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Prejuízos com queimadas em São Paulo ultrapassam R$ 1 bilhão

Cinco setores agropecuários tiveram os prejuízos mais acentuados; 22 municípios seguem em alerta

A pecuária, a cana-de-açúcar, a fruticultura, a heveicultura (cultivo de seringueiras) e a apicultura foram os setores da agropecuária paulista que mais tiveram perdas com as queimadas registradas na última semana no estado de São Paulo.

Os dados, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado, mostram que os prejuízos de toda a agropecuária paulista ultrapassam R$ 1 bilhão.

Credito – Canal Rural.

“As queimadas provocaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão ao agro paulista, com a queima de lavouras, pastagens e até morte de animais, conforme levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo”, destacou a pasta em comunicado.

Áreas em alerta com queimadas

A secretaria destacou que a Defesa Civil do estado manteve 22 áreas do estado em alerta para queimadas mesmo com a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e derrubou as temperaturas na Região Sudeste.

Permanecem em alerta as regiões dos seguintes municípios:

  • Andradina;
  • Araçatuba;
  • Assis;
  • Barretos;
  • Bauru;
  • Campinas;
  • Campos do Jordão;
  • Franca;
  • Guaratinguetá;
  • Iperó;
  • Itapeva;
  • Jales;
  • Jaú;
  • Jundiaí;
  • Marília;
  • Ourinhos;
  • Presidente Prudente;
  • Ribeirão Preto;
  • São Carlos;
  • São José do Rio Preto;
  • Sorocaba, e
  • Votuporanga

A SAA informou ainda que disponibilizou R$ 110 milhões para os produtores rurais paulistas afetados pelo fogo por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap). Para ter acesso ao crédito, o produtor deverá procurar a Casa da Agricultura de seu município.

Informações: Canal Rural / Imagem destaque: divulgação.

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Audiência Pública apresenta Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da Linha de Transmissão da Arauco entre Inocência e Selvíria (MS)

Realizado na última quinta-feira (29/8), o evento foi organizado pelo Imasul em formato híbrido, com participação presencial e on-line

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) promoveu na última quinta-feira, 29 de agosto, a Audiência Pública para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente ao licenciamento ambiental da Linha de Transmissão de Energia Elétrica de 230 kV entre os municípios de Inocência e Selvíria, no Mato Grosso do Sul. O evento, promovido pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), foi realizado no Espaço Conviver, em Inocência (MS), e transmitido virtualmente em ponto de acesso na Câmara de Vereadores de Selvíria. Ao todo, 110 inscritos participaram da cerimônia presencial, que contou também com autoridades do Estado e dos municípios de influência do projeto. No canal do YouTube do Imasul, cerca de 250 pessoas acompanharam a transmissão.

Audiencia Pulblica LInha de Transmissão.

Referência global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a Arauco e a consultoria de engenharia de projetos STCP apresentaram na Audiência Pública os reflexos econômicos, sociais e ambientais, decorrentes da implantação da Linha de Transmissão. O objetivo do evento foi permitir que a população local e outros interessados conheçam o projeto em detalhes. A Linha de Transmissão é parte integrante do Projeto Sucuriú, que prevê a construção de uma fábrica de celulose branqueada em Inocência.

A Arauco também destacou seu compromisso com a transparência e o diálogo com a sociedade, reforçando a importância da participação pública no processo de licenciamento ambiental. “Nosso propósito é garantir que todas as etapas do projeto sejam conduzidas com o máximo de responsabilidade ambiental e social. Estamos sempre abertos a ouvir a população e construirmos juntos as soluções para cada desafio, garantindo o cuidado com o meio ambiente”, afirmou Luis Felipe Fernandes Busnardo, Especialista em Meio Ambiente da Arauco.

