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Exporta Mais Amazônia movimenta R$ 50 milhões em negócios 

A edição do Programa aconteceu em Rio Branco (AC) e contou com a participação de 20 compradores internacionais. O volume de negócios deve se concretizar nos próximos 12 meses  

Entre os dias 25 e 29 de novembro, importadores de 15 países diferentes visitaram o Acre para realizar rodadas de negócios com 35 empresas brasileiras do Norte e conhecer a produção de produtos compatíveis com a floresta. A ação faz parte do Programa Exporta Mais Amazônia, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

Ao longo de mais de 260 reuniões e uma intensa agenda de visitas técnicas, os 20 compradores internacionais tiveram a oportunidade de conhecer empresários da região que trabalham com produtos compatíveis com a floresta e alguns centros de produção. O foco das rodadas foram os setores de açaí, cacau & chocolate, castanha do Brasil, peixes amazônicos, carnes bovina, suína e de frango. A expectativa de vendas resultantes da ação é de pelo menos R$ 50 milhões em até um ano. 

Para Jorge Viana, presidente da ApexBrasil que esteve presente no lançamento do evento, é crucial que o Brasil expanda suas exportações na Amazônia, criando mais espaço para produtos em consonância com a floresta. “Esse Programa busca aproximar o empresariado amazônico dos mercados internacionais, organizando o setor produtivo e trazendo os compradores do mundo todo para conhecer o potencial desses produtos”, comemorou. 

Participaram da ação compradores de Singapura, China, Países Baixos, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Catar, Egito, Peru, Argentina, Colômbia, Índia e Equador. 

Amazônia nos mercados canadenses 

A representante do Canadá foi Fernanda Favaro, proprietária sócia e COO da Elements Brazil, empresa sediada em Vancouver. A empresária trabalha há sete anos com a importação de produtos brasileiros, com foco na conhecida “cesta da saudade”, que são aquelas mercadorias que as comunidades de expatriados fora do Brasil costumam sentir falta, como o açaí. 

Com uma gama de mais de 400 produtos comercializados em grandes redes de supermercado no Canadá, a empresa está interessada não apenas em adicionar novos artigos à sua cesta para brasileiros, mas também em apresentar aos consumidores canadenses as iguarias da floresta amazônica.  

Segundo Fernanda, o mercado canadense está em forte expansão para produtos considerados exóticos. “O canadense é muito aberto para produtos de outros lugares. Ele tem essa curiosidade, essa mente aberta para provar outras coisas. Isso é o primeiro passo. Ao trazer esse lado da Amazônia, a gente ainda pode contar a história do produto dentro do mercado canadense, então a gente vê muitas possibilidades de negócios”, explica.  

Para ela, a experiência de estar frente a frente com os produtores foi enriquecedora. “Normalmente nessas rodadas de negócios a gente acaba falando com representantes de empresas, mas [dessa vez] foram realmente as pessoas que produzem. E a gente vê como esse povo se agarra em manter a Amazônia. Às vezes as pessoas têm poucos poderes, mas tanta força de luta para manter a floresta em pé, é impressionante”, relembrou. 

Como resultado das rodadas, a empresa canadense deve fechar negócio com pelo menos quatro novos produtos da Amazônia para a sua cesta: castanhas do Brasil, cacau em barra, óleos essenciais amazônicos e sorvetes de frutas tropicais, como cupuaçu e buriti.  

Açaí defensor da floresta 

A Petruz Fruity, empresa brasileira de açaí que está presente em 44 países, não perdeu a oportunidade de estar em contato direto, a uma só vez, com tantos clientes. Há 17 anos no mercado de exportação, a companhia mantém relações com importadores no mundo todo, mas raramente consegue encontrá-los em uma mesma ocasião, muito menos no Norte do Brasil. 

Rafael Ferreira, diretor comercial da empresa, elogiou a iniciativa. “O fato de ter sido em um estado da Amazônia foi muito interessante, porque sai dos eixos tradicionais”. Com sede em Belém, a Petruz trabalha com frutas tropicais e possui cinco fábricas na região, distribuídas nos estados do Pará, Amazonas e Amapá.  

Ao longo das rodadas, Rafael aproveitou tanto para se reconectar com importadores com quem já havia realizado negócios no passado, como os de Singapura, Dubai e Espanha, mas também para conquistar novos potenciais compradores, como o do Egito, com quem manteve uma agenda paralela. O plano, agora, é ir até o país africano para consolidar a parceria.   

A empresa planeja alcançar novos mercados com uma estratégia cada vez mais atrelada à ideia de “brasilidade”. Segundo Rafael, o plano de comunicação de 2024 da Petruz reforça justamente o posicionamento da marca como brasileira e atrela as frutas tropicais diretamente à defesa da floresta. “A gente mudou toda a da nossa comunicação pensando nisso. As embalagens terão animais da Amazônia, que são os defensores da floresta”, explicou. 

De acordo com Rafael, a aposta na sustentabilidade não é apenas uma questão de marketing, mas de essência da empresa. “Nós temos certificações para sustentar isso: orgânica, fair trade e várias outras. Estamos aqui no meio da Amazônia trabalhando com um produto que mantém a floresta de pé”, adicionou. 

