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Suzano mantém prazo de início de produção do Projeto Cerrado até junho, acelera a partir de setembro

A Suzano deve iniciar a produção da maior fábrica de celulose de eucalipto em uma única linha do mundo até junho, dentro do previsto no projeto de mais de 20 bilhões de reais, afirmaram executivos da companhia nesta terça-feira, durante evento de comemoração dos 100 anos da fundação da empresa.

A fábrica, conhecida como Projeto Cerrado, vai iniciar a produção em volumes reduzidos, um processo que deve demorar cerca de dois meses antes de a companhia acelerar o ritmo em setembro para atender clientes principalmente na Ásia, disse o diretor executivo de celulose da Suzano, Aires Galhardo, a jornalistas.

A capacidade de produção do Projeto Cerrado é de 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, o que elevará a capacidade total da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais.

A comemoração dos 100 anos da Suzano ocorre em um momento em que a companhia já promoveu seis aumentos consecutivos nos preços globais da celulose desde setembro.

Segundo Galhardo, a previsão de vendas do projeto neste ano segue mantida em cerca de 700 mil toneladas.

A oferta de madeira já está garantida, disse o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka, acrescentando que a unidade terá um custo de produção de cerca de 100 dólares a tonelada.

HEDGE CLIMÁTICO

Schalka afirmou que a Suzano começou há três anos uma política de “hedge florestal”, elevando sua base de florestas de eucalipto além do necessário para a produção de celulose, para se proteger dos efeitos das mudanças climáticas em suas plantações.

“Estamos nos defendendo do clima. É como um seguro, você paga sem saber se vai usar ou não”, disse o executivo, evitando comentar qual percentual das florestas da empresa são destinados a este fim.

A companhia elevou a área de florestas de eucalipto em 400 mil hectares nos últimos anos, atingindo atualmente 1,7 milhão de hectares. A empresa tem ainda cerca de 1 milhão de hectares de matas nativas, em parte para atender legislação e em parte para políticas da companhia.

Questionado sobre a concentração de ativos da Suzano no Brasil e os impactos das mudanças climáticas nos negócios da companhia, Schalka afirmou que a “Suzano vai se internacionalizar” e que a partir da conclusão do Projeto Cerrado a empresa “vai ter oportunidade grande para crescer” diante da redução dos investimentos na construção da fábrica.

“Mas (internacionalização) precisa de escala e tamanho”, disse o executivo, evitando comentar sobre geografias específicas ou prazos.

TÊXTIL

Enquanto se prepara para a ativação da nova fábrica de celulose instalada no Mato Grosso do Sul, a Suzano mira tomar uma decisão nos próximos dois anos sobre a viabilidade comercial de projeto de produção de fibras têxteis a partir de um material chamado de nanocelulose, disse o diretor de pesquisa e inovação da empresa, Fernando Bertolucci.

A companhia tem uma fábrica piloto em funcionamento desde o ano passado na Finlândia em parceria com a Spinnova. O objetivo é produzir um material capaz de rivalizar com o algodão e a viscose, disse o executivo.

“Quando começamos o custo de produção era dez vezes maior. Já estamos em 25%”, afirmou Bertolucci, citando que o consumo de água no cultivo de algodão é 90% maior que a nanofibra de eucalipto.

Por enquanto, a fábrica piloto, que é a primeira operação industrial da Suzano fora do Brasil, tem capacidade para 1.000 toneladas anuais. Uma primeira unidade de porte comercial teria que ter capacidade para 20 mil a 50 mil toneladas, disse o executivo citando ainda questões que incluem eventual interesse ou capacidade dos finlandeses em avançar junto com a Suzano no investimento.

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STJ suspende julgamento em SP sobre disputa pela Eldorado Brasil

TJSP julgaria hoje apelações sobre briga antiga entre sócias da empresa instalada em Três Lagoas (MS)

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Mauro Campbell Marques concedeu ontem à noite uma medida cautelar em favor da J&F Investimentos para suspender o julgamento de duas apelações que deveriam ocorrer hoje no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) sobre a briga que o grupo empresarial brasileiro trava há anos com o sócio estrangeiro, dono da Paper Excellence, pela propriedade da Eldorado Celulose, indústria instalada em Três Lagoas (MS). O pedido foi apresentado na segunda-feira, durante o recesso do STJ, cabendo o julgamento ao ministro que substituía a presidência da Corte.

