e responder aos focos de incêndio. Além disso, busca estruturar fazendas e comunidades para desempenhar papéis cruciais em operações coordenadas pelas instituições competentes. A formação de uma rede de brigadas rurais é a chave para a eficácia desse trabalho. Nesta nova fase de atuação, o SOS Pantanal unirá forças para fortalecer o projeto, visando a consolidar uma rede de 59 brigadas atuantes.

Até outubro deste ano as brigadas foram responsáveis pela diminuição em 94,5% de área queimada em suas locações, com redução de 96,2% dos focos de calor. Esses números podem se tornar ainda mais expressivos com a expansão planejada. Para isso, cada doação contribuirá diretamente para cobrir custos de logística e operação dos brigadistas, que enfrentam riscos diários para proteger fauna, flora e o equilíbrio ecológico do Pantanal.

Como Sua Doação Faz a Diferença:

– Treinamentos essenciais: a contribuição financia treinamentos contínuos para as Brigadas Pantaneiras, capacitando-as a agir com eficácia e segurança.

– Equipamentos vitais: cada real doado significa a garantia de que os brigadistas terão os equipamentos necessários para enfrentar as chamas e proteger o ecossistema.

– Planos de manejo integrado do fogo: as doações apoiam a implementação de estratégias eficientes de manejo do fogo, visando à prevenção de futuros desastres.

– Monitoramento remoto: a tecnologia é uma aliada na proteção do Pantanal. Seu apoio sustenta o monitoramento remoto, proporcionando uma resposta rápida a novos focos de incêndio.

– Assessoria técnica: os brigadistas precisam de suporte contínuo, e a doação contribuirá para a assessoria técnica, garantindo a manutenção de equipamentos e ações preventivas.

MEIO DE DOAÇÃO:

Pix SOS Pantanal: contato@sospantanal.org.br

No site www.sospantanal.org.br/ é possível apoiar e realizar doações.

Sobre o Instituto SOS Pantanal

Fundado em 2009, o Instituto SOS Pantanal é uma instituição sem fins lucrativos que promove a conservação e o desenvolvimento sustentável do bioma Pantanal por meio da gestão do conhecimento e da disseminação de informações sobre o ecossistema para governos, formadores de opinião, comunidades, fazendeiros e pequenos proprietários de terra da região, assim como à população em geral. Tem por missão, ainda, atuar permanentemente em prol da conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.

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Na semana da COP28, União Europeia defende economia circular para reduzir a poluição na Amazônia

Instituição lançou estudo que defende protocolo entre os países da região para promoção de ações conjuntas na área, com alinhamento de políticas públicas e regulações 

A União Europeia promoveu um encontro com autoridades nacionais e internacionais para debater o problema da poluição plástica na Amazônia, na semana de início da COP28. O evento, que foi realizado em Brasília com apoio da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), defendeu que a solução passa por iniciativas de economia circular nos países amazônicos. 

Durante o evento, a União Europeia lançou um estudo do Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP) que destaca a necessidade de um protocolo de cooperação para promoção da economia circular na região, com a participação de todos os países, para o compartilhamento de políticas públicas, práticas e regulamentações. 

“O Rio Amazonas é o segundo rio mais poluído do mundo em termos de plástico, atrás apenas do Rio Yangtze, na China. Esse plástico acaba sendo transportado até o Oceano Atlântico, tornando a Amazônia uma das novas fronteiras da poluição plástica. Por isso, surge a necessidade de enfrentar este desafio de maneira coordenada. O Programa Plásticos Circulares nas Américas junta vários atores para colocar a economia circular no topo das discussões relacionadas com as mudanças climáticas e a transição ecológica”, disse Jean-Pierre Bou, chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil.

A iniciativa faz parte do roadshow da “União Europeia-Brasil: Soluções para a Economia Circular”, que já percorreu Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, e veio a Brasília para estimular a articulação dos setores público e privado na busca de soluções concretas para o problema da poluição plástica na Amazônia, visando a construção de uma agenda comum entre os oito países que compartilham a maior bacia hidrográfica do mundo. 

“Nós temos 50 milhões de habitantes na bacia do Rio Amazonas e 60% deles habitam na parte urbana. Este é um grande desafio da economia circular e da bioeconomia, que são temas da Declaração de Belém. Temos também um problema da questão fronteiriça para tratar de agendas regionais e nacionais. É um dos assuntos que estamos nos dedicando e ganhando experiência para poder trabalhar com diferentes países”, afirma Alexandra Moreira, secretária geral da Secretaria Permanente da OTCA.