O diálogo com a população de Inocência e região já faz parte da atuação da Arauco. Para se familiarizar com a cultura do município e entender as expectativas da população, a empresa tem realizado encontros abertos e escutas com a comunidade da cidade e do entorno. O objetivo é compreender os anseios dos moradores e esclarecer dúvidas quanto ao Projeto Sucuriú. Outra iniciativa para estreitar o relacionamento com a vizinhança é o programa “Bom Vizinho – Comunidade Unida, Mundo Melhor”, criado pela empresa para participar da vida das comunidades ao seu redor e contribuir com a educação ambiental. Por meio desse programa, as equipes de responsabilidade social e proteção florestal da Arauco visitam os vizinhos no entorno das fazendas de eucalipto, levando informações e esclarecendo dúvidas com a entrega de kits.

A Arauco possui canais de atendimento para comunidade. O SAC Arauco é pelo contato (41) 99113-0063, para esclarecimentos, dúvidas, sugestões e informações sobre o Projeto Sucuriú ou da empresa. Já o Canal de denúncia é o telefone 0800 721 9141 ou o e-mail: denunciasarauco@ethicspeakup.com

Arauco em Mato Grosso do Sul

A Arauco opera globalmente guiada pela visão de contribuir para melhorar a vida das pessoas e do planeta, desenvolvendo produtos florestais renováveis para os desafios de um mundo sustentável. No Brasil, onde atua desde 2002, a companhia conta com quatro fábricas focadas na produção de painéis de madeira MDF e MDP, além de uma planta de químicos (resinas). Em Mato Grosso do Sul, a Arauco está presente desde 2009, por meio de sua operação florestal e, em 2025, prevê a construção de sua primeira fábrica de celulose no país, localizada no município de Inocência (MS). 

Primeira empresa florestal do mundo a receber a certificação de Carbono Neutro, emitida pela Deloitte e auditada pela Price Waterhouse, a Arauco possui também a certificação FSC®️ (Forest Stewardship Council®️), que reconhece seu manejo florestal como ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável.

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Novo polo da celulose em MS já começa a gerar empregos

Caged mostra avanço nas contratações em Inocência, cidade que receberá fábrica que demandará R$ 25 bilhões de investimentos da Arauco

Se por um lado a geração de empregos na cidade de Ribas do Rio Pardo sofreu grande impacto neste ano em função da inauguração em julho da planta processadora de celulose da Suzano, por outro, o município de Inocência experimenta um aumento gradativo na geração de empregos – e que deve se consolidar ao longo dos próximos anos até a conclusão da nova planta da Arauco, em 2028.

Divulgado nesta quinta-feira, o mais recente relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego já mostra a evolução das vagas de trabalho no setor de serviços de Inocência, cidade distante 333 km da Capital.

Só neste ano, o setor de serviços do município acumula um saldo de 464 vagas de trabalho: foram 605 contratações nesse segmento contra 141 demissões. Todos os outros setores econômicos (serviços, comércio, indústria, construção civil e agropecuária), durante este ano, somaram 1.218 contratações e 963 desligamentos na cidade – um saldo de 255 vagas.

Basta colocar uma lupa sobre o setor de serviços para verificar sua evolução. O estoque de vagas, conforme os dados do Caged, mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento verificado é de 177% quando comparados os primeiros sete meses de cada ano.

Na estratificação do setor de serviços, percebe-se ainda que a mobilização do canteiro de obras da Arauco já começa a aparecer nos números do mercado de trabalho do município.

Nos primeiros sete meses deste ano, dentro do setor de serviços, as áreas de alimentação e alojamento registraram 133 contratações. No mesmo período de 2023, foram 91.

Já no segmento intitulado informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram 454 contratações em Inocência nos primeiros sete meses deste ano, conforme o Caged. Entre janeiro e julho de 2023, foram 79 contratações nesse mesmo setor.

O Correio do Estado apurou que várias das empresas que atuaram no Projeto Cerrado – a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo – também vão atuar na indústria em Inocência. Uma delas, inclusive, cujo representante pediu para não ter o nome revelado, pois ainda está submetido a um processo de compliance com a Arauco, já adquiriu área em Inocência e pretende doar o terreno de seu pátio para a prefeitura da cidade depois que a planta produtora de celulose for inaugurada.