O magistrado deferiu o pedido ao reconhecer a urgência, diante da proximidade dos julgamentos em segundo grau, e a possibilidade de haver razão nas alegações da J&F.

A empresa brasileira vendeu 49,5% a grupo indonésio em 2017, com promessa de venda do restante das ações, transação que envolveria R$ 15 bilhões. Entretanto mudou de opinião e, com isso, desencadeou-se uma guerra jurídica que vinha favorecendo a sócia. Primeiro, a J&F saiu derrotada em um julgamento de arbitragem. O caso foi levado para a Justiça comum, com sentenças igualmente desfavoráveis, que agora teriam análise retomada em turma recursal do TJSP, já com dois votos favoráveis à sócia estrangeira.

O que a J&F alegou é que havia decisão superior suspendendo a tramitação das ações quando elas foram sentenciadas e, portanto, haveria uma situação de nulidade, hipótese que foi considerada na liminar concedida pelo ministro. Com o caso ainda não concluído no TJSP, o grupo ingressou com o recurso ao STJ, abrindo o caminho para a decisão concedida ontem.

Campbell Marques pontuou que “o Superior Tribunal de Justiça tem o dever de impedir o julgamento de apelações decorrentes de sentenças que, em tese, seriam nulas, nulidade eventual essa que só se poderá avaliar com profundidade no mérito do recurso especial.”

Com essa decisão, o caso deve primeiro ser analisado pelo STJ, em relação às nulidades que a J&F alega terem ocorrido na tramitação do caso no TJSP, para depois ser retomado o julgamento na Justiça paulista.

Recompra – A empresa recentemente tornou público o desejo de comprar as ações que  havia vendido para a Paper. Tanto que divulgou isso ao mercado e noticiou interesse de devolver os R$ 3,8 bilhões recebidos. Uma reunião foi marcada pela J&F para ontem em um escritório de advocacia, mas os representantes da empresa estrangeira não compareceram, segundo noticiou a Folha de São Paulo.

A Paper já divulgou que segue interessada em adquirir a outra metade da Eldorado Celulose. Em Três Lagoas, há uma ação na Justiça Federal tentando desfazer a transação, com o argumento de que a Paper é uma empresa estrangeira e, como a compra envolveu não só a fábrica de celulose mas também terras utilizadas para florestas, deveria ter havido anuência da União e do Congresso Nacional. O Incra já divulgou uma posição contra a regularidade da negociação por falta dessa aprovação.

A empresa argumentou que considera que a posição do Incra não pressupõe a nulidade do negócio, uma vez que ela adquiriu um empreendimento e não simplesmente se tornou proprietária de áreas no Brasil.

Informações: Campo Grande News.

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Recuperação judicial da Jari Celulose deve ser transformada em falência

O administrador judicial da empresa alega incapacidade de recuperação da fábrica, parada desde 2022

O administrador judicial da Recuperação Judicial da Jari Celulose pediu a sua transformação em falência. A informação é do jornalista paraense Mauro Bonna, que assina coluna no jornal Diário do Pará.

Segundo ele, o administrador judicial alegou incapacidade de recuperação da fábrica, parada há mais de 17 meses, e o atraso de mais de dez meses de salários, embora a empresa tenha angariado recursos financeiros vultuosos, através de financiamentos obtidos mediante garantia patrimonial.

Em uma primeira assembleia geral, no ano passado, nada foi deliberado pelos credores sobre a aprovação ou não do plano de recuperação proposto pela Jari, apenas adiada a decisão. O pedido de falência, protocolado em dezembro de 2023, está para decisão do juiz da Comarca de Monte Dourado.

