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7 profissões na Europa que têm vagas sobrando por falta de mão de obra

As profissões na Europa que têm vagas sobrando oferecem salários atrativos e oportunidades de crescimento na carreira; engenheiro florestal é uma delas

Você sabia que existem profissões na Europa com oferta de muitas vagas? Algumas áreas específicas sofrem com a falta de mão de obra qualificada, o que pode ser uma ótima oportunidade para quem está pensando em morar no continente e ganhar em euro.

Se você está pensando em se despedir do Brasil de uma vez por todas e construir uma carreira do outro lado do Oceano Atlântico, continue lendo este artigo que selecionou sete profissões na Europa com vagas sobrando. Confira.

Profissões na Europa com vagas sobrando

1. Enfermeiro

A área da Saúde apresenta um considerável déficit de mão de obra especializada em diversos países europeus. O envelhecimento da população das nações mais ricas está exigindo profissionais cada vez mais qualificados na área da Enfermagem.

A situação é tão grave que diversas clínicas em algumas cidades do interior já foram fechadas por falta de Enfermeiros.

Por isso, se você se identifica com essa área ou já tem formação nela, que tal se arriscar a trabalhar em países como Alemanha, Portugal ou Suíça? Pode ter certeza de que não será difícil conseguir um bom emprego por lá.

2. Analista de Tecnologia da Informação (TI)

Outra das profissões na Europa com vagas sobrando é essa. A promissora área da Tecnologia está em constante expansão em praticamente todo o mundo. Quem tem familiaridade com esse ramo ou já possui experiência em TI, pode conseguir um bom emprego.

Países como Bélgica e França, por exemplo, apresentam carência de profissionais da área da Tecnologia da Informação. Se você tem fluência no idioma inglês ou francês e gosta desse ramo, não desperdice essa chance.

3. Engenheiro Florestal

Mais uma das profissões na Europa com vagas sobrando. Por causa da crise climática na qual o mundo está passando, uma função que merece destaque e que apresenta falta de mão de obra qualificada no continente é a de Engenheiro Florestal.

Países como Finlândia e Dinamarca possuem uma demanda crescente de Engenheiros Florestais capacitados que consigam manter o equilíbrio dos ecossistemas e do bioma dessas regiões.

Se você se identifica com essa função ou já tem experiência nela, pode conseguir um bom emprego na Europa.

4. Analista Financeiro

A área de Finanças também costuma ser promissora e rentável. Se você possui formação ou já tem uma boa experiência nesse ramo, pode ter mais chances de conseguir um emprego em países como Portugal, Hungria e Suécia, por exemplo.

Praticamente toda empresa de médio e grande porte, independentemente da área de atuação, precisa de Analistas Financeiros em seu quadro de colaboradores.

Quem está pensando em se mudar do Brasil para trabalhar na Europa, o ramo de Finanças deve ser cogitado.

5. Engenheiro de Automação e Robótica

Pensou nas profissões na Europa com vagas sobrando por falta de mão de obra? Essa não poderia faltar. Se você acabou de se formar no curso de Engenharia de Automação e está com dificuldades de conseguir um bom emprego no Brasil, que tal trabalhar por lá?

Países como Espanha, Noruega e Itália estão com uma carência desses profissionais na linha de produção de empresas de vários setores. Quem já possui experiência nessa área e não tem medo de se arriscar, pode ter um salário atrativo e uma carreira consolidada.

6. Cientista de Dados

Outra profissão da área da Tecnologia que apresenta uma alta demanda de mão de obra qualificada em diversas regiões da Europa. Se você tem afinidade com esse ramo ou já possui experiência nele, pode trabalhar como Cientista de Dados em uma startup ou multinacional.

Empresas de diversos segmentos de algumas cidades da Inglaterra e Polônia estão com um déficit de Cientista de Dados. Por isso, exercer essa função nessas regiões pode ser vantajoso, principalmente se você falar inglês fluentemente.

7. Chef de Cozinha

A última das profissões na Europa com vagas sobrando da nossa lista. Você ama a área da Gastronomia, tem vários dotes culinários e é craque no preparo de pratos doces e salgados?

Pode trabalhar como Chef de Cozinha em países como Escócia e Romênia e se dar bem financeiramente.

A culinária em algumas cidades dessas duas nações europeias fomenta a economia local, já que é o carro-chefe.

