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Fumaça de queimadas se espalha e já cobre 80% do Brasil

As históricas queimadas na Amazônia e no Pantanal fizeram a maior parte do Brasil ficar coberto por uma nuvem de fumaça

Com índices históricos de seca e queimadas, o Brasil tem mais de 80% do território coberto por fumaça, segundo informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Há algumas semanas, a poluição que deriva da fumaça das queimadas não é nada exclusivo do Brasil. Milhões de hectares de florestas foram queimadas na América do Sul, principalmente na Bolívia. Também houve incêndios devastadores no Equador, Peru, Paraguai, Colômbia e Argentina.

No entanto, países da região amazônica enfrentam uma crise incomum porque a bacia da Amazônia, uma das regiões mais úmidas do planeta, esta passando por uma seca severa.

O resultado disso, conforme imagens dos satélites do Inpe, é 80% do Brasil afetado pela fumaça das queimadas.

Além da poluição proveniente das grandes queimadas na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Bolívia, também há milhares de focos locais no Sudeste e no Cerrado. Isso levou a fumaça a lugares inéditos no Brasil.

O resultado dessa combinação é o risco a condições respiratórias graves pela população. Em Brasília, por exemplo, o número de pacientes hospitalizados por problemas respiratórios aumentou em 20 vezes nas últimas duas semanas.

Um estudo da UnB (Universidade de Brasília) detectou níveis de contaminação atmosférica até 16 vezes maiores que os valores de referência do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

O estudo destaca, portanto, o impacto da fumaça das queimadas na capital do Brasil.

Fumaça e qualidade do ar são graves problemas em cidades do Brasil, segundo moradores

Na capital São Paulo, a qualidade do ar chegou a níveis preocupantes, com pelo menos 40% dos paulistanos afirmando efeitos negativos na saúde devido à poluição do ar. Recentemente, São Paulo também obteve o título de cidade com pior ar do mundo, como consequência desse fenômeno.

Moradores de Belo Horizonte responderam similarmente aos paulistanos, enquanto os 29% dos cariocas disseram estar “muito afetados” pela poluição. As informações são do Datafolha, divulgada na última quarta-feira (25/9).

Aliás, a fumaça que cobre o Brasil, bem como as queimadas e a qualidade do ar, é uma preocupação notória do brasileiro que pode ser exemplificada pelo Google. Segundo o Google Trends, nos últimos sete dias, buscas sobre “qualidade do ar” atingiram níveis recordes no Brasil.

Não por acaso, os três estados do Centro-Oeste correspondem pelo maior número de buscas, seguidos por Tocantins, São Paulo e Minas Gerais.

Com a mudança do clima em outubro, a previsão é que a fumaça abandone o Sudeste do Brasil até o fim do mês. No entanto, a Amazônia terá precipitação apenas no final de outubro, prolongando a presença da fumaça no Norte do país.

Com informações: uol / Foto destaque: fumaça cobrindo São Paulo (NOAA/Reprodução).

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Komatsu lança “Komatsu Mais”, plano de garantia adicional que reforça o compromisso da companhia com a qualidade

O novo programa assegura garantia pelo período de cinco anos ou 10.000 horas para o trem de força e proporciona mais segurança e tranquilidade aos clientes, destacando o foco da Komatsu em oferecer suporte de longo prazo e confiança em seus equipamentos

São Paulo, 1 de outubro de 2024 – A Komatsu, empresa japonesa que fabrica e fornece equipamentos, tecnologias e serviços para os mercados de construção, mineração, florestal e industrial, anuncia o lançamento do programa de garantia “Komatsu Mais”, reforçando o compromisso da empresa com a qualidade e durabilidade de seus produtos. Com essa iniciativa, a Komatsu oferece aos clientes mais tranquilidade em suas operações, permitindo um planejamento eficiente dos custos operacionais no longo prazo.

“Com o novo plano, queremos garantir que cada um de nossos clientes tenha total confiança na durabilidade e qualidade que sempre associaram à Komatsu. Estamos proporcionando não apenas uma solução técnica, mas também um diferencial competitivo importante para aqueles que buscam maximizar o retorno de seus investimentos”, afirma Paulo Torres, diretor executivo da Divisão de Equipamentos de Construção da Komatsu.

