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Eldorado Brasil inaugura Centro de Treinamento Itinerante Florestal

Novo espaço é um marco para o desenvolvimento de profissionais do setor de base florestal brasileiro

A Eldorado Brasil Celulose, uma das principais empresas do setor de celulose no país, acaba de inaugurar seu Centro de Treinamento Itinerante Florestal (CTIF) que oferece mais de 50 cursos técnicos e obrigatórios para os colaboradores da área, em reforço de seu compromisso com a valorização das pessoas.

Com a oferta de treinamentos especializados em operação e manutenção florestal e métodos inovadores de ensino, a estrutura atende a toda a diretoria Florestal de forma integrada e prioriza o desenvolvimento de competências técnicas, incentivando a qualificação e o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais. Dessa forma, a empresa também contribui para promover a competitividade nas operações florestais, sempre com elevados padrões de segurança e qualidade.

“No Centro de Treinamento Itinerante Florestal da Eldorado Brasil, nossa missão é capacitar nossas equipes com tecnologia de ponta, seja para operação de máquinas, tratores, mecânica ou direção. Com o apoio de nossos parceiros, oferecemos programas de excelência como parte de nossa iniciativa interna de desenvolvimento de carreira, onde cada colaborador pode seguir seu próprio caminho”, destaca Germano Vieira, diretor Florestal da Eldorado Brasil.

Estrutura completa

O CTIF conta com uma ampla lista de recursos para oferecer uma formação adequada para os colaboradores, atrelado à aplicação prática de suas atividades no ramo florestal. Além das sete salas de aula, o local conta com laboratórios tecnológicos e simuladores de última geração. Tudo com a flexibilidade que uma estrutura itinerante possibilita, permitindo seu deslocamento de uma região para outra para atender demandas específicas para o desenvolvimento dos times de campo.

A partir de um calendário com mais de 50 opções de cursos, os colaboradores têm a oportunidade de receber especializações nas áreas de silvicultura, colheita, logística, treinamentos normativos e manutenção mecânica. Além das atividades regulares, os diferentes setores têm a possibilidade de solicitar, de forma on-line, treinamentos adicionais, realizados de forma presencial.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil opera uma fábrica em Três Lagoas (MS) com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, tornando-se uma das referências mundiais do setor. Além disso, investe em energia limpa, com geração de 50 megawatts/hora na usina termelétrica Onça Pintada, tornando-se autossuficiente. Com mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul e áreas destinadas à conservação, a Eldorado Brasil é reconhecida por sua responsabilidade ambiental. Contando com mais de 5 mil colaboradores no Brasil e escritórios internacionais, a empresa é um empregador de destaque na região.

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Fevereiro tem recorde histórico de queimadas na Amazônia; Roraima concentra 65% dos focos

Porta-voz do Greenpeace Brasil alerta que, apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, março é, historicamente, ainda mais crítico para o estado

A Amazônia registrou 3.158 focos de calor em fevereiro, um recorde para a série histórica (iniciada em 1999) e um aumento de 79% em relação ao recorde anterior, ocorrido em 2007. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados ontem (29/02).

Roraima também registra o pior fevereiro da série histórica, com 2.057 focos de calor, 65% do total do bioma. Pela primeira vez, o estado teve mais de 500 focos em um único dia, registrados em 20 de fevereiro (538 focos de calor). 

Outro ponto de alerta é o avanço do fogo para as Terras Indígenas em Roraima, com destaque para a TI Yanomami, que concentra 52% dos focos totais registrados nestes territórios em toda a Amazônia, e TI Raposa Serra do Sol, com 23% do total. 

O porta-voz do Greenpeace Brasil Rômulo Batista explica que vários fatores levaram ao recorde de fogo observado no bioma neste início de ano, com destaque para a crise do clima e o aumento global das temperaturas.

