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Poluição causada por fumaça de queimadas, poluentes e tempo seco na cidade de SP é inédita, diz Cetesb: ’40 anos e nunca vimos isso’

A companhia ambiental do estado monitora os níveis de poluição na capital desde a década de 70, mas foi em 1985 que esse processo foi automatizado, com a instalação de equipamentos certificados e de referência mundial em diversas partes do município

Há dias encoberta pela poluição, a cidade de São Paulo tem apresentado índices preocupantes de qualidade do ar, com estações de monitoramento variando entre as classificações “ruim” e “muito ruim” para a concentração de partículas prejudiciais à saúde.

“Isso é inédito. Há 40 anos [quando as medições automáticas começaram], a gente não tinha um cenário como esse. Aliás, nem sabíamos que íamos passar por esse cenário”, afirmou Maria Lúcia Guardani, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, à TV Globo.

A companhia ambiental do estado monitora os níveis de poluição na capital desde a década de 70, mas foi em 1985 que esse processo foi automatizado, com a instalação de equipamentos certificados e de referência mundial em diversas partes do município.

  • Pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), são 6 os poluentes monitorados: dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3), partículas inaláveis (MP10) e partículas inaláveis finas (MP2,5);
  • Os níveis de poluentes podem ser classificados em cinco categorias: boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima;

As partículas inaláveis são poluentes extremamente pequenos, que podem penetrar nos pulmões, prejudicando a capacidade respiratória das pessoas, especialmente daquelas que possuem alergias respiratórias ou doenças como asma e bronquite. Elas também podem afetar a visibilidade na atmosfera.

É exatamente a concentração dessas partículas — com destaque para MP2,5 — que preocupa os especialistas. Na segunda-feira (9), 12 das 14 estações da Cetesb na capital paulista que monitoram esse poluente registraram índice médio “ruim” para ele. Aquelas localizadas na Marginal Tietê e no Parque Dom Pedro II ficaram com classificação “muito ruim”.

Em um cenário mais amplo, quando se olha a concentração anual de partículas inaláveis, os índices de poluição já foram piores na Grande São Paulo e vêm caindo ao longo das últimas quatro décadas, resultado da implementação de políticas públicas e da migração de indústrias para outras partes do estado e do país.

Contudo, os especialistas da Cetesb apontam que nunca houve índices tão ruins registrados em tantas estações de medição ao mesmo tempo, como tem ocorrido nesta semana.

Segundo o monitoramento da Cetesb, às 16h de segunda, o índice de qualidade do ar na região metropolitana atingiu níveis assustadores: 20 das 22 estações medidoras, o ar foi classificado como ruim ou muito ruim.

A presidente do Instituto Ar, Evangelina Araújo, afirmou que “estamos a níveis de Cubatão quando era poluída. Sem dúvida nenhuma isso tem efeito importante para a saúde e não é levado a sério pelos órgãos ambientais e do governo de saúde e ambientais para avisarem a população”.

Incêndio atinge uma extensa área de vegetação próxima ao Pico das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP) — Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Incêndio atinge uma extensa área de vegetação próxima ao Pico das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP) — Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Segundo a companhia, esse cenário pode ser explicado pela soma de alguns fatores:

  • Queimadas: os poluentes liberados nas queimadas, tanto na região Centro-Oeste quanto no interior do estado, são arrastados por correntes de vento até a capital;
  • Tempo seco: além de estar em época de baixa incidência de chuvas, São Paulo também sofre com os efeitos de uma onda de calor que atua sobre parte do país;
  • Emissão de poluentes: as fontes de poluição “habituais”, como veículos e indústrias, seguem emitindo partículas e gases na atmosfera, que se misturam aos provenientes das queimadas.

“A gente nem consegue ver o nascer do sol. É a poluição indicando que não tá tendo dispersão [dos poluentes]. Enquanto não vier uma chuva pra lavar essa atmosfera, nós vamos ter dias muito severos, principalmente para a saúde de todos”, afirmou a especialista da Cetesb.

