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Macaúba: projeto vai desenvolver combustível sustentável a partir da palmeira

Iniciativa de cinco anos pretende “domesticar” a macaúba e produzir diesel verde e combustível de aviação

Uma reunião técnica envolvendo lideranças científicas da Embrapa, Embrapii e Acelen Renováveis deu início ao projeto de desenvolvimento tecnológico das espécies de palmeira macaúba para produção de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde (HVO), energia térmica e outros coprodutos de alto valor agregado.

A parceria de inovação aberta busca contribuir para a “domesticação” da macaúba e a implantação de lavouras comerciais, além do aproveitamento dos frutos (casca, polpa, endocarpo e amêndoa) por meio de processos mais eficazes para extração de óleos de alta qualidade e geração de bioprodutos.

O projeto, que terá a duração de cinco anos, está amparado em dois acordos de cooperação técnica firmados entre a Acelen Renováveis e a Embrapa Agroenergia. Os investimentos somam R$ 13,7 milhões, com apoio financeiro da Embrapii e do BNDES, e envolvem a contribuição científica de outros quatro centros de pesquisa: Embrapas Algodão, Florestas, Meio Norte e Recursos Genéticos e Biotecnologia.

O empreendimento da Acelen Renováveis foi concebido para atender o processo de transição energética, oferecendo combustíveis renováveis em larga escala. A iniciativa possui orientações ambientais e sociais, buscando criar sistemas de produção descarbonizados em áreas semiáridas, oferecendo novas opções econômicas para comunidades carentes e reaproveitamento de efluentes industriais. Espera-se que o projeto crie 90 mil empregos diretos e indiretos e gere anualmente R$ 7,4 bilhões de renda para as populações envolvidas.

O chefe geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, afirmou que a iniciativa da Acelen Renováveis é importante porque a demanda por biocombustíveis avançados crescerá nos próximos anos devido às pressões por descarbonização. “O país tem a oportunidade de se tornar produtor e fornecedor de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde (HVO) globalmente. Para isso são necessários investimentos em P&D tanto em matéria-prima (como o caso da macaúba), quanto em novos bioprocessos, além de modelagem”, explicou.

Victor Barra, diretor de Agronegócios da Acelen Renováveis, destacou que o projeto de domesticação da macaúba poderá transformar a empresa na líder brasileira no mercado global de transição energética. “A visão é se tornar a maior e mais competitiva produtora de combustíveis renováveis, num modelo integrado que vai da semente da macaúba ao combustível”, afirmou.

A Acelen Renováveis pretende desenvolver o projeto em áreas semiáridas e viabilizar um cultivo agrícola eficiente na produção de óleo, sem competir com áreas de produção de alimentos. A macaúba, uma planta de alta densidade energética e grande capacidade de sequestrar carbono, foi escolhida por suas vantagens ambientais e econômicas. Estima-se que a cada ano, 60 milhões de toneladas de CO2 sejam removidas da atmosfera, reduzindo as emissões em 80%, além de contribuir para a recuperação de áreas degradadas.

O projeto enfrenta desafios, como disse Simone Favaro, pesquisadora da Embrapa Agroenergia. A baixa taxa de germinação das sementes foi superada por um protocolo da Universidade Federal de Viçosa (UFV), elevando a taxa de germinação para 95%. Além disso, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura foi aprovado, indicando áreas com menor risco climatológico para a macaúba.

Favaro também apontou a necessidade de desenvolver materiais homogêneos de alta produtividade por meio de melhoramento genético e protocolos para obtenção de clones das melhores palmeiras. “Precisamos entender muito bem a fisiologia da macaúba para destravar esses bloqueios e viabilizar a alta produção de frutos e, consequentemente, de óleo por hectare”, orientou.