Sobre a ApexBrasil 

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) tem como principal objetivo impulsionar as exportações de produtos e serviços do Brasil no mercado internacional, além de atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia nacional. Para alcançar esses propósitos, a Agência executa diversas iniciativas de promoção comercial, como participação em eventos centrais, missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à presença de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais e visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião. 

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Suzano compartilha em vídeo avanços nas obras da sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS)

Em novembro foram destaques a conclusão do transportador de biomassa para a Caldeira de Força, o posicionamento do último módulo do digestor e a finalização do primeiro comissionamento

As obras de construção da nova fábrica de celulose da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em Ribas do Rio Pardo (MS), seguem o cronograma com importantes avanços registrados até novembro. O andamento das frentes de trabalho pode ser conferido em novo vídeo divulgado pela empresa por meio do link: https://bit.ly/video-status-obra.

Neste mês foram destaques o posicionamento do último módulo do digestor, a conclusão do transportador de biomassa para a Caldeira de Força, e a energização da GIS 34,5 kV da Secagem e da Caldeira de Recuperação. Além disso, houve avanços significativos com a montagem dos dutos de gás de combustão e foram realizados testes com carga do sistema de regeneração na Estação de Tratamento de Água da Caldeira (ETAC).

No vídeo é possível ver também que as obras seguiram com a montagem dos turbogeradores e foi dada a partida parcial da torre de resfriamento e utilidades e dos chillers com a finalização do primeiro comissionamento. Também seguem em ritmo acelerado as obras que fazem parte do Plano Básico Ambiental (PBA), como a construção das 50 casas para a comunidade, da Unidade Básica de Saúde (UBS) Estoril II e da Casa de Acolhimento, além da nova Delegacia de Polícia Civil e da Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Projeto Cerrado

Anunciado em maio de 2021 e confirmado pelo Conselho de Administração da Suzano no início de novembro do mesmo ano, o Projeto Cerrado está recebendo investimento total de R$ 22,2 bilhões e, atualmente no pico da obra, está gerando cerca de 10 mil empregos diretos. Prevista para entrar em operação até junho de 2024, a nova fábrica – que será a unidade mais competitiva da Suzano –, vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, nas áreas florestal e industrial, e movimentando toda a cadeia econômica da região.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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O segredo da produtividade

A associada Eucatex alcança impressionante IMA de até 55 m3/ha/ano

De acordo com o Sumário Público 2023 do Plano de Manejo Florestal do Grupo Eucatex, a área total de atuação da companhia é de mais 41,9 mil hectares. Em 2022, a superfície destinada exclusivamente ao plantio de eucaliptos para fins industriais foi de 34,7 mil hectares, localizados nas regiões de Salto e Botucatu, interior de São Paulo. Com isto, a empresa foi capaz de produzir pouco mais de 1,8 milhão de metros cúbicos de madeira para suas unidades fabris.

Historicamente, a Eucatex tem alcançado excelentes índices de crescimento com suas florestas. No ano passado (2022), o Incremento Médio Anual (IMA) das florestas do grupo foi de 46,1 metros cúbicos por hectares ao ano. Em 2020, foi alcançado o registro histórico de 50,9 m3/ha/ano. Agora, em 2023, mesmo com diversas adversidades como pragas e intempéries, o grupo está comemorando novos recordes, como explica o engenheiro florestal Hernon Ferreira, diretor florestal da Eucatex. “Conseguimos desenvolver bons clones que, aliados ao manejo adequado, fizeram com que a empresa alcançasse um Incremento Médio Anual de 50 e até 55 metros cúbicos/hectare/ano, o que é considerado pelo mercado brasileiro uma das maiores produtividades florestais do país.”

Com mais de 20 anos de gestão na unidade florestal da Eucatex, Hernon defende que certos resultados só são alcançados com uma consonância de fatores. “Alcançamos grandes êxitos, com uma equipe muito preparada e engajada. Alguns profissionais já estão há mais de 20 anos neste time. E isto tem nos ajudado a conseguir uma formação de florestas de alta produtividade. Temos algumas parcerias importantes também, com universidades e consultores”, conta ele.

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Eucatex, Marcos Sandro Felipe, segue na mesma linha. Segundo ele, uma alta produtividade florestal depende de investimentos e ações pontuais. “É preciso fazer o básico bem-feito, o que a técnica preconiza e o que a planta realmente precisa. Mas, principalmente, é preciso ter uma equipe dedicada e envolvida. Uma equipe comprometida com o objetivo”, explica ele, deixando claro que o processo todo depende de que cada profissional envolvido faça o melhor. “Precisamos de ambiente, de solo, chuva, material genético, fertilização. Mas, acima de tudo, é necessário ter uma equipe engajada, bastante focada, que entenda do que a planta precisa, das melhores condições para este desenvolvimento.”

