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STF: ADI 5.014

Supremo Tribunal Federal ratifica que não configura retrocesso ambiental a instituição de licenças ambientais de regularização e por adesão e compromisso (LAC)

Por: Leandro Mosello – Sócio fundador e diretor das áreas Ambiental e Corporativa da Mosello Lima Advocacia.

Situam-se no âmbito normativo concorrente e concretizam o dever constitucional de suplementar a legislação sobre licenciamento ambiental à luz da predominância do interesse no estabelecimento de procedimentos específicos para as atividades e empreendimentos do Estado da Bahia”. Com esta passagem o Ministro Dias Toffoli proferiu seu voto, que foi acompanhado pelos demais integrantes do STF, julgando improcedente a ADI 5014 que buscava a declaração de inconstitucionalidades de alteração da Lei da Política Estadual do Meio Ambiente da Bahia, que instituiu duas novas modalidades de licença ambiental (de regularização – LR e por adesão e compromisso – LAC) e  alterou a competência do Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEPRAM, sob a alegação de violação ao princípio da vedação ao retrocesso ambiental por suposta limitação quanto à participação popular por meio de audiências públicas.

É consolidado o entendimento do STF “no sentido da inconstitucionalidade formal e material de normas estaduais que estabelecem modalidade de licença ambiental menos protetiva ao meio ambiente ecologicamente equilibrado do que aquelas previstas na legislação nacional”, como registrado pela Ministra Carmem Lúcia em seu voto no julgamento da ADI 5014, porém, válido reproduzir a ressalva feita a tal entendimento pela mesma: “Essas peculiaridadesenfatizadas nas normas objeto da presente ação direta fazem com que a análise do caso conduza à conclusão de que o legislador baiano não teria exorbitado de suas atribuições e invadido a competência legislativa privativa da União para editar normas gerais em matéria ambiental, nem contrariado o dever constitucional de preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado”.

Ou seja, o que, de fato, o STF consolidou é que é constitucional o estabelecimento de modalidades de licenciamento ambiental pelos Estados, residindo tal feito no âmbito da competência legislativa concorrente dos Estados e Distrito Federal, prevista no art. 24, incisos VI e VIII da Constituição Federal, quando tais modalidades são vinculadas a condições específicas, sem aplicação geral e abstrata, desvinculada da definição de portes, potenciais poluidores e requisitos que motivem a especificidade, demonstrando que não se trata de renúncia à governança pela Administração Pública, mas, na realidade, ao aperfeiçoamento da gestão pública ambiental.

Este entendimento não é isolado na ADI 5014, sendo constado expressamente no julgamento da ADI 6808, ADI 5312 e ADI 6288, que conjuntamente dispõem que não é vedada a instituição de regimes simplificados de licenciamento ambiental, incluindo até a possibilidade de automatização de emissão da licenças ambientais, o que enseja a constitucionalidade, por exemplo e no caso da ADI 5014, da “LAC” (Licença por Adesão e Compromisso), que no Estado da Bahia se constituiu exemplo de correspondência precisa ao entendimento da Corte Suprema.

Isto porque, a LAC, nos exatos termos do art. 45, inciso VIII da Lei Estadual nº 10.431/2006, é “concedida eletronicamentepara atividades ou empreendimentos em que o licenciamento ambiental seja realizado por declaração de adesão e compromisso do empreendedor aos critérios e pré-condições estabelecidos pelo órgão licenciador, para empreendimentos ou atividades de baixo e médio potencial poluidor”, determinando a norma baiana ainda que esta modalidade de licença ambiental se aplique nos casos “em que se conheçam previamente seus impactos ambientais” ou “em que se conheçam com detalhamento suficiente as características de uma dada região e seja possível estabelecer os requisitos de instalação e funcionamento de atividades ou empreendimentos, sem necessidade de novos estudos”, com o complemento de que o rol de empreendimentos e atividades são definidos pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEPRAM.

É fato, que o STF, não apenas nas ADIs citadas, em paralelo ao fortalecimento do princípio da vedação ao retrocesso ambiental, tem verificado a necessidade de se esclarecer o que pode ser caracterizado como “retrocesso ambiental”, sob pena de banalização de uso deste princípio que é uma construção jurisprudencial. É o que podemos também extrair do célebre julgado das ADC 042 sobre a constitucionalidade do Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012), com destaque para o voto do Relator Ministro Luiz Fux, onde em múltiplas passagens destacou a legitimidade constitucional do legislador para estabelecer os elementos norteadores da política pública de proteção ambiental.

