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Como o Brasil se tornou líder mundial em celulose

São números impressionantes: em 2022, gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção, ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira

O Brasil conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada ano e meio, em média. É um setor que está do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras. É, atualmente, um dos motores da economia brasileira. Para se ter uma ideia, foi o quarto item da pauta de exportações do pujante agro brasileiro em 2022, consolidando-se como um forte segmento da agroindústria. Gerou divisas no montante de US$ 14,29 bilhões, resultantes de exportações na ordem de 19,1 milhões de toneladas de celulose, 2,5 milhões de toneladas de papel e 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira.

Setor consolidado

O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, segundo dados da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). A indústria de base florestal plantada vem se consolidando há décadas como um modelo de bioeconomia em larga escala, se submetendo voluntariamente a rigorosas certificações internacionais há anos.

Atua ao lado da sociedade para gerar valor compartilhado e crescimento mútuo, comprovando, todos os dias, a compatibilidade entre produzir e conservar. No Brasil, 100% do papel provém de árvores cultivadas para essa finalidade.

O setor planta, colhe e replanta em uma área de 9,94 milhões de hectares. A expansão dos cultivos tem ocorrido em áreas previamente antropizadas, substituindo pastos de baixa produtividade por florestas cultivadas, principalmente de pinus e eucalipto, manejadas com as mais modernas técnicas e amplamente apoiadas em ciência.

Esse processo de recuperação de áreas degradadas amplia ainda mais a relevância do segmento no importante desafio planetário de combate aos efeitos das mudanças climáticas, já que as árvores são a mais eficiente solução baseada na natureza para a mitigação das mudanças climáticas.
Sequestram e estocam gás carbônico, cujas altas concentrações são a principal responsável por empurrar o planeta para o aquecimento global.

Além das áreas produtivas, este setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do Estado do Rio de Janeiro.

Oportunidades

Paulo Hartung, presidente-executivo da Ibá, relata que, competitivo globalmente, o setor enxerga enormes oportunidades na economia de baixo carbono, por meio da oferta de produtos oriundos de fonte renovável, que são recicláveis e biodegradáveis.

Usando a árvore como uma biorrefinaria, este segmento separa duas matérias-primas centrais: a fibra da árvore, que é usada na fabricação de mais de 5.000 bioprodutos, como livros, embalagens de papel, roupas e lenços de papel; e a lignina, parte da estrutura que dá sustentação para as árvores, usada para produção de energia.

O executivo se orgulha de informar que quase toda a energia consumida pelo setor de árvores cultivadas para fins industriais é limpa, produzida pelo próprio setor a partir da biomassa florestal.

Setor de celulose não para de crescer

O Brasil é o maior exportador de celulose no mundo, e 2º maior produtor (atrás dos EUA). Foram 19,1 milhões de toneladas exportadas em 2022, um total de US$ 8,4 bi (EUA exportou US$ 7,7 mi).
Estima-se que 25 milhões de toneladas foram produzidas, sendo 22 mi para fibra curta; 2,5 mi fibra longa e 0,5 mi para pasta de alto rendimento (recorde do setor no Brasil); EUA produziu 49,7 milhões de toneladas, um crescimento de 10,9% na produção em relação a 2021. As informações são do Relatório Anual Ibá 2023.

Receita
R$ 260,0 bilhões/ano (RECORDE)
1,3% do PIB nacional
4,1% do PIB do Agro, 4º item da balança de exportação do agro
7,2% do PIB industrial

Empregos
614 mil diretos
2,6 milhões diretos e indiretos (RAIS & ESG Tech)

Tributos
R$ 25 bilhões/ano federais e estaduais

Presença
9,94 milhões de hectares de área de plantação (novo indicador com dados mais avançados)
6,7 milhões de hectares de florestas naturais para conservação

Exportação
US$ 14,3 bilhões (RECORDE)
19,1 milhões toneladas celulose
2,5 milhões toneladas papel
1,5 milhão m³ painéis de madeira

Produção
25 milhões de toneladas de celulose (RECORDE)
11 milhões de toneladas de papel (RECORDE)
8,5 milhões de m³ de painéis de madeira

Autogeração de fonte renovável
86% de tudo que consome (RECORDE)
+44% frente a 2021
132,5 milhões de GJ

Investimento até 2028
R$ 61,9 bilhões
Média de abertura de, pelo menos, 1 fábrica a cada ano e meio

Produtividade florestal: (novo indicador com dados mais avançados)
Eucalipto – 32,7 m³/há/ano
Pinus – 30,9 m³/há/ano

Remoção e estoque de CO2
4,8 milhões de toneladas

Ascensão

Paulo Hartung atribui o crescimento acelerado do setor de celulose no Brasil ao investimento maciço em ciência e tecnologia aplicada. “Na década de 70, a produtividade média era de aproximadamente 10 metros cúbicos por hectare/ano. Atualmente, o país atinge uma impressionante marca de 33 metros cúbicos por ano, posicionando-se como um dos líderes mundiais em produtividade na produção de pinos e eucaliptos”.
Ainda segundo ele, o setor abraçou a inovação como pilar fundamental para o sucesso, resultando em técnicas de silvicultura tropical que se destacam globalmente. Esse avanço é crucial para atender à crescente demanda por celulose de forma eficiente e sustentável.

