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Suzano diz que vendas de papel higiênico à China afetaram demanda por celulose

Produção local chinesa e concorrência com fábricas da América do Sul farão com que a produção global supere a demanda até 2028, segundo a empresa

Empresas chinesas de papel que buscam produzir sua própria celulose estão reduzindo a demanda pelo principal produto da empresa brasileira, conhecido como celulose de fibra curta. Isso, combinado com o aumento da oferta proveniente de novas fábricas na América do Sul, fará com que a produção global supere a demanda até 2028, segundo Leonardo Grimaldi, vice-presidente executivo de celulose comercial e logística da Suzano.

Os comentários vêm após o diretor-presidente João Alberto Abreu dizer em outubro que os negócios na China mostram alguns sinais de estabilização depois de uma queda adicional no terceiro trimestre. A Suzano depende da China para cerca de 40% de suas vendas.

“Qualquer novo projeto de investimento em celulose enfrentará um cenário mais desafiador”, disse Grimaldi a jornalistas na quinta-feira (12).

As ações da Suzano subiram cerca de 25% no Brasil no último ano.

A empresa acaba de inaugurar sua maior fábrica de celulose no estado do Mato Grosso do Sul. Como a madeira utilizada nessas plantas vem de florestas plantadas que levam sete anos para crescer, agora seria a hora de começar a pensar no próximo passo.

Mas os planos para adicionar uma nova fábrica foram questionados, pois o retorno potencial seria reduzido em um cenário de excesso de oferta e preços mais baixos, disse Grimaldi.

Ainda assim, a Suzano acredita que há possíveis oportunidades. As fábricas da empresa possuem um baixo custo de produção, enquanto um ambiente de preços mais fracos pode forçar outros produtores de celulose com custos mais altos a fechar suas fábricas, disse ele.

Abreu afirmou na quinta-feira que a Suzano não se envolverá em fusões e aquisições “transformacionais”. No início deste ano, a empresa tentou comprar a International Paper, sem sucesso.

Aquisições menores ainda podem ocorrer. A empresa continua buscando crescimento no setor de embalagens nos Estados Unidos e vê oportunidades tanto para investimentos orgânicos quanto para fusões e aquisições, disse Fabio Almeida de Oliveira, vice-presidente executivo de papel e embalagens.

Informações: Bloomberg.

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Lei do mercado de carbono aprimora transição da economia e é oportunidade para Minas

A lei que cria o mercado regulado de carbono no Brasil e estabelece limites para emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), sancionada esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é importante passo para o país cumprir as metas do Acordo de Paris e aprimorar a transição para uma economia de baixo carbono, apontam especialistas do setor.

A lei também é uma oportunidade para Minas Gerais, no âmbito do mercado voluntário, com a geração de créditos de carbono a partir de projetos conhecidos pela sigla REDD+ – Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, mais atividades de conservação e aumento dos estoques de carbono florestal e do manejo sustentável de florestas.

Professora de Direito Ambiental do Insper e sócia-fundadora do escritório DCLC Advogados, Daniela Stump aponta que as obrigações da nova lei, como limitação de emissões para setores grandes emissores de GEE, como as indústrias siderúrgica, minerária e do cimento, possibilitam que o Brasil cumpra sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), assumida no Acordo de Paris.

“O Brasil conta com esse mercado de carbono, essa limitação de emissões, mais a possibilidade de a gente transacionar essas permissões, para que cumpra os seus compromissos”, declarou Daniela Stump.

A criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), explica Daniela Stump, era necessária para o Brasil participar do mecanismo de crédito do Acordo de Paris. O sistema de registro evita a dupla contagem do crédito, para que um país não contabilize a redução de carbono já contabilizada em outro.

O professor de Economia de Baixo Carbono da Fundação Dom Cabral, Fábio Marques, explica que a nova legislação permite mais efetividade em relação aos custos que os agentes econômicos terão, em geral, para fazer a transição rumo à descarbonização da economia.

“A lei busca otimizar a transição para economia de baixo carbono, descarbonizar da forma mais efetiva possível”, disse. “Vai dar mais previsibilidade e gerar incentivos para que empresas possam conduzir suas estratégias de descarbonização”, completa.