Atualmente, a Komatsu já proporciona três anos ou 6.000 horas de garantia nos componentes do trem de força das máquinas de construção. Agora, a cobertura é ampliada para cinco anos ou 10.000 horas (o que ocorrer primeiro), estendendo a proteção a todo o portfólio de equipamentos de construção, oferecendo uma solução robusta para clientes que buscam maior segurança no investimento de seus ativos. O “Komatsu Mais” visa assegurar que as máquinas estejam prontas para o trabalho, minimizando despesas e trazendo uma cobertura abrangente para os componentes do trem de força. “O ‘Komatsu Mais’ é um reflexo da confiança que temos com relação à qualidade e durabilidade de nossos equipamentos. Ao oferecer esse novo plano, queremos que nossos clientes operem com tranquilidade, sabendo que estarão mais protegidos em suas operações,” afirma Elthon Isejima, gerente de Serviços da Komatsu.


Além de garantir a continuidade das operações sem surpresas, o plano proporciona maior previsibilidade nos custos de operação e um suporte confiável durante todo o ciclo de vida do equipamento, desde a aquisição até a revenda de usados. Isso inclui assistência eficiente em operação, manutenção, reforma e suporte pós-venda, resultando em menor custo no ciclo de vida e maior desempenho e disponibilidade das máquinas.

“Essa segurança adicional é um diferencial que assegura a confiança nos equipamentos, com suporte ampliado e assistência garantida por um período ainda mais longo,” reforça Isejima. Os principais benefícios para os clientes incluem “Peace of mind” – a tranquilidade de ter um equipamento sem complicações –, redução de despesas inesperadas, maior valor de revenda e maximização do desempenho durante todo o ciclo de vida do produto.

Fortalecendo a relação com os clientes

A iniciativa visa cobrir mais de duas mil máquinas com o novo plano, e renovar mil contratos de manutenção no próximo ano reforçando o relacionamento de longo prazo com os clientes. Com cobertura de peças, mão de obra e deslocamento, o “Komatsu Mais” se destaca por se aplicar a toda a linha de máquinas de construção, proporcionando suporte completo e abrangente que minimiza os riscos e custos operacionais.De acordo com Isejima, essa é apenas a primeira etapa de uma série de novidades que a Komatsu trará ao mercado, reafirmando seu compromisso em oferecer soluções inovadoras e de alta qualidade.

Sobre Komatsu

A Komatsu desenvolve e fornece tecnologias, equipamentos e serviços para os mercados de construção, mineração, empilhadeiras, industrial e florestal. Há mais de um século, a empresa tem criado valor para os seus clientes por meio da inovação na produção e na tecnologia, estabelecendo parcerias com terceiros para capacitar um futuro sustentável onde as pessoas, os negócios e o planeta prosperem juntos. Indústrias de ponta em todo o mundo utilizam as soluções da Komatsu para desenvolver infraestruturas modernas, extrair minerais fundamentais, gerir florestas e criar produtos de consumo. As redes globais de serviços e distribuidores da empresa apoiam as operações dos clientes para aprimorar a segurança e promover a produtividade, enquanto trabalham para otimizar o desempenho.

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Árvores: aliadas contra as mudanças climáticas

*Artigo de Meryellen Baldim

As mudanças climáticas são um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade na atualidade, exigindo ações urgentes e eficazes para mitigar os efeitos para as gerações de hoje e do amanhã. Em meio a diversas soluções, aliadas poderosas são frequentemente subestimadas: as árvores e as florestas compostas por elas nos diversos biomas ao redor do mundo. A despeito de toda a sua importância, as florestas têm sido sistematicamente destruídas pelo desmatamento ou pelos incêndios.

Exemplos recentes desses maus-tratos são os casos de incêndios florestais registrados no Brasil, especialmente em São Paulo, Bahia, Pará e Amazonas, causando prejuízos ambientais e à saúde humana. Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios mostra que o número de cidades que decretaram situação de emergência em agosto, em virtude de incêndios florestais, cresceu 354% em relação ao mesmo mês do ano de 2023.

Responsáveis por serviços ecossistêmicos essenciais, as árvores removem gás carbônico (CO2), um dos principais gases de efeito estufa presentes na atmosfera devido à ação humana. Elas também desempenham um papel na regulação do clima, na produção e liberação de oxigênio e na manutenção do ciclo das águas, participando dos processos de interceptação e infiltração da água das chuvas e na evapotranspiração.