Em novembro do ano passado, a fábrica da Jari Celulose, em Monte Dourado, sem atividade fabril havia mais de 15 meses, informou que não conseguira retomar a sua capacidade produtiva, sem dinheiro para óleo combustível e pagamento de salários atrasados. A Jari já alegava que estava em vias de fechar a venda de créditos tributários federais, verba suficiente para restabelecer a atividade produtiva e pagar salários. Está marcada uma assembleia geral de credores para o próximo mês de fevereiro vindouro, mas dificilmente a Jari conseguirá aprovar o seu plano de recuperação judicial, caminhando a passos largos para a falência.

Crise prolongada

Em julho de 2019, a Justiça do Pará aceitou o pedido de recuperação judicial das empresas do grupo Jari, que entre outras atividades produz celulose solúvel no Vale do Jari, região amazônica entre os estados do Pará e do Amapá, e é controlado pelo empresário Sérgio Amoroso. A dívida total sujeita ao processo era de R$ 1,75 bilhão. A intenção era apresentar o plano de recuperação dentro dos 60 dias previstos em lei.

No deferimento, que tem data de 16 de julho, a juíza Rafaella Moreira Lima Kurashima, da Comarca de Almeirim e do distrito de Monte Dourado, reconheceu o argumento do grupo de que uma série de eventos prejudicou a expansão dos negócios nos últimos anos, incluindo a “má escolha” de prestadores de serviços. A Jari Celulose teve problemas na conversão da fábrica de celulose de fibra curta para a celulose solúvel há alguns anos, o que levou à paralisação da operação por um longo período.

Em meados do ano passado, a situação financeira se agravou e a pressão dos credores acabou se refletindo na atividade de empresas do grupo. Diante disso, os bancos BTG Pactual e Bradesco foram mandatados pela Jari Celulose para encontrar um sócio para a empresa. Naquele momento, não estava definido um limite para a fatia que seria vendida ao futuro sócio.

Em abril deste ano, as contas da Jari acabaram bloqueadas pelo Banco do Brasil, levando-a a paralisar parte de sua produção. As empresas do grupo que entraram em recuperação judicial empregam cerca de 700 trabalhadores direto e dois mil indiretos.

Com o objetivo de se concentrar no negócio de celulose, a Jari iniciou em 2012 a venda de seu negócio de embalagens de papelão ondulado no país para a americana International Paper (IP), que agora busca uma opção estratégica para esses ativos e vai deixar esse segmento no mercado brasileiro. Em duas etapas de compra, entre 2012 e 2014, a IP desembolsou R$ 1,27 bilhão.

Naquele momento, a Jari já estava investindo na conversão da fábrica no Norte do país para a produção de celulose solúvel, usada como matéria-prima na indústria têxtil. À época, o dono do grupo informou que os investimentos giravam em torno de R$ 600 milhões, incluindo o plantio de florestas, dos quais R$ 350 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A “nova” Jari teria capacidade de produção inicial de 250 mil toneladas por ano.

Informações: Diário do Amapá.

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Uruguai impõe sanção de US$ 188 mil à UPM Paso de los Toros

A sanção foi imposta pelo Ministério do Meio Ambiente do Uruguai devido a um vazamento de produtos químicos ocorrido na fábrica de celulose em 2023

O Ministério do Meio Ambiente do Uruguai informou à UPM que impôs uma sanção de aproximadamente US$ 188 mil à empresa por não conformidade com o plano de gestão ambiental da fábrica de celulose UPM Paso de los Toros. A sanção está relacionada a um incidente ocorrido em agosto de 2023, quando ocorreu um vazamento de produtos químicos na fábrica.

O vazamento levou à presença de hidróxido de sódio em um riacho próximo, causando altos valores de pH na água e levando à mortalidade de peixes. A qualidade da água também foi afetada na zona em que o córrego deságua no rio Negro, mas em menor proporção.

Na ocasião, a UPM tomou imediatamente as medidas corretivas aplicáveis para lidar com a situação e evitar novos vazamentos. “Informamos as autoridades ambientais e os vizinhos da fábrica sobre o incidente e publicamos um anúncio no site da UPM Uruguai”, afirmou a empresa.

Os valores de pH dos cursos de água afetados voltaram aos níveis normais em poucos dias. A UPM e a autoridade ambiental uruguaia investigaram as causas e as consequências do incidente, e, segundo a UPM, ela está implementando todas as ações necessárias, incluindo o monitoramento, conforme instruções das autoridades. Além disso, a companhia também afirmou que tomou todas as medidas para evitar incidentes semelhantes no futuro.