O desenvolvimento tecnológico do segmento industrial do projeto envolve a criação de processos inovadores para extração do óleo de polpa e de amêndoa, além do aproveitamento total das biomassas. Favaro enfatizou que os coprodutos de alto valor agregado, como tortas de polpa e de amêndoa para alimentação, biocombustíveis, e produtos de química renovável, são essenciais para o sucesso do projeto.

O projeto também realizará estudos transversais, como a viabilidade econômica da exploração da macaúba, inventários de carbono e análises do ciclo de vida da oleaginosa. “O desenvolvimento agroindustrial da macaúba está apenas no seu início”, disse Favaro.

Informações: Canal Rural.

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Brasil é o sexto maior produtor de cacau do planeta; confira curiosidades sobre o fruto

Além de ser matéria-prima do chocolate, o fruto tem importância econômica e histórica para o país. Há 67 anos o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), promove a pesquisa, a inovação e a transferência de tecnologias, contribuindo com a sustentabilidade da cacauicultura no Brasil.

Origem do fruto

O cacaueiro é originário da bacia hidrográfica do rio Amazonas, tendo sido dispersado para as regiões tropicais da América Central e do Norte, e hoje é cultivado em diversos países tropicais no mundo.

No Brasil, o fruto é cultivado nas regiões Norte e Nordeste e vem ganhando espaço no Sudeste e Centro Oeste, ocupando papel de destaque na vida de milhares de produtores, sendo responsável por promover a sustentabilidade ambiental e econômica destas famílias.

Produção de cacau – Brasil entre os líderes

O Brasil é o sexto maior produtor de cacau do planeta, sendo que 95% da produção nacional vem da Bahia e do Pará. No que se refere a amêndoa de cacau fino, a produzida no país foi reconhecida, recentemente, como uma das melhores do mundo com três prêmios no último concurso Cacao of Excellence, em Amsterdam. Também em 2023, o país foi, pela segunda vez, reconhecido como exportador de cacau 100% fino e de aroma. O reconhecimento foi dado pela Organização Internacional do Cacau (International Cocoa Organization – ICCO).

Informações: Dinheiro Rural.

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Vale da Celulose: expansão em MS pode ter mais fábricas e quase 100 mil novos empregos

Já ocupando a primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose, Mato Grosso do Sul – que atualmente responde por 24% da produção brasileira da commodity  – pode se isolar ainda mais e consolidar sua referência no setor, com as perspectivas apresentadas nesta segunda-feira (8) ao governador Eduardo Riedel por representantes de empresas de alcance mundial e pela direção da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais.

Dados apresentados pelo setor mostram que o Mato Grosso do Sul pode ser o destino de ao menos quatro novos empreendimentos do setor de celulose até o ano de 2032, expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos no setor, sendo aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos.

O volume de vagas prevista leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas.

Além dos pedidos relacionados à qualificação de mão de obra, representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado, também apresentaram ao governador e aos secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento) e Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.

“O Mato Grosso do Sul batalhou muito para alcançar esse patamar de competividade e esse ambiente extremamente favorável de negócios e crescimento econômico”, afirma o governador Eduardo Riedel, destacando que graças a uma gestão fiscal austera e equilibrada, o Estado é hoje destaque nacional e está no topo do ranking de competividade, investindo mais de 18% de sua receita corrente líquida, indicador de investimento público ligado à solidez fiscal.

O presidente da Ibá, Paulo Hartung, foi quem apresentou o estudo ao governador e sua equipe, destacando a importância de estabelecer uma agenda de trabalho, haja vista os planos de expansão da celulose no Estado.

“O setor é forte no Brasil, mas olhar para a expansão do setor é olhar para o Mato Grosso do Sul. Há desafios e um dos maiores reside na necessidade de criar capacidade para dar conta da crescente demanda por mão de obra e infraestrutura social e econômica. Mas temos em mãos uma enorme oportunidade e esse polo pode virar uma referência no mundo”, frisa.

