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Suzano está com dez processos seletivos abertos para suas operações em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com dez processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Brasilândia, Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Há uma oportunidade em Brasilândia para Mecânico(a) I – Colheita Florestal. Em Ribas do Rio Pardo, as pessoas interessadas poderão concorrer a vagas para Técnico(a) de Segurança do Trabalho na área Florestal, Mecânico(a) de Silvicultura I, Técnico(a) de Manutenção Mecânica III, Operador(a) de Máquinas Florestais, Instrutor(a) Florestal – Colheita, Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I, Assistente de Operações Florestais do Viveiro e Analista de Manutenção Júnior em Planejamento. Já em Três Lagoas, há uma oportunidade para Assistente Administrativo I.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Brasilândia

Mecânico(a) I – Colheita Florestal – inscrições até 13/04/2025: Página da vaga | Mecânico(a) I – Colheita Florestal

Ribas do Rio Pardo

Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal – inscrições até 14/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal

Mecânico(a) de Silvicultura I – inscrições até 15/04/2025: Página da vaga | Mecânico(a) Silvicultura I

Técnico(a) de Manutenção Mecânica III – inscrições até 16/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Manutenção Mecânica III

Operador(a) de Máquinas Florestais – inscrições até 17/04/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquinas Florestais

Instrutor(a) Florestal – Colheita – inscrições até 18/04/2025: Página da vaga | Instrutor(a) Florestal – Colheita

Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I – inscrições até 18/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I

Assistente de Operações Florestais – Viveiro – inscrições até 21/04/2025: Página da vaga | Assistente de Operações Florestais – Viveiro

Analista de Manutenção Júnior – Planejamento – inscrições até 22/04/2025: Página da vaga | Analista de Manutenção Júnior – Planejamento

Três Lagoas

Assistente Administrativo I – inscrições até 14/04/2025: Página da vaga | Assistente Administrativo I

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

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Como a Suzano quer fazer o mundo usar celulose para além do papel

Empresa investe na startup americana Simplifyber e lidera uma série que levantou US$ 12 milhões; entenda seu plano

A Suzano deu um passo estratégico em sua jornada de inovação. A gigante da celulose no Brasil acaba de anunciar o que considera um modelo sustentável ao liderar a rodada Série A de investimentos da startup americana Simplifyber, que levantou US$ 12 milhões. Criada em 2020, a empresa com sede em Raleigh, na Carolina do Norte, desenvolve tecnologia para moldagem de celulose líquida, criando peças têxteis e componentes industriais com alta performance e foco em sustentabilidade.

A Suzano foi o principal investidor da rodada, que reuniu 10 players de diferentes regiões do mundo, incluindo Europa, Ásia e América do Norte. Segundo Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D e Ventures da Suzano, a parceria não se limita ao aporte de capital. A iniciativa é parte da estratégia da companhia para expandir o uso da celulose para além do papel e da embalagem.

“A Simplifyber se encaixa perfeitamente na nossa tese de investimento. É uma empresa com tecnologia inovadora, time qualificado e alinhamento estratégico com nossos objetivos de substituir matérias-primas fósseis. Ao escalar esse modelo, acreditamos que podemos abrir novos mercados para a fibra de eucalipto da Suzano”, afirmou Cadaval à Forbes.

Criada em 2020, a Simplifyber desenvolve uma plataforma de fabricação que transforma celulose moldada em produtos como calçados, peças de vestuário e componentes para automóveis, com o uso reduzido ou zero de plástico. A tecnologia está em fase de pré-piloto e piloto, e deve ganhar escala nos próximos meses.

“Desde o início da empresa, usamos fibras como matéria-prima. A celulose é um material natural, abundante e altamente escalável, o que a torna ideal para substituir o plástico em diversas aplicações”, diz Maria Intscher-Owrang, cofundadora e CEO da Simplifyber. “Estamos construindo um novo paradigma na indústria, com materiais que são realmente sustentáveis, biodegradáveis e com potencial de escala global.”

Intscher-Owrang é uma inovadora da moda. Formada no prestigiado programa Central Saint Martins MA Fashion de Londres, sob a orientação da lendária Louise Wilson OBE, ela se tornou uma referência em design. Em 2006, passou a pesquisar sobre luxo sustentável e ético, análise de tendências, ilustração de moda, design/sourcing têxtil e drapeado. A cadeia global de suprimentos da indústria de vestuário é um negócio da ordem de US$ 1,5 trilhão.

