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Número de queimadas na Amazônia já é o maior em quase duas décadas

Em 2024, bioma teve mais de 20 mil focos de incêndio registrados 

O Brasil registra em 2024 um triste recorde. Segundo dados do sistema BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 1º de janeiro a 24 de julho foram registrados 20.221 focos de incêndio na Amazônia. Além de um recorde em quase 20 anos, o fogo registrado no bioma nos sete primeiros meses do ano teve um aumento de 43,2% em relação ao mesmo período de 2023 — 14.116 focos de calor.

Nos dias 23 e 24 de julho, a Amazônia teve 1.318 focos de calor. Para se ter noção da quantidade de fogo, esses dois mesmos dias no ano passado registraram 671 focos, um aumento de 96%. Em 2022, os dias tiveram 399 focos.

Segundo o Greenpeace Brasil, vários fatores contribuíram para o aumento do fogo na Amazônia em 2024: a região está mais seca, o que está intimamente relacionado às mudanças climáticas, sendo potencializada pelo fenômeno El Niño.

Garimpo ilegal

Um levantamento realizado pelo Greenpeace Brasil revela que o garimpo ilegal continua a se expandir em Terras Indígenas da Amazônia. Entre janeiro e junho de 2024, foram identificados 417 hectares de novas áreas de desmatamento associadas à atividade garimpeira nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami. A TI Kayapó foi a mais afetada, respondendo por 54,4% dos alertas de desmatamento, seguida pela TI Yanomami com 40,63% e pela TI Munduruku com 4,87%.

Até dezembro de 2023, a área devastada pelo garimpo nos territórios Kayapó, Munduruku e Yanomami somava mais de 26 mil hectares, representando mais de 90% das ocorrências de garimpo em territórios indígenas no Brasil.

Informações: Metrópoles.

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Promotoria cria reservas particulares no Cerrado para preservação ambiental

Em um importante passo para a preservação ambiental do Cerrado, a Promotoria de Justiça de São Félix do Araguaia firmou Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com os proprietários da Fazenda Rio Manso e da Fazenda Capão Azul, localizadas no município. Através dos TACs, foram instituídas duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), com áreas de 560 hectares e 550 hectares, respectivamente.

A criação das RPPNs é resultado do “Projeto Terra Nascente”, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) em parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e a Universidade Federal de Rondonópolis. O projeto busca conjugar a compensação ecológica com a conscientização ambiental, promovendo a preservação de áreas naturais de alto valor ecológico.

As áreas das RPPNs foram cuidadosamente selecionadas, considerando as características únicas de cada propriedade. As unidades de conservação foram estabelecidas nas áreas mais úmidas das fazendas, garantindo a proteção ambiental necessária e a formação de um corredor ecológico entre as unidades. Essa conectividade entre os fragmentos verdes é fundamental para a preservação da biodiversidade local.

A criação das RPPNs traz diversos benefícios para o meio ambiente e para a sociedade:

  • Preservação da biodiversidade: As RPPNs protegem a rica fauna e flora do Cerrado, garantindo a preservação de espécies ameaçadas de extinção e o equilíbrio dos ecossistemas.
  • Conservação dos recursos hídricos: As áreas úmidas das RPPNs contribuem para a regulação do ciclo da água, protegendo as nascentes e garantindo a qualidade da água para as comunidades locais.
  • Mitigação das mudanças climáticas: As RPPNs absorvem dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a combater o aquecimento global e seus impactos.
  • Incentivo à pesquisa científica: As RPPNs oferecem um ambiente ideal para a realização de pesquisas científicas sobre o Cerrado, contribuindo para o conhecimento e a preservação desse bioma.
  • Educação ambiental: As RPPNs podem ser utilizadas para atividades de educação ambiental, sensibilizando a população sobre a importância da preservação ambiental.

A criação das RPPNs demonstra o compromisso do Ministério Público do Estado de Mato Grosso com a preservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável. A iniciativa serve como um modelo para outras regiões do país, incentivando a criação de unidades de conservação privadas e a compensação ecológica como forma de reparar danos ambientais.

O MPE continuará monitorando as RPPNs para garantir que seus objetivos de preservação ambiental sejam cumpridos. A expectativa é que a iniciativa inspire outras ações semelhantes em todo o estado, contribuindo para a conservação do Cerrado e a construção de um futuro mais sustentável.

Informações: Cenário MT.

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Com nova fábrica de celulose, MS deve atingir em 2024 produção de quase 6 milhões de toneladas

Até o fim do ano, nova unidade deve processar 900 mil toneladas, segundo a empresa

A fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação no domingo (21), deve produzir, até o fim do ano, cerca de 900 mil toneladas. Com esse volume, o estado, que já conta com outras três linhas em operação em Três Lagoas – duas da mesma empresa – deve atingir o volume de 5,9 milhões de toneladas ainda em 2024.

Segundo o diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda, após a partida, se iniciou a curva de aprendizado da planta que deve durar cerca de 9 meses. Após esse período, a fábrica deve atingir sua capacidade nominal de produção, 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a maior em linha única do mundo.

Miranda explicou que já está ocorrendo um processo de desmobilização dos trabalhadores que construíram a fábrica. Disse que, no pico da obra, o empreendimento chegou a contar com 10 mil operários e que, nesta etapa, tinha cerca de 5 mil. Uma parte desse efetivo, cerca de 300, deverá ainda continuar a executar serviços complementares, principalmente de urbanização da fábrica.

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena.

Na operação da planta, o diretor comenta que estão trabalhando cerca de 3 mil pessoas, sendo 2 mil na área florestal e mil na industrial. Mesmo operando com quadro completo, ele revela que a empresa vai manter a parceria com o Sistema S para manter a capacitação de mão de obra, visando suprir demandas com eventuais movimentações de trabalhadores.

Construída com o chamado “estado da arte” do setor, Miranda aponta que a nova planta apresenta várias novidades tecnológicas da indústria 4.0, como dispositivos inteligentes, monitoramento de ativos, uso de modelos matemáticos em processos e inteligência artificial.

Ele ressalta que um dos aspectos mais importantes da nova planta é a sustentabilidade do empreendimento. A partir da gaseificação da biomassa, vai produzir singás, que alimentará os fornos de cal da indústria. Será a primeira planta da empresa a utilizar esse insumo.

Miranda comenta que, com a biomassa sólida e líquida, a planta vai cogerar energia. A bioeletricidade produzida tornará a planta autossuficiente e o excedente, 180 MW, será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse volume, conforme ele, é suficiente para abastecer uma cidade com 2,5 milhões de habitantes.

O diretor falou ainda da continuidade das ações sociais da empresa em Ribas do Rio Pardo, assegurando a continuidade do trabalho e destacando a implementação de projetos de longo prazo focados na busca por alternativas de geração de renda e na melhoria das condições de vida e de educação da população.

Em relação à produção da unidade, ele ressaltou que pelo menos 98% será destinada ao mercado externo e que a celulose será escoada inicialmente pelo modal rodoviário até um terminal ferroviário da companhia em Inocência, no leste do estado, de onde seguirá pela ferrovia Malha Norte até os dois terminais que a empresa mantém no Porto de Santos, em São Paulo.

Inauguração da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS). Créditos: Canal YouTube Suzano.

Informações: G1/MS.

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