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Suzano contrata CEO da Rumo para sucessão de Schalka

O CEO da Rumo, João Alberto Abreu, pediu demissão para se juntar à Suzano, onde deve suceder o CEO Walter Schalka, que deve ir para o conselho, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

O anúncio da saída de Beto – como o executivo é mais conhecido – deve acontecer ainda hoje. Schalka está no comando da gigante de celulose há 11 anos.

Beto começará na Suzano em 2 de abril, e depois de uma transição de três meses se tornará CEO em 1 de julho. Segundo essas fontes, a Cosan vai anunciar uma solução interna na Rumo.

O próximo CEO da holding de ferrovias será Pedro Palma, hoje o vp comercial da empresa.

Ele é um associado na partnership estendida da Cosan, que reúne 20 executivos além dos sete sócios sêniores da holding de Rubens Ometto.

Pedro – um engenheiro eletrônico que está na Rumo desde 2013 – foi o responsável pelo reposicionamento comercial da companhia num momento em que o trem estava perdendo share para o caminhão no Corredor Norte da empresa. Antes de entrar na Rumo, Pedro trabalhou na Votorantim Cimentos.

Depois de 18 anos na Shell, Beto entrou na Cosan como head da Raízen Energia e se tornou CEO da Rumo em 2019, substituindo Julio Fontana, um executivo-referência no setor por ter feito toda sua carreira em ferrovias.

Com uma gestão focada em performance operacional e iniciativas ambientais e sociais, Beto está trocando uma large cap com um acionista de referência por outra, com desafios análogos de alocação de capital e crescimento. A Rumo vale R$ 42 bilhões na Bolsa; a Suzano vale R$ 74 bilhões.

Durante seu mandato, o EBITDA da Rumo saltou de R$ 2,8 bilhões para R$ 7,5 bi ao final deste ano, se o número ficar no meio da faixa do guidance da companhia.

O novo CEO chega num momento em que a Suzano está concluindo um ciclo de investimento de R$ 22 bilhões com seu projeto Cerrado.

Sua nova planta de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, começa a produzir este ano e vai adicionar 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto/ano à capacidade produtiva da empresa, hoje em 10,9 milhões.

Mas um novo ciclo se avizinha.  Como a Suzano tem como política reinvestir 90% de sua geração de caixa operacional, e esta geração vai aumentar muito com a entrada de Cerrado online, a companhia já analisa novas oportunidades de criação de valor.

Informações: Brazil Journal.

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Cerrado pode gerar US$ 72 bi ao ano, mostra Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial lançou hoje (27) um relatório que mostra como um novo modelo de crescimento no Cerrado poderia gerar US$ 72 bilhões por ano para a economia do Brasil até 2030, equilibrando as medidas de proteção ambiental e, ao mesmo tempo, impulsionando a produção sustentável de alimentos, proporcionando mais empregos e turismo e explorando as indústrias verdes.

O estudo “Cerrado: Production and Protection” foi realizado pela Tropical Forest Alliance, uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial, baseado nas análises dos dados do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, elaborado pela empresa Systemiq, parceira na elaboração do relatório.

Por meio de pesquisas abrangentes e entrevistas com especialistas brasileiros, o documento propõe várias soluções, incluindo a agrossilvicultura e a agricultura regenerativa, que criarão condições para a produção de alimentos de forma mais sustentável, aumentando a produtividade e gerando mais empregos.

Celeiro global

Conforme a pesquisa, o Cerrado é um celeiro global, responsável por 60% da produção agrícola do Brasil e 22% das exportações globais de soja, mas recebe muito menos atenção e proteção legal do que a floresta amazônica, o que resultou em um aumento de 43% no desmatamento no ano passado no bioma, em comparação com uma queda de 50% na Amazônia, de acordo com dados do governo.

“O desmatamento para a produção agrícola já eliminou metade da vegetação nativa do Cerrado e, se as tendências atuais continuarem, os ecossistemas dos quais dependem os negócios de soja, gado, cana-de-açúcar e milho no Brasil sofrerão, causando escassez de alimentos em todo o mundo e grandes prejuízos econômicos”, afirma o relatório.