“É difícil apontarmos um único fator para o aumento vertiginoso dos focos de queimadas na Amazônia e em Roraima em 2024, mas é preciso lembrar que, no ano passado, a crise climática foi classificada pelos cientistas como a principal causa da seca na região. Não por coincidência, acabamos de sair do ano mais quente registrado na História, 2023, e ainda enfrentamos efeitos intensos do fenômeno El Niño”, diz Batista.

Além dos fatores ambientais, Batista destaca ações dos governos que têm contribuído para o recorde de queimadas na Amazônia e em Roraima.

“O número alto de queimadas na Amazônia também pode estar relacionado com a paralisação nas ações de fiscalização e controle do Ibama, assim como com as licenças para queimadas em Roraima, concedidas pelo governo estadual durante o período de estiagem. Ainda é preciso considerar programas de prevenção a incêndio florestais e queimadas insuficientes, com poucas pessoas, recursos e materiais, o que se torna ainda mais grave num momento de crise climática, em que cientistas prevêem um aumento tanto na quantidade, quanto intensidade de secas na Amazônia”, afirma Batista.

Roraima: verão amazônico não acabou

Apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, o porta-voz alerta que os focos de calor no estado costumam ser historicamente piores em março.  

“Roraima, que tem nos meses de dezembro a abril o seu verão amazônico, caracterizado por menos chuva e maior temperatura, também passa por um longo período de estiagem. Janeiro, por exemplo, registrou apenas 14% da média de chuvas entre 1990-2020 e fevereiro 25% da média do mesmo período”, afirma Batista. 

Alerta de incêndio grave ao pesquisar pela região no Google. Data pesquisa: 05/03/24. – https://www.google.com/maps/@2.4195016,-61.6823745,10z/data=!3m1!4b1!4m2!21m1!1s%2Fg%2F11vr0sbdqt!5m1!1e8?entry=ttu
Data da pesquisa – 05/03/24 – Google/Fonte: via satélites.

Vale lembrar que o período conhecido como verão amazônico é de julho a outubro, mas, em Roraima, ele vai de dezembro a abril.

Com informações: Greenpeace / Foto: Agência Brasil.

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Suzano conclui plantio de 45 mil mudas nativas no Córrego Retirinho em Ribas do Rio Pardo (MS)

Suzano conclui plantio de 45 mil mudas nativas no Córrego Retirinho em Ribas do Rio Pardo (MS)

Reforçando seu compromisso de conservar os biomas brasileiros, a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, concluiu o plantio de 45 mil mudas de árvores nativas na nascente do Córrego Retirinho em Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa visa restaurar a Área de Preservação Permanente (APP) do córrego, protegendo sua nascente e seu curso, bem como criar conexão com outras áreas nativas próximas, formando um corredor ecológico que possibilita a manutenção da biodiversidade e a livre circulação dos animais.

“A Suzano tem o propósito de renovar a vida a partir da árvore e entendemos que a criação ou ampliação de corredores ecológicos é fundamental para a conservação da biodiversidade em um dos principais biomas do Brasil, o Cerrado. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e, com os corredores ecológicos, estamos contribuindo para a conservação do Cerrado, proporcionando a proteção da nossa fauna, do nosso clima, das nossas bacias hidrográficas e atuando para desacelerar as mudanças climáticas”, destaca Maurício Miranda, diretor de Engenharia da Suzano.

A nascente do Córrego Retirinho encontra-se ao sul da área onde está sendo construída a nova fábrica da empresa em Ribas do Rio Pardo, margeando toda a face sul da unidade e percorrendo cerca de 7,4 Km da nascente até a foz no Rio Pardo. O plantio adotou um modelo de recomposição da vegetação, no qual as espécies pioneiras e não pioneiras são alternadas com espaçamento menor entre plantas. Na linha mais externa do plantio, foram plantadas espécies de crescimento rápido para proteger as demais linhas de plantio, promovendo um sombreamento mais regular da área.

