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Exclusiva – Casa cheia! Palestras do primeiro dia do BioComForest contam com grande presença de público

O evento aborda as principais tendências sobre biomassa, compostagem e floresta; confira comentários dos palestrantes

Teve início nesta terça-feira (30), o BioComForest – 1º Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta, no campus Unesp (Faz. Lageado), em Botucatu (SP). Com a ‘casa cheia’, as palestras na parte da manhã deram início ao evento, que se estendeu também no período da tarde em paralelo com a feira, dia de campo e Curso Teórico e Prático de Compostagem. O evento conta com o apoio das principais empresas e entidades dos setores no Brasil e do exterior.

No BioComForest os participantes encontram profissionais ligados diretamente aos setores de biomassa, compostagem e floresta, com público seleto e com interesse direto no assunto, além de ser o primeiro e único evento especializado nestes segmentos no Brasil e no mundo.

No total serão três dias de evento. Para o participante que optou por participar do cronograma completo, a programação se inicia às 8h, e se encerra às 17h30. O campus da FCA/UNESP (faz. Lageado) de Botucatu, foi meticulosamente arquitetado, com estrutura completa, para explorar insights, fazer benchmarking, ampliar networking e promover conhecimentos aplicáveis às organizações, nos campos da inovação e sustentabilidade.

Palestras de 30/07

O 1º período de palestras do BioComForest, teve como tema principal: ‘Florestas Energéticas para a produção de biomassa’, e mediador o prof. Saulo Guerra, diretor da Agência Unesp de Inovação – AUIN.

Dentro do tema, Augusto Massaro Gonzaga, sócio-diretor UNA Florestal, informou em sua palestra: “Observamos que hoje em dia as principais intercorrências que podem afetar na produção de mudas, estão relacionadas muitas vezes ao planejamento. Isso é o que muitas vezes, balança a demanda e a oferta. No pós-pandemia por exemplo, tínhamos uma demanda que atendia o mercado, mas no geral, empresas pararam de plantar, o mercado esfriou, e aí quando o mercado aqueceu novamente, voltou com alta demanda. E aí, em casos como estes, ocorre um delay na formação de jardim clonal, de voltar a estaquear, de voltar a produzir. Novas exigências e adequações do mercado, por exemplo, a mecanização, também podem impactar na capacidade de produção das empresas fornecedoras, sendo necessário analisar cada passo dado nesse sentido, novamente, com planejamento. É o nosso recado principal que deixamos para quem atua nesse segmento”.

Celso Medeiros, diretor da CM Florestal, frisou: “É um grande prazer poder contribuir com o público do BioComForest com nossa experiência, adquirida em grande parte no MS, e falar sobre falar energéticas, um tema bastante importante e atual para o segmento florestal. E o evento soma essa proposta de reunir profissionais atuantes nos três segmentos num mesmo local, se tornando bastante oportuno.”

Manoel de Freitas, consultor florestal, ressaltou sobre o tema de sua palestra: “A quantidade de árvores ideal para que se tenhamos a produção de biomassa de forma mais econômica e eficiente, como por exemplo, o papel das qualidades e características necessárias para fins energéticos. Reconheço que foi excelente escolha do evento, muito importante, colocar como tema principal para as primeiras palestras neste primeiro dia, a produção de madeira para fins energéticos.”

Encerrando o primeiro bloco do dia das palestras, Moacir Reis, o diretor do Grupo Mutum, e vice-presidente da Reflore/MS, destacou: “O BioComForest é um evento que já nasce muito dinâmico e focado nesses segmentos, onde temos temas sobre inovações, tecnologias e realidades, que se fazem necessários serem discutidos. Eventos como este ajudam o setor florestal a continuar crescendo.”

Já no segundo período de palestras do evento, o tema central foi ‘Tratos culturais para uma boa produtividade’, tendo como mediador o diretor florestal da Eucatex, Hernon Ferreira.

Na ocasião, o Prof. Carlos Wilcken, da FCA/UNESP, comentou sobre seu tema: “Em nossa mesa redonda do segundo bloco, abordamos sobre o manejo de pragas, não só das pragas específicas, mas também do que aflige o setor. Nossa conclusão é que embora já existam uma variedade de produtos no mercado, precisamos ainda continuar desenvolvendo muita pesquisa para melhorar nossos índices de produtividade.