Protocolo de regulações

O estudo divulgado foi realizado por Fabricio Soler, especialista em direito ambiental, e fez uma comparação entre as legislações nacionais, estaduais e municipais, do Brasil, Peru e Colômbia, em relação à economia circular e gestão de plástico na bacia do Rio Amazonas.

O protocolo defendido na pesquisa envolve regulação de plásticos, gestão de resíduos sólidos, instrumentos de promoção e financiamento, responsabilidade ampliada do produtor, eliminação de lixões, dentre outros temas.

“Os países, estados e cidades têm conhecimento. Alguns são mais avançados em um assunto e alguns são em outros. Por isso, é necessário o compartilhamento desse conhecimento”, afirmou Soler.

Por seu mandato institucional e intergovernamental, a OTCA é a organização recomendada no estudo para assumir a coordenação desta agenda para a região.

Histórico

A ideia do evento do Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP), da União Europeia, surgiu de uma missão exploratória na cidade colombiana de Letícia, que faz fronteira com o Brasil e com o Peru. No local, a equipe identificou diversos problemas fronteiriços relacionados à gestão de resíduos, como, por exemplo, o fato de que resíduo reciclável do município vai por avião militar para Bogotá para ser tratado, ao invés de ir à Tabatinga, a 10 minutos da fronteira com o Brasil, ou por rio para Manaus. Com isso, CPAP percebeu que são necessários novos modelos de negócios transnacionais mais compatíveis com os princípios da economia circular. 

“A poluição plástica não reconhece fronteiras. O plástico deixado em Iquitos ou em Letícia seguramente vai acabar no Atlântico. Então é muito importante que esse problema seja tratado por todos os países. O princípio da economia circular é que não existem resíduos, pois tudo se aproveita. Quando a gente pensa na economia circular do plástico, é como as grandes empresas vão produzir esses produtos sabendo a sua disposição final”, disse Stephanie Horel, representante da Delegação da União Europeia no Brasil.

Seminário

Durante o evento “Ambição para uma Amazônia Circular: Cooperação regional no combate à poluição plástica”, foram reunidos representantes do setor privado, ONGs, comunidades locais e agentes do setor público para promover uma união de esforços para ampliar as discussões sobre o tema.

O encontro teve a participação de Jean-Pierre Bou, chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil; Stephanie Horel, representante da Delegação da União Europeia no Brasil; Alexandra Moreira, secretária geral da Secretaria Permanente da OTCA; Marco Diogo, chefe da Representação do Banco Europeu de Investimento no Brasil; Cecília Guerra, executiva sênior da Diretoria de Assessoria Técnica de Biodiversidade e Clima, da Gestão de Ação Climática e Biodiversidade Positiva, do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF); Vitor Leal Pinheiro, gerente de Políticas para o Clima do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); Adalberto Maluf Filho, secretário de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; Aline Damasceno Ferreira Schleicher, secretária-executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC); Sissi Alves, coordenadora-geral de Economia Circular do MDIC; entre outras autoridades.

O seminário foi realizado na sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e é fruto de uma parceria entre a União Europeia, por meio do Programa Plásticos Circulares nas Américas, OTCA e a Prefeitura de Manaus, representada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMAS), com o apoio do Governo do Estado do Amazonas.

Sobre o Programa Plásticos Circulares nas Américas

Lançado em janeiro de 2021, o Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP) é uma iniciativa financiada pela União Europeia para a troca de experiência em ações de fomento à agenda verde. O CPAP tem o objetivo de apoiar a transição para uma economia circular de plásticos por meio do diálogo e da cooperação internacional, no Brasil e na Colômbia. O programa promove encontros para estimular a busca de alternativas viáveis e alinhadas com os objetivos da iniciativa e conta com o apoio dos governos locais, instituições de ensino e pesquisa, organizações do trade turístico e parceiros da iniciativa privada. O intuito é engajar diferentes atores do cenário nacional para a implementação de iniciativas concretas a serem apoiadas pelo programa e também por parceiros europeus.

A Delegação da União Europeia no Brasil é uma das 146 missões diplomáticas da União Europeia em todo o mundo. Trabalha em estreita coordenação com as missões diplomáticas dos 25 Estados-Membros da UE acreditadas no país, promovendo os valores e as políticas da União Europeia, representando a UE e os seus cidadãos e criando redes e parcerias.

