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CMPC bate recorde de produção de celulose em Guaíba

A unidade de Guaíba bateu recorde de produção no mês de julho

A CMPC atingiu duas marcas históricas no mês de julho. A unidade de Guaíba bateu recorde de produção mensal com 205.460 admt (sigla em inglês para tonelada métrica seca ao ar, que corresponde a unidade de medida de celulose vendável) e de redução de consumo de água por tonelada de celulose fabricada, que ficou em 22,6m³/admt. 

Esta foi a segunda vez consecutiva em 2024 que a unidade obteve a quebra de índices, isso porque em junho já tinha chegado a impressionante performance de 197.111 admt de celulose produzida e de 22,9m³ de água consumida. Os resultados são fruto do processo de implementação das modernizações realizadas pelo BioCMPC.

“O projeto, considerado o maior investimento privado em sustentabilidade da história do RS, teve as obras finalizadas em novembro do ano passado e os novos equipamentos instalados estão em fase de rampagem operacional até alcançar o patamar total, o que gera esses bons números para a indústria”, explica o diretor-geral da unidade de Guaíba da CMPC, Antonio Lacerda.

Os recordes conquistados corroboram com o importante momento que a CMPC vive no Brasil. Recentemente, a companhia foi reconhecida como uma das cinco mais inovadoras do setor de celulose e papel pelo Anuário Inovação Brasil, do jornal Valor Econômico, e conquistou também o prêmio Campeãs da Inovação, promovido pela Revista Amanhã, na categoria Cultura de Inovação. Neste último, a empresa ainda figurou em sétimo lugar entre as mais de 130 organizações de diferentes setores da economia inscritas.

“Estamos muito orgulhosos com as marcas alcançadas e os reconhecimentos conquistados. Eles são fruto de muito trabalho e de uma busca incessante por aprimoramento de processos. O Projeto Natureza também está evoluindo muito bem e estamos cumprindo todas as etapas e exigências que uma iniciativa deste porte demanda. Vamos seguir investindo em pesquisa, inovação e melhorias para que possamos devolver à sociedade gaúcha toda a confiança que depositam em nós”, conclui.

Em julho deste ano, a CMPC assinou junto com o governo do Rio Grande do Sul a declaração de aprovação do termo de referência para a elaboração do estudo impacto ambiental do Projeto Natureza, avaliado em R$ 24 bilhões e que deve se tornar o maior investimento privado da história do estado. Ainda durante a cerimônia também foi oficializado a constituição do Comitê de Governança para Monitoramento da nova unidade da empresa, em Barra do Ribeiro. O grupo de trabalho será formado por órgãos governamentais, incluindo segmentos como o de transportes e meio ambiente.

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Créditos de carbono: oportunidades e desafios para o Brasil liderar a economia de baixo carbono

Pedro Plastino, CBO da Future Carbon Group, destaca o Brasil como um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, ressaltando o papel crucial do agronegócio e da conservação florestal no combate ao aquecimento global e no desenvolvimento socioeconômico do país

O mercado de créditos de carbono tem ganhado destaque mundial como uma ferramenta essencial para mitigar os efeitos do aquecimento global, ao incentivar práticas de baixo carbono em diversas indústrias, incluindo o agronegócio. Pedro Plastino, CBO da Future Carbon, uma das empresas líderes no desenvolvimento e comercialização de créditos de carbono no Brasil, destacou a importância desse mercado e o papel do Brasil como um potencial gigante nesse setor.

Segundo Plastino, o mercado de carbono foi inicialmente estruturado no Protocolo de Kyoto, evoluindo significativamente após o Acordo de Paris em 2016. Este mercado global já movimenta bilhões de dólares, com previsões de crescimento exponencial nas próximas décadas, alcançando cerca de 70 bilhões de dólares até 2050. No entanto, apesar de o Brasil ser um dos maiores fornecedores de créditos de carbono, o país ainda está longe de atingir seu pleno potencial, especialmente no que diz respeito à proteção florestal e à adoção de tecnologias de baixo carbono no agronegócio.

“Embora o Brasil seja considerado a ‘Arábia Saudita dos créditos de carbono’, ainda estamos engatinhando em termos de regulamentação e integridade dos projetos”, afirma Plastino. Ele aponta que a profissionalização do mercado é crucial para que o Brasil se consolide como um líder global. Isso inclui a evolução de projetos de baixa fiscalização e integridade para uma abordagem mais robusta e transparente, com múltiplos stakeholders envolvidos na monitoração e na execução de projetos.