Já o Prof. Caio Antônio Carbonari, da FCA/UNESP, informou que: “Dentro deste painel, o objetivo de minha palestra foi falar sobre os prejuízos e desafios do manejo de plantas daninhas, bem como a diversidade de plantas daninhas que temos dentro do setor florestal, frente a complexidade das florestas nas diversas regiões do Brasil. Além disso, também discutimos em relação as oportunidades que temos em avançar em matocompetição, em termos de redução de custos, também como podemos explorar os herbicidas que temos disponíveis, e principalmente aqueles de uso de pré-emergência, levando em consideração todos os ajustes necessários para o seu uso.”

Sobre sua palestra, o consultor florestal Pedro Francio Filho enfatizou: “Em minha participação como palestrante, abordei sobre correção de solos principalmente, através do uso de uma metodologia utilizada por nós há mais de 18 anos na consultoria de nossa empresa, com foco na alta produtividade. Também sobre a bioativação, com o uso de microrganismos, e bioativadores que aceleram a decomposição do resíduo/massa florestal, solubilizando como nutrientes para as plantas, aumentando em 27% a produtividade. Também falamos durante a mesa redonda, sobre novas tecnologias e inovações, que chegam e prometem ficar para somar ao setor brasileiro na busca pela alta produtividade.”

Rodrigo Hakamada, Prof. da ESALQ-USP, disse sobre sua explanação que: “Abordamos sobre a relevância dos alunos se aproximarem da prática, o que chamamos de “mundo real”. Um clamor, para que os estudantes se procurem fazer contato com a empresas, ou seja, com o mundo fora da universidade, e o contrário também, da academia, corpo docente também se aproximar do setor ‘extrauniversidade’. Outra linha que também abordamos, foi sobre o cultivo mínimo do solo, na silvicultura.”

O BioComForest é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações e UNESP – Universidade Estadual Paulista, em parceria com a Fepaf | Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais, sendo uma oportunidade única para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, fornecedores e clientes.

Confira alguns registros das palestras e da feira do primeiro dia do BioComForest:

Para mais informações sobre o BioComForest siga @biocomforest no Instagram, acesse: www.biocomforest.com.br, ou envie mensagem via Whatsapp (67) 99227-8719.

Escrito por: Redação Mais Floresta.

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Projeto florestal de R$ 282 milhões vai começar por Mato Grosso do Sul

A Suzano, maior fábrica de celulose, firmou parceria para a implantação de corredores ecológicos com a IFC

Novo projeto de reflorestamento na América Latina, por US$ 50 milhões, vai começar em Mato Grosso do Sul. O IFC (International Finance Corporation) firmou compromisso para apoiar a estratégia do BTG Pactual, que tem como subsidiária o TIG (Timberland Investment Group). O valor em reais é de R$ 282 milhões, se considerar o dólar a R$ 5,65.

A ideia que se iniciou em 2021 prevê restauração, conservação, e plantio em propriedades desmatadas e degradadas.

Com isso, o objetivo é proteger e recuperar cerca de 135 mil hectares de florestas naturais em locais desmatados e plantar árvores em áreas de florestas comerciais com manejo sustentável em outros 135 mil hectares de terra.

Conforme informado pelo Valor Econômico, esse é o primeiro compromisso da IFC relacionado a investimento florestal. A expectativa é gerar créditos de carbono por meio de soluções baseadas na natureza.

Recentemente, o Campo Grande News noticiou que a Suzano, maior fábrica de celulose, firmou a primeira parceria para a implantação de corredores ecológicos em Mato Grosso do Sul, com a IFC.

Na primeira etapa, terá a implantação de cerca de 120 hectares de restauração e manejos sustentáveis em áreas de proprietários rurais e assentamentos rurais. O resultado será a conexão inicial de cerca de 35 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa no Cerrado, em suas diferentes formações, campestres, savânicas e florestais.

A parceria faz parte do compromisso assumido pela Suzano de conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia até 2030. São previstos três corredores ecológicos.

Informações: Campo Grande News.

