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Exclusivo – Números impressionantes: setor de árvores cultivadas no Brasil bate recorde de produção e geração de empregos em 2022

Segundo o Relatório Anual Ibá, o setor conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, e abre em média uma nova fábrica a cada ano e meio no país

O recém-publicado Relatório Anual Ibá 2023, mostra dados relevantes sobre o setor de árvores cultivadas no Brasil, no acumulado do ano de 2022. No período, o setor foi responsável pela geração de 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira. Conta também, com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo em média, uma nova fábrica a cada ano e meio, no país.

Na contramão da desindustrialização que o Brasil vem enfrentando, o setor de base florestal tem crescido. Segundo apontam dados do levantamento, a produção de celulose cresceu 10,2% e de papel 3,5%. A representatividade da cadeia produtiva de árvores no valor adicionado da atividade industrial foi de 7,2% em 2022, registrando recorde deste percentual pela terceira vez consecutiva. Esse aumento de participação já vem sendo observado ao longo da última década e deve-se, entre outros fatores, ao desempenho das exportações e ao aumento da demanda global por produtos de base renovável.

Imagem: Ibá.

Competitivo globalmente, o setor enxerga enormes oportunidades na economia de baixo carbono, por meio da oferta de produtos oriundos de fonte renovável, que são recicláveis e biodegradáveis. Usando a árvore como uma biorrefinaria, este segmento separa duas matérias-primas centrais: a fibra da árvore, que é usada na fabricação de mais de 5.000 bioprodutos, como livros, embalagens de papel, roupas e lenços de papel; e a lignina, parte da estrutura que dá sustentação para as árvores, usada para produção de energia.

O setor aponta estar do lado certo da equação climática, e é atualmente, um dos motores da economia brasileira.

Aspectos econômicos do setor

De acordo com os dados do relatório, em 2022, o crescimento do valor adicionado ao PIB brasileiro pela cadeia produtiva do setor foi de 6,3%, impulsionado pelo aumento da receita bruta gerada, que passou de R$ 244,6 bilhões em 2021 para R$ 260,0 bilhões em 2022. Em valores correntes, o setor florestal alcançou mais um marco de valor adicionado ao PIB, totalizando R$ 107,2 bilhões.

Em termos de participação, após o aumento do valor adicionado superando o crescimento do PIB brasileiro, o setor florestal passou a contribuir com 1,3% do PIB brasileiro, atingindo sua maior marca desde 2012.

Brasil se torna líder

O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo. Para se ter uma ideia, é o quarto item da pauta de exportações do pujante agro brasileiro em 2022, consolidando-se como um forte segmento da agroindústria. O setor gerou divisas no montante de US$ 14,29 bilhões, resultantes de exportações na ordem de 19,1 milhões de toneladas de celulose, 2,5 milhões de toneladas de papel e 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira, segundo o levantamento feito pela Ibá.

No período a produção de celulose no Brasil alcançou a marca de 25 milhões de toneladas, sendo 22 milhões de toneladas para fibra curta, 2,5 milhões de toneladas fibra longa e 0,5 milhão para pasta de alto rendimento, registrando um crescimento de 10,9% em relação ao ano interior. No ranking global de produtores de celulose, o Brasil ocupa a segunda posição, atrás somente dos Estados Unidos (50 milhões de toneladas).

Sustentável por natureza

A indústria de base florestal plantada vem se consolidando há décadas como um modelo de bioeconomia em larga escala, se submetendo voluntariamente a rigorosas certificações internacionais há anos. Atua ao lado da sociedade para gerar valor compartilhado e crescimento mútuo, comprovando, todos os dias, a compatibilidade entre produzir e conservar. No Brasil, 100% do papel provém de árvores cultivadas para essa finalidade. O setor planta, colhe e replanta em uma área de 9,94 milhões de hectares.

Quase toda a energia consumida pelo setor de árvores cultivadas para fins industriais é limpa, produzida pelo próprio setor a partir da biomassa florestal.

Os produtos desse setor também têm protagonismo no clima, pois estocam carbono em sua composição e substituem outros cujo insumo principal é de fonte fóssil, evitando emissões.

O setor atua centrado na capacidade ecofisiológica das árvores em remover e estocar gás carbônico da atmosfera na sua biomassa. Isso acontece tanto nas árvores cultivadas, quanto nas áreas de floresta natural e no solo. São 1,82 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalentes estocados (CO₂eq) em suas florestas produtivas e 2,98 bilhões de toneladas CO₂eq nas florestas naturais para fins de conservação.

O eucalipto lidera

Em 2022, a área de árvores plantadas totalizou 9,94 milhões de hectares, um crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior. O eucalipto, abrangendo 76% da área plantada no Brasil, permanece como a espécie mais cultivada, totalizando 7,6 milhões de hectares. Na sequência, com 19%, está o pinus, que se manteve praticamente estável em relação a 2021, com 1,9 milhão de hectares. Outras espécies, que correspondem a 5% da área plantada, incluem a seringueira com 230 mil hectares, a teca com 76 mil hectares e a acácia com 54 mil hectares.