Marcos lembra que os plantios florestais são geralmente feitos em sítios marginais e que a fertilização do solo influenciará no desenvolvimento, mas também nas despesas. “Mas, de nada adianta ter o dinheiro se as ações não forem feitas na hora certa, no momento propício e da forma correta. Não adianta ter o melhor clone se ele não está plantado em um ambiente adequado. O grande desafio é conciliar as técnicas conhecidas e compartilhar este conhecimento com toda a equipe. Por isso, é fundamental que o time esteja sincronizado e que todos tenham sensibilidade para cada situação.”

Como toda cultura, o segmento de florestas plantadas segue um planejamento. Os ciclos se repetem, o que faz com que os processos sejam repetidos e contemplados ao longo dos projetos das diferentes áreas envolvidas no desenvolvimento florestal. O avanço de novas tecnologias contribuiu significativamente para ganhos em produtividade. Mas o material humano ainda é um importante diferencial. Conforme explica o gerente da Eucatex: “não é apenas uma questão de tabelas. O clima é variável. As ervas daninhas ocorrem de forma diferente ao longo do ano. A planta cresce de forma diferente. Os plantios de verão têm uma linha de crescimento inicial, os de inverno têm outra. É preciso prestar atenção em tudo. Entender a interação do ambiente com a planta e alocar os recursos da melhor forma. Sem conhecimento técnico e sem uma equipe comprometida, não é possível saber onde e como aplicar os recursos de forma assertiva. E aí os resultados não aparecem”.

Produtividade ainda maior

Aumentar a produtividade é meta de toda empresa. Mas, como explica Marcos Felipe, a produtividade depende de vários fatores. “Acreditamos que ainda há espaço dentro do melhoramento genético, com o uso de novas tecnologias e até o resgate de novas procedências de diferentes regiões australianas.”
O profissional avalia que, além das oportunidades com o melhoramento genético, o estudo da microbiologia do solo será um fator importante. “Dentro da silvicultura, acredito muito na microbiologia e nesta interação: microbiologia, solo e planta. Conhecemos muito bem a planta do solo à copa, mas abaixo do solo ainda temos muito a aprender. Existe uma interação absurda da raiz com o solo. As novas tecnologias estão nos permitindo entender melhor esta interação com o ambiente”, conta ele.
Outro ponto citado, são os avanços em conhecimento da fisiologia vegetal. “Temos muito a evoluir com o conhecimento da parte hormonal das plantas. Tanto na agricultura, quanto na silvicultura, os processos fisiológicos podem contribuir com a produtividade.”

Outro desafio, talvez o principal segundo ele, está ligado ao clima e à variação climática. Marcos Felipe defende que a água é o elemento mais importante para a produtividade. “Quanto a isto, não há dúvidas. Estamos passando por um momento de grande variabilidade climática. Não temos mais as consistências do passado. Por exemplo, foram praticamente quatro anos de La Niña. Não havia registro histórico de uma ocorrência deste tipo. Geadas na nossa região, tão rigorosas que não eram registradas há mais de 60 ou 80 anos. Períodos de veranico com temperaturas acima de 44 graus. Estas ocorrências vêm sendo cada vez mais frequentes.”

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Eucatex lembra que este ano as tempestades de vento foram as grandes responsáveis por impedir uma produtividade ainda maior. “Tudo isso vem acontecendo, cada vez com mais força e abrangendo áreas cada vez maiores. Precisamos estar atentos, porque não existe aumento de produtividade sem entender o que o clima está nos dizendo. Este é o grande desafio: manter a alta produtividade e buscar índices ainda melhores.” O coordenador acredita que ter florestas resilientes é mais um fator decisivo para produtividade. Para ele, árvores que suportem altas variações climáticas, com mudanças bruscas de temperatura, altos e baixos índices pluviométricos e fortes ventos, serão o reflexo da produtividade em um futuro breve.

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Suzano investirá R$ 14,6 bilhões em 2024, ano de seu centenário

Projeto Cerrado será concluído em meados de 2024 e demandará R$ 4,6 bilhões no ano

Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, prevê investir R$ 14,6 bilhões em 2024. No ano em que completa 100 anos, a companhia concluirá também a construção de uma nova fábrica de celulose, no município de Ribas do Rio Pardo (MS). Com conclusão prevista para meados de 2024, o Projeto Cerrado receberá R$ 4,6 bilhões em investimentos no próximo ano.

No total, o projeto com capacidade instalada de 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose está estimado em R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 500 milhões a serem desembolsados apenas em 2025. Um dos maiores investimentos privados em curso no Brasil, esta será a maior linha única de produção de celulose do mundo.

Além dos recursos destinados à construção da nova fábrica, a estimativa de investimento de capital (Capex) divulgada hoje pela Suzano prevê também R$ 7,7 bilhões em atividades de manutenção, montante influenciado pela entrada em operação do Projeto Cerrado. Estão previstos ainda maiores gastos florestais associados a arrendamentos, manutenção de estradas e silvicultura, estes relacionados ao aumento de área plantada da companhia.

Outros R$ 1,4 bilhão serão destinados à rubrica Terras e Florestas, incluindo novos investimentos oportunos que visam dar continuidade à estratégia de aumento da base florestal da empresa.