Capital humano e formação profissional

Outro fator-chave é a formação de capital humano. Empresas como a antiga Aracruz Celulose (hoje Suzano) e a Klabin desempenharam um papel crucial na formação de profissionais do setor.

“O envio de funcionários para estudar no exterior possibilitou a aplicação de conhecimentos globais na silvicultura tropical brasileira. Essa estratégia não apenas impulsionou a eficiência operacional, mas também estimulou a inovação contínua”, opina o executivo.

Nos últimos 20 anos, o setor brasileiro de celulose desenvolveu uma abordagem proativa em relação à busca por certificações internacionais, como o FSC (Forest Stewardship Council) e o PFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification).

Tais certificações não apenas validam as práticas sustentáveis adotadas pelas empresas, mas também conferem substituição aos produtos no mercado internacional.

Expansão global e competitividade

Enquanto muitos setores industriais buscam subsídios, o setor de celulose brasileiro expande sua presença global. Com uma forte participação nas exportações para a Ásia, China, Europa, América do Norte e América Latina, as empresas brasileiras competem de igual para igual.

Paulo Hartung avalia que essa expansão é resultado de décadas de busca pelas melhores tecnologias industriais no mundo, resultando em um parque industrial avançado e sustentável.

“As plantas industriais, como o Projeto Puma II, da Klabin e Rio Pardo, da Suzano, estão utilizando tecnologias de descarbonização e gaseificação da biomassa, transformando resíduos em fertilizantes e buscando formas de reutilização na própria área agrícola. O sucesso do setor agrícola está mais ligado à ciência aplicada do que aos fatores naturais, como terra, clima e sol”, expõe.

Os fatores naturais ajudam, mas ter terra não é o suficiente para fazer o setor crescer. É preciso fazê-lo sem desmatar ou destruir as florestas nativas. “O setor não apenas utiliza a terra de forma inteligente, cuidando do meio ambiente e das pessoas, mas também a preserva. Nossa área de plantio é de 9,9 milhões de hectares, enquanto a área de conservação de florestas nativas em nossas fazendas é de 6,7 milhões de hectares. Você não encontrará nenhuma outra atividade que utiliza terra no Brasil com números tão impressionantes como esses”, garante Hartung.

Os olhos do mundo se voltam para nós

O Brasil abriga uma gama diversificada de players nacionais e internacionais no setor de base florestal. Entre os nomes nacionais, destacam-se Suzano, Klabin, Dexco e o grupo Berneck. A presença de investidores chilenos, como a CMPC Arauco, e de grupos tradicionais americanos, a exemplo da WestRock e Sylvamo, evidencia a importância do país no mapa global.

Hartung destaca ainda a entrada de gigantes asiáticos, como a RGE, detentora da Bracell, e o Paper Excellence, este último em processo de disputa pelo controle da Eldorado. O interesse estrangeiro e nacional no Brasil, segundo o presidente da Ibá, reflete a visão de que o país se configura como um terreno fértil para investimentos.

“O Brasil é a bola da vez”, ressalta Hartung, apontando para a vastidão de terras degradadas e a tecnologia tropicalizada, características que tornam o país singular no contexto global.

Floresta sustentável e biodiversidade

Além da quantidade abundante de terras disponíveis, o Brasil se destaca pelo desenvolvimento de tecnologias inteligentes, como o manejo florestal. Este sistema inovador utiliza mosaicos, nas quais árvores cultivadas coexistem harmoniosamente com espécies nativas, formando corredores ecológicos que enriquecem a biodiversidade no setor.

“Nossas plantas industriais são de última geração e estão entre as mais competitivas do mundo”, afirma Hartung, evidenciando o compromisso do setor com a sustentabilidade e a eficiência.

Apesar dos desafios globais, Hartung enfatiza que o Brasil possui ações ambientais competitivas, destacando a importância de aprender com setores bem-sucedidos, como o de tecnologia e agronegócio.

Do laboratório para o campo

A versátil celulose tem sido objeto de estudos e suas micropartículas já dão origem a incontáveis itens essenciais e de origem renovável no dia a dia das pessoas.