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Bracell Bahia abre vagas de emprego em Camaçari e Alagoinhas

As oportunidades para diversas áreas e são abertas a participação de homens e mulheres que desejam ingressar na área florestal

A Bracell Bahia, líder global na produção de celulose solúvel, está com as inscrições abertas para vagas de emprego nas unidades da empresa nas cidades de Camaçari e de Alagoinhas. As oportunidades são para as funções de advogado III, analista de serviços compartilhados PL, comprador(a) SR, coordenador(a) de colheita e planejador(a) de projetos II (vaga temporário).

Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo site https://www.bracell.com/carreiras/. Além de salários compatíveis, os selecionados terão direito a pacotes de benefícios que incluem planos de saúde e odontológico, transporte fretado, refeição na unidade de trabalho, vale-alimentação, auxílio-escola para os filhos elegíveis, auxílio creche, prêmio de férias, auxílio funeral e seguro de vida em grupo.

Os profissionais também participam do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e podem ser contemplados com auxílio-educação para complementar a qualificação.

>> Confira os requisitos para as vagas:

Advogado III

* Superior em Direito, com registro na OAB;

* Especialização em Direito Tributário;

* Desejável especialização em Processo Civil;

* Desejáveis conhecimentos em Legislação Civil, Contencioso, Tributário, Trabalhista e outros;

* Inglês avançado.

Analista de serviços compartilhados Pl

* Formação compatível com a área de atuação;

* Desejável vivência de 1 a 2 anos em atividades similares;

* Disponibilidade para mudança de local de trabalho.

Comprador SR

* Formação compatível com a área de atuação;

* Desejável vivência de 1 a 2 anos em atividades similares;

* Disponibilidade para mudança de local de trabalho.

Coordenador de colheita

* Formação em engenharia florestal, agronômica ou correlata;

* Pelo menos 8 anos ou mais de exposição profissional em função semelhante;

* Disposição para a se mudar para Alagoinhas (BA);

* CNH – Categoria B;

* Desejável pós-graduação em gestão de projetos ou áreas técnicas;

* Desejável inglês avançado.

Planejador de Projetos II (vaga temporário)

* Graduação em mecânica, elétrica, civil, química, mecatrônica, eletrônica, ADM ou áreas correlativas;

* Vivência em atividades similares.

Mais informações sobre as vagas oferecidas pela Bracell, inclusive em outros estados onde a empresa tem unidades, podem ser acessadas no link:  https://www.bracell.com/carreiras/.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Governo de MS formaliza Licença de Operação da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS)

Expedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) em 9 de julho deste ano, a licença possibilitou o início das operações da terceira fábrica da empresa em Mato Grosso do Sul, que ocorreu no último dia 21

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, recebeu do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul a Licença de Operação de sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS). A cerimônia de entrega oficial do documento ocorreu na sede da Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (FIEMS), nesta última segunda-feira, dia 29, em Campo Grande, e contou com a presença do presidente da companhia, Beto Abreu, do governador Eduardo Riedel, vice-presidentes e diretores da empresa e de autoridades estaduais.

Expedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) em 9 de julho deste ano, a licença possibilitou o início das operações da terceira fábrica da empresa em Mato Grosso do Sul, que ocorreu no último dia 21. A autorização ambiental é resultado de três anos e meio de trabalho da empresa em conjunto com as autoridades de Mato Grosso do Sul, em especial com órgão ambiental, cuja atuação o posiciona como referência no setor de celulose no Brasil.

A Licença de Operação emitida pela IMASUL atesta o cumprimento de todas as condicionantes para instalação, o manejo sustentável e respeito da companhia com a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade no Estado. O documento tem validade por quatro anos e estabelece também as obrigações para funcionamento da unidade, assim como as medidas mitigatórias e procedimentos de segurança que devem ser adotados ao longo da vigência da licença.

Unidade Ribas do Rio Pardo

As operações da maior linha única de produção de celulose do mundo, instalada no município de Ribas do Rio Pardo (MS), iniciaram-se às 20h15 do dia 21 de julho. Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano, o empreendimento é resultado de um investimento total de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.