O Poder Legislativo dispõe de legitimidade constitucional para a criação legal de regimes de transição entre marcos regulatórios, por imperativos de segurança jurídica (art. 5º, caput, da CRFB) e de política legislativa (artigos 21, XVII, e 48, VIII, da CRFB). Os artigos 61-A, 61-B, 61-C, 63 e 67 da Lei n. 12.651/2012 estabelecem critérios para a recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de acordo com o tamanho do imóvel. O tamanho do imóvel é critério legítimo para definição da extensão da recomposição das Áreas de Preservação Permanente, mercê da legitimidade do legislador para estabelecer os elementos norteadores da política pública de proteção ambiental, especialmente à luz da necessidade de assegurar minimamente o conteúdo econômico da propriedade, em obediência aos artigos 5º, XXII, e 170, II, da Carta Magna, por meio da adaptação da área a ser recomposta conforme o tamanho do imóvel rural.

Logo, bem fez o Supremo Tribunal Federal ao reconhecer a constitucionalidade dos dispositivos da Lei da Política Estadual do Meio Ambiente do Estado da Bahia, consolidando que são constitucionais regimes diferenciados e simplificados de licenciamento ambiental, o que em última análise implica em reconhecer que o dinamismo social e das formas de controle e governança ambiental, na realidade impõem à Administração Pública, sobretudo, aos Estados federados que se valham da competência legislativa outorgada pelo art. 24 da Constituição Federal para inovação e busca permanente para a eficiência no processo de licenciamento ambiental, que não pode ser visto como imutável, nem violador da vedação ao retrocesso ambiental, pela simples otimização de procedimentos.

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Como erva-mate está ganhando o mundo graças a Messi e outros ’embaixadores’

Futebolistas sul-americanos que jogam no exterior, como o argentino Lionel Messi, vêm ajudando a difundir o consumo de chimarrão, que já é chamado de ‘a bebida dos campeões’

São 10h30 da manhã nas calmas e amplas ruas do bairro de La Paternal, em Buenos Aires, na Argentina – uma região de pequenos edifícios residenciais, armazéns e estúdios de arte.

Marcela Coll escala e gira sobre um tecido acrobático preto suspenso no beiral da sua escola de circo, chamada Circódromo. Ela desliza graciosamente até cair sobre o tapete e se dirige à garrafa térmica com água quente e ao recipiente cheio de folhas secas de erva-mate.

Coll despeja água sobre as folhas e toma o líquido verde-claro quente resultante pela bomba de metal. E despeja mais água sobre as mesmas folhas em seguida.

Com a garrafa térmica embaixo do braço e a cuia na mão, ela observa uma aluna ser puxada para cima pelo tecido.

Consumido principalmente na Argentina, Uruguai, Paraguai e no sul do Brasil (sem falar na Síria e no Líbano), o tradicional mate ou chimarrão é um chá quente, amargo e cheio de cafeína, preparado com a imersão das folhas secas de erva-mate.

As folhas são colocadas em uma cuia – o recipiente em forma de copo, também chamado de “mate” em espanhol. A cuia pode ser feita de uma série de materiais. A tradicional é de cabaça ou porongo seco, mas existem cuias de madeira, metal, vidro recoberto de couro e de silicone.

A água quente (idealmente a 75 °C, para não queimar as folhas) de uma chaleira ou garrafa térmica é despejada sobre as folhas. O chá resultante é sorvido pela bomba de metal por várias vezes, até surgir um ruído característico, indicando que o líquido dentro da cuia acabou. É hora de despejar mais água e passar a cuia para outra pessoa.

Há pessoas que acrescentam cascas de limão ou laranja, hortelã ou verbena ao chimarrão. Outras fazem uso de ingredientes mais controversos, como açúcar, mel, pó de café e até uísque.

Embaixadores do chimarrão

As últimas décadas trouxeram a expansão do consumo da erva-mate fora da América do Sul.

Karla Johan é sommelier de mate na província argentina de Misiones. Ela atribui o fenômeno, em parte, aos jogadores de futebol argentinos e uruguaios, que levaram o hábito de tomar chimarrão para a Europa, quando se mudaram para os clubes locais.

Pode-se até dizer que o chimarrão é a “bebida dos campeões”. Na sua viagem até o Catar para disputar – e vencer – a Copa do Mundo de 2022, a seleção argentina levou consigo 240 kg de erva-mate.

Erva-mate
Para o mestre do chá argentino Diego Morlachetti, o chimarrão ‘é feito para compartilhar’.

“Agora, com [Lionel] Messi morando em Miami [EUA], ele se tornou um grande embaixador da erva-mate, como uma vitrine viva do consumo de chimarrão”, segundo Johan. Detalhe: Messi consome erva-mate do Uruguai e não da Argentina.

Recentemente, a plataforma de mensagens WhatsApp introduziu o emoji de chimarrão, indicando o aumento da popularidade da erva-mate entre as pessoas que buscam manter estilo de vida mais saudável na era pós-pandemia.

