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Gigante investe US$ 4,6 bilhões e Vale da Celulose ganha maior fábrica de celulose do mundo

A maior fábrica de celulose do mundo nasce em Mato Grosso do Sul, com um aporte de US$ 4,6 bilhões de investimento no Projeto Sucuriú, a Arauco Brasil, realiza o maior projeto de investimento no país e aposta no Vale da Celulose

Quem percorre a rodovia MS-377, entre Água Clara e Inocência, em Mato Grosso do Sul, se depara com uma paisagem transformada. Os antigos pastos de pecuária extensiva deram lugar a vastas florestas de eucalipto, símbolo do crescimento do setor de celulose na região, agora conhecida como o “Vale da Celulose”. Esse cenário é palco de um investimento bilionário que consolida a posição do estado no cenário global: o Projeto Sucuriú, da Arauco Brasil, será a maior fábrica de celulose do mundo.

O Projeto Sucuriú será a maior fábrica de celulose do mundo

Com um aporte de US$ 4,6 bilhões, a planta industrial da Arauco, localizada a 50 km de Inocência, prevê uma produção anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose. Atualmente, cerca de 1.800 trabalhadores atuam na terraplanagem do terreno, com previsão de início das operações no segundo semestre de 2027.

O impacto socioeconômico é visível: a cidade de Inocência, com pouco mais de 8.400 habitantes, já viu sua população saltar para 13 mil pessoas, com expectativa de atingir 32 mil moradores circulando na região durante o pico das obras. O projeto, que deve gerar até 14 mil empregos diretos, representa uma nova era para o município, tradicionalmente focado na pecuária.

“O Projeto Sucuriú impulsionará o desenvolvimento social e econômico da região, com geração de emprego, renda, arrecadação de impostos e atração de novos investimentos”, afirma Carlos Altimiras, presidente da Arauco.

Área de construção do megaempreendimento em Inocência (MS).

Infraestrutura e governança: pilares do desenvolvimento

Para suportar o crescimento acelerado, o Governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura de Inocência investem em infraestrutura e planejamento. Entre as ações destacam-se:

  • Construção de um acesso rodoviário à fábrica e pavimentação de estradas, como a MS-316.
  • Instalação de uma terceira faixa em pontos estratégicos da MS-377.
  • Planejamento para a construção de um aeroporto em Inocência, facilitando transporte de cargas e pessoas.

Além disso, o município está elaborando um novo Plano Diretor e criando um núcleo industrial para atender à demanda crescente. “Inocência se prepara para deixar de ser a ‘Princesinha do Leste’ e se tornar a ‘Rainha do Vale da Celulose’”, enfatiza o prefeito Toninho da Cofapi.

A governança é reforçada pela criação de um Plano Estratégico Socioambiental e pela atuação de um Comitê Gestor, que acompanha as ações relacionadas ao projeto, garantindo o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Secretário Jaime Verruck (Foto: Álvaro Rezende)

Qualificação profissional e emprego pleno

A chegada do projeto trouxe um desafio: suprir a demanda por mão de obra qualificada em uma região que já vive a realidade do pleno emprego. Para enfrentar essa situação, iniciativas como a implantação do Centro Integrado Sesi Senai oferecem cursos voltados para as diversas etapas da obra. Desde terraplanagem até construção civil e operações industriais, os treinamentos evoluem conforme o projeto avança.

O diretor de Sustentabilidade da Arauco, Theófilo Militão, destaca a importância da capacitação: “Nossa estratégia é preparar a mão de obra local até o início da operação da planta. Isso garante oportunidades para a comunidade e reduz a dependência de profissionais de fora”.

Fotos: Mairinco de Pauda e Acervo Arauco

Mato Grosso do Sul consolida sua liderança na celulose

O Projeto Sucuriú será a quinta fábrica de celulose de Mato Grosso do Sul, consolidando o estado como referência mundial no setor. Recentemente, a Suzano inaugurou a maior linha única de produção de celulose em Ribas do Rio Pardo, com capacidade de 2,55 milhões de toneladas por ano.

O secretário estadual de Desenvolvimento, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, reforça a importância desse avanço: “Com a Arauco, Mato Grosso do Sul se posiciona como líder global na produção de celulose. Além disso, a fábrica gerará 400 MW de energia limpa, contribuindo para o sistema nacional”.

Transformação para o futuro

O Projeto Sucuriú não apenas altera a paisagem da região, mas também redesenha seu futuro econômico e social. Com investimentos em infraestrutura, qualificação profissional e governança ambiental, Inocência e Mato Grosso do Sul mostram como grandes projetos podem ser motores de desenvolvimento sustentável.

“Essa iniciativa reafirma a confiança dos investidores no estado e promove um crescimento ordenado, beneficiando tanto a economia quanto a qualidade de vida da população”, conclui o governador Eduardo Riedel.