Imagem: Ibá.
Imagem: Ibá.

Os plantios de eucalipto estão localizados, principalmente, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, com destaque para Minas Gerais (29%), Mato Grosso Sul (15%) e São Paulo (13%).

Escrito por: redação Mais Floresta, com informações Ibá.

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Mercado de papel e celulose deve ficar equilibrado no curto prazo, diz Santander

Investing.com – Os mercados de papel e celulose devem ficar relativamente equilibrados no primeiro semestre do ano que vem, antes de uma pequena sobreoferta no segundo, com início do Projeto Cerrado, segundo relatório do Santander (BVMF:SANB11) enviado aos clientes e ao mercado. Ao atualizar as perspectivas para o setor, o Santander manteve a Suzano  como principal escolha e afirma ter preferência por exposição no Brasil.

Os analistas Aline Cardoso e Arthur Biscuola avaliam que mesmo com o rali recente, as ações do setor Suzano, Klabin, CMPC e Copec refletem preços da celulose próximos de US$ 530/ tonelada para o ano que vem, o que seria inferior ao custo marginal atual da indústria de US$ 580/t e abaixo do nível intermediário de US$ 550/t.

Para Dexco (BVMF:DXCO3), o Santander manteve a recomendação de manutenção e elevou o preço-alvo de R$6 para R$8,50. No entanto, o banco segue enxergando “incertezas relacionadas à rentabilidade dos painéis de madeira, dada a falta de visibilidade sobre a melhoria da demanda no curto prazo”.

Já a Klabin teve indicação de compra reforçada e alta no preço-alvo de R$29 para R$ 31. Além das iniciativas voltadas ao crescimento, o Santander vê um valuation atraente e destaca a posição de liderança nos segmentos de embalagens.

A Suzano também segue com compra e preço-alvo elevado de R$70 para R$75. Precificação atrativa, iniciativas de expansão, fundamentos ESG e balanço patrimonial sólidos apoiam a tese da empresa.

Às 16h17 (de Brasília), as ações da Dexco (BVMF:DXCO3) caíam 0,81%, a R$7,33, enquanto as da Suzano (BVMF:SUZB3) estavam em baixa de 0,06%, a R$51,42. As Units da Klabin (BVMF:KLBN11) ganhavam 0,43%, a R$21,22.

Informações: Investing.

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Em “boom” da celulose, setor pede mais qualificação profissional em MS

Presidente da Indústria Brasileira de Árvores, Paulo Hartung, discutiu assunto com representantes do governo

Em agenda interna nesta quarta-feira (6), o governador Eduardo Riedel (PSDB) recebeu o presidente da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), Paulo Hartung. Falaram sobre um preocupação antiga em Mato Grosso do Sul, a qualificação profissional, já que o Estado passa por um avançado processo de industrialização.

“Mato Grosso do Sul é uma referência mundial no setor. Tratamos de temas de extrema importância para competitividade econômica do Estado”, afirmou o governador durante o encontro onde também estavam a senadora Tereza Cristina (PP) e Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung destacou que a IBÁ é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva das árvores plantadas para fins industriais.

“Este setor tem a carteira de investimentos mais dinâmica do Brasil, ele cresce muitos nos últimos 50 anos no País, tendo MS como destaque. Conversamos sobre a necessidade da formação profissional, pois cada investimento demanda gente qualificada na área de plantio de árvores no campo, transporte e processamento de madeira que depois vira celulose, em um setor de bioeconomia de alta escala”, destacou.

Cenário – Com a construção da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo e da Arauco em Inocência, Mato Grosso do Sul representa o “boom” do setor no Brasil e no mundo. Um mercado que teve a fabricação de mais de 24 milhões de toneladas de celulose no país no ano passado, sendo enviadas 19 milhões para o mercado internacional, incluindo Ásia, Europa, Estados Unidos e América do Sul.

“A fábrica que está sendo construída em Ribas tem o que há de melhor no mundo. É uma fábrica circular, a movimentação de fornos de cal da futura unidade já vem da gaseificação da biomassa, energia limpa, que é o futuro do planeta”, disse Hartung.

Convite – O presidente da IBÁ convidou o governador Eduardo Riedel para participar da Missão Setorial à União Europeia, em março de 2024. O objetivo do encontro é apresentar o setor para os países europeus. Mato Grosso do Sul conta com área plantada de mais de 1 milhão de hectares e uma carteira de investimentos privados superior a R$ 40 bilhões.

Informações: Campo Grande News.

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China impacta silvicultura de MG

Mercado tem dois pilares importantes: produção de papel celulose e produção de carvão vegetal para siderurgia e demais setores

A desaceleração da economia chinesa está impactando a silvicultura no Estado, segundo a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri. “Os anos de 2020, 21 e 22 foram bons. Em 2023, sentimos o impacto, assim como várias outras atividades do agro”, analisa.