Com o início das operações da nova unidade, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano salta de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia. A construção da Unidade Ribas do Rio Pardo foi anunciada em maio de 2021 e, no pico da obra, mais de 10 mil empregos diretos foram criados. Com o início das operações, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores(as) próprios(as) e terceiros(as), passam a trabalhar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página https://www.suzano.com.br/

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Exclusiva – Tudo pronto para o maior evento em biomassa, compostagem e floresta – BioComForest

A estrutura do 1º Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta – BioComForest está pronta. Equipamentos  e maquinários das principais empresas de biomassa, compostagem e floresta, já tomam seus postos para se apresentarem no evento que reúne pela primeira vez as principais tendências e inovações nos segmentos em um único lugar. O BioComForest acontece nesta terça, quarta e quinta-feira (30,31/07 e 1/08), no Campus Unesp (Faz. Lageado), em Botucatu (SP).

O que esperar do evento?

Promovido pela Paulo Cardoso Comunicações e UNESP – Universidade Estadual Paulista, o evento é uma oportunidade única para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, fornecedores e clientes, e já nasce como um dos maiores e mais inovadores nos segmentos.

Na programação serão 30 palestras de renomados profissionais com amplo know-how, debates para cada tema, Curso Teórico e Prático de Compostagem, além de dias de campo e feira com a presença de grandes empresas dos três segmentos.

Confira a programação completa e detalhes do evento: www.biocomforest.com.br

Evento sustentável

Todo o lixo orgânico produzido durante os três dias do BioComForest será transformado em adubo por meio da compostagem pela empresa Ciclo Limpo. Mais um detalhe para tornar o nosso evento mais sustentável e carbono zero. Compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica. Conheça mais acessando: www.ciclolimpo.com

Inscrições

As inscrições online foram encerradas, portanto para participar do BioComForest, somente adquirindo ingressos na portaria do evento. Mais informações: acesse www.biocomforest.com.br, ou entre em contato através do Whatsapp (67) 99227-8719.

As inscrições para as palestras são limitadas a 300 vagas com direito aos três dias de Feira. Também é possível participar somente dos três dias da Feira, opção que pode ser escolhida no momento da inscrição. O Curso Teórico e Prático de Compostagem também terá vagas limitadas a 40 participantes por dia.  **Restam poucas vagas! Confira a disponibilidade no momento da inscrição.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Número de queimadas na Amazônia já é o maior em quase duas décadas

Em 2024, bioma teve mais de 20 mil focos de incêndio registrados 

O Brasil registra em 2024 um triste recorde. Segundo dados do sistema BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 1º de janeiro a 24 de julho foram registrados 20.221 focos de incêndio na Amazônia. Além de um recorde em quase 20 anos, o fogo registrado no bioma nos sete primeiros meses do ano teve um aumento de 43,2% em relação ao mesmo período de 2023 — 14.116 focos de calor.

Nos dias 23 e 24 de julho, a Amazônia teve 1.318 focos de calor. Para se ter noção da quantidade de fogo, esses dois mesmos dias no ano passado registraram 671 focos, um aumento de 96%. Em 2022, os dias tiveram 399 focos.

Segundo o Greenpeace Brasil, vários fatores contribuíram para o aumento do fogo na Amazônia em 2024: a região está mais seca, o que está intimamente relacionado às mudanças climáticas, sendo potencializada pelo fenômeno El Niño.

Garimpo ilegal

Um levantamento realizado pelo Greenpeace Brasil revela que o garimpo ilegal continua a se expandir em Terras Indígenas da Amazônia. Entre janeiro e junho de 2024, foram identificados 417 hectares de novas áreas de desmatamento associadas à atividade garimpeira nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami. A TI Kayapó foi a mais afetada, respondendo por 54,4% dos alertas de desmatamento, seguida pela TI Yanomami com 40,63% e pela TI Munduruku com 4,87%.

Até dezembro de 2023, a área devastada pelo garimpo nos territórios Kayapó, Munduruku e Yanomami somava mais de 26 mil hectares, representando mais de 90% das ocorrências de garimpo em territórios indígenas no Brasil.

Informações: Metrópoles.

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Promotoria cria reservas particulares no Cerrado para preservação ambiental

Em um importante passo para a preservação ambiental do Cerrado, a Promotoria de Justiça de São Félix do Araguaia firmou Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com os proprietários da Fazenda Rio Manso e da Fazenda Capão Azul, localizadas no município. Através dos TACs, foram instituídas duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), com áreas de 560 hectares e 550 hectares, respectivamente.

A criação das RPPNs é resultado do “Projeto Terra Nascente”, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) em parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e a Universidade Federal de Rondonópolis. O projeto busca conjugar a compensação ecológica com a conscientização ambiental, promovendo a preservação de áreas naturais de alto valor ecológico.