Esses benefícios fazem com que as árvores, que têm o dia 21 de setembro como data de celebração, sejam reverenciadas como uma das grandes guardiãs da vida. Como tais, precisam de políticas de preservação que envolvam desde o poder público até a iniciativa privada. A Bracell, por exemplo, estabeleceu uma importante meta de sustentabilidade para a conservação da biodiversidade ao lançar, em 2022, o “Compromisso Um para Um”, uma iniciativa inédita no setor de celulose no Brasil.

A medida vem contribuindo para a preservação das áreas de vegetação nativa em tamanho igual às de plantio; ou seja, a cada um hectare de eucalipto, a empresa – presente na Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul -, compromete-se com a conservação de um hectare de área nativa até o final de 2025. Até o momento, já foi atingido 92% dessa meta. O compromisso também apoia a recuperação de áreas públicas por meio de parcerias com os governos dos estados.

Na Bahia, além dessa parceria, a Bracell possui quatro RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural), totalizando mais de 3 mil hectares de proteção integral da vegetação nativa. Dessas, destaca-se a RPPN Lontra, que recebeu o título de Posto Avançado da Reserva Biosfera da Mata Atlântica pela Unesco. O espaço abriga centenas de espécies da fauna e flora silvestres, muitas delas raras e ameaçadas de extinção.


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*Meryellen Baldim é gerente de Meio Ambiente da Bracell BA.

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Exclusiva – Censo inédito sobre o cultivo de mogno africano no Brasil

Levantamento traz dados atualizados do cultivo no país. Especialista faz panorama sobre o mercado promissor no segmento, porém, alerta para cautela

O Mogno Africano é uma árvore exótica, cuja madeira é considerada nobre e de alta demanda no mercado. Essa matéria-prima é amplamente utilizada nas indústrias moveleira, de construção civil, além de ser fundamental para a produção de painéis, escadas, portas, instrumentos musicais, peças ornamentais de luxo e na indústria naval. O termo ‘mogno africano’ abrange diversas espécies do gênero Khaya, sendo as mais conhecidas a senegalensis, a grandifoliola e ivorensis. Com exclusividade ao Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), Milton Dino Frank Junior, consultor florestal na ABPMA, enviou um levantamento inédio no país, que concluiu recentemente: Censo 2024 sobre o cultivo de mogno africano no Brasil.

Embora o cultivo intenso de Mogno Africano no Brasil seja recente (a partir de 2012), e registros de plantios pioneiros pequenos na década de 80, as projeções indicam um cenário promissor. Milton, que também é entrevistador e gestor do canal Youtube do portal Floresta em Foco (https://www.youtube.com/results?search_query=milton+frank+jr), ressalta sobre lucratividade na adesão ao cultivo da espécie: “Quem plantar mogno africano e vender a madeira em tora terá um lucro muito parecido com a cultura do eucalipto. Quem vender madeira serrada poderá lucrar no máximo até R$400.000,00 por hectare plantado, e quem agregar valor a madeira transformando-a em móveis, utensílios de decorações, lambri, piso para decks, e outros produtos semelhantes, este poderá também obter um lucro bem interessante”. Clique aqui e confira a tabela de preços do Khaya Grandifoliola de desbaste.

Espécies identificadas no Censo 2024 de mogno africano no Brasil. Os dados são referentes a maio de 2021 a agosto de 2024. Entre os estados, Minas lidera o ranking de cultivos, com 15.450 ha, seguido por São Paulo com 11.430 ha e Pará com 9.245 ha.

Espécies identificadas no Brasil (Khaya):

  • Grandifoliola
  • Senegalensis
  • Anthotheca
  • Ivorensis

Milton informa que no levantamento feito, foram localizadas quatro espécies do mogno africano no país (plantios com mais de 1 hectare). No total o gênero Khaya tem 12 espécies.

Espécies que ainda não chegaram no Brasil:

  • Agboensis
  • Europhylla
  • Comorensis
  • Madagascariensis
  • Nyasica
  • Khaya sp

Ainda de acordo com o especialista, há mais duas novas espécies que o botânico africano Dr. Gaël Dipelet, que atua como pesquisador para as universidades UMNG (República do Congo) e UPMC (França) descobriu recentemente e que tão logo deverá publicar um trabalho para estas espécies serem reconhecidas.