Segundo a CEO da startup, o foco atual da Simplifyber está na ampliação da capacidade de produção da tecnologia baseada na celulose. “Estamos construindo, simultaneamente, nossas instalações em escala pré-piloto e piloto. Em breve, poderemos fabricar milhares de unidades por mês e, logo na sequência, escalar para dezenas de milhares”, diz Intscher-Owrang.

A expectativa é que essa capacidade inicial permita à empresa fornecer produtos para grandes marcas já em 2025. “A Suzano está presente em todo esse processo, com um executivo no conselho da startup e acompanhamento técnico contínuo”, diz Cadaval. “A adoção pode começar ainda este ano, devagar e com calma, e vamos atuar ativamente para acelerar a curva de aprendizado da tecnologia.”

O modelo de negócio da Simplifyber é posicionar a startup como fornecedora de tecnologia, e não como fabricante de produto final. “Hoje ainda fabricamos para desenvolver o mercado, mas a ideia é licenciar nossos equipamentos e vender o slurry como insumo. Assim, conseguimos escalar sem depender de uma planta própria em cada local”, diz Intscher-Owrang. “É uma solução pensada para ser global desde o início.” Com isso, a startup espera reduzir barreiras de entrada para parceiros industriais e ampliar a adoção da celulose em larga escala.

O relacionamento entre a Suzano e Simplifyber evoluiu para uma cooperação estratégica. A brasileira hoje passou a integrar o conselho da startup e acompanha de perto o desenvolvimento da tecnologia e o plano de negócios. “Não é um investimento financeiro tradicional. Nossa tese é estratégica: queremos gerar valor com a startup, expandir o mercado da nossa celulose e contribuir com conhecimento técnico e conexões industriais”, diz Cadaval.

A aposta está na substituição de materiais fósseis por fibras vegetais, com impacto direto no posicionamento sustentável da indústria de consumo. “O grande diferencial é que vemos escalabilidade na tecnologia. A maioria das inovações sustentáveis é difícil de escalar ou tem custo muito alto. A Simplifyber tem potencial para ser competitiva em preço, além de sustentável”, afirma ele.

Não por acaso, a América Latina também está no radar da startup para expansão futura. “Queremos localizar a produção no Brasil. Não só por ser a origem da nossa matéria-prima, mas porque o país tem potencial para se tornar um polo industrial dessa nova geração de materiais sustentáveis”, afirma Intscher-Owrang.

A executiva ressalta ainda o valor da fibra de eucalipto produzida no Brasil, com origem em florestas manejadas de forma sustentável e com certificação internacional. “A Suzano é um exemplo de como as empresas devem atuar nessa nova economia baseada em bioinsumos”, diz.

Segundo Paula Puzzi, gerente da Suzano Ventures, frente de investimento em startups da companhia, já foram destinados investimentos a sete empresas, com diferentes focos — de embalagens a biotecnologia. Embora atuem em áreas distintas, as startups compartilham sinergias. Para ela, o papel da Suzano é criar conexões e sinergias. “Algumas têm processos produtivos semelhantes ou materiais complementares. Nosso papel é também promover essa conexão entre startups para acelerar inovações conjuntas”, afirma Puzzi. “Mais do que investidor, somos parceiros ativos no desenvolvimento dessas empresas.”

Embora a Simplifyber não atue diretamente na floresta plantada da Suzano, a origem do insumo agrega valor à solução. Esse equilíbrio é central para todas as iniciativas da Suzano Ventures, diz Cadaval. “A rastreabilidade e o manejo sustentável das florestas são parte do storytelling que queremos levar até o consumidor final”, explica Cadaval. “Mas isso precisa vir junto com preço competitivo. Ninguém quer pagar mais apenas por ser sustentável. E mais. A tecnologia precisa ser ambientalmente responsável, escalável e financeiramente viável. A Simplifyber reúne essas três características.”

Informações: Forbes.

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Quantificar a biomassa de uma floresta é fundamental para sucesso do mercado de carbono

As florestas são cruciais para o combate à crise climática. Elas atuam nos dois lados da balança. Quando manejadas ou protegidas, sequestram ou mantém carbono, removendo-o da atmosfera. Já se forem desmatadas ou degradadas, as florestas emitem carbono para atmosfera. Ambos os movimentos são imprescindíveis para o balanço de carbono, elemento químico fundamental à vida, devido à sua capacidade de formar ligações químicas fortes e estáveis com outros átomos, incluindo ele mesmo.