Na dimensão nanométrica, a nanocelulose é considerada um “supermaterial”, por ser resistente, leve e impermeável. As indústrias automotiva e aeronáutica já vêm sendo beneficiadas pelo desenvolvimento desse tipo de material inovador.

Já as nanofibrilas de celulose têm como uma de suas características a menor capacidade de absorção de água, por isso são ideais para aplicações como barreiras, usadas em embalagens de alimentos, biomedicina, contenção para gases e até mesmo cosméticos. Nesse sentido, a Klabin investiu na startup israelense Melodea para desenvolvimento de novas soluções para as barreiras.

Transparentes e com alta resistência, os cristais de nanocelulose podem ser empregados na condução elétrica. Uma das aplicações é na tela do celular dobrável. De origem renovável e mais sustentável, os bio-óleos já são empregados na geração de energia, como aditivos para melhorar a eficiência de combustíveis ou como o combustível em si, após refino.

Nesse mesmo sentido, empresas do setor já vêm usando bio-gases e bio-óleos derivados da queima de biomassa, em substituição ao óleo combustível na operação de caldeiras dos fornos de cal, uma importante etapa do processo de recuperação dos coprodutos da fabricação de celulose e que tem papel de destaque na descarbonização das operações industriais.

Inovação originada da celulose

Na indústria têxtil, por outro lado, a ascensão da viscose oriunda da celulose solúvel é outro fenômeno notável, como parte do movimento global pela sustentabilidade, já representando cerca de 6% do mercado têxtil global.

No Brasil, para essa demanda específica, temos a Bracell, com duas fábricas habilitadas, em São Paulo e na Bahia; e a LD Celulose, em Minas Gerais, um joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing. A viscose vem sendo utilizada como opção em roupas, inclusive em tecidos delicados, para dar textura, como em gravatas, roupas íntimas, vestidos e até jeans, além de toalhas e roupa de cama. Outra versão da celulose, a microfibrilada, também está sendo desenvolvida para ampliar a oferta de fios têxteis, com investimentos como o da Suzano na startup finlandesa Spinnova.

Com constantes investimentos em inovação, ciência e tecnologia, a indústria de base florestal segue desenvolvendo inesgotáveis soluções sustentáveis, ajudando a construir um mundo melhor.

COP 28

No cenário global, a Conferência do Clima de Paris, mais conhecida como COP28, marcou um ponto de virada nas discussões ambientais, reunindo líderes de todo o mundo em busca de soluções concretas para os desafios climáticos.

“A COP de Paris foi um marco não só para o Brasil, mas para o mundo. O Brasil esteve na mesa com protagonismo, e decidiu muita coisa importante naquele momento”, destaca Hartung. Ele se refere à relevância do mercado regulado de carbono e do financiamento climático para os países mais impactados pelos problemas ambientais, resultantes, em grande parte, da revolução industrial. No entanto, ao olhar da COP de Paris para os dias atuais, Hartung ressalta que o mundo avançou pouco em relação à ambição inicial. Ele alerta que soluções simplistas para problemas complexos não são viáveis e destaca a necessidade de paciência na busca por respostas efetivas.

Quando o foco volta para o Brasil, Hartung aponta para as características únicas do país. “Com uma matriz energética diferenciada, com mais de 40% proveniente de fontes renováveis, e mais de 80% de energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis, o Brasil está à frente de muitos países desenvolvidos nesse aspecto”, opina.

O território brasileiro também abriga a maior floresta tropical do planeta, cobrindo quase 60% do país e contribuindo para a maior biodiversidade global. Além disso, detém 12% da água doce do planeta e apresenta uma experiência notável em biomassa, tanto da cana como da biomassa florestal. Hartung destaca que os brasileiros muitas vezes subestimam ou não registram regularmente esses ativos ambientais prejudiciais.

“É preciso compreender a importância e o potencial que o Brasil possui. Nossa responsabilidade vai além das fronteiras. Temos uma riqueza ambiental que, se bem gerida, pode contribuir significativamente para os esforços globais na mitigação das mudanças climáticas”, ressalta Hartung.

Direto ao ponto

Hartung provoca uma reflexão sobre a necessidade de o Brasil abandonar a cultura de criar soluções exclusivas, as chamadas “jabuticabas”, e buscar a integração com os mercados globais, especialmente o europeu.

Ele enfatiza a importância de desenvolver um mercado de carbono alinhado às práticas internacionais, fazendo com que o Brasil não seja apenas consumidor, mas também fornecedor de energia limpa e produtos sustentáveis.

