PÁGINA BLOG
Featured Image

Fábrica de Papel de Três Barras da Smurfit Westrock comemora 50 anos de inovação sustentável

São Paulo, dezembro de 2024 – A fábrica de papel de Três Barras da Smurfit Westrock Brasil, que é a maior produtora de papel kraftliner da América Latina, está comemorando 50 anos na comunidade.

A fábrica, localizada no planalto norte de Santa Catarina, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento socioeconômico da região e emprega atualmente mais de 600 pessoas. Mais de US$ 345 milhões foram investidos no local nos últimos cinco anos para fortalecer a capacidade de produção e o compromisso com a sustentabilidade da fábrica.

Alimentada por uma inovadora caldeira à base de biomassa, a fábrica tem uma taxa de autossuficiência energética significativa. Durante a sua rica história de 50 anos, a fábrica estabeleceu-se como parte integrante da comunidade local e demonstrou o seu profundo compromisso com o ESG.

Em 2022, a fábrica Smurfit Westrock Três Barras teve o orgulho de lançar o programa DesEnvolve, que fornece apoio e oportunidades para pessoas socialmente vulneráveis ​​através da educação profissional. O sucesso do DesEnvolve levou à expansão do programa em toda a empresa no Brasil. Esta é uma das várias iniciativas transformadoras que promovem a educação, a saúde e o bem-estar social que a Smurfit Westrock desenvolve na região.

O papel kraft de alta qualidade HyPerform® produzido na fábrica abastece uma ampla base de clientes no Brasil, Paraguai, Argentina, Chile, Equador e África do Sul.

 “A Smurfit Westrock celebra sua trajetória histórica e está comprometida em continuar sendo líder em inovação e sustentabilidade, ao mesmo tempo em que fortalece ainda mais nossa conexão com a comunidade”, disse Manuel Alcalá, CEO da Smurfit Westrock no Brasil. “Oferecemos aos nossos clientes as melhores soluções em embalagens de papel e papelão ondulado. Nosso desejo é que as pessoas da Fábrica de Três Barras e da região saibam que pertencem a uma história maior que se constrói com papel e com a participação e o talento de cada um deles.”

Ali Abdul Ayoub, Diretor Industrial de Papel Virgem da Smurfit Westrock Brasil, acrescentou: “Ao longo destas cinco décadas, enfrentamos desafios, alcançamos vitórias e construímos uma cultura de segurança, colaboração e excelência. “Olhamos para os próximos 50 anos com entusiasmo, certos de que as próximas gerações continuarão a escrever esta história de sucesso.”

Sobre a Smurfit Westrock

A Smurfit Westrock é líder global em embalagens sustentáveis, com presença em mais de 40 países e 100.000 funcionários. Possui mais de 500 operações de conversão e 63 fábricas de papel que oferecem soluções sob medida aos clientes, com qualidade e confiabilidade. No Brasil, conta com cerca de 5 mil funcionários e atua em seis estados brasileiros, com seis unidades de produção de papel, 10 fábricas de conversão e 54 mil hectares de florestas.

www.smurfitwestrock.com

Featured Image

Aviões agrícolas no combate aos incêndios

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos focos de incêndio em 2024

A aviação agrícola brasileira desempenhou um papel crucial no combate aos incêndios em 2024, com o lançamento de 40,1 milhões de litros de água entre junho e outubro. As operações, realizadas em 11 estados, envolveram 118 aeronaves de 22 empresas e contabilizaram 10,7 mil horas de voo, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Durante a temporada, mais de 16,6 mil manobras de lançamento de água ou retardantes foram executadas para proteger biomas e lavouras, em apoio às brigadas terrestres.  

A força-tarefa contou com 171 pilotos e 140 profissionais em bases operacionais, responsáveis pelo abastecimento e suporte das aeronaves. O esforço aéreo foi coordenado em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos ambientais e Defesa Civil dos estados.  

Os números de 2024 superam em muito os de 2021, último ano com dados divulgados pelo Sindag. Naquela época, haviam sido lançados 19,5 milhões de litros em 10,9 mil manobras, totalizando 4 mil horas de voo. O aumento reflete tanto a intensificação dos incêndios quanto a maior mobilização de recursos para combate aéreo. As operações demonstram a importância da aviação agrícola na preservação ambiental e no enfrentamento de emergências climáticas, evidenciando o papel estratégico do setor na proteção do território brasileiro.