Ela explica que o mercado da madeira em Minas Gerais tem dois pilares importantes, um deles é a madeira destinada à produção de papel celulose. O outro é voltado para a produção do carvão vegetal que abastece a metalurgia, gusa, ligas e produção de aço.

A dirigente conta que o aumento da importação do aço, em especial o da China, está tendo reflexos negativos não só para as siderúrgicas nacionais, bem como para a atividade de silvicultura, cujo dia nacional é comemorado hoje (7).

Para Adriana Maugeri, uma das saídas é estabelecer, assim como foi feito pela União Europeia e nos Estados Unidos, uma taxa nos moldes do Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, da sigla em inglês para Carbon Border Adjustment Measure). De acordo com ela, a medida também iria incentivar a descarbonização.

De acordo com ela, grande parte do aço chinês que chega ao Brasil foi feito com maior emissão de gás de efeito estufa na comparação com o nacional, já que uma grande parcela do aço brasileiro é feita com carvão vegetal, com sucata. “O nosso aço é verde”, observa.

Apesar das dificuldades, a dirigente diz que a perspectiva das grandes empresas não é de prejuízo, já que o setor “é muito resiliente e historicamente já passou por muitas crises”.

2024

A presidente da Amif diz que está com receio dos rumos do próximo ano para a siderurgia nacional, se nada for feito com relação à concorrência com o aço estrangeiro, que, consequentemente, impacta o setor de carvão vegetal.

“O setor de celulose também está prevendo um ano difícil para 2024, já que justamente os mercados consumidores da commodity estão passando por dificuldades”, diz.

De acordo com ela, o preço da celulose está muito baixo, sendo um dos menores dos últimos anos. Dessa forma, o setor está fazendo ajuste de custos para se tornar mais competitivo.

“A indústria de embalagens é forte no Brasil. Só que o setor de celulose, assim como a questão do aço, está sofrendo com a invasão do papel imune que vem da Ásia”, frisa.

O Brasil é o maior exportador mundial de celulose e a produção de madeira em tora para papel e celulose foi recorde em 2022, atingindo 99,7 milhões de metros cúbicos. O segundo maior volume da série havia ocorrido em 2018, quando a produção alcançou 92,7 milhões de metros cúbicos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A dirigente diz que a silvicultura tem vários anúncios de investimentos previstos para o próximo ano que estão sendo avaliados neste momento. “Eles devem anunciar em 2024 alguma adaptação”, observa. Ela acrescenta que se governo se manifestar de forma positiva, todo o cenário temerário muda da noite para o dia.

Crédito: Divulgação/Amif

Minas é o maior produtor e consumidor de carvão vegetal do mundo

Minas Gerais é o maior produtor e consumidor mundial de carvão vegetal, segundo a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri. “Isso é motivo de orgulho, porque ele é um dos principais insumos para a descarbonização”, observa.

O Estado responde por 87,7% do volume nacional, conforme dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a dirigente, mais de 80% da produção é consumida no Estado, por causa do relevante parque siderúrgico. O restante do que é produzido vai para outros estados. “O carvão é utilizado tanto como fonte de calor quanto como biorredutor”, diz.

Estado tem a maior área de floresta plantada do País

O Estado possui a maior área cultivada de floresta plantada no Brasil: são mais de 2,3 milhões de hectares de florestas cultivadas em mais de 203 municípios do Estado. “Sessenta por cento desse total está na mão de pequenos e médios produtores, o que mostra o potencial de inclusão social da atividade, da fixação do homem no campo”, diz a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri.

No País, são cerca de 10 milhões de hectares. A indústria florestal brasileira realiza o plantio de 1,5 milhão de árvores por dia, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

No ano passado, o valor da produção florestal no País atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9% em relação a 2021, e produção em 4.884 municípios. O valor da produção da silvicultura (florestas plantadas) continua superando o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano 1998.

Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, que cresceu 2,6%, chegando a R$ 7,5 bilhões em 2022, ou 27,3% do total da silvicultura. Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os 10 municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul; três, em Minas Gerais; um, no Rio Grande do Sul; e um, na Bahia.

João Pinheiro

Na região Noroeste de Minas, João Pinheiro foi líder do ranking em 2021, sendo o terceiro município com maior valor da produção da silvicultura, gerando R$ 497,5 milhões e constituindo destaque nacional na produção de carvão, com 437,8 mil toneladas, apesar da redução de 7,8% em termos de volume, na comparação com o ano anterior. 

O município tem a maior extensão territorial de Minas Gerais e população menor que 75 cidades do Estado. São 10.727,097quilômetros quadrados e  46.801 habitantes, conforme dados do Censo 2022, do IBGE.

Informações: Diário do Comércio.