O uso da terra, mudança do uso da terra e florestas contribuem com 27,1% do total das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa (GEE). O dado é do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, um documento que apresenta as estimativas das emissões de GEE de um país. Ele é elaborado seguindo metodologias e diretrizes internacionais estabelecidas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

A participação das florestas na emissão de GEE vem do seu desmatamento ou degradação, já que, quando isso acontece, o carbono armazenado na biomassa das plantas é emitido de volta para a atmosfera. Por outro lado, quando uma floresta está sendo implantada, o crescimento das plantas irá sequestrar o carbono da atmosfera e guardá-lo em forma de biomassa. Por fim, uma floresta que está protegida ou preservada manterá o carbono, também em forma de biomassa.

Por isso, é importante conhecermos quanto de biomassa existe em uma floresta. Mas é possível saber quanto de carbono está (ou estava) armazenado nas plantas de uma floresta? Sim, a ciência consegue quantificar a biomassa de uma floresta e determinar sua quantidade de carbono. Mas a tarefa não é tão simples quanto parece.

Medindo a biomassa de uma floresta

Uma floresta é um espaço natural, onde as árvores crescem juntas, formando uma cobertura com suas copas. Além das árvores, as florestas também abrigam uma variedade de outras plantas, como arbustos e gramíneas. Apesar desta diversidade de plantas, a maioria da biomassa da floresta está nas árvores. No cerrado este valor chega a 70%, já na Amazônia, este valor chega a 80%.

Quando confrontados com problemas complexos, uma estratégia utilizada pelos cientistas é simplificar a realidade para torná-la mais compreensível e tratável. Assim, determinar a biomassa de uma floresta começa pela quantificação do seu componente principal: as árvores.

As árvores utilizam a energia da luz solar para produzir seu alimento. Este processo, chamado fotossíntese, transforma água e dióxido de carbono (CO2) da atmosfera em açúcar (isto é, glicose) e oxigênio (O2). Durante a fotossíntese, o carbono da molécula de CO2 é transformado em glicose.

Parte da glicose é consumida na respiração da planta e transformada em energia para atender ao metabolismo da planta. O excesso é convertido em outros carboidratos como celulose e lignina, que são os principais componentes da biomassa da planta. É a retenção desse excesso de carbono que torna as árvores organismos com enorme potencial de fixar carbono, que representa cerca de 45% de sua massa.

Árvores na balança

Quando uma pessoa deseja conhecer seu peso (isto é, sua biomassa), é necessário se deslocar até uma balança, subir nela, e esperar que a medida se estabilize. Levar uma árvore até uma balança pode ser tecnicamente possível, mas seria necessário tirá-la do solo, com raiz e tudo. O processo teria que ser repetido para todas as árvores da floresta. Ao final, todas as árvores estariam pesadas, mas também estariam cortadas, e não existiria mais floresta.

Quantificar a biomassa de uma árvore não é nada simples. A forma ideal seria quantificá-la pela massa fresca, pesando. Esta seria a biomassa no momento, incluindo a água presente em sua composição. Diante da inviabilidade de pesar as árvores da floresta, uma alternativa desenvolvida há séculos foi medir o volume da árvore (m³), e obter a biomassa multiplicando o volume pela densidade (kg/m³). 

O tronco da árvore passa a ser representado por um cilindro. Calcular o volume de um cilindro é muito fácil: área da base multiplicada pela altura, e assim obtém-se o volume cilíndrico do tronco. Mas como a árvore não é um cilindro perfeito, corrige-se o volume cilíndrico multiplicando por um fator de forma. Uma vez obtido o volume do tronco, multiplica-se pela densidade da madeira para se obter a biomassa do tronco.

Esta abordagem é conhecida na ciência como modelagem, que é um processo de construção de representações simplificadas da realidade.

Embora o tronco seja a parte da árvore com o maior estoque de biomassa, os outros órgãos da planta precisam ser considerados: raiz, galhos e folhas. Isto é feito multiplicando a biomassa do tronco por um fator de expansão.

Nessa abordagem, não é necessário abater a árvore. A base do cilindro é obtida a partir do diâmetro do tronco e a altura do cilindro é obtida a partir da altura do tronco. O diâmetro da árvore pode ser medido com uma fita, de forma parecida com uma costureira medindo a cintura de uma pessoa.

A altura da árvore também pode ser medida facilmente com instrumentos óticos, parecidos com um monóculo. A densidade da madeira, o fator de forma e os fatores de expansão podem ser obtidos para espécies ou grupo de espécies a partir de estudos realizados em campo, de preferência com árvore caídas ou legalmente abatidas.