O maior rigor no compliance, que levou a empresa a manter seu nome em sigilo, deve-se aos calotes aplicados por terceirizadas da Suzano em Ribas, quando a planta estava prestes a ser inaugurada,
entre o fim de 2023 e o início deste ano.

E por falar em Ribas do Rio Pardo, lá os números são negativos. Neste ano, até o momento, foram 8.005 contratações e 10.024 desligamentos por lá, resultando em um saldo negativo de 2.019 vagas de trabalho.

Fábrica

As obras da planta processadora de celulose eram para ter início em 2025, mas foram antecipadas para este segundo semestre. A licença de operação foi concedida pelo governo de Mato Grosso do Sul
no início de maio.

A multinacional chilena prevê investimentos de pelo menos R$ 25 bilhões na construção da linha 1 da fábrica. A unidade pode entrar em operação no primeiro trimestre de 2028.

A planta da Arauco, a quarta do setor de celulose em Mato Grosso do Sul, será instalada a cerca de 50 km da cidade de Inocência, às margens da MS-377 e do Rio Sucuriú,
nome dado ao projeto da global no Estado.

A expectativa é de que essa unidade produza 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano. O projeto ainda prevê a construção de uma segunda linha, com a mesma capacidade de produção. A Arauco poderá construir essa segunda linha na próxima década, decisão que só dependerá do comportamento do mercado.

Informações: Correio do Estado.

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Exclusiva – Forest Carbon Brasil: últimos ingressos para o maior Congresso sobre Carbono Florestal! Confira os grupos de vouchers com valores especiais

O evento reunirá especialistas renomados para responder dúvidas do setor; oportunidade única para ampliar conhecimento e para quem busca business e networking

Na próxima quarta-feira (04), a capital paulista receberá o Forest Carbon Brasil – Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono (https://forestcarbon.com.br/). O evento inédito, contará com programação robusta, trazendo para seu público as potencialidades deste mercado que estão movimentando as florestas brasileiras, visando responder as dúvidas que ainda pairam no entorno de temas ligados ao setor; sendo uma oportunidade ímpar para quem busca ampliar networking, business e benchmarking e estar entre as maiores empresas e instituições do ramo. Clique aqui e conheça os palestrantes e a programação completa.

O Forest Carbon Brasil é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/) em parceria com a SIF – Sociedade de Investigações Florestais (https://sif.org.br/), e organização técnica do sócio diretor do Grupo Index (https://indexgrupo.com.br/), Marcelo Schmid.

Inscrições com valores especiais – Últimas unidades!

Restam 10 últimos ingressos para participar do Forest Carbon Brasil! Atenção: o evento lançou alguns vouchers com descontos especiais. Basta incluir no momento da inscrição no site oficial, os vouchers FCB2024 (para grupos acima de três pessoas) e STUDY (para estudantes).

Profissionais da imprensa também podem se credenciar com o voucher IMPRENSA, e participar da programação completa, e ter acesso aos temas mais atuais do mercado de carbono florestal, bem como ter a oportunidade de falar com os principais profissionais do setor, presentes no evento!

>>> Clique no link e garanta seu ingresso: https://www.conferencebr.com/registration/533/BR

Local do evento – Se surpreenda!

A belíssima Sala São Paulo, abrigará esta primeira edição do evento. O local é patrimônio histórico e ponto turístico na cidade, e está sediada no Complexo Cultural Júlio Prestes, na região central da cidade. A Sala São Paulo, é sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e uma das melhores salas de concertos do mundo. O evento acontecerá no primeiro andar do prédio, no Salão Nobre. Confira detalhes no vídeo, gravado por Paulo Cardoso.

Local do evento – Sala São Paulo.

Seja um patrocinador Forest Carbon Brasil!

Entre em contato com: comercial@forestcarbon.com.br, e esteja entre as principais empresas e instituições no segmento apoiadoras do evento.