De acordo com o relatório, além de ser uma potência na produção de alimentos, o Cerrado também tem um enorme potencial para a bioenergia – energia derivada de plantas e outros recursos naturais – e já abriga um terço das instalações de biogás do Brasil. Com a bioenergia destinada a desempenhar um papel fundamental no futuro sistema energético global, o relatório descreve como essa indústria pode ser ampliada de forma sustentável no Cerrado, o que poderia abrir oportunidades para o Brasil em mercados em crescimento, como o de combustível de aviação sustentável e hidrogênio verde.

Risco de desmatamento

No entanto, pondera o estudo, há o risco de que isso possa abrir a porta para mais desmatamento e conversão e, portanto, os investimentos devem ser acompanhados de medidas voltadas para a proteção do Cerrado. Segundo o relatório, o novo modelo exigirá maior colaboração entre os setores público e privado e ações de todo o setor de alimentos e de outros setores, incluindo formuladores de políticas, empresas, instituições financeiras e empresas de tecnologia.

“O Cerrado é a maior e mais biodiversa savana do mundo e, por isso, um dos ecossistemas mais importantes do planeta. No entanto, recebe pouca atenção e menos proteção legal do que precisa. Isso resultou em significativa degradação e uso não sustentável da terra, o que representa uma grande ameaça à segurança alimentar de bilhões de pessoas em todo o mundo.”

“Este relatório tem como objetivo iniciar uma discussão muito necessária entre os formuladores de políticas públicas do Brasil, o agronegócio e outros tomadores de decisão sobre como podemos implementar um novo modelo agrícola na região – um que simultaneamente aumente a produção, melhore a biodiversidade e os ecossistemas e proteja as comunidades indígenas e tradicionais do Cerrado”, disse Hurd.

– Jack Hurd, Diretor-Executivo da Tropical Forest Alliance

Com os olhos do mundo voltados para o Brasil, que se prepara para a COP30, o estudo mostra que o país está bem posicionado para se tornar um líder climático, adotando uma nova abordagem equilibrada que apoie o setor agrícola, fundamental para o país e, ao mesmo tempo, proteja o Cerrado.

Para Patricia Ellen da Silva, sócia e chefe do escritório da Systemiq no Brasil, “com a presidência do G20 e a COP30 se aproximando, o país tem uma oportunidade única de se posicionar como líder em ações climáticas, revolucionando a forma como a terra é usada no Cerrado – um dos biomas mais importantes do mundo. Segundo ela, “este é um aspecto central do plano de Transformação Ecológica do Brasil, incluindo alimentos, materiais e energia”.

Informações: Uol.

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Embrapa divulga estudo sobre armazenagem de carbono em florestas de eucalipto

De acordo com a pesquisa, os plantios de florestas de eucalipto podem armazenar grandes quantidades de carbono na biomassa da parte aérea e no solo

De acordo com uma pesquisa coordenada pela Embrapa Cerrados, no Distrito Federal, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), os plantios de florestas de eucalipto são capazes de armazenar grandes quantidades de carbono na biomassa da parte aérea e no solo, bem como as áreas de Cerrado nativo, contribuindo com a mitigação dos gases de efeito estufa (GEE), em especial o gás carbônico (CO2).

Os dados coletados revelaram elevados níveis de carbono em plantios de eucalipto e em uma área de vegetação natural analisados (acima de 183,99 toneladas por hectare – t/ha), acumulado principalmente no solo, demonstrando que a espécie pode contribuir para a fixação de mais de 674,17 t/ha de CO2.

Nesse sentido, as árvores podem atuar como drenos de carbono, fixando grande quantidade de carbono pelo processo de fotossíntese e o alocando na biomassa da parte aérea (tronco e copa), nas raízes e na adição de resíduos orgânicos ao solo. Conforme outras pesquisas já revelaram, de modo geral, as florestas têm papel fundamental não apenas no ciclo do carbono, mas também contribuem para minimizar o aquecimento global reduzindo a circulação de GEE como óxido nitroso (N2O), metano (CH4) e gás carbônico (CO2).