Por fim, a Suzano prevê investir R$ 900 milhões em Expansão, Modernização e Outros. Estão inseridos nesse total desembolsos na construção de uma fábrica de papel Tissue e na substituição de uma caldeira de biomassa, ambos investimentos a serem realizados em Aracruz (ES), e na ampliação da oferta de celulose Fluff, na Unidade Limeira (SP). Esses três projetos foram anunciados em outubro de 2023.

Entre 2019 – quando foi concluída a fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, dando origem à Suzano S.A. – e 2022, a companhia já investiu R$ 32,7 bilhões. Esse montante salta para R$ 65,8 bilhões quando somados os investimentos previstos para 2023 e a nova projeção para 2024.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.    

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Farol do Bem: Portocel conquista três prêmios em iniciativa que reconhece impacto positivo sobre a sociedade

Três projetos desenvolvidos pelo terminal foram destaque nas categorias Meio Ambiente Empresas, Inovação nas Organizações e Empresa Destaque

O Portocel, terminal portuário localizado em Aracruz (ES), foi o maior premiado na 6ª edição do Farol do Bem, prêmio conferido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer-ES) a iniciativas que se destacam pelo impacto positivo na sociedade, nos eixos de meio ambiente, qualidade de vida e economia. O terminal saiu da solenidade de premiação, realizada na noite de quinta-feira (30) na Findes, em Vitória, com três troféus, inclusive o de Empresa Destaque da premiação.

O troféu de Empresa Destaque foi pelo projeto Ecociclo, desenvolvido em parceria com a Criarte – Associação de Artesãos de Barra do Riacho, que alia destinação adequada de resíduos e incentivo ao empreendedorismo. O projeto consiste em fornecer lonas de banners publicitários para a confecção de ecobags, entre outros artigos, que são vendidos e geram renda para mulheres da comunidade de Barra do Riacho, em Aracruz, vizinha ao porto. A iniciativa também tem forte apelo ambiental, ao praticar a economia circular, dando utilidade a lonas que seriam descartadas como resíduo. O Ecociclo também ficou em 2º lugar na categoria Meio Ambiente do Prêmio Biguá, que reconhece iniciativas nessa área.

Outro projeto que ficou em 1º lugar no Farol do Bem, na categoria Inovação nas Organizações, foi o Spreader Automático, equipamento desenvolvido pelas equipes do porto, em parceria com empresas especializadas, que oferece mais segurança e agilidade ao processo de içamento de cargas. Recentemente, o Spreader Automático também conquistou o 1º lugar em prêmio nacional promovido pela Associação dos Terminais de Uso Privado (ATP), na categoria Inovação Tecnológica Portuária. Por iniciativa do Ministério dos Transportes, será apresentado na COP28, a Conferência do Clima da ONU, que acontece em Dubai, juntamente com o projeto Manobras Portuárias Sustentáveis, outra iniciativa do Portocel, em parceria com a Wilson Sons, que conquistou o 2º lugar na categoria Sustentabilidade Energética Portuária na premiação da ATP.

No Farol do Bem, Portocel conquistou, ainda, o 1º lugar na categoria Ação Social, com o Agente do Bem, que visa a conscientização sobre o combate à violência infantojuvenil. Com esse projeto, o terminal apoiou o desenvolvimento do Plano de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, que foi a base para a criação da Lei Municipal 4.325, em Aracruz, estabelecendo fluxos e diretrizes para lidar com o assunto. O projeto inclui ainda a formação de multiplicadores no município, que contribuem para identificar e tratar temas relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, atuando sobretudo na prevenção.

“Os três prêmios conquistados na 6ª edição do Farol do Bem atestam que o Portocel está alinhado às melhores práticas operacionais e de gestão, sobretudo no que diz respeito ao relacionamento com as comunidades. Este ano, seguimos consolidando nossas políticas voltadas para ações de ESG e os prêmios demonstram o reconhecimento de que a empresa está no caminho certo”, reforça Júlio César Lourenço, executivo da área comercial, novos negócios e comunicação do Portocel. Nesta sexta edição do Farol do Bem, 50 empresas inscreveram seus projetos e 24 tiveram iniciativas selecionadas como finalistas.

Sobre Portocel – Com capacidade para embarcar 7,5 milhões de toneladas/ano, Portocel é reconhecido por sua eficiência operacional, dispondo de completa infraestrutura logística, instalações e equipamentos integrados a diferentes modalidades de transporte: importação e exportação, longo curso e cabotagem, cargas gerais, projetos, granéis e operações de óleo e gás. Com localização privilegiada no município de Aracruz (ES), o terminal está conectado por malha rodoviária e ferroviária aos principais centros produtivos e de consumo do país. O porto é controlado por dois grandes players do setor de celulose e papel: a Suzano e a Cenibra e segue perseguindo oportunidades que confirmem a sua trajetória como um grande porto de negócios.

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Bracell sedia 5ª edição do GT Colheita e Logística Florestal

Encontro reúne empresas líderes do setor florestal para debater temas técnicos das operações de colheita e logística florestal

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, sediou, pela primeira vez, o GT Colheita e Logística Florestal, reunião técnica do setor florestal criado pela SIF – Sociedade de Investigações Florestais ligada a Universidade Federal de Viçosa. O evento aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro, em Lençóis Paulista, e contou com a participação de representantes de mais de 35 empresas líderes do setor, instituições de ensino e tecnologia.