Para saber mais acesse https://forestcarbon.com.br/, envie e-mail para contato@forestcarbon.com.br, ou envie mensagem para o Whatsapp (67) 9227-8719.

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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CMPC bate recorde de produção de celulose em Guaíba

A unidade de Guaíba bateu recorde de produção no mês de julho

A CMPC atingiu duas marcas históricas no mês de julho. A unidade de Guaíba bateu recorde de produção mensal com 205.460 admt (sigla em inglês para tonelada métrica seca ao ar, que corresponde a unidade de medida de celulose vendável) e de redução de consumo de água por tonelada de celulose fabricada, que ficou em 22,6m³/admt. 

Esta foi a segunda vez consecutiva em 2024 que a unidade obteve a quebra de índices, isso porque em junho já tinha chegado a impressionante performance de 197.111 admt de celulose produzida e de 22,9m³ de água consumida. Os resultados são fruto do processo de implementação das modernizações realizadas pelo BioCMPC.

“O projeto, considerado o maior investimento privado em sustentabilidade da história do RS, teve as obras finalizadas em novembro do ano passado e os novos equipamentos instalados estão em fase de rampagem operacional até alcançar o patamar total, o que gera esses bons números para a indústria”, explica o diretor-geral da unidade de Guaíba da CMPC, Antonio Lacerda.

Os recordes conquistados corroboram com o importante momento que a CMPC vive no Brasil. Recentemente, a companhia foi reconhecida como uma das cinco mais inovadoras do setor de celulose e papel pelo Anuário Inovação Brasil, do jornal Valor Econômico, e conquistou também o prêmio Campeãs da Inovação, promovido pela Revista Amanhã, na categoria Cultura de Inovação. Neste último, a empresa ainda figurou em sétimo lugar entre as mais de 130 organizações de diferentes setores da economia inscritas.

“Estamos muito orgulhosos com as marcas alcançadas e os reconhecimentos conquistados. Eles são fruto de muito trabalho e de uma busca incessante por aprimoramento de processos. O Projeto Natureza também está evoluindo muito bem e estamos cumprindo todas as etapas e exigências que uma iniciativa deste porte demanda. Vamos seguir investindo em pesquisa, inovação e melhorias para que possamos devolver à sociedade gaúcha toda a confiança que depositam em nós”, conclui.

Em julho deste ano, a CMPC assinou junto com o governo do Rio Grande do Sul a declaração de aprovação do termo de referência para a elaboração do estudo impacto ambiental do Projeto Natureza, avaliado em R$ 24 bilhões e que deve se tornar o maior investimento privado da história do estado. Ainda durante a cerimônia também foi oficializado a constituição do Comitê de Governança para Monitoramento da nova unidade da empresa, em Barra do Ribeiro. O grupo de trabalho será formado por órgãos governamentais, incluindo segmentos como o de transportes e meio ambiente.

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Créditos de carbono: oportunidades e desafios para o Brasil liderar a economia de baixo carbono

Pedro Plastino, CBO da Future Carbon Group, destaca o Brasil como um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, ressaltando o papel crucial do agronegócio e da conservação florestal no combate ao aquecimento global e no desenvolvimento socioeconômico do país

O mercado de créditos de carbono tem ganhado destaque mundial como uma ferramenta essencial para mitigar os efeitos do aquecimento global, ao incentivar práticas de baixo carbono em diversas indústrias, incluindo o agronegócio. Pedro Plastino, CBO da Future Carbon, uma das empresas líderes no desenvolvimento e comercialização de créditos de carbono no Brasil, destacou a importância desse mercado e o papel do Brasil como um potencial gigante nesse setor.

Segundo Plastino, o mercado de carbono foi inicialmente estruturado no Protocolo de Kyoto, evoluindo significativamente após o Acordo de Paris em 2016. Este mercado global já movimenta bilhões de dólares, com previsões de crescimento exponencial nas próximas décadas, alcançando cerca de 70 bilhões de dólares até 2050. No entanto, apesar de o Brasil ser um dos maiores fornecedores de créditos de carbono, o país ainda está longe de atingir seu pleno potencial, especialmente no que diz respeito à proteção florestal e à adoção de tecnologias de baixo carbono no agronegócio.