Por isso, se você está pensando em exercer essa profissão na Europa, não perca a chance de ganhar um salário atrativo e turbinar a sua carreira. Boa sorte!

Informações: Concursos no Brasil / Imagem: Agriq.

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Para reduzir as emissões em São Paulo é preciso intensificar a agricultura e avançar no reflorestamento

O Estado de São Paulo é o quarto do Brasil em emissões de gases do efeito estufa. No entanto, enquanto o perfil nacional tem como base central o desmatamento e a agricultura – que juntos representam três quartos do total de emissões –, em São Paulo é a energia, sobretudo os combustíveis fósseis, o principal problema (71% dos gases emitidos).

Isso faz com que a realidade paulista seja mais semelhante à média global: 73% das emissões estão relacionadas à queima de combustíveis fósseis e 18% a mudanças no uso do solo e agricultura.

“Vamos pegar o Estado de São Paulo, por exemplo. Se sabemos que um setor está contribuindo para a redução das emissões, precisamos potencializá-lo. Enquanto a agricultura ainda representa 25% das emissões paulistas, a de mudanças de uso do solo é quase zero já que não há mais grande desmatamento há alguns anos e há um avanço na silvicultura. Basicamente, é preciso avançar ainda mais em termos de reflorestamento e restauração florestal”, avaliou Maurício Cherubin, vice-coordenador geral e diretor de pesquisa do Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

A avaliação de Cherubin foi feita na quinta sessão da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CECTI), dedicada a debater o tema “Mudanças Climáticas e Transição Energética”. Realizada na quinta (07/03) e sexta-feira (08/03) da semana passada, na Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, a CECTI teve o objetivo de preparar as contribuições do Estado de São Paulo para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), marcada para ocorrer entre 4 e 6 de junho, em Brasília.

“Estima-se que em São Paulo exista um déficit de 700 mil hectares de Área de Preservação Permanente e 800 mil hectares de Reserva Legal, área semelhante à meta do Programa Refloresta São Paulo. Mas como podemos reflorestar mais? Intensificando o uso da terra voltado à agropecuária, especialmente no setor canavieiro, que é a principal produção que temos no Estado”, afirmou Cherubin.

Patrícia Morellato, diretora do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CBioClima) – um CEPID da FAPESP sediado no campus de Rio Claro da Universidade Estadual Paulista (Unesp) –, avaliou que o foco da resposta às mudanças climáticas precisa estar na conservação.

“A solução para as mudanças climáticas passa pela conservação e redução da perda de biodiversidade. O maior problema no Brasil não é a frota, mas o uso da terra. A biomassa, por exemplo, não é um milagre, temos de pensar em outras soluções. A cana-de-açúcar deveria ser pensada como algo transitório”, afirmou Morellato.

“Concordo que a homogeneização do ecossistema é um processo que gera perda de biodiversidade, mas, por outro lado, estrutura a economia do Estado. É preciso misturar floresta e cana. A floresta assimila 18 vezes mais CO2 que a cana”, rebateu Cherubin.

No painel, os pesquisadores abordaram a importância de reduzir o uso de combustíveis fósseis. “O problema está posto. As temperaturas estão aumentando e o mapeamento de risco é central para definir os impactos emergenciais e as soluções possíveis associadas aos eventos climáticos. Precisamos reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis. Para tal, necessitamos de transformações urgentes e sistêmicas, olhar a produção e as transformações das cadeias produtivas, para garantir um futuro resiliente com emissões líquidas zero”, alertou Jean Ometto, pesquisador sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e integrante da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

Jean Ometto, pesquisador do Inpe (foto: Léo Ramos Chaves/Revista Pesquisa FAPESP)

Marcos Buckeridge, integrante do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP), listou seis iniciativas para a descarbonização: “Diminuir o uso de combustíveis fósseis, aumentar a produção de biocombustíveis, produzir eletricidade suficiente para a eletrificação da frota, diminuir as emissões por desmatamento, avançar nas tecnologias agrícolas e acompanhar e modelar o processo de descarbonização”, disse.

Marcos Buckeridge, integrante do RCGI (foto: Léo Ramos Chaves/Revista Pesquisa FAPESP)

“O que é factível para enfrentar as mudanças climáticas? Energia eólica, solar, bioenergia, armazenamento de eletricidade [baterias], captura de carbono e a energia nuclear”, completou.

