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Primeira colhedora de erva-mate no Brasil e os desafios no Rio Grande do Sul

Foi demonstrado nesta terça, 19, em Espumoso/RS, em Tarde de Campo na propriedade “Ervais do Futuro” de Ilo dos Santos, com a presença de parcerias, técnicos e produtores rurais. A região do Alto Uruguai também se fez presente através do Engº Agrº Valdir Zonin, supervisor regional da EMATER/RS-Ascar que também representou a ASPEMATE e do empresário Loreni Galon da Associação INDUMATE.

Projeto esse, com a finalidade de atender aos mercados do chá-mate e erva-mate para chimarrão, conta com as parcerias técnicas da Embrapa Florestas, Emater e Equipe Técnica da propriedade, além das parcerias do município. A produção própria é cultivada com 10 materiais genéticos da Embrapa, em sistemas adensados 0,50 m x 0,30m (para chás) e no sistema convencional 3,0m x 1,5m para o mercado convencional. Todo o cultivo possui irrigação por gotejamento.

Essa inovação tecnológica da colheita mecanizada já é bem difundida nos ervais da Argentina, no entanto é a primeira máquina a colher erva-mate em território brasileiro. “Traz benefícios como a rapidez na colheita, redução da mão de obra (tarefa) que hoje é escassa e de elevado custo em nossa região do Alto Uruguai. Por outro lado, são máquinas de alto custo, já que são importadas e com taxas e impostos de importação bastante elevados. Ainda não temos tecnologia gaúcha ou brasileira para colhedoras de erva-mate”, pontua Valdir Zonin.

Para o futuro da erva-mate gaúcha e no Alto Uruguai tem três grandes desafios:

1º – melhorar a organização do sistema da colheita, fazendo com que aumente a oferta de equipes de tarefa, as quais estejam organizadas no sentido de atender a demanda dos produtores, bem como as demandas legais sociais, trabalhistas, etc.;

2º – em caso de não atendermos a este primeiro desafio, nos resta o segundo, que é aperfeiçoar tecnologias gaúchas, ou de SC e PR, no sentido de adaptarmos tratores agrícolas traçados com plataformas de colheita de erva-mate, reduzindo seus custos, principalmente o de importação;

3º – na região, a colheita predominante é terceirizada, ou seja, o produtor vende a erva-mate não para a indústria, mas sim para o “atravessador”, o qual possui transporte e suas equipes de tarefa. Porém, em muitos casos, a margem de intermediação acaba sendo grande demais e o produtor recebendo muito pouco. Isto faz com que muitos ervais sejam erradicados e substituídos por culturas como a soja.  Isso não é bom para a cadeia produtiva, nem para as economias locais, reduzindo um ciclo importante que envolve: semente, mudas, plantios, tratos culturais, tarefa de colheita, transporte, indústria e comércio.

Informações: Jornal Bom Dia.

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Com investimentos estrangeiros, Paraguai quer transformar suas terras em ouro verde

País usa o Brasil como modelo e já atraiu US$ 325 milhões para desenvolver o setor florestal

De olho no crescimento do setor florestal do Brasil, que alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões em 2022, valor 6,3% maior em relação ao ano anterior, segundo o relatório anual de 2023 da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o Paraguai não quer ficar de fora desse mercado.

Esse foi um dos temas do evento “Investimento Florestal Sustentável: desafios e oportunidades para o Paraguai e região”, organizado pelo FMO, banco holandês de desenvolvimento empresarial que apoia o crescimento sustentável do setor privado em países em desenvolvimento e mercados emergentes. As discussões ocorreram nos dias 12 e 13 de novembro, em Assunção, na capital do país vizinho.

Rodrigo Maluff, vice-ministro da Rede de Investimentos e Exportações (Rediex), órgão do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai que busca aumentar a presença de produtos e serviços do país nos mercados internacionais, afirmou que o governo está comprometido em fortalecer o setor florestal como um motor chave da economia paraguaia.

Ele explicou que a Rediex tem trabalhado para entender as necessidades do setor privado e os projetos que devem ser implementados para acelerar o desenvolvimento das plantações florestais.

“Estamos mirando em obter cerca de 120 mil hectares por ano de plantações nos próximos anos, estabilizando-os a longo prazo”, disse ele. Teresa Farmaki, gerente da Astarte Capital Partners, gestora de ativos reais sustentáveis europeia, falou que o Paraguai tem atraído olhares de investidores neste setor. “Concluímos uma arrecadação de fundos de US$ 325 milhões (R$ 1,9 bilhão na cotação atual), que inclui 33 investimentos provenientes de 24 países e 5 continentes”, disse ela.

Teresa também lembrou que o capital institucional considera o setor florestal atraente por causa de seu foco na sustentabilidade e na geração de impacto positivo. “Os investidores institucionais têm uma visão clara dos mercados. Querem investir em áreas com propósito, rumo a um futuro sustentável”, afirmou.

Além disso, ela destacou que as florestas abordam dois grandes desafios: a captura direta de carbono e a produção de biomateriais, o que as torna uma solução para um futuro mais verde.

Oportunidades Para o Setor Florestal

Segundo Teresa, o Paraguai possui aspectos fundamentais para atrair mais investimentos ao setor.

  • A abertura e a receptividade para os investimentos;
  • O clima e o solo do país são ideais para o desenvolvimento florestal em larga escala, o que representa uma vantagem competitiva significativa para os investidores;
  • O impacto social direto dos investimentos florestais, um fator importante para atrair investidores institucionais, que valorizam as oportunidades de gerar emprego e desenvolvimento em áreas remotas.

Financiamento Para Alcançar os Objetivos

Gabriel Sensenbrenner, especialista sênior do setor financeiro do Banco Mundial, destacou a necessidade de um financiamento em grande escala para cumprir os objetivos sociais propostos pela instituição. “O financiamento deve estar em uma escala adequada para alcançar os objetivos sociais”, disse.

