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Previsões da ResourceWise para a indústria de produtos florestais em 2025

As indústrias de produtos florestais enfrentaram um ano de mudanças significativas em 2024, marcado por mudanças na dinâmica do mercado e desafios inesperados. Da demanda e preços flutuantes a uma ênfase crescente em inovações em biocombustíveis, o setor passou por transformações notáveis.  

Como parte de nossa tradição anual, a ResourceWise tem orgulho de compartilhar nossos principais insights e previsões para o ano que vem. Aqui estão oito previsões cruciais que moldarão a indústria de produtos florestais em 2025. 

Previsões para 2025  

1 – O Ano da Transparência da Cadeia de Suprimentos

    2025 está prestes a se tornar um ano crucial para a transparência da cadeia de suprimentos, especialmente para empresas de produtos florestais e proprietários de terras. Uma onda de novas regulamentações está no horizonte, juntamente com o aumento gradual dos requisitos de conformidade voluntária. O que isso significa?  Embora o Regulamento Europeu de Desmatamento (EUDR) tenha sido adiado até janeiro de 2026, ele continua sendo uma prioridade, com o Parlamento da UE reafirmando seu compromisso com a iniciativa. Embora a indústria tenha ganhado um ano adicional para cumprir, a pressão para se adaptar está aumentando. Além disso, os usuários finais de produtos florestais, especialmente empresas voltadas para o consumidor, estão se comprometendo com maior transparência. 

    Os mercados voluntários de carbono continuam a desempenhar um papel fundamental nas estratégias corporativas de ESG. Embora a descarbonização física seja considerada mais eficaz e confiável, não há oferta suficiente para atender à crescente demanda. Como resultado, o mercado de créditos e compensações de carbono — frequentemente criticado por problemas de credibilidade — exigirá maior transparência para prosperar.  Ao mesmo tempo, o modelo tradicional de valor de terras florestais, centrado na madeira em toco, está evoluindo (consulte a Previsão 3). Proprietários de terras precisarão cada vez mais adotar padrões voluntários de carbono para desbloquear novos fluxos de receita de suas florestas. Essa mudança exigirá maior transparência, marcando uma transformação significativa na indústria.

    2 – Economias orientais e ocidentais se distanciam ainda mais em meio a novas tarifas comerciais

      A dissociação das economias do hemisfério oriental e ocidental deve continuar, impulsionada por uma potencial “segunda onda” de tarifas comerciais da era Trump visando economias altamente subsidiadas. Isso se soma às ações comerciais europeias que proíbem ou penalizam importações de produtos chineses, principalmente veículos elétricos. Essa mudança pode ter várias implicações importantes: 

      Indústria de papel da China – Já enfrentando excesso de capacidade, o setor de papel da China pode experimentar mais declínios na demanda se a terceirização da produção acelerar. Para evitar a deflação, o país precisará lidar com seu excesso de capacidade de produção existente.  

      Investimento europeu na América do Norte – Empresas europeias, lidando com os riscos de desindustrialização devido a regulamentações rigorosas e políticas energéticas, estão se diversificando cada vez mais além da UE. Por exemplo, os planos da SAICA de estabelecer uma fábrica de papel em Ohio destacam essa tendência crescente de investimento no mercado norte-americano.

      3 – Valores da Timberland mudam para o carbono em meio à mudança na dinâmica do mercado

        O valor da área florestal está mudando cada vez mais dos usos tradicionais de toras para serviços ambientais e de carbono. Em muitos casos, novos investidores em áreas florestais estão atribuindo valor substancial ao carbono como um fator-chave na subscrição de ativos de áreas florestais. Essa tendência é amplamente impulsionada por mercados estagnados de fibras de madeira e previsões de longo prazo mostrando que o crescimento das árvores excederá em muito as taxas de colheita nos próximos anos. 

        4 – O sul dos EUA atrairá atenção global com perspectivas competitivas de fábricas de celulose

          O sul dos EUA ostenta os menores custos de madeira macia ajustados ao risco globalmente, tornando-se um local privilegiado para investimentos. Combinado com baixos custos de energia, mercados crescentes para subprodutos de fábricas de celulose, como CDRs de carbono e e-combustíveis, e sua proximidade com o maior mercado consumidor do mundo, a região está pronta para atrair investimentos significativos em fábricas de celulose, incluindo um anúncio para uma fábrica de celulose greenfield. Muitas empresas nacionais (Green Bay, Georgia Pacific) anunciaram investimentos significativos — uma empresa estrangeira seguirá com a primeira fábrica de celulose greenfield norte-americana em 20 anos?

          5 – Mercado de madeira deve se recuperar no final de 2025 com novos anúncios de moinhos no horizonte

            O mercado de madeira deve se recuperar na segunda metade de 2025, impulsionado por declínios previstos nas taxas de juros e um ressurgimento na atividade de construção. Em toda a América do Norte, mais de 2 bilhões de pés-tábua de capacidade de produção foram fechados em 2023 e 2024. Até o final de 2025, esperamos que os anúncios de novas inaugurações de moinhos sinalizem uma retomada na indústria. 