“É urgente a criação de incentivos para o desenvolvimento de fontes de energia limpa no Brasil, não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para a oportunidade de se tornar um líder global na oferta desses recursos. A possibilidade de uma reindustrialização do país, impulsionada por práticas sustentáveis, cria uma nova dinâmica econômica”, justifica.

Política pública baseada em evidências

Hartung é incisivo ao afirmar que a elaboração de políticas públicas não pode ser feita de maneira improvisada. Ele destaca a importância de embasar as decisões em ciência e evidências, evitando o aumento das despesas energéticas do país.

Para ele, é essencial desenhar políticas que atendam aos desafios específicos do Brasil, levando em conta a desigualdade social e a pobreza existentes, e ressalta o papel fundamental de que o Brasil desempenha na produção global de alimentos, fornecendo 10% do que a população mundial consome.

Pesquisas à frente do tempo

A pesquisa científica desempenha um papel imprescindível para o avanço da indústria de celulose. Flavio Hirotaka Mine, coordenador da Comissão Técnica de Transformação Digital da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), destaca as seguintes contribuições:

  • Melhorias em processos: otimizações em métodos de extração, redução na geração de resíduos, elevação da eficiência energética, redução consumo de água e reuso da água nos processos produtivos.
  • Tecnologias: a inteligência Artificial, sensoriamento remoto de precisão tem elevado a eficiência e segurança dos processos.
  • Biotecnologia: contribuição para o desenvolvimento de árvores geneticamente modificadas contribuindo para maior produtividade, resistência a pragas, maior qualidade de fibra.
  • Desenvolvimento de novos produtos: avanços na diversificação de produtos derivados de celulose como a nanocelulose e celulose microfibrilada.
  • Sustentabilidade: desenvolvimento de métodos mais eficientes de reciclagem de produtos e reutilização de resíduos.

Tendências de mercado

“Temos a crescente demanda por produtos cada vez mais sustentáveis que levam ao desenvolvimento de produtos derivados da celulose, avançando em setores como a indústria têxtil e de biomateriais. Além disso, o setor enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e logística para envio dos produtos até os mercados consumidores”, pontua Flavio Hirotaka.

Ainda assim, ele diz que as oscilações nas taxas de câmbio impactam a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Consciência da sustentabilidade

O aumento da conscientização sobre questões ambientais tem impulsionado a demanda por produtos mais sustentáveis. Neste sentido, as recentes descobertas estão na reutilização dos resíduos industriais gerados no processo de fabricação, no desenvolvimento de novos produtos que contribuem com a redução do uso do plástico, relacionado ao desenvolvimento de embalagens à base de celulose.

De acordo com Flavio Hirotaka, práticas sustentáveis têm pressionado os setores econômicos para o alinhamento das demandas por responsabilidade ambiental e social. “A pesquisa científica aborda os desafios técnicos e ambientais para o desenvolvimento de processos mais limpos, a redução de resíduos, o uso eficiente de recursos naturais e a minimização do impacto ambiental”, considera.

No 55° Congresso Internacional de Celulose e Papel promovido pela ABTCP foram compartilhados exemplos de avanços sustentáveis para o setor de celulose e papel. Produção de SAF (Sustainable Aviation Fuel) à partir do Bioetanol, Celulose Nano Fibrilada (CNF), usos da nanocelulose.

Informações: Campo & Negócios.

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Com apoio da Suzano, projeto de hortas urbanas colabora para o empoderamento de mulheres em Três Lagoas (MS)

Iniciativa é desenvolvida em parceria com a Missão Salesiana e beneficia cerca de 40 famílias em Três Lagoas, desse total 89% são mulheres, a maioria delas chefes de família

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em parceria com a Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT), tem colaborado para o empoderamento feminino e geração de trabalho e renda para famílias chefiadas por mulheres em Três Lagoas. Com o objetivo de colaborar com a segurança alimentar e geração de renda por meio da produção de alimentos agroecológicos, o projeto Hortas Urbanas teve início do ano passado. Desde então, foram cerca de 40 famílias em situação de vulnerabilidade social – com renda de até R$ 468,00 mês – atendidas, o que corresponde a uma média de 160 pessoas beneficiadas direta e indiretamente pelo projeto. Destas famílias, 89% são lideradas por mulheres.

Atualmente, são 26 famílias atuando de forma mais efetiva no projeto, sendo 23 delas comandadas por mulheres. Com apoio técnico especializado, essas mulheres e homens recebem orientações e cursos específicos para melhores métodos de cultivo de alimentos agroecológicos, assim como recebem auxílio no manejo das culturas e no processo de comercialização do excedente da produção.