Veja vídeos sobre o programa:

Amazônia Circular – Episódio 1: https://drive.google.com/file/d/1YGD8iei7UORW7DAmucQq4diGlUgRDV9q/view?usp=sharing

Amazônia Circular – Episódio 2: https://drive.google.com/file/d/1YK3pb55paQPUnY71inCF570uILkAP4vR/view?usp=sharing

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Lei proíbe cultivo de soja, cana, eucalipto e confinamento de gado no Pantanal

Projeto apresentado na Assembleia traz série de regulamentações para proteção do bioma

Dentre as mudanças e regulamentações previstas no projeto que cria a Lei do Pantanal, apresentado hoje na Assembleia Legislativa pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), está a proibição de alguns cultivos da agricultura comercial e confinamento em áreas de proteção.

Conforme o projeto, fica vedada a “a implantação de cultivos agrícolas, tais como, soja, cana-de-açúcar, eucalipto e qualquer cultivo florestal exótico”.

Os cultivos consolidados comerciais e já implantados até a publicação da lei poderão ser mantidos, mas sendo proibida a ampliação da área. Nestes casos, o proprietário deverá proceder com o licenciamento ambiental.

É considerado cultivo consolidado comercial as áreas de produção da safra verão 2025/2024, conforme delimitado no mapa do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA-MS).

Se excetuam da proibição também os cultivos da agricultura de subsistência, realizados em pequenas propriedades ou em propriedade rural familiar, e também o cultivo sem fins comerciais, inclusive de espécies utilizadas na suplementação alimentar dos animais de criação dentro do próprio imóvel.

O projeto também traz a proibição da instalação da atividade de confinamento bovino, ressalvados os casos de concentração de gado em períodos de cheia ou de emergência ambiental.

Ainda entre as proibições estão a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e de novos empreendimentos de carvoaria, podendo ser mantidos os já existentes até a data em que vencer a licença ambiental concedida.

Ao entregar a proposta, o governador Eduardo Riedel afirmou que 84% do Pantanal está preservado e que a nova lei irá regulamentar o que pode e onde poderá haver produção da pecuária e da agricultura.

“Muito da preservação se deve às comunidades que moram lá, mas a expectativa é regulamentar, com base em dados da ciência, para deixar bem definido o que pode e o que não pode. A lei traz esse mecanismo”, disse Riedel.

“O Pantanal tem mais de 9 milhões de hectares e só 2.800 hectares de plantio de soja. Então vamos regulamentar as culturas possíveis, não mexendo com o passado, mas sim olhando para o futuro, de forma a manter e valorizar as comunidades já instaladas por lá”, acrescentou o governador.

Fundo do Pantanal

A lei traz ainda limitações para supressão de vegetação. 

Desde agosto deste ano, está suspensa a concessão de licença ou de autorização de supressão vegetal da área do Pantanal até que entre em vigor da nova legislação.

Uma das novidades, segundo detalhou Riedel, é a criação do Fundo do Pantanal, que prevê que 50% dos valores de multas ambientais serão revertidas para este fundo, para ações no bioma.

O Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal (Fundo Clima Pantanal), o qual tem como objetivo específico: 

“promover o desenvolvimento sustentável do Bioma Pantanal e possibilitar a gestão das operações financeiras destinadas ao financiamento de Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais na AUR Pantanal”, informa o texto. 

Uma das ideias gerais é que, por exemplo, nos casos de aplicação de multas, 50% dos recursos arrecadados sejam destinados ao Fundo, os quais serão aplicado em benefício do Pantanal e dos produtores que cumprirem a lei. 

Alexandre Bossi, presidente do SOS Pantanal, afirma que, no geral, a construção do projeto de lei foi positiva, com produtores cedendo de um lado e ambientalistas de outro, até se chegar a um consenso.

“Mesmo abrindo mão dos percentuais de supressão vegetal que existem desde o decreto 2015, a gente ganhou porque está escrito agora que não é permitido soja e plantação de milho no Pantanal, isso não estava antes, então você vê que foi uma construção em que a gente cede aqui, vocês entregam ali”, acrescentou.

Riedel ressaltou que a lei tem objetivo de proteger o Pantanal, mas não resolve todos os problemas.