A erva-mate, segundo Johan, contém níveis mais altos de antioxidantes do que o chá verde e o vinho tinto, uma poderosa combinação de vitaminas (A, B, B1, B2 e C), 15 aminoácidos e diversos sais minerais (ferro, magnésio e potássio) provenientes do solo argiloso onde a planta é cultivada.

Estas qualidades talvez expliquem por que o chimarrão é um remédio comum contra a ressaca na Argentina e no Rio Grande do Sul, onde o chimarrão é onipresente – um fiel companheiro para as grandes e pequenas tarefas do dia a dia.

Mas, ao contrário do chá e do café, o chimarrão não costuma ser consumido em cafeterias. Ele está presente em casa, no trabalho, nos parques, no transporte público, na sala de aula e na academia de ginástica.

“Eu me lembro de tomar grandes decisões tomando chimarrão, como o Circódromo”, conta Coll.

“O mate sempre faz parte dos momentos mais criativos da minha vida. E, quando acordo de manhã, a primeira coisa que digo é matecito, matecito… Mas o mate não serve apenas para acordar; é também algo mais social, para compartilhar”, explica ela.

Tradição dos guaranis

A tradicional roda de chimarrão, com a cuia passando de mão em mão, e o consumo da erva-mate em geral têm origem entre os povos indígenas guaranis. O grupo existe há pelo menos cerca de 1,5 mil anos e vive até hoje no território que forma o sul do Brasil, o norte da Argentina e o Paraguai.

Os guaranis acreditavam nos poderes espirituais da erva-mate. Para eles, “compartilhar o mate era uma forma de unificar os seus espíritos”, afirma Diego Morlachetti, mestre do chá e um dos diretores da Escola de Chá da Universidade Aberta Interamericana, na Argentina.

Para os guaranis, a erva-mate também era uma rica fonte de diversos nutrientes e servia como supressor do apetite. Estas duas propriedades os ajudavam a sobreviver por longas caminhadas.

Os indígenas usavam a erva-mate para tingir tecidos, tratar problemas do fígado e até como parte dos seus rituais religiosos, purgando-se para purificar o seu espírito. Na verdade, foi esse ritual de purga que chamou a atenção dos missionários jesuítas que chegaram da Europa em meados dos anos 1500.

“Os jesuítas inicialmente proibiram o consumo da erva-mate, quando observaram que o povo guarani, às vezes, exagerava no consumo e vomitava”, explica Johan.

“Mas, depois, os jesuítas perceberam que poderiam comercializar a erva-mate. Por isso, eles formaram plantações e vendiam erva-mate nos dois lados do Rio da Prata [que, hoje, separa Buenos Aires da costa oeste do Uruguai], para a Bolívia, o Peru e o sul do Chile.”

A busca pela erva-mate sustentável

A produtora de erva-mate Marina Parra mantém uma fazenda orgânica em Misiones, no nordeste da Argentina. Ela afirma que “o mate faz parte da nossa identidade ancestral, mas, infelizmente, o uso de herbicidas e fertilizantes nas plantações se espalhou de forma alarmante. O solo sofreu erosão e ficou empobrecido.”

Parra faz parte de um grupo número cada vez maior de produtores que promovem a gestão sustentável da produção de erva-mate, para gerar plantas mais resistentes às mudanças climáticas. Eles adotaram mudanças como a incorporação de árvores nativas para fornecer sombra, insetos polinizadores, safras de cobertura, composto e esterco.

Plantação de erva-mate
Cada vez mais produtores de erva-mate, como Marina Parra, defendem a gestão sustentável da produção.

Atualmente, cada país apreciador de chimarrão tem a sua própria combinação preferida da erva.

Na Argentina, as folhas de erva-mate são envelhecidas naturalmente por até dois anos e contêm pequenos galhos da planta. Já o Uruguai combina folhas envelhecidas com outras em pó, com a mínima quantidade de galhos. Esta mistura é conhecida pela longa duração do seu sabor.

A erva-mate brasileira pode ser imediatamente reconhecida pela sua coloração verde-neon e sua aparência de pó, já que as folhas não passam pelo envelhecimento e são moídas finas. Este processo resulta em um sabor suave e levemente adocicado.

E o Paraguai, com seu clima tropical úmido, é mais convidativo para o consumo da erva-mate com água fria – o chamado tereré. Por isso, a erva-mate do país inclui a adição de frutas e ervas secas. A combinação mais famosa inclui boldo e hortelã.

Embora os consumidores mais experientes sejam fiéis à forma mais tradicional de chá quente, diversas marcas argentinas encontraram outros usos para a planta, como o gim artesanal com infusão de mate (Apóstoles e Kalmar), a cerveja artesanal (Laska), kombucha sabor mate (Aloja) e erva-mate em pó para uso em massas e até em cremes de beleza.