A nova lei estimulará que os agentes do setor produtivo, ao longo dos processos de produção e prestação de serviços, façam mais conexões com a economia de baixo carbono. “Uma vez que você tem esse compromisso, toda a cadeia produtiva sente o efeito”, afirma Marques.

REDD+ do mercado de carbono é oportunidade para Minas

O REDD+ foi desenvolvido pela Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). O mecanismo pode ser uma oportunidade financeira para o setor florestal em Minas Gerais, aponta Daniela Stump. “Tanto para que as indústrias possam compensar parte das emissões, como também para exportar para países que não conseguem cumprir suas metas no Acordo de Paris”.

Marcello Rodante, advogado especialista em Políticas Públicas e Mudanças do Clima, disse que uma boa parcela do mercado voluntário, regulamentado pela nova lei de mercado de carbono, é baseada em projetos dessa natureza. O mecanismo pode ser uma fonte de receita para proprietários de terra, que poderão fazer projetos na área e vender seus créditos, quanto e para o Estado, com um programa estadual de REDD+.

Rodante foi consultor jurídico de um projeto nesta seara para o governo do Pará, que realizou uma venda internacional de mais de R$ 1 bilhão em créditos de carbono REDD+. Agora o advogado trabalha com outros estados para que permita a produção desses créditos dentro dos seus respectivos territórios.

Ele ressalta que parte dos recursos arrecadados com esses créditos têm de ser repartidos com comunidades que vivem nas florestas e são mais afetadas pelas mudanças climáticas.

“Minas Gerais, pelo que sei, é um estado que não tem uma legislação específica de REDD+, mas que poderia ter. Não está no bioma amazônico, mas tem uma grande parte no Cerrado”, disse. “Seria possível fazer uma análise e um programa de ação para diminuir o desmatamento no Estado e, com base nisso, gerar esses créditos”, finaliza.

Informações: Diário do Comércio.

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Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: sustentabilidade e eficiência transformam a agropecuária brasileira

Sistema integrado alia ganhos econômicos e ambientais, fortalecendo a competitividade do agronegócio no Brasil

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) tem se consolidado como uma estratégia de produção sustentável no Brasil, unindo diversificação produtiva e conservação ambiental. Ao integrar lavouras, pastagens e florestas em uma mesma área, o sistema potencializa recursos, reduz impactos ambientais e agrega valor econômico para os produtores rurais.

Planejamento: a chave para o sucesso

De acordo com Marina Lima, zootecnista e especialista em sustentabilidade da Soesp (Sementes Oeste Paulista), o planejamento detalhado é o ponto de partida para a implementação eficaz do sistema ILPF. “É essencial avaliar o solo, o clima e a vocação da fazenda, além de definir as culturas que melhor se adaptam à propriedade. Não existe um modelo único; cada fazenda deve personalizar o sistema para suas condições específicas”, explica Lima.

Benefícios integrados

A interação entre as culturas na ILPF resulta em ganhos expressivos. Lavouras enriquecem o solo com matéria orgânica, favorecendo a pecuária, enquanto florestas oferecem sombra e conforto térmico aos animais, aumentando o tempo de pastejo e reduzindo o consumo de água. Um estudo da Embrapa Pecuária Sudeste mostrou que animais criados em sistemas integrados reduziram em 23% a busca por bebedouros em comparação com aqueles mantidos sob sol pleno.

Além disso, a ILPF tem papel fundamental na mitigação de impactos ambientais. Sistemas integrados com árvores podem sequestrar entre 15,9 e 20,4 toneladas de CO2 equivalente por hectare ao ano, conforme dados da Embrapa Agrossilvipastoril. No solo, o estoque de carbono pode variar de 40,5 a 56,4 toneladas de CO2 equivalente por hectare em quatro anos, ressaltando o sistema como um eficiente sumidouro de carbono.

Em períodos de seca, a cobertura do solo com forragem e o microclima gerado pelas árvores ajudam na conservação do solo, aumentam a infiltração de água e melhoram a retenção hídrica.