Informações: Compre Rural.

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Arauco revisa e anuncia capacidade aumentada para sua primeira fábrica de celulose no Brasil: 3,5 milhões de toneladas

O anúncio foi feito no início deste mês pelo diretor de Sustentabilidade & Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão

A multinacional chilena Arauco anunciou na quarta-feira (11/12), a ampliação da capacidade planejada para sua primeira fábrica de celulose no Brasil, que será instalada em Inocência, no leste de Mato Grosso do Sul. Inicialmente projetada para produzir 2,5 milhões de toneladas anuais, a planta agora terá capacidade para 3,5 milhões de toneladas por ano, tornando-se, quando entrar em operação em 2027, a maior fábrica de celulose do mundo em linha única.

O anúncio foi feito por Theófilo Militão, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco. Ele explicou que a revisão para cima foi motivada por análises técnicas que demonstraram a viabilidade do aumento de produção, com aprovação do conselho da empresa. Para atender à nova meta, o investimento no projeto Sucuriú será ampliado de US$ 3 bilhões para US$ 4,6 bilhões.

Para abastecer a fábrica, a área plantada de eucalipto chegará a 400 mil hectares. Além de celulose, a planta também produzirá bioeletricidade, com geração de 400 MW de energia. Deste total, 200 MW serão consumidos pela própria fábrica, e os outros 200 MW serão disponibilizados na rede elétrica.

Militão destacou que a empresa obteve em maio deste ano a licença de instalação concedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e já iniciou as obras de terraplanagem no local. Atualmente, cerca de 1.500 pessoas trabalham nessa etapa, que deve ser concluída até maio de 2025, quando terão início as obras de construção da indústria.

Durante o pico das obras, previsto para durar cerca de oito meses, até 14 mil trabalhadores poderão estar envolvidos no projeto, número que supera em 66% a população de Inocência, estimada em 8,4 mil habitantes, segundo o IBGE. Para acomodar essa força de trabalho, a empresa construirá alojamentos próprios a 10 quilômetros da cidade.

Cada alojamento será equipado com um ambulatório médico que oferecerá serviços equivalentes aos de um posto de saúde. Além disso, a fábrica terá uma unidade médica com estrutura semelhante à de um hospital. A ideia, segundo Militão, é que os trabalhadores não precisem utilizar o sistema público de saúde de Inocência ou Três Lagoas. Em casos graves, uma ambulância própria transportará o trabalhador para atendimento em unidades privadas de saúde, coberto pelo plano de saúde da empresa.

Para preparar a cidade para o impacto do projeto, a Arauco firmou parcerias estratégicas: com o Senai, para qualificação de mão de obra; com o Sebrae/MS, para capacitação de empreendedores locais; com a prefeitura, para elaboração de um plano diretor; e com o Governo do Estado, para execução de obras viárias, como a conclusão da pavimentação da MS-320 e a implantação de terceiras faixas na MS-377.

No campo da logística, a empresa busca licenciamento para construir um ramal ferroviário que conectará a fábrica à malha norte, permitindo que 95% da produção seja escoada por transporte ferroviário.

Como parte de sua integração com a comunidade, a Arauco inaugurou na última terça-feira (17), a Casa Arauco, um espaço ambientalmente sustentável que contará a história da empresa, apresentará detalhes do projeto Sucuriú e oferecerá à comunidade um espaço cultural para eventos e exposições artísticas.

Informações: Folha de Campo Grande.

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Quinta fábrica de celulose no Estado gera novo ciclo de oportunidades e crescimento em Inocência

Quem viaja pela MS-377 do trecho que liga Água Clara a Inocência, consegue perceber nitidamente porque o MS já é considerado o “Vale da Celulose”. Os pastos antigos de uma pecuária extensiva, deram lugar a milhares de hectares de florestas de eucalipto, que vão alimentar uma gigante de celulose que começa a despertar a 50 km de Inocência: o Projeto Sucuriú, da Arauco Brasil.

No local, 1.800 homens trabalham de forma incessante na terraplanagem da planta industrial, que tem investimentos de mais de US$ 4,6 bilhões e vai produzir 3,5 milhões de toneladas. O processo consiste no preparo da área onde será construída a fábrica, a partir do primeiro trimestre de 2025. A previsão para o início de operação da fábrica é para o segundo semestre de 2027.

Fábrica de celulose será construída em Inocência

Na rodovia, um trevo na entrada do sítio, já mostra a intensa movimentação de máquinas e caminhões na região. Mais adiante a cerca de 8 km do município inúmeros alojamentos foram construídos para abrigar os trabalhadores vindos em sua maioria da região Nordeste.