Esse enfoque, Sensenbrenner, não busca apenas aumentar a produtividade no setor florestal, mas também criar um impacto significativo nas comunidades rurais, promovendo empregos formais em zonas que dependem da pecuária informal.

O projeto no qual o Banco Mundial está trabalhando atualmente contempla um empréstimo de US$ 100 milhões (R$ 577,4 milhões), o que permitirá o plantio de mais de 100 mil hectares e a criação de 5 mil empregos diretos.

Além disso, ele lembra que o Banco Mundial está incentivando a participação dos atores menores, o que poderia levar a uma mudança positiva nas práticas do setor florestal. “Queremos promover práticas que permitam que os jogadores menores entrem no jogo.”

Os efeitos multiplicadores

Sensenbrenner falou da importância dos efeitos multiplicadores gerados por esse tipo de projeto, que não só impulsionam o crescimento do setor florestal, mas também atraem investimentos de bancos e fundos especializados.

Embora tenha reconhecido que a estrutura financeira no Paraguai ainda esteja em desenvolvimento em comparação com países como o Brasil, que já possuem sistemas de fundos mais sofisticados, ele ressaltou que o progresso está em andamento. “Estamos melhorando para que esses efeitos multiplicadores sejam uma realidade e possamos alcançar o sucesso desses projetos”.

Informações: Forbes.

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Secretaria de Agricultura de SP promove desenvolvimento regional com a sustentabilidade do ILPF

Na maior feira da cadeia produtiva da carne, o governo paulista avançou no incentivo à implementação dos sistemas integrados de produção

Incentivando o aumento da produtividade sustentável do setor de carne paulista, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP leva à Feicorte 2024 espaços físicos e virtuais demonstrando a integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF), estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, otimizando o uso da terra, elevando produtividade e qualidade e diversificando a produção.

“Nossa parceria com a Rede ILPF ajudará os produtores paulistas a produzirem mais alimentos e melhorarem a produtividade, gerando maior distribuição de renda. Com segurança jurídica no Pontal do Paranapanema, iniciaremos um novo ciclo de desenvolvimento sustentável para o oeste paulista”, afirmou o secretário de Agricultura, Guilherme Piai.

O espaço ILPF na Feicorte, que ocorre em Presidente Prudente, até o dia 23 de novembro, conta com ambientes de interação, como a imersão em uma fazenda com integração-lavoura-pecuária-floresta por meio de realidade virtual, além de contar com a presença de empresas associadas divulgando projetos e recebendo clientes e parceiros.

Também há uma área demonstrativa de 2.000m² do sistema ILPF, disponível para visitação do público durante a feira. O espaço demonstra as possibilidades de trabalho com os componentes deste sistema, com exposição de tecnologias e soluções, no âmbito das ações realizadas pela CATI no Programa Integra SP Agro junto à Rede ILPF − parceria público-privada formada por empresas da iniciativa privada e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o objetivo de contribuir para o aumento da produtividade agrícola de forma sustentável.

Integra Pontal

A 1ª edição da Feicorte em Presidente Prudente levou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento a firmar, na abertura da Feicorte 2024, um protocolo de intenções com a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) para a criação do programa Integra Pontal.

Com a presença do governador de SP, Tarcísio de Freitas, durante a abertura da feira, o governo de SP deu mais um passo para promover regularizações ambientais e fundiárias, garantindo segurança jurídica na região. “Vamos gerar um novo ciclo de desenvolvimento sustentável no Pontal do Paranapanema, gerando prosperidade para o produtor rural”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.

Rede ILPF

Formada pela parceria público-privada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Bradesco, a Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano e Timac Agro, a Rede ILPF promove os sistemas integrados de produção − Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) − como uma solução sustentável e lucrativa para agropecuária brasileira.

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Conheça os números do setor madeireiro de Mato Grosso

Em 2023 estado produziu 2,1 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, avaliados em R$ 498,1 milhões; setor florestal é reconhecido por promover práticas eficientes e ambientalmente responsáveis

Mato Grosso é o segundo maior estado produtor de madeira nativa da Amazônia. O setor de base florestal desempenha um papel essencial na economia de diversos municípios. Em 2023, 75 dos 142 municípios do estado produziram 2,1 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, avaliados em R$ 498,1 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, as exportações de produtos florestais locais geraram US$ 47,1 milhões entre janeiro e agosto, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O setor florestal emprega 12.712 pessoas, representando 9,8% do total da indústria de transformação do estado, além de ter o quarto maior número de empregos entre as indústrias desse segmento. Existem 1.188 estabelecimentos dedicados à produção florestal, dos quais 795, ou 66,9%, são microempresas, incluindo 609 serrarias.

Os produtos madeireiros são destinados a atender a demanda da construção civil e moveleira, entre outras aplicações, tanto no mercado interno como internacional. A ampliação do acesso dos produtos florestais de Mato Grosso a mercados consumidores, tanto internos quanto externos, está avançando gradualmente, afirma Ednei Blasius, presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). Em 2024, empresários do setor participaram dos principais eventos nacionais e internacionais em São Paulo e na França.

Em 2023, as indústrias madeireiras do estado realizaram negócios com 61 países, resultando em exportações de produtos florestais que somaram US$ 104,6 milhões. Os principais destinos das exportações foram os Estados Unidos (US$ 16,7 milhões), Índia (US$ 13 milhões) e China (US$ 11 milhões). Entre os produtos exportados, destacam-se a madeira bruta, serrada e perfilada (MDIC).

No primeiro trimestre de 2024, as vendas alcançaram US$ 18,3 milhões, com a exportação de 16,6 mil toneladas de madeira, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Isso posiciona Mato Grosso como o quarto maior exportador de madeira do Brasil.

