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Guia pioneiro é lançado para identificar mudas de espécies arbustivas e arbóreas para restauração florestal no RS

A Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a década da restauração de ecossistemas entre os anos de 2021 e 2030. Com o objetivo de auxiliar o Brasil e o Rio Grande do Sul a alcançar as metas pactuadas para restauração florestal neste período, a Embrapa Clima Temperado lança, neste dia 7 de dezembro, o Guia para Identificação de Mudas de Espécies Arbustivas e Arbóreas de espécies indicadas para Restauração Florestal no Rio Grande do Sul, durante a realização do XVIII Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica. O guia tem como objetivo ajudar  na correta identificação de mudas de 67 espécies nativas indicadas para restauração de ecossistemas florestais e savonóides no RS. 

O Guia será lançado para identificação de espécies arbustivas e arbóreas indicadas para restauração de ecossistemas florestais nos biomas Pampa e Mata Atlântica, ao se inserir na programação do XVIII Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica e mais quatro eventos, a II Feira da Agroecologia, a  I Oficina Pedagógica, a Mostra Cultural de Arte e Dança e a Reunião Regional de Organizações de Controle Social, na Estação Experimental Cascata, no interior de Pelotas/RS. “Este é o primeiro para mudas de espécies arbóreas nativas do Estado. Tivemos o cuidado de adaptar a linguagem para o público técnico e agricultores, permitindo que todos acessem o conhecimento de forma igual”, disse um dos pesquisadores  do Grupo de Manejo e Restauração da Vegetação Nativa, Ernestino Guarino.

O Guia de Identificação de Mudas de Espécies Arbóreas para Restauração Florestal do Rio Grande do Sul, de forma ilustrada e didática, é uma publicação que apresenta características-chave para identificação de mudas e sementes das principais espécies arbustivas e arbóreas indicadas para restauração florestal. Nele se encontram uma descrição dos biomas e as regiões onde se realizam a restauração florestal, a forma de tipificação das sementes e sua forma de armazenamento, a própria descrição da seleção das espécies identificadas, acompanhada por suas características e imagens. “Além de apoiar na identificação das mudas que por ventura serão plantadas (adquiridas em viveiros), o Guia ajudará também na identificação das mudas que germinaram em áreas em processo de restauração assistida, ou não – restauração passiva”, explicou.

Os  pesquisadores do Grupo de Manejo e Restauração da Vegetação Nativa, também responsáveis pela obra, explicam que existem diversas estratégias de restauração ecológica, as quais podem ser divididas em dois grandes grupos: técnicas de restauração ativa e técnicas de restauração passiva. Essas estratégias diferenciam-se basicamente pela forma de intervenção humana no processo de sucessão da vegetação. 

A restauração ativa consiste na aplicação de diferentes técnicas de manejo (por exemplo: semeadura direta, plantio de mudas em área total) para a condução da sucessão vegetal;  a restauração passiva baseia-se na capacidade de auto regeneração da vegetação, sendo que a intervenção humana ocorre apenas no diagnóstico e controle das causas de degradação do ambiente (controle de fogo, do gado, da agricultura, entre outros). 

Dentre as diferentes técnicas de restauração ativa, o método mais difundido para a recuperação de áreas degradadas ainda é o plantio de mudas produzidas em viveiro, porém esse método é caro, trabalhoso e geralmente lento. Uma alternativa possível, porém, ainda pouco explorada no Rio Grande do Sul, é a semeadura direta de sementes. Esse método tem como vantagens, o baixo custo de implantação, principalmente quando o objetivo é recuperar grandes áreas e a baixa necessidade de mão de obra especializada. Um dos integrantes do Grupo de Manejo e Restauração é o pesquisador Ernestino Guarino indica que nos últimos anos, várias ações de restauração por meio de semeadura direta vêm sendo feitas em diversos ecossistemas florestais brasileiros. No RS, uma das experiências pioneiras vem sendo realizada por meio do Projeto SAFLegal. Dados de pesquisa recém publicados demonstram  que após 12 meses da semeadura, aproximadamente 25% das sementes emergem, garantindo uma densidade de 2.000 mudas por hectare. Realizado de forma consorciada com grãos, em sistemas agroflorestais, o custo do processo de restauração é de 75% inferior ao método tradicional (plantio de mudas em área total) com mesma  densidade de mudas por hectare. 