Entre os temas abordados na iniciativa, destaca-se a necessidade de ampliar a formação e aperfeiçoamento de mão de obra, além do uso de indicadores de desempenho e gestão da colheita e logística florestal. Além das apresentações e rodadas de discussão do primeiro dia, os presentes participaram pela primeira vez de uma dinâmica de  palestras técnicas onde foi possível debater sete diferentes temas. Logo após, foi realizada uma visita à campo, com apresentação das operações e inovações da companhia.

“É um momento muito importante de troca de experiências, iniciativas e ampliação de conhecimento entre empresas do setor e instituições e, para a Bracell, também uma excelente oportunidade de apresentar a empresa, nosso trabalho e os diferenciais da nossa operação”, afirmou Thiago Petine, Coordenador Geral do GT e Gerente de desenvolvimento, projetos e treinamento da Bracell.

Para o Prof. Dr. Luciano Jose Minette, da Universidade Federal de Viçosa, a iniciativa é importante para compartilhar as melhores práticas de inovação e tecnologia. “Acredito que, a cada reunião técnica, colhemos os melhores frutos dessa parceria com as maiores empresas do setor. Durante as reuniões, buscamos pensar juntos soluções para as questões do setor”, disse.

Já o coordenador de relacionamento com a indústria Senai Lençóis Paulista, Jonas Donzella Junior, reforçou a importância da discussão sobre o aprimoramento da segurança de trabalho.  “É muito bom ver uma pauta sobre pessoas em um evento como essa dimensão. Saímos com bastante reflexões, a partir do conhecimento de empresas que estão desenvolvendo indicadores importantes para garantir a segurança dos operadores. Sem dúvida, essa troca de informações ajuda a pensar novas soluções e oportunidades.”

Com a presença de mais de 35 empresas líderes do setor, instituições de ensino e tecnologia, a edição desse ano teve público recorde de mais de 180 participantes.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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SOS Pantanal lança campanha de doações para as Brigadas Pantaneiras 

Com a repetição sistemática dos incêndios no bioma, ONG faz campanha visando aumento no efetivo de combatentes às chamas e mais horas de treinamento junto às comunidades locais

A proteção e a reconstrução do Pantanal dependem de iniciativas urgentes. Os últimos anos mostraram-se extremamente severos ao bioma, que abriga uma das maiores biodiversidades do planeta. É preciso unir forças, em todas as esferas, para que seja possível salvar fauna e flora da maior área alagável do planeta e, diante deste desafio, a sociedade civil tem papel imprescindível. É essa consciência que o SOS Pantanal lança uma campanha de doações para ampliação e desenvolvimento do projeto Brigadas Pantaneiras, que, desde 2020, está à frente nas linhas de combate ao fogo na região.

Em novembro deste ano, o fogo devorou mais uma vez o coração do Pantanal, deixando para trás uma paisagem de destruição e desolação. A atuação de forças combinadas entre Brigadas Pantaneiras, governos estadual e federal e outras organizações foi essencial para que não fossem repetidos cenários como o de 2020, quando quase 30% de todo bioma foram varridos por queimadas. Nesta época, mais de 4 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, o que equivale a 26 cidades do tamanho da capital paulista.

As Brigadas Pantaneiras têm um propósito claro: prevenir e responder aos focos de incêndio. Além disso, busca estruturar fazendas e comunidades para desempenhar papéis cruciais em operações coordenadas pelas instituições competentes. A formação de uma rede de brigadas rurais é a chave para a eficácia desse trabalho. Nesta nova fase de atuação, o SOS Pantanal unirá forças para fortalecer o projeto, visando a consolidar uma rede de 59 brigadas atuantes.

Até outubro deste ano as brigadas foram responsáveis pela diminuição em 94,5% de área queimada em suas locações, com redução de 96,2% dos focos de calor. Esses números podem se tornar ainda mais expressivos com a expansão planejada. Para isso, cada doação contribuirá diretamente para cobrir custos de logística e operação dos brigadistas, que enfrentam riscos diários para proteger fauna, flora e o equilíbrio ecológico do Pantanal.

Como Sua Doação Faz a Diferença:

– Treinamentos essenciais: a contribuição financia treinamentos contínuos para as Brigadas Pantaneiras, capacitando-as a agir com eficácia e segurança.

– Equipamentos vitais: cada real doado significa a garantia de que os brigadistas terão os equipamentos necessários para enfrentar as chamas e proteger o ecossistema.

– Planos de manejo integrado do fogo: as doações apoiam a implementação de estratégias eficientes de manejo do fogo, visando à prevenção de futuros desastres.

– Monitoramento remoto: a tecnologia é uma aliada na proteção do Pantanal. Seu apoio sustenta o monitoramento remoto, proporcionando uma resposta rápida a novos focos de incêndio.

– Assessoria técnica: os brigadistas precisam de suporte contínuo, e a doação contribuirá para a assessoria técnica, garantindo a manutenção de equipamentos e ações preventivas.