Com o avanço da estatística e dos computadores, os fatores de forma foram gradativamente substituídos por modelos estatísticos. Os modelos funcionam como uma espécie de calculadora treinada para calcular volume. Ao receber como informação inicial o diâmetro e a altura da árvore, ela é capaz de calcular o volume, ou até mesmo a biomassa diretamente. Até aqui, objetivo cumprido: biomassa de uma árvore calculada!

Da árvore para a floresta

Como uma floresta é uma comunidade de várias árvores, de portes e espécies diferentes, bastaria somar o volume de todas elas. Medir e somar uma dezena de árvores é até possível, mas grandes extensões florestais impossibilitam esta abordagem.

Aqui entra mais estratégia científica para lidar com problemas complexos: a técnica de amostragem. É possível obter a biomassa da floresta ao se medir várias pequenas porções. Estas porções são chamadas de parcelas. Mas, se não será medida toda a floresta, qual a certeza de que o valor das parcelas está correto? É aqui que entra a teoria da amostragem.

Toda a simplificação carrega uma incerteza. Mas esta incerteza pode ser conhecida e determinada. A partir da biomassa medida nas parcelas, é possível calcular o grau de confiança que existe no valor da biomassa da floresta. Se o grau de confiança for baixo, será necessário medir mais parcelas.

Este é um ponto crucial para qualquer processo para estimar a biomassa de uma floresta. Devido à complexidade da tarefa, e das estratégicas de simplificação empregadas, uma estimativa de biomassa nunca será um valor determinístico. A biomassa da floresta deverá ser sempre informada considerando um intervalo de confiança, que é reflexo das incertezas inerentes às estratégias empregadas.

Biomassa e o mercado de carbono

Qualquer floresta pode ter sua biomassa determinada! No contexto da crise climática, a possibilidade de contabilizar a biomassa florestal e associar esta biomassa a uma emissão, estoque ou sequestro de carbono, cria a oportunidade de transformar isto num mercado.

Num movimento que se acelerou a partir de 2020, vários especialistas passaram a indicar que as ações conhecidas como Soluções Baseadas na Natureza são as melhores e mais promissoras alternativas para se enfrentar desafios socioambientais da mudança climática, da perda de biodiversidade e da insegurança hídrica.

Dentre as soluções mais populares estão as ações relacionadas ao carbono fixado pelas florestas, oriundos da restauração, do manejo ou da proteção. Ao desenvolver ações que reduzam a emissão, que evitem a emissão ou que capturem carbono presente na atmosfera, geram-se créditos que podem ser comercializados.

E aqui percebe-se porque a quantificação da biomassa é um elemento fundamental para se garantir a credibilidade deste mercado. Ao comprar um crédito de carbono, associado à biomassa de uma floresta, deseja-se ter certeza de que este carbono está devidamente fixado e protegido! E isso pode ser uma ferramenta importante para garantir a preservação das nossas florestas: tê-las em pé, mantendo ou sequestrando o carbono, pode ser um bom negócio!

Informações: The Conversation.

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Estudo inédito aponta que Minas Gerais tem 15 milhões de hectares com potencial para projetos florestais

Minas Gerais dispõe de 15 milhões de hectares com aptidão para projetos florestais, dos quais 7 milhões podem ser para empreendimentos do tipo brownfield (utilização de florestas já existentes) e 15 milhões para projetos greenfield (novos plantios destinados à instalação de indústrias futuras). Esses dados foram apresentados no estudo inédito divulgado nesta última quinta-feira (10), durante o evento Florestas UAI, realizado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) — entidade que representa o setor de florestas plantadas no estado.

A pesquisa foi encomendada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e pela Invest Minas, sendo conduzida pelo Grupo Index. Para Adriana Maugeri, presidente da AMIF “este estudo é, sem dúvida, um divisor de águas, pois oferece um direcionamento claro para um crescimento ordenado, sustentável e inclusivo do setor, alcançando diversas regiões, perfis de produtores e segmentos”.

Atualmente, Minas Gerais possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, o que representa aproximadamente 25% da área total de plantações florestais do Brasil, além de 1,3 milhão de hectares de florestas preservadas. Esse setor movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano, gera mais de 300 mil empregos diretos e indiretos, e contribui significativamente para as exportações mineiras com produtos como celulose, papel e carvão vegetal sustentável.
Destaques

Além da grande disponibilidade de área, o estado se destaca por outros fatores que reforçam sua atratividade para investimentos: excelente disponibilidade hídrica, preços competitivos da terra, regime tributário diferenciado, uma cadeia de valor diversificada, e o fato de possuir a maior área plantada de eucalipto do país. A silvicultura está presente em 811 dos 853 municípios mineiros, evidenciando sua capilaridade e importância socioeconômica.