Competitividade no mercado sustentável

A ILPF também desponta como um diferencial competitivo. Consumidores valorizam cada vez mais produtos sustentáveis, e itens oriundos de sistemas integrados certificados podem alcançar preços premium. Produtos como carne carbono neutro, soja sustentável e madeira certificada se destacam como tendência no mercado global.

Desafios e oportunidades

Apesar dos inúmeros benefícios, a adoção do sistema exige capacitação contínua, investimento inicial significativo e monitoramento constante. Tecnologias como drones, sensores e softwares agrícolas têm auxiliado na gestão eficiente e na redução de riscos.

Incentivos e certificações

A expansão da ILPF no Brasil é incentivada por políticas públicas, como o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), e certificações, como a Carne Carbono Neutro (CCN), da Embrapa, que valorizam produtos sustentáveis no mercado.

A Rede ILPF, formada por empresas privadas e pela Embrapa, promove o avanço desse modelo produtivo por meio de pesquisas, capacitações e difusão tecnológica. A adesão crescente ao sistema reforça a posição do Brasil como referência em sustentabilidade no agronegócio.

Informações: Portal do Agronegócio | Imagem: divulgação.

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Exclusiva – Eldorado Brasil Celulose celebra 12 anos com histórico de sustentabilidade, inovação e de crescimento junto ao setor florestal

Relembre duas grandes inaugurações feitas pela Eldorado neste ano, e entrevista exclusiva com o Diretor Florestal da empresa

A Eldorado Brasil Celulose (www.eldoradobrasil.com.br), reconhecida globalmente como uma das empresas de celulose mais competitivas e inovadoras do mundo, celebrou nesta quinta-feira (12), 12 anos de história, mantendo um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, sua produção anual é de aproximadamente 1,8 milhão de toneladas por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional, e coleciona recordes e cases inéditos e relevantes no setor.

Atualmente a empresa conta com o trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países.

A empresa escreve seu histórico de crescimento junto ao setor florestal, e agrega com inovação, sustentabilidade e oportunidades.

Inovação & genética avançada

Um dos principais marcos neste ano da empresa, e que a consolida nos campos da inovação e pesquisas florestais, foi a inauguração do ELDTECH Centro de Tecnologia Florestal, em Andradina (SP). Anexo ao seu viveiro de mudas na cidade, o novo espaço possui 728 m2 e é um marco projetado para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento em manejos de pragas e doenças, e de solos e nutrição. Também conta áreas dedicadas à meteorologia e ecofisiologia florestal, melhoramento genético florestal, biotecnologia e tecnologia da madeira.

O programa de melhoramento genético da empresa, desde 2012, já selecionou e registrou 7 clones próprios. E com o ELDTECH, essa capacidade será expandida com a geração de clones de alto desempenho, adaptados às condições climáticas das áreas de plantio da Eldorado. Um dos diferenciais é o Banco de Germoplasma, que permite o beneficiamento e armazenamento de sementes e pólen, garantindo a preservação da diversidade genética.

Energia Verde

O complexo industrial da Eldorado Brasil é autossuficiente em energia renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo produtivo como a lignina e resíduos de madeira. Essa biomassa é processada em uma caldeira especial, que produz vapor e movimenta duas turbinas responsáveis pela geração da energia. Essa dinâmica garante energia verde, de base renovável, para as operações da nossa planta e para as indústrias parceiras localizadas no nosso complexo industrial. Em 2023 foram gerados 1.536 mil MWh de energia verde, dos quais 21% foram injetados no sistema elétrico nacional para comercialização.

Nesse mesmo contexto, em agosto deste ano, a empresa inaugurou outro relevante projeto em seu complexo industrial, um sistema inédito no mundo para a geração de energia verde. O BFTEs (Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes), que funciona como uma mini hidrelétrica, irá abastecer seu prédio administrativo e anexos, em Três Lagoas (MS). Com mais um case de inovação no segmento, desta vez aproveitando efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar energia, a indústria otimiza o processo antes da devolução ao rio Paraná, tornando ainda mais eficiente a gestão operacional de seus recursos hídricos na região.