Governador em visita a Arauco no Chile

“Será uma unidade moderna, que vai gerar empregos, oportunidades, desenvolvimento social e econômico. Mato Grosso do Sul estabeleceu uma estratégia de desenvolvimento sustentável baseado na atração de grandes investimentos e na geração de emprego, e a vinda desta operação reforça a confiança dos investidores no Estado”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

Para atender à demanda gerada pela nova fábrica, o Governo do Estado está investindo em diversas obras de infraestrutura. A construção de um acesso rodoviário à fábrica, a instalação de uma terceira faixa em pontos estratégicos da MS-377 e a pavimentação da MS-316 são apenas alguns exemplos. Além disso, está prevista a construção de um aeroporto em Inocência, o que facilitará o acesso à cidade e o transporte de cargas.

“A quinta indústria de celulose do Mato Grosso do Sul está avançando em Inocência. A fábrica está na fase inicial de que é a terraplanagem, ou seja, começa a iniciar agora toda a negociação da parte industrial. Somente nesta etapa são mais de 1.800 empregos. Temos que destacar que boa parte da movimentação da cidade está exatamente na ampliação da base florestal. A Arauco já está consolidando toda sua base florestal que deve passar dos 300 mil hectares. Independente da questão da obra, existe toda uma movimentação da ampliação da base florestal, já que a Arauco em função do tamanho do empreendimento precisa fazer plantio de eucalipto, manutenção de florestas e ampliação das áreas. Isso já é percebido na região”, destacou o secretário estadual de Desenvolvimento, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.

Secretário Jaime Verruck (Foto: Álvaro Rezende)

A cidade pacata de 8.400 habitantes, conhecida como a “Princesinha do Leste” viu a população saltar para 13 mil moradores e deverá chegar a uma população de 32 mil pessoas circulando. A expectativa é que o Projeto Sucuriú gere em torno de 14 mil empregos no pico da obra, de forma escalonada. “Trata-se de um projeto de grande magnitude. Com o início da operação, teremos como reflexo o impulsionamento do desenvolvimento social e econômico da região, com o aumento de geração de emprego e renda, maior arrecadação de impostos e atração de novos investimentos”, reforçou o presidente da Arauco, Carlos Altimiras.

Para atender tamanha demanda de serviços, habitação e infraestrutura, a Prefeitura de Inocência está elaborando um novo Plano Diretor, vai construir o núcleo industrial e renovar o secretariado. Segundo o prefeito da cidade, Toninho da Cofapi, o município que até então tinha a economia baseada na pecuária de médias propriedades está vivendo dias de transformação.”Inocência que é conhecida como a Princesinha do Leste se prepara para virar a Rainha”, ressalta.

Emprego pleno e impacto na economia

O impacto nas atividades econômicas do município são a geração de emprego local e crescimento dos pequenos negócios. Neste ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram mais de mil vagas abertas, resultado de 2.696 admissões e 1.670 desligamentos, diante de um saldo de apenas nove colocações de 2023. Os serviços puxam a demanda por pessoal, seguido pela construção e indústria.

Na cidade a demanda por profissionais no setor de alimentação e serviços é alto, mas quem domina os empregos é a construção civil. Em vários bairros é comum a existência de obras e muitos trabalhadores do setor. Existe espaço para empreendimentos que vão de restaurantes até lavanderias. Mas tudo isso está sendo monitorado com o apoio do Sebrae-MS.

Cidade tem várias obras espalhadas com novo ciclo de crescimento

Com a chegada da fábrica da Arauco, a demanda por mão de obra qualificada aumentará significativamente. Para atender a essa demanda, o Governo do Estado, em parceria com o setor privado, está investindo em programas de qualificação profissional. A implantação do Centro Integrado Sesi Senai em Inocência é um exemplo desse esforço, oferecendo cursos e programas de treinamento para a população local.

Além disso, na qualificação a Funtrab em parceria com a Prefeitura de Inocência está instalando um Sine no município para auxiliar na captação e encaminhamento de vagas.

O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão, destaca que um dos maiores desafios do projeto ainda é conseguir mão de obra. “Hoje MS vive a realidade do pleno emprego sem mão de obra, e a que vem de fora nem sempre é qualificada. Então temos o sistema S para capacitar em Inocência. Já temos uma unidade do Senai instalada e que fornece a capacitação para cada etapa do projeto”, explica o diretor.

Atualmente, segundo ele, os cursos estão ligados à infraestrutura, como a terraplanagem, a construção civil, operadores de máquina e carpintaria. “Conforme as obras forem avançando, os cursos também serão direcionados para cada etapa. Ou seja, novas funções serão treinadas, pois nossa estratégia visa capacitar até o início de operação da planta”, acrescentou.

Governança e crescimento ordenado

Para ordenar este crescimento o Governo do Estado, junto com a Arauco e a prefeitura, está sendo construindo um Plano Estratégico Socioambiental do Projeto Sucuriú. Elaborado com o objetivo de direcionar as ações colaborativas da iniciativa pública e privada em Inocência, o estudo faz um diagnóstico atual do município e apresenta as demandas geradas a partir da construção da primeira fábrica de celulose branqueada da Arauco no Brasil.