E é claro que três dos pratos mais populares da Argentina também receberam o toque da erva-mate: o sorvete da Helados Garavano, na província de Corrientes, os tradicionais alfajores e a pizza com cobertura de mussarela sabor erva-mate, invenção da pizzaria Dolce Vita na cidade de Apóstoles, em Misiones.

Erva-mate
Na Argentina, alimentos populares hoje são oferecidos com sabor de erva-mate.

Nas últimas décadas, marcas como a norte-americana Guayakí e a alemã Club-Mate passaram a oferecer erva-mate na forma de refrigerante ou energético saudável com sabor de frutas, em latas e garrafas. Agora, diversas marcas argentinas, como Yará (do produtor de erva-mate Origen) e Yací, vendem localmente esta releitura do chimarrão.

Só o tempo irá dizer se essas novas tendências terão sucesso nos países onde o chimarrão é uma tradição nacional ou regional.

Diego Morlachetti acredita que a versão do mate pronto para beber pode funcionar para o mercado norte-americano, mas, “na Argentina, o mate sempre foi questão de ritual”.

“O chimarrão não é algo prático. Você precisa da cuia, da bomba, das folhas de erva-mate e da garrafa térmica com água quente. Mas esta é a sua beleza.”

Para Morlachetti, o chimarrão “é feito para compartilhar”.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Travel.

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Projeto que vai estimular economia florestal é apresentado em São Paulo

Ministério da Agricultura e Pecuária reúne representantes de diversos setores para discutir Plano Floresta + Sustentável; rede vai conectar participantes

Identificar cadeias produtivas florestais, aumentar a área de florestas plantadas para fins comerciais e implantar uma rede que vai conectar instituições detentoras de projetos e investidores. Essas são algumas ações previstas no Plano Floresta + Sustentável, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apresentado na última sexta-feira (10) a representantes de vários setores em São Paulo.

O encontro ocorreu na sede da Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo (SFA-SP) e foi conduzido por Jaine Cubas, coordenadora-geral de Desenvolvimento Florestal do recém-criado Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do ministério.

Segundo ela, esses encontros para discutir as ações devem ocorrer também em outros Estados. A expectativa é que o plano seja lançado pelo ministro Carlos Fávaro ainda em novembro, com a divulgação de edital para recebimento de projetos na área. A ideia é conectar as ideias com investidores que queiram associar suas marcas a políticas públicas de reflorestamento. Jaine foi recebida pelo superintendente Guilherme Campos e pela chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural da SFA-SP, Marcia Schmidt.

A coordenadora indicou alguns temas que devem ser contemplados em projetos, como sementes florestais, viveiros florestais, produção de mudas, manejo florestal, sistemas agroflorestais, pesquisa e desenvolvimento, conservação de espécies ameaçadas, negócios de carbono, entre outros.
Guilherme Campos reforçou que esse tipo de política pública ligada à economia florestal é uma das prioridades do ministro Fávaro. “É muito interessante porque essa iniciativa não contempla apenas o negócio da madeira, mas também produtos florestais que podem favorecer as indústrias química, farmacêutica, alimentícia e automobilística”, afirmou. A SFA-SP vai apoiar a ação, que deve se destacar enquanto política do governo federal.

Jaine disse que o Floresta + Sustentável pretende encorajar proprietários de terras a estabelecerem florestas plantadas. “Queremos desmistificar a ideia de que reflorestamento é apenas eucalipto e pinus. Há muitas alternativas para o uso sustentável de florestas plantadas ou nativas”, afirmou.

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Gigante do Agro vai plantar “mil campos de futebol” de eucaliptos

Empresa líder em produção e distribuição de fertilizantes no Matopiba vai investir R$ 22 milhões para plantar “mil campos de futebol” de eucaliptos; ao todo, o projeto é plantar 1,3 milhão de eucaliptos para tornar a empresa autossuficiente em biomassa

Para reforçar seu compromisso com a sustentabilidade, a Galvani, uma das maiores produtoras de fertilizantes fosfatados do país com mais de cinco décadas de trabalho, anuncia o início do projeto de formação florestal que vai tornar a empresa autossuficiente na geração de energia a partir de biomassa em 2029. A empresa anunciou, na última semana, que irá investir R$ 22 milhões no plantio de uma floresta de eucaliptos em uma área de 1,3 mil hectares, o equivalente a mais de mil campos de futebol. 

Para tanto, até abril de 2024, a Galvani prevê o plantio e o crescimento de uma floresta de eucaliptos em uma área de cerca de 1,3 mil hectares. As mais de 1,3 milhão de árvores plantadas serão distribuídas em três fazendas de propriedade da empresa, localizadas na cidade de Barreiras, município vizinho a Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, onde a Galvani opera um complexo industrial que produz cerca de 700 mil toneladas de fertilizantes fosfatados por ano.

