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Governo lança edital para concessão da Flona do Jatuarana, no Amazonas

Manejo pode arrecadar até R$ 32,6 milhões ao ano

O edital de concessão da Floresta Nacional (Flona) do Jatuarana, em Apuí, no sul do Amazonas (AM), foi lançado na última segunda-feira (10), em Brasília, para projetos de manejo sustentável em quatro áreas que somam 453,4 mil hectares. Os interessados na gestão poderão concorrer com propostas para produção de madeira e silvicultura de espécies nativas.

Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, no caso do manejo para madeira, o modelo não causa desmatamento e mantém a diversidade biológica, os serviços ambientais e o ciclo hidrológico, já que são colhidos poucos indivíduos de espécies diversas, no período de 25 a 35 anos. 

“As concessões não dão o direito à terra ao concessionário. Ele não tem direito sobre a biodiversidade, também não tem direito sob o subsolo e recursos hídricos que estejam na Flona e também não dá direito a realizar caça ou pesca. O concessionário só pode manejar os recursos que estão descritos no edital”, explica.

De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o uso responsável da Flona do Jatuarana tem potencial de arrecadação pelo governo federal de até R$ 32,6 milhões anuais, com previsão de gerar 932 novos empregos diretos e outros 466 postos indiretos.

Do recurso que retorna ao governo na forma de pagamento das concessões, 24% são destinados ao município e 12% ao estado onde a floresta está localizada. Os recursos também são destinados ao SFB (12%), ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (12%) e 41% voltam para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizar a gestão.

A arrecadação não inclui o lucro dos concessionários das quais o edital exige ainda, na forma de encargos acessórios, um investimento mínimo de R$ 453,4 mil ao ano, sendo metade em iniciativas sociais e a outra metade em proteção florestal, mas a estimativa do governo é que esse valor atinja R$ 1,1 milhão anual em infraestrutura, bens, serviços e projetos para comunidade.

“Coube a nós pensarmos um desenho que fosse catalisador de benefícios para biodiversidade, para a proteção da floresta, dos recursos hídricos, das comunidades, das empresas e dos governos que querem fazer entregas para suas sociedades”, destacou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Desde dezembro de 2024, o MMA publicou o Plano Plurianual de Outorga Florestal (PPAOF), que já incluía a Flona do Jatuarana entre as previsões de concessão de 24 áreas públicas para manejo sustentável e outras nove para restauração florestal. “A iniciativa integra a estratégia do Serviço Florestal Brasileiro de alcançar a meta de 5 milhões de hectares de florestas públicas concedidas até 2027, como parte do compromisso do governo federal com a gestão sustentável de suas florestas, conforme estabelecido no Plano Plurianual (PPA)”, informou o MMA por meio de nota.

O processo licitatório será realizado pela primeira vez pela B3, a Bolsa de Valores do Brasil, que também atuará na avaliação das propostas.

Segundo Garo Batmanian, o processo da Flona do Jatuarana eleva para 35% o total de áreas destinadas à concessão florestal desde 2010. “Nós temos hoje em dia 1,31 milhão de hectares em concessão florestal, alguns já operando, outros em começo de operação. São 23 contratos gerando até hoje 2,43 milhões de metros cúbicos de madeira em tora”, afirmou o diretor. 

Informações: Agência Brasil.

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Inocência (MS) ganhará 5 hotéis após a chegada de fábrica da Arauco

Hotéis que já existem estão sendo ocupados por funcionários, dificultando reservas para visitantes

O município de Inocência, localizado a 331 km de Campo Grande, tem tido como um dos principais desafios a superlotação na rede hoteleira. Isso porque os funcionários da nova fábrica de celulose, Arauco, estão ocupando os espaços.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Inocência, Valmes José de Carvalho, Dedé, até julho, a expectativa é de receber cinco novos hotéis, sendo que um já está pronto e outros quatro ainda em construção.

“O problema aqui em Inocência é que os hotéis estão sendo alugados para a empresa. Nós precisamos de moradia urgente, estamos com falta de casa. Os hotéis estão sendo ocupados pelos funcionários, a maioria dos contêineres fecharam para funcionários da empresa. Acredito que até meio do ano, teremos cinco hotéis”, pontuou.

A Arauco terá em torno de 14 mil empregos no pico da obra. Quando for concluída, a operação empregará um contingente de cerca de 6 mil trabalhadores, entre as áreas florestal, operacional e de logística.

Em uma pesquisa rápida, o Campo Grande News entrou em contato com sete hotéis no município, mas nenhum tinha vaga e nem data prevista para iniciar a reserva.

“Estamos lotados, a empresa ainda não deu previsão de sair para iniciarmos as reservas”, disse o atendente de um dos hotéis, que preferiu não se identificar.

Hotel em construção na Rua Pará, em Inocência (Foto: Valmes Carvalho).

Conforme dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Inocência era de 8.424 naquele ano, mas Valmes acredita que, nos últimos 8 meses, deve ter aumentado para 13 mil.

“Tem moradores, pessoas que nasceram aqui indo embora, porque não têm casa e as casas que têm, o aluguel subiu. Aluguel que era R$ 800, hoje está R$ 2,5 mil, R$ 3 mil. A nossa população não é de classe média alta, é uma cidade pequena”, completou.

Em relação ao turismo por lá, existe a cachoeira Toco Preto, que segundo a Câmara Municipal, será revitalizado pela Arauco.