Os principais municípios produtores de tora extraída de áreas com Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) são Colniza, que ocupa o 1º lugar com 425 mil m³, seguido por Aripuanã em 2º lugar com 310 mil m³, Juara em 3º lugar com 150 mil m³, e Juína em 4º lugar com 145 mil m³. Em nível nacional, esses quatro municípios de Mato Grosso estão posicionados, respectivamente, em 4º, 6º, 13º e 14º lugares entre os 20 maiores fornecedores de madeira extraída de florestas nativas.

O setor florestal desempenha um papel significativo nas exportações dos municípios de Mato Grosso. Em Juína, as exportações de madeira serrada alcançaram US$ 241 mil, o que equivale a 33% da receita total de exportações do município nos primeiros oito meses de 2024. Em Colniza, as espécies nativas da madeira representam 90% das exportações, totalizando os US$ 7,2 milhões no mesmo.

O município de Aripuanã faturou US$ 8,91 milhões com as exportações de madeira perfilada, representando 12% do total de suas exportações. Já o município de Juara exportou madeira serrada, somando US$ 164 mil nos primeiros oito meses de 2024.

O setor de base florestal é reconhecido por promover práticas eficientes e ambientalmente responsáveis por meio do manejo sustentável, Mato Grosso possui 5,025 milhões de hectares de florestas manejadas e conservadas, com uma produção de 7 milhões de metros cúbicos de madeira em 2022, além de arrecadar R$ 66 milhões em impostos. O setor contribui com a economia do estado, gerando receitas significativas em diversos municípios e empregos. O sistema de rastreamento da produção florestal (Sisflora 2.0) é considerado um dos mais eficientes do mundo, assegurando a procedência e a legalidade dos produtos.

As indústrias madeireiras enfrentam desafios na exportação de seus produtos, recentemente uma reunião dos sindicatos madeireiros discutiu opções para melhorar o comércio internacional de madeira, incluindo a análise de novas rotas portuárias com base em um estudo de viabilidade técnica e econômica. As indústrias madeireiras no estado de Mato Grosso enfrentam desafios de exportação devido a atrasos no desembaraço de contêineres causados pela falta de técnicos do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nos portos marítimos.

De acordo com o CIPEM essas ineficiências portuárias continuam afetando as indústrias exportadoras de madeira mesmo após o fim da greve nacional dos funcionários do IBAMA, que durou 40 dias neste ano, resultando em prejuízos para os exportadores devido ao acúmulo de embarques interrompidos e ainda criticou a cobrança de taxas portuárias durante o período de greve.

Um estudo da Fiemt, encomendado pelo Cipem, sugere alternativas como a internacionalização a partir do Porto Seco de Cuiabá, que pode reduzir o tempo de aprovação por órgãos reguladores e o prazo de embarque. O Porto Seco oferece 60 dias de armazenagem gratuita, mas seus custos ainda são superiores aos da logística convencional. Outra alternativa envolve o uso do Porto Seco em combinação com o transporte ferroviário em direção ao Porto de Santos, em São Paulo. A terceira opção estudada é a exportação via Redex (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação).

O estudo também identifica desafios, como a falta de técnicos do Ibama nos portos, levando à criação do Comitê da Crise dos Portos, em parceria com a Fiep, conforme afirmou Fernanda Campos, superintendente da Fiemt.

O setor florestal enfrenta desafios significativos na exportação de seus produtos e, além disso, por falta de conhecimento, sua imagem é frequentemente associada à exploração ilegal de madeira, o que agrava a percepção negativa do “produto madeira” como um todo e limita o potencial de crescimento do setor.

Esse cenário reforça a necessidade urgente de políticas florestais nacionais que promovam a sustentabilidade e fortaleçam o desenvolvimento do setor.

Para superar essas dificuldades, é crucial promover um entendimento mais profundo sobre o manejo florestal sustentável e a cadeia produtiva da madeira de florestas nativas, com abordagem sobre os aspectos socioeconômico e ecológico, que aplica a ciência e engenharia florestal em favor das florestas, visando gerar riqueza, proteger o meio ambiente e mitigar mudanças climáticas. Além disso, que proporciona emprego e renda para os estados amazônicos, oferecendo uma alternativa valiosa para preservar a floresta frente ao desmatamento ilegal.

Essas iniciativas serão fundamentais para que os produtos florestais de Mato Grosso acessem novos mercados e fortaleçam sua posição no cenário global.

Cícero Ramos é vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais e Coordenador das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF) 2024.

Informações: Compre Rural.

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Oportunidade: feirão de empregos da Eldorado Brasil acontece neste sábado (23) em Água Clara, MS

Com 60 vagas disponíveis para diversas funções, os interessados devem comparecer no local portando os documentos pessoais, incluindo RG, CPF e carteira de trabalho

A Eldorado Brasil Celulose realizará no próximo sábado, 23 de novembro, um mega Feirão de Empregos na cidade de Água Clara, MS, oferecendo uma grande oportunidade para quem busca uma colocação no mercado de trabalho. O evento acontecerá das 8h às 17h no Ginásio de Esportes da cidade, localizado na Avenida Luiz Fiuza Lima, no Jardim Nova Água Clara.

A escolha de realizar o evento em um sábado tem como objetivo atender o público que não consegue comparecer durante a semana, garantindo mais acessibilidade ao processo seletivo.

Ao todo, serão disponibilizadas 60 vagas para as seguintes funções:

·         Operador(a) de colheita trainee;

·         Operador(a) de colheita;

·         Operador(a) de grua móvel;

·         Operador(a) de máquinas especiais;

·         Operador(a) de trator;

·         Mecânico(a) trainee;

·         Mecânico(a);

·         Motorista;

·         Ajudante florestal;

·         Auxiliar de cozinha;

O processo seletivo da Eldorado Brasil é transparente e aberto a todos os profissionais, independentemente de raça, cor, gênero ou necessidades especiais. Para participar, é necessário levar documentos pessoais, como RG, CPF e carteira de trabalho.