Verruck pontuou que durante o encontro o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou uma série de ações já implementadas, como o Voucher Transportador e a abertura de vagas de educação infantil, além de anunciar que a expansão do setor permite a geração de novas e melhores oportunidades de emprego aos sul-mato-grossenses.

“Já estamos na fase final da nova industria da Suzano em Ribas de Rio Pardo, e a Arauco já iniciou a terraplanagem [da nova fábrica] em Inocência. Com isso, o Mato Grosso do Sul vai liderar a exportação e a produção de celulose no país. Hoje já temos 1,4 milhão de hectares plantados e devemos chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos, beneficiando todos os municípios da Costa Leste”, destaca Jaime Verruck.

Pelo setor, compareceram além de Paulo Hartung o embaixador José Carlos da Fonseca Jr, diretor da Ibá; Darcio Berni, diretor executivo da ABTCP; Douglas Lazaretti e André Vieira, da Suzano; Germano Vieira, da Eldorado; Mauro Quirino e Manoel Browne, da Bracell; Carlos Altimiras e Theófilo Militão, da Arauco; e Júnior Ramires e Dito Mario, da Reflore.

Informações: Comunicação Governo de MS.

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Nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) avança no comissionamento para início de operações

Testes a frio e simulações aquosas garantem a eficácia dos equipamentos antes do start-up

A nova fábrica da Suzano, localizada em Ribas do Rio Pardo, está avançando para a fase final antes de iniciar suas operações, com a conclusão do comissionamento, um processo crítico que envolve uma série de verificações e testes. Atualmente, a fábrica passa pelos testes a frio, uma etapa em que os equipamentos, incluindo motores, instrumentos de campo, painéis elétricos e a sala de controle, são ativados pela primeira vez para simular as operações sem produção real.

Além dos testes a frio, um componente crucial desta fase é o teste com água, que envolve a circulação de água pelas instalações para simular o processo operacional e permitir ajustes finos nos sistemas de controle e sequências de partida. Cada unidade da fábrica tem sua própria sequência de partida, com uma análise detalhada para garantir a conformidade com as normas de qualidade e eficiência operacional.

Após cerca de 16 meses de montagem eletromecânica, que incluiu a instalação do maior Vaso Digestor já projetado, com 81,3 metros de altura e 14,5 metros de diâmetro, a fábrica se prepara para o start-up. Este vaso é fundamental para o processo de cozimento contínuo dos cavacos de eucalipto, uma etapa essencial na produção de celulose.

A fábrica não só atenderá às necessidades internas de celulose mas também contribuirá com 180 megawatts excedentes de energia para o mercado, energia suficiente para abastecer uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes, graças à energia gerada pelos turbogeradores instalados.

Este projeto não apenas reforça a capacidade produtiva da Suzano mas também destaca seu compromisso com a sustentabilidade, incorporando plantas químicas e ilhas de recuperação química que garantem a produção sustentável através do fechamento de circuito e redução de insumos.

A fábrica, que promete ser a maior linha única de produção de celulose do mundo, está se preparando para uma contribuição significativa ao setor, garantindo alta eficiência e sustentabilidade em suas operações.

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Prefeitura usa drones para reflorestamento na Serra de Inhoaíba (RJ)

A ação prevê a diminuição das ondas de calor no estado

A Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ), realizou, nesta última sexta-feira (5), na Serra de Inhoaíba, em Campo Grande, a primeira ação de reflorestamento com uso de drones semeadores. A aceleração de reflorestamento, realizada em áreas de difícil acesso com uso de inteligência artificial e drones, é parte das medidas do Município para diminuir os impactos das mudanças climáticas no estado.

A ação irá restaurar uma área de 30 hectares nos próximos três anos e realizar o enriquecimento com espécies nativas da Mata Atlântica em outros 30 hectares. A ação é feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade em parceria com a greentech franco-brasileira Morfo, que fez a primeira disseminação de sementes de espécies nativas.