As áreas das RPPNs foram cuidadosamente selecionadas, considerando as características únicas de cada propriedade. As unidades de conservação foram estabelecidas nas áreas mais úmidas das fazendas, garantindo a proteção ambiental necessária e a formação de um corredor ecológico entre as unidades. Essa conectividade entre os fragmentos verdes é fundamental para a preservação da biodiversidade local.

A criação das RPPNs traz diversos benefícios para o meio ambiente e para a sociedade:

  • Preservação da biodiversidade: As RPPNs protegem a rica fauna e flora do Cerrado, garantindo a preservação de espécies ameaçadas de extinção e o equilíbrio dos ecossistemas.
  • Conservação dos recursos hídricos: As áreas úmidas das RPPNs contribuem para a regulação do ciclo da água, protegendo as nascentes e garantindo a qualidade da água para as comunidades locais.
  • Mitigação das mudanças climáticas: As RPPNs absorvem dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a combater o aquecimento global e seus impactos.
  • Incentivo à pesquisa científica: As RPPNs oferecem um ambiente ideal para a realização de pesquisas científicas sobre o Cerrado, contribuindo para o conhecimento e a preservação desse bioma.
  • Educação ambiental: As RPPNs podem ser utilizadas para atividades de educação ambiental, sensibilizando a população sobre a importância da preservação ambiental.

A criação das RPPNs demonstra o compromisso do Ministério Público do Estado de Mato Grosso com a preservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável. A iniciativa serve como um modelo para outras regiões do país, incentivando a criação de unidades de conservação privadas e a compensação ecológica como forma de reparar danos ambientais.

O MPE continuará monitorando as RPPNs para garantir que seus objetivos de preservação ambiental sejam cumpridos. A expectativa é que a iniciativa inspire outras ações semelhantes em todo o estado, contribuindo para a conservação do Cerrado e a construção de um futuro mais sustentável.

Informações: Cenário MT.

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Com nova fábrica de celulose, MS deve atingir em 2024 produção de quase 6 milhões de toneladas

Até o fim do ano, nova unidade deve processar 900 mil toneladas, segundo a empresa

A fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação no domingo (21), deve produzir, até o fim do ano, cerca de 900 mil toneladas. Com esse volume, o estado, que já conta com outras três linhas em operação em Três Lagoas – duas da mesma empresa – deve atingir o volume de 5,9 milhões de toneladas ainda em 2024.

Segundo o diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda, após a partida, se iniciou a curva de aprendizado da planta que deve durar cerca de 9 meses. Após esse período, a fábrica deve atingir sua capacidade nominal de produção, 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a maior em linha única do mundo.

Miranda explicou que já está ocorrendo um processo de desmobilização dos trabalhadores que construíram a fábrica. Disse que, no pico da obra, o empreendimento chegou a contar com 10 mil operários e que, nesta etapa, tinha cerca de 5 mil. Uma parte desse efetivo, cerca de 300, deverá ainda continuar a executar serviços complementares, principalmente de urbanização da fábrica.

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena.

Na operação da planta, o diretor comenta que estão trabalhando cerca de 3 mil pessoas, sendo 2 mil na área florestal e mil na industrial. Mesmo operando com quadro completo, ele revela que a empresa vai manter a parceria com o Sistema S para manter a capacitação de mão de obra, visando suprir demandas com eventuais movimentações de trabalhadores.

Construída com o chamado “estado da arte” do setor, Miranda aponta que a nova planta apresenta várias novidades tecnológicas da indústria 4.0, como dispositivos inteligentes, monitoramento de ativos, uso de modelos matemáticos em processos e inteligência artificial.

Ele ressalta que um dos aspectos mais importantes da nova planta é a sustentabilidade do empreendimento. A partir da gaseificação da biomassa, vai produzir singás, que alimentará os fornos de cal da indústria. Será a primeira planta da empresa a utilizar esse insumo.

Miranda comenta que, com a biomassa sólida e líquida, a planta vai cogerar energia. A bioeletricidade produzida tornará a planta autossuficiente e o excedente, 180 MW, será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse volume, conforme ele, é suficiente para abastecer uma cidade com 2,5 milhões de habitantes.