O estudo foi realizado na zona rural do Paranoá (DF) em áreas vizinhas com dois plantios de eucalipto, sendo uma espécie de quatro anos e a outra com seis anos, além de uma área de Cerradão – uma das formações vegetais de Cerrado. O objetivo era quantificar o estoque de carbono e a biomassa por compartimentos em plantios de eucalipto (híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) de diferentes idades e estimar –  por métodos diretos e indiretos – a biomassa e o estoque de carbono de uma área com vegetação nativa de Cerrado.

CARBONO DAS ÁRVORES

Durante a pesquisa, as espécies nativas demonstraram diferentes capacidades de armazenamento de biomassa e carbono. No eucalipto, a madeira é a parte da planta que mais acumula biomassa e carbono, enquanto nas demais partes, como a casca, folhas e galhos, o acúmulo varia de acordo com as características da área estudada.

Também foi identificado que o estoque de biomassa e o armazenamento de carbono aumentaram com a idade do plantio das árvores. No eucalipto de quatro anos, o carbono e a biomassa acumulados na parte aérea foram respectivamente de 62,1 t/ha (27,5% do total) e 141,1 t/ha, enquanto no plantio com seis anos foram de 81,7 t/ha (37,78% do total) e 189,7 t/ha.

Nas três áreas estudadas, a principal reserva de carbono foi encontrada no solo, que fixou cerca de 68% nas áreas de eucalipto de quatro anos, 58% eucalipto de seis anos e 84% do carbono total de Cerrado nativo.  Observou-se ainda que a concentração total de carbono no solo diminui exponencialmente com a profundidade.

Já as raízes tiveram menor contribuição para o armazenamento total de carbono – 4,9 t/ha na área com eucalipto de quatro anos, 1,9 t/ha no eucalipto de seis anos e 3,1 t/ha no Cerrado nativo, considerando uma profundidade de 0 a 60 cm de profundidade, o que representa, respectivamente, 2,16%, 0,88% e 1,68% do carbono total nas áreas analisadas.

A publicação do estudo na íntegra está disponível neste link.

Informações: Portal da Celulose.

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Engenheiro Agrônomo e Silvicultor Paulo Ferreira de Souza – Patrono da Engenharia Florestal no Brasil

Paulo Ferreira de Souza nasceu em 7 de março 1898, Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Agrícola Luiz de Queiroz, em Piracicaba-SP no ano de 1917, especializou-se em Silvicultura pela Universidade de Yale, Estados Unidos (1918-1920).

A proposta de criação da Escola Nacional de Florestas (ENF) foi elaborada por Paulo Ferreira de Souza, que encontrou respaldo no movimento ambientalista e ajudou a mobilizar a opinião pública a respeito dos problemas da exploração florestal, a trajetória do Professor Paulo Ferreira de Souza nem sempre amplamente divulgada e reconhecida no meio florestal.

Antes da implantação do primeiro curso de Engenharia Florestal, os especialistas que atuavam na área florestal eram os agrônomos silvicultores. Após concluírem a graduação, eles precisavam realizar um curso complementar com duração aproximada de 2 anos para se especializarem nessa área específica.

Em 1929, Paulo Ferreira de Souza, que já possuía expertise na área florestal, expõe a realidade do ensino da Silvicultura no Brasil. O ensino da ciência florestal se limitava à disciplina ou abordagens de Silvicultura, em cursos de Agronomia, sem maiores ênfases.

O Decreto n° 23.196 de 12 de outubro de 1933 regulamenta o exercício da atividade agronômica (reflorestamento, conservação, defesa, exploração e industrialização de matas). A exploração das florestas da bacia amazônica ocorria de maneira empírica, sem a aplicação de métodos específicos para garantir sua sustentabilidade e conservação.

Os cursos de Engenharia Florestal surgiram na América Latina por meio interferência da Sub-Comissão sobre Florestas Inexploradas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), isso ocorreu devido à importância ambiental e econômica das florestas nativas no pós-guerra, buscando a produção de produtos florestais como madeira e energia.