Com 6,5 milhões de ha, maior pecuarista do mundo possui 500.000 bovinos A expectativa é que, ao final do ciclo florestal, a partir de 2029, o plantio gere mais de 260 mil toneladas de biomassa. Este volume será suficiente para abastecer integralmente a fábrica de fertilizantes localizada no Oeste da Bahia.

Com investimento de R$ 22 milhões, a empresa prevê a redução de 40% nos custos de aquisição da matéria e reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Serão mil árvores a cada hectare, um total de 1,3 milhão de eucaliptos.

Segundo o diretor-presidente da Galvani, Marcelo Silvestre, o projeto faz parte de uma estratégia da empresa em participar mais ativamente de ações de preservação. “Além de contribuir com projetos sociais, educacionais e culturais, temos nos debruçado na implantação de projetos cada vez mais sustentáveis, e a autossuficiência em biomassa, com o plantio de eucaliptos, está alinhada aos nossos objetivos e ao nosso empenho para a preservação da fauna e flora”, informa Marcelo Silvestre, diretor-presidente da Galvani.

Compromisso com a sustentabilidade

Recentemente, a Galvani conquistou o seu primeiro financiamento verde, cerca de  R$ 15 milhões, para um projeto de gestão de recursos hídricos em sua fábrica de fertilizantes em Luís Eduardo Magalhães. A ação tem como objetivo reduzir em 50% o consumo de água de poço artesiano na unidade por meio de uma infraestrutura que irá captar, armazenar e reciclar a água das chuvas. Também será implantada uma estação de tratamento desta água pluvial captada no Complexo Industrial de Luís Eduardo Magalhães.

O novo sistema de armazenamento e tratamento, terá capacidade de gerar 140 mil m³ de água tratada por ano e deve entrar em operação em dezembro deste ano.

Cabe ressaltar que, o financiamento foi obtido após aprovação da Natural Intelligence (Nint), consultoria em práticas ESG da América Latina e Caribe, que analisa parâmetros nacionais e internacionais, sugerindo o projeto para captação de recursos. Os números da empresa em 2022, mostram que a Galvani produziu 225 mil toneladas de concentrado fosfático e 177 mil toneladas de ácido sulfúrico, com aumento de 10,9% e 19,8% respectivamente em relação a 2021.

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Quem pode fazer a poda de árvores? – Saiba quem são os profissionais envolvidos nesse tipo de serviço

Crea-SP destaca o papel do responsável técnico no plantio e manejo da vegetação urbana

Os ventos que, na sexta-feira passada, ocasionaram a queda de árvores e falta de energia em todo o estado de São Paulo, com grande impacto na capital paulista, trouxeram à tona a urgente necessidade de cuidados com a arborização urbana. Provedoras de diversos benefícios para a saúde humana e do meio ambiente, a tendência é que as árvores façam cada vez mais parte do visual das cidades como alternativas efetivas na manutenção do equilíbrio térmico em meio às metrópoles. 

A atenção com a saúde arbórea, apesar de não excluir totalmente a possibilidade de incidentes como os causados pelos ventos de 100 quilômetros por hora, é o que pode evitar catástrofes. A atuação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) é fundamental neste cenário, que inclui, em seus planos de fiscalização, a verificação da presença de profissionais e empresas habilitados e registrados em serviços de plantio, poda, transplante, manejo e supressão de espécies vegetais. 

A poda, que é uma dessas atividades, pode ser realizada de diferentes maneiras, seja para limpeza, elevação de copas, por motivos de decoração ou em situações emergenciais, quando a amplitude da árvore oferece algum tipo de risco. A remoção dos ramos, no entanto, não deve ser executada de qualquer forma, uma vez que a falta de conhecimento técnico implica no estado fitossanitário da espécie trabalhada. Quem pode ser responsável técnico por isso é o engenheiro agrônomo ou o engenheiro florestal, mediante autorização da administração municipal. Ou seja, antes de cortar qualquer árvore, é necessário passar primeiro por uma avaliação. 

“As fases deste trabalho envolvem diferentes profissionais, o que requer uma estratégia multi e interdisciplinar”, explica a conselheira do Crea-SP, engenheira florestal Evandra Bussolo Barbin. A integração deve ser feita com engenheiros civis, urbanistas e eletricistas, que podem propor os projetos de rede de saneamento em uma relação harmônica entre os elementos de construção civil e estruturais das cidades, além das redes elétricas e de telecomunicações, com as espécies. “São trabalhos que requerem uma integração muito grande nos projetos de engenharia para bons resultados da arborização urbana, uma vez que há os profissionais que são responsáveis por todo o planejamento das obras civis, ao mesmo tempo em que os engenheiros agrônomos e florestais são qualificados para recomendar quais são as espécies vegetais arbóreo/arbustivas indicadas para determinadas regiões e quais são os cuidados ideais, como as definições sobre a distância de fios, casas e edificações para a segurança da população”, completa Evandra. 