            6 – Investidores globais estarão de olho no mercado de produtos florestais dos EUA devido às vantagens competitivas 

              O setor de fabricação de produtos florestais dos EUA está atraindo interesse significativo, e esperamos uma grande aquisição por uma empresa de produtos florestais latino-americana ou europeia em 2025. O mercado dos EUA continua altamente atraente para investidores, particularmente aqueles na indústria de produtos florestais, devido às suas matérias-primas de madeira abundantes e com preços competitivos. Com a economia crescendo a uma taxa estável de 3%, os EUA oferecem um ambiente favorável para investimentos. Além disso, preocupações com tarifas estão encorajando empresas a se estabelecerem no mercado dos EUA para evitar serem excluídas. Em contraste, a Europa enfrenta um crescimento econômico mais lento e um clima regulatório e de negócios que mostra poucos sinais de melhora.

              7 – Altos custos de fibras nos países nórdicos forçarão o fechamento de fábricas de celulose em meio à crise Rússia-Ucrânia

                Os custos persistentemente altos da fibra de madeira nos países nórdicos, impulsionados pela guerra em andamento entre Rússia e Ucrânia, devem levar ao fechamento de fábricas de celulose na região. A indústria será compelida a ajustar suas operações para se alinhar à disponibilidade limitada de fibra acessível. 

                8 – A IA não dominará o mundo

                  Embora a IA não domine completamente o mundo, ela representa uma mudança transformadora na produtividade — sem dúvida ainda mais significativa do que a revolução do computador pessoal. Essa mudança ampliará ainda mais a lacuna de avaliação entre as indústrias que adotam a IA e aquelas que resistem a ela. Se nossa indústria não adotar a IA, corremos o risco de ficar para trás. As consequências serão claras: investimento reduzido, eficiência em declínio e uma queda resultante nos lucros e no crescimento. 

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                  Porto do Itaqui opera com um dos maiores navios de celulose do mundo

                  Pela primeira vez, o Porto do Itaqui realizou operações com um dos maiores veículos cargueiros de celulose do mundo: o Green Itaqui. Construído pela Cosco Shipping Specialized Carriers e batizado em homenagem ao Porto do Itaqui, o navio possui capacidade para transportar 77 mil toneladas de carga com o total de 225 metros de comprimento, 8 porões e 14 metros e meio de calado.

                  O grande diferencial da embarcação está no design técnico, desenvolvido em colaboração com a Suzano por meio de acordo com a Cosco Shipping. O objetivo é atender à alta demanda de transporte de celulose da fábrica. Além do Itaqui, outros grandes portos brasileiros foram homenageados, incluindo o Green Portocel, Green Santos, Green Rio Grande, Green Itajaí e Green Itapoá.

                  Para o gerente de Operações do Porto, Adauto Serpa, o compromisso com o meio ambiente é mais uma característica marcante do navio. “Equipado com tecnologia de ponta, o navio emite 59% menos gases poluentes quando comparado a navios convencionais, garantindo um futuro mais verde para o nosso planeta”, explicou Serpa.

                  Além da maior capacidade de carregamento de celulose e viabilização da otimização do fluxo marítimo, o nome “Green Itaqui” é símbolo do reconhecimento da comunidade marítima às potencialidades do Porto do Itaqui, que está cada vez mais empenhado em gerar melhorias para suas operações e alinhado às metas internacionais de sustentabilidade.

                  De acordo com a gerente de Relações Corporativas da Suzano, Rakel Dourado Murad, a estrutura e o tamanho do Porto do Itaqui viabilizam a realização desse tipo de operação. “A Suzano acredita no Maranhão! Com mais essa operação, reafirmamos o nosso compromisso com o Estado. É importante destacar que essa operação só pôde ser possível pelo fato do Porto do Itaqui ser um porto preparado, com estrutura suficiente para receber navios de grande calado, com grandes cargas”, detalhou a gerente.

                  Informações: Portal Portuario.

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                  FOREST LEADERS FORUM discute avanço da siderurgia verde

                  Minas Gerais reafirma a sua posição como protagonista do setor florestal e da siderurgia verde ao receber, no próximo dia 4 de fevereiro, o FOREST LEADERS FORUM, evento que reunirá líderes das principais siderúrgicas brasileiras para discutir o tema ‘O avanço da siderurgia verde no Brasil’. O encontro, promovido pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), será um marco no debate sobre as perspectivas para 2025, os impactos do atual cenário geopolítico, eventos como a COP 30, e o papel do estado na produção de aço verde.