O diretor falou ainda da continuidade das ações sociais da empresa em Ribas do Rio Pardo, assegurando a continuidade do trabalho e destacando a implementação de projetos de longo prazo focados na busca por alternativas de geração de renda e na melhoria das condições de vida e de educação da população.

Em relação à produção da unidade, ele ressaltou que pelo menos 98% será destinada ao mercado externo e que a celulose será escoada inicialmente pelo modal rodoviário até um terminal ferroviário da companhia em Inocência, no leste do estado, de onde seguirá pela ferrovia Malha Norte até os dois terminais que a empresa mantém no Porto de Santos, em São Paulo.

Inauguração da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS). Créditos: Canal YouTube Suzano.

Informações: G1/MS.

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Fase de estudos para concessão da ‘rota da celulose’ em Mato Grosso do Sul é concluída

O estudo do projeto de concessão de rodovias da região Leste de Mato Grosso do Sul, foi aprovado pelo Governo do Estado e teve a ata da 30ª Reunião do Conselho Gestor de Parcerias publicada no Diário Oficial, nesta última quarta-feira (24).

O encontro referendou o projeto de concessão, que para ser concretizado deve passar por diferentes etapas como a abertura de consulta pública, realização de audiência pública, apresentação da proposta aos investidores, publicação do edital de licitação e realização do leilão na Bolsa de Valores (B3).

O sistema rodoviário a ser concedido inclui os principais corredores que ligam Campo Grande à região sudeste do país, passando por nove municípios sul-mato-grossenses. O estudo considerou a instalação das atuais e de novas indústrias de celulose e o aumento de fluxo de veículos projetado para os próximos anos pela expansão da região. 

O projeto se destina à adequação de capacidade, reabilitação, operação, manutenção e conservação das rodovias MS-040, MS-338, MS-395 e trechos das BR-262 e BR-267.

MS-040
MS-338
MS-395

A estruturação do projeto envolve modelagem técnica como estudos do sistema rodoviário, características das rodovias, condição atual do pavimento, volume de tráfego, principais investimentos, sistema de cobrança de pedágio e política tarifária, projeção de tráfego e receita e composição de investimentos.

Na modelagem econômico-financeira os estudos realizados tratam dos principais dados financeiros do projeto, condições de financiamento, diretrizes financeiras, taxa interna de retorno (TIR) e tempo de retorno (Payback) e fluxo da conta centralizadora.

Já a modelagem jurídico-institucional trata sobre o arranjo, modalidade da concessão e da licitação, condições de participação, exigência de garantia de proposta e condições para assinatura do contrato. Foram destacados também fiscalização e contratação de Verificador Independente (VI), garantia de execução do contrato e governança contratual.

O projeto atende ainda às diretrizes do programa Estrada Viva, do Governo do Estado, para preservação da fauna silvestre.

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Embrapa termina primeiro ciclo do maior experimento brasileiro em sistemas ILPF

Pesquisa que demorou 12 anos aponta benefícios do ILPF na produção de gado e madeira

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrossilvipastoril terminaram o primeiro ciclo do que é considerado o maior experimento brasileiro em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Após 12 anos, o estudo aponta as potencialidades da adoção do sistema ILPF, especialmente, na criação de gado e produção de madeira. 

O experimento foi feito em Sinop (MT) em uma área de 72 hectares. A área foi dividida em  diferentes tipos de integração, além de uma parte só com monoculturas. A estimativa é que nesses anos de experiência o espaço gere 3,568,33 metros cúbicos de madeira, que poderão ser vendidas a um valor de R$ 514 mil.  

Quem esteve à frente dos estudos foi o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, Maurel Behling. Segundo ele, pesquisas anteriores sobre o sistema acabavam sendo contestadas por não seguirem todas as orientações dos métodos científicos. O experimento conduzido por ele e a equipe se diferencia por seguir todos esses critérios. 

“Já existiam muitas experiências com ILPF, mas elas tinham algumas limitações com relação ao respaldo científico. O experimento que tocamos foi feito dentro do rigor estatístico para poder respaldar esses resultados encontrados anteriormente”, enfatiza Behling ao Agro Estadão. 