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Exclusivo – Incêndio afeta parte da obra da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS)

Embora o incêndio tenha sido de grandes proporções, empresa afirma que o cronograma da obra segue normalmente

Uma parte da obra da fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), foi atingida por um incêndio por volta das 15h, da última quarta-feira (06/12). De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, as chamas atingiram uma das torres de resfriamento do empreendimento.

Imagens compartilhadas pelo portal Ribas Ordinário mostram como ficou a área atingida pelo fogo, com parte da estrutura afetada mais escurecida devido às chamas.

Torre de resfriamento da Suzano atingida pelo incêndio. Divulgação – Ribas Ordinário.
Suzano divulgou andamento das obras um dia antes do incêndio. Divulgação – Suzano.

A Suzano chegou a divulgar um vídeo sobre o andamento da obra bilionária que promete ser a maior planta de celulose em linha única do mundo, um dia antes do incidente na obra. Em um trecho das gravações, as torres de resfriamento são apresentadas e depois parte da equipe da Suzano aparece em uma foto, que celebra a conclusão do comissionamento e ponto para partida da torre de resfriamento da utilidades.

A data é 31 de outubro de 2023 – pouco mais de um mês antes do incêndio. Na terça-feira (05/12), quando as imagens foram divulgadas, a Suzano informou que foi dada a partida parcial da torre de resfriamento e utilidades e dos chillers com a finalização do primeiro comissionamento.

A empresa afirmou, em nota oficialque as obras de construção da nova fábrica continuam normalmente e que o incidente não irá afetar o cronograma de conclusão do empreendimento, previsto para junho de 2024.

Nota divulgada

A Suzano informa que, por volta das 15h de quarta-feira (06/12), foi registrado um incêndio em uma das torres de resfriamento da fábrica em construção no município de Ribas do Rio Pardo.

A empresa esclarece que não houve feridos no incidente e que o fogo foi rapidamente controlado (em torno de 40 minutos) pelas equipes de brigadistas da própria empresa e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Ribas do Rio Pardo.

As causas do incêndio já estão sendo devidamente investigadas. A Suzano esclarece ainda que as obras de construção da nova fábrica seguem normalmente e que o incidente não afeta o cronograma de conclusão do empreendimento.

Sobre o incêndio

A altura e cor escura da fumaça na fábrica de celulose chamou a atenção dos moradores da cidade. Ainda não se sabe como o incêndio iniciou.

De acordo com a Suzano, ninguém ficou ferido durante o incidente e o fogo foi apagado com cerca de 40 minutos pelas equipes de brigadistas da própria empresa. Ninguém ficou ferido. 

Créditos: Diário Digital e TVMS.

Mega-indústria em construção

A cidade de Ribas do Rio Pardo foi escolhida para sediar o Projeto Cerrado, da empresa Suzano, que atraiu mais de 10 mil trabalhadores temporários e investimentos de R$ 22,2 bilhões. A fábrica foi anunciada em 12 de maio de 2021. No mesmo ano, as obras começaram. A expectativa é que a indústria fique pronta em 2024.

Obra deve ser concluída em junho de 2024. — Foto: Reprodução.

A pretensão é que a indústria seja uma das maiores fábricas de celulose do mundo. O empreendimento produzirá 2,55 milhões de toneladas ao ano, ampliando a capacidade instalada de celulose de mercado da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais.

Em decorrência do “boom” ocasionado pela construção, o canteiro da obra é gigantesco e conta com infraestrutura própria.

Escrito por: redação Mais Floresta, com informações Midiamax e G1MS.

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Embrapa Acre apresenta uso de drone e inteligência artificial para o manejo florestal na COP28

Conhecido como manejo florestal 4.0, as tecnologias compõem o Projeto Geoflora

O uso de drones para monitorar a dinâmica da floresta, aliado à inteligência artificial para automatizar etapas do  inventário florestal e métodos de monitoramento dos gases de efeito estufa (GEE) em florestas nativas serão apresentados na 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que segue até 12 de dezembro em Dubai.

Conhecido como manejo florestal 4.0, as tecnologias compõem o Projeto Geoflora, que reúne geotecnologias aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques de carbono em áreas de floresta nativa na Amazônia Ocidental, uma iniciativa da Embrapa Acre com apoio do Fundo JBS pela Amazônia.

Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa Acre, e Andrea Azevedo, diretora executiva do Fundo JBS pela Amazônia, compõem a comitiva brasileira que participa do evento. Pena e Azevedo vão apresentar os principais resultados já obtidos com o projeto Geoflora.

“A ideia é mostrar que temos tecnologias inovadoras para o uso sustentável da floresta no manejo florestal de espécies madeireiras e não-madeireiras e na valorização de ativos ambientais importantes, como créditos de carbono”, afirma Pena.

Na opinião de Azevedo, os componentes do projeto Geoflora podem contribuir não apenas para subsidiar a atuação do poder público com relação às políticas florestais, mas também para colaborar no monitoramento dos impactos de projetos dedicados ao bioma Amazônia, fatores que convergem com a temática da COP.