Além das oportunidades de emprego, o evento contará com atividades recreativas para as crianças, incluindo cama elástica, pipoca e algodão-doce.

SERVIÇO

Água Clara – MS
Dia 23 de novembro (sábado)
Local: Ginásio de Esportes de Água Clara
Endereço: Avenida Luiz Fiuza Lima – Jardim Nova Água Clara
Horário: 8h às 17h

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Bracell confirma investimento de US$ 4 bilhões em fábrica de celulose em MS

Unidade em Água Clara (MS) terá capacidade de produzir 2,8 milhões de toneladas e gerar até 13 mil empregos

A Bracell, empresa do grupo indonésio RGE, confirmou o investimento de US$ 4 bilhões para a construção de uma nova fábrica de celulose no município de Água Clara, em Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito durante o Fórum Empresarial Brasil-Indonésia, realizado no Rio de Janeiro no último domingo (17).

A unidade, que terá capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano, está localizada a 15 quilômetros do centro urbano de Água Clara e promete gerar até 13 mil empregos, sendo 10 mil durante a construção e 3 mil na operação.

O processo de licenciamento ambiental já foi iniciado, com previsão de conclusão do estudo até fevereiro de 2025. Esse é mais um grande investimento no setor de celulose em Mato Grosso do Sul, que se consolidou como um dos principais polos desse segmento no Brasil.

O governador do Estado, Eduardo Riedel, destacou a importância da parceria com a Bracell e enfatizou os benefícios econômicos para a população local. “Estes novos investimentos vão gerar empregos e melhorar a renda dos cidadãos de Mato Grosso do Sul”, afirmou Riedel.

Mato Grosso do Sul: o “Vale da Celulose”

Mato Grosso do Sul já é reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, respondendo por 24% da produção nacional do setor. O Estado possui a segunda maior área cultivada de eucalipto do Brasil e ocupa o primeiro lugar na produção de madeira em tora para a fabricação de papel e celulose. Além disso, é vice-líder em área plantada com árvores, atrás apenas de Minas Gerais.

A cadeia produtiva florestal em MS é responsável por mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. O Estado conta com quatro fábricas de celulose em operação e já anunciou a construção de outras duas unidades, incluindo a da Bracell, que será a sexta planta no Estado.

Ambiente favorável aos negócios

Esse crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul é resultado de um ambiente positivo de negócios criado pelo Governo Estadual. A combinação de incentivos fiscais, infraestrutura de logística e o apoio a novos empreendimentos contribuem para atrair grandes investimentos como o da Bracell, que se junta a outras multinacionais que apostam na região como polo industrial.

Informações: MS TODO DIA.

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“Conciliação na Eldorado pode trazer investimento considerável em celulose e ferrovias”, diz governador Eduardo Riedel

Grupo J&F pretende adquirir participação da Paper na Eldorado e realizar investimento de R$ 25 bilhões que vinha sendo travado pela empresa sino-indonésia

Na segunda-feira (18), uma audiência de conciliação realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe avanços nas negociações entre a J&F Investimentos e a Paper Excellence, envolvendo a Eldorado Brasil Celulose, embora um acordo definitivo ainda não tenha sido alcançado. Sob condução do ministro Kassio Nunes Marques, o encontro marcou um novo capítulo no litígio que se estende há sete anos e que tem travado um plano de expansão da Eldorado estimado em R$ 25 bilhões. A J&F propôs adquirir a participação da Paper, medida que poderia desbloquear esse investimento substancial.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), destacou a relevância desse possível acordo para o estado e para o país. “O Estado de Mato Grosso do Sul é hoje uma nova fronteira de desenvolvimento e crescimento econômico do país. A gente acompanha essa possibilidade de conciliação com a expectativa de que o resultado seja positivo para o Mato Grosso do Sul e o Brasil, uma vez que há possibilidade de um investimento considerável na expansão da planta de celulose da Eldorado, bem como no modal ferroviário para escoamento da produção”, afirmou Riedel à reportagem do Brasil 247.

A proposta da J&F para adquirir a participação da Paper Excellence foi confirmada em nota oficial. A empresa declarou estar “pronta e com recursos disponíveis para fazer uma proposta pela totalidade das ações detidas pela Paper Excellence na Eldorado por um valor de mercado, que garanta alta rentabilidade para seu investimento e liberte a Eldorado do litígio promovido há sete anos pela empresa estrangeira, possibilitando a retomada dos investimentos e da geração de empregos”.

Histórico do Litígio e Intervenções

O conflito começou em 2017, quando a Paper adquiriu 49,41% da Eldorado, enquanto a J&F manteve 50,59%. No entanto, a Paper não obteve as autorizações necessárias do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Congresso Nacional, resultando na anulação do contrato pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), decisão mantida pelo STF. A situação foi agravada pelas acusações de má-fé processual, levantadas por Nunes Marques.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também interveio, suspendendo os direitos de voto da Paper na Eldorado por considerar que a empresa agia de forma anticompetitiva, o que dificultava a expansão da companhia e ameaçava a concorrência no setor de celulose.

Impactos Potenciais e Benefícios Econômicos

Segundo Wesley Batista, acionista da J&F, a expansão da Eldorado, que incluiria a construção de uma nova linha de produção, poderia aumentar a capacidade da empresa de 1,8 milhão para 4,4 milhões de toneladas anuais, gerando cerca de 10 mil empregos durante a fase de construção e 2 mil na operação. O projeto também prevê uma ferrovia de 90 quilômetros, ligando Três Lagoas a Aparecida do Taboado, fortalecendo a infraestrutura regional, como também destacou o governador Eduardo Riedel.

O prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro, também destacou o potencial de desenvolvimento que o acordo poderia trazer. “O impacto será totalmente positivo tanto para o município quanto para o estado. Serão novas vagas de emprego para a população e desenvolvimento humano e financeiro para todos”, disse Guerreiro à reportagem do Brasil 247, apontando a importância de um desfecho que beneficie o crescimento sustentável da cidade e da região.