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos focos de incêndio em 2024, segundo dados do Inpe. Até 12 de dezembro, o ano registrou 8.674 focos, muito acima dos números de 2021 (5.469) e dos anos intermediários, 2022 e 2023, que somaram 1.599 e 1.666 focos, respectivamente. Apenas em agosto e setembro de 2024, foram registrados 3.612 e 2.522 focos, os maiores índices mensais desde o início da série histórica em 1998.

Informações: AgroLink.

Featured Image

Manejo Florestal Sustentável: entenda o que é e como produtor pode gerar receita com reserva legal

Atividade tem avançado, mas ainda causa receio em produtores rurais

O Código Florestal brasileiro regula as áreas que podem ou não serem utilizadas para a atividade agropecuária. Isso varia conforme o bioma. A Amazônia é onde as restrições são maiores e o dever do produtor rural é de preservar 80% da propriedade. Um dos questionamentos que produtores dessa região buscam solucionar é como aproveitar essa área de reserva legal. Uma das formas é por meio do Manejo Florestal Sustentável. 

Felipe Antonioli é filho de um produtor rural de Santa Carmem (MT). A terra do pai tem 7 mil hectares, dos quais menos de 20% estão arredados para soja. No restante, a família faz o manejo florestal. Tanto o pai como o filho também têm uma madeireira e fazem a exploração no terreno. “É a única alternativa de garantia da floresta em pé e podendo gerar também benefício econômico e social para ela”, afirma Antonioli. 

O que é o Manejo Florestal Sustentável?

Basicamente, consiste em extrair madeiras comerciais de uma área de vegetação nativa mas com o mínimo impacto ambiental. Trata-se de uma operação “cirúrgica” na floresta. Instituída em 2006, essa prática é legalizada e regulamentada pelo Ministério do Meio Ambiente e outros órgãos ambientais estaduais.  

“O manejo sustentável tem uma metodologia de aproveitamento daqueles indivíduos [árvores] que estão maduros. Então você faz um inventário da floresta e identifica os indivíduos maduros que já passaram na verdade do processo de sequestrar carbono, eles estão emitindo carbono”, resume a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti. O estado é um dos principais na exploração de madeira e tem cinco milhões de hectares de áreas com manejo ativo ou já executado, todas em propriedades rurais. 

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Almeida, ainda faz uma analogia para explicar o sistema. “É o ciclo natural da vida. A árvore é exatamente como os humanos. Nós nascemos, crescemos, na fase adulta, reproduzimos ou não, envelhecemos e morremos. As árvores são da mesma forma. O manejo identifica exatamente estas árvores que já cumpriram o ciclo de vida, já envelheceram e estão morrendo. Em vez da gente deixar ela envelhecer lá na floresta, nós vamos fazer um corte e uma colheita planejada”.

Foto: Arquivo Cipem

Como é feito o manejo?

O primeiro passo é entender se a área da reserva legal tem viabilidade econômica. Isso porque nem todas as espécies de árvores que existem ali tem valor comercial. Plantas como ipê, cumaru, castanheira e tatajuba são exemplos. O passo seguinte é a elaboração do Plano de Manejo Florestal. Nessa etapa é feito o mapeamento da área, a identificação das áreas de preservação permanente (APP), impacto na hidrologia do local, entre outras análises. 

Outro fator importante dentro do plano é o chamado inventário florestal. Esse documento identifica árvore por árvore dentro da área. Além disso, é por meio dele e de outros dados coletados no Plano que é possível direcionar se uma planta está ou não dentro dos padrões para a colheita ou se ela serve de abrigo para animais, por exemplo. 

Com tudo aprovado pelos órgãos ambientais, começa a etapa de construção da infraestrutura. Estradas, alojamentos, pátios de madeira e linhas de arraste são construídos dentro da área manejada. Toda essa parte não pode ultrapassar 2% da área total. Além disso, a área é dividida em talhões, normalmente 30 ou 25. Isso porque cada ciclo de corte tem de 25 a 30 anos. Isto quer dizer que um talhão é explorado por ano e só pode voltar nele em 25 ou 30 anos.