A tecnologia com bombas inversas, funcionando como turbinas, já é modelo no mercado de refluxo para águas, mas para fins de efluentes é algo inédito e reforça a essência da Companhia em ser inovadora e estar alinhada com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

Referência em sustentabilidade

De acordo com o Relatório de Sustentabilidade da Eldorado, a empresa alcançou em 2023 a marca de 42 milhões de toneladas de carbono capturadas da atmosfera desde o início de suas operações. Atualmente possui 293 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas e 121 mil hectares de áreas de conservação no Mato Grosso do Sul, números que demonstram o compromisso da empresa com a redução das emissões de CO2 e evidenciam como as florestas plantadas contribuem significativamente para o equilíbrio ambiental, ajudando a regular as temperaturas e a conservar a biodiversidade.

Como signatária do Pacto Global da ONU, a empresa segue alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que entre eles está manter uma indústria inclusiva e sustentável e ações para conter a mudança climática global.

O documento anual também destaca uma conquista significativa ocorrida em 2023, a certificação pelos Serviços Ecossistêmicos, que reconhece o papel da Eldorado na captura de carbono e a atuação na Fazenda Pântano, em Selvíria (MS), considerada Área de Alto Valor de Conservação (AAVC), com manutenção da qualidade do corpo d’água. O mesmo local também foi reconhecido pela proteção da biodiversidade, servindo como refúgio para espécies ameaçadas. As ações de sustentabilidade também garantiram 100% de conformidade na auditoria externa de manejo florestal.

Geradora de oportunidades

A Eldorado Brasil também se destaca por ser uma das principais geradoras de empregos em Mato Grosso do Sul, demonstrando o papel crucial das florestas plantadas e seu envolvimento com as comunidades locais, além disso, proporciona benefícios e plano de carreira para os seus colaboradores. Através de programas de estágio como o Super Talentos, jovens de todo o país podem participar de um processo seletivo para trilhar uma carreira em uma empresa pautada pela inovação, aprendizado e colaboração. As inscrições vão até 6 de janeiro de 2025, com vagas abertas para quatro localidades: Três Lagoas (MS), São Paulo, Santos e Andradina (SP). Clique aqui e saiba mais.

A redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com o Diretor Florestal da Eldorado Brasil Celulose, Germano Vieira, que destacou o que contribui para o histórico de crescimento da empresa, a relevância da comemoração, expectativas para o mercado de base florestal – em especial o de celulose –, entre outros detalhes. Confira.

Mais Floresta – A Eldorado Brasil possui um histórico de crescimento e conquistas contribuindo diretamente para o desenvolvimento da região e Estado de MS. Ao que e a quem são atribuídos esses resultados?

Germano – Os resultados alcançados pela Eldorado Brasil Celulose são atribuídos a um conjunto de fatores estratégicos compostos por pilares: competitividade, sustentabilidade, inovação e valorização das pessoas. Sem dúvidas, esses eixos transversais a todas as áreas, incluindo nossa equipe altamente comprometida e as parcerias construídas ao longo dos anos são os agentes que contribuem para o sucesso. Desde a fundação da Eldorado, priorizamos práticas sustentáveis, investimentos em infraestrutura de ponta e valorizamos as comunidades locais.

Em Três Lagoas (MS), contribuímos para o desenvolvimento econômico e social da região por meio da geração de empregos, do fortalecimento da cadeia produtiva e de ações voltadas à cultura e capacitação profissional, além de incentivar constantemente a preservação ambiental. Nosso crescimento é resultado de um trabalho coletivo muito bem articulado e engajado de todos os nossos colaboradores, fornecedores, parceiros e do apoio das autoridades locais, consolidando a Eldorado Brasil como uma referência no setor de celulose.

Mais Floresta – O que os 12 anos da Eldorado Brasil, celebrados nesta semana em 12/12, representa para a empresa?