Expectativas para o Futuro

A continuidade das negociações no STF pode sinalizar uma solução iminente que destrave os investimentos, consolidando a posição do Brasil como um dos principais exportadores de celulose no mercado global. Para Riedel, além de fomentar a economia, um acordo trará novos empregos e uma infraestrutura ampliada que atrai outros investimentos. “E novos investimentos consequentemente geram novos empregos, novas oportunidades, melhoram a renda, e aportam na ampliação da capacidade de escoamento, na atração de outros players, novas moradias, enfim, uma gama de serviços que vem atrelada ao desenvolvimento”, concluiu o governador.

Informações: Correio de Corumbá.

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Pode outra profissão substituir o engenheiro florestal no manejo florestal sem prejuízo ao meio ambiente?

*Artigo de Cícero Ramos

Mais de 250 anos de ciência florestal se passaram desde que o saxão Hans Carl von Carlowitz criou o tema “sustentabilidade” para a produção perpétua das florestas. No Brasil, há 64 anos foi criado o curso de Engenharia Florestal. Esse curso é uma invenção nacional? Ele pode ser substituído por outra formação?

Respondendo a primeira pergunta, não, o curso já existe há vários anos nos principais países do mundo, como principalmente a Alemanha, Áustria, Estados Unidos, França, Suécia, dentre outros. Quase uma década antes do Brasil, a Colômbia, o Chile e a Argentina, já tinham, na América Latina, criado também seus cursos de engenharia florestal que surgiram por meio interferência da Sub-Comissão sobre Florestas Inexploradas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), isso ocorreu devido à importância ambiental e econômica das florestas nativas no pós-guerra, buscando a produção de produtos florestais como madeira e energia.

Por que criaram um curso com especialização tão focada, tão específica, outros cursos não cobririam estas necessidades? Já agora respondendo a uma segunda questão, recursos abundantes e ecossistemas florestais diferenciados, recomposição de florestas, técnicas de regeneração e plantio, manutenção de habitas, alternativas de uso do solo, previsões de produção em floresta, produtos não madeireiros oriundos da floresta, manutenção de florestas, necessidades econômicas, dentre outras variáveis heterogenias, clamavam, como clamaram antes na Europa, por alternativas técnicas e ciências que pudessem responder de forma organizada há estas questões que variavam de ambiental a econômica.

A engenharia florestal contribuiu para os avanços no Código Florestal de 1965, que aperfeiçoou o Código de 1934, incluindo a proibição da exploração empírica das florestas primitivas da região amazônica, que só poderiam ser exploradas mediante planos técnicos de condução e manejo.

Em que pese a legislação, de forma bem intencionada, tentar simplificar as normas para o manejo de florestas naturais (esse é o tema que abordaremos aqui), e isso é compreensível, continuam subjacentes as necessidades de conhecimentos técnico-científicos para elaboração e execução dos planos de manejo.

Por exemplo: O engenheiro florestal precisa saber o ambiente ideal para a regeneração natural de determinada espécies, e também se algum tratamento silvicultural adicional será necessário. 

O engenheiro florestal precisa saber planejar e calcular a rede ideal   de estradas, pátios e trilhas de arraste visando menor dano ambiental e com menor custo. Precisa conhecimentos de exploração de impacto reduzido. Precisa entender e combinar rede de estradas e arraste com menor dano as áreas de preservação permanente (APP).

Precisa conhecimento sólidos de estratificação das diferentes tipologias e sub-tipologias, e sua combinação de espécies florestais para um melhor lançamento amostral estatístico, o qual não comprometa a regeneração da floresta quando explorada.

Além disso, precisa saber identificar a qualidade, sanidade e potencial dos fustes a serem manejados e quais devem ficar como árvores matrizes ideais.

O engenheiro florestal precisa estudar a capacidade suporte da floresta a ser manejada e qual a intensidade de exploração que deve ser utilizada de maneira a que não ponha em risco a sustentabilidade da mesma. A floresta, e dentro dela, todas a suas espécies, possuem uma “faixa de variação ótima” na sua curva de desenvolvimento e formação. Retiradas que perturbem esta faixa de variação, implicarão no “ponto de não retorno” mencionado por especialistas e seguidamente mencionado na mídia.

O engenheiro florestal precisa saber monitorar a floresta em exploração. Para isso não são suficientes a correta instalação de parcelas permanentes, mas saber calcular sua intensidade ideal, e mais que isso, interpretar seus resultados a luz das informações das fases sucessionais da floresta.

Quais classes diametricas merecem abertura para luminosidade? E para qual espécie? E em que intensidade? Como está a estrutura da floresta? Os ciclos de corte estarão adequados? Quando ela estará produtiva de novo? Já pode haver uma reentrada no talhão? Como pleitear isto junto aos órgãos ambientais? Quais medidas mitigadoras devem ser utilizadas no caso de impactos imprevistos?

Com o advento da preocupação ambiental, várias profissões passaram a opinar sobre o meio ambiente de forma caótica. Sem uma direção clara. Isso foi tomando proporções maiores sem a ação corretiva das instituições responsáveis. A questão, é que já havia uma formação que permitia trabalhar com as florestas naturais de formas produtiva, quando necessário. Afinal, o manejo florestal, é bom lembrar, é o único uso do solo que mantém a cobertura florestal. Grandes cientistas do passado, como Carlowitz,  Hartig, Cotta, Liocourt, Brandis, Odum, Osmaston, Whitmore, Dawkins, mais recentemente, Natalino Silva, dentre vários,  já tinham pensado o uso das florestas naturais de forma sustentável e estes conhecimentos encontram-se TODOS dentro do Curso de Engenharia Florestal.