MEIO DE DOAÇÃO:

Pix SOS Pantanal: contato@sospantanal.org.br

No site www.sospantanal.org.br/ é possível apoiar e realizar doações.

Sobre o Instituto SOS Pantanal

Fundado em 2009, o Instituto SOS Pantanal é uma instituição sem fins lucrativos que promove a conservação e o desenvolvimento sustentável do bioma Pantanal por meio da gestão do conhecimento e da disseminação de informações sobre o ecossistema para governos, formadores de opinião, comunidades, fazendeiros e pequenos proprietários de terra da região, assim como à população em geral. Tem por missão, ainda, atuar permanentemente em prol da conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.

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Na semana da COP28, União Europeia defende economia circular para reduzir a poluição na Amazônia

Instituição lançou estudo que defende protocolo entre os países da região para promoção de ações conjuntas na área, com alinhamento de políticas públicas e regulações 

A União Europeia promoveu um encontro com autoridades nacionais e internacionais para debater o problema da poluição plástica na Amazônia, na semana de início da COP28. O evento, que foi realizado em Brasília com apoio da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), defendeu que a solução passa por iniciativas de economia circular nos países amazônicos. 

Durante o evento, a União Europeia lançou um estudo do Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP) que destaca a necessidade de um protocolo de cooperação para promoção da economia circular na região, com a participação de todos os países, para o compartilhamento de políticas públicas, práticas e regulamentações. 

“O Rio Amazonas é o segundo rio mais poluído do mundo em termos de plástico, atrás apenas do Rio Yangtze, na China. Esse plástico acaba sendo transportado até o Oceano Atlântico, tornando a Amazônia uma das novas fronteiras da poluição plástica. Por isso, surge a necessidade de enfrentar este desafio de maneira coordenada. O Programa Plásticos Circulares nas Américas junta vários atores para colocar a economia circular no topo das discussões relacionadas com as mudanças climáticas e a transição ecológica”, disse Jean-Pierre Bou, chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil.

A iniciativa faz parte do roadshow da “União Europeia-Brasil: Soluções para a Economia Circular”, que já percorreu Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, e veio a Brasília para estimular a articulação dos setores público e privado na busca de soluções concretas para o problema da poluição plástica na Amazônia, visando a construção de uma agenda comum entre os oito países que compartilham a maior bacia hidrográfica do mundo. 

“Nós temos 50 milhões de habitantes na bacia do Rio Amazonas e 60% deles habitam na parte urbana. Este é um grande desafio da economia circular e da bioeconomia, que são temas da Declaração de Belém. Temos também um problema da questão fronteiriça para tratar de agendas regionais e nacionais. É um dos assuntos que estamos nos dedicando e ganhando experiência para poder trabalhar com diferentes países”, afirma Alexandra Moreira, secretária geral da Secretaria Permanente da OTCA.

Protocolo de regulações

O estudo divulgado foi realizado por Fabricio Soler, especialista em direito ambiental, e fez uma comparação entre as legislações nacionais, estaduais e municipais, do Brasil, Peru e Colômbia, em relação à economia circular e gestão de plástico na bacia do Rio Amazonas.

O protocolo defendido na pesquisa envolve regulação de plásticos, gestão de resíduos sólidos, instrumentos de promoção e financiamento, responsabilidade ampliada do produtor, eliminação de lixões, dentre outros temas.

“Os países, estados e cidades têm conhecimento. Alguns são mais avançados em um assunto e alguns são em outros. Por isso, é necessário o compartilhamento desse conhecimento”, afirmou Soler.

Por seu mandato institucional e intergovernamental, a OTCA é a organização recomendada no estudo para assumir a coordenação desta agenda para a região.

Histórico

A ideia do evento do Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP), da União Europeia, surgiu de uma missão exploratória na cidade colombiana de Letícia, que faz fronteira com o Brasil e com o Peru. No local, a equipe identificou diversos problemas fronteiriços relacionados à gestão de resíduos, como, por exemplo, o fato de que resíduo reciclável do município vai por avião militar para Bogotá para ser tratado, ao invés de ir à Tabatinga, a 10 minutos da fronteira com o Brasil, ou por rio para Manaus. Com isso, CPAP percebeu que são necessários novos modelos de negócios transnacionais mais compatíveis com os princípios da economia circular. 

“A poluição plástica não reconhece fronteiras. O plástico deixado em Iquitos ou em Letícia seguramente vai acabar no Atlântico. Então é muito importante que esse problema seja tratado por todos os países. O princípio da economia circular é que não existem resíduos, pois tudo se aproveita. Quando a gente pensa na economia circular do plástico, é como as grandes empresas vão produzir esses produtos sabendo a sua disposição final”, disse Stephanie Horel, representante da Delegação da União Europeia no Brasil.

Seminário

Durante o evento “Ambição para uma Amazônia Circular: Cooperação regional no combate à poluição plástica”, foram reunidos representantes do setor privado, ONGs, comunidades locais e agentes do setor público para promover uma união de esforços para ampliar as discussões sobre o tema.