No ano de 1948 foi realizada a primeira Conferência Latino-americana de Florestas e Produtos Florestais no Brasil que recomendou a criação de escolas florestais, de grau universitário, para a formação de engenheiros florestais, capazes de realizarem trabalhos de direção, de política florestal, de administrações, etc

Em 1953,  no I Congresso Florestal Brasileiro promovido pelo Instituto Nacional do Pinho, foram abordados diversos temas, como  a deficiência do ensino superior da silvicultura no Brasil, no programa de Horticultura e Silvicultura, do 3° ano dos cursos de agronomia, era praticamente impossível de ser ministrado em sua totalidade, em virtude da exiguidade de tempo no ano letivo – o qual, sem dúvida, reflete no deficiência dos conhecimentos que deve possuir o agrônomo recém-formado, para enfrentar os problemas práticos de sua profissão.

A Alemanha, no que tange o cuidado quanto à Silvicultura está na vanguarda com os suas diversas Escolas Superiores. Também na Rússia há numerosos estabelecimentos de ensino de Engenharia florestal. Na França funcionam diversas escolas superiores do especialização, notadamente a Escola Nacional de Águas e Florestas, bem como a Escola Superior da Madeira. O ensino da Silvicultura na Inglaterra, é ministrado inclusive no Universidade de Oxford, onde funciona o Forestry lnstitute of the Commonweolth. No Bélgica a École Forestiere de I’Etot, em cursos gerais e técnicos, prepara especialistas em Silvicultura, exploração de florestas, afiação, comércio de madeiros, com teoria e prática nas florestas, estabelecimentos industriais, oficinas e escritórios

No Brasil o ensino do Silvicultura limita-se ao que resultar pode do desdobramento do cadeira de Horticultura e Silvicultura, no 3° ano do Escola Superior de Agronomia.

Na proposição, moção e recomendação n° 45 apresentada e aprovada pelo Plenário do 1° Congresso Florestal Brasileiro:

Considerando a grande extensão territorial brasileiro, onde existe um patrimônio florestal que preciso ser preservado e explorado racional e economicamente como fonte de renda;

Considerando que há no Brasil, escassez de técnicos florestais, devido justamente ao foto de não existir no País uma escola especializado para a formação de tais técnicos;

Considerando que todos os Países adiantados já compreenderam que a técnica florestal difere do técnico agrícola e, por isso mesmo, já possuem Escolas Florestais;

Considerando que o Governo Federal mantém, no Km 47 do antigo rodovia Rio-São Paulo, uma Universidade de assuntos rurais, o qual, possuindo amplos edifícios, é constituída de apenas duas Escolas – Agronomia e Veterinária, propomos ao 1° Congresso Florestal que recomende ao Congresso Nacional:

A decretação de uma lei criando a Escola Nacional de Florestas, nos moldes dos Escolas Nacional de Agronomia e Nacional de Veterinária, como porte integrante da mesmo Universidade Rural.

Os agrônomos foram os primeiros a discutir e propagar a importância da criação de uma escola de ensino superior em Engenharia Florestal.

Em 1956 o Engenheiro Agrônomo Silvicultor David de Azambuja publica “Problemas florestais brasileiros”, pelo Serviço Florestal, resultado de uma exposição apresentada à Comissão de Recursos Naturais da Câmara Federal, onde foi revelado que em 1955 existiam apenas 20 Engenheiros Agrônomos Silvicultores no país; não havia técnicos suficientes e nem programa de pesquisa florestal; o autor propunha a criação de estações florestais experimentais nas distintas regiões do país e afirmava que o curso de Tecnologia da Madeira criado no Instituto Tecnológico de São Paulo era uma forma de fortalecer o setor.

Alguns países sul-americanos já haviam implantado Escolas de Engenharia Florestal, como na Venezuela em 1948, a Colômbia em 1950, o Chile em 1952 e a Argentina em 1958.