Buckeridge alerta que, embora muito se diga que a indústria do petróleo teria um prazo de apenas mais 50 anos, “nunca se sabe”. “Cada vez se acha mais petróleo. Um exemplo disso é o pré-sal. Portanto, a exploração de petróleo pode ser menos carbonizada. Existem vários elementos de phase out [interrupção gradual do uso] que são importantes. Como, por exemplo, aumentar a produção de biocombustíveis, acoplar os sistemas de bioenergia com o de captura de carbono, enterrar o CO2 emitido por biocombustíveis [captura de carbono], além de incrementar a produção canavieira, ou seja, usar menos área para produzir mais da planta e, por consequência, mais etanol”, afirmou.

A sessão “Mudanças Climáticas e Transição Energética” também abordou os seguintes temas: Os desafios científicos e tecnológicos da transição energética; Adaptação, mitigação e resiliência às mudanças climáticas; Economia circular e bioeconomia; Mudanças climáticas e biodiversidade; e Economia de baixo carbono. Outros participantes foram Paulo Artaxo (USP), Simone Miraglia (Universidade Federal de São Paulo) e Gonçalo Amarante Pereira (Universidade Estadual de Campinas).

Mais informações sobre a CECTI estão disponíveis em: fapesp.br/cecti.

O vídeo com as duas últimas sessões de sexta-feira (08/03) pode ser acessado em: www.youtube.com/watch?v=UE5Md5UlxWI.
 

Informações: Agência FAPESP.

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Curso Embrapa: Teste de tetrazólio em sementes de erva-mate

No Brasil, há poucos laboratórios de análise de sementes que trabalham com erva-mate (Ilex paraguariensis) e que possuem experiência com a avaliação da qualidade das sementes da espécie. O teste de tetrazólio é um teste bioquímico muito utilizado para avaliar a viabilidade de sementes, sendo um teste rápido e altamente informativo.

Este curso tem como objetivo treinar analistas de sementes, estudantes e interessados em trabalhar com análise da qualidade de sementes de erva-mate por meio do teste de tetrazólio.

Programação:

  • 02/04: Manhã – Teoria: morfologia de sementes de erva-mate, características da semente, princípio do teste de tetrazólio / Tarde – Prática: preparo das sementes para o teste
  • 03/04: Manhã – Preparo de soluções para realização do teste / Tarde – Corte das sementes e coloração 
  • 04/04: Manhã – Leitura do teste / Tarde – Cálculo dos resultados e preenchimento do boletim

Inscrições:

– Valor: R$ 550,00
– Data de inscrição: até 25/03/2024 – Nr de vagas: 6  – Link para inscrição: https://faped.conveniar.com.br/Eventos/Forms/Servicos/EventoDados.aspx?action=868

Atenção:

– Caso o curso não seja realizado, o valor da inscrição será reembolsado aos inscritos. – Política de desistência: o pagamento não será devolvido em caso de desistência ou não comparecimento do inscrito ao evento.

  • Carga horária | 24h
  • Curso | Restrição de público: Necessário realizar inscrição confirme orientações do link acima
  • Horário
      02/04/2024 | 08:00 às 17:00
      03/04/2024 | 08:00 às 17:00
      04/04/2024 | 08:00 às 17:00

Local:

Embrapa Florestas | Estrada de Ribeira Km 111 sn, Guaraituba, Colombo – PR.

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Suzano faz 32 anos em Mucuri e reforça sua relevância para a Bahia

Ao longo de mais de três décadas, a empresa de papel e celulose se fortalece e impulsiona o desenvolvimento de vários municípios do Extremo Sul do Estado

Por: Heverton Dias*

Unidade da Suzano em Mucuri traz em sua história um legado de transformação para o extremo sul da Bahia. Uma trajetória que, além de contribuir para o avanço da indústria de papel e celulose em nosso país, tem grande relevância ao impactar positivamente o cenário socioeconômico do estado da Bahia, contribuindo para o desenvolvimento da região.

Uma história que inicia em 1989, com a Bahia Sul Celulose, uma associação entre a Suzano e a então Companhia Vale do Rio Doce. A planta industrial teve a primeira produção de celulose em março de 1992 e, um ano depois, em 1993, a primeira produção de papel. Nas décadas que se seguiram, a unidade cresceu, atingiu marcas históricas de produção, conquistou certificações e prêmios de excelência ambiental. Foram muitas transformações até chegar à Suzano atual.