“Na Suzano, nós temos um direcionador que diz que ‘Só é bom para nós, se for bom para o mundo’, e o projeto Hortas Urbanas é uma das iniciativas que mais representam esse objetivo. Ao apoiarmos a utilização de espaços para a produção de alimentos na área urbana, estamos contribuindo para a promoção da segurança alimentar das famílias, que terão alimentos saudáveis na mesa, para a geração de renda e, neste caso específico, para o empoderamento feminino, uma vez que muitas das famílias beneficiadas são lideradas por mulheres. Promover a geração de renda entre mulheres é reduzir desigualdades sociais e colaborar para a construção de um futuro mais sustentável e igualitário para todos e todas”, reforça Eduardo Ferraz, gerente Executivo da Unidade de Três Lagoas.

O projeto vem ao encontro de um dos “Compromissos para Renovar a Vida” da Suzano, que tem como objetivo retirar 200 mil pessoas que se encontram abaixo da linha da pobreza em suas áreas de atuação, até 2030. Por meio da parceria com a Missão Salesiana, iniciada em 2022, a companhia apoiou as famílias com os equipamentos e insumos iniciais para a instalação da horta comunitária, implantada em uma área dos salesianos, situada atrás da Igreja Matriz.  O objetivo é incentivar o cultivo de alimentos agroecológicos – sem o uso de defensivos agrícolas – para consumo das famílias e comercialização da produção excedente.

Sadi Silva, coordenadora da Missão Salesiana em Três Lagoas, a horta em que as famílias cultivam os alimentos passou por extensão e hoje compreende uma área de 50 mil metros quadrados. “Com o apoio da Suzano, conseguimos alavancar o número de participantes, colocar o Hortas Urbanas para funcionar e até expandir a atuação com o tempo. A Missão Salesiana nos ajudou com o terreno e a partir daí conseguimos atender famílias em situação de vulnerabilidade a cultivar diversos tipos de alimentos. As famílias vêm até a horta para trabalhar aqui no projeto, e além de conseguirem alimentos para consumo, também comercializam a produção e dividem o lucro entre os participantes”, revela.

Ana Karen Roman Gil, de 34 anos, foi uma das mulheres que teve a vida transformada pelo Hortas Urbanas. Mãe de duas crianças, uma de 5 anos e a outra de 3 anos, ela entrou no programa em um momento difícil que passava. “O projeto foi uma das melhores coisas que aconteceu, ele trouxe a minha vida de volta. Desde que passei a trabalhar nas hortas, há seis meses, passei a ter um dinheirinho para poder comprar minhas coisas, recebo minhas verduras todas as semanas e isso melhorou muito como a minha família come. Meu ânimo é outro agora, voltei a sorrir novamente. Todo dia de manhã vou para o trabalho me sentindo melhor, a horta acabou sendo minha terapia”, revela.

Trabalho coletivo

O modelo de cultivo é coletivo. Aqueles(as) que atuam no cultivo recebem o pagamento por hora trabalhada e têm participação na venda dos alimentos. Atualmente, todas as pessoas que participam do projeto revezam em diferentes atividades. Elas podem atuar tanto no período vespertino ou matutino, com três horas de trabalho por dia.

De acordo com Sadi, assim como Ana Karen, várias mulheres afirmaram aumento na renda após adesão ao Hortas Urbanas e melhor adesão ao consumo de alimentos saudáveis. Este foi o caso de Geiza Ferreira Miranda, de 29 anos, mãe de um menino. “O Hortas Urbanas me ajuda a complementar a renda, que compartilho com o meu trabalho de colocar tranças e apliques no cabelo. Desde que eu comecei, o projeto mudou muito a minha vida, principalmente na parte da alimentação, eu não comia verduras e passei a comer”, ressalta.

Onde adquirir

Para as pessoas interessadas em adquirir os alimentos produzidos no sistema agroecológico, o projeto conta com dois pontos de vendas, sendo a sede na av. Antônio Trajano, atras da Igreja Matriz e na Feira Central, onde as famílias colocam os produtos para venda.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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MS fecha ano como o maior destino de investimentos privados no País

Mato Grosso do Sul finaliza 2023 como o maior destino de investimentos privados no País, que superam os R$ 70 bilhões nos próximos anos. São megaempreendimentos que carregam em seu DNA a sustentabilidade. Entre os projetos em andamento estão fábricas de celulose, etanol de milho, esmagamento de grãos, produção de proteína animal e, acima de tudo, energia renovável. Tudo para atender os quatro grandes eixos do Governo do Estado: digital, inclusivo, próspero e verde.

Na avaliação do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a pasta comandada por ele caminha atendendo todos estes pilares do governo.