O vereador também apela para a construção de escola e hospital. “Precisamos de moradia, de um hospital para que a gente possa fazer cirurgias, raio-x, atendimento de qualidade, precisamos de creche, escola, e mais policiamento para dar conta”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com a Arauco, que já está apurando sobre a situação e irá se posicionar. O Sindha MS (Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação) também foi contactado, mas não retornou até a publicação desta matéria.

Projeto – O investimento da empresa chilena Arauco, na ordem de US$ 4,6 bilhões, receberá o nome de Projeto Sucuriú. A operação terá capacidade anual de produção de 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada.

Ano passado, a empresa recebeu um estudo sobre Inocência e os impactos que a chegada da fábrica de celulose deve causar na cidade, para discutir ações mitigatórias com o poder público e a comunidade.

O diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade, Theófilo Militão, informou que o Governo do Estado destinou uma área para a empresa construir um conjunto habitacional com cerca de 700 casas.

O empreendimento fica a 50 quilômetros do município. Uma das condições foi a criação de alojamento para os trabalhadores da obra fora do perímetro urbano, com estrutura própria de serviços de saúde, para evitar impacto muito grande.

Informações: Campo Grande News.

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Projeto oficializa denominação “Vale da Celulose” a conjunto de municípios de MS

Os municípios sul-mato-grossenses, caracterizados pela forte presença da cadeia produtiva da celulose, poderão ser chamados de “Vale da Celulose”. Essa denominação é prevista no Projeto de Lei 12/2025, apresentado pelo deputado Caravina (PSDB), na sessão plenária desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

Deputado Caravina.

Afirma a proposta que a denominação “Vale da Celulose” corresponde ao “conjunto de municípios que se destacam como polos de desenvolvimento econômico, logístico e social, impulsionados pela cadeia produtiva da celulose e por investimentos estratégicos em infraestrutura e geração de empregos”.

De acordo com o projeto, comporão o Vale da Celulose 11 municípios, que são Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas.

“A oficialização da nomenclatura contribui para consolidar uma identidade, permitindo que tanto o Estado quanto os municípios utilizem o termo ‘Vale da Celulose’ em documentos oficiais, sinalizações e comunicações, promovendo o reconhecimento da importância estratégica da região no cenário nacional e internacional”, afirma o parlamentar na justificativa da proposta.

Encerrado o período de pauta para eventual recebimento de emendas, o projeto será encaminhado para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso receba parecer favorável, continua tramitando na Casa de Leis, com votações nas comissões de mérito e em sessões plenárias.

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Esalq/USP sedia evento sobre Qualidade da madeira, polpação e energia

Inscrições abertas para o Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy: intercâmbio de conhecimento entre academia e a indústria de base florestal

Nos dias 18 e 19 de março de 2025, o Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) recebe o 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy em Piracicaba-SP. O evento reúne especialistas e professores da USP para debater inovações e perspectivas no setor de celulose, papel, bioprodutos e biorrefinaria. Além disso, será uma oportunidade para destacar os avanços do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE), realizador do evento e referência nacional em qualidade da madeira e polpação química.

Com foco no intercâmbio de conhecimento entre academia e mercado, o simpósio aborda temas como qualidade da madeira, energia renovável e tecnologias de ponta em polpação. Na sua primeira edição, o simpósio conta com o apoio das empresas Valmet, Suzano e Siderquímica. Tem ainda o reconhecimento da ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel.

A correalização do simpósio é do Primatera, fundo patrimonial dedicado ao setor florestal e biomateriais.  Todo o saldo remanescente do evento será aplicado no Primatera, reafirmando o compromisso dos idealizadores do evento (Prof. Humberto Eufrade e Prof. Francides Gomes – USP) no fomento da pesquisa e formação das futuras gerações de profissionais do setor.

Programação reúne especialistas de destaque internacional. As vagas são limitadas!

Entre os palestrantes confirmados, estão renomados especialistas que são referências no setor. O Prof. Luiz E.G. Barrichelo, um dos grandes nomes na história do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE), apresentará uma retrospectiva do laboratório e suas contribuições à indústria.  Já o Prof. Celso E. B. Foelkel aborda os avanços e desafios na qualidade da madeira, explorando o passado, presente e futuro dessa área.

A programação inclui ainda a participação do Prof. José Otávio Brito, especialista em energia da madeira, e do Prof. Francides Gomes, com os avanços em catalisadores de polpação. Destacam-se também mesas-redondas sobre desafios na formação de profissionais e as novas fábricas Kraft na América do Sul, bem como sessões voltadas para soluções industriais inovadoras com diretores e gerentes das empresas Valmet, Bracell, CMPC, Paracel e Suzano.

Inscrições e submissão de trabalhos

As inscrições para o simpósio já estão abertas e podem ser realizadas no site oficial do evento. Interessados em apresentar seus trabalhos têm até o dia 21 de fevereiro de 2025 para submeter resumos. Mais informações podem ser encontradas no site oficial ou pelo e-mail swqpe2025@gmail.com

Informações:

  • Evento: 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy
  • Data: 18 e 19 de março de 2025
  • Local: Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais – ESALQ/USP, Piracicaba/SP
  • Inscrições: Disponíveis no site oficial da FEALQ
  • Contato: swqpe2025@gmail.com

Créditos da reportagem: texto adaptado do site do Primatera – Fundo patrimonial criado para fomentar o conhecimento nas áreas de recursos florestais e biomateriais.

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