O estudo revela ainda que Minas Gerais oferece um dos melhores Valores de Terra Nua (VTN) do Brasil para fins florestais, com média de R$ 9,8 mil/ha, podendo chegar a R$ 2,8 mil/ha nas regiões mais promissoras — como o Norte, Noroeste e Central do estado. Esse cenário, aliado a um clima favorável, proporciona uma produtividade florestal competitiva, muitas vezes superior à de outros polos já saturados, projetando Minas como o novo destino estratégico para investimentos industriais florestais no Brasil.

Com a recente simplificação do licenciamento ambiental, que diminuiu o tempo para a autorização, e o aumento global da demanda por produtos sustentáveis, Minas se posiciona como protagonista na transição para uma economia verde. “O estudo vem em um momento oportuno e integra o programa Minas Invest+ Florestas, que organiza e centraliza as ações para desburocratizar e atualizar a legislação florestal do estado”, reforça a presidente da AMIF.

O diagnóstico recomenda a criação de políticas públicas focadas em quatro eixos: melhorias logísticas, aumento da produtividade florestal com apoio técnico e pesquisa, capacitação de mão de obra especializada, e ampliação dos benefícios fiscais para atrair novos investimentos. Posiciona Minas Gerais como uma das regiões mais promissoras para a indústria florestal no Brasil, destacando não apenas sua estrutura produtiva, mas também seu potencial competitivo no cenário nacional e internacional.

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Setor florestal se organiza para entender e enfrentar a taxação norte-americana sobre a madeira

“Ainda é cedo para comemorar”, diz presidente da APRE, que representa as  empresas de base florestal no Paraná, um dos maiores exportadores de madeira brasileira para os Estados Unidos

O setor da indústria de base florestal ainda está estudando os possíveis desdobramentos da nova política comercial anunciada pelo pelo governo dos Estados Unidos, taxando em pelo menos 10% os produtos brasileiros. “Mesmo não chegando aos 25% esperados, ainda é cedo para comemorar”, pontua o presidente da Associação Paranaense de Empresas da Base Florestal (APRE), Fábio Brun.

Presidente da Associação Paranaense de Empresas da Base Florestal (APRE), Fábio Brun.

Os impactos – como perda de mercado e aumento dos custos de produção – serão, a partir de agora, analisados de forma mais apurada, conforme a disponibilização progressiva de documentação oficial norte-americana. “Vamos nos debruçar sobre o tema buscando entender inclusive sua aplicação e prazos”, diz.  

A APRE acompanha o assunto desde o início a fim de auxiliar os  associados que têm relação comercial direta e indiretamente com os Estados Unidos. “Aqueles que se relacionam de forma direta são os que produzem no Brasil e enviam os seus produtos à base de madeira para lá. Na relação indireta estão os que produzem madeira para o mercado nacional, abastecendo indústrias que exportam produto acabado para os Estados Unidos”, diz o presidente. 

A APRE teme que – mesmo com a taxação de 10% – os custos acabem recaindo sobre a produção, tornando os produtos mais caros. “O que, no final das contas, é ruim para todos os envolvidos. Com o aumento dos valores do produto final, os importadores norte-americanos podem reduzir  a compra de madeira oriunda do Brasil, com risco de recessão e postergando investimentos”, salienta Brun.

O setor florestal seguirá atento, portanto, a três pontos cruciais para avaliar o momento: cotação do dólar, logística e custos de produção. “Caso o dólar se mantenha em torno dos R$6 (o dólar intraday nesta quinta-feira chegou a cair para R$ 5,60), conforme alguns especialistas estimam, temos chances de nos manter aquecidos e nos prepararmos melhor para o que virá. Incluindo tempo para buscar novos mercados”, diz. 

Dados do setor – Grande parte da madeira que vai para a construção civil norte-americana – entre elas compensado, madeira serrada e molduras de pinus – sai do Brasil e o Paraná é um dos maiores fornecedores. 

Segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), cerca de 40% dessa madeira é proveniente do Paraná e 40% de Santa Catarina. Dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) indicam que os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul representaram 86,5% do total exportado pelo Brasil, no último ano, aos Estados Unidos. 

Juntos, os três estados do Sul exportaram US$ 1,37 bilhão em produtos de madeira para os EUA. A APRE – do total de área plantada no Paraná – representa cerca de 50% das empresas do setor.

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