Dinâmica da floresta e de gases de efeito estufa

As atividades do projeto Geoflora envolvem o monitoramento  dos gases de efeito estufa (GEE) e estoques de carbono do solo em florestas nativas. Os resultados mostrarão se o sistema florestal está sequestrando ou emitindo carbono equivalente para a atmosfera, o que permitirá calcular o balanço de carbono nos sistemas florestais avaliados.

Além disso, os pesquisadores usam um sensor de perfilamento a laser (LIDAR – Light Detection And Ranging) acoplado em drone   para estimar com maior precisão  os estoques de biomassa em diferentes ambientes da Amazônia.

A técnica empregada permite escalonar as estimativas obtidas com os dados LiDAR e produzir mapas de biomassa em alta resolução para áreas de interesse estratégico. Os resultados irão subsidiar políticas públicas de uso sustentável, como manejo florestal e pagamento por serviços ambientais.

Inventário Florestal com uso de drones

Outro componente do projeto utiliza drones e inteligência artificial para automatizar etapas do inventário florestal na identificação de espécies estratégicas. Mais de 40 mil hectares de áreas na Amazônia já foram mapeados com o objetivo de coletar informações para compor um banco  de dados de  imagens de espécies florestais obtidas por meio de câmeras RGB a bordo de drones (ortofotos).

No Laboratório de Geotecnologias, da Embrapa Acre, os dados são analisados e o algoritmo de inteligência artificial é treinado para identificar espécies florestais. Esse trabalho já foi realizado em áreas da floresta na Reserva Extrativista Chico Mendes, Floresta Estadual do Antimary (Acre), florestas nacionais de Jacundá e Jamary (Rondônia), parques municipais de Rio Branco e áreas de manejo florestal em propriedades privadas no Acre e Amazonas.

COP28 

A COP28 é composta por três ambientes. O primeiro é o de Promoção, onde estão todos os países, instituições internacionais como FAO, IICA, Banco Mundial, e empresas privadas, com um formato de uma grande feira climática, com diversos pavilhões. Neste local, acontecem grandes eventos, como congressos, palestras, assinatura de acordos bilaterais e lançamento de iniciativas.

No total, deverão ocorrer 120 painéis promovidos pelos governos, sociedade civil e iniciativa privada. A recuperação de pastagens será tema de painel no Pavilhão Brasil na COP28, com o lançamento pelo Mapa do programa de recuperação de áreas degradadas, no qual a Embrapa tem participação direta.

No pavilhão, a Embrapa apresentará suas iniciativas na produção de bioinsumos, tecnologias do Plano ABC, bioeconomia e pastagens e também estará presente em outros painéis temáticos. O chefe-geral da Embrapa Acre participa dos eventos apresentando o Sistema Guaxupé, modelo de intensificação sustentável da produção pecuária.

O segundo ambiente é o chamado Negociação, onde acontecem as negociações e acordos sobre a Convenção do Clima. São mais de cem itens de agenda, organizados em grandes áreas como Ciência e Tecnologia, Adaptação, Mitigação, Mercado de Carbono, Agricultura, entre outras.

E o terceiro ambiente será o espaço de discussão do balanço da implementação do Acordo de Paris (2015) no relatório chamado Global Stocktake (GST). Segundo o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil reforça o seu compromisso de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Para Pena, a COP28 representa uma oportunidade para a Embrapa mostrar que há ferramentas sustentáveis com foco na  produção de grãos e carne, além de ser um espaço propício para articulação de parcerias com interesse nessas temáticas. “Precisamos unir esforços para continuar gerando tecnologias que cheguem aos produtores rurais e contribuam para uma agricultura mais sustentável e produtiva”, afirma.

Para saber mais sobre as tecnologias da Embrapa presentes na COP28 acesse : https://brunopena.myportfolio.com/work

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Scania amplia portfólio Super para atender segmento off-road

Com a inclusão de nova caixa de câmbio, fabricante sueca aumenta gama atendida pelo recém-lançado trem de força 

São Paulo, 5 de dezembro de 2023 – A Scania, líder na transição para um sistema de transporte e logística mais sustentável, anuncia a introdução do novo trem de força para a linha de caminhões mais pesados, voltados ao segmento off-road, que operam sob condições operacionais extremas como na mineração e transporte de cana-de-açúcar. Os novos veículos completam o portfólio da linha Super lançada pela empresa no Brasil no final de 2022.  

O novo modelo chegou ao mercado alinhado aos padrões Proconve P8/Euro 6 com o maior torque do mercado para motores de 13 litros. “A Scania adota o princípio da melhoria contínua e um sistema modular de produtos. Por isso, num primeiro momento, preparamos nosso sistema industrial para atender aplicações rodoviárias e agora avançamos para as operações mais pesadas e fora de estrada”, destaca Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.  