Prefeito de Inocência, Toninho da Cofapi

No início de dezembro foi realizada a primeira reunião do Comitê Gestor que desempenha um papel estratégico no acompanhamento das atividades relacionadas ao Projeto Sucuriú, assegurando que as ações estejam alinhadas às diretrizes ambientais e sociais do município. O prefeito salienta que essa primeira reunião marcou o início de um trabalho conjunto que visa beneficiar a comunidade e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região. “A Prefeitura de Inocência reforça seu compromisso com iniciativas que promovem a sustentabilidade e o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e ambiental, sempre pensando no bem-estar da população e em parceria com o Governo do Estado”, frisou.

“É importante destacar o nível de governança que está sendo estabelecido em cima dessa situação. A parceria do Governo do Estado, Arauco com o município e com os atores locais visa exatamente beneficiar os pequenos empreendedores locais”, afirmou Verruck.

Ele lembra que o Governo acompanha o processo sob o ponto de vista de fluxo. “A Arauco obviamente sendo a nossa quinta indústria vai consolidar globalmente o Mato Grosso do Sul como referência na questão da produção de celulose. Então é um caminho que está sendo adotado. Recentemente nós aprovamos também a licença prévia no conselho estadual do linhão de energia, pois a Arauco vai precisar de uma área de acesso até a Ilha Solteira. Então vai ser construído 90% um linhão para captação de energia e muito mais. A indústria vai gerar 400 MW de energia, utilizando 200 MW e fornecendo a energia gerada a partir daqui a dois anos, que será gerada para o sistema nacional. Isso será mais uma geração de energia limpa no estado de Mato Grosso do Sul”.

O secretário reforça que a atuação conjunta demonstra a governança e a transversalidade do Governo em reunir as secretarias de Habitação, Saúde, Segurança e afins para criar uma governança junto à administração local e a empresa sobre o Projeto. “Queremos o desenvolvimento ordenado de Inocência, e acreditamos no imenso potencial da região. Somos parceiros deste grande projeto”, concluiu.

Informações: GOV/MS.

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Expedição de papelão ondulado totaliza 365.395 toneladas e alcança recorde em novembro

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) subiu 4,2% em novembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 162,7 pontos (2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou de 365.395 toneladas no mês. Este é maior volume expedido no setor para o mês de novembro desde o início da série em janeiro de 2005, superando em quase 15 mil toneladas o resultado de 2023.

Por dia útil, o volume de expedição foi de 15.225 toneladas, uma alta de 4,2% na comparação interanual, em que novembro de 2024 registrou a mesma quantidade de dias que em 2023 (24 dias úteis).

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de novembro registrou queda de 1,4% no IBPO, para 160,4 pontos, equivalentes a 359.353 toneladas. Apesar da queda, esse é o terceiro melhor resultado da expedição na série sazonalmente ajustada, ficando atras apenas de outubro de 2020 (162,6 pontos) e fevereiro de 2021 (161,4 pontos). Na mesma métrica, a expedição por dia útil foi de 14.973, uma alta de 6,7% na comparação com o mês anterior.

Informações: EMPAPEL.

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Fábrica da CMPC em Guaíba poderá produzir celulose especial para os EUA

“Estamos vislumbrando a possibilidade de produtos fazer para mercados específicos”, informa o diretor-geral da Unidade Guaíba da CMPC, Antonio Lacerda

A CMPC anunciou para o município de Barra do Ribeiro o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul . Uma nova fábrica de celulose que, somando todos os transportes para o seu funcionamento, somará um desembolso estimado em R$ 24 bilhões.

Mas se engana quem pensa que a unidade em Guaíba, onde já opera uma fábrica com capacidade de produção de 2,4 milhões de toneladas por ano, perderá espaço com isso. A planta, não apenas teve sua capacidade ampliada, como ainda poderá ser o ponto de fabricação de produtos com maior valor agregado.

“No primeiro momento, como duas unidades (Barra do Ribeiro e Guaíba) produzirão a mesma celulose, mas lá para 2032, estamos avaliando a possibilidade de que uma unidade de Guaíba produza um tipo de celulose especial, com alto valor agregado, que vem sendo exigido pelo mercado norte-americano. Em setembro, fizemos uma parada técnica na fábrica justamente para produzirmos 25 mil toneladas deste material em forma de teste , bem sucedido. específicos”, conta o diretor-geral da unidade de Guaíba da CMPC, Antonio Lacerda.Em julho, a CMPC bateu recorde de produção mensal em Guaíba, chegando a 205,4 mil toneladas. Foi justamente no mês em que uma 

estrutura foi renovada pela chamada BioCMPC , então até o mais recente grande investimento da empresa na operação gaúcha, diretamente relacionado à sustentabilidade e que também ampliou a capacidade da planta, entrou em operação plena.