“Como próxima etapa do projeto está prevista a manutenção do plantio durante os próximos três anos, com ações que vão desde a roçada do terreno, aplicação de adubos, irrigação com hidrogel, até o replantio de mudas em caso de perdas e controle de pragas. Entre as espécies selecionadas para esta ação estão o Pequi, Jatobá-do-Cerrado, Angico Vermelho, Farinha Seca, Ipê Rosa, Sangra D’Agua, Jequitibá, Ingá, Cedro, todas as árvores de espécies nativas do bioma Cerrado”, explica Filip Tonon Rocha, gerente de Meio Ambiente da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

Ainda de acordo com o gerente, a iniciativa no Córrego Retirinho está alinhada às boas práticas ambientais da Suzano de buscar conectar fragmentos de vegetação e favorecer a circulação dos animais silvestres no território, promovendo assim a conservação das espécies nativas ao longo do tempo.

Corredores ecológicos

Pensando na importância dessas boas práticas, a Suzano assumiu também o Compromisso de Conservar a Biodiversidade que visa conectar 500 mil hectares de fragmentos de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030, por meio de corredores ecológicos, criação e fortalecimento de Unidades de Conservação, implantação de modelos produtivos sustentáveis e conservação de espécies prioritárias de palmeiras e primatas. Para isso, as ações vêm sendo desenvolvidas em outros estados brasileiros onde a companhia mantém operações, o que ajudará a reduzir ameaças sobre a integridade de biomas e aumentar o capital natural nas regiões contempladas pelas ações.

O lançamento do Corredor Ecológico do Bioma Cerrado foi realizado em março de 2023 com o plantio de 500 mudas nativas em Três Lagoas. O evento contou com o apoio do programa de voluntariado da Suzano e reuniu colaboradores, colaboradoras e seus familiares para realizar o plantio. As ações de restauração ecológica interligando áreas de conservação prioritárias vem sendo desenvolvidas em seis municípios de Mato Grosso do Sul (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas), para compor um corredor que, em extensão, supera a distância de Três Lagoas a Campo Grande (345 km).

Segundo maior bioma da América Latina, abrigando cerca de 5% de toda a biodiversidade do planeta, o Cerrado é chamado de floresta invertida, pois as plantas nativas, como gramíneas, arbustos e arvoretas, possuem raízes profundas, que exercem papel fundamental na distribuição das águas que abastecem a maior parte do Brasil. É nele que nascem rios que integram oito das doze principais bacias hidrográficas brasileiras, recebendo por isso o apelido de “berço das águas”.

Conservação da biodiversidade

Desde que chegou em Mato Grosso do Sul, a Suzano mantém o programa de monitoramento da fauna e da flora, que inclui uma política de desmatamento zero e ações de recuperação de áreas degradadas. Atualmente, a empresa possui 143 mil hectares destinados exclusivamente à conservação ambiental.

Nas áreas florestais da Suzano, já foram catalogadas mais de 1,3 mil espécies de fauna e da flora. São mais de 700 espécies de animais silvestres identificadas, sendo 20 delas ameaçadas de extinção, conforme os critérios da IUCN, sigla para União Internacional para Conservação da Natureza, e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Bracell abre 40 vagas para estágios de ensino superior

O Programa Estágio Superior é realizado em parceria com a Cia. de Talentos e as inscrições podem ser feitas até o dia 4 de abril

São Paulo, 4 de março de 2024 – A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, acaba de abrir as inscrições para o seu Programa Estágio Superior 2024 em parceria com a Cia. de Talentos. Ao todo, serão disponibilizadas 40 posições para as localidades de atuação da companhia em São Paulo (SP), Lençóis Paulista (SP), Santos (SP), Água Clara (MS) e Campo Grande (MS). Os talentos interessados podem se candidatar até o dia 4 de abril no site: https://bit.ly/estagio-superior-bracell.