“Embora o Brasil seja considerado a ‘Arábia Saudita dos créditos de carbono’, ainda estamos engatinhando em termos de regulamentação e integridade dos projetos”, afirma Plastino. Ele aponta que a profissionalização do mercado é crucial para que o Brasil se consolide como um líder global. Isso inclui a evolução de projetos de baixa fiscalização e integridade para uma abordagem mais robusta e transparente, com múltiplos stakeholders envolvidos na monitoração e na execução de projetos.

Plastino destacou ainda a importância dos créditos de carbono para a sustentabilidade do agronegócio. Tecnologias como biodigestores e práticas de integração lavoura-pecuária-floresta são exemplos de como o setor pode não apenas reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, mas também gerar novas fontes de receita para os produtores rurais. “O crédito de carbono é uma ferramenta financeira que incentiva práticas que evitam emissões ou capturam carbono da atmosfera, essencial para combater o aquecimento global”, explica.

A Future Carbon Group tem se destacado por sua atuação tanto na globalização quanto na interiorização dos projetos de carbono. Com sedes em Manaus e Cuiabá, a empresa busca levar os melhores projetos aos rincões do Brasil, ao mesmo tempo em que conecta esses projetos ao mercado internacional. A empresa já possui mais de 60 projetos em diversas escalas, incluindo conservação florestal, pecuária de baixo carbono e energia renovável, e recentemente abriu uma sede em Londres para facilitar a venda de créditos de carbono para grandes empresas globais.

Entretanto, Plastino alerta que, para que o Brasil atinja seu potencial pleno, é necessária uma regulamentação clara e rigorosa, bem como uma maior integridade nos projetos. A recente operação da Polícia Federal contra a grilagem de terras no Brasil, batizada de “Greenwashing”, foi citada como um exemplo de como o país está começando a separar o joio do trigo no mercado de carbono, garantindo que apenas projetos sérios e com impacto socioambiental positivo sejam validados.

O impacto social dos projetos de carbono também foi um ponto de destaque. Segundo Plastino, uma parte significativa da receita gerada pelos créditos de carbono é destinada às comunidades locais, contribuindo para melhorar a educação, a saúde e a infraestrutura básica em regiões vulneráveis. “Acreditamos que o Brasil pode usar seus ativos ambientais para resolver passivos sociais, trazendo capital internacional para melhorar a qualidade de vida das populações carentes”, conclui.

Com um mercado em crescimento e um potencial gigantesco, o Brasil tem a oportunidade de se tornar uma potência mundial em créditos de carbono, transformando o agronegócio e a conservação ambiental em motores de desenvolvimento sustentável. Contudo, como destacou Plastino, ainda há muito trabalho a ser feito para que o país alcance essa posição de liderança.

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Minério e celulose podem ‘ressuscitar’ velha ferrovia

Secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos da Casa Civil da Presidência aponta que divisão da Malha Oeste ganha força com intensão de gigantes do setor

Demanda antiga da administração pública de Mato Grosso do Sul – e prioridade do governo federal desde o fim do ano passado – a “ressuscitação” da antiga Malha Oeste ganha um novo capítulo, já que, segundo o secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos da Casa Civil, o interesse de duas gigantes dos setores de minério e celulose que visa dividir as ferrovias, pode retomar os investimentos. 

Reunião feita entre equipe do Governo do Estado com o Ministério dos Transportes – no fim do ano passado – já indicava os bons olhos para a situação, sendo que mais recente o secretário especial do PPI apontou para essa possível retomada, em entrevista à Agência Infra, após leilão de concessão de terminais portuários.

Após consulta pública para nova concessão, o projeto que previa o abandono de alguns trechos gerou divergências e levaram a um pedido de divisão da malha, sendo uma para atender às demandas que rumam ao Rio Paraguai e outra para transporte rumo à São Paulo, cita o secretário do PPI, Marcus Cavalcanti.