Plastino destacou ainda a importância dos créditos de carbono para a sustentabilidade do agronegócio. Tecnologias como biodigestores e práticas de integração lavoura-pecuária-floresta são exemplos de como o setor pode não apenas reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, mas também gerar novas fontes de receita para os produtores rurais. “O crédito de carbono é uma ferramenta financeira que incentiva práticas que evitam emissões ou capturam carbono da atmosfera, essencial para combater o aquecimento global”, explica.

A Future Carbon Group tem se destacado por sua atuação tanto na globalização quanto na interiorização dos projetos de carbono. Com sedes em Manaus e Cuiabá, a empresa busca levar os melhores projetos aos rincões do Brasil, ao mesmo tempo em que conecta esses projetos ao mercado internacional. A empresa já possui mais de 60 projetos em diversas escalas, incluindo conservação florestal, pecuária de baixo carbono e energia renovável, e recentemente abriu uma sede em Londres para facilitar a venda de créditos de carbono para grandes empresas globais.

Entretanto, Plastino alerta que, para que o Brasil atinja seu potencial pleno, é necessária uma regulamentação clara e rigorosa, bem como uma maior integridade nos projetos. A recente operação da Polícia Federal contra a grilagem de terras no Brasil, batizada de “Greenwashing”, foi citada como um exemplo de como o país está começando a separar o joio do trigo no mercado de carbono, garantindo que apenas projetos sérios e com impacto socioambiental positivo sejam validados.

O impacto social dos projetos de carbono também foi um ponto de destaque. Segundo Plastino, uma parte significativa da receita gerada pelos créditos de carbono é destinada às comunidades locais, contribuindo para melhorar a educação, a saúde e a infraestrutura básica em regiões vulneráveis. “Acreditamos que o Brasil pode usar seus ativos ambientais para resolver passivos sociais, trazendo capital internacional para melhorar a qualidade de vida das populações carentes”, conclui.

Com um mercado em crescimento e um potencial gigantesco, o Brasil tem a oportunidade de se tornar uma potência mundial em créditos de carbono, transformando o agronegócio e a conservação ambiental em motores de desenvolvimento sustentável. Contudo, como destacou Plastino, ainda há muito trabalho a ser feito para que o país alcance essa posição de liderança.

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Minério e celulose podem ‘ressuscitar’ velha ferrovia

Secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos da Casa Civil da Presidência aponta que divisão da Malha Oeste ganha força com intensão de gigantes do setor

Demanda antiga da administração pública de Mato Grosso do Sul – e prioridade do governo federal desde o fim do ano passado – a “ressuscitação” da antiga Malha Oeste ganha um novo capítulo, já que, segundo o secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos da Casa Civil, o interesse de duas gigantes dos setores de minério e celulose que visa dividir as ferrovias, pode retomar os investimentos. 

Reunião feita entre equipe do Governo do Estado com o Ministério dos Transportes – no fim do ano passado – já indicava os bons olhos para a situação, sendo que mais recente o secretário especial do PPI apontou para essa possível retomada, em entrevista à Agência Infra, após leilão de concessão de terminais portuários.

Após consulta pública para nova concessão, o projeto que previa o abandono de alguns trechos gerou divergências e levaram a um pedido de divisão da malha, sendo uma para atender às demandas que rumam ao Rio Paraguai e outra para transporte rumo à São Paulo, cita o secretário do PPI, Marcus Cavalcanti.

Como o projeto inicial previa até abandono do ramal que liga a ferrovia a Ponta Porã, e com a concessionária Rumo, que tinha intenções de devolver o trecho mostrando novo interesse em repactuar a operação e devolver outra parte, as divergências chamaram a atenção, principalmente, de dois empreendimentos gigantes de celulose em Mato Grosso do Sul. 

Suzano e Eldorado, ainda em 2021, diante da possibilidade de novas empresas passassem a operar trechos existentes de ferrovias, pediram autorização para construir trechos. A ideia dos gigantes da celulose, inclusive, é que ao passar o empreendimento para essas empresas, ambas pensem um projeto único. 