Como esclarece o engenheiro florestal e analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental, Fabrício Nascimento, a floresta já passa por um processo chamado de sucessão florestal. Cerca de 2% das árvores mais frondosas morrem naturalmente. Com a queda, são abertas clareiras na floresta o que possibilita que plantas mais jovens possam receber mais sol, favorecendo o desenvolvimento delas. 

“Nas florestas tropicais, você não vai ver indivíduos todos da mesma altura você vê isso em florestas temperadas. Nas nossas florestas aqui você vai ver desde as mudinhas pequenininhas até árvores frondosas. As clareiras fazem parte inclusive do processo natural de formação, manutenção e perpetuação das nossas florestas. Se você não mexer na floresta, ela vai ter uma taxa anual de 1% a 2% de árvores que vão morrer e abrir clareiras e ela faz isso justamente para ter essa renovação de ciclo, para dar oportunidade de luz, de desenvolvimento para aquelas que são menores. É a sabedoria da floresta”, exemplifica Nascimento. 

Parcerias com madeireiras

O presidente do FNBF explica que de forma geral são pelo menos três tipos de parcerias que os produtores rurais podem fazer para viabilizar o manejo nas propriedades, especialmente as que estão no bioma Amazônico. 

Direito da exploração: uma vez identificada a viabilidade econômica da área, o produtor faz uma espécie de concessão para uma madeireira, por exemplo. O Plano de Manejo sai no nome da agroindústria, assim como as responsabilidades também passam para ela. No entanto, o valor que o produtor recebe já é precificado antes, recebendo uma espécie de “aluguel”.

Parceria florestal: nesse caso funciona como uma sociedade. O produtor fornece a área e a agroindústria o custeio e execução do projeto. Os lucros são divididos de acordo com os percentuais determinados entre as partes.

Exploração própria: o produtor também pode optar por fazer toda a parte do Plano de Manejo e da colheita. Nesse caso, ele já entrega a madeira carregada na propriedade. A venda é por metragem cúbica e varia de acordo com o mercado e com a espécie. 

Manejo florestal pode garantir receita, mas é preciso ficar atento aos custos

Felipe Antoniolli comenta que na fazenda do pai atualmente 80% da receita da propriedade vem do Manejo Florestal Sustentável. “Por hectare, gira em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil no manejo”. Com o arrendamento da soja, o lucro é menor, cerca de dez sacas por hectare por safra plantada, aproximadamente R$ 1 mil, variando conforme o preço da oleaginosa. Mas ele lembra: “A gente só volta nesse hectare manejado depois de 25 anos”.

No caso da família de Antoniolli, a madeira é transportada e processada pela própria serraria da família, basicamente, um modelo de exploração própria. Ele também alerta que é importante estar atento aos custos da implementação do projeto. “Depende do engenheiro florestal, mas em média é de R$ 400 por hectare”, calcula. 

Além de já conseguir monetizar a reserva florestal, outro benefício destacado pelos especialistas é um monitoramento maior das propriedades, o que evita invasões. Outro ponto são as queimadas. As estradas funcionam com aceros, evitando que essas áreas de reserva peguem fogo ou minimizando o alastre do incêndio. 

“Porque a reserva dele está intocada, está numa porção que ele, às vezes, não tem acesso, e aí ele descobre [a invasão]. Eu já atendi vários produtores rurais que descobriram que estavam sofrendo invasão nas suas propriedades. […] A exploração em forma de manejo permite que ele [produtor] faça um controle melhor, além de gerar renda”, ressalta a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso.

Informações: Agro Estadão.

Featured Image

VLI atinge 1 milhão de toneladas de celulose movimentadas no Porto de Barra do Riacho (ES)

Para atender a essa demanda, a VLI investiu R$ 400 milhões na aquisição de 215 vagões exclusivos, fabricados pela Randon, e nove locomotivas da Wabtec

A VLI, companhia especializada na operação de terminais, ferrovias e portos, atingiu um importante marco em sua operação logística ao movimentar 1 milhão de toneladas de celulose solúvel no porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo. O volume foi transportado por meio do Corredor Leste da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e tem como destino o mercado asiático, consolidando a parceria com a LD Celulose.

