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Exportações brasileiras de madeira ficam estáveis em 2024 diante de desafios logísticos e incertezas econômicas

A baixa variação no volume exportado se deu, principalmente, por gargalos logísticos, incluindo congestionamentos portuários, dificuldades de armazenamento e atrasos no transporte

As exportações brasileiras de madeira apresentaram crescimento modesto em 2024, refletindo os desafios persistentes enfrentados pelo setor. Segundo dados do ComexStat, o volume total exportado cresceu apenas 3% em comparação com 2023. “Depois de um período que consideramos um dos piores do passado recente, 2024 se mostrou tão desafiador quanto 2023”, afirmou Gustavo Milazzo, CEO da WoodFlow, plataforma especializada em soluções para exportadores do setor madeireiro.

Desafios das exportações de madeira em 2024

A baixa variação no volume exportado foi impactada principalmente por gargalos logísticos, incluindo congestionamentos portuários, dificuldades de armazenamento e atrasos no transporte. “Começamos com um certo otimismo, mas devido ao caos logístico, foram poucos meses em que os produtores conseguiram embarcar. Foram inúmeros navios omitidos e a falta de segurança na data de entrega dos produtos no exterior inviabilizou muitos negócios”, acrescentou Gustavo.

A conjuntura econômica global também contribuiu para esse cenário de estagnação, com oscilações nas taxas de câmbio, aumento nos custos de transporte e menor demanda por parte dos principais mercados consumidores, como Europa e Estados Unidos.

Produtos e valores em 2024

Apesar das dificuldades, o volume total de produtos monitorados pela WoodFlow alcançou aproximadamente 7 milhões de metros cúbicos. A madeira serrada de Pinus foi o principal produto exportado, representando 40% desse total, seguida pelo compensado de Pinus, com 35%.

Em termos de valores, o montante total acumulado em 2024 chegou a USD 1,7 bilhão, apenas 9% acima do registrado em 2023. O destaque em valor foi o compensado de Pinus, que atingiu USD 793 milhões, reforçando sua importância estratégica para o setor.

Perspectivas para o futuro

Para superar os desafios enfrentados em 2024, o setor precisa investir em soluções logísticas mais eficientes, diversificação de mercados e aprimoramento dos processos de exportação. “As relações do Brasil com nossos principais clientes também devem estar no centro das atenções de todos os produtores brasileiros. Devemos estar atentos a cada passo do mercado externo”, finalizou Gustavo.

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Edital da Rota da Celulose mudou para projeto ficar mais rentável e ir a leilão

Projeto ajustado prevê cronograma mais longo de investimentos e maior taxa de retorno ao investidor

Após ajustes para tornar o projeto mais atrativo, o Governo de Mato Grosso do Sul confirmou para o dia 8 de maio o leilão da concessão da Rota da Celulose, sistema rodoviário composto pelas rodovias federais BR-262 e BR-267 e estaduais MS-040, MS-338 e MS-395. Segundo Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), as alterações foram aprovadas e o edital deverá ser publicado até quinta-feira (30), dando início ao período de consulta pública.

Entre as principais mudanças está o alongamento do cronograma de investimentos, permitindo a distribuição de custos ao longo do contrato de 30 anos, o que, segundo Verruck, melhora a taxa interna de retorno do projeto e aumenta a atratividade para investidores, deixando o negócio mais rentável.

Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) (Foto: Marcos Maluf)

“Hoje aprovamos o projeto com as alterações necessárias no conselho. A publicação do edital deve ocorrer ainda esta semana, na quinta-feira, iniciando a consulta pública. E dia 8 de maio já está marcado o leilão”, afirmou.

A Rota da Celulose é estratégica para o transporte de insumos no Estado, conectando grandes fábricas, como as unidades da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e da Eldorado Brasil, em Três Lagoas, aos mercados nacional e internacional. O projeto original, que previa cerca de R$ 9 bilhões em investimentos, chegou a ser levado a leilão em 2 de dezembro de 2024, mas foi retirado da pauta após não atrair interessados.

Na ocasião, o governador Eduardo Riedel justificou o fracasso pelo momento econômico, marcado pela alta do dólar e a concorrência com outros leilões rodoviários. O plano original previa R$ 6 bilhões em obras de infraestrutura, incluindo a duplicação de 116 quilômetros de vias e outros R$ 3 bilhões em custos operacionais ao longo de 30 anos.