Recomendações para Saúde

Após reunião nesta terça entre técnicos da Cetesb e representantes das secretarias da Saúde e do Meio ambiente, além de membros da Defesa Civil, para discutir medidas de contingência, o governo paulista suspendeu temporariamente as autorizações de queima no estado para a despalha de cana, queima fitossanitária ou para manejo.

Além disso, recomendaram algumas medidas para aliviar os incômodos causados pela poluição:

  • Aumentar o consumo de água;
  • Hidratar as narinas e os olhos com soro fisiológico;
  • Evitar atividades físicas ao ar livre;
  • Umidificar o ambiente com toalhas molhadas ou aparelhos umidificadores;
  • Evitar permanecer em ambientes com aglomeração de pessoas
  • Para quem estiver dentro de casa, a orientação é manter portas e janelas fechadas, para reduzir a entrada de partículas de fora para dentro das residências;
  • Em regiões de queimadas, como proteção adicional, a sugestão é de, quando sair de casa, utilizar máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente.

Crianças menores de cinco anos, idosos e gestantes devem ter atenção redobrada às recomendações acima, assim como pessoas com comorbidades, que devem buscar atendimento médico imediatamente na ocorrência de sintomas respiratórios.

Informações: g1/SP.

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Fumaça de queimadas se espalha pelo Brasil e traz riscos à saúde 

Níveis de materiais tóxicos no ar liberados pelas queimadas ultrapassa em até 100 vezes os valores seguros

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) o número de focos de queimadas no território brasileiro, em 2024, mais do que dobrou em relação ao mesmo período de 2023. Juntando isso ao tempo seco, comum nesta época do ano, a fumaça gerada se espalha por todo o país (cobrindo quase 60% do território) e gera preocupações de saúde.  

Durante a Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde Pública do Grupo dos 20 (G20), realizada hoje no último dia 09 de setembro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que tragédias climáticas como as queimadas geram um grande impacto sobre a saúde da população e sobre os sistemas de saúde. 

Qualidade do ar 

Dados de satélites e medições realizadas localmente mostram que as áreas mais atingidas pela fumaça das queimadas apresentam níveis de qualidade do ar bem acima dos limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).  

Por exemplo, a concentração de materiais particulados leves (MP2,5) para OMS deveria ser entre 5 e 15 µg/m³ (MP2,5 são partículas finas, com até 2,5 mícrons, capazes de ficarem suspensas no ar e que podem penetrar no trato respiratório inferior e na corrente sanguínea, causando uma série de efeitos deletérios para saúde).  

Contudo, na região Norte, onde ocorrem boa parte das queimadas, a população está convivendo com valores insalubres de qualidade do ar, em Rio Branco, capital do Acre, a concentração de MP2,5, chegou a ficar acima dos 250 µg/m³.  

A faixa de cidades vivenciando qualidades do ar nocivas à saúde se estende do Amazonas ao Rio Grande do Sul, com mais bolsões de insalubridade gerados no Centro-Oeste e no estado de São Paulo, devido às queimadas nessas regiões. A cidade de São Paulo chegou a ocupar o primeiro lugar no ranking mundial de metrópoles com a pior qualidade do ar, de acordo com agregador de dados internacional, com 14 vezes a concentração de MP2,5 recomendada.

Perigos da fumaça das queimadas e recomendações 

As fumaças geradas pelos incêndios, além dos materiais particulados também são constituídas de uma variedade de elementos nocivos, como monóxido de carbono (CO), compostos orgânicos voláteis (COVs), óxidos de nitrogênio (NOx) e ozônio, e metais pesados.  

No âmbito da Sala Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, mecanismo de gestão de resposta para emergências climáticas criado pelo Ministério da Saúde, o órgão divulgou, no início deste mês de setembro, orientações para população se proteger dos efeitos: 

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas.
  • Permanecer em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, buscar ambientes com ar-condicionado e filtros de ar para reduzir a exposição. 
  • Manter portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar, para minimizar a penetração da poluição externa. 
  • Evitar atividades físicas ao ar livre durante este período do ano. 
  • Não consumir alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas. 
  • Utilizar, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa.  