Terminado o primeiro ciclo com a colheita das árvores, a intenção da Embrapa é continuar com os experimentos, porém com mescla de outra variedade para o cultivo florestal, a teca. Essa árvore tem mais valor no mercado devido ao uso em móveis, porém tem outros aspectos como a diminuição da sombra no período seco e o tempo de maturação, que pode ultrapassar os 20 anos.  

Ganhos para a pecuária

A pesquisa mostrou um aumento de produtividade significativo para a pecuária. Com o sombreamento, o bem estar dos animais foi elevado e isso impactou diretamente no ganho de peso. “Enquanto a média de [ganho de peso] em Mato Grosso na época em que foi concebido o experimento era de quatro arrobas por hectare ano e, nacional, em torno de cinco arrobas por hectare ano, com as integrações conseguimos chegar a até 42 arrobas por hectare ano”, conta o pesquisador. 

Além disso, outros resultados foram confirmados pela pesquisa como:

  • Precocidade no ciclo reprodutivo (quanto mais cedo as fêmeas amadurecem, mas rápido é o ciclo pecuário); 
  • Redução no consumo de água por parte dos bovinos;
  • Melhor peso dos bezerros no período de desmame;
  • Possibilidade de alcançar mercados que exigem carne de baixo carbono.

Outras vantagens

O experimento também constatou outros benefícios com a adoção do sistema ILPF. Um dos destaques que Behling aponta é a minimização dos riscos da atividade agropecuária. Além de ser um sistema de produção mais resilientes às situações cada vez mais frequentes de estiagem, essa forma permite ao produtor diferentes formas de renda. 

“Um ponto interessante é que quando a gente faz essas integrações, o produtor minimiza os riscos diante dessas incertezas, porque aí ele diversifica as suas atividades e receitas e traz uma maior segurança”, acrescentou.

Behling também elencou mais pontos de vantagem do ILPF:

  • Aumento da taxa de infiltração da água no solo;
  • Menor perda de nutrientes;
  • Aumento dos estoques de carbono, seja pela parte aérea das árvores (galhos, folhas e caule) seja pela enterrada (raízes).

Cuidados com implementação da integração lavoura-floresta

Apesar dos bons resultados para o sistema que integra pecuária e floresta, na integração lavoura-floresta o manejo pode ser o diferencial. A pesquisa confirmou o que a cartilha do sistema ILPF preconiza, no qual o momento ideal para a entrada da cultura de grãos é o período inicial, até dois a três anos. 

Porém, como observa Behling, as sombras influenciam posteriormente. “Não tem ganho [de produtividade], como a gente vê na pecuária, porque, realmente, tem o impacto da sombra, que para os grãos é mais expressivo”, afirma o pesquisador. 

Ele também cita um exemplo de quando é possível reincorporar a lavoura dentro do sistema. Quando o pasto precisa passar por algum tipo de reforma, é possível utilizar o espaço para a plantação de algum grão. Porém, para que a lavoura tenha uma produtividade dentro dos padrões normais, um manejo florestal, com a poda das copas, é necessário. 

“Na lavoura, com manejo adequado, o que a gente consegue é retomar patamares [de produtividade] semelhantes à cultura a pleno sol”, complementa.

“Não tem uma receita de bolo”

O pesquisador destaca ainda que esse sistema tem crescido no Brasil, e um reflexo disso é que já não é tão complicado encontrar profissionais com a expertise para fazer o acompanhamento técnico ou implementação do sistema ILPF. Porém, ele lembra que cada propriedade tem suas particularidades e o modelo precisa ser adaptado para essas condições.

“Não tem uma receita de bolo. É preciso ver as características da propriedade antes de fazer uma definição”, diz Behling. “Além disso, a primeira pergunta que tem que ser respondida é qual a finalidade da parte florestal, o mercado que vai ser atendido. Porque isso está atrelado a como essa madeira vai ser colhida lá no final”, orienta. 

Isso também vai impactar a escolha da espécie florestal para ser utilizada. No eucalipto, por exemplo, quando destinado para biomassa de caldeiras ou para celulose, o ciclo de corte é de seis a sete anos. Já se for para uso moveleiro, exige mais tempo, 12 anos no mínimo. Além disso, uma alternativa para pequenos produtores é o uso de algumas espécies que não sejam cortadas posteriormente, mas que gerem uma receita anual, como o pequi e o baru, no Cerrado.

Informações: Agro Estadão.

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