A Morfo dará suporte às equipes de campo do Refloresta Rio para melhorar a velocidade do trabalho de reflorestamento. Isso porque uma equipe de duas pessoas e um drone pode replantar 100 vezes mais rápido um campo do que pelos métodos tradicionais. Outras vantagens são a extensão da biodiversidade de espécies utilizadas e a redução de custos. Numa ação, pode-se contar com pelo menos 20 espécies nativas, a um valor até cinco vezes mais barato, não só pela rapidez de plantio, mas também porque o plantio com sementes evita a estruturação de um viveiro e sua manutenção por vários meses.

O uso de drones semeadores faz parte de um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo que estão sendo adotadas pela Prefeitura para minimizar os impactos para a população das ondas de calor e temperaturas extremas. Além dos drones, entre as ações anunciadas, estão a criação de parques e o aumento no plantio de árvores nas áreas mais quentes da cidade, com o objetivo de ampliar o conforto térmico dos cariocas.

Informações: O Dia.

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Órgão especializado do Incra pode reavaliar venda da Eldorado Brasil

Sócios disputam fábrica de celulose; Incra em MS é contra transação com empresa estrangeira

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) deve fazer uma nova avaliação da compra da Eldorado pelo grupo estrangeiro C.A., que é dono da Paper Excellence, sócia da J&F Investimentos na fábrica Eldorado Brasil Celulose S/A, que funciona em Três Lagoas. Isso porque o grupo recorreu à direção nacional do Incra contra a decisão emitida no Estado se opondo à transferência da empresa pelo fato de que a sócia tem origem estrangeira e sinalizou interesse de fazer um acordo para superar o impasse.

Um parecer emitido por técnicos da Coordenação-Geral de Cadastro Rural recomenda que o assunto seja analisado pela Procuradoria Federal especializada, uma vez que o entendimento sobre transações de empreendimentos que envolvam terras pode repercutir também em outras situações em análise no órgão. Por lei, a aquisição de terras por estrangeiros exige autorização do poder público, o que não ocorreu no caso da Eldorado.

A empresa sócia da J&F alega que a restrição imposta por lei não deve envolver situações em que a transação não é especificamente sobre terras, como no caso da fábrica, que se trata de empreendimento econômico, uma indústria de celulose que tem propriedades que são utilizadas para o plantio de florestas para a produção da celulose especificamente.  Para sustentar essa posição, a C.A. enviou à direção nacional do Incra pareceres de peso, assinados pela ex-ministra do STF Ellen Gracie e o ex-advogado geral da União Luís Inácio Lucena Adams.

Longa briga – O capítulo envolvendo o Incra faz parte de uma longa briga entre a Paper e a J&F, que em setembro de 2017 fizeram acordo para a compra da Eldorado por parte da empresa comandada pelo grupo estrangeiro, uma transação envolvendo cerca de R$ 15 bilhões. A J&F Investimentos S.A. é a acionista controladora, com 50,59%, e a CA Investment tem 49,41% de participação. Pela negociação, o grupo brasileiro deveria ter transferido o restante das ações até outubro de 2018, entretanto desistiu do negócio e o desacordo desencadeou uma briga judicial.

A J&F já manifestou desejo de recomprar as ações da Paper, que mantém interesse em concluir o negócio.

O Incra entrou no assunto no ano passado, após receber, de forma anônima, documentação na regional de Mato Grosso do Sul denunciando  falta de autorização do órgão para empresa de origem estrangeira adquirir terras. Foi denunciado que a transação envolve 11 fazendas, somando 14,3 mil hectares em Selvíria, Três Lagoas e Aparecida do Taboado.

No parecer divulgado no fim de junho, recomendando a análise do caso pela Procuradoria especializada, técnicos também defendem que todas as movimentações sejam informadas à Paper, não apenas à Eldorado, que segue comandada pela J&F.