Malha Oeste

Antiga Noroeste do Brasil, a Malha Oeste conta com 1.923 km de ferrovia ligando Corumbá a Mairinque (SP), bem como Campo Grande a Ponta Porã e, como dito após reunião entre os Governos de MS e SP, a retomada da linha férrea necessitaria de investimentos entre cinco e seis bilhões de reais. 

Além de ser uma “mão na roda” para o escoamento da produção sul-mato-grossense, a revitalização da malha também ajudaria a aliviar o número de caminhões que transitam pelas rodovias de MS, que se vê extremamente dependente do modal rodoviário. 

Extensão da Ferrovia malha oeste em MS.

Informações: Correio do Estado.

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Amif entrega comenda a protagonistas florestais de 2024

O governador Romeu Zema foi um dos agraciados pela entidade com a comenda pelo engajamento na simplificação do licenciamento ambiental no Estado

A Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) entregou na noite da última segunda-feira (26) a comenda Protagonismo Florestal Mineiro 2024. Receberam a homenagem aqueles que a associação considerou ter se engajado diretamente na assinatura do acordo que possibilitou a simplificação do licenciamento ambiental para a silvicultura em Minas Gerais e entre os agraciados, o governador Romeu Zema (Novo). 

O Governo de Minas Gerais e o Ministério Público do Estado (MPMG) assinaram, no dia 11 de julho, um acordo inédito que possibilitou a simplificação do modelo de licenciamento ambiental para a atividade de silvicultura mineira, como ocorre em outros estados brasileiros.

A partir da assinatura, o Estado passa a não estar mais obrigado juridicamente a exigir os Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para todos os novos empreendimentos de plantios florestais acima de mil hectares de área plantada.

A mudança ocorreu no contexto de uma decisão judicial proferida em 2011 que determinou a necessidade de apresentação do EIA/Rima para os empreendimentos de atividades agropecuárias acima de mil hectares em Minas Gerais, indistintamente.

No entanto, após a recente publicação da Lei Federal nº 14.876, de 2024, a silvicultura foi retirada do rol de atividades com significativo potencial de degradação e poluição ambiental, o que permitiu aos estados mais autonomia e simplificação dos processos de licenciamento.

Medalha da Amif
Homenagem da Amif destina-se a figuras públicas que se engajaram na simplificação do licenciamento para o setor | Crédito: Alex Ayala

A exclusão da silvicultura dessa categoria se deu em função do entendimento de que se trata de uma atividade agrícola sustentável e benéfica ao meio ambiente. Dessa forma, a decisão mais viável ficou pela simplificação dos procedimentos para o seu licenciamento ambiental.

A silvicultura fazia parte, anteriormente, da atividade que engloba “culturas anuais, semiperenes e perenes e cultivos agrossilvipastoris, exceto horticultura”, que possui um grau poluidor considerado médio. A mudança, portanto, excluiu a silvicultura do rol citado anteriormente, tendo uma categoria exclusiva.

Diante da atualização da lei federal, foi necessário que Minas Gerais também se atualizasse. Segundo o acordo assinado, o governo de Minas Gerais ficou desimpedido judicialmente e retomou a sua autonomia de promoção da simplificação do licenciamento ambiental para os projetos de implantação de florestas plantadas e ampliação de áreas de vegetação conservadas.

De acordo com a Amif, são mais de 800 municípios que serão beneficiados diretamente com a medida. Isso porque Minas possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, a maior área cultivada de florestas plantadas do Brasil. E, ao mesmo tempo, cerca de 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa conservada pelo setor florestal.

Um dos homenageados, o governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, em seu discurso durante a cerimônia de entrega, comentou que a conquista beneficiará, inclusive, municípios com baixo desenvolvimento.

“Minas tinha algumas travas que já existiam há tempos que dificultavam os empreendimentos nesse setor. Então, é um avanço muito significativo. Com toda a certeza, nós tiramos as amarras e quando se tira as amarras as coisas fluem com rapidez e vão acontecer de maneira bastante intensa, no meu entender, principalmente nas regiões até menos desenvolvidas do Estado, que são aquelas onde as terras são ainda menos caras e onde muitos investimentos serão realizados”, afirmou.