“Foi um ano de conquistas, de expansão no desenvolvimento em projetos da secretaria em itens que o governador estabeleceu como um Estado próspero.  Conseguimos consolidar MS como o maior destino de investimentos privados no Brasil”, frisou o secretário.

“Temos o maior investimento privado do País que é a Suzano e conseguimos também atrair o segundo projeto que é da Arauco. Conseguimos avançar na questão do etanol de milho, novas usinas de etanol. Toda a questão de PPPs nas rodovias e ferrovia. Avançamos na regulamentação ferroviária do Estado”, destacou.

Além disso, o secretário sinalizou que Mato Grosso do Sul cresce acima da média nacional. “De 2020 a 2021, foi mais de 15% de crescimento no PIB nominal, isso é sem parâmetro no País. O Estado continua se desenvolvendo e este é o papel da secretaria, atrair empreendimentos e fazer com que eles se tornem inclusivos, as pessoas sejam qualificadas e a população consiga absorver todas as possibilidades”, comentou.

Mudanças

Na Semadesc, o primeiro ano de Governo foi de muitos ajustes em toda a estrutura organizacional da secretaria, que ficou ainda maior. “Além de Meio Ambiente, Ciência, Desenvolvimento Econômico, que já faziam parte da secretaria, foram incluídos o Trabalho, com a ideia do governador que neste setor caberia buscar mais produtividade, e a Agricultura Familiar”, destacou Verruck.

Diante dos desafios, o secretário relembra que os primeiros resultados apareceram com a intensificação dos trabalhos na agricultura familiar. “Criamos ali um tratamento específico, inclusive quando olhamos o Verde, foi o primeiro Estado que trouxe para a agricultura familiar o desenvolvimento de crédito de carbono por meio de sistemas agroflorestais. Ou seja, a agricultura familiar também passa a fazer parte deste processo do Estado Carbono Neutro”, acrescentou.

No ponto de vista tecnológico, o secretário salienta que MS tem hoje seu plano estadual de Ciência e Tecnologia. “Terminamos o ano com investimentos elevados e recorde com R$ 100 milhões em projetos acadêmicos de carbono neutro, mudanças climáticas, na área da saúde e veterinária. Então, no primeiro ano do governo Riedel, a Semadesc na linha definida pelo governador, nós conseguimos fazer uma entrega, tanto que na última reunião com os secretários de Governo apresentamos 54 projetos e tivemos 92% dos projetos executados. Isso mostra que o compromisso assumido pela Semadesc e vinculadas está sendo cumprido”, complementou Verruck.

Carbono Neutro

Entre as grandes bandeiras do Governo Riedel, a busca do Estado Carbono Neutro em 20230 continua sendo uma das mais priorizadas. “Tivemos um trabalho intenso neste período primeiro na agricultura com a intensificação da produção de baixo carbono. Então, colocamos todo o FCO mais de R$ 1 bilhão financiando atividades que são sustentáveis. Aí entra avicultura, suinocultura, reforma de pastagem. Esta linha é fundamental para que a agricultura sul-mato-grossense efetivamente seja reconhecida como sustentável. Por outro lado, temos o inventário do crédito de carbono. Colocamos uma lei de manejo integrado do fogo, que é um dos principais emissores de CO2. Também no âmbito do Imasul, a obrigação que toda empresa licenciada em MS faça o seu inventário”, afirmou.

Mas, a maior conquista do Estado, na avaliação de Verruck, foi a criação da primeira Lei do Pantanal. “Com a lei estamos preservando a agropecuária e aumentando o nível de preservação. Finalizamos com um grande projeto criando proteção e desenvolvimento sustentável neste bioma”, assegurou.

Qualificação para crescer

Outro avanço do Estado foi adequar as necessidades de demanda por mão de obra capacitada e a projetos que atendessem o setor produtivo. Um deles é o Voucher Transportador. “Identificamos mais de 500 vagas para motoristas com caminhões parados no Estado. Criamos um grande programa para subsidiar a produção de carteiras D e E, e já começamos a ter os primeiros resultados, com pessoas conseguindo empregos e elevando sua renda”, concluiu.

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Suzano forma novos Operadores de Máquinas Florestais no Norte do ES

O curso foi destinado exclusivamente para moradores de comunidades rurais de São Mateus e Conceição da Barra

O Programa Cultivar, desenvolvido pela Suzano e realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), realizou na última quarta-feira, dia 20, a formatura de 20 Operadores(as) de Máquinas Florestais de Colheita, todos residentes de comunidades rurais de São Mateus e Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo. O evento ocorreu no auditório da Suzano Mucuri (BA).