Informações: Jornal do Comércio.

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Cultivo da erva-mate como gerador de créditos de carbono

Um projeto com financiamento internacional quer fazer parceria com produtores e o setor público para investir no cultivo da erva-mate, a fim de expandir a geração de créditos de carbono. Elaborada pela Fundação Solidaridad e a Livelihoods Funds, a proposta foi apresentada durante a reunião da Câmara Setorial da Erva-mate, realizada de forma híbrida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) na última sexta-feira (13/12).

“Em nossa viagem para a China vimos que o mundo não tem como fugir da questão do crédito de carbono. A cadeia da erva-mate é a primeira em que começamos a trabalhar essas tecnologias, e a escolha é pela simbologia da erva-mate para os gaúchos, faz parte da nossa rotina”, destacou o secretário Clair Kuhn.

Atualmente, a Fundação Solidaridad conta com dois polos ervateiros gaúchos com unidades de estudo da Carbon Matte, ferramenta desenvolvida pela entidade e pela Embrapa Florestas com o objetivo de medir os estoques de carbono e as emissões de gases do efeito estufa nesta cultura.

“Queremos um diagnóstico para, em 2025, elencar o potencial da região em relação aos hectares que serão trabalhados em uma transformação em relação ao uso do solo. A meta é trazermos mais 10 mil hectares de cultivo de erva-mate, contribuindo para o fortalecimento da cadeia. Para isso, precisamos trabalhar de forma articulada com o setor produtivo e o governo, por meio desta Câmara Setorial”, explicou o coordenador do programa da erva-mate da Fundação Solidaridad, Gabriel Dedini.

A ideia é investir em novas áreas de cultivo de erva-mate, ou na recuperação de áreas degradadas, em três polos prioritários no Rio Grande do Sul: Alto Uruguai, Missões Celeiro e Nordeste Gaúcho. Os recursos virão do Livelihoods Funds, uma iniciativa de grandes empresas, sediada na França, com o objetivo de promover a agricultura de baixo carbono.

“As áreas financiadas pela Livelihoods têm contratos de 20 anos. A contrapartida do produtor é cuidar dos ervais, com apoio da Solidaridad e outros parceiros, e devolver o investimento, feito de forma antecipada, com crédito de carbono gerado nessas propriedades. Esses créditos serão calculados a partir do monitoramento do sequestro de carbono nas áreas plantadas”, detalhou Nicolas Fabre, agroecologista do fundo.

Outra pauta da reunião, o decreto que institui o Plano Estadual para Qualificação e Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva do Mate Gaúcho (Planimate-RS) teve sua minuta revisada apresentada aos integrantes da Câmara Setorial, que aprovaram a redação final. O texto será apresentado oportunamente ao secretário da Agricultura, passará pela avaliação da assessoria jurídica da Seapi, até ser encaminhado à Casa Civil.

Participaram representantes das seguintes entidades: Associação dos Amigos da Erva-mate (AAErvamate), Associação dos Produtores de Erva-mate de Machadinho (Apromate), Associação dos Produores de Erva-mate do Alto Uruguai (Aspemate), Instituto Brasileiro da Erva-mate (Ibramate), Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Sindicato da Indústria do Mate no RS (Sindimate-RS).

Informações: Sou Agro.

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FASB lança Relatório de Impacto em seu 4º evento “Conexão em Rede”

Com investimento de cerca de 3 milhões de euros em 45 projetos entre 2021 e 2024, o Programacompartilha resultados e planeja, junto com seus desenvolvedores de projetos, a formação de uma redede viveiros de mudas nativas

Como sabemos que o compartilhamento de histórias de impacto pode inspirar e aspirar oportunidades,
temos o prazer de compartilhar o relatório “FASB Crescendo a partir da Base”, apresentando o impacto
da primeira fase de três anos do Programa que resultou em realizações notáveis.

Nos dias 9 e 10 de dezembro, o FASB realizou a 4ª Reunião Conexão em Rede, na Escola Popular de
Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto (EPAEEB), do Assentamento Jaci Rocha, no município de
Prado/Bahia, para os desenvolvedores de projetos responsáveis pelos resultados registrados no
relatório. O encontro acontece duas vezes por ano e vem gerando bons frutos. Com foco no
fortalecimento das relações e nas possibilidades de parcerias entre os próprios projetos, o evento
promove discussões sobre possibilidades de agregar ainda mais desenvolvimento e renda para as
comunidades e instituições locais que são discutidas e planejadas no coletivo. O objetivo da quarta
edição foi analisar as possibilidades da estruturação de uma rede de viveiros de mudas nativas,
construídos através dos projetos do FASB e instituições parceiras, para suprir a demanda dos projetos e
abastecer o mercado.