A ampliação do portfólio Super reafirma o compromisso da Scania com soluções de transporte que entregam maior eficiência energética, proporcionando ao cliente economia de combustível e maior disponibilidade do veículo. “Ocupamos uma posição de destaque em operações tipicamente pesadas e fora de estrada, tais como mineração e transporte de cana-de-açúcar. Com a chegada da linha Super para o segmento, vamos trazer um novo patamar de economia operacional para o transportador, o que nos dará condição de manter a liderança de mercado nestas aplicações”, complementa o executivo.  

Mais rapidez e economia de combustível estão entre as vantagens 

A novidade deixa o caminhão mais rápido e robusto. A caixa de câmbio vem com uma sessão planetária reforçada, chamadas G25CH e G33CH, é menor e tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Além disso, o novo escalonamento das marchas auxilia o arranque em situações extremas, como em rampas e com alto peso no veículo.  

Outras vantagens apresentadas são a contribuição na economia de até 8% de combustível (em relação a geração anterior), menor custo por tonelada transportada, e mais segurança ao motorista (é que, além do conhecido Retarder, o Scania Super traz agora o CRB – freio de liberação de compressão, trazendo de fábrica a combinação de freios auxiliares mais potentes do mercado). 

Maior disponibilidade da frota ao cliente

“Essa mudança também traz componentes com maior durabilidade e com  maiores intervalos entre as paradas necessárias para manutenção e reparos. Ou seja, é o caminhão mais tempo disponível ao cliente para trazer receita”, salienta Moraes, considerando que os novos motores e caixas de câmbio passaram por melhorias em seus componentes – auxiliando na redução do atrito interno e utilizando lubrificantes de última geração. Os novos motores alcançam eficiência térmica de aproximadamente 50%, uma nova referência na indústria.  

Em alguns casos, a combinação do novo trem de força Super com os planos flexíveis possibilitará até dobrar os intervalos de manutenção, mantendo o veículo mais tempo disponível para transportar carga e gerar receita. 

Modelos off-road Scania disponíveis para atender ao mercado

Na mineração, a linha Super chega com  os modelos G 460 6×4 e G 560 8×4 Heavy Tipper – ambos de motor 13 litros – e R 660 V8 10×4 Heavy Tipper (16 litros). 

Nas operações de cana e madeira, a linha Super é formada pelos cavalos mecânicos G 560 6×4 e R 560 6×4 – ambos com o motor 13 litros e especificados para um peso bruto total combinado (PBTC) de 74 toneladas, atuando em operações mistas de médios e longos trajetos rodoviários. Além da opção para a cana com PBTC de 91 toneladas, que começou a ser explorada no mercado neste ano.

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Exclusivo – Projeto Cerrado: conheça algumas curiosidades do megaempreendimento da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS)

Os dados são da edição 28 do Boletim Projeto Cerrado, de 07 de dezembro de 2023

A Suzano compartilhou na última quinta-feira (07), mais uma edição do Boletim Projeto Cerrado (Ed. nº 28), que trás algumas curiosidades sobre a construção do seu megaempreendimento, em Ribas do Rio Pardo (MS), que compreende na maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

Com investimento de R$ 22,2 bilhões – um dos maiores do setor privado no Brasil na atualidade –, cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados durante o pico da construção, além de milhares de empregos indiretos. Quando entrar em operação, no final do primeiro semestre de 2024, a nova unidade contará com 3 mil colaboradores próprios e terceiros.

Plantio em massa

Uma das etapas mais importantes da operação florestal é o plantio das mudas de eucalipto para garantir o suprimento de matéria-prima destinada à produção de celulose na fábrica. Após sua chegada às fazendas, elas são cuidadosamente colocadas em viveiros temporários para preservar sua qualidade.

Com o terreno preparado, as mudas são cuidadosamente depositadas nas covas onde passarão cerca de sete anos crescendo, transformando-se nas árvores que serão colhidas ao final do ciclo. Essa atividade pode ser realizada manualmente ou com auxílio de máquinas.

Os colaboradores então realizam a primeira irrigação, frequentemente utilizando hidrogel, uma substância que assegura a umidade do solo e promove a saúde das plantas. Atualmente, a área florestal da Suzano conta com três módulos em plena operação em Ribas do Rio Pardo, cada um deles composto por aproximadamente 130 profissionais dedicados a essa tarefa.

Lavagem e Depuração

No complexo ciclo de produção da celulose, as fibras passam por um minucioso tratamento após o cozimento da madeira no digestor. A transformação começa com a Lavagem, essencial para recuperar os químicos residuais da fase de cozimento. Em paralelo, a etapa da Depuração entra em cena, separando impurezas como partes de madeira não cozida, areia e pequenos detritos.

Em seguida, vem a etapa de Branqueamento, verdadeiro spa químico. A celulose é submetida a uma série de estágios de reações com produtos químicos específicos, alternados com lavagens ao final de cada etapa. É aqui que sua qualidade é aprimorada para atender aos padrões praticados pela Suzano e às necessidades dos clientes.

