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Sistemas agropecuários sustentáveis ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa

Conclusão apresentada por cientistas da USP no Journal of Cleaner Production está baseada em revisão sistemática de estudos

Estudo conduzido na Universidade de São Paulo (USP) buscou avaliar em que medida a adoção de práticas da chamada “agricultura climaticamente inteligente” (CSA, na sigla em inglês) é capaz de mitigar as emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Esse conjunto de métodos busca transformar e reorientar a agricultura de modo a alcançar maior sustentabilidade e resiliência econômica, social e ambiental.

Para responder à questão, cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena-USP) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) fizeram uma revisão sistemática de artigos já publicados com medições desses gases no campo. Os resultados foram divulgados no Journal of Cleaner Production.

A investigação foi conduzida no âmbito do Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON) e do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI). O CCARBON é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Esalq-USP. O RCGI é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído na Escola Politécnica da USP por FAPESP e Shell, com apoio de diversas empresas.

De acordo com Wanderlei Bieluczyk, bolsista de pós-doutorado da FAPESP no Cena-USP e primeiro autor do artigo, constatou-se que “converter áreas de pastagens degradadas e de agricultura convencional para práticas de CSA, especialmente para sistemas integrados de produção, tem elevado potencial para mitigar a emissão de gases. Isso graças a uma redução das emissões de metano [CH4] entérico por produto [por quilograma de carne produzido, por exemplo] e ao funcionamento do solo como um dreno de CH4”.

Em entrevista à Divisão de Comunicação da Esalq-USP, Bieluczyk destacou ainda que há poucos dados sobre emissões de gases do efeito estufa medidas em campo no Brasil, “dificultando extrapolações para todos os biomas brasileiros”.

O artigo revelou que há poucos pesquisadores e instituições atuando nessa área em importantes regiões do país, como Norte e Nordeste, evidenciando a necessidade de apoio à infraestrutura e de recursos para aumentar o número de estudos nesses locais.

Também enfatizou a busca por aprimoramentos metodológicos e oportunidades de pesquisa, incluindo a urgência de priorizar medições frequentes de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso (N2O) em múltiplos sistemas de CSA ao longo de vários anos.

“Isso permitirá cálculos confiáveis de balanço de carbono e removerá barreiras decorrentes da falta de resultados abrangentes para implementar programas de certificação, possibilitando incluir sistemas de CSA no mercado de carbono e em outros mecanismos de finanças verdes”, avaliou Maurício Roberto Cherubin, professor da Esalq e vice-diretor do CCARBON.

Os autores finalizam reforçando que os resultados são importantes para refinar o inventário nacional de gases do efeito estufa, servem de evidência científica sobre o potencial de soluções baseadas na natureza e para apoiar novas políticas, projetos e investimentos no Brasil.

O artigo Greenhouse gas fluxes in brazilian climate-smart agricultural and livestock systems: A systematic and critical overview pode ser lido em:

www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S095965262402230.

Informações: Agência FAPESP / Imagem em desta: divulgação.
 

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Suzano está com três processos seletivos abertos em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com três processos seletivos abertos para atender suas demandas em Ribas do Rio Pardo. As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Há oportunidade aberta para a função de Assistente Executiva l. Pessoas interessadas em concorrer à vaga devem atender os seguintes pré-requisitos: possuir Ensino Superior completo; domínio em Pacote Office e é desejável habilidade com a língua inglesa. As inscrições ficam abertas até o dia 23 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7639766?jobBoardSource=gupy_public_page.

Na área florestal, há oportunidade para a função de Planejador(a) de Manutenção Florestal (PCM). Os pré-requisitos para a seleção são: possuir Ensino Técnico ou Superior completo; ter conhecimento intermediário em Pacote Office, além de Sistema Smart Question, Power BI e SAP (Desenvolvimento e Análise de Sistemas). Pessoas candidates com conhecimento em planejamento de Frota têm um diferencial.  As inscrições ficam abertas até o dia 22 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7627687?jobBoardSource=gupy_public_page.