Como o projeto inicial previa até abandono do ramal que liga a ferrovia a Ponta Porã, e com a concessionária Rumo, que tinha intenções de devolver o trecho mostrando novo interesse em repactuar a operação e devolver outra parte, as divergências chamaram a atenção, principalmente, de dois empreendimentos gigantes de celulose em Mato Grosso do Sul. 

Suzano e Eldorado, ainda em 2021, diante da possibilidade de novas empresas passassem a operar trechos existentes de ferrovias, pediram autorização para construir trechos. A ideia dos gigantes da celulose, inclusive, é que ao passar o empreendimento para essas empresas, ambas pensem um projeto único. 

Malha Oeste

Antiga Noroeste do Brasil, a Malha Oeste conta com 1.923 km de ferrovia ligando Corumbá a Mairinque (SP), bem como Campo Grande a Ponta Porã e, como dito após reunião entre os Governos de MS e SP, a retomada da linha férrea necessitaria de investimentos entre cinco e seis bilhões de reais. 

Além de ser uma “mão na roda” para o escoamento da produção sul-mato-grossense, a revitalização da malha também ajudaria a aliviar o número de caminhões que transitam pelas rodovias de MS, que se vê extremamente dependente do modal rodoviário. 

Extensão da Ferrovia malha oeste em MS.

Informações: Correio do Estado.

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Amif entrega comenda a protagonistas florestais de 2024

O governador Romeu Zema foi um dos agraciados pela entidade com a comenda pelo engajamento na simplificação do licenciamento ambiental no Estado

A Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) entregou na noite da última segunda-feira (26) a comenda Protagonismo Florestal Mineiro 2024. Receberam a homenagem aqueles que a associação considerou ter se engajado diretamente na assinatura do acordo que possibilitou a simplificação do licenciamento ambiental para a silvicultura em Minas Gerais e entre os agraciados, o governador Romeu Zema (Novo). 

O Governo de Minas Gerais e o Ministério Público do Estado (MPMG) assinaram, no dia 11 de julho, um acordo inédito que possibilitou a simplificação do modelo de licenciamento ambiental para a atividade de silvicultura mineira, como ocorre em outros estados brasileiros.

A partir da assinatura, o Estado passa a não estar mais obrigado juridicamente a exigir os Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para todos os novos empreendimentos de plantios florestais acima de mil hectares de área plantada.

A mudança ocorreu no contexto de uma decisão judicial proferida em 2011 que determinou a necessidade de apresentação do EIA/Rima para os empreendimentos de atividades agropecuárias acima de mil hectares em Minas Gerais, indistintamente.

No entanto, após a recente publicação da Lei Federal nº 14.876, de 2024, a silvicultura foi retirada do rol de atividades com significativo potencial de degradação e poluição ambiental, o que permitiu aos estados mais autonomia e simplificação dos processos de licenciamento.

Medalha da Amif
Homenagem da Amif destina-se a figuras públicas que se engajaram na simplificação do licenciamento para o setor | Crédito: Alex Ayala

A exclusão da silvicultura dessa categoria se deu em função do entendimento de que se trata de uma atividade agrícola sustentável e benéfica ao meio ambiente. Dessa forma, a decisão mais viável ficou pela simplificação dos procedimentos para o seu licenciamento ambiental.

A silvicultura fazia parte, anteriormente, da atividade que engloba “culturas anuais, semiperenes e perenes e cultivos agrossilvipastoris, exceto horticultura”, que possui um grau poluidor considerado médio. A mudança, portanto, excluiu a silvicultura do rol citado anteriormente, tendo uma categoria exclusiva.

Diante da atualização da lei federal, foi necessário que Minas Gerais também se atualizasse. Segundo o acordo assinado, o governo de Minas Gerais ficou desimpedido judicialmente e retomou a sua autonomia de promoção da simplificação do licenciamento ambiental para os projetos de implantação de florestas plantadas e ampliação de áreas de vegetação conservadas.