Existem regulações para tais atividades. Na cidade de São Paulo, é a lei municipal 17.267/2020. No Estado, as resoluções 07/2017, 072/2017 e 05/2010 da Secretaria de Meio Ambiente, e, nacionalmente, o Código Florestal e a Lei de Crimes Ambientais. “A arborização urbana deve ser universal e não tratada como infraestrutura de luxo, pois é algo que precisa fazer parte do planejamento urbano”, comenta o vice-presidente no exercício da Presidência do Crea-SP, engenheiro Mamede Abou Dehn Jr. 

O controle deve ser feito ainda a partir de aprovações nos órgãos licenciadores, a exemplo do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (GRAPROHAB) da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e das prefeituras. E, por meio da fiscalização, realizada pelo Crea-SP, que verifica o registro e atribuição de profissionais e empresas; das Polícias Ambiental e Civil, que apuram violações administrativas e criminais, respectivamente; e dos próprios municípios. “A arborização urbana precisa ser amparada por estudos tecnocientíficos, projetos, implementação e manutenção periódicos e contínuos, visando a segurança da população e a saúde da vegetação”, conclui Mamede. 

O Conselho também trata do tema entre profissionais e gestores públicos com apresentação de metodologias de fiscalização, que são adotadas pelos agentes fiscais do Crea-SP, e orientadas às prefeituras.

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Suzano está com três novas vagas abertas para área florestal em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com três novas vagas abertas para atender suas operações da área florestal em Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Para concorrer à vaga de Técnico(a) Operações Florestais III épreciso atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Técnico completo ou Superior cursando; possuir CNH categoria “B”; ter experiência intermediária nos processos de operação florestal e possuir habilidade intermediária/avançado com Pacote Office. As inscrições ficam abertas até a vaga ser preenchida e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5389101?jobBoardSource=gupy_portal.

Há também uma vaga para Técnico(a) Silvicultura III. Para concorrer, os pré-requisitos são: ter Ensino Técnico completo ou superior cursando; possuir CNH categoria “B”; ter experiência intermediária nos processos de operação florestal e possuir habilidade intermediária/avançado com Pacote Office. As inscrições ficam abertas até a vaga ser preenchida e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5930149?jobBoardSource=gupy_portal.

Para concorrer à vaga de Técnico(a) PCP Florestal II épreciso atender aos seguintes pré-requisitos: ter Curso Técnico em Edificações, Silvicultura, Florestal ou Superior completo, preferencial em Engenharia Florestal, Agronômica ou Civil; possuir CNH categoria “B” ou acima e ter conhecimento intermediário no pacote Office. É desejável possuir conhecimento com Power BI; conhecimentos de SIG, GPS e navegadores de campo; conhecimento de geoprocessamento e topografia e ter vivência com aplicativos/programas para edição de mapas. As inscrições ficam abertas até o dia 19 de novembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5912297?jobBoardSource=gupy_portal.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Reflorestar inicia demonstração de plantio mecanizado na Suzano

A iniciativa faz parte da reestruturação da Reflorestar em oferecer soluções para o mercado florestal desde o preparo de solo até o carregamento de madeira

Referência em atividade mecanizada de colheita e carregamento de madeira em áreas reflorestadas, a Reflorestar Soluções Florestais dá mais um passo na ampliação de seu portfólio para atender as demandas dos clientes. A empresa iniciou as operações de demonstração de plantio mecanizado para a Suzano, em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul (MS). Esta iniciativa engloba as atividades de plantio, fertilização e irrigação, agilizando o processo e otimizando a mão de obra para o reflorestamento.

De acordo com o diretor florestal Igor Dutra de Souza, a aposta na nova modalidade faz parte da reestruturação pela qual a Reflorestar vem passando nos últimos anos. “Queremos oferecer soluções para todas as necessidades dos nossos clientes. Já atendíamos com eficiência na área de colheita mecanizada e carregamento de madeira. Agora, vamos contribuir também com soluções mecanizadas de silvicultura. Desta forma, a empresa se consolida no mercado florestal de ponta a ponta”, afirma.  

As operações de plantio mecanizado na Suzano são realizadas com a plantadora Komatsu montada na escavadeira hidráulica PC 240 com o cabeçote duplo da Bracke P22.b, ou seja, duas mudas são plantadas ao mesmo tempo, dando celeridade ao processo. O cabeçote duplo atende o plantio em área plana ou inclinada em qualquer tipo de solo.

A muda é colocada na bacia formada pelo cabeçote na terra e depois “fixada” com uma compressão suave. O fertilizante é aplicado durante o plantio e logo após, ocorre a irrigação. Em apenas 1 hora, a Reflorestar conseguiu plantar cerca de 500 mudas, superando as expectativas. “A plantadora Komatsu oferece um plantio de precisão, com alta performance, conjugando o plantio, a adubação e a irrigação, aliado a um baixo índice de reposição de mudas. Também possui baixo consumo de combustível, o que permite uma melhor eficiência energética e total segurança para o nosso operador”, explica Souza.