O manejo de florestas naturais está alinhado com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente nos objetivos 8, 12, 13, 15 e 17. Esses objetivos buscam aumentar a produtividade e preservar a cobertura florestal, ao mesmo tempo que promovem a conservação dos ecossistemas, a biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas e geram emprego e renda nos estados amazônicos, oferecendo uma alternativa viável ao desmatamento ilegal.

Em função do exposto, o engenheiro florestal precisa saber identificar as áreas de ocorrência principal das espécies e diferenciar das ocasionais e identificar o risco local de determinada espécie, se esse for o caso. Ele também precisa entender de modelos matemáticos de crescimento e volume de madeira, ajustar equações hipsométricas.  Combinar variáveis dendrométricas com ambientais.

Por outro lado sabemos, que todas estas preocupações não utilizam talvez até o momento, 20 ou 30% do aporte e estoque cientifico que a Engenharia Florestal possui. Mas ela possui!!! E só ela está qualificada a enfrentar os novos desafios que surgirão quando das necessidades já em discussão sobre o aperfeiçoamento do manejo se tornarem mais fortes. Manejo de precisão, manejo por espécie são novos desafios! A ciência não para! Embrapa, INPA, faculdades, continuam apresentando sugestões de modernização do manejo. Mais e mais especialistas com sólida formação e Ciência Florestal serão necessários. Novos protocolos de manejo estão sendo desenvolvidos.

Para compor a Ciência Florestal são necessárias várias disciplinas, entre as principais, resumiríamos: Ecologia Florestal, Botânica florestal, Dendrologia, Entomologia Florestal, Dendrometria, Colheita florestal, Inventário Florestal, Economia Florestal, Estradas Florestais, Silvicultura e tratamentos silviculturais, Tecnologia da madeira, Melhoramento Florestal, Estatística florestal, e muitas outras as quais fecham numa disciplina que une todos estes pontos: o Manejo de Florestas Naturais.

Transferir a responsabilidade técnica e científica para profissionais sem a devida qualificação seria irresponsável. O conhecimento das normas de uma operação médica não torna o indivíduo capacitado a operar em nome do cirurgião que estudou para isso e conhece os meandros do corpo humano.  Repetimos, subjacente a norma, existe a necessidade do conhecimento da ciência. 

Quem se responsabiliza por autorizar a outrem o direito a manejar os recursos florestais se responsabilizará por previsíveis danos ambientais e econômicos que ocorrerem no futuro? Fica a pergunta.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

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Exclusiva – Genética avançada ArborGen garante ganhos e multibenefícios no cultivo de pinus e eucalipto  

Empresa se consolida como líder na comercialização de mudas desenvolvidas por meio de estudos avançados e ciência de ponta, e expande operações no Brasil; há novidades para serem lançadas no mercado já em 2025; saiba mais

Atendendo aos principais players do setor florestal, a ArborGen (www.arborgen.com.br) está presente no Brasil há 20 anos semeando inovação genética, e há 10 anos atuando na comercialização de mudas de pinus e eucalipto por meio de ciência de ponta, se consolidando como líder mundial em genética avançada no segmento. Presente em sete estados do país, a empresa expandiu recentemente suas operações na região Nordeste, com a aquisição de um novo viveiro em Teresina, no Piauí, aumentando sua capacidade interna de produção para aproximadamente 94 milhões de mudas por ano. 

Desde o início de suas operações comerciais em 2014, mais de 700 milhões de mudas foram expedidas. Os últimos três anos destacam-se como os mais expressivos, representando mais de 70% do total comercializado, refletindo o crescimento acelerado e os investimentos estratégicos da empresa no setor. Em termos de comparação, considerando um espaçamento padrão de 3×3 metros, esse número de mudas seria suficiente para cobrir uma área de 630 mil hectares, demonstrando o impacto significativo da ArborGen no mercado florestal.

E não para por aí: para o próximo ano, a empresa planeja o lançamento de novos materiais genéticos, que estão em fase final de estudos, e também a validação de materiais já antes explorados, que serão disponibilizados em escala comercial.

Com DNA de inovação e atenta às necessidades do mercado, a ArboGen Brasil agrega com sua expertise e inovação no cultivo de mudas e no atendimento de seus clientes, visando qualidade e diferenciais inigualáveis que contribuem significativamente para o desenvolvimento do setor florestal no país.

Diferenciais & Ganhos

Com uma silvicultura adequada, o produtor pode agregar ganhos diretos no produto final. Algumas características que a ArborGen busca em seus materiais genéticos:

  • Celulose e papel: maior produção em toneladas de celulose/ha;
  • Produção de carvão: maior produção de carvão em toneladas/ha;
  • Geração de energia: maior poder calorífico/ha;
  • Serraria: desbastes precoces, maior volume de toras/ha, melhor aproveitamento das toras na serraria;
  • Redução do teor e alteração do tipo de lignina;
  • Aumento de crescimento;
  • Alteração da qualidade da madeira (maior densidade básica e tolerância à seca).

Prospecção 

O mercado florestal cresce e aponta alta demanda por mudas nos próximos anos. Novos megaempreendimentos no ramo de papel e celulose estão sendo construídos, enquanto outros se alinham para despontar, gerando investimentos na ordem de bilhões e elevando o país a se tornar um polo mundial nos segmentos. E para atender essa demanda, a ArborGen vem se preparando a cada ano, investindo em inovação, tecnologia, parcerias para os cultivos, bem como novas aquisições, como foi o caso do novo viveiro da empresa, adquirido recentemente no Piauí, expandindo sua presença na região.

O novo viveiro possui uma capacidade de produção anual de aproximadamente 15 milhões de mudas de eucalipto, com a possibilidade de expansão para 18 milhões com um investimento mínimo. Com essa aquisição, a capacidade interna de produção da ArborGen Brasil será ampliada para aproximadamente 94 milhões de mudas por ano, sendo 77 milhões de mudas de eucalipto e 17 milhões de mudas de pinus.