Milton se destaca como um dos principais especialistas no cultivo do mogno, e para a redação do Mais Floresta esclareceu os desafios da elaboração do Censo e a relevância dos dados para o setor. 

MF – Como foi o processo para montar o Censo do Mogno Africano no Brasil 2024? Este é um levantamento pioneiro no país? E quais as principais motivações?

Milton – Há 40 anos atuo na silvicultura, há 14 presto serviços de implantação de florestas de mogno, e há 12, estou na ABPMA, atuando com benemérito, e como consultor florestal. Então tenho envolvimento com este universo do mogno há tempos. Utilizei recursos que tinha, bem como grupos de WhatsApp e mailing de e-mails com produtores e empresas. Quanto aos viveiros que produzem mudas de mogno eu levantei na internet e nesses grupos, perguntando sempre de onde as mudas plantadas eram: se feita por eles ou compradas de que viveiro. Os fornecedores de sementes eu fui conhecendo nos grupos, e muitos deles vieram até a minha pessoa para oferecer as sementes.

Tenho amigos e conhecidos que plantam mogno ou trabalham com silvicultura em todos os estados do Brasil. E através dessa rede de contatos, meu trabalho foi listar num papel tudo o que eu consegui de informação, disparando e-mails com um questionário para um mailing nichado, e que crescia ao passar dos meses. Com o recebimento dos dados eu ia compilando as informações.

Para não errar muito as estimativas joguei ainda um coeficiente de segurança para menos a fim de ter um número um pouco menor. Descontei percentual de mortalidade de mudas, de sementes que não germinam, de compradores de sementes e mudas que desistem dos plantios, e outros detalhes práticos do dia a dia, e finalmente cheguei a este número. Assim a margem de erro se aproxima ao máximo de 8% a menos do que está plantado no Brasil hoje.

Quanto ao intuito, foi devido à necessidade da ABPMA e os produtores saberem o quanto de mogno há no Brasil, e estarem atualizados, já que há uma indiferença perante órgãos como o IBGE, pois já havíamos solicitado esses dados. 

MF – O que podemos encontrar no Censo?

Milton – Dados de plantações de 273 produtores de mogno, dos quais que tenho o contato, e que colaboraram para a conclusão deste trabalho.

Um cálculo de todas as mudas produzidas por 63 viveiros que fazem mudas de mogno no Brasil com o desconto da origem das mudas destes produtores.

E a quantidade de sementes produzidas pelos fornecedores foi para descobrir quem andou produzindo mudas sem eu saber onde.

Com estes dados e mais o auxílio da matemática eu cheguei ao Censo.

MF – Quais os percalços encontrados para a preparação do documento, e quanto tempo levou para ser feito?

Milton – Na realidade tive muito trabalho e muita conta para fazer, durante cerca de três anos para este primeiro trabalho em específico. Havia dias que eu varava a noite sem sentir e quando olhava o relógio já eram 10 horas da manhã e eu voltava para o trabalho, e quando conseguia uma pausa nos finais de semana eu ia dormir.

Há previsão para uma nova edição?

Milton – Eu pretendo atualizar estes dados todos os anos, mesmo porque agora será mais fácil. Periodicamente tenho recebido informações de empresas e produtores de novos plantios. Chega a ser de dois a três e-mails por semana.

MF – Em resumo, na indústria de base florestal, qual a representatividade desta espécie na economia do país atualmente?

Milton – O mogno africano é uma madeira nobre. Dela se faz móveis, projetos de construções, utilidades (tábua de churrasco, porta salgadinhos, adornos, enfeites, etc…), lenha com os pedaços que não dá para aproveitar na serraria, madeira serrada, serragem e uma enorme variedade de outros produtos.

O mogno africano ainda vai se estabelecer com mais força na indústria aqui no Brasil. É o seguinte, a cada dia que passa a pressão para não se cortar madeira de florestas nativas aumenta. Até 2030 o Brasil tem uma meta com as COPs (Conferência das Partes/ONU) de desmatamento zero. Então a previsão é que falte madeira para estes fins nobres no mundo. É aí que o produtor não só de mogno, mas como também de Cedro Australiano, Teka, Pau de Balsa, Ipê Felpudo, e outras madeiras nobres plantadas no Brasil irão entrar no mercado mundial com força total.