Em 1958, Paulo Ferreira de Souza apresenta um panorama relevante do ensino de florestas brasileiro em seu livro “Escola Nacional de Florestas, Necessidade de sua criação”. O país precisava de uma política florestal que incentivasse o conhecimento de nossas próprias árvores e florestas para que pudesse conter a devastação.

Ainda em 1958, Paulo Ferreira de Souza juntamente com o Prof. Wanderbilt Duarte de Barros, acompanharam uma delegação da FAO em um despacho com Juscelino Kubitschek, onde foi levada a proposta de uma Escola de Florestas no Brasil. Antes, queriam que fosse em Seropédica, no Rio de Janeiro. Juscelino concordou, no entanto, determinou que fosse em Viçosa, Minas Gerais. Em 1960 a escola foi criada com o nome de ENF – Escola Nacional de Florestas. O professor Paulo Mário del Giudice deu uma aula no dia 09/05/1960.

Paulo Ferreira de Souza foi o primeiro diretor nomeado pelo Governo para exercer o cargo e implantar a Escola Nacional de Florestas, tomou posse em março de 1962, tendo exercido o cargo até ser substituído pelo Dr. João Maria Belo Lisboa, teve uma vida dedicada a engenharia florestal, ocupou funções técnicas e magistério, participou de várias reuniões científicas e de várias entidades de classe e várias honrarias, possuindo ainda vasta publicação, esse entusiasta da Engenharia Florestal, faleceu em 2 de maio de 1973.

No mesmo ano é publicada em 29 de junho a Resolução Confea n° 218, que discrimina as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia que traz no  Art. 10 – Competência  do engenheiro florestal:  Desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.

A engenharia florestal contribuiu para os avanços no Código Florestal de 1965, que aperfeiçoou o Código de 1934, incluindo a proibição da exploração empírica das florestas primitivas da região amazônica, que só poderiam ser exploradas mediante planos técnicos de condução e manejo.

O Professor Paulo Ferreira de Souza, que trabalhou incansavelmente, lançou a semente da engenharia florestal, resultando em excelentes frutos. Atualmente, o Brasil conta com 66 cursos de Engenharia Florestal e 24 programas de pós-graduação na área florestal.

A Engenharia Florestal surgiu a partir da determinação dos corajosos Agrônomos Silvicultores que que perceberam a carência de ensino da ciência florestal no Brasil em comparação com outros países.

Informações: CREA-MT.

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Bracell contribui com desenvolvimento de Lençóis Paulista em meio a saldo positivo na geração de emprego

Segundo dados do Caged, o município conquistou 15ª posição no Estado com empregos formais, com destaque para a indústria. Companhia fechou 2023 com mais de 650 pessoas qualificadas em cursos gratuitos e aproximadamente 7 mil colaboradores

São Paulo, 26 de fevereiro de 2024 – Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Fazenda no início deste ano, mostram que, no balanço de 2023, Lençóis Paulista se destacou significativamente na geração de emprego e renda no estado de São Paulo. O município acumulou um saldo positivo de 4.268 empregos formais no ano passado, o que elevou a cidade a 15ª posição no Estado, ficando na frente de cidades como Bauru (16ª posição), Marília (34ª posição) e Botucatu (36ª posição). O saldo positivo representa um crescimento de 16,19% no número de empregados com Carteira de Trabalho assinada no município em relação ao número observado ao final de 2022.

A área que mais emprega na cidade continua sendo a indústria, com 14.150 vínculos empregatícios. Esse setor também foi o que mais cresceu em 2023, com variação de 23,73% no estoque em relação a 2022. A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, tem contribuído com esses saldos. Desde 2019, a companhia disponibiliza por meio de parcerias, cursos de qualificação profissional à comunidade, reiterando um de seus valores que é colaborar com o desenvolvimento das cidades onde mantém suas operações.

Somente em 2023, os cursos de formação contemplaram diversas áreas relacionadas à indústria: colheita florestal, transporte de madeira, manutenção automotiva, malha viária e carregamento de madeira. Ao todo, 477 pessoas foram qualificadas gratuitamente por meio dos cursos realizados em parceria com instituições de ensino e empresas especializadas, como Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte), SENAI, SEST/SENAT, Agilis, Contremp e Consefor.