No dia 13 de março, celebramos 32 anos da nossa presença em Mucuri, município onde mantemos uma das plantas industriais mais completas do setor em âmbito global, com capacidade para fornecer mais de 1,7 milhão de toneladas de celulose, 250 mil toneladas de papel e 60 mil toneladas de tissue por ano. A unidade produz diversas marcas da Suzano e contribui com a geração de 7.500 empregos diretos, entre colaboradores próprios e terceiros vinculados à operação, alcançando mais de 37 mil pessoas por meio do efeito renda.

Ainda no âmbito econômico, vale ressaltar que todos os anos a unidade de Mucuri realiza com sucesso as Paradas Gerais (PGs) – ações planejadas de interrupção das atividades industriais para serviços de manutenção preventiva – que são responsáveis por injetar um volume considerável de recursos na economia regional. Durante as PGs, há grande fluxo de trabalhadores terceirizados, contribuindo para gerar e compartilhar valor com os setores de hotelaria, alimentação e transporte da região, que tem o turismo como uma das principais atividades econômicas.

No dia 13 de março, celebramos 32 anos da nossa presença em Mucuri, município onde mantemos uma das plantas industriais mais completas do setor em âmbito global

Em conformidade com os “Compromissos para Renovar a Vida” – conjunto de metas de longo prazo estabelecidas em 2020 pela Suzano em convergência com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU – a empresa está realizando uma verdadeira transformação social nos municípios do Extremo Sul da Bahia, por meio das iniciativas que visam reduzir a pobreza e fomentar a evolução da educação.

Assim como em todas as suas áreas de atuação, a Suzano impulsiona o desenvolvimento social na Bahia destinando recursos significativos para o apoio a projetos sociais, que já beneficiaram mais de 48 mil pessoas. Um exemplo é a Associação Comunitária Golfinho, de Mucuri, mantida pela empresa desde 2005 e que atualmente atende a mais de 200 crianças e adolescentes, que no contraturno escolar, têm acesso a atividades pedagógicas e esportivas.

Somos uma empresa consciente, que contribui para a evolução da sociedade e também para a conservação e preservação do meio ambiente: na Bahia, a companhia conserva cerca de 151 mil hectares de áreas preservadas e é responsável pela manutenção de diversas Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) espalhadas pelos municípios do sul baiano.

A companhia cumpre integralmente as legislações ambientais, reforçando seu compromisso com as comunidades tradicionais, com as quais mantém um diálogo aberto e transparente. Ao longo de mais de três décadas, a Suzano desenvolveu uma relação de parceria com as pessoas naturais do extremo sul da Bahia ou que adotaram a região como lar, contribuindo para a evolução cultural e econômica local. Inovando sempre, a empresa chegou aos 100 anos em 2024, e temos orgulho do papel que a baianidade exerce na formação da identidade da Suzano.

É assim que construímos a nossa história de mais de três décadas em território baiano, buscando a constante evolução em nossos processos produtivos e na valorização daqueles que estão ao nosso redor. Estamos preparados para crescer e nos fortalecer. Que venham outros 32 anos!

*Heverton Dias é gerente executivo Industrial da Unidade Mucuri da Suzano.

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De novas estruturas à modernização: Suzano coloca R$ 1,45 bi em Aracruz

Companhia está fazendo aportes relevantes na construção na primeira fábrica de papel do Espírito Santo e na modernização e manutenção de todo o parque fabril

O ano de 2024, principalmente o primeiro semestre, vai ser animado no complexo industrial da Suzano, em Aracruz. Além da construção da primeira fábrica de papel do Estado, que será entregue em 2026, as três linhas de produção de celulose estão passando por um grande processo de manutenção e modernização. O conglomerado está colocando R$ 1,45 bilhão em todo o pacote.

Só a nova caldeira, capaz de atender as três usinas de celulose que funcionam ali, vai consumir R$ 520 milhões de reais. A usina de papel tissue (usado para higiene pessoal) vai consumir R$ 650 milhões. O restante do aporte vai para a manutenção e modernização das unidades.

“São intervenções importantes e complexas, que estão mobilizando cerca de dois mil trabalhadores. A parte mais pesada das manutenções, com paradas de fábrica, se darão no primeiro semestre. Os investimentos na caldeira e na unidade de papel serão entregues em 2025.”