O Ministério também classifica crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes como grupo de risco, para os quais seriam necessária atenção redobrada às recomendações e a sintomas respiratórios ou outras complicações de saúde. De acordo com a pasta ministerial, para adultos e idosos, há um aumento do risco de eventos cardiovasculares e respiratórios combinados. 

Para pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou imunológicos há recomendação para: 

  • Buscar atendimento médico imediatamente na ocorrência de sintomas. 
  • Manter medicamentos e itens prescritos sempre disponíveis para o caso de crises agudas. 
  • Avaliar a possibilidade e segurança de se afastar temporariamente da área impactada.  

Informações: Portal Afya.

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Com investimento de R$ 80 milhões, Suzano inaugura em Ribas do Rio Pardo um dos viveiros de mudas mais modernos do mundo

Com capacidade para produzir 35 milhões de mudas de eucalipto por ano, a estrutura vai abastecer a demanda da nova fábrica da empresa no município

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, inaugurou nesta quarta-feira (11) o Viveiro de Mudas de Ribas do Rio Pardo (MS). Uma das mais modernas e eficientes da companhia e do mundo, a estrutura dispõe de sistemas que permitem o uso racional dos recursos hídricos, reutilização da água da chuva, sistemas eficientes de irrigação e uso de tubetes biodegradáveis que reduzem o uso de plásticos na operação. A cerimônia de inauguração contou com a presença de lideranças da empresa e autoridades estaduais e municipais.

Com capacidade para produzir 35 milhões de mudas de eucalipto por ano, a estrutura é resultado de um investimento de R$ 80 milhões, com a geração de cerca de 300 empregos diretos durante a construção. O viveiro ocupa uma área de cerca de 21 hectares, sendo 111 mil metros quadrados de área construída, e está instalado ao lado da nova fábrica de celulose da Suzano, à margem da rodovia BR-262. A nova unidade de produção de mudas, juntamente com o viveiro adquirido pela empresa em Campo Grande – com capacidade para 40 milhões de mudas ano –, irá abastecer o programa de formação florestal da fábrica em Ribas, que entrou em operação no dia 21 de julho deste ano.

“A floresta faz parte do DNA da Suzano e este novo viveiro de mudas está diretamente ligado às estratégias de negócios da companhia, que visam aliar eficiência e respeito ao meio ambiente e às pessoas. Estamos inaugurando em Ribas do Rio Pardo um dos mais competitivos e sustentáveis viveiros da empresa, que irá colaborar com o abastecimento da nossa fábrica, com a redução de emissões de gases do efeito estufa e ainda com a geração de trabalho e renda no município, tanto pelos empregos diretos, quanto pela movimentação da economia local”, ressalta Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

No viveiro, também está sendo empregado um projeto de automação, que contemplará uma linha inteira de produção, garantido o controle e a rastreabilidade do processo de produção via sistema RFID – tecnologia de identificação e controle que funciona por ondas de rádio –, além de estaqueamento de cepas e seleção de mudas robotizados.

Já em operação parcial desde os primeiros meses de 2024, o viveiro vai empregar cerca de 240 pessoas no total. O time de colaboradores(as) – composto 85% por mulheres – foi qualificado por meio de programas de formação oferecidos pela própria Suzano, juntamente com seus parceiros institucionais, e é 100% formado por moradores e moradoras de Ribas do Rio Pardo. A qualificação está no escopo dos R$ 31,75 milhões investidos pela empresa em formação profissional para as operações florestais ao longo do Projeto Cerrado, com o oferecimento de quase 22 mil horas de treinamentos.

No Mato Grosso do Sul, a Suzano já opera um viveiro em Três Lagoas para atender suas duas linhas de produção de celulose com capacidade para produzir 30 milhões de mudas por ano. Agora com os novos viveiros, em Ribas do Rio Pardo e em Campo Grande, a capacidade produtiva de mudas próprias da empresa no estado saltará de 30 milhões para 105 milhões de mudas de eucalipto ao ano, o que corresponde a um crescimento de 250%.

Sustentabilidade

O Viveiro de Mudas de Ribas do Rio Pardo conta com um sistema de drenagem para captação de águas pluviais. Em complemento, o local utiliza sistemas de irrigação automatizados, que, por meio de comandos humanos prévios, torna possível determinar com precisão os intervalos de aguamento de acordo com o nível de umidade do ambiente e das mudas, contribuindo para maior eficiência no desenvolvimento das plantas e uso mais consciente da água.