O projeto original previa a duplicações de mais de 200 quilômetros, além de incluir a construção de 198 quilômetros de terceira pista e intervenções em contornos e vias marginais. O cronograma exige que 70% dessas obras sejam realizadas em até três anos, garantindo melhorias significativas para o tráfego.

O edital também incluía a instalação de 12 praças de pedágio, com tarifas previamente estabelecidas, variando entre R$ 4,47 e R$ 91,20. A gestão e fiscalização do contrato ficarão sob responsabilidade do governo estadual, que estruturou a concessão sem o envolvimento direto do governo federal na organização do leilão.

Jaime Verruck destacou que a principal alteração no projeto foi o ajuste do cronograma financeiro, permitindo maior flexibilidade no desembolso dos investimentos iniciais. A medida visa atender às demandas dos investidores, que sinalizaram, em consultas realizadas anteriormente, a necessidade de ajustes para garantir a competitividade do certame.

Além disso, o secretário afirmou que os contatos recentes com potenciais investidores foram promissores. “Na semana passada, a Eliane Detoni, titular da EPE [Escritório de Parcerias Estratégicas], manteve diálogo direto com os principais players do setor, e isso nos trouxe otimismo”, detalhou.

Detalhes do projeto da Rota da Celulose que deverá ir a leião em maio (Imagem: Governo Federal)

Informações: Campo Grande News.

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Terminal EBLog da Eldorado Brasil bate novos recordes e celebra 133 anos do Porto de Santos

Com 1 milhão de toneladas de celulose exportadas, empresa consolida sua eficiência logística e reforça liderança no mercado global

A Eldorado Brasil Celulose celebra um marco histórico: 1 milhão de toneladas de celulose exportadas pelo Terminal EBLog, localizado no Porto de Santos e inaugurado em julho de 2023. Essa conquista, aliada às 21 mil toneladas de celulose embarcadas em um único dia, em duas frentes de operação, e à otimização do ciclo logístico, evidencia a relevância da companhia no mercado internacional. Os resultados de 2024 são ainda mais significativos em razão da celebração dos 133 anos do Porto de Santos, um dos principais pilares logísticos do Brasil, comemorado em 2 de fevereiro.

Para Flavio da Rocha Costa, diretor da Eldorado Brasil Logística (EBLog), os resultados representam o alinhamento estratégico entre a Eldorado Brasil e o Porto de Santos. “Divulgar esses números extraordinários em um momento tão significativo para o porto reforça nossa contribuição para a economia nacional e fortalece nossa relação com essa infraestrutura essencial para as exportações brasileiras”, ressalta.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, destacou o crescimento do Porto de Santos, que atingiu 179,8 milhões de toneladas em movimentação de cargas de janeiro a dezembro de 2024, consolidando sua posição como o maior complexo portuário do Brasil. “A presença da Eldorado Brasil no Porto de Santos fortaleceu ainda mais nossa posição como um dos principais polos logísticos do país. Essa parceria não só impulsiona o comércio exterior brasileiro, mas também gera emprego, renda e promove o desenvolvimento sustentável na nossa região”, destaca Pomini.

Entre os destaques operacionais, a Eldorado Brasil reduziu o tempo médio do ciclo logístico em 15%, em dezembro de 2024, superando a marca anterior, que é de julho do mesmo ano. Essa redução reflete a eficiência de processos automatizados e a dedicação das equipes.

“O EBLog é exemplo de excelência operacional. Esses números expressam o esforço conjunto de um time comprometido em consolidar a Eldorado Brasil como líder no setor”, afirma Marcelo Falcão, gerente de Logística do EBLog. Ele também projeta um 2025 promissor. “Com esses avanços, estamos preparados para enfrentar desafios ainda maiores.”

O Terminal EBLog desempenha um papel estratégico ao conectar a fábrica de Três Lagoas (MS) ao mercado internacional, garantindo agilidade, segurança e alta qualidade. A celulose exportada pela Eldorado Brasil é amplamente utilizada em segmentos como papéis tissue, papéis especiais e embalagens, alinhando-se às crescentes demandas por sustentabilidade e consumo consciente.