Para todas as ações, os projetos contam com suporte financeiro e técnico liderado por uma equipe local
própria e especializada e uma abordagem colaborativa de baixo para cima para a restauração de
paisagens florestais; o FASB oferece um caminho diferente em direção às metas globais sobre o clima,
natureza e desenvolvimento social.

“Entendemos que nosso impacto seria maior se alcançássemos comunidades tradicionais locais. Ao
invés de gastar dinheiro com contratos e custos administrativos, estamos construindo parcerias com
instituições locais. Embora estejamos lá para apoiá-los, eles são responsáveis pelo gerenciamento doprojeto e das finanças. Isso é muito empoderador”, declara Márcio Braga, Coordenador do primeiro
ciclo do FASB.

Entre os resultados colhidos nesses três anos destaca-se que as comunidades locais estão se
apropriando dos projetos, promovendo mudanças sustentáveis a partir de capacitações que as
preparam para esse fim; a conservação da biodiversidade, em que ecossistemas críticos estão sendo
restaurados, protegendo trechos da Mata Atlântica e a mitigação do clima, impactada pelo plantio de
árvores e o uso sustentável do solo que contribuem diretamente para o sequestro de carbono e a
mitigação das mudanças climáticas.

Os participantes do evento realizaram trabalhos em grupo e receberam orientações técnicas em visita
de campo ao viveiro da EPAEEB, no final do evento, ganharam uma amostra do composto orgânico
“Bokashi Líquido”, produzido na escola, e sacos de sementes florestais de diversas espécies, coletadas
pela instituição parceira Primaflora.

Convidamos você para ler o relatório completo disponível no site
https://fasb.inovaland.earth/crescendo-a-partir-da-base-2/.

Sobre o FASB

O FASB é um programa de incubação e aceleração que segue um ciclo de projeto em várias etapas,
fornecendo assistência técnica desde a origem até sua implementação completa, apoiando a evolução
do projeto desde os estágios iniciais até sua conclusão. O trabalho é feito com base em uma abordagem
inovadora, posicionando as partes interessadas no centro do desenvolvimento dos projetos, obtendo
uma grande diversidade de instituições envolvidas. Estão previstos investimentos entre 20 e 40 milhões
de reais destinados a projetos para restauração da Mata Atlântica no norte do Espírito Santo e no sul da
Bahia. Pertence à iNovaland®, grupo de empresas especializadas em gerenciar e investir na restauração
sustentável de paisagens, incluindo iniciativas florestais, agroflorestais, agricultura inteligente em
relação ao clima e aceleradores de carbono na África e na América do Sul. A iNovaland® desenvolve,
entrega e acelera projetos de acordo com os princípios orientadores de integridade do ecossistema,
inclusão e crescimento verde.

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Fábrica de Papel de Três Barras da Smurfit Westrock comemora 50 anos de inovação sustentável

São Paulo, dezembro de 2024 – A fábrica de papel de Três Barras da Smurfit Westrock Brasil, que é a maior produtora de papel kraftliner da América Latina, está comemorando 50 anos na comunidade.

A fábrica, localizada no planalto norte de Santa Catarina, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento socioeconômico da região e emprega atualmente mais de 600 pessoas. Mais de US$ 345 milhões foram investidos no local nos últimos cinco anos para fortalecer a capacidade de produção e o compromisso com a sustentabilidade da fábrica.

Alimentada por uma inovadora caldeira à base de biomassa, a fábrica tem uma taxa de autossuficiência energética significativa. Durante a sua rica história de 50 anos, a fábrica estabeleceu-se como parte integrante da comunidade local e demonstrou o seu profundo compromisso com o ESG.

Em 2022, a fábrica Smurfit Westrock Três Barras teve o orgulho de lançar o programa DesEnvolve, que fornece apoio e oportunidades para pessoas socialmente vulneráveis ​​através da educação profissional. O sucesso do DesEnvolve levou à expansão do programa em toda a empresa no Brasil. Esta é uma das várias iniciativas transformadoras que promovem a educação, a saúde e o bem-estar social que a Smurfit Westrock desenvolve na região.

O papel kraft de alta qualidade HyPerform® produzido na fábrica abastece uma ampla base de clientes no Brasil, Paraguai, Argentina, Chile, Equador e África do Sul.

 “A Smurfit Westrock celebra sua trajetória histórica e está comprometida em continuar sendo líder em inovação e sustentabilidade, ao mesmo tempo em que fortalece ainda mais nossa conexão com a comunidade”, disse Manuel Alcalá, CEO da Smurfit Westrock no Brasil. “Oferecemos aos nossos clientes as melhores soluções em embalagens de papel e papelão ondulado. Nosso desejo é que as pessoas da Fábrica de Três Barras e da região saibam que pertencem a uma história maior que se constrói com papel e com a participação e o talento de cada um deles.”