A estrutura ainda conta com duas máquinas para a produção de tubetes biodegradáveis, que possibilitam o cultivo das mudas de eucalipto em recipientes produzidos a partir de uma mistura de compostos orgânicos, feitos à base de açúcar, o que contribui para evitar o uso de materiais plásticos.

Base florestal

A Suzano conta com uma base florestal de aproximadamente 600 mil hectares no Mato Grosso do Sul, dos quais 143 mil hectares de proteção ambiental, destinados exclusivamente para a conservação da biodiversidade. Além do plantio de eucalipto, a empresa mantém uma série de iniciativas voltadas para o reflorestamento e restauração de matas nativas do Cerrado. Entre elas, está a meta de conectar 136 mil hectares de áreas prioritárias de conservação ambiental do bioma Cerrado por meio da implantação de um corredor ecológico de 394 quilômetros no estado. A iniciativa prevê ações de reflorestamento com mudas nativas interligando áreas prioritárias de seis municípios (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas).

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Brasil concentra 76% dos incêndios na América do Sul

País registrou mais de 5 mil focos nas últimas 24 horas

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 5.132 focos de incêndio, concentrando 75.9% das áreas afetadas pelo fogo em toda a América do Sul, informa o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aumento no número de focos se deu no bioma Cerrado, que ultrapassou a Amazônia nas frentes de fogo e registrou 2.489 focos ontem (9) e hoje.

Uma das maiores especialistas em fogo do país, a diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, diz que o avanço dos incêndios em grande parte do país preocupa principalmente pela antecipação do período crítico. “A gente está numa situação muito difícil, até porque não sabe como serão os próximos meses. Não queremos que seja como foi o fim do ano passado, quando em outubro a situação piorou na Amazônia, principalmente em novembro e dezembro, e a chuva só começou em janeiro. Então, fico muito preocupada com será depois de setembro”.

Nestes primeiros dias de setembro, os focos distribuídos pelo país superam o dobro do que foi observado em 2023. Em apenas dez dias são 37.492 focos registrados, enquanto que no mesmo período do ano anterior haviam sido 15.613. Para Ane Alencar, este ano o fogo foi potencializado por uma confluência de fatores que vão desde fenômenos como o segundo ano de El Niño, seguido de La Niña, passando pelo aquecimento global e a ação humana. “Eu acho que no Brasil, normalmente, já tivemos secas muito fortes na Amazônia, em uma parte do Cerrado, na região central do país, mas pegando vários biomas ao mesmo tempo, eu acho que é uma das primeiras vezes. É quase uma tempestade perfeita, onde o clima é o motor para propagar o fogo que ocorre a partir das queimadas”, diz.

Além dos incêndios que avançam sobre a Amazônia e o Pantanal, São Paulo também passa por situação crítica.

Turismo

No Cerrado, duas importantes unidades de conservação também são alcançadas pelo fogo. No estado de Goiás. o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros teve 10 mil hectares atingidos pelos incêndios e em Mato Grosso, estado que lidera o número de focos, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) interditou, por tempo indeterminado, pontos turísticos da unidade concedida à iniciativa privada.

Segundo a Parquetur, administradora do uso público das duas unidades, não foi necessário interditar as atrações turísticas em Goiás, já que o incêndio ocorre em região que não afeta nem coloca em risco a área de visitação. “A Parquetur reforça que é importante que as visitações ao entorno continuem a ocorrer, para não gerar impactos negativos ao mercado turístico local.”, informou a empresa.

Ignição

Para a pesquisadora, embora a seca seja capaz de causar impactos na economia e no equilíbrio ambiental, com isolamento de comunidades, dificuldades de transporte e mortandade de espécies, ela não é capaz de causar fogo e a proporção de seu impacto ganha maiores dimensões pela ação humana. “Para que haja um fogo, tem que ter faísca, que é essa primeira fonte de ignição, e ela é iniciada pelo ser humano, por diversos motivos. Mas os principais, eu diria, porque a gente está falando de uma região muito grande, os principais são o uso do fogo para renovação de pastagem e o uso do fogo na prática de conversão do solo, na prática de desmatamento”, afirma Ane.