“O nosso Programa de Estágio Superior é a porta de entrada para o mercado de trabalho, além de ser perfeito para quem quer iniciar a trajetória profissional em uma empresa como a Bracell, que investe em formação e desenvolvimento de talentos. Temos diversos profissionais que iniciaram conosco como estagiários e foram efetivados por terem um ótimo desempenho ao longo de todo o programa. Nós não estabelecemos um limite máximo de idade para participar, uma vez que valorizamos as habilidades comportamentais, técnicas e a força de vontade do estudante em aprender e se desenvolver junto com a empresa”, ressalta Marcela Fagundes Pereira, Gerente de Recrutamento e Seleção da Bracell.  

A carga horária será de 30 horas semanais, com modelo de trabalho presencial. Além disso, é necessário que o estudante esteja cursando o ensino superior com conclusão prevista entre junho de 2025 a junho 2026. O domínio do idioma inglês é um diferencial para participar do processo seletivo.

Os interessados devem estar cursando as seguintes áreas: Administração, Agronomia, Ambiental, Arquitetura, Biologia, Ciências Sociais, Comunicação, Contabilidade, Direito, Direito E Outras Correlatadas, Economia, Engenharia Agrícola, Engenharia Civil, Engenharia De Processo Madeireiro, Engenharia de Produção, Engenharia De Segurança Do Trabalho, Engenharia Elétrica, Engenharia Física, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Geografia, Gestão Integrada, Logística, Marketing, Meio Ambiente, Pedagogia, Psicologia, Publicidade E Propaganda, Recursos Humanos, Relações Internacionais, Relações Públicas, Sanitária, Serviço Social e Tecnologia da Informação.

“Ter sido estagiária na Bracell foi muito importante para o meu crescimento profissional e pessoal. Aprendi novas coisas, tive a oportunidade de trabalhar com muitos profissionais que me desenvolveram, me ensinaram e, além da parte técnica, evolui bastante como pessoa com trocas de experiências e novos desafios. E foi com esse estágio que eu descobri que era a área de Recursos Humanos que gostaria de seguir e abriu diversas portas. Fui efetivada e estou muito feliz neste caminho”, afirma Ana Laura Ereno Gonçalves, atual assistente administrativo do RH da Bracell em SP.

Entre os benefícios para os novos talentos estão: bolsa-auxílio, plano de saúde, seguro de vida, Gympass, refeitório no local ou vale-alimentação (de acordo com a unidade de trabalho) e transporte fretado ou auxílio-transporte. “Os selecionados passarão por uma imersão nos negócios da Bracell para conhecerem todos os nossos processos de produção de celulose, além de desenvolverem de habilidades técnicas e fortalecimento da segurança de valor. Também é importante mencionar que participarão de um bate-papo de carreira a cada seis meses para entenderem se a área de atuação está contribuindo com a evolução do estágio, além de terem a oportunidade de desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais focadas no desenvolvimento pessoal e profissional”, explica Marcela.

O processo seletivo para o Programa de Estágio é 100% online e terá entre suas etapas uma apresentação pessoal, a dinâmica de grupo e entrevista individual com o gestor da área. Os selecionados atuarão nas áreas de: Logística, Manutenção Industrial, Engenharia de Processos e Qualidade, Administrativo, Produção, Suprimentos e Laboratório, entre outras.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Morte e vida ILPF

Artigo de Moacir José Sales Medrado [1]

Em “Morte e Vida Severina”, a “morte morrida”, como descrita na obra, representa não apenas a morte natural, muitas vezes ocasionada pela fome devido à miséria implacável do sertão, mas também a morte simbólica da dignidade e da esperança para aqueles que vivem em condições desumanas. Na obra, Severino, um retirante nordestino simboliza a luta pela sobrevivência em meio à pobreza e à injustiça.