Desde o início das operações conjuntas em 2022, a VLI tem sido responsável pela logística de transporte da celulose produzida pela LD Celulose, localizada em Indianópolis, no Triângulo Mineiro. O acordo entre as duas empresas, firmado em 2021, tem duração de 30 anos e visa movimentar 500 mil toneladas anuais dessa commodity, com a previsão de investimentos significativos em infraestrutura. Para atender a essa demanda, a VLI investiu R$ 400 milhões na aquisição de 215 vagões exclusivos, fabricados pela Randon, e nove locomotivas da Wabtec, ambas empresas nacionais.

Daniel Schaffazick, diretor de operações do Corredor Leste da VLI, celebrou a marca de 1 milhão de toneladas movimentadas, destacando o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país. “Este resultado é uma prova do nosso empenho em gerar riqueza e progresso por meio de operações eficientes e seguras. Também reflete nossa capacidade de criar soluções logísticas que beneficiam tanto os clientes quanto o sistema portuário do Espírito Santo, um parceiro estratégico importante para nós”, afirmou Schaffazick.

A LD Celulose também reconhece a importância do transporte ferroviário para a eficiência de suas operações. Segundo Silvio Costa, presidente da empresa, “a parceria com a VLI permite que movimentemos grandes volumes de celulose de forma segura e econômica, além de fortalecer nossa capacidade de atender à crescente demanda do mercado global”.

O fortalecimento da parceria não se limita à movimentação da carga. A VLI também tem investido em melhorias na infraestrutura ferroviária, com destaque para obras em Aracruz, no Espírito Santo. A ampliação do pátio de manobras, uma estrutura para reparos leves em vagões, recebeu um aporte de R$ 40 milhões, além de contrapartidas sociais acordadas com a comunidade local.

Crescimento do setor de celulose e papel

A exportação de celulose brasileira continua a crescer. De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), as exportações de celulose no primeiro semestre de 2024 avançaram 19% em relação ao mesmo período de 2023, alcançando US$ 4,95 bilhões. Durante o mesmo período, a produção nacional de celulose foi de 12,7 milhões de toneladas, com 9,5 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo.

A VLI e a LD Celulose, com suas operações no Corredor Leste, estão alinhadas com esse crescimento, contribuindo significativamente para o aumento da competitividade do Brasil no mercado internacional de celulose, especialmente no exigente mercado asiático.

Malha ferroviária da FCA

O Corredor Leste, parte da , conecta os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e é fundamental para o escoamento de diversos produtos, como celulose, grãos, carvão e fertilizantes. A VLI, que opera tanto ferrovias quanto portos, movimenta anualmente cerca de 16,7 milhões de toneladas de carga por suas ferrovias e 16,2 milhões de toneladas através dos portos capixabas.

A malha logística também inclui o Terminal Integrador Araguari, o segundo maior terminal de transbordo de grãos e fertilizantes da América Latina, e o Terminal Integrador Pirapora, que impulsiona o desenvolvimento agrícola no norte de Minas Gerais. A eficiência dessas operações contribui para o crescimento do setor e para o fortalecimento da infraestrutura logística no Espírito Santo, um dos principais hubs exportadores do país.

Informações: Transporte Moderno.

Featured Image

Inocência: alojamento da Arauco para 14 mil pessoas ficará longe da cidade e da fábrica

Ao contrário do que foi anunciado em maio, quando da concessão da licença de instalação, os milhares de trabalhadores que vão atuar na construção da megafábrica de celulose da Arauco não serão mais alojados nas imediações do canteiro de obras, mas a 40 quilômetros de distância. 

Porém, também não ficarão na cidade mais próxima, que é Inocência. Segundo o comando da multinacional Arauco, um alojamento será construído a cerca de 10 quilômetros da cidade. Ou seja, serão instalados longe da cidade e mais longe ainda da fábrica, no “meio do nada”. 

A fábrica, que demandará investimentos da ordem 4,6 bilhões de dólares, ou mais 25 bilhões de reais, começa a ser instalada a partir de maio do próximo ano às margens da MS-377 e próximo ao Rio Sucuriú, a 50 quilômetros da área urbana de Inocência, na região leste de Mato Grosso do Sul. Para viabilizar o projeto, 400 mil hectares de terras estão sendo plantados com eucaliptos.