Qualidade do ar

O cenário de incêndios em grande parte do país faz com que os episódios críticos de poluição do ar também sejam mais frequentes e as doenças causadas pela fumaça impactem, inclusive, o sistema de saúde do país. Recentemente, o Ministério da Saúde acionou a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) para atuar no auxílio aos estados e municípios em busca de minimizar os efeitos das queimadas na saúde humana.

Ane Alencar explica que os efeitos regionais do fogo vão muito além das questões de saúde e afetam até a economia de um país. “Há um impacto para as pessoas que perdem suas matérias-primas, aquela árvore frutífera, aquela madeira que está ali na floresta; há um impacto na caça das pessoas. E também na agropecuária, uma área que não estava preparada para ser queimada, quando é queimada tem efeito na agricultura. Também o gado tem que sair daquele pasto queimado e ir para outro, que vai ser arrendado ou, às vezes, o gado até morre”.

As perdas não param por aí segundo a pesquisadora, que também aponta impactos na ciência, no meio ambiente e no bem-estar da humanidade. “Tem impactos que vão desde a perda de biodiversidade, de material genético que a gente até desconhece, a diminuição da capacidade de recuperação dessas áreas, que ficam mais suscetíveis a outros incêndios. Isso faz com que se tenha uma perda de serviço ecossistêmico, principalmente de água, mas também de retenção de carbono, por exemplo. Outra questão é do calor mesmo, sabemos que a floresta tem papel importante no conforto térmico”.

Conscientização

Embora em grande parte das áreas atingidas pelos incêndios o manejo do fogo esteja proibido, a pesquisadora considera que ainda é necessário melhorar a conscientização das pessoas. “Do jeito que estamos vivendo essa crise, os contingentes governamentais, sejam eles da esfera federal, estaduais, ou municipais, não serão suficientes para conter o que está ocorrendo, a não ser que haja o engajamento da sociedade”, diz.

Informações: Agência Brasil.

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Em dois anos, Bracell qualifica cerca de 600 colaboradores e fortalece o mercado de trabalho no interior paulista

A capacitação de colaboradores em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, é impulsionada por parcerias com instituições educacionais

São Paulo, 11 de setembro de 2024 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê que, até 2025, as fábricas no Brasil criarão 497 mil novos postos de trabalho. Para essas posições, o setor vem investindo em treinamento e capacitação dos profissionais, preparando-os para os novos desafios e tecnologias. Um exemplo disso é a Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, que conta com cerca de 7 mil colaboradores na unidade de Lençóis Paulista (SP). Em constante expansão, a empresa está gerando oportunidades de emprego em todo o interior de São Paulo. Nos últimos dois anos, por exemplo, a companhia qualificou cerca de 600 profissionais para essas novas vagas.

Instituições de ensino como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), e a Fundação Brasileira de Educação no Transporte (Fabet) têm desempenhado um papel crucial nesse aspecto. Elas oferecem cursos à comunidade e aos novos colaboradores da empresa, que, ao ingressarem, são direcionados a treinamentos especializados. Esses programas garantem que os funcionários adquiram as habilidades necessárias para suas funções e integrem-se adequadamente ao ambiente de trabalho.

Um exemplo do impacto positivo dessa capacitação é Elizabete da Silva, que hoje atua como operadora de máquina florestal na Bracell, na região de Botucatu (SP). No passado, Elizabete trabalhou como motorista de Uber, dona de casa e teve uma breve experiência na área florestal. Quando soube da oportunidade de capacitação oferecida pela empresa, não hesitou em enfrentar o desafio. “Sou mãe e tenho cinco filhos. Abracei a chance, dei o meu melhor e estou como operadora de harvester há quase um ano. Estou muito feliz. O emprego tem ótimos benefícios e possibilitou conquistas pessoais também,” comenta.