Todas as funções são controladas na cabine do operador pelo sistema de controle e pelos botões do joystick. O profissional tem acesso a várias informações, tanto das configurações da máquina e cabeçote, como da operação de plantio.

A viabilidade do processo de plantio, oferecida pela Reflorestar, também facilita para o cliente que encontra na empresa a solução para todas as suas demandas, com o comprometimento e com a confiabilidade de quase 20 anos no mercado florestal.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Voith assina importante contrato de conversão que criará linha de papel-embalagem de última geração

HEIDENHEIM, ALEMANHA. Uma fabricante mundial de embalagens e papéis recentemente contratou a Voith para converter sua máquina em uma linha de produção de papel-embalagem reciclado de última geração. O start-up da linha reformada está previsto para 2025.

A solução personalizada da fornecedora completa e líder de mercado Voith inclui um sistema de preparação de massa BlueLine com máxima economia de recursos, a conversão da máquina de papel existente para uma eficiente máquina XcelLine, diversos contratos de serviços e um amplo pacote de vestimentas para a máquina. A reforma da enroladeira existente exigirá um projeto de engenharia complexo para poder operar com papel-embalagem.

“Estamos orgulhosos com a assinatura do contrato desta reforma tão desafiadora”, afirma Martin Jauch, vice-presidente sênior global de Reformas da Voith. “Este pedido não só confirma nossa liderança como fornecedora completa, mas também evidencia como nossos clientes valorizam nossas soluções tecnológicas. O cliente se beneficiará do número reduzido de interfaces e do fornecimento do escopo completo do projeto. Continuaremos a usar nossas inovações não só para superar as expectativas dos nossos clientes, mas também para contribuir para o desenvolvimento do setor papeleiro mundial.”

O pacote personalizado do projeto abrange todo o processo de fabricação de papel, desde a preparação de massa até a enroladeira. A alta eficiência da linha reformada pela Voith atenderá às necessidades do cliente ao mesmo tempo em que otimiza o aproveitamento de seus recursos. Assim, a linha de preparação de massa BlueLine garantirá alta qualidade e uniformidade da massa, além do máximo rendimento das fibras e mínimo consumo de energia. O coração do sistema de preparação de massa é um IntensaPulper com sistema de descontaminação TwinPulp, que proporciona uma depuração rápida e eficiente.

Outro destaque é o InfiltraDiscfilter equipado com a tecnologia patenteada sem sacos FloWing para oferecer o melhor desaguamento. Também será instalado um sistema de água, lodo e rejeitos (WSR, ou water, sludge and reject) da Meri, subsidiária da Voith.

A máquina de papel será equipada com tecnologias de ponta, incluindo uma caixa de entrada MasterJet Pro, o comprovado formador de sapatas DuoFormer CB, uma prensa DuoCentri NipcoFlex, um SpeedSizer AT para uma aplicação uniforme do revestimento por filme e uma enroladeira MasterReel para garantir a mais alta qualidade de enrolamento. A complexa engenharia necessária para converter a enroladeira existente em uma VariFlex Performance permitirá aumentar significativamente a eficiência e produtividade de toda a linha.

Além dos amplos pacotes de serviços e vestimentas, a Voith fornecerá e instalará a tecnologia de automação OnControl (sistemas DCS e MCS) para o controle e visualização dos processos de produção; o sistema de controle de qualidade (QCS) OnQuality com os atuadores ModuleJet, ModuleSteam e ModulePro; scanners para controle de gramatura e umidade; bem como o painel de controle OnView. Estas soluções permitirão ao cliente estabilizar e otimizar a qualidade de todo o seu processo de produção.

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 21.000 colaboradores, gera € 4,9 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedora completa para o setor papeleiro, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

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Eldorado Brasil tem recordes de produção e vendas no 3º trimestre

Volume de produção e vendas atingem marcas históricas com 479 mil toneladas e 534 mil toneladas, respectivamente; EBITDA ajustado foi de R$ 546 milhões com margem de 38,5%; dívida líquida atinge menor nível histórico com R$ 1.537 milhões

Três Lagoas, 13 de novembro de 2023 – De julho a setembro, a Eldorado alcançou um novo patamar de vendas de celulose de 534 mil toneladas, 13% acima do volume do segundo trimestre. A produção de 479 mil toneladas no período também foi recorde, no ano em que a empresa completa 11 anos de operação.

“Mesmo em condições mais adversas no mercado de celulose, as operações da Eldorado tiveram mais um trimestre de destaque apresentando novos recordes trimestrais de produção e vendas”, afirma Fernando Storchi, diretor de Financeiro e de Relações com Investidores da Eldorado.