Outra oportunidade aberta para a área florestal é para a função de Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal. Para participar da seleção, os pré-requisitos são: ter formação Técnica completa em Segurança do Trabalho; ter disponibilidade para a realização de viagens e possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria ”B’. Possuir conhecimento em Excel, facilidade em lidar com dados e boa comunicação serão considerados diferenciais. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7557413?jobBoardSource=gupy_public_page.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Suzano está com seis processos seletivos abertos para Três Lagoas (MS)


As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com seis processos seletivos abertos para atender a demanda de suas operações em Três Lagoas. As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Para a função de Analista de Comportamento Seguro Júnior, as pessoas interessadas devem atender os seguintes pré-requisitos: ter Ensino Superior completo nas áreas de Psicologia, Psicologia do Trabalho ou áreas correlatas; conhecimento intermediário em Pacote Office; possuir experiência na condução de metodologias de desenvolvimento humano em segurança do trabalho; ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria ”B”. Especialização em Psicologia do Trabalho ou Organizacional será considerado um diferencial para a vaga. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7255039?jobBoardSource=gupy_public_page

Outra oportunidade aberta é para a função de Analista de Manutenção Mecânica Sênior. Os interessados devem atender os seguintespré-requisitos:possuir disponibilidade total para atuar em Três Lagoas; ter concluído Ensino Técnico, Tecnólogo ou Superior (cursando ou completo) em mecânica, elétrica, instrumentação, mecatrônica, eletrônica, automação, eletrotécnica; conhecimento em Sistema SAP; vivência em planejamento e gestão de manutenção mecânica industrial e metodologias estruturadas de resolução de problemas. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7425736?jobBoardSource=gupy_public_page.

Já para a função de Assistente Administrativo ll, os pré-requisitos são: ter Ensino Médio completo e conhecimento intermediário ou avançado em Pacote Office; disponibilidade para ir à campo todos os dias. Formação em Ensino Superior, vivência com SAP (Desenvolvimento e Análise de Sistemas) e conhecimento na área florestal, serão considerados diferenciais. As inscrições ficam abertas até o dia 21 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7434993?jobBoardSource=gupy_public_page.

Também está em andamento o processo seletivo para Condutor(a) de Veículo Florestal l. As pessoas interessadas precisam:ter concluído o Ensino Fundamental; ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria ”E”; experiência em condução de veículos articulados no transporte de madeira; ter realizado Curso de Cargas Indivisíveis e possuir disponibilidade total para residir em Três Lagoas. As inscrições seguem abertas até o dia 25 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7398034?jobBoardSource=gupy_public_page.

Ainda para Três Lagoas, há oportunidade aberta para a função de Técnico(a) em Logística Florestal ll. Para concorrer, as pessoas interessadas precisam atender aos seguintes pré-requisitos: disponibilidade total para residir em Três Lagoas; ter concluído Ensino Técnico ou Superior na área de Logística ou correlatas; possuir conhecimento intermediário em Pacote Office e SAP (Desenvolvimento e Análise de Sistemas); experiência prévia na área florestal e possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria ”B” ou superior. As inscrições seguem abertas até o dia 25 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7544926?jobBoardSource=gupy_public_page.

Outra vaga disponível é para a função de Técnico(a) de Planejamento e Controle de Produção (PCP) – exclusiva para pessoas com deficiência. Os pré-requisitos, são: disponibilidade para residir em Três Lagoas; formação Técnica ou Superior nas áreas de Engenharias (Florestal ou áreas correlatas); conhecimento intermediário em Pacote Office e possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria ”B”. Experiência em uma ou mais áreas do setor florestal: PCP, logística, silvicultura e/ou colheita e ter conhecimento em geoprocessamento e topografia além de ferramentas de desenho (ArcGIS ou QGIS), serão considerados diferenciais. As inscrições seguem abertas até o dia 23 de agosto e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7525691?jobBoardSource=gupy_public_page.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página https://www.suzano.com.br/

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Eldorado Brasil forma primeira turma exclusiva de mulheres tratoristas

A formação faz parte do Programa Trilha de Carreira, que promove o desenvolvimento profissional igualitário e fortalece a confiança das colaboradoras para alcançar novas posições

Mudar de carreira, seguir um sonho e arriscar-se em uma nova área são desafios que exigem coragem, incentivo e muito apoio. Foi com esse espírito que, em 2024, a Eldorado Brasil criou a primeira turma de tratoristas, composta exclusivamente por mulheres. O objetivo foi incentivar a participação ativa das colaboradoras em programas de formação dentro da empresa, inclusive em funções anteriormente dominadas por homens.

“Na Eldorado, nossas colaboradoras podem atuar em qualquer área. Nossos processos são tecnológicos, mecanizados, e contamos com toda a estrutura do nosso Centro de Treinamento Itinerante Florestal para capacitar essas mulheres. Essa turma, que acaba de se formar, está alinhada ao nosso Programa Trilha de Carreira, que visa impulsionar o desenvolvimento profissional de forma igualitária, fortalecendo a confiança dessas colaboradoras para que ocupem quaisquer posições almejadas, seja como tratorista ou em cargos de liderança”, afirma Marilu Ramos, Coordenadora do Centro de Treinamento Florestal da Eldorado Brasil.