De acordo com a analista de Desenvolvimento de Pessoas da Suzano, Gabriela Letícia Ramos Carvalho, além de capacitar moradores de regiões de atuação da empresa, o programa também tem o objetivo de contribuir com a geração de renda local. Com a formação, os participantes serão cadastrados no Banco de Talentos da empresa e convocados para participar dos futuros processos seletivos, conforme disponibilidade de vagas.

O curso contou com 50% das vagas reservadas para mulheres. A formanda Nicole Santos Pereira, moradora de Córrego Grande, em São Mateus, não contia as lágrimas de emoção durante a cerimônia. “Quase todos os homens da minha família trabalharam com operação de tratores e máquinas pesadas, desde o meu avô, até meu pai e tios. Agora eu vou ser a primeira mulher da família a exercer essa função, que sempre foi muito masculina, mas que está mudando. Hoje já temos várias mulheres operadoras, e eu fico feliz por ser mais uma”, comemora.

Já o formando Denielson de Oliveira, morador da comunidade Nova Vista, também em São Mateus, conta que o curso surgiu no momento em que ele buscava novas oportunidade de trabalho. “Eu atuava como instalador de ar-condicionado, mas buscava uma chance em alguma grande empresa. Foi quando a minha esposa ficou sabendo do curso e me inscreveu. Tive a grata surpresa de ser aprovado na seleção, com tantos inscritos, e fiquei bastante feliz porque sempre sonhei em trabalhar na área”.

Durante a evento, os formandos tiveram um momento para interagir, tirar dúvidas e conhecer gerentes, coordenadores e grandes profissionais da Suzano, que contaram sobre suas funções e histórias dentro da empresa. Houve ainda um passeio pelos setores da unidade fabril de Mucuri, onde os formandos conheceram de perto todo o processo de fabricação da celulose.

Durante o curso, os(as) participantes receberam bolsa-auxílio mensal, transporte e alimentação (durante a fase prática), além de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), seguro de vida e uniforme. Foram contemplados moradores das comunidades Córrego da Contenda, Córrego do Chiado, Dilô Barbosa, Morro da Arara, Nova Vista, São Domingos de Itauninhas, São Jorge e Santa Maria, em São Mateus. Já em Conceição da Barra, foram beneficiadas as comunidades de Córrego do Alexandre, Córrego Grande, Coxi, Linharinho, Morro da Onça, Roda D’Água, São Domingos (eixo de Bahia e Manoel Pinheiros) e Santana.

O Técnico de Desenvolvimento Operacional da Suzano, Pablo Roberto Soares da Silva, ressalta que o Programa Cultivar tem o objetivo de promover o desenvolvimento social contínuo em comunidades dos cinco estados onde a empresa mantém operações (ES, BA, MG, SP e MS). Somente no Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais, o programa formou mais de 400 pessoas nos últimos três anos, focado nas áreas de colheita florestal e mecânica.

“Nós cultivamos a diversidade em nossa empresa, então é gratificante ver tantas mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade social, se formarem e terem a oportunidade de mudar a própria realidade e de suas famílias”, ressalta Pablo.

Sobre a Suzano – A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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2023, um ano devastador de incêndios florestais

Os incêndios florestais em 2023 destruíram quase 400 milhões de hectares, ceifaram 250 vidas e liberaram 6,5 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

O continente americano viveu este ano uma temporada recorde de incêndios florestais com cerca de 80 milhões de hectares queimados até 23 de dezembro, e 10 milhões de hectares a mais do que a média anual entre 2012 e 2022, segundo o Sistema Global de Informação sobre Incêndios Florestais (GWIS, na sigla em inglês).

Somente no Canadá, 18 milhões de hectares foram devastados.

No Brasil, a área de hectares queimados este ano era de 27,5 milhões até 23 de dezembro, abaixo da média da década 2012-2022 (31,5 milhões), de acordo com dados do GWIS.

O Pantanal, a maior área úmida do mundo, foi atingido por incêndios recordes em novembro, com cerca de 4.000 focos, nove vezes a média histórica para este mês, segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Estes incêndios, muitos deles alimentados pelo tempo seco e quente causado pela mudança climática, revelaram-se “incontroláveis” e “a política de extinção foi ineficaz”, disse à AFP Pauline Vilain-Carlotti, doutora em geografia e especialista na questão.

“Não temos mais condições de enfrentá-los com nossos meios humanos de luta. Daí a importância de atuarmos na prevenção”, acrescenta.

Sobremortalidade

Noventa e sete mortos e 31 desaparecidos nos incêndios no Havaí em agosto, 34 mortos na Argélia, pelo menos 26 na Grécia. Este foi o ano mais mortal do século XXI, com mais de 250 mortes, de acordo com a Emergency Events Database (EM-DAT) da Universidade católica de Leuven, na Bélgica.