Ali Abdul Ayoub, Diretor Industrial de Papel Virgem da Smurfit Westrock Brasil, acrescentou: “Ao longo destas cinco décadas, enfrentamos desafios, alcançamos vitórias e construímos uma cultura de segurança, colaboração e excelência. “Olhamos para os próximos 50 anos com entusiasmo, certos de que as próximas gerações continuarão a escrever esta história de sucesso.”

Sobre a Smurfit Westrock

A Smurfit Westrock é líder global em embalagens sustentáveis, com presença em mais de 40 países e 100.000 funcionários. Possui mais de 500 operações de conversão e 63 fábricas de papel que oferecem soluções sob medida aos clientes, com qualidade e confiabilidade. No Brasil, conta com cerca de 5 mil funcionários e atua em seis estados brasileiros, com seis unidades de produção de papel, 10 fábricas de conversão e 54 mil hectares de florestas.

www.smurfitwestrock.com

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Aviões agrícolas no combate aos incêndios

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos focos de incêndio em 2024

A aviação agrícola brasileira desempenhou um papel crucial no combate aos incêndios em 2024, com o lançamento de 40,1 milhões de litros de água entre junho e outubro. As operações, realizadas em 11 estados, envolveram 118 aeronaves de 22 empresas e contabilizaram 10,7 mil horas de voo, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Durante a temporada, mais de 16,6 mil manobras de lançamento de água ou retardantes foram executadas para proteger biomas e lavouras, em apoio às brigadas terrestres.  

A força-tarefa contou com 171 pilotos e 140 profissionais em bases operacionais, responsáveis pelo abastecimento e suporte das aeronaves. O esforço aéreo foi coordenado em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos ambientais e Defesa Civil dos estados.  

Os números de 2024 superam em muito os de 2021, último ano com dados divulgados pelo Sindag. Naquela época, haviam sido lançados 19,5 milhões de litros em 10,9 mil manobras, totalizando 4 mil horas de voo. O aumento reflete tanto a intensificação dos incêndios quanto a maior mobilização de recursos para combate aéreo. As operações demonstram a importância da aviação agrícola na preservação ambiental e no enfrentamento de emergências climáticas, evidenciando o papel estratégico do setor na proteção do território brasileiro.

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos focos de incêndio em 2024, segundo dados do Inpe. Até 12 de dezembro, o ano registrou 8.674 focos, muito acima dos números de 2021 (5.469) e dos anos intermediários, 2022 e 2023, que somaram 1.599 e 1.666 focos, respectivamente. Apenas em agosto e setembro de 2024, foram registrados 3.612 e 2.522 focos, os maiores índices mensais desde o início da série histórica em 1998.

Informações: AgroLink.

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Manejo Florestal Sustentável: entenda o que é e como produtor pode gerar receita com reserva legal

Atividade tem avançado, mas ainda causa receio em produtores rurais

O Código Florestal brasileiro regula as áreas que podem ou não serem utilizadas para a atividade agropecuária. Isso varia conforme o bioma. A Amazônia é onde as restrições são maiores e o dever do produtor rural é de preservar 80% da propriedade. Um dos questionamentos que produtores dessa região buscam solucionar é como aproveitar essa área de reserva legal. Uma das formas é por meio do Manejo Florestal Sustentável. 

Felipe Antonioli é filho de um produtor rural de Santa Carmem (MT). A terra do pai tem 7 mil hectares, dos quais menos de 20% estão arredados para soja. No restante, a família faz o manejo florestal. Tanto o pai como o filho também têm uma madeireira e fazem a exploração no terreno. “É a única alternativa de garantia da floresta em pé e podendo gerar também benefício econômico e social para ela”, afirma Antonioli. 

O que é o Manejo Florestal Sustentável?

Basicamente, consiste em extrair madeiras comerciais de uma área de vegetação nativa mas com o mínimo impacto ambiental. Trata-se de uma operação “cirúrgica” na floresta. Instituída em 2006, essa prática é legalizada e regulamentada pelo Ministério do Meio Ambiente e outros órgãos ambientais estaduais.  

“O manejo sustentável tem uma metodologia de aproveitamento daqueles indivíduos [árvores] que estão maduros. Então você faz um inventário da floresta e identifica os indivíduos maduros que já passaram na verdade do processo de sequestrar carbono, eles estão emitindo carbono”, resume a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti. O estado é um dos principais na exploração de madeira e tem cinco milhões de hectares de áreas com manejo ativo ou já executado, todas em propriedades rurais. 

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Almeida, ainda faz uma analogia para explicar o sistema. “É o ciclo natural da vida. A árvore é exatamente como os humanos. Nós nascemos, crescemos, na fase adulta, reproduzimos ou não, envelhecemos e morremos. As árvores são da mesma forma. O manejo identifica exatamente estas árvores que já cumpriram o ciclo de vida, já envelheceram e estão morrendo. Em vez da gente deixar ela envelhecer lá na floresta, nós vamos fazer um corte e uma colheita planejada”.