                  Jefferson de Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil; André Lacerda, VP Sênior da Vallourec América do Sul; Silvia Nascimento, presidente da Aço Verde do Brasil; e Frederico Ayres, presidente da Aperam América do Sul, estarão presentes no fórum para compartilhar com os participantes como a produção de aço verde é um fator-chave de competitividade no mercado global. O debate será moderado por Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo e atual presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

                  O FOREST LEADERS FORUM será uma oportunidade para analisar como o Brasil, especialmente Minas Gerais, pode consolidar a sua liderança na produção de aço verde e na transição para uma economia de baixo carbono. Também estará presente o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passálio.

                  Para Adriana Maugeri, presidente da AMIF, ‘o aço verde, produzido em grande parte utilizando carvão vegetal oriundo de florestas plantadas renováveis, não é apenas uma urgência ambiental diante das mudanças climáticas, mas uma acertada estratégia de negócios que posiciona as siderúrgicas brasileiras em uma liderança global no contexto da economia verde. Empresas do setor estão comprometidas com as metas climáticas e com a geração de valor socioambiental, e Minas Gerais tem um papel estratégico nesse processo”, afirma Adriana.

                  Cenário

                  O Brasil é reconhecido mundialmente como líder na produção de aço verde, com Minas Gerais desempenhando um papel central nesse processo. Atualmente, o estado é o líder global na produção e consumo de carvão vegetal sustentável, oriundo de florestas plantadas renováveis. Esta fonte renovável de energia e bioredução substitui fontes não renováveis e de origem fóssil, como o carvão mineral, reduzindo emissões de CO₂ e consolidando o país como referência na descarbonização da siderurgia em larga escala e com eficiência.

                  Minas Gerais abriga a maior área de florestas plantadas do país, com 2,3 milhões de hectares cultivados em 811 dos 853 municípios. Ao mesmo tempo, conserva outros 1,3 milhões de hectares de vegetação nativa. Essa presença territorial reflete a vocação histórica e econômica do estado para o cultivo e cuidado de florestas, consolidando-as como a maior cultura agrícola de Minas Gerais.

                  “O setor florestal é democrático: cerca de 50% da produção está nas mãos de pequenos e médios produtores, e os outros 50% são de grandes produtores, criando centenas de cadeias produtivas em todas as regiões do estado. Essa diversidade produtiva gera multiplicidade e alcance de renda, ao mesmo tempo que aquece a economia local, reduzindo a dependência dos municípios em relação a recursos estaduais e federais”, completa Adriana Maugeri.

                  Remoção de CO₂

                  As florestas plantadas desempenham um papel singular na remoção do CO₂ da atmosfera, fixando carbono na madeira e no solo em ciclos que se renovam. Além disso, a madeira é atualmente fonte para a produção de materiais renováveis e limpos, utilizados em substituição a produtos de origem fóssil. As florestas plantadas dão origem a mais de 5 mil bioprodutos, incluindo papel e celulose, pisos e painéis, biomassa, carvão vegetal, entre outros.

                  “Este benefício climático exercido pelas florestas em escala singular posiciona o Brasil em uma situação privilegiada no cenário global. A remoção de CO₂, realizada em grandes volumes, posiciona todas as nossas florestas como verdadeiros ativos guardiões de nossa sobrevivência. Já o uso racional e sustentável da madeira oriunda das florestas plantadas é, sem dúvida, uma das melhores alternativas para a descarbonização e a desfossilização de inúmeros setores da economia global. Minas Gerais, como o estado com a maior área de florestas plantadas do Brasil, potencializa as oportunidades futuras, além das já bem aproveitadas. A ideia é viabilizar seu desenvolvimento seguro e equilibrado”, destaca Maugeri.

                  Este reconhecimento das florestas como verdadeiros ativos ambientais abre caminhos para novos mecanismos econômicos, incluindo créditos de carbono, finanças verdes, economia verde e outros benefícios que premiam e consolidam práticas sustentáveis.

                  AMIF

                  A AMIF – Associação Mineira da Indústria Florestal – é uma organização que representa e promove a agroindústria florestal em Minas Gerais, reunindo as maiores empresas que produzem e consomem os produtos oriundos de florestas plantadas. Com foco no impulsionamento da economia verde do estado, a AMIF atua na defesa de políticas públicas, no fortalecimento da grande cadeia produtiva florestal e na disseminação de conteúdo informativo e melhores práticas ambientais, econômicas e sociais.

                  A AMIF também trabalha para ampliar o reconhecimento dos benefícios do setor florestal como uma solução essencial para mitigar os efeitos climáticos, restaurar o meio ambiente, descarbonizar a indústria e fortalecer as cadeias produtivas ligadas à produção florestal em todo o estado.

                  SERVIÇO

                  EVENTO: FOREST LEADERS FORUM
                  TEMA: O avanço da siderurgia verde no Brasil
                  DATA: 4 de fevereiro, das 8h30 às 11h30
                  LOCAL: Auditório do Edifício Atlântico – Av. Afonso Pena, 4100 – BH

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