O encontro teve a participação de Jean-Pierre Bou, chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil; Stephanie Horel, representante da Delegação da União Europeia no Brasil; Alexandra Moreira, secretária geral da Secretaria Permanente da OTCA; Marco Diogo, chefe da Representação do Banco Europeu de Investimento no Brasil; Cecília Guerra, executiva sênior da Diretoria de Assessoria Técnica de Biodiversidade e Clima, da Gestão de Ação Climática e Biodiversidade Positiva, do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF); Vitor Leal Pinheiro, gerente de Políticas para o Clima do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); Adalberto Maluf Filho, secretário de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; Aline Damasceno Ferreira Schleicher, secretária-executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC); Sissi Alves, coordenadora-geral de Economia Circular do MDIC; entre outras autoridades.

O seminário foi realizado na sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e é fruto de uma parceria entre a União Europeia, por meio do Programa Plásticos Circulares nas Américas, OTCA e a Prefeitura de Manaus, representada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMAS), com o apoio do Governo do Estado do Amazonas.

Sobre o Programa Plásticos Circulares nas Américas

Lançado em janeiro de 2021, o Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP) é uma iniciativa financiada pela União Europeia para a troca de experiência em ações de fomento à agenda verde. O CPAP tem o objetivo de apoiar a transição para uma economia circular de plásticos por meio do diálogo e da cooperação internacional, no Brasil e na Colômbia. O programa promove encontros para estimular a busca de alternativas viáveis e alinhadas com os objetivos da iniciativa e conta com o apoio dos governos locais, instituições de ensino e pesquisa, organizações do trade turístico e parceiros da iniciativa privada. O intuito é engajar diferentes atores do cenário nacional para a implementação de iniciativas concretas a serem apoiadas pelo programa e também por parceiros europeus.

A Delegação da União Europeia no Brasil é uma das 146 missões diplomáticas da União Europeia em todo o mundo. Trabalha em estreita coordenação com as missões diplomáticas dos 25 Estados-Membros da UE acreditadas no país, promovendo os valores e as políticas da União Europeia, representando a UE e os seus cidadãos e criando redes e parcerias.

Veja vídeos sobre o programa:

Amazônia Circular – Episódio 1: https://drive.google.com/file/d/1YGD8iei7UORW7DAmucQq4diGlUgRDV9q/view?usp=sharing

Amazônia Circular – Episódio 2: https://drive.google.com/file/d/1YK3pb55paQPUnY71inCF570uILkAP4vR/view?usp=sharing

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Lei proíbe cultivo de soja, cana, eucalipto e confinamento de gado no Pantanal

Projeto apresentado na Assembleia traz série de regulamentações para proteção do bioma

Dentre as mudanças e regulamentações previstas no projeto que cria a Lei do Pantanal, apresentado hoje na Assembleia Legislativa pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), está a proibição de alguns cultivos da agricultura comercial e confinamento em áreas de proteção.

Conforme o projeto, fica vedada a “a implantação de cultivos agrícolas, tais como, soja, cana-de-açúcar, eucalipto e qualquer cultivo florestal exótico”.

Os cultivos consolidados comerciais e já implantados até a publicação da lei poderão ser mantidos, mas sendo proibida a ampliação da área. Nestes casos, o proprietário deverá proceder com o licenciamento ambiental.

É considerado cultivo consolidado comercial as áreas de produção da safra verão 2025/2024, conforme delimitado no mapa do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA-MS).

Se excetuam da proibição também os cultivos da agricultura de subsistência, realizados em pequenas propriedades ou em propriedade rural familiar, e também o cultivo sem fins comerciais, inclusive de espécies utilizadas na suplementação alimentar dos animais de criação dentro do próprio imóvel.

O projeto também traz a proibição da instalação da atividade de confinamento bovino, ressalvados os casos de concentração de gado em períodos de cheia ou de emergência ambiental.

Ainda entre as proibições estão a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e de novos empreendimentos de carvoaria, podendo ser mantidos os já existentes até a data em que vencer a licença ambiental concedida.

Ao entregar a proposta, o governador Eduardo Riedel afirmou que 84% do Pantanal está preservado e que a nova lei irá regulamentar o que pode e onde poderá haver produção da pecuária e da agricultura.

“Muito da preservação se deve às comunidades que moram lá, mas a expectativa é regulamentar, com base em dados da ciência, para deixar bem definido o que pode e o que não pode. A lei traz esse mecanismo”, disse Riedel.

“O Pantanal tem mais de 9 milhões de hectares e só 2.800 hectares de plantio de soja. Então vamos regulamentar as culturas possíveis, não mexendo com o passado, mas sim olhando para o futuro, de forma a manter e valorizar as comunidades já instaladas por lá”, acrescentou o governador.

Fundo do Pantanal

A lei traz ainda limitações para supressão de vegetação. 

Desde agosto deste ano, está suspensa a concessão de licença ou de autorização de supressão vegetal da área do Pantanal até que entre em vigor da nova legislação.

Uma das novidades, segundo detalhou Riedel, é a criação do Fundo do Pantanal, que prevê que 50% dos valores de multas ambientais serão revertidas para este fundo, para ações no bioma.

O Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal (Fundo Clima Pantanal), o qual tem como objetivo específico: 

“promover o desenvolvimento sustentável do Bioma Pantanal e possibilitar a gestão das operações financeiras destinadas ao financiamento de Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais na AUR Pantanal”, informa o texto. 