Alessandra Regiane Tiburcio, profissional que foi contratada como mecânica, reforça a importância dos cursos de capacitação. “Antes de fazer o curso de formação eu trabalhava como frentista. Quando fiquei sabendo sobre o curso de qualificação profissional em mecânico de veículos pesados, quis tentar uma nova profissão e fiz o cadastro. O curso foi ótimo, aprendi muita coisa e me deu a oportunidade de atuar na companhia que sempre sonhei e agora tenho a possibilidade de crescer profissionalmente”.

Além disso, ainda no ano passado, a empresa também disponibilizou cursos de formação de comunidade, ou seja, profissionais com interesse em ingressar no setor de indústria de celulose puderam participar de capacitações gratuitas, realizadas também em parceria com o SENAI, SEST/SENAT e Fabet. O objetivo da companhia com essas ações, é ofertar os cursos para que as pessoas possam buscar novas oportunidades profissionais. Nesse sentido, foram 179 pessoas certificadas para diversas áreas como motoristas, operadores de máquinas florestais e informática.

A companhia segue em expansão e no ano passado chegou a mais de 7 mil colaboradores atuando na unidade localizada em Lençóis Paulista e demais regiões do estado de SP. Thiago Petine, Gerente de Desenvolvimento e Projetos da Bracell, enfatizou a importância dessas iniciativas para o desenvolvimento da região ao gerar novas oportunidades aos profissionais. “Investir na educação e na capacitação profissional é fundamental para impulsionar o desenvolvimento de Lençóis Paulista e também toda a região. Os cursos oferecidos gratuitamente pela Bracell não apenas ampliam as oportunidades de emprego, mas também fortalecem nossa comunidade, preparando-a para enfrentar os desafios do mercado de trabalho”, destacou.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com  

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Área queimada no Brasil aumentou 248% em janeiro de 2024, estima pesquisa

O Monitor do Fogo, do MapBiomas, calculou o aumento em relação ao mesmo mês de 2023; o bioma mais afetado foi a Amazônia, seguido pelo Pantanal

Em janeiro de 2024, foram queimados 1,03 milhão de hectares no Brasil — um aumento de 248% em relação ao mesmo mês do ano passado, que contabilizou 287 mil hectares queimados. Os dados são da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas.

O Monitor do Fogo é um mapeamento mensal com dados a partir de 2019 que mostra a extensão e a localização de áreas queimadas. Ele se baseia em mosaicos mensais de imagens multiespectrais do satélite Sentinel-2.

Embora janeiro de 2023 tenha apresentado uma diminuição das queimadas em relação a 2022, o problema voltou a aumentar no primeiro mês de 2024, quando o tamanho do total queimado foi comparável a 10 estados do Sergipe — um aumento de 266% em relação a dezembro do ano passado.

Amazônia em chamas

Do total de área queimada no Brasil em janeiro de 2024, 91% está localizado no bioma amazônico, que foi o bioma mais afetado pelo fogo no período. O segundo bioma mais atingido foi o Pantanal, com 40.626 hectares.

“É normal que a Amazônia lidere em disparada a área queimada no início do ano por conta da estação seca de Roraima acontecer justamente nesse período”, conta Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo, em comunicado. A proximidade de Roraima com a Linha do Equador resulta em uma estação seca que dura de dezembro a abril.

Estados e vegetação mais atingidos

Os três estados com maior área queimada em janeiro de 2024 foram Roraima (representando 40% do total), Pará (30%) e Amazonas. Em Roraima, o aumento de áreas queimadas foi de 250% em comparação a janeiro do ano anterior.

Já os tipos de vegetação mais afetados pelo fogo foram formações campestres, que representam 95% do total queimado em Roraima; e florestas e pastagens (41% e 49%, respectivamente, das queimadas no Pará).

Neste ano de 2024, a região de Roraima ficou “ainda mais inflamável”, segundo Alencar, devido ao agravante da seca extrema, que retardou e diminuiu a quantidade de chuva.

Informações: Revista Galileu.

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