“Ela [lei] é direcionada à questão ambiental e à questão produtiva, mas sem dúvida nenhuma que, ao instituir um fundo que a gente pôs esse olhar sobre o bioma Pantanal, a gente desdobra em ações que são extremamente importantes não só para o bioma, mas para o Mato Grosso do Sul”, reforçou. 

Tramitação

O projeto de lei será votado em regime de urgência na Assembleia Legislativa, com expectativa de ser aprovado até o dia 20 de dezembro, segundo informou o presidente da Casa, Gerson Claro (PP).

Ante de ir para votação, o projeto será analisado pelos 24 deputados e deputadas estaduais para chegar a um texto equilibrado.

Nesta quarta-feira (29), haverá uma audiência pública para debater a proposta, aberta ao público externo e a Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, às 14h, no Plenário Júlio Maia.

De acordo com o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Renato Câmara (MDB), a ideia é discutir caminhos para amenizar qualquer possível divergência.

“Queremos achar um ponto de equilíbrio, para que a produção não ultrapasse os limites e possa dar continuidade a algo sustentável. Esse é um encaminhamento do ganha-ganha”, disse. 

Informações: Correio do Estado.

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Em evento, Arauco mostra gigantismo de investimento em MS

“Projeto Sucuriú”, que detalha toda a estratégia no Estado, foi explicado em almoço com a imprensa local

Durante evento nesta quinta-feira (30), em Campo Grande, a Arauco, empresa chilena que tem planos de inaugurar a maior fábrica de celulose do mundo em Mato Grosso do Sul, apresentou seu balanço anual de ações e perspectivas para 2024. De acordo com balancete, o ano se encerra com avanços importantes e ótimas perspectivas relacionadas ao Projeto Sucuriú, que se trata da primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil, que será inaugurada em Inocência, cidade distante 330 quilômetros da Capital. 

Durante encontro, que reuniu diretores da empresa e jornalistas, Carlos Altimiras, CEO da Arauco Brasil, disse que foram feitas muitas consultorias antes de decidir Mato Grosso do Sul para ser a “casa” da fábrica. “Foram muitos fatores, como a localização e distâncias, a logística de transporte e o solo […], encontramos em MS a melhor alternativa, tanto para a primeira linha [retorno imediato] como a longo prazo”, esclareceu à imprensa. 

O executivo ainda declarou que que a produção de celulose no Brasil é mais vantajosa que no Chile, pelas próprias condições climáticas e geográficas. Além disso, o CEO expôs que a fábrica deverá contar com 400 mil hectares de florestas de eucalipto para produzir celulose. Ele ainda explicou que por ser uma empresa chilena [estrangeira], a área não pode ser adquirida de forma legal, por isso terá que contar com áreas alugadas ou mediante usufruto.

Também presente na reunião, o gerente de Relações Institucionais e ESG, Theófilo Militão, contou que a instituição já esteve presente no município para realizar capacitações educacionais e profissionalizantes, eventos, oficinas de educação ambiental e formação de professores ao longo do ano a fim de desenvolver a comunidade local. 

Também, desde a assinatura do Termo de Acordo em 2022, diretores e equipe técnica da empresa têm se reunido com autoridades de Inocência e do governo do Estado, além de entidades como o Sistema S, formado por Sebrae, Sesi, Senac, Senai e Senar, FIEMS, e lideranças da região para planejamentos envolvendo a logística e infraestrutura do município.

Com planos de início das obras em 2025 e operação em 2028, a obra tem um investimento previsto de US$ 3 bilhões, com a previsão de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano. A expectativa é alcançar até o final do ano de 2024 a meta de ter disponível 80% dos cerca de 400 mil hectares.

Este ano também foi marcado para a empresa por estudos, planejamento e desenvolvimento sustentável das reservas florestais, que servirão de contribuição concreta para a construção de uma economia baseada no consumo de bens e serviços derivados do uso direto e transformação sustentável dos recursos naturais.

Sendo a primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como carbono neutro, as fazendas da Arauco em Mato Grosso do Sul também contam com certificação FSC® (Forest Stewardship Council®), que reconhece o manejo florestal ambientalmente adequado.

Informações: JD1 Notícias.