A paisagem desolada de milhões de hectares de terras degradadas no Brasil, em especial os milhões de hectares de pastagens, também representa uma história de morte. Abandonadas pelo tempo e pelo mau uso agrícola, essas terras testemunham a devastação causada pelo descaso, pela ignorância técnica e pela exploração desenfreada. Onde outrora havia vida exuberante e fértil, passa a reinar a escuridão da degradação ambiental.

Assim, ao unir as narrativas de “Morte e Vida Severina” e de “Morte e Vida ILPF”, desejamos mostrar que sempre continuaremos sendo confrontados, com a dualidade da existência humana e ambiental, onde a morte e a vida se entrelaçam em uma busca constante por renovação e esperança.

Como Severino buscava uma nova chance de vida em meio à sua dura realidade, nesta crônica “Severinos” somos todos nós, embrapianos ou não, que resolvemos nos insurgir contra uma situação deplorável de degradação agrícola e juntos em uma reunião simbólica na Embrapa Milho e Sorgo, patrocinada pela Embrapa, geramos a estratégia ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), a nossa “Zona da Mata” onde a vida da terra não é vivida junto com a morte.

A ILPF surgiu como um raio de esperança rompendo o horizonte árido, trazendo consigo, dentre outros objetivos ressuscitar essas terras moribundas geradas pelo mau uso; a ILPF veio como um tratamento de última esperança para uma pessoa à beira da morte. Era a UTI de alta complexidade que essas terras tanto necessitavam.

A primeira fase do processo de implantação da ILPF nas terras degradadas compara-se a uma cirurgia delicada, onde cada ação é crucial para a sobrevivência do paciente. Os solos são avaliados e decisões sobre sua melhoria são tomadas, as sementes são plantadas, a pastagem ou a agricultura começa a brotar e as árvores começavam a crescer. É um processo lento e árduo, mas cheio de promessas de renascimento.

À medida que o tempo passa, as terras começam a se recuperar lentamente, como se estivessem em uma UTI clínica, onde os cuidados intensivos são mantidos, mas já se vislumbra uma luz no fim do túnel; as plantas crescem, os animais se reproduzem e a biodiversidade começa a florescer novamente.

A terceira fase assemelha-se a uma recuperação em apartamento, onde as terras já são capazes de sustentar a vida de forma mais autônoma. Os sinais de vida são evidentes, e a esperança se transforma em certeza de que a ILPF cumpriu sua missão de ressuscitar aquelas terras outrora condenadas à morte.

Por fim, a volta à vida plena em quem voltam a ser produtivas, sustentáveis e repletas de vida. É como se tivessem passado por uma transformação milagrosa, onde a morte foi vencida pela força da vida e da resiliência.

Assim, a história das terras antes condenadas à morte se torna uma história de vida, renascimento e esperança. Graças à ILPF, transformada em lei (Lei Nº 12.805, de 29 de abril de 2013) estão podendo experimentar uma nova chance de viver, um novo modo de existir onde os cuidados com a saúde do solo e do meio ambiente passam a ser mais valorizados do que nunca. Além de sua transformação em Lei Federal e sua organização como Rede ILPF, tem sido amplamente promovida em políticas de fomento em todo o Brasil, como o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e outras iniciativas implementadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA) em colaboração com a Embrapa e o Serviço Brasileiro de Aprendizagem Rural (Senar), como os projetos Rural Sustentável e ABC Cerrado.

E assim, sob o título de “Morte, Vida ILPF”, contamos a história de ressurreição, das áreas de terras degradadas lembrando a todos nós que, mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma luz no fim do túnel, uma esperança de renascimento e uma promessa de vida.


[1] Engenheiro Agrônomo (UFCE), Doutor em Agronomia (ESALQ/USP), Especialista em Planejamento Agrícola (SUDAM/SEPLAN – Ministério da Agricultura), Pesquisador Sênior em Sistemas Agroflorestais (EMBRAPA – aposentado), Proprietário e Diretor Técnico da Medrado e Consultores Agroflorestais Associados Ltda.

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