Além de uma briga judicial pelos termos do contrato envolvendo as duas empresas, tramitando na Justiça paulista, o destino da Eldorado também é analisado na Justiça Federal, com uma ação civil pública apresentada em Três Lagoas e uma ação popular em Chapecó, já sentenciada, pela anulação do negócio, por conta da irregularidade com as fazendas.

Ambas as empresas seguem firmes no desejo de ter a propriedade total da Eldorado. Recentemente, Wesley Batista, empresário, fundador e acionista da J&F Investimentos, anunciou uma nova planta para a produção na Eldorado Brasil Celulose, com valor estimado em R$ 25 bilhões. A Paper divulgou que apoia o projeto e irá mantê-lo se assumir a unidade. Na documentação enviada ao Incra, ela manifestou interesse em fazer um acordo com o órgão federal para não ficar como proprietária ou arrendatária de terras, mas somente da fábrica, atendendo a legislação federal, segundo consta no documento mais recente do órgão.

Informações: Campo Grande News.

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Califórnia: quase 30 mil pessoas deixam suas casas em meio a incêndio florestal

Aproximadamente 1.200 hectares foram devastados pelas chamas que atingiram a região, enquanto o estado enfrenta uma onda de calor brutal e potencialmente histórica

Cerca de vinte e oito mil moradores foram forçados a saírem de suas casas no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, na última terça-feira, 2, depois que um incêndio florestal rapidamente se espalhou. Aproximadamente 1.200 hectares foram devastados pelas chamas que atingiram a região, próxima à cidade de Oroville, enquanto o estado enfrenta uma onda de calor brutal e potencialmente histórica. As informações são do The Guardian.

Segundo o jornal britânico, mais de 1.400 bombeiros de todo o estado foram mobilizados para combater o incêndio, que estava em 0% de contenção na manhã desta quarta-feira, 3. Quatro bombeiros sofreram ferimentos leves, disseram as autoridades, que também confirmaram que pelo menos quatro estruturas foram destruídas. A causa do incêndio está sob investigação.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou estado de emergência nesta quarta-feira, para garantir que recursos estejam prontamente disponíveis para dar suporte à resposta e à recuperação ao incêndio.

No dia anterior, Newsom anunciou que a Califórnia garantiu um subsídio de assistência para gerenciamento de incêndios da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema), para cobrir alguns dos custos associados ao combate a incêndios. No início da semana, o governador também havia ativado o centro de operações do estado para coordenar a resposta a incêndios florestais e ao calor excessivo em toda a Califórnia.

Estado de alerta

De acordo com o The Guardian, o incêndio ocorreu quando a Califórnia já estava em alerta máximo para incêndios florestais, com altas temperaturas e ventos fortes exacerbando riscos das celebrações de 4 de julho, dia da independência dos EUA, quando o clima quente e seco se junta aos fogos de artifício. Equipes de bombeiros combatem mais de uma dúzia de incêndios que começaram desde segunda-feira no estado, que se prepara para condições cada vez mais intensas.

O jornal destaca que, a partir desta quarta-feira, 3, partes da Califórnia estarão sujeitas a níveis “extremos” de risco de calor – o nível mais alto no índice do Serviço Meteorológico Nacional dos EUA. As condições extremas podem durar até domingo ou mais e, em algumas áreas, temperaturas extremas, com risco de morte, podem permanecer por mais de uma semana.

O cientista climático Dr. Daniel Swain destacou que será uma onda de calor severa, prolongada e potencialmente recorde, que pode ter grandes impactos no estado, diz o The Guardian. Pouco alívio pode ser esperado, mesmo depois que o sol se põe. “Simplesmente não vai esfriar – nem mesmo à noite”, disse Swain.

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Forest anuncia rebranding para liderar a economia circular no Brasil

Na busca para liderar a economia circular no Brasil, Forest anuncia reposicionamento de marca e da estratégia de negócios

A Forest, consolidada no mercado brasileiro há quase 40 anos e proprietária do maior parque industrial de corte e rebobinamento de papéis da América Latina, revelou o propósito e anunciou sua nova identidade visual. Durante os últimos meses, os líderes da Forest e a Consultoria iN realizaram um processo de imersão que definiu os caminhos de expressão da marca, valores e arquétipos que atendem a atual visão de negócios.