MF – Minas é o estado com maior área de floresta plantada no país, e no Censo, o mogno também domina com maior quantidade de cultivo nessa região. Quais as expectativas de mercado no estado, bem como no geral?

Milton – O mogno de Minas Gerais surgiu com uma viagem do empresário Ricardo Tavares. Ele em 2008 foi ao Pará e chegando lá ele não só visitou os plantios, bem como trouxe amostras da madeira para Minas Gerais e foi num Marceneiro e realizou diversos testes na madeira, atestando a qualidade da madeira. Daí ele plantou 500 ha na Atlântica Agro em Pirapora, e plantou mais ainda na Serra da Canastra e com ele veio a empresa Khaya Woods que plantou 1.400 ha.

Depois então surgiu a empresa Mogno das Alterosas que plantou 5.000 ha. Logo saíram manchetes em jornais e revistas onde intitulavam o mogno africano como um ‘ouro verde’, despertando o interesse e surgindo ainda novos plantios, virando uma nova tendência, desde então.

O triste disso tudo é o mogno não é um ‘ouro verde’. O mogno é um negócio como outro qualquer, e se o produtor pensa em fazer um dinheiro bom terá ainda de investir numa serraria para vender a madeira serrada, porque, ao vender a madeira em tora,  a margem será muito pequena.

O mercado está respondendo bem. Hoje o que existe para venda é madeira oriunda do desbaste. A madeira desbastada pode ser serrada, ou para lenha, ou para cavaco ou até para utensílios, portas, janelas, lambri, cobogós e etc…

Citamos como exemplo a empresa Khaya Woods, que tem formatos padrões de madeira serrada e tudo o que ela produz oriundo do desbaste ela vende. Já a R3 Mogno faz madeira serrada nas classificações A,B,C,D, precortados, barrotes, painéis, tampos de mesas destinados à movelaria, e está lançando também uma linha gourmet, com a marca Mogno+. A Mais Verde faz madeira serrada, portas, biombos, lambri, forro, abridores de garrafas, cobogós e outros produtos, e aliás, recentemente teve um pedido relevante para fazer troféus. Então o que posso dizer é que tudo o que se produz se vende.

Quem tem dificuldade para colocar mogno no mercado é aquele produtor que está isolado dos outros produtores e acaba ou vendendo seu produto de desbaste para lenha ou então acaba chegando até a mim ou a ABPMA para pedir auxílio. Todo mês eu recebo pelo menos o telefonema de um produtor que não faz parte da ABPMA me perguntando como ele vai colocar a madeira dele no mercado.

Então na realidade é que existe um mercado enorme para madeira de desbaste, mas para se ganhar algum dinheiro é necessário agregar valor a madeira transformando-a num produto para vende-la. Quem não fizer isso vai ou empatar ou até ter prejuízo com o desbaste.

Quanto ao mercado do mogno adulto, já sabemos que é bom. Já pesquisei no COLMEX e vi que saíram do Brasil dois containers para os EUA com madeira serrada a US$ 1.000 o metro cúbico e três para o Caribe, a R$ 4.000,00 o metro cúbico da madeira serrada. A maioria dos plantios atingem a idade do corte final daqui a 8 a 10 anos.

MF – Em sua participação no Florestas Online (https://florestasonline.com.br/), evento que acontecerá em meados de outubro, no qual abordará sobre ‘A realidade do mogno africano no Brasil’, o que destacará nesse tema?

Milton – Minha maior preocupação com esta palestra são as planilhas com retornos faraônicos desta cultura. É preciso ter cautela com dados exorbitantes divulgados na internet, verificar as fontes e veracidade das informações.

Dá para ganhar dinheiro com o mogno sim, mais hoje existem muitas instituições e empresas que vendem cotas de plantios de mogno prometendo situações e ganhos  que jamais acontecerão. Portanto, em minha participação neste evento online, quero focar em prevenir e sensibilizar os participantes para difundirem a verdade, isso, porque tem muita gente sendo enganada no país. Por isso o tema de minha palestra será: ‘A realidade do mogno africano no Brasil’.

Saiba mais em:

https://abpma.org.br/ | https://www.youtube.com/results?search_query=miltonfrankjr

Escrito por: Redação Mais Floresta.

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