Embora esta seja a primeira turma composta exclusivamente por mulheres, a empresa já possui um quadro de colaboradoras tratoristas e que operam veículos ainda maiores. A ideia dessa turma exclusiva foi encorajar mais mulheres a participarem dessa formação e reforçar a participação igualitária na empresa. Agora, a Eldorado conta com oito novas tratoristas formadas, como a Sabrina Padilha, colaboradora da Eldorado há cinco anos e que até então atuava como colaboradora na cozinha, mas agora desfruta da conquista com o novo cargo.

“Eu sempre gostei de atuar na cozinha e, em cinco anos, fui promovida três vezes na minha área. Mas sempre tive um sonho maior de trabalhar no campo como operadora, o que me motivou a participar da turma. A primeira vez que dirigi um trator foi uma mistura de sentimentos, mas também uma realização ao ver meu sonho se tornando realidade. Essa formação é a realização de um sonho e uma porta aberta para outras mulheres que se veem como operadoras ou em outras áreas predominantemente masculinas. Estou muito feliz por ter recebido essa oportunidade dentro da empresa, com incentivo, acolhimento, respeito e, principalmente, paciência de todo o time que participou da nossa formação”, contou Sabrina.

Sabrina Padilha.

Simone Barbosa, também faz parte das novas tratoristas da Eldorado, e viu na turma uma oportunidade de crescimento profissional. Atuando há cinco anos como ajudante florestal na empresa, ela aproveitou a chance oferecida para transformar sua carreira.

“Quando dirigi um trator pela primeira vez, me senti poderosa e capaz. Agora, oficialmente como operadora de trator, sinto muito orgulho. É bonito acreditar no nosso potencial e nos enxergar em todos os lugares e posições. Hoje concluo essa capacitação, mas vejo muito mais para minha carreira aqui dentro. Essa visão de futuro só é possível porque temos oportunidades e profissionais que apoiam nosso crescimento”, afirmou Simone.

Simone Barbosa.

FORMAÇÃO ON THE JOB

O curso de 56 horas incluiu tanto a parte teórica quanto a prática, abordando até mesmo manutenção mecânica. Foram 16 horas de treinamento teórico e 40 horas de prática operacional. Após concluírem o treinamento, as colaboradoras foram encaminhadas para a prática on the job, atuando no dia a dia da função com todo o apoio e supervisão necessários para que pudessem ser efetivadas na função.

“Essa é a primeira turma 100% feminina, mas é importante mencionar que temos também turmas mistas, abertas para todos os nossos colaboradores que fazem parte da nossa trilha de carreira. Estamos muito orgulhosos dessa formação e queremos cada vez mais mulheres ocupando as diferentes frentes de trabalho aqui na Eldorado Brasil. Um dos nossos diferenciais é a primarização da mão de obra e estamos abertos para ampliar conhecimento do time, capacitar quem está iniciando e promover conforme os talentos que se revelam”, concluiu Germano Vieira, Diretor Florestal da Companhia.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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I Summit de Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais debate o tema em Itu-SP

Realizado nos dias 27 e 28 de junho, o evento trouxe uma programação robusta para promover o diálogo e a colaboração entre países e organizações sobre as melhores práticas no combate a incêndios florestais e na mitigação das mudanças climáticas

O Brasil registrou um nú­mero recorde de incên­dios florestais de janeiro a abril, com mais de 17 mil focos identificados no período, mais da metade deles concentrados na re­gião da Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente atribuiu o aumento das quei­madas, que são uma técnica amplamente utilizada pelo agronegócio para aumentar a superfície explorável, aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo as secas. No total, 17.182 incêndios foram registra­dos nos primeiros quatro meses do ano, segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), disponibilizadas neste primeiro semestre de 2024, um aumento de 81% em rela­ção ao mesmo período de 2023.