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Arauco espera ter 80% das áreas para florestas já em 2024

A empresa deverá contar com 400 mil hectares de florestas de eucalipto para produzir celulose

A empresa chilena Arauco espera alcançar até o final do ano que vem a meta de ter disponível 80% dos cerca de 400 mil hectares que precisará para o plantio de florestas para a plena operação da fábrica de celulose que vai construir em Inocência, região nordeste de Mato Grosso do Sul. O CEO da empresa, Carlos Altimiras, veio a Campo Grande e deu detalhes do projeto, que tem investimentos estimados em R$ 28,5 bilhões, um dos maiores do País.

Conforme Altimiras, a empresa terá que contar com áreas arrendadas ou mediante usufruto, uma vez que é estrangeira e, nessa condição, há impedimento legal para aquisição de propriedades. O executivo informou que já estão assegurados 280 mil hectares e a previsão é chegar a 320 mil durante 2024.

A empresa já vem cultivando florestas de eucalipto em Mato Grosso do Sul, com cerca de 80 mil hectares plantados esse ano e expectativa de expandir mais 60 mil em 2024. Até para poder contar com a matéria prima para produzir a celulose é que o planejamento da Arauco é ativar a unidade em 2028. A empresa ainda está na fase de licenciamento, com expectativa de iniciar as obras da fábrica em 2025, em uma área a 35 quilômetros da cidade.

O empreendimento deverá ter cerca de 10 mil pessoas envolvidas com a obra em seu auge, segundo constou no Rima (Relatório de Impacto Ambiental). Para a produção, devem ser cerca de 1.070 pessoas. Na fábrica, serão produzidas 5 toneladas de celulose, com previsão de emprego de 10,5 toneladas de eucalipto para cada linha de produção.

Altimiras explicou que a produção de celulose no Brasil é mais vantajosa que no Chile, pelas próprias condições climáticas e geográficas (uma floresta fica pronta em metade do tempo que naquele País), além da estrutura de engenharia ser mais simples, diante do risco de terremotos no Chile e o custo dos riscos nas obras. Segundo ele, entre os fatores que levaram Mato Grosso do Sul a ser escolhido como a melhor opção para o empreendimento estão a localização e distâncias, a logística de transporte e o solo.

Ele explicou que a empresa faz suas previsões com um olhar de longo prazo, especialmente porque o eucalipto demora em média sete anos para poder ser cortado. Altimiras destacou a sustentabilidade da produção de celulose, que pode ser utilizada para produção de papel, embalagens e tecido, por exemplo, comparando-a aos concorrentes, o plástico e poliéster, produtos derivados de material fóssil. Ele mencionou que a empresa procura empregar as melhores tecnologias para poluir menos. Em Inocência, a fábrica ficará perto do Rio Sucuriú, inclusive é o nome do empreendimento, de onde será retirada a água e depois liberados os rejeitos, após processo de tratamento.

A fábrica ficará perto do Rio Sucuriú, que dá nome ao empreendimento (Foto: Reprodução Rima).

O executivo e o gerente de Relações Institucionais e ESG, Theófilo Militão, destacaram, na apresentação feita a jornalistas, a política da empresa de se envolver com a comunidade local, promovendo escutas, aproveitando a mão-de-obra  e empresas locais e a manutenção de uma agenda institucional com as autoridades. Eles informaram que a empresa contratou recentemente uma consultoria para que avalie as transformações que o empreendimento produzirá não apenas em Inocência, que tem pouco mais de 8 mil habitantes e pode saltar da 48º posição para ficar entre as dez maiores economias do Estado, mas na região.

Informações: Campo Grandes News.

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Suzano reduzirá investimento em 2024 para R$14,6 bi com finalização de obras de Projeto Cerrado

A Suzano, maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, anunciou nesta sexta-feira previsão de investimento de 14,6 bilhões de reais, ante expectativa de desembolsos de 18,5 bilhões neste ano.

A redução do orçamento ocorre principalmente pela queda nos desembolsos da empresa no Projeto Cerrado, a maior fábrica de celulose da companhia que está sendo erguida no Mato Grosso do Sul, informou a Suzano em fato relevante.

A previsão de investimento no projeto em 2024 é 4,6 bilhões de reais ante 8,9 bilhões neste ano. A empresa, que programa o início das operações produtivas da fábrica para até junho de 2024, afirmou que um montante “residual” de 500 milhões será investido na unidade em 2025. Ao todo, o investimento do Projeto Cerrado é calculado pela Suzano em 22,2 bilhões de reais.