Neste processo, equipamentos como os Filtros Lavadores DDW e os Depuradores desempenham papéis fundamentais, garantindo a purificação da celulose. A nova fábrica da Suzano conta com 10 desses filtros, espécie de tambores rotativos, sendo que alguns deles são os maiores do mundo.

Você sabia?

Depois de lavadas e depuradas, as fibras precisam ser secadas. Para isso, elas passam por um processo composto por prensas e aplicação de vapor e ar quente. Esse estágio, chamado de Secagem, é capaz de retirar cerca de 128 toneladas de água da celulose por hora.

A quantidade de água retirada em cada secadora seria suficiente para abastecer uma piscina olímpica a cada 20 horas – sendo 100% reaproveitada em outros processos dentro da fábrica.

A secagem é realizada por meio de grandes máquinas secadoras onde são formadas as folhas de celulose que chegam a percorrer uma distância de quase 1.200 metros dentro dos secadores. Na sequência, as folhas são cortadas e acondicionadas em fardos 250 quilos e depois em unidades de 2.000 quilos para os estágios finais da produção.

Por: redação Mais Floresta, com informações Suzano.

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Guia pioneiro é lançado para identificar mudas de espécies arbustivas e arbóreas para restauração florestal no RS

A Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a década da restauração de ecossistemas entre os anos de 2021 e 2030. Com o objetivo de auxiliar o Brasil e o Rio Grande do Sul a alcançar as metas pactuadas para restauração florestal neste período, a Embrapa Clima Temperado lança, neste dia 7 de dezembro, o Guia para Identificação de Mudas de Espécies Arbustivas e Arbóreas de espécies indicadas para Restauração Florestal no Rio Grande do Sul, durante a realização do XVIII Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica. O guia tem como objetivo ajudar  na correta identificação de mudas de 67 espécies nativas indicadas para restauração de ecossistemas florestais e savonóides no RS. 

O Guia será lançado para identificação de espécies arbustivas e arbóreas indicadas para restauração de ecossistemas florestais nos biomas Pampa e Mata Atlântica, ao se inserir na programação do XVIII Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica e mais quatro eventos, a II Feira da Agroecologia, a  I Oficina Pedagógica, a Mostra Cultural de Arte e Dança e a Reunião Regional de Organizações de Controle Social, na Estação Experimental Cascata, no interior de Pelotas/RS. “Este é o primeiro para mudas de espécies arbóreas nativas do Estado. Tivemos o cuidado de adaptar a linguagem para o público técnico e agricultores, permitindo que todos acessem o conhecimento de forma igual”, disse um dos pesquisadores  do Grupo de Manejo e Restauração da Vegetação Nativa, Ernestino Guarino.

O Guia de Identificação de Mudas de Espécies Arbóreas para Restauração Florestal do Rio Grande do Sul, de forma ilustrada e didática, é uma publicação que apresenta características-chave para identificação de mudas e sementes das principais espécies arbustivas e arbóreas indicadas para restauração florestal. Nele se encontram uma descrição dos biomas e as regiões onde se realizam a restauração florestal, a forma de tipificação das sementes e sua forma de armazenamento, a própria descrição da seleção das espécies identificadas, acompanhada por suas características e imagens. “Além de apoiar na identificação das mudas que por ventura serão plantadas (adquiridas em viveiros), o Guia ajudará também na identificação das mudas que germinaram em áreas em processo de restauração assistida, ou não – restauração passiva”, explicou.

Os  pesquisadores do Grupo de Manejo e Restauração da Vegetação Nativa, também responsáveis pela obra, explicam que existem diversas estratégias de restauração ecológica, as quais podem ser divididas em dois grandes grupos: técnicas de restauração ativa e técnicas de restauração passiva. Essas estratégias diferenciam-se basicamente pela forma de intervenção humana no processo de sucessão da vegetação. 

A restauração ativa consiste na aplicação de diferentes técnicas de manejo (por exemplo: semeadura direta, plantio de mudas em área total) para a condução da sucessão vegetal;  a restauração passiva baseia-se na capacidade de auto regeneração da vegetação, sendo que a intervenção humana ocorre apenas no diagnóstico e controle das causas de degradação do ambiente (controle de fogo, do gado, da agricultura, entre outros). 