E para falar sobre o tema, foi realiza­do nos dias 27 e 28 de junho, o I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Flores­tais, no Itu Plaza Hotel, em São Paulo, com uma programação robusta para pro­mover o diálogo e a colaboração entre países e organizações para compartilhar as melhores práticas e lições aprendidas no combate a incêndios florestais e na mitigação das mudanças climáticas. O evento visou estabelecer metas ambicio­sas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger ecossistemas vul­neráveis e fortalecer a resiliência às mu­danças climáticas e aos incêndios flores­tais. Será uma significativa oportunidade de contribuições entre a sociedade civil e setores deste cenário. Patrocinado pela Guarany, Suzano e USAID, com organi­zação do Green Rio e com apoio de diver­sos parceiros, mais de 200 participantes estiveram presentes nesta primeira edi­ção, que abordou o tema “Encontrando soluções para prevenir e combater incên­dios”, promovendo discussões sobre a importância do investimento, até pesqui­sa e desenvolvimento de tecnologias ino­vadoras para prever, monitorar e comba­ter incêndios florestais, bem como para desenvolver soluções de baixo carbono para reduzir o aquecimento global.

De acordo com Alida Bellandi, CEO do Grupo Guarany e organizadora do even­to, o objetivo do Summit é esclarecer primeiramente sobre a gravidade e o caráter emergencial dos incêndios, com impacto na vida e na saúde humana, além do meio ambiente, com grandes prejuízos de toda ordem. Mas, princi­palmente, gerar um documento com as principais conclusões e recomendações das conferências, para nortear políticas públicas e privadas, no que concerne à prevenção, mitigação, combate aos incêndios florestais e de interface, bem como da recuperação dos biomas. Assim, também visa dar a devida dimensão da relevância e da transcendência dos temas a serem discutidos para os vários stakeholders, bem como, aproximar as empresas participantes da comunidade científica internacional, da mesma forma das instituições governamentais, para estimular o diálogo e a cooperação com o setor privado: “Na última Conferência Mundial, percebemos que os setores privados estavam muito alienados das grandes instruções referentes às mudanças climáticas e os incêndios florestais. A idealização desse evento visa aproximar o setor privado com a comunidade científica internacional e as entidades e instituições competentes no Brasil. Trouxemos um grupo de especialistas que eu acho de ‘dream team’ porque são grandes autoridades nacionais e internacionais e os melhores da área”.

Alida Bellandi, CEO do Grupo Guarany
e idealizadora do evento.

No dia 27, o evento dividiu-se em quatro painéis, iniciando com a visão global dos incêndios e a cooperação internacional. A abertura se deu com o professor Johann Georg Goldammer, diretor do Centro Global de Monitoramento de Incêndios da Alemanha, que realizou uma palestra-magna com o tema da governança integrada do manejo do fogo com paisagens naturais e culturais, numa perspectiva global e latino-americana.

Em seguida, Tiago Oliveira, presidente do conselho diretivo da Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF); Flávia Leite, coordenadora-geral do Prevfogo do IBAMA e Pieter Van Lierop, ofi­cial florestal regional da Food and Agri­culture Organization (FAO), se reuniram para falar sobre a cooperação entre Por­tugal e Brasil no entendimento dos in­cêndios Tropicais e do Mediterrâneo.

Para falar sobre o apoio na gestão de incêndios florestais na América Latina e no Caribe, estiveram presentes Rolando Pardo Vergara, Chefe do Departamento de Prevenção de Incêndios Florestais da Corporação Florestal Nacional  do Chile (CONAF); Patricio Sanhue­za, coordenador das reuniões da Rede Latino Americana de incêndios florestais e representação dos países latinoameri­canos; Mariana Senra de Oliveira, analista ambiental do Prevfogo do IBAMA; Guiller­mo Defossé, secretário de Ciência e Tec­nologia de Chubut – província argentina e a moderação de Pieter Van Lierop. Para debater sobre o Centro de Moni­toramento Ambiental e Manejo do Fogo (CeMAF) na América do Sul, reuniram-se o Prof. Marcos Giongo, coordenador do CeMAF; Prof. Antônio Carlos Batista, responsável pelo Laboratório de Incêndios Florestais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a moderação de Domingos Xavier Viegas, pesquisador da Universidade de Coimbra.

No segundo painel, o assunto foi as experiências de prevenção e combate nos vários biomas brasileiros. O coronel do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso, Paulo Barroso, esteve presente para falar sobre a ameaça no Pantanal. Já o João Paulo Morita, coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio e Rodrigo Belo, gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), falaram sobre incêndios em parques nacionais e estaduais. Por fim, Ane Alencar, geógrafa premiada e coordenadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) no Pará e a moderação de Carlos Pontes, do Instituto Estadual do Ambiente (INEA- RJ), trouxeram o tema dos incêndios em florestas tropicais com foco em bioma amazônico.