De acordo com a Amif, são mais de 800 municípios que serão beneficiados diretamente com a medida. Isso porque Minas possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, a maior área cultivada de florestas plantadas do Brasil. E, ao mesmo tempo, cerca de 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa conservada pelo setor florestal.

Um dos homenageados, o governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, em seu discurso durante a cerimônia de entrega, comentou que a conquista beneficiará, inclusive, municípios com baixo desenvolvimento.

“Minas tinha algumas travas que já existiam há tempos que dificultavam os empreendimentos nesse setor. Então, é um avanço muito significativo. Com toda a certeza, nós tiramos as amarras e quando se tira as amarras as coisas fluem com rapidez e vão acontecer de maneira bastante intensa, no meu entender, principalmente nas regiões até menos desenvolvidas do Estado, que são aquelas onde as terras são ainda menos caras e onde muitos investimentos serão realizados”, afirmou.

Também receberam a comenda: a secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília Carvalho Melo; o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior; presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior; e o promotor de Justiça do MPMG e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa de Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Ainda na cerimônia, a presidente da Associação, Adriana Maugeri, disse que a homenagem é justa para aqueles líderes que mostraram coragem. “Que essa coragem seja inspiradora para todos nós, líderes. Que no momento em que há o caminho A ou B para seguir, a coragem seja a guia-mestra para enfrentar dilemas. A comenda nasceu com este intuito: celebrar a coragem, a vitória e a cooperação”, disse.

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Exportações de celulose impulsionam balança comercial do setor

Crescem vendas externas de celulose, papel, painéis de madeira e compensados

A balança comercial do setor florestal brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2024 com um saldo positivo de US$ 7 bilhões, representando um aumento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho, detalhado no boletim Mosaico Ibá, produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), reflete o crescimento expressivo das exportações de produtos florestais, que aumentaram 13,8%, enquanto as importações tiveram uma elevação de 3%.

A celulose, principal produto de exportação do setor, registrou um crescimento considerável no segundo trimestre, após um início de ano estável. As vendas externas de celulose totalizaram US$ 4,95 bilhões, um aumento de 19% em comparação aos primeiros seis meses de 2023. As exportações de papel também mostraram avanço, com um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 1,27 bilhão. Os painéis de madeira, por sua vez, destacaram-se com um aumento robusto de 50,8% nas vendas, atingindo US$ 218,3 milhões.

A produção do setor também apresentou resultados positivos. No primeiro semestre de 2024, foram produzidas 12,7 milhões de toneladas de celulose, um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023. A produção de papel alcançou 5,7 milhões de toneladas, com destaque para o segmento de papel para embalagem, que teve um crescimento de 10,3%, chegando a 3,2 milhões de toneladas.

O setor de árvores cultivadas reafirma sua importância na economia brasileira, sendo responsável por 4% da balança comercial do país no primeiro semestre de 2024 e ocupando o quarto lugar na pauta de exportações do agronegócio. No mesmo período, o setor representou 8,1% das exportações do agronegócio brasileiro.

A China permanece como o principal destino das exportações florestais brasileiras, com compras que totalizaram US$ 2,1 bilhões, dos quais 95% foram de celulose. A demanda chinesa por celulose, papel e painéis de madeira aumentou, com crescimentos de 11,7%, 140,2% e 104,8%, respectivamente. A Europa e a América do Norte também aumentaram suas importações, com crescimentos de 27,1% e 14,9%, totalizando US$ 1,84 bilhão e US$ 1,76 bilhão, respectivamente.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, destacou a importância do setor para o mercado global, especialmente em um cenário de transição para uma economia de baixo carbono. “O Boletim Mosaico mostra como o setor nacional de árvores cultivadas é importante fornecedor planetário desse insumo. A pauta da transição ecológica rumo à economia de baixo carbono está cada vez mais presente e mais urgente. O Brasil se destaca com a oferta de produtos que são renováveis, recicláveis e biodegradáveis, e com o compromisso histórico com a sustentabilidade do nosso setor”, afirmou Hartung.