Em nota, a companhia lamentou profundamente o incidente e garantiu que o leva muito a sério. “Nossos processos de gestão ambiental, controles e monitoramento em todo o mundo são rigorosos, esse tipo de incidentes é muito raro nas nossas operações”, finalizou.

Informações: Portal Celulose.

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Setor de Base Florestal é incluído no Plano Safra do Mapa

O Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller,esteve em Alta Floresta e anunciou a conquista do benefício

O Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária [Mapa] Neri Geller (PP) cumpriu
agenda oficial nesta quinta-feira, 18, em Alta Floresta. Ele se reuniu com empresários do setor de base
florestal e com produtores rurais no auditório do Simenorte [Sindicato dos Madeireiros].

Secretário Neri Geller se reuniu com representantes do setor.

Geller foi nomeado para a Secretaria no final do mês de dezembro de 2023. A vinda à Alta Floresta é
segunda visita oficial no cargo. E neste período, consolidou um importante benefício para o setor de Base
Florestal, que é a inclusão do segmento no Plano Safra.

“Os bancos que financiam o Plano Safra vão liberar crédito para o madeireiro comprar máquinas, assim
como o produtor rural. Além de custeio, financiamento para investimento a longo prazo como construção
de armazéns e até madeira”, disse Neri.

Ele destacou a importância do setor de base florestal para a economia de Mato Grosso e o trabalho que
vem sendo feito na organização do setor, citando a exploração por meio de manejo florestal sustentável,
que dá visibilidade e credibilidade no mercado internacional, ajudando o Meio Ambiente, ao mesmo tempo que fortalece a economia.

“Alta Floresta conquistou um espaço a nível nacional com a presença do Frank Rogieri no Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente] e o setor está muito organizado através do CIPEM. Estão de
parabéns pela organização do setor de base florestal da região norte de Mato Grosso”, elogiou o
secretário.

O presidente do Cipem [Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira] Ednei Blasius, que
também preside o Simenorte, afirmou que a inclusão do setor de base florestal no Plano Safra é uma
conquista que começou a ser trabalhada há mais de um ano. E destacou que Neri Geller tem sido um
parceiro inigualável para o setor de base florestal em Brasília.

“Ele veio à Alta Floresta pelo setor de Base Florestal. E tem sido primordial nas demandas que
trabalhamos em Brasília. Conseguiu uma cadeira no Conama e hoje o setor de base florestal tem
representatividade graças a Neri Geller”, disse, destacando a importância do setor de base florestal a
nível de estado, com mais de 520 indústrias associadas no Cipem, sendo 70 indústrias no Simenorte em
Alta Floresta. E gera mais de 10 mil empregos diretos.

“É um setor importante que precisa da atenção do governo federal. E Neri Geller tem dado esta atenção.
Inserir o setor de Base Florestal no Plano Safra, é algo inédito, nunca teve antes. Agradeço a ele e ao
governo Federal”, disse.

Braço direito

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) Frank Rogieri, afirmou que Neri
Geller está promovendo em Brasília para o setor de base florestal, a quebra de paradigma e preconceito
que parte da sociedade ainda tinha com o setor.

“Hoje o setor é ouvido e isto não tem preço. O que nós passamos ficou para trás. O nosso setor participa
no Estado de Mato Grosso, com 33% como primeira fonte de renda dos municípios, principalmente dos
mais distantes da capital e do desenvolvimento. E fica nossa gratidão ao Neri, que tem sido nosso braço
direito em Brasília”, pontua Frank.

A inclusão do setor de base florestal no Plano Safra, com o mesmo juro aplicado para a Agricultura,
conforme Frank, é de grande importância para o setor, que vai ter condições de investir e fazer renda com
a matéria prima.

O prefeito de Carlinda, Pastor Fernando, também esteve presente no evento e agradeceu a presença do
ministro, que conforme ele, sempre olhou com atenção especial para o municípios da região.

Informações: Jornal MT Norte / Foto em destaque: Paulo Cardoso.

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