O terceiro painel trouxe a relevância do setor florestal na economia, onde o embaixador José Carlos Fonseca Jr., representando a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) e a Associação Brasileira de Embalagens de Papel, falou sobre o panorama do setor privado no Brasil. O debate sobre a visão europeia, a transformação do conhecimento em valor e um novo modelo de interface entre a academia e o setor privado, ficou por conta de Carlos Fonseca, chefe do escritório de tecnologia da ForestWISE Portugal e a moderação de Cristiano Vargas, coordenador da Defesa Civil na Prefeitura Municipal de Várzea Paulista. Finalizando o painel, Douglas Guedes de Oliveira, gerente de Inteligência Patrimonial da Suzano; José Baptista, gerente de silvicultura no Grupo Eucatex; Jozebio Gomes, Coordenador de Competitividade e Projetos Florestais na Eldorado Brasil Celulose S.A e a moderação de Cristiano Vargas, trouxeram o papel das empresas da preservação das florestas e os cases de sucesso, contribuindo na redução de focos e o trabalho com as comunidades locais.

No quarto e último painel, que tratou sobre a importância da cadeia, ou seja, as empresas produtoras de equipamen­tos, insumos, monitoramentos, novas tecnologias e treinamentos de brigadas, o grupo composto por Mark Siem, da Pe­rimeter Solutions EUA; Cândido Simões, gerente da divisão de incêndios florestais da Guarany; Humberto Eufrade, da Im­pacto – Equipamentos e Máquinas; Osmar Bambini, Co-fundador da umgrauemeio – climatech brasileira, pioneira, certifica­da como B Corporation e a moderação de Paulo Cardoso, jornalista e fundador do Mais Floresta, falaram sobre a indústria. Já a importância da ciência aplicada ao setor florestal, reuniu Erich Gomes Schait­za, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA); José Otávio Brito, diretor-executivo do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPEF e a moderação de Paulo Cardoso. Para falar sobre o treinamento de brigadas, Maria Luisa Alfaro, gestora do programa USAID na América Latina e Caribe no Sistema de Comando de Incidentes e Manejo integrado do Fogo; Paulo José de Souza, especialista em Gestão de Risco de Desastres na USAID/  DRMS Brasil; Sérgio Delgado, especialista em novas tecnologias para combate de incêndios da Delace Corp Panamá e a moderação do Prof. Erwing Hugo Ressel Filho, do departamento de engenharia florestal da Universidade de Blumenau – FURB, reuniram-se para o debate.

Por fim, a Dra. Thelma Krug,  matemática, cientista e considerada uma das maiores autoridades mundiais na pesquisa do clima e florestas, presidente da OMM (Organização Meteorológica Mun­dial) , atuou no  Painel Inter­governamental sobre Mudança do Clima (IPCC), fez uma palestra de encerramento sobre a íntima relação entre as mudanças climáticas e os incêndios florestais.

Dia 28 de junho por iniciativa dos idealizadores, com os conferencistas ainda presentes se reuniram para avaliar o evento e trabalhar na elaboração de um documento com as conclusões e recomendações, cujo objetivo é nortear as politicas publicas e empresariais com relação aos temas tratados. Além disso, convi­dados puderam realizar uma visita exclu­siva à Eucatex, que apresenta uma ampla variedade de itens para a construção civil, indústria moveleira e revenda madeirei­ra, conhecido por desenvolver produtos que oferecem opções práticas e criativas, a partir de pesquisas, com tecnologia de ponta e respeito ao meio ambiente.

Com o objetivo de ser mais próxima do meio onde está instalada, a Eucatex desenvolve diversas ações para disse­minar conceitos sobre a preservação do meio ambiente e a importância do manejo responsável das florestas plan­tadas, além de promover o crescimen­to e integração social nas comunidades e regiões onde a Eucatex está inserida. Além disso, maneja plantações florestais para a produção de madeira de Eucalipto para o abastecimento das Unidades Fa­bris. O manejo das plantações objetiva produzir florestas de alta produtividade a custos competitivos, buscando sempre a melhoria contínua do processo. Adota padrões e procedimentos que conside­ram cuidados ambientais para a conser­vação e preservação das áreas nativas em suas áreas de atuação, além do bem estar social dos colaboradores e das co­munidades do entorno.

Também, foi promovido o Curso de Investigação de Incendios Florestais ministrado pelo Prof. Erwin Hugo Ressel Filho, Engenheiro Florestal, Perito Judiciário Federal, Ex-Presidente da ACEF, Professor DEF/FURB, Mestre em Engenharia Florestal (PPGEF/UFSM) e Doutorando em Engenharia Florestal (PPGEF/UFPR).

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