No processo de rebranding, conduzido de perto pelo Diretor de Marketing, Leonardo Reis, a empresa decidiu unir as marcas Forest Paper e Revita Ambiental e formar uma única: a Forest, como a empresa já é amplamente reconhecida. “Em vez de várias empresas de pequeno e médio porte, estamos comunicando a empresa como ela realmente é e deve ser reconhecida: uma grande e única, Forest. A organização em unidades de negócios reforça um aspecto competitivo fundamental: somos uma empresa verticalizada, da celulose ao papel formatado, passando pelo corte, rebobinamento e insumos como tubetes, paletes e cantoneiras.”

A empresa agora contará com quatro unidades de negócios: UN Celulose com uma fábrica no Paraná; UN Papel com duas fábricas em São Paulo; UN Conversão com fábricas em Santa Catarina, Paraná e São Paulo; e UN Insumos com fábricas em Santa Catarina e Paraná. A Forest conta ainda com centros logísticos avançados no Espírito Santo e Pernambuco e recentemente anunciou um escritório comercial em Miami.

“O logotipo também passou por mudanças e o símbolo agora faz alusão aos ciclos do papel, podendo significar uma bobina de papel, um hydrapulper (tanque circular utilizado para desagregar o papel) ou até mesmo um cata-vento, mostrando do processamento da matéria-prima até o produto final”, explica Fábio Milnitzky, CEO da iN, que assinou a estratégia de reposicionamento e a nova identidade visual da Forest e já atendeu grandes marcas brasileiras como Avon, Livelo, Cyrela, Faber Castell e Ambev.

“Nunca crescemos tão rápido em tão pouco tempo. Precisávamos atualizar a nossa forma de falar com o mercado e com as pessoas e nos reestruturar para atender o mercado de papel e celulose de forma integrada”, comenta o fundador e empresário, Mário Romancini, que nos últimos meses contratou novos diretores, adquiriu novas máquinas e equipamentos, lançou novos produtos, totalizando um investimento de cerca de R$ 60 milhões. “Todos os esforços estão sendo feitos para que a Forest seja reconhecida como referência em economia circular no Brasil”.

O novo posicionamento da marca remete a um jeito de pensar que valoriza a circularidade de ideias, produtos e pessoas. “Mais do que entregar papel e celulose na medida e no tempo certo, buscamos valor no que pode ser repensado, reutilizado e reciclado. Acreditamos que a circularidade só é real quando o que criamos antecipa necessidades e retorna como prosperidade para todas as pessoas”, comenta o Diretor de Marketing.

“Há quase 40 anos, o nosso papel é colocar a roda da economia para girar, entregando soluções personalizadas em papel e celulose com relações duradoras e prazos de entrega menores que o mercado em geral por conta de um centro de distribuição com localização estratégica para entregas rápidas. E a partir de agora, vamos tirar do papel ideias que geram valor e comunicar aos colaboradores, parceiros e clientes de forma mais clara”, comenta Romancini. 

Atualmente, a Forest é a maior distribuidora de papéis para embalagens do Brasil, tem capacidade produtiva anual de 300 mil toneladas de corte e rebobinamento de papéis e produz 60 mil toneladas de celulose a partir da desagregação de embalagens longa vida. Saiba mais: https://www.forestpaper.com.br/

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Concessão da Rota da Celulose trará R$ 9 bi a MS

Projeto com 870 quilômetros de rodovias da região leste de Mato Grosso do Sul prevê contrato de 30 anos

Projeto com um pacote de rodovias da região leste do Estado está prestes a ser lançado no mercado. Serão 870 quilômetros que ficarão sob responsabilidade da concessionária que vencer leilão e poderá explorar as estradas por 30 anos. Estão estimados R$ 9 bilhões em capital privado na concessão.