Desde junho está sendo feita a terraplanagem no local onde será instalada a indústria, que terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano e será a maior do mundo depois que estiver em pleno funcionamento. A previsão é de que entre em operação no segundo semestre de 2027. 

Até lá, porém, milhares de trabalhadores temporários passarão pelo canteiro de obras. No pico, conforme o  diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão, serão até 14 mil trabalhadores ao mesmo tempo na região. Depois que estiver concluída, a fábrica deve empregar em torno de três mil pessoas. 

Desde o início dos estudos para implantação do projeto já ficou definido que os operários não ficariam alojados na área urbana de Inocência, segundo informou em maio o prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos, mais conhecido como Toninho da Cofap. À época, porém, ele informou que este alojamento seria próximo ao canteiro de obras. 

Na última quarta-feira (11), porém,  Theófilo Militão informou que os alojamentos serão instalados a 40 quilômetros do canteiro de obras. Nestes alojamentos, afirmou ele, serão instaladas áreas de lazer e até posto de saúde para atender a eventuais necessidades dos operários. 

Em maio, quando da entrega da licença de instalação, tanto o governador Eduardo Riedel, quanto o CEO da Arauco no Brasil, Carlos Altimiris, e o prefeito de Inocência foram  unânimes em afirmar que durante o período de construção a cidade vai enfrentar uma série de contratempos nas áreas de saúde, educação, segurança pública, lazer e até habitação. Porém, deixaram claro, não tem como “fazer omelete sem quebrar os ovos”. 

DE OLHO EM RIBAS

E para tentar reduzir estes transtornos, a Arauco se baseou no caso de Ribas do Rio Pardo e justamente por isso optou em abrigar os trabalhadores fora da cidade. Mas, o prefeito foi cuidadoso com o uso das palavras para evitar a terceirização das responsabilidades para os trabalhadores e isentar o poder público e a própria multinacional destes encargos.

“Os trabalhadores não vão trazer problemas para a cidade. Eles vão ter lá suas demandas. Nós vamos fazer um trabalho conjunto com a Arauco para que não venham a ter qualquer tipo de problema. Mas esse pessoal ficando na fábrica, é muito melhor para cidade”, afirmou Toninho da Cofap no dia 10 de maio após evento na Governadoria, em Campo Grande. 

Porém, se a cidade de Inocência quer distância dos trabalhadores temporários, faz questão de abrigar os funcionários fixos da futura fábrica. O município criou até mecanismos legais para obrigar os cerca de três mil funcionários da Arauco a morarem na área urbana do município. Uma lei municipal proíbe construção de moradias próximo da fábrica. 

E para tentar reduzir a especulação imobiliária que normalmente acompanha projetos desta magnitude, a Arauco promete construir em torno de 700 casas para abrigar boa parcela de seus futuros funcionários. Terreno para isso já foi cedido pelo poder público. A Suzano construiu 954 casas em Ribas do Rio Pardo.

Sendo assim, os funcionários da futura indústria terão de percorrer em torno de cem quilômetros diariamente para ir e voltar do trabalho. Segundo o prefeito Toninho da Cofap, Inocência criou esta norma temendo ser “engolida” por uma nova cidade que poderia surgir no entorno da fábrica. 

VANTAGENS E DESVANTAGENS

O presidente da FETRICOM-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Mato Grosso do Sul), José Abelha Neto, que nesta semana esteve em Inocência, vê duas possíveis explicações para a instalação dos alojamentos longe da cidade e ainda mais longe da fábrica. 

Primeiro, acredita ele, a distância de 10 quilômetros da área urbana ainda permite que estes operários tenham um certo acesso às necessidades que precisam ser atendidas na cidade. “Inocência criou uma lei proibindo os alojamentos na cidade, mas nesta distância eles não chegam a ficar totalmente isolados”, opina. 