Com informações da assessoria*

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De olho na celulose: como MS se tornou o epicentro de uma nova corrida verde

No Florestas 360º, evento realizado em Campo Grande, a Arauco debateu a expansão da celulose no Brasil, com foco no desenvolvimento sustentável e nos desafios logísticos em Mato Grosso do Sul

Na semana passada, no dias 20 e 21 de agosto, enquanto os jacarés do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), descansavam ao sol, um debate aquecido acontecia nas salas do complexo. A indústria florestal, que há tempos encontrou um lar fértil no Mato Grosso do Sul, discutia seu futuro durante o evento Florestas 360º – Centro – Oeste. A estrela da vez? A celulose, aquele material que pode parecer apenas um pedaço de papel, mas que carrega consigo uma complexa cadeia produtiva.

Mato Grosso do Sul e a ascensão da celulose – O governador Eduardo Riedel subiu ao palco e deixou claro: o estado vive um momento especial na produção de celulose. Segundo ele, o crescimento não veio por acaso, mas foi pavimentado por uma combinação de menos burocracia, mais segurança jurídica e um diálogo constante entre governo e empresas. “O que estamos vendo é fruto de muito trabalho, tanto do governo quanto das empresas que decidiram apostar no nosso estado,” afirmou Riedel, com a confiança de quem vê um futuro promissor.

Realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), o evento reuniu especialistas e líderes do setor florestal para discutir o futuro da celulose e outras questões estratégicas

A Arauco e o grande plano para o futuro – Entre as gigantes do setor, a Arauco, uma empresa chilena com presença global, marcou presença e trouxe uma novidade que promete sacudir o mercado: o Projeto Sucuriú. Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, sentou-se para discutir os desafios de um setor que cresce rápido, mas enfrenta barreiras, especialmente na logística. O Projeto Sucuriú, que será construído a 50 km de Inocência (MS), é ambicioso. Com um investimento de US$ 3 bilhões, a nova planta de celulose branqueada promete produzir 2,5 milhões de toneladas de fibra curta por ano. Tudo isso deve começar a funcionar em 2028.

Mas por que tanto interesse em Mato Grosso do Sul? – Pagano foi direto ao ponto: “O potencial de crescimento aqui é imenso, mas precisamos garantir que a infraestrutura acompanhe esse ritmo.” E não se trata apenas de crescer. A Arauco quer deixar um legado. O discurso é claro: a expansão tem que ser sustentável, respeitando o meio ambiente e trazendo benefícios reais para as comunidades locais.

Com o auditório do Bioparque Pantanal lotado, a Arauco destacou-se como uma das principais empresas presentes, trazendo sua expertise global para os debates

Uma gigante verde – A Arauco não é uma novata no jogo da sustentabilidade. Com operações em cinco continentes, a empresa foi a primeira do setor florestal a ser certificada como Carbono Neutro. No Brasil, a Arauco está presente desde 2002, com fábricas que produzem painéis de madeira e resinas químicas. Mas o Projeto Sucuriú é diferente. É uma aposta que pode redefinir o papel da empresa no país.

A importância da sustentabilidade no futuro da celulose – Os debates no Florestas 360º mostraram que não dá mais para separar o crescimento do setor de celulose das questões ambientais. O consenso é que o sucesso a longo prazo só será possível se as empresas conseguirem equilibrar a expansão econômica com a responsabilidade ambiental. E é exatamente nisso que a Arauco está apostando.

Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, representou a empresa na mesa-redonda onde foram discutidos os desafios e oportunidades do setor em MS

O que vem por aí? – Se o que foi discutido no Bioparque Pantanal é uma indicação do futuro, o setor de celulose no Brasil – e especialmente em Mato Grosso do Sul – tem um longo caminho pela frente. Com projetos gigantescos como o Sucuriú e um compromisso renovado com a sustentabilidade, o estado parece estar no centro de uma transformação que promete impactos econômicos e ambientais de grande escala.

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