Germano – Para a Eldorado Brasil Celulose essa celebração não é apenas uma conquista interna e sim um marco compartilhado com a comunidade e todos aqueles que integraram a jornada da empresa. Com os olhos voltados para o futuro e os novos desafios, reafirmamos nossa posição como líderes em sustentabilidade e inovação, e seguimos comprometidos com a transformação da indústria de celulose em uma cadeia logística cada vez mais equilibrada e próspera.

A Eldorado Brasil continuará entregando valores e tendo orgulho do seu crescimento pautado na sustentabilidade, sendo uma das líderes do mercado de celulose global. A companhia pode olhar para esses 12 anos e sentir orgulho do que foi construído até aqui, com engajamento de todos os times, com uma cultura muito própria da empresa e sempre apostando em tecnologia, inovação e formação.

Mais Floresta – Na parte operacional, o quanto é possível mensurar em crescimento da empresa em produção? Sabemos que empresa bateu próprios recordes. Isso já era esperado inicialmente para este projeto?

Germano – Os resultados alcançados estão sempre alinhados com as nossas metas e expectativas projetadas, mas obviamente que, quando a fábrica começou a operar, não sabíamos que alguns anos depois ela estaria produzindo 20% mais celulose, na mesma estrutura. Porém, foi algo construído aos poucos. A integração entre a tecnologia de ponta, a sustentabilidade e a gestão estratégica faz com que o nosso crescimento seja consistente e alcance patamares de produtividade que solidificam a posição da empresa como uma das maiores referências globais.     

Mais Floresta – Como é olhar para trás e relembrar a planta deste projeto quando estava ainda no papel, e agora, depois de 12 anos concretizado, e em plena operação e com recordes em produção alcançados, sendo uma das principais referências produtoras de celulose do mundo?

Germano – A Eldorado Brasil é uma empresa consolidada ao comemorar 12 anos de operação e isso é motivo de orgulho para todos que participaram dessa construção. A concretização do projeto da Eldorado virou realidade e hoje é referência nacional em celulose. Os registros de progressos de produção e o reconhecimento no mercado mundial reforçam que o sucesso é fruto desse trabalho consistente que realizamos ao longo dos últimos 12 anos. Ver que tudo o que planejamos está de pé e segue com olhar no futuro e com perspectivas desafiadoras, sem dúvidas é muito satisfatório e motivo de inspiração para novos passos com a mesma determinação.

O projeto inicial da fábrica em Três Lagoas previa 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. Ao longo dos anos, fomos avançando neste número e chegamos a 1,8 milhão. Isso só foi possível com trabalho e tecnologia de ponto aplicada na produção industrial, nos tornando ainda mais eficientes. 

Mais Floresta – Qual sua visão para o mercado de base florestal de anos atrás para o atual? O que destacaria em evolução e novas expectativas?

Germano – O mercado de base florestal, especialmente no segmento de celulose, evoluiu significativamente ao longo dos últimos anos, impulsionado por diversos avanços tecnológicos, e sempre com foco importante na sustentabilidade. No passado, os processos eram menos automatizados e as questões ambientais, mais limitadas. Hoje, o cenário é diferente e as empresas investem fortemente em inovação tecnológica, como automação, inteligência artificial e digitalização, o que permite uma gestão florestal mais precisa e maior produtividade. A sustentabilidade se tornou um pilar fundamental e com isso as organizações estão comprometidas com práticas de manejo florestal sustentável e certificações ambientais.

Essa mudança é notada na diversificação do mercado de celulose, pois antes a celulose era quase que totalmente destinada à produção de papéis para impressão e escrita, já hoje está presente em embalagens sustentáveis, papéis tissue e até em bioprodutos inovadores. A demanda global também aumentou, especialmente com o consumo na Ásia, liderado pela China.

O setor de celulose está mais integrado à agenda de inovação e sustentabilidade e no desenvolvimento de soluções renováveis para substituir materiais de origem. É um setor que evolui para atender às demandas do presente e se preparar para desafios e possibilidades ainda mais promissoras. O Brasil, principal player de celulose no mundo, é crucial no setor e a Eldorado, uma das principais empresas produtoras de celulose no país, tem ciência da sua importância no segmento.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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