Em segundo lugar, ele acredita que a Arauco também não queira os alojamentos muito próximo do canteiro de obras por causa do risco de greves, piquetes e até motins. “Serão milhares de pessoas no mesmo lugar ao mesmo tempo e sempre existem aqueles que conseguem mobilizar a massa. Deixando eles mais afastados, não conseguem tomar o canteiro de obras em caso de alguma insatisfação mais generalizada”, opina o sindicalista. 

Em meados do ano passado, segundo ele, em torno de 4 mil trabalhadores paralisaram os trabalhos durante cerca de uma semana na fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Apesar disso, parte dos trabalhos foi mantida normalmente, lembra Abelha. 

E, para melhorar as acomodações dos operários, afirma Abelha, a própria Arauco se comprometeu a construir os alojamentos e toda a estrutura necessária no entorno. Normalmente, explica ele, estas estruturas são instaladas por empresas terceirizadas e arrendadas para as empresas que contratam os trabalhadores. Por conta disso, explica ele, em muitos casos estes abrigos acabam sendo inadequados. 

VALE DA CELULOSE

Em Mato Grosso do Sul já estão em funcionamento outras três grandes fábricas de Celulose, sendo duas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo. A primeira, da Suzano, funciona desde 2009. A segunda, controlada pelo grupo J&F, entrou em operação em 2012. A terceira funciona desde julho de 2024, em Ribas do Rio Pardo. 

E, além da unidade de Inocência, existe previsão para construção de uma quinta fábrica em Água Clara, num projeto da Bracell  que prevê investimentos da ordem de R$ 25 bilhões.

Informações: In Foco MS.

Featured Image

China avança em maior projeto de reflorestamento do mundo

O governo da China anunciou que o deserto de Taklamakan foi totalmente cercado pelo plantio de mais de três mil quilômetros de florestas

China anunciou um avanço importante nos planos do país de impedir o avanço da desertificação. Segundo Pequim, o deserto de Taklamakan foi totalmente cercado pelo plantio de mais de três mil quilômetros de florestas.

A ideia dos chineses é criar uma verdadeira Grande Muralha Verde, que se estenderá também pelo deserto de Gobi. A vegetação servirá para interromper o fluxo de ventos e tempestades de areia do deserto, que causam danos substanciais à agricultura do país.

Grande Muralha Verde será formada por 100 bilhões de árvores

  • O projeto envolveu o plantio em larga escala de salgueiros vermelhos, sacsaoul e outras espécies de árvores em uma faixa ao longo da orla sul do deserto de Taklimakan, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China.
  • Os esforços fazem parte do chamado Programa Florestal do Cinturão de Abrigo dos Três Norte da China, uma iniciativa massiva para conter a expansão da desertificação por meio do reflorestamento.
  • Os trabalhos foram iniciados em 1978 e a previsão é que só sejam concluídos em 2050.
  • De acordo com Pequim, quando finalizada a Grande Muralha Verde terá cerca de 100 bilhões de árvores e será o maior projeto de engenharia ecológica do mundo.
  • O problema é que muitos especialistas criticam a medida, afirmando que o plantio de árvores que não são nativas da região pode trazer problemas no futuro.
  • Eles ainda destacam que os cinturões verdes podem ser ineficazes na redução da ocorrência de tempestades de areia.
Deserto de Taklamakan foi totalmente cercado pelo plantio de mais de três mil quilômetros de florestas (Imagem: zhuxiaophotography/Shutterstock)

Desertificação é um “perigo existencial global”

Os argumentos apresentados por alguns cientistas não foram suficientes para mudar os planos do governo chinês. O projeto é visto pelas autoridades do país como uma forma de conter o processo de desertificação, que afeta mais de 27% das terras chinesas, prejudicando cerca de 400 milhões de pessoas.

A desertificação é a transformação de terras férteis em deserto árido, causada por uma combinação de fatores naturais e atividades humanas, como agricultura insustentável e desmatamento. Nas últimas décadas, o problema foi acentuado pelos efeitos das mudanças climáticas.

ONU alertou para o aumento da desertificação do planeta (Imagem: su prasert/Shutterstock)

A China está entre as regiões mais afetadas. Um relatório recente da ONU apontou que a desertificação é um “perigo existencial global” e que 77,6% das terras do nosso planeta estavam mais secas em 2020 do que há trinta anos. Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.

Informações: Olhar Digital.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S