Novo viveiro em Teresina (PI).

O Mais Floresta (www.maisfloresta) falou com Murici Carlos Candelaria, Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da ArborGen Brasil, que explicou um pouco mais sobre os processos inovadores em genética avançada da empresa dos quais a torna líder no segmento.

Mais Floresta – Quais os três principais materiais de eucalipto e pinus que têm garantido os melhores resultados para clientes ArborGen, e quais os seus diferenciais? 

Murici Carlos – Como atendemos todo o Brasil, os materiais de destaque para a ArborGen são aqueles que apresentam uma alta plasticidade em termos de produtividade, adaptação climática, resistência a pragas e destino de uso.   Nessa linha, temos destaque para três materiais de eucalipto o GG2808, GG2673, GG1923, IPB58 e IPB62. Enquanto no pinus podemos destacar as Famílias de pinus taeda de polinização controlada como AGM22 e AGM37 e de polinização aberta como AGOP88 e AGOP89além do material originário da Argentina o HSCC.

  • GG2808, GG2673 e GG1923 – Esses materiais têm se destacado pela sua alta plasticidade, sendo recomendado em diversas regiões. Em todos os nossos experimentos, apresentam desempenho superior em comparação com materiais de referência. Em especial o GG2808 tem uma característica de rápido fechamento de copa proporciona um excelente controle de mato-competição, impactando no manejo. Ambos os materiais apresentam densidade básica acima de 500 kg/m³, são opções robustas e versáteis, ideal tanto para a produção de celulose quanto para o uso em biomassa.
  • IPB62 e IPB58 – Também se destacam pela alta plasticidade e adaptabilidade, sendo escolhas confiáveis para diversas regiões produtivas. Já em uso comercial, continuam em validação em regiões ainda não explorados, e assim como o GG2808, GG2673 e GG1923, tem demonstrado excelente performance, superando consistentemente os materiais de referência. Uma característica marcante do IPB62 é o rápido desenvolvimento em diâmetro (DAP), aliado a uma alta eficiência no uso de água. É uma opção versátil para a produção de biomassa e celulose.
  • AGM22 – O AGM22 provém de um nível elevado de melhoramento, pois é um cruzamento controlado, com pais altamente produtivos. Esse material, possui como característica principal a produtividade alta e copa estreita com galhos finos. Para explorar todo potencial genético dessa família, é crucial plantar em solos profundos com alta capacidade nutricional.
  • AGM37 – Outro material elite, também é obtido através de polinização controlada, o AGM37 possui produtividade similar ao anterior, ideal para quem possui manejo com desbastes. Esse material, necessita também de solos ricos em nutrientes, mas é considerado mais plástico do que a família anterior.
  • AGOP88 e AGOP89 – Materiais de polinização aberta possibilitando uma maior variabilidade. Essas famílias são amplamente vendidas em todas as regiões do Sul do Brasil. Possuem características excelentes para quem necessita trabalhar a floresta para um ciclo acima de 14 anos, em função da retidão de fuste, galhos mais finos e copa mais estreita.
  • HSCC – Esse material é proveniente de um mix de famílias de polinização aberta e foi desenvolvido pela Bosques Del Plata. Vem se destacando pela alta capacidade produtiva e arranque inicial da floresta. Solos profundos proporcionam o um sítio ideal para desenvolvimento. Também é recomendado para quem realiza manejo com desbastes ao longo de todo o ciclo.   

Mais Floresta – Há algum novo projeto/clone que a empresa está desenvolvendo e que esteja prestes a ser lançado no mercado? Se sim, qual seria, e o que diferencia esta espécie das outras?

Murici Carlos – Sim, com a reestruturação do setor de pesquisa, estamos planejando novos projetos visando atender e beneficiar nossos clientes, além da comercialização de materiais genéticos. Com nosso programa de melhoramento ativo, estamos em fase final de seleção para o lançamento de novos materiais genéticos em 2025, entre as novidades temos o GG3362, material de destaque em nossos experimentos em diversas regiões, além disso, trabalhamos com a validação de materiais já antes explorados, como o caso do IPB22, que será disponibilizado em escala comercial em 2025.

Mais Floresta – O que se espera em alcance de resultados com este novo projeto?

Murici Carlos – Com este novo projeto, esperamos alcançar resultados significativos em termos de otimização e eficiência para nossos clientes. O sistema tecnológico desenvolvido visa proporcionar um suporte completo ao longo de todo o ciclo de produção florestal, desde a alocação clonal até a colheita final. Com isso, esperamos não apenas melhorar a produtividade e a qualidade das florestas plantadas, mas também aumentar a previsibilidade e a consistência dos resultados, permitindo um manejo mais eficiente, com redução de custos e maior rentabilidade. Além disso, o projeto reforça nosso compromisso em oferecer soluções inovadoras e de longo prazo, estreitando ainda mais a parceria com nossos clientes.

Murici Carlos – Quais processos são envolvidos para criar um novo clone de eucalipto na ArborGen?

Murici Carlos – Seguimos os passos de um programa de melhoramento genético clássico, com definição da estratégia, implementação de teste de progênie, teste clonal e teste clonal ampliado. Ao contrário de muitas empresas do setor que utilizam seu material genético apenas para plantios internos, a ArborGen comercializa seus clones para clientes em diversas regiões. Isso aumenta nossa responsabilidade no processo de validação, pois precisamos garantir que cada novo clone ofereça resultados consistentes e superiores nas mais variadas condições de cultivo. Nosso compromisso com qualidade e desempenho inclui rigorosos testes em diferentes ambientes e a aplicação de técnicas avançadas de avaliação e controle de qualidade, assegurando que apenas os melhores materiais sejam lançados no mercado.

Mais Floresta – O que contribui para os diferenciais em genética avançada ArborGen?