Nesta última quinta-feira (4), o Conselho Gestor de Parcerias aprovou o estudo da Rota da Celulose, apresentado e coordenado pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas).

Por conta da instalação de indústrias de celulose e o aumento de fluxo de veículos projetado para os próximos anos pela expansão da região Leste, a concessão foi a melhor opção na análise do governo, para viabilizar a qualidade logística no trecho que liga o Estado ao Sudeste do país, passando por nove cidades.

A estruturação do projeto envolve modelagens técnica, econômico-financeira e jurídica. Destina-se à adequação de capacidade, reabilitação, operação, manutenção e conservação dos seguintes trechos: MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo; MS-338, que liga Santa Rita do Pardo a Bataguassu; e MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267, além da BR-262, ligando Campo Grande a Três Lagoas e BR-267, que compreende a ligação dos municípios de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul.

O objetivo é ampliar e antecipar investimentos em infraestrutura para a melhoria da malha viária, com duplicações, acostamentos, terceiras faixas, dispositivos em nível e proporcionar mais segurança e prestação de serviços aos usuários veículos operacionais entre eles ambulâncias, guinchos, combate a incêndios, desobstrução de pistas e inspeção para controle do tráfego.

O projeto atende ainda às diretrizes do programa Estrada Viva, do Governo do Estado, para preservação da fauna silvestre. Entre eles, a implantação de dispositivos de prevenção de acidentes como passagens de fauna, tela condutora, placas de alerta e lúdicas, controladores de velocidade e manejo de animais silvestres atropelados, bem como do serviço de Resgate e Reabilitação de Fauna e ações de educação ambiental de usuários e comunidade em geral.

Informações: Campo Grande News.

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Incêndios no Pantanal só são controlados com chegada do frio

Mesmo com mais de 500 pessoas, entre militares e brigadistas, e aeronaves atuando contra o fogo, mudança do tempo foi o que fez zerar fogos no bioma

O maior esforço com intervenção humana e de equipamento para combate aos incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, completou 10 dias de emprego, mas o controle total das chamas, de fato, não conseguiu ser feito por ação humana. São mais de 500 pessoas envolvidas diretamente, além de mais de 20 aeronaves, embarcações e veículos. 

A redução drástica do fogo foi registrada ontem depois que as condições climáticas passaram a ser favoráveis – redução da temperatura mínima na região de Corumbá para 14°C e máxima para cerca de 20°C, umidade do ar ficando entre 90% e 40% e velocidade do vento para cerca de 10 km/h.

Dados do programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicaram que não houve registro de focos ontem, quando o frio chegou com força na região de Corumbá. Até o sábado (6), quando as baixas temperaturas ainda não estavam fixadas, o Inpe indicou 21 focos para o território.

A maior estrutura para enfrentamento da situação começou em 28 de junho, quando houve a visita das ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do governador Eduardo Riedel (PSDB) a Corumbá, município que concentra disparado a porcentagem dos focos de calor em todo o Brasil, desde começo de junho (37%), conforme o programa BD Queimadas, do Inpe. 

O segundo município nesse ranking é Porto Murtinho, também em MS, que registrou 6% dos focos no país. 

A chegada de toda essa estrutura para Corumbá ocorreu mais de 20 dias depois que os incêndios no Pantanal já estavam instalados. Entre os dias 1 e 6 de junho, o município já registrava a maior concentração de focos no Brasil, com 12% das identificações em mais de 4 mil cidades, observando dados do BD Queimadas. 

Somente em aeronaves diretas para operação, existe 9 do governo federal, além de outras 5 das Forças Armadas usadas para transporte de pessoas e equipamentos. Há ainda 8 embarcações em operação que pertencem a Marinha, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováseis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

Sem contar a estrutura do governo do Estado, com Bombeiros e Polícia Militar Ambiental. 