Uma das ideias gerais é que, por exemplo, nos casos de aplicação de multas, 50% dos recursos arrecadados sejam destinados ao Fundo, os quais serão aplicado em benefício do Pantanal e dos produtores que cumprirem a lei. 

Alexandre Bossi, presidente do SOS Pantanal, afirma que, no geral, a construção do projeto de lei foi positiva, com produtores cedendo de um lado e ambientalistas de outro, até se chegar a um consenso.

“Mesmo abrindo mão dos percentuais de supressão vegetal que existem desde o decreto 2015, a gente ganhou porque está escrito agora que não é permitido soja e plantação de milho no Pantanal, isso não estava antes, então você vê que foi uma construção em que a gente cede aqui, vocês entregam ali”, acrescentou.

Riedel ressaltou que a lei tem objetivo de proteger o Pantanal, mas não resolve todos os problemas.

“Ela [lei] é direcionada à questão ambiental e à questão produtiva, mas sem dúvida nenhuma que, ao instituir um fundo que a gente pôs esse olhar sobre o bioma Pantanal, a gente desdobra em ações que são extremamente importantes não só para o bioma, mas para o Mato Grosso do Sul”, reforçou. 

Tramitação

O projeto de lei será votado em regime de urgência na Assembleia Legislativa, com expectativa de ser aprovado até o dia 20 de dezembro, segundo informou o presidente da Casa, Gerson Claro (PP).

Ante de ir para votação, o projeto será analisado pelos 24 deputados e deputadas estaduais para chegar a um texto equilibrado.

Nesta quarta-feira (29), haverá uma audiência pública para debater a proposta, aberta ao público externo e a Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, às 14h, no Plenário Júlio Maia.

De acordo com o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Renato Câmara (MDB), a ideia é discutir caminhos para amenizar qualquer possível divergência.

“Queremos achar um ponto de equilíbrio, para que a produção não ultrapasse os limites e possa dar continuidade a algo sustentável. Esse é um encaminhamento do ganha-ganha”, disse. 

Informações: Correio do Estado.

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Em evento, Arauco mostra gigantismo de investimento em MS

“Projeto Sucuriú”, que detalha toda a estratégia no Estado, foi explicado em almoço com a imprensa local

Durante evento nesta quinta-feira (30), em Campo Grande, a Arauco, empresa chilena que tem planos de inaugurar a maior fábrica de celulose do mundo em Mato Grosso do Sul, apresentou seu balanço anual de ações e perspectivas para 2024. De acordo com balancete, o ano se encerra com avanços importantes e ótimas perspectivas relacionadas ao Projeto Sucuriú, que se trata da primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil, que será inaugurada em Inocência, cidade distante 330 quilômetros da Capital. 

Durante encontro, que reuniu diretores da empresa e jornalistas, Carlos Altimiras, CEO da Arauco Brasil, disse que foram feitas muitas consultorias antes de decidir Mato Grosso do Sul para ser a “casa” da fábrica. “Foram muitos fatores, como a localização e distâncias, a logística de transporte e o solo […], encontramos em MS a melhor alternativa, tanto para a primeira linha [retorno imediato] como a longo prazo”, esclareceu à imprensa. 

O executivo ainda declarou que que a produção de celulose no Brasil é mais vantajosa que no Chile, pelas próprias condições climáticas e geográficas. Além disso, o CEO expôs que a fábrica deverá contar com 400 mil hectares de florestas de eucalipto para produzir celulose. Ele ainda explicou que por ser uma empresa chilena [estrangeira], a área não pode ser adquirida de forma legal, por isso terá que contar com áreas alugadas ou mediante usufruto.

Também presente na reunião, o gerente de Relações Institucionais e ESG, Theófilo Militão, contou que a instituição já esteve presente no município para realizar capacitações educacionais e profissionalizantes, eventos, oficinas de educação ambiental e formação de professores ao longo do ano a fim de desenvolver a comunidade local. 

Também, desde a assinatura do Termo de Acordo em 2022, diretores e equipe técnica da empresa têm se reunido com autoridades de Inocência e do governo do Estado, além de entidades como o Sistema S, formado por Sebrae, Sesi, Senac, Senai e Senar, FIEMS, e lideranças da região para planejamentos envolvendo a logística e infraestrutura do município.

Com planos de início das obras em 2025 e operação em 2028, a obra tem um investimento previsto de US$ 3 bilhões, com a previsão de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano. A expectativa é alcançar até o final do ano de 2024 a meta de ter disponível 80% dos cerca de 400 mil hectares.

Este ano também foi marcado para a empresa por estudos, planejamento e desenvolvimento sustentável das reservas florestais, que servirão de contribuição concreta para a construção de uma economia baseada no consumo de bens e serviços derivados do uso direto e transformação sustentável dos recursos naturais.

Sendo a primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como carbono neutro, as fazendas da Arauco em Mato Grosso do Sul também contam com certificação FSC® (Forest Stewardship Council®), que reconhece o manejo florestal ambientalmente adequado.

Informações: JD1 Notícias.

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