Foto: Arquivo Cipem

Como é feito o manejo?

O primeiro passo é entender se a área da reserva legal tem viabilidade econômica. Isso porque nem todas as espécies de árvores que existem ali tem valor comercial. Plantas como ipê, cumaru, castanheira e tatajuba são exemplos. O passo seguinte é a elaboração do Plano de Manejo Florestal. Nessa etapa é feito o mapeamento da área, a identificação das áreas de preservação permanente (APP), impacto na hidrologia do local, entre outras análises. 

Outro fator importante dentro do plano é o chamado inventário florestal. Esse documento identifica árvore por árvore dentro da área. Além disso, é por meio dele e de outros dados coletados no Plano que é possível direcionar se uma planta está ou não dentro dos padrões para a colheita ou se ela serve de abrigo para animais, por exemplo. 

Com tudo aprovado pelos órgãos ambientais, começa a etapa de construção da infraestrutura. Estradas, alojamentos, pátios de madeira e linhas de arraste são construídos dentro da área manejada. Toda essa parte não pode ultrapassar 2% da área total. Além disso, a área é dividida em talhões, normalmente 30 ou 25. Isso porque cada ciclo de corte tem de 25 a 30 anos. Isto quer dizer que um talhão é explorado por ano e só pode voltar nele em 25 ou 30 anos.

Como esclarece o engenheiro florestal e analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental, Fabrício Nascimento, a floresta já passa por um processo chamado de sucessão florestal. Cerca de 2% das árvores mais frondosas morrem naturalmente. Com a queda, são abertas clareiras na floresta o que possibilita que plantas mais jovens possam receber mais sol, favorecendo o desenvolvimento delas. 

“Nas florestas tropicais, você não vai ver indivíduos todos da mesma altura você vê isso em florestas temperadas. Nas nossas florestas aqui você vai ver desde as mudinhas pequenininhas até árvores frondosas. As clareiras fazem parte inclusive do processo natural de formação, manutenção e perpetuação das nossas florestas. Se você não mexer na floresta, ela vai ter uma taxa anual de 1% a 2% de árvores que vão morrer e abrir clareiras e ela faz isso justamente para ter essa renovação de ciclo, para dar oportunidade de luz, de desenvolvimento para aquelas que são menores. É a sabedoria da floresta”, exemplifica Nascimento. 

Parcerias com madeireiras

O presidente do FNBF explica que de forma geral são pelo menos três tipos de parcerias que os produtores rurais podem fazer para viabilizar o manejo nas propriedades, especialmente as que estão no bioma Amazônico. 

Direito da exploração: uma vez identificada a viabilidade econômica da área, o produtor faz uma espécie de concessão para uma madeireira, por exemplo. O Plano de Manejo sai no nome da agroindústria, assim como as responsabilidades também passam para ela. No entanto, o valor que o produtor recebe já é precificado antes, recebendo uma espécie de “aluguel”.

Parceria florestal: nesse caso funciona como uma sociedade. O produtor fornece a área e a agroindústria o custeio e execução do projeto. Os lucros são divididos de acordo com os percentuais determinados entre as partes.

Exploração própria: o produtor também pode optar por fazer toda a parte do Plano de Manejo e da colheita. Nesse caso, ele já entrega a madeira carregada na propriedade. A venda é por metragem cúbica e varia de acordo com o mercado e com a espécie. 

Manejo florestal pode garantir receita, mas é preciso ficar atento aos custos

Felipe Antoniolli comenta que na fazenda do pai atualmente 80% da receita da propriedade vem do Manejo Florestal Sustentável. “Por hectare, gira em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil no manejo”. Com o arrendamento da soja, o lucro é menor, cerca de dez sacas por hectare por safra plantada, aproximadamente R$ 1 mil, variando conforme o preço da oleaginosa. Mas ele lembra: “A gente só volta nesse hectare manejado depois de 25 anos”.

No caso da família de Antoniolli, a madeira é transportada e processada pela própria serraria da família, basicamente, um modelo de exploração própria. Ele também alerta que é importante estar atento aos custos da implementação do projeto. “Depende do engenheiro florestal, mas em média é de R$ 400 por hectare”, calcula. 

Além de já conseguir monetizar a reserva florestal, outro benefício destacado pelos especialistas é um monitoramento maior das propriedades, o que evita invasões. Outro ponto são as queimadas. As estradas funcionam com aceros, evitando que essas áreas de reserva peguem fogo ou minimizando o alastre do incêndio. 

“Porque a reserva dele está intocada, está numa porção que ele, às vezes, não tem acesso, e aí ele descobre [a invasão]. Eu já atendi vários produtores rurais que descobriram que estavam sofrendo invasão nas suas propriedades. […] A exploração em forma de manejo permite que ele [produtor] faça um controle melhor, além de gerar renda”, ressalta a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso.

Informações: Agro Estadão.

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