Murici Carlos – Os diferenciais em genética avançada da ArborGen são impulsionados por nossa abordagem integrada, que combina tecnologias de ponta com um programa de melhoramento genético robusto e contínuo. Investimos em pesquisa e inovação, utilizando ferramentas modernas, que nos permite identificar e selecionar os melhores materiais genéticos com precisão. Além disso, contamos com uma ampla rede experimental em mais de 20 estados brasileiros, o que nos permite validar e testar nossos materiais em diferentes regiões e condições ambientais. Esse extenso programa de validação em campo garante que nossos materiais sejam altamente produtivos, resistentes e adaptáveis. A combinação desses avanços tecnológicos e a forte presença no território nacional nos permitem oferecer materiais de eucalipto e pinus que atendem às necessidades específicas de nossos clientes, garantindo soluções eficientes e de alto desempenho.

Mais Floresta – Quais as expectativas do mercado florestal de mudas para os próximos anos? E o que representa este momento para a empresa, com a aquisição do novo viveiro no Piauí?

Murici Carlos – Estamos com uma ótima expectativa para os próximos anos pensando que cada vez mais os materiais ArborGen vem se consolidando no mercado florestal. Nosso objetivo é aumentar nossa participação no mercado com fornecimento de árvores com desempenho superiores que beneficiam a indústria florestal. Hoje já temos um portfólio amplo com Materiais Genéticos comerciais de excelente performance no campo, e com o programa de melhoramento genético em um futuro próximo iremos aumentar ainda mais a diversidade de Materiais Genéticos espalhados em todo o Brasil para atender particularidades de cada região.

Uma nova etapa para a ArborGen foi a aquisição e conquista do novo viveiro no Piauí, isso representa um avanço muito grande em expansão no fornecimento de materiais Genéticos superiores no Nordeste e Norte, uma região com enorme potencial florestal e pronto para receber inovações que impulsionem o aumento da produtividade florestal na região, e nós da ArborGen estamos prontos para contribuir com esses resultados. 

Mais Floresta – Atualmente, quais as linhas de clones que comercializam em maior escala, e que têm dado mais resultados para a ArborGen nos últimos anos, e por quê?

Murici Carlos – Os clones das linhas GG e IPB são os grandes destaques do nosso portfólio, com excelente aceitação no mercado devido à sua alta produtividade, qualidade da madeira e ampla adaptabilidade em diferentes regiões de plantio. A diversidade e robustez desses materiais permitem atender diversas demandas dos clientes, garantindo sempre opções de alto desempenho e resultados consistentes no campo.

Para obter mais informações visite www.arborgen.com.br, e siga a ArborGen Brasil nas redes sociais:

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Armac mostra soluções para operações florestais em encontro internacional na Bahia

Evento em Salvador reuniu pesquisadores e empresas do segmento para discutir avanços tecnológicos

Barueri, 19 de novembro de 2024 – A Armac, referência nacional em prestação de serviços especializados e complexos e locação de equipamentos, foi o destaque entre os prestadores de serviço do 1º Encontro Internacional de Colheita e Logística Florestal da América Latina, realizado de 12 a 14 de novembro, em Salvador (BA).

O encontro, que tem como um dos organizadores a UFV (Universidade Federal de Viçosa), teve palestras, mesas redondas, painéis e apresentações sobre inovações e novas tecnologias em colheita e logística florestais e conservação de vias e estradas para transporte e escoamento destas produções.

“O evento reuniu grandes acadêmicos e estudiosos especializados em operações florestais e as maiores empresas de papel e celulose do Brasil. Esse mercado necessita de prestadores de serviços especializados e, quando apresentamos o potencial da Armac, todos ficaram impressionados com o tamanho e a capacidade da empresa. Fomos citados por clientes importantes do setor, em palestras e painéis, e procurados por outros clientes importantes na América do Sul para novas parcerias”, afirma Bruno Damazo, gerente sênior da Unidade de Negócios de Operações Florestais da Armac. O executivo também foi um dos palestrantes do evento.

A companhia atua em mais de 10 operações florestais no Brasil, com mais de 100 equipamentos e 125 colaboradores no setor. A empresa apoia com a gestão e a operação de serviços essenciais para a produtividade das operações, como destoca, enleiramento e transbordo de tocos de eucalipto, movimentação de toras e biomassa de madeira, silvicultura, realinhamento e preparo de solo, construção e manutenção de vias e estradas e carregamento e descarregamento de caminhões.

Atualmente, as principais operações da Armac no setor florestal estão no Sul do País: Telêmaco Borba (PR), Monte Carlo (SC), Guaíba (RS) e Pinheiro Machado (RS). Nas operações gaúchas, a empresa trabalha há mais de 900 dias sem acidentes com afastamento.

Sobre a Armac

Fundada há 30 anos, a Armac é referência na prestação de serviços especializados e complexos e na locação de equipamentos. Com mais de 11,2 mil ativos de Linha Amarela, caminhões, empilhadeiras e plataformas elevatórias, apoia setores estratégicos da economia brasileira, em operações de mineração, siderurgia, portos e terminais ferroviários, fertilizantes, florestais, agroindústria, indústria, infraestrutura e construção. Com operações em mais de 200 projetos de longo prazo em todo o Brasil, movimenta anualmente mais de 125 milhões de toneladas de materiais.

A empresa se destaca pela excelência operacional, eficiência em produtividade e compromisso com a segurança. Conta com uma equipe de mais de 6 mil colaboradores, entre eles 1,1 mil mecânicos e 3 mil operadores e motoristas.

Com um complexo de manutenção de 300 mil m² em Vargem Grande Paulista (SP), é líder em serviços de manutenção, com 30 estruturas próprias de apoio logístico em 12 estados. Listada no Novo Mercado da B3, a companhia adota as melhores práticas de governança corporativa e continua expandindo suas operações para apoiar as pessoas que constroem o Brasil.

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