Ela enfatiza o quanto o formato de ‘treinar’ os profissionais já como colaboradores da empresa é um diferencial. “É um investimento de carreira. O curso é muito bom, temos aulas teóricas e práticas e, depois, a empresa faz o acompanhamento. A gente ganha para aprender! A Bracell é uma empresa muito grande e com oportunidades de crescimento. Tenho o apoio da minha família e quero me desenvolver cada vez mais na área”, destaca.

Thiago Petine, Gerente de Desenvolvimento e Projetos da Bracell em São Paulo, reforça essa visão ao afirmar que apoiar a promoção profissional das comunidades é um dos valores da companhia. “Acreditamos que a capacitação é uma ferramenta que promove a transformação e possibilita um leque de oportunidades. Por isso, investimos em parcerias com escolas, empresas e instituições qualificadas para aprimorar as habilidades técnicas dos nossos profissionais e impulsionar o desenvolvimento das localidades onde atuamos. Nosso compromisso é gerar o crescimento socioeconômico dessas regiões, garantindo que nossos colaboradores e suas comunidades se beneficiem diretamente das oportunidades,” afirma.

Vidas transformadas

Até o momento, cerca de 600 profissionais já participaram dos treinamentos de formação oferecidos pela Bracell. Em 2023, a empresa alcançou números expressivos em seus programas de capacitação: em parceria com a Fabet, foram treinados 157 colaboradores para a condução de caminhões de transporte de madeira, distribuídos em 11 turmas. Com o Senai, a Bracell qualificou 266 colaboradores em operação de máquinas florestais e auxiliares de manutenção, em 15 edições. Além disso, 23 profissionais foram formados em operação de máquinas por meio da parceria com a empresa especializada Contremp.

Em 2024, até o momento, foram realizadas quatro turmas, incluindo a formação de 27 motoristas pela Fabet, 11 operadores de máquinas para a área de estradas e 14 operadores para a colheita. Além das turmas já concluídas, a Bracell tem várias outras formações em andamento ou previstas. Atualmente, estão sendo realizadas 2 turmas com 30 colaboradores para a função de auxiliares de manutenção, uma turma com 15 colaboradores para motoristas polivalentes de caminhões de apoio (abrangendo operações de comboio, pipa, caçamba e guindauto) e mais 3 turmas para motoristas de transporte de madeira, com um total de 45 vagas em formação pela Fabet.

Sobre a Bracell 
A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Suzano abre inscrições para o programa Supervisão Florestal

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com as inscrições abertas para o Programa Supervisão Florestal, que tem como objetivo atrair talentos para a companhia centenária, com foco no desenvolvimento de lideranças operacionais nas áreas florestais.

São 35 vagas abertas para atuação nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Espírito Santo e Maranhão. Somente para MS, são 20 vagas disponibilizadas, sendo 10 para a Unidade Três Lagoas e as outras 10 para Ribas do Rio Pardo. Para participar do processo de seleção, os(as) candidatos(as) precisam ter concluído o curso superior, possuir experiência profissional em campo de no mínimo um ano – operações agrícolas em área de floresta, cana, soja, entre outros –, além de identificação com o setor agro.

Para concorrer às vagas é necessário ter disponibilidade de atuação e viagens nas cidades/estados selecionados. O conhecimento de um segundo idioma, como o inglês, não é obrigatório, e possuir experiência com liderança de equipes e de projetos serão considerados diferenciais.

O processo de seleção é 100% online, e a previsão de início das atividades é em novembro de 2024. Durante um ano, as pessoas selecionadas se prepararão para lidar com os desafios atuais da Suzano e poderão contribuir com o futuro da área Florestal da companhia. Ao longo da jornada, os(as) selecionados(as) terão uma vivência prática em todas as operações florestais, sendo preparados(as) para posição de liderança operacional.

Além de um plano robusto de desenvolvimento, o programa oferece salário compatível com o mercado, assistência médica e seguro de vida, vale-refeição e vale transporte, ou refeitório e fretado nas unidades.

As inscrições para o Programa Supervisão Florestal estão abertas até 17 de setembro e devem ser feitas pelo site: https://jobs.jornadayu.com/job/programa-superviso-florestal-suzano-2024?src=hnt

Sobre a Suzano  

Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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