Com essa marca, a Eldorado Brasil reafirma seu compromisso com a eficiência, a sustentabilidade e a geração de valor para seus clientes, colaboradores e acionistas, consolidando sua posição como um dos principais players globais do setor de celulose.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Tendências do mercado global de toras de madeira para serraria: uma mudança surpreendente em meio à fraca demanda por madeira serrada

O mercado global de madeira tem enfrentado desafios significativos nos últimos dois anos. Do declínio na construção de casas à desaceleração das atividades de remodelação e redução do consumo de bens de consumo, a demanda por madeira macia tem caído constantemente em regiões-chave.  

No entanto, em meio a esses tempos difíceis, um desenvolvimento surpreendente chamou a atenção dos profissionais da indústria: o Índice Global de Preços de Toras para Serra (GSPI) tem aumentado. Para líderes empresariais em silvicultura, madeira e setores relacionados, entender essas tendências é crucial para navegar neste cenário em mudança. Os custos de toras para serra são responsáveis ​​por 60-70% dos custos de produção para produtores de madeira, tornando-se o principal fator de custo ao rastrear a competitividade de uma região.   

Por que os preços da madeira serrada estão subindo apesar da menor demanda por madeira serrada? 

Normalmente, uma queda na demanda por madeira causa um declínio semelhante nos preços de toras para serraria. No entanto, o GSPI desafiou as expectativas, subindo quase 7% ano a ano até o terceiro trimestre de 2024 e 18% acima de sua média de 30 anos. O que está por trás dessa tendência contraintuitiva e o que isso significa para os mercados regionais? 

Tendências contrastantes em regiões globais 

Um olhar mais atento revela diferenças regionais significativas nos preços de toras para serraria. Algumas regiões estão registrando altas recordes, enquanto outras enfrentam declínios acentuados. Aqui estão algumas das tendências mais notáveis: 

  • Europa do Norte e Central: Os preços das toras dispararam nas regiões nórdicas, atingindo seus níveis mais altos em mais de uma década. Com esses ganhos, as serrarias da região estão enfrentando margens de lucro cada vez menores. Por quê? O aumento do custo das matérias-primas ultrapassou os preços da madeira, aumentando a pressão sobre as operações.  
  • América do Norte: A história é muito diferente na América do Norte. A Colúmbia Britânica está enfrentando desafios significativos que reduziram a proeminência da região na indústria de serrarias. A produção em 2024 é estimada em quase metade do que era há uma década devido à escassez de madeira, altos custos de produção e outros obstáculos operacionais. Enquanto isso, as toras de madeira para serraria do sul dos EUA atingiram as mínimas de preço em 30 anos . Essa redução pode atrair novos investimentos nas serrarias da região nos próximos dois anos. 
  • China e regiões MENA: As importações chinesas de madeira tiveram um declínio de 7% ano a ano nos primeiros dez meses de 2024. Da mesma forma, os países do Oriente Médio e Norte da África relataram uma queda de 4% em suas importações totais de madeira em nove meses. Esses mercados enfraquecidos enfatizam ainda mais a disparidade regional na demanda e nos preços da madeira. 

Implicações para profissionais florestais e madeireiros 

Essas tendências apresentam desafios e oportunidades para profissionais dos setores florestal e madeireiro. Para empresas no norte da Europa, controlar os custos de produção se tornou mais importante do que nunca na adaptação às crescentes despesas com matéria-prima. Por outro lado, regiões como o sul dos EUA podem ver um novo crescimento, pois a combinação de preços baixos de toras e custos operacionais competitivos pode atrair novos investimentos em 2025 e além. 

Enquanto isso, o setor de serrarias em declínio na Colúmbia Britânica serve como um conto de advertência de como a demanda flutuante, fatores regulatórios e competição global podem remodelar uma indústria. As empresas devem permanecer adaptáveis, mantendo um olhar atento sobre a dinâmica comercial e as condições de mercado em evolução. 

Para os players internacionais, a disparidade nos preços de toras para serraria destaca a importância da diversificação geográfica. Ter operações ou parcerias em diferentes regiões globais pode fornecer uma proteção contra a volatilidade do mercado. Além disso, com as exportações de madeira europeia para os EUA possivelmente se expandindo, pode haver oportunidades emergentes para empresas que buscam entrar ou crescer em mercados estrangeiros. 

Informações: ResourceWise.

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