O lucro bruto no trimestre foi de R$ 716 milhões, 1,5% e 55,6% menor, respectivamente, do que o 2T23 e o 3T22, enquanto a margem bruta chegou a 50,5%, frente aos 48,8% do trimestre anterior.

Já o EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 546 milhões, com margem de 38,5%; e margem EBIT ajustado (resultados antes dos juros e impostos), de 27%, reforçando a boa performance operacional da companhia.

O custo caixa de produção foi R$ 875/t (US$ 179/t), um leve aumento de 1,7% devido principalmente à maior participação de madeira de terceiros. O fluxo de caixa livre, mesmo em proporção inferior aos períodos anteriores, colaborou com a redução da dívida líquida, registrada em R$ 1,537 bilhão, atingindo o menor patamar histórico da companhia.

Investimentos

Durante o trimestre os investimentos totalizaram R$ 233 milhões, incluindo atividades de manutenção florestal, industrial e logística. Em 31 julho, a Eldorado inaugurou seu novo terminal portuário em Santos. A operação vai permitir à companhia ganhar mais eficiência na exportação, triplicando sua capacidade de escoamento de produção e reduzindo custos logísticos.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. A companhia opera em Três Lagoas (MS) uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Em energia limpa, há geração de 50 megawatts/hora de energia na usina termelétrica Onça Pintada, além da mesma quantidade na planta de celulose – que é autossuficiente. A base florestal é de mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. Para dar condições para operar em níveis de excelência, a companhia conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais. Em Santos (SP), a Eldorado Brasil opera um dos maiores terminais portuários multimodais da América Latina, com capacidade para exportar até 3 milhões de toneladas de celulose por ano.

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Tetra Pak investe milhões de euros para desenvolver caixa longa vida 100% celulose

A companhia estima investimentos anuais de 100 milhões de euros entre 2020 e 2030 para cumprir sua ambiciosa meta de sustentabilidade

A Tetra Pak tem metas ambiciosas de sustentabilidade para suas embalagens e, para cumpri-las, estima que terá investido 100 milhões de euros por ano entre 2020 e 2030. Dentre seus objetivos, destaca-se o de produzir uma caixa longa vida 100% de celulose, considerando que hoje cerca de 91% da embalagem (em peso) pode ser renovável, mas com vistas de chegar a 100% de material renovável e/ou reciclado.

“O desafio é chegar a uma embalagem 100% de fibra, é isso que o consumidor vai olhar. Mas antes disso, temos de ter soluções para qualquer coisa que o cliente queira ou a legislação determine”, afirmou a diretora de sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul, Valéria Michel.

Diante disso, a multinacional possui um grande desafio à frente. No último ano, a companhia produziu 15 bilhões de embalagens para o mercado doméstico em sua operação local, alcançando um faturamento de R$ 7,2 bilhões. Nesses produtos existem seis camadas que formam as embalagens cartonadas assépticas, ou caixa longa vida, sendo que ao menos três não podem ser substituídas por materiais de fonte renovável – a de alumínio e duas plástico.

Dessa forma, enquanto realiza aportes milionários em novas soluções, a Tetra Pak também tem investido seus esforços para reaproveitamento das embalagens. A empresa é responsável pela estruturação da cadeia de reciclagem das embalagens longa vida no Brasil e, neste ano, tem enfrentado adversidades quanto à queda dos preços das aparas de papel.

De acordo com Valéria Michel, os incentivos aos recicladores parceiros têm passado até por arcar com 100% dos custos de frete para evitar uma ruptura nessa cadeia. Nesse contexto, os desafios englobam além da questão comercial, gargalos na coleta de resíduos nos municípios e nos hábitos do consumidor – que nem sempre sabe que o produto é reciclável. Atualmente somente 32,5% das embalagens produzidas pela Tetra Pak no Brasil são recicladas, por meio de projetos como Conexões e Recicla Cidade.

Além disso, segundo a executiva, as ambições da multinacional também compreendem uma visão de economia circular de baixo carbono, abrangendo desde o uso de materiais certificados – como os cartões fornecidos pela Klabin e materiais estratégicos de outros fornecedores –, às operações industriais sustentáveis e apoio na busca por soluções de menor impacto ambiental, bem como a responsabilidade social.

A multinacional possui fábricas operando em Monte Mor (SP) e Ponta Grossa (PR) com Certificação Lixo Zero, emitida pela Zero Waste International Alliance, além de operar no país com consumo de 100% energia renovável. A unidade fabril paulista ainda possui o único centro de inovação da multinacional na América Latina e, neste ano, ganhou o prêmio máximo de eficiência industrial do Japan Institute of Plant Maintenance (JIPM), referência mundial nessa área.

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