Dentre as diferentes técnicas de restauração ativa, o método mais difundido para a recuperação de áreas degradadas ainda é o plantio de mudas produzidas em viveiro, porém esse método é caro, trabalhoso e geralmente lento. Uma alternativa possível, porém, ainda pouco explorada no Rio Grande do Sul, é a semeadura direta de sementes. Esse método tem como vantagens, o baixo custo de implantação, principalmente quando o objetivo é recuperar grandes áreas e a baixa necessidade de mão de obra especializada. Um dos integrantes do Grupo de Manejo e Restauração é o pesquisador Ernestino Guarino indica que nos últimos anos, várias ações de restauração por meio de semeadura direta vêm sendo feitas em diversos ecossistemas florestais brasileiros. No RS, uma das experiências pioneiras vem sendo realizada por meio do Projeto SAFLegal. Dados de pesquisa recém publicados demonstram  que após 12 meses da semeadura, aproximadamente 25% das sementes emergem, garantindo uma densidade de 2.000 mudas por hectare. Realizado de forma consorciada com grãos, em sistemas agroflorestais, o custo do processo de restauração é de 75% inferior ao método tradicional (plantio de mudas em área total) com mesma  densidade de mudas por hectare. 

“É fundamental gerar tecnologias que reduzam custos e maximizem o uso da mão de obra no processo de restauração, produtiva ou não. Juntamente com a constituição de redes coletoras de sementes e viveiros, integrando diferentes estratégias em nível da paisagem é possível obter maior efetividade com menor custo das atividades de restauração, tornando viável e interesse para o agricultor todo esse processo”, falou. O produtor não recebe recursos financeiros diretamente por optar pela restauração, mas há ganhos na melhoria da água devido a restauração das nascentes, por exemplo. Além disso, é uma obrigação legal de todos os agricultores conservarem as Áreas de Reserva Legal (RL) e Proteção Permanente (APP), mantendo o mínimo exigido na legislação. 

“Para se ter qualidade de mudas e sementes é importante levar em conta que essa garantia não está apenas nas melhores técnicas de coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes e produção de mudas de essências florestais, mas também pela correta identificação dessas espécies”, lembrou Ernestino Guarino. Ele relatou que os pesquisadores observaram que os diferentes atores envolvidos na cadeia da restauração florestal no Rio Grande do Sul, apresentam dificuldades para identificar sementes e mudas, incorrendo muitas vezes em erros que podem comprometer ou inviabilizar o processo de restauração florestal. “Algumas espécies são muito parecidas, porém com demandas de solo e clima diferentes”, destacou. Conforme o pesquisador, quando há erros de identificação de mudas de espécies, esses podem causar grandes problemas na restauração, que além de uso de espécies não adaptadas a solo e clima local, podem ser usadas espécies exóticas invasoras, causando prejuízos econômicos e ambientais. 

O Guia compõe um grupo de tecnologias voltadas à inserção da árvore na propriedade rural e a restauração florestal por meio da semeadura direta, apoiando técnicos e agricultores na identificação e definição das espécies utilizadas. Tais tecnologias foram geradas com apoio financeiro da Corsan, do CNPq e do Sistema Embrapa de Gestão de Projetos (SEG), via o projeto SAFLegal.

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ABPM com nova Diretoria

Em assembleia realizada em 23 de novembro último os associados elegeram a nova diretoria da Abpm, desta vez  com formação de vários representantes de empresas de estados mais significativos no que diz respeito à produção de madeira tratada, como Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, assim como membros que representam indústrias químicas produtoras de preservativos para madeiras.

Criada em 25 de agosto de 1969, a ABPM atua como fórum nacional do setor de madeira preservada no Brasil, representando o segmento junto aos órgãos reguladores e Poderes Legislativo e Executivo. Reúne em seu quadro associativo usinas de preservação de madeira, indústrias químicas, universidades e empresas que utilizam madeira tratada.

A nova diretoria tem como um dos seus principais objetivos  a promoção de eventos regionais como forma de promover de forma mais direta a  disseminação de conhecimentos e informações a respeito da preservação de madeiras.

Esses eventos têm também como objetivo a busca de maior aproximação e adesão do setor à ABPM, como forma de fortalecer as ações associativas.

Um  importante desafio que a nova diretoria também tem pela frente é a promoção de articulações com o seu quadro associativo para que seja possível repetir o sucesso alcançado nas edições anteriores  , quando a ABPM participou da  Semana Internacional de Madeira – SIM . O plano é o de realizar a 3° Edição do evento Wood Protecion e participar com um estande de exposição na Lignum Latin America 2024, a serem realizados em setembro na cidade de Curitiba – PR.

A nova diretoria ficou assim composta:

Presidente: Montana Química Ltda – Flavio C. Geraldo

Vice-Presidente: Arxada do Brasil – Elcio L. Lana

Diretor Secretário: Zenóbio Madeiras – Zenóbio Shotten

Diretor Tesoureiro: Teca Madeiras Tratadas – Rafael Sandoval

Suplente Diretor Secretário: SEAP – Eudes Ribeiro

Suplente Diretor Tesoureiro: Lua Mad. Imunizada – Thulio Linhares

Coordenadoria Técnica- Tamarah Láuar – CBI Madeiras

Dir. Adjunta Rel. Institucionais & Eventos: Humberto Tufolo – HTN Gestão Empresarial

Dir. Adjunta Normatização: Dulcídio R. Macedo – Lanxess

Dir. Adjunta: Comunicação: Flavio Geraldo – Montana

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