Também receberam a comenda: a secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília Carvalho Melo; o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior; presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior; e o promotor de Justiça do MPMG e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa de Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Ainda na cerimônia, a presidente da Associação, Adriana Maugeri, disse que a homenagem é justa para aqueles líderes que mostraram coragem. “Que essa coragem seja inspiradora para todos nós, líderes. Que no momento em que há o caminho A ou B para seguir, a coragem seja a guia-mestra para enfrentar dilemas. A comenda nasceu com este intuito: celebrar a coragem, a vitória e a cooperação”, disse.

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Exportações de celulose impulsionam balança comercial do setor

Crescem vendas externas de celulose, papel, painéis de madeira e compensados

A balança comercial do setor florestal brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2024 com um saldo positivo de US$ 7 bilhões, representando um aumento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho, detalhado no boletim Mosaico Ibá, produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), reflete o crescimento expressivo das exportações de produtos florestais, que aumentaram 13,8%, enquanto as importações tiveram uma elevação de 3%.

A celulose, principal produto de exportação do setor, registrou um crescimento considerável no segundo trimestre, após um início de ano estável. As vendas externas de celulose totalizaram US$ 4,95 bilhões, um aumento de 19% em comparação aos primeiros seis meses de 2023. As exportações de papel também mostraram avanço, com um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 1,27 bilhão. Os painéis de madeira, por sua vez, destacaram-se com um aumento robusto de 50,8% nas vendas, atingindo US$ 218,3 milhões.

A produção do setor também apresentou resultados positivos. No primeiro semestre de 2024, foram produzidas 12,7 milhões de toneladas de celulose, um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023. A produção de papel alcançou 5,7 milhões de toneladas, com destaque para o segmento de papel para embalagem, que teve um crescimento de 10,3%, chegando a 3,2 milhões de toneladas.

O setor de árvores cultivadas reafirma sua importância na economia brasileira, sendo responsável por 4% da balança comercial do país no primeiro semestre de 2024 e ocupando o quarto lugar na pauta de exportações do agronegócio. No mesmo período, o setor representou 8,1% das exportações do agronegócio brasileiro.

A China permanece como o principal destino das exportações florestais brasileiras, com compras que totalizaram US$ 2,1 bilhões, dos quais 95% foram de celulose. A demanda chinesa por celulose, papel e painéis de madeira aumentou, com crescimentos de 11,7%, 140,2% e 104,8%, respectivamente. A Europa e a América do Norte também aumentaram suas importações, com crescimentos de 27,1% e 14,9%, totalizando US$ 1,84 bilhão e US$ 1,76 bilhão, respectivamente.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, destacou a importância do setor para o mercado global, especialmente em um cenário de transição para uma economia de baixo carbono. “O Boletim Mosaico mostra como o setor nacional de árvores cultivadas é importante fornecedor planetário desse insumo. A pauta da transição ecológica rumo à economia de baixo carbono está cada vez mais presente e mais urgente. O Brasil se destaca com a oferta de produtos que são renováveis, recicláveis e biodegradáveis, e com o compromisso histórico com a sustentabilidade do nosso setor”, afirmou Hartung.

Com informações da assessoria*

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De olho na celulose: como MS se tornou o epicentro de uma nova corrida verde

No Florestas 360º, evento realizado em Campo Grande, a Arauco debateu a expansão da celulose no Brasil, com foco no desenvolvimento sustentável e nos desafios logísticos em Mato Grosso do Sul

Na semana passada, no dias 20 e 21 de agosto, enquanto os jacarés do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), descansavam ao sol, um debate aquecido acontecia nas salas do complexo. A indústria florestal, que há tempos encontrou um lar fértil no Mato Grosso do Sul, discutia seu futuro durante o evento Florestas 360º – Centro – Oeste. A estrela da vez? A celulose, aquele material que pode parecer apenas um pedaço de papel, mas que carrega consigo uma complexa cadeia produtiva.

Mato Grosso do Sul e a ascensão da celulose – O governador Eduardo Riedel subiu ao palco e deixou claro: o estado vive um momento especial na produção de celulose. Segundo ele, o crescimento não veio por acaso, mas foi pavimentado por uma combinação de menos burocracia, mais segurança jurídica e um diálogo constante entre governo e empresas. “O que estamos vendo é fruto de muito trabalho, tanto do governo quanto das empresas que decidiram apostar no nosso estado,” afirmou Riedel, com a confiança de quem vê um futuro promissor.

Realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), o evento reuniu especialistas e líderes do setor florestal para discutir o futuro da celulose e outras questões estratégicas

A Arauco e o grande plano para o futuro – Entre as gigantes do setor, a Arauco, uma empresa chilena com presença global, marcou presença e trouxe uma novidade que promete sacudir o mercado: o Projeto Sucuriú. Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, sentou-se para discutir os desafios de um setor que cresce rápido, mas enfrenta barreiras, especialmente na logística. O Projeto Sucuriú, que será construído a 50 km de Inocência (MS), é ambicioso. Com um investimento de US$ 3 bilhões, a nova planta de celulose branqueada promete produzir 2,5 milhões de toneladas de fibra curta por ano. Tudo isso deve começar a funcionar em 2028.

Mas por que tanto interesse em Mato Grosso do Sul? – Pagano foi direto ao ponto: “O potencial de crescimento aqui é imenso, mas precisamos garantir que a infraestrutura acompanhe esse ritmo.” E não se trata apenas de crescer. A Arauco quer deixar um legado. O discurso é claro: a expansão tem que ser sustentável, respeitando o meio ambiente e trazendo benefícios reais para as comunidades locais.

Com o auditório do Bioparque Pantanal lotado, a Arauco destacou-se como uma das principais empresas presentes, trazendo sua expertise global para os debates

Uma gigante verde – A Arauco não é uma novata no jogo da sustentabilidade. Com operações em cinco continentes, a empresa foi a primeira do setor florestal a ser certificada como Carbono Neutro. No Brasil, a Arauco está presente desde 2002, com fábricas que produzem painéis de madeira e resinas químicas. Mas o Projeto Sucuriú é diferente. É uma aposta que pode redefinir o papel da empresa no país.

A importância da sustentabilidade no futuro da celulose – Os debates no Florestas 360º mostraram que não dá mais para separar o crescimento do setor de celulose das questões ambientais. O consenso é que o sucesso a longo prazo só será possível se as empresas conseguirem equilibrar a expansão econômica com a responsabilidade ambiental. E é exatamente nisso que a Arauco está apostando.

Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, representou a empresa na mesa-redonda onde foram discutidos os desafios e oportunidades do setor em MS

O que vem por aí? – Se o que foi discutido no Bioparque Pantanal é uma indicação do futuro, o setor de celulose no Brasil – e especialmente em Mato Grosso do Sul – tem um longo caminho pela frente. Com projetos gigantescos como o Sucuriú e um compromisso renovado com a sustentabilidade, o estado parece estar no centro de uma transformação que promete impactos econômicos e ambientais de grande escala.

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Empresas se mobilizam para prevenir e combater incêndios florestais

No fim de agosto uma reunião do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) Florestal, composta por representantes de empresas de base florestal do estado de São Paulo discutiu os incêndios florestais ocorridos nas semanas anteriores. O encontro aconteceu na sede da Suzano, em Itapetininga e envolveu a Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas – Florestar São Paulo.

“Conversamos sobre as ocorrências e a previsão para os próximos dias. Estamos em alerta e a tendência é que tenhamos um período preocupante para as próximas semanas”, explicou Fernanda Abilio, diretora-executiva da Florestar.

O setor agrícola é diretamente atingido pelo problema. Por outro lado, as empresas de base florestal estão muito bem estruturadas e organizadas para a prevenção e combate a incêndios. Um levantamento feito pela Florestar São Paulo indica que a infraestrutura especializada para prevenção e combate a incêndios inclui centrais de monitoramento e 64 torres de vigilância equipadas com câmeras. Além disso, são aproximadamente 150 caminhões pipa, 500 veículos de combate rápido e de apoio e helicóptero.

Nos incêndios do final de agosto foram mobilizados mais de 3 mil colaboradores, entre brigadistas e plantonistas para garantir vigilância constante e uma resposta imediata às ocorrências.

Os representantes das empresas relataram que nos anos anteriores os alertas de risco de incêndios florestais começavam entre os meses de junho e julho. Este ano, no entanto, os primeiros alertas surgiram já em abril.

As empresas associadas à Florestar que fazem parte do PAM Florestar são: Suzano, ⁠Dexco, ⁠Klabin, ⁠Bracell, Eucatex, Sylvamo e Potencial Florestal.

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