Do total previsto para o próximo ano, 7,7 bilhões de reais serão destinados para a manutenção de instalações, enquanto o montante para expansão, modernização e outras atividades será de 900 milhões de reais.

O anúncio da Suzano ocorreu um dia depois que a rival Klabin anunciou previsão de investimento de 4,5 bilhões de reais no próximo ano, mesma cifra estimada para este ano, em meio à finalização de desembolsos em projetos de expansão de capacidade no Paraná.

Além do Projeto Cerrado, manutenções e expansão, a Suzano vai aplicar 1,4 bilhão de reais em terras e florestas em 2024, abaixo dos 2,4 bilhões a serem investidos neste ano, cifra que conta com a aquisição de ativos da Parkia.

A Suzano afirmou que os recursos para florestas e terras no próximo ano “contemplam novos investimentos oportunos que visam dar continuidade à estratégia de aumento da base florestal da companhia”.

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Arauco prevê 2º fábrica de celulose antes mesmo de concluir a primeira unidade em Inocência

A Arauco prevê a construção de uma segunda linha de produção, que deverá receber investimento de R$ 14,7 bilhões em Mato Grosso do Sul. A primeira fábrica de celulose da companhia está sendo construída em Inocência, cidade com 8,5 mil habitantes, e que vai gerar 10 mil empregos diretos no pico da construção.

O anúncio da nova linha de produção foi confirmado pelo CEO da Arauco, Carlos Altimiras, que veio a Campo Grande para fazer um balanço do projeto Sucuriú, como é denominado o investimento em Inocência. A multinacional chilena analisou vários estados e acabou optando por Mato Grosso do Sul devido ao clima, as características do solo e a disponibilidade de recursos hídricos.

Conforme o diretor da empresa, a Arauco já emprega cerca de 600 pessoas no Estado neste ano. A maior demanda por mão-de-obra ocorrerá na construção, quando serão exigidos 10 mil operários. Na fase de operação da fábrica, com capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, serão em torno de mil empregos diretos, sendo de 200 a 400 na colheita e outros na fábrica.

A previsão é de que a primeira linha de produção entre em funcionamento em 2028. Altimiras antecipou que a Arauco prevê construir uma nova fábrica, também em Inocência e com investimento de US$ 3 bilhões (R$ 14,7 bilhões). No total, o projeto prevê R$ 29,4 bilhões aplicados no Estado, mas no longo prazo. O CEO estima que a segunda linha de produção deverá ser ativada em até 15 anos – 2048.

Para atender a indústria chilena serão necessários 400 mil hectares de eucalipto. A empresa já conta com áreas arrendadas e usufruto para chegar a meta, já que não pode comprar as terras diretamente porque a legislação brasileira proíbe a aquisição de terras por empresas ou pessoas de outros países.  

Pelo planejamento da Arauco, serão acrescentados 60 mil hectares de floresta a cada ano, a partir de 2024, até chegar aos 400 mil hectares.

A fábrica vai ser instalada a 50 quilômetros da cidade de Inocência. Os alojamentos para receber os 10 mil operários deverão ser construídos no entorno da indústria como parte do esforço para mitigar os impactos sociais e evitar colapsos urbanos como os registrados em  Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo.

De acordo com Carlos Altimiras, a empresa realiza reuniões mensais com o Governo estadual e a Prefeitura de Inocência para analisar o impacto das obras em andamento. Ele admitiu que ainda não está muito claro sobre os investimentos e obras necessárias para minimizar os impactos nas áreas de saúde, educação e segurança pública.

A Arauco é 4ª fábrica de celulose a ser instalada em Mato Grosso do Sul. A 3ª está em construção pela Suzano em Ribas do Rio Pardo e teve investimentos de R$ 20 bilhões. As outras duas, da Eldorado e da Suzano, funcionam em Três Lagoas.

A Eldorado tem plano de construir uma segunda linha de produção, com investimento de R$ 20 bilhões, em Três Lagoas, mas depende do fim da guerra pelo controle da companhia entre a J & F Investimentos e a Paper Excellence.

A Bracell também tem planos de instalar uma 6ª indústria de celulose no Estado, mas a companhia mantém o projeto a sete chaves e não revela o local do empreendimento. Contudo, a empresa vem ampliando a área de floresta na região leste de MS.

CEO da Arauco tirou dúvidas e apresentou um balanço do projeto à imprensa nesta quinta-feira (Foto: Divulgação).

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