Fabricio José da Silva, executivo responsável pelas fábricas do Espírito Santo.

Importante destacar que boa parte dos fornecedores contratados para tocar as intervenções são do setor metalmecânico do Espírito Santo, um dos mais avançados do Brasil.

Informações: A Gazeta.

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Portugal: mais de 1,6 milhões de pedidos para fazer queimas e queimadas em 2023

A aplicação informática para comunicar e autorizar queimas e queimadas recebeu cerca de 1,6 milhões de pedidos no ano passado em Portugal, mais 600 mil do que em 2022, revelou hoje o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

A plataforma queima e queimadas, gerida pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), existe desde 2019 e permite uma gestão centralizada dos pedidos de autorização e de comunicação, tendo em conta que as queimas necessitam de uma comunicação prévia fora do período crítico de incêndios rurais, enquanto as queimadas exigem uma autorização.

No chamado período crítico de incêndios – geralmente entre 01 de julho e 30 de setembro – tanto as queimas como as queimadas precisam de uma autorização para serem realizadas.

Dados hoje divulgados pelo ICNF, durante a apresentação da nova campanha “Portugal Chama 2024-2026”, dão conta que a plataforma queimas e queimadas recebeu 1.655.010 de contactos em 2023, enquanto no ano anterior tinha recebido 1.030.857, um aumento de 13%.

A plataforma das queimas e queimadas pode ser acedida através de uma aplicação de telemóvel, portal do ICNF e através da linha SOS, que tem várias componentes relacionadas com ambiente, gestão florestal e queimas e queimadas.

Segundo o ICNF, a linha SOS recebeu 111.803 chamadas no ano passado sobre pedidos de autorização ou comunicação da realização das queimadas, mais 25% do que em 2022.

Em declarações à Lusa, o presidente do ICNF, Nuno Banza, afirmou que a esmagadora maioria dos pedidos são feitos através do site ou do telemóvel, mas “continua haver também muitos pedidos feitos telefonicamente”, uma vez que o número é gratuito.

“O ano passado tivemos mais de um milhão de contactos pelas diferentes formas para pedidos de queimas ou queimadas e tivemos um pico que chegou a quase 4.000 chamadas no mesmo dia”, disse, explicando que os pedidos feitos através da plataforma permitem que todo o processo seja automatizado, uma vez que as câmaras municipais têm acesso a esta aplicação e são as autarquias que “autorizam ou não” as queimas e queimadas “em função das condições meteorológicas que existem nos territórios”.

Nuno Banza destacou a “grande mudança” que se tem verificado nos últimos anos devido às campanhas de sensibilização: “As pessoas normalmente já nem sequer pensam em queimar nos dias de maior risco do ano”.

O responsável frisou que o maior número de pedidos “são fora da tradicional época do verão”.

No entanto, esclareceu que há dias no inverno, em que há períodos de seca por não chover, e não se pode fazer queimas, salientando que “é por isso que esta plataforma é muito importante”.

A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) apresentou hoje a nova campanha “Portugal Chama”, que vai prolongar-se até 2026, depois da campanha anterior, que funcionou entre 2019 e 2023 e com o mesmo nome, ter permitido reduzir em mais de metade os incêndios florestais em seis anos, conseguindo-se evitar cerca de 60.000.

O presidente da AGIF afirmou à Lusa que a primeira campanha “Portugal Chama” conseguiu “alterar muitos os comportamentos dos portugueses”.

“Só que ainda há 7.000 incêndios por ano, dos quais a maioria são intencionais”, frisou Tiago Oliveira, sublinhando que tem de existir agora “um tratamento específico: ou trabalho policial ou também de trabalho de sensibilização de proximidade”.

Na cerimónia de apresentação da campanha, Manuel Rocha, da GNR, apresentou a operação “Floresta Segura” da Guarda Nacional Republicana, que tem várias fases, nomeadamente da realização de ações de sensibilização e fiscalização, investigação dos incêndios e combate.

Entre 2019 e 2023, a GNR deteve 599 pessoas pelo crime de incêndio florestal, identificou 3.882, registou 25.694 crimes e investigou 42.963 fogos, além de ter levantado 25.336 autos de contraordenação, sendo a maioria por falta de limpeza dos terrenos.

Informações: www.antenalivre.pt

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