“Uma sobremortalidade que corre o risco de aumentar nos próximos anos”, com incêndios “que estão perigosamente próximos dos espaços urbanizados”, afirma Vilain-Carlotti.

Este ano, além das áreas comumente expostas como a bacia do Mediterrâneo, a América do Norte e a Austrália, outros locais, até agora mais bem preservados — como o Havaí ou Tenerife — sofreram danos significativos.

6,5 bilhões de toneladas de CO2

Quanto mais os incêndios se multiplicam, menos tempo a vegetação terá para voltar a crescer, e mais florestas podem perder sua capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2).

“Estudos recentes estimam que os incêndios reduzem o armazenamento de carbono em aproximadamente 10%”, explica Solène Turquety, pesquisadora do Laboratório de Atmosferas,Mídia e Observações Espaciais (Latmos, na sigla em francês).

Ao ser atingida pelo fogo, as árvores liberam na atmosfera todo o CO2 que armazenaram.

Desde o início do ano, os incêndios florestais emitiram quase 6,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, de acordo com o GWIS, frente aos 36,8 bilhões da utilização de combustíveis fósseis e de cimento.

Ao todo, cerca de 80% do carbono gerado pelos incêndio florestais é absorvido pela vegetação que volta a crescer na estação seguinte. Os 20% restantes contribuem para o aumento da acumulação de CO2 na atmosfera, alimentando o aquecimento global em uma espécie de ciclo.

Efeito imediato na saúde

Além do dióxido de carbono, os incêndios florestais e da vegetação liberam partículas nocivas, desde o monóxido de carbono até uma série de gases ou aerossóis (cinzas, fuligem, carbono orgânico, entre outros).

“Estas emissões alteram a qualidade do ar em centenas de quilômetros em caso de incêndios intensos”, explica Turquety, destacando um “efeito imediato na saúde” que se soma à “destruição de ecossistemas, bens e infraestruturas”.

De acordo com um estudo publicado em setembro na revista Nature, as populações dos países mais pobres, principalmente da África Central, estão muito mais expostas à poluição atmosférica causada por estes incêndios do que as dos países desenvolvidos.

O caso africano

A África é o continente com mais hectares de queimadas desde o início do ano (cerca de 212 milhões), mas para Vilain-Carlotti não se deve “dar muito peso a estes incêndios africanos”, pois tal número não reflete “grandes incêndios florestais”.

A especialista explica que a maioria destes focos são em áreas agrícolas, uma prática que “não é particularmente prejudicial para os espaços florestais porque é feita de forma controlada” e rotativa.

Embora afetem a fauna e flora locais, em médio prazo “as árvores voltam a crescer novamente, permitindo o rejuvenescimento da vegetação e um aumento da diversidade da flora”, acrescenta.

O potencial de regeneração das superfícies queimadas depende da frequência dos incêndios em uma mesma área e da intensidade dos mesmos.

Informações: IstoÉ.

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Suzano e Senai oferecem 38 vagas em curso gratuito de Operador(a) de Máquinas Florestais em Água Clara (MS) 

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão realizando o quinto curso gratuito de qualificação profissional para Operador(a) de Máquinas Florestais. Desta vez, são 38 vagas abertas para a cidade de Água Clara (MS). As inscrições para a formação vão até o dia 12 de janeiro e devem ser feitas exclusivamente pelo link https://bit.ly/operadort5.

O curso visa atender à demanda da empresa nas operações florestais, especialmente na colheita de eucalipto, para a nova fábrica de celulose atualmente em construção Ribas do Rio Pardo (MS). As pessoas que se inscreverem e forem selecionadas receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.400,00 durante o período de qualificação, além de alimentação no local e certificado de formação profissional.

Podem participar da iniciativa pessoas de todos os gêneros, sem distinção de idade, etnia, origem, classe social, formação, deficiência e orientação sexual. Para se inscrever no curso, é preciso ter 18 anos completos ou mais, Ensino Fundamental completo e CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria B vigente, sendo desejável ter categoria C ou acima. As pessoas interessadas devem ter disponibilidade para participar integralmente do programa e residir em Água Clara.

A primeira etapa do curso será teórica com duração de 30 dias e será ministrada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas, com aulas que ocorrerão presencialmente em Água Clara. A segunda parte será 100% prática em campo, com duração de 90 dias, em sistema de turno rotativo com operação 24 horas que deverá ocorrer acompanhando a operação da colheita florestal nas áreas da Suzano naquele município.

Como se inscrever?

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo link https://bit.ly/operadort5. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas pelos telefones (67) 98465 7734 ou (67) 98412 4490. 

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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