Em termos de estrutura de recursos humanos, desde o dia 28 de junho chegou a Corumbá o maior efetivo para atuação nos incêndios florestais no Pantanal. 

Tanto para as operações de campo, como agentes mobilizados, há profissionais e brigadistas do Ibama, técnicos do ICBMBio, militares do 6º Comando do Distrito Naval (Marinha), bombeiros do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, além de integrantes da Força Nacional.

Nessa estrutura, são 501 pessoas empenhadas diretamente por parte do governo federal.

Com todo esse aparelhamento, o fogo no bioma acabou consumindo até este dia 7 de julho pouco mais de 5% da área total do Pantanal, o que equivale a 763, 7 mil hectares, ou 30 vezes o tamanho de Campo Grande. 

MONITORAMENTO

O monitoramento de área queimada vem sendo atualizado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Inclusive, os dados históricos medidos desde 2012 mostraram que o mês de junho de 2024 foi o mais devastador em termos de área queimada pelos incêndios, com 406.750 hectares atingidos.

E mesmo com todo esse cenário de danos por conta do fogo e o empenho em combater os incêndios, não houve indicativo que as chamas ficaram controladas no Pantanal empregando somente o aparelhamento humano. 

O coordenador do Prevfogo/Ibama no Mato Grosso do Sul, Márcio Yule, reconhece que a complexidade de combate torna a “guerra” contra os incêndios desafiadora. 

“A grande dificuldade no Pantanal é a logística para o combate. Chegar na linha do fogo, permanecer na linha do fogo, ter um local para os combatentes possam se alimentar, possam pernoitar, possam descansar minimamente. O cenário de alta temperatura, baixa umidade do ar, dificuldade de acesso complica todo o trabalho. E cada fogo é um cenário diferente. Tudo isso exige que os recursos estejam muito bem organizados para que a gente tenha a efetividade no combate do incêndio”, afirmou Yule.

O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Angelo Rabelo, completa que as condições climáticas, de fato, tornam-se complicadoras ou um “reforço” importante para ganhar do fogo após ele sair de controle no Pantanal.

O Instituto mantém uma brigada permanente para atuar na prevenção em uma região que forma um corredor de biodiversidade de quase 300 mil hectares e que compreende parte da Serra do Amolar, ao norte de Corumbá. 

“O fator climático pode ser um complicador, com ventos norte (norte-sul) que ajudaram a espalhar o fogo. Já o vento sul (sul-norte) faz as temperaturas abaixarem. Além disso, toda a estrutura que chegou (em 28/6) permite haver o controle (dos incêndios). Mas temos que ficar prontos, pois historicamente temos meses mais críticos a partir de agosto. O que está sendo mostrado é que o município de Corumbá precisa ter uma estrutura, com sala de situação, aeronaves para enfrentamento”, ponderou.

PANTANAL – Estrutura de combate a incêndios (a partir de 28/06/24)

  • 193 profissionais do Ibama e ICBMBio para o campo
  • 92 militares da Marinha (6º Comando do Distrito Naval)
  • 80 bombeiros de MS com diárias pagas pelo Ministério da Justiça
  • 134 brigadistas do Ibama
  • 82 integrantes da Força Nacional
  • 4 aviões lançadores de água Ibama e ICMBio
  • 3 helicópteros do Ibama e ICBMBio
  • 1 avião da FAB lançador de 12 mil litros de água (KC-390)
  • 2 helicópteros do Exército
  • 1 helicóptero da Marinha
  • 1 helicóptero da FAB
  • 1 avião FAB transporte brigadistas (Caravan C-98)
  • 8 embarcações da Marinha, Ibama e ICMBio
  • 466 bombeiros de Mato Grosso do Sul
  • 39 veículos estaduais (caminhonetes, caminhões, lanchas); apoios diferentes de fazendeiros atingidos

Informações: Correio do Estado.

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