“É fundamental gerar tecnologias que reduzam custos e maximizem o uso da mão de obra no processo de restauração, produtiva ou não. Juntamente com a constituição de redes coletoras de sementes e viveiros, integrando diferentes estratégias em nível da paisagem é possível obter maior efetividade com menor custo das atividades de restauração, tornando viável e interesse para o agricultor todo esse processo”, falou. O produtor não recebe recursos financeiros diretamente por optar pela restauração, mas há ganhos na melhoria da água devido a restauração das nascentes, por exemplo. Além disso, é uma obrigação legal de todos os agricultores conservarem as Áreas de Reserva Legal (RL) e Proteção Permanente (APP), mantendo o mínimo exigido na legislação. 

“Para se ter qualidade de mudas e sementes é importante levar em conta que essa garantia não está apenas nas melhores técnicas de coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes e produção de mudas de essências florestais, mas também pela correta identificação dessas espécies”, lembrou Ernestino Guarino. Ele relatou que os pesquisadores observaram que os diferentes atores envolvidos na cadeia da restauração florestal no Rio Grande do Sul, apresentam dificuldades para identificar sementes e mudas, incorrendo muitas vezes em erros que podem comprometer ou inviabilizar o processo de restauração florestal. “Algumas espécies são muito parecidas, porém com demandas de solo e clima diferentes”, destacou. Conforme o pesquisador, quando há erros de identificação de mudas de espécies, esses podem causar grandes problemas na restauração, que além de uso de espécies não adaptadas a solo e clima local, podem ser usadas espécies exóticas invasoras, causando prejuízos econômicos e ambientais. 

O Guia compõe um grupo de tecnologias voltadas à inserção da árvore na propriedade rural e a restauração florestal por meio da semeadura direta, apoiando técnicos e agricultores na identificação e definição das espécies utilizadas. Tais tecnologias foram geradas com apoio financeiro da Corsan, do CNPq e do Sistema Embrapa de Gestão de Projetos (SEG), via o projeto SAFLegal.

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ABPM com nova Diretoria

Em assembleia realizada em 23 de novembro último os associados elegeram a nova diretoria da Abpm, desta vez  com formação de vários representantes de empresas de estados mais significativos no que diz respeito à produção de madeira tratada, como Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, assim como membros que representam indústrias químicas produtoras de preservativos para madeiras.

Criada em 25 de agosto de 1969, a ABPM atua como fórum nacional do setor de madeira preservada no Brasil, representando o segmento junto aos órgãos reguladores e Poderes Legislativo e Executivo. Reúne em seu quadro associativo usinas de preservação de madeira, indústrias químicas, universidades e empresas que utilizam madeira tratada.

A nova diretoria tem como um dos seus principais objetivos  a promoção de eventos regionais como forma de promover de forma mais direta a  disseminação de conhecimentos e informações a respeito da preservação de madeiras.

Esses eventos têm também como objetivo a busca de maior aproximação e adesão do setor à ABPM, como forma de fortalecer as ações associativas.

Um  importante desafio que a nova diretoria também tem pela frente é a promoção de articulações com o seu quadro associativo para que seja possível repetir o sucesso alcançado nas edições anteriores  , quando a ABPM participou da  Semana Internacional de Madeira – SIM . O plano é o de realizar a 3° Edição do evento Wood Protecion e participar com um estande de exposição na Lignum Latin America 2024, a serem realizados em setembro na cidade de Curitiba – PR.

A nova diretoria ficou assim composta:

Presidente: Montana Química Ltda – Flavio C. Geraldo

Vice-Presidente: Arxada do Brasil – Elcio L. Lana

Diretor Secretário: Zenóbio Madeiras – Zenóbio Shotten

Diretor Tesoureiro: Teca Madeiras Tratadas – Rafael Sandoval

Suplente Diretor Secretário: SEAP – Eudes Ribeiro

Suplente Diretor Tesoureiro: Lua Mad. Imunizada – Thulio Linhares

Coordenadoria Técnica- Tamarah Láuar – CBI Madeiras

Dir. Adjunta Rel. Institucionais & Eventos: Humberto Tufolo – HTN Gestão Empresarial

Dir. Adjunta Normatização: Dulcídio R. Macedo – Lanxess

Dir. Adjunta: Comunicação: Flavio Geraldo – Montana

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