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Nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo (MS) transforma o mercado de trabalho na região

A inauguração oficial da nova fábrica de celulose da Suzano, marcada para o dia 5 de dezembro, não apenas consolida Ribas do Rio Pardo (MS) como um polo industrial, mas também redefine as oportunidades de trabalho e a dinâmica econômica da região. Com um investimento de R$ 22,2 bilhões, o empreendimento já é considerado o maior do setor privado em curso no Brasil.

A unidade, que começou a operar em julho deste ano, emprega diretamente cerca de 600 trabalhadores, enquanto a cadeia produtiva gera mais de 3 mil empregos indiretos. Durante a construção, o projeto envolveu cerca de 10 mil trabalhadores, no pico das obras. Agora, a demanda por mão de obra qualificada e dedicada continua em alta, levando pessoas de diferentes trajetórias profissionais a se adaptar ao setor.

Histórias de Transformação

Jocelina aguardando ser chamada para o exame admissional (Foto: Osmar Veiga)

Jocelina Ximenes, de 24 anos, é um exemplo dessa transformação. Vendedora de roupas até pouco tempo atrás, ela migrou para o setor da celulose após conseguir uma vaga como ajudante de campo. “Eu precisava de crescimento. Agora vou trabalhar com irrigação, algo completamente novo para mim. Ribas está muito desenvolvido, e trabalhar na Suzano sempre foi um sonho. Estou animada, mesmo sabendo que a rotina será intensa”, comentou.

Sem necessidade de cursos prévios para a função, Jocelina revelou que o aprendizado tem sido prático, dia a dia. Apesar dos desafios, como sair de casa às 4h30 da manhã e voltar apenas no fim da tarde, ela se diz empolgada com a oportunidade.

Braselino fazendo exame admissional para trabalhar na Suzano (Foto: Osmar Veiga)

Outro exemplo é Braselino Peixoto, de 43 anos, que enxergou na fábrica a chance de alcançar a tão sonhada estabilidade. Ele deixou para trás o trabalho como vendedor de gás e foi contratado como motorista de caminhão-pipa. “Os benefícios são ótimos: plano de saúde, ticket, salário. Minha expectativa é tão grande que penso até em me aposentar lá”, comemorou.

Impacto na Região

Ribas do Rio Pardo vem colhendo os frutos do megaempreendimento. Com a ativação da fábrica, a cidade experimenta uma aceleração econômica, criando oportunidades tanto diretas quanto indiretas. A demanda por serviços auxiliares, como transporte e logística, também cresce, refletindo no aumento da qualidade de vida local.

Uma clínica de medicina e segurança do trabalho, que realizou exames admissionais em Campo Grande, informou que nesta semana recebeu dezenas de novos contratados. Um ônibus com 30 funcionários chegou à capital na última segunda-feira (26), reforçando o volume de admissões em curso.

Com informações: Campo Grande News.

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Agricultura inteligente: como a análise de dados pode ajudar a aumentar a eficiência de culturas 

Segundo especialista, a adequação do agronegócio a requisitos de ESG é urgente e o uso de dados é fundamental nesse processo

Produzir mais, com menos. Este é o objetivo central dos produtores do agronegócio. A escassez de recursos e de mão-de-obra qualificada no campo, além do alto valor de insumos para a produção faz com que o uso de dados seja cada vez mais relevante. Neste contexto, eles são capazes de apoiar gestores a tomar decisões precisas, fundamentais para aumentar a eficiência e a produtividade. 

“O investimento para o uso de tecnologia é uma das principais questões para produtores, mas o fato é que ele se compensa se considerarmos meramente a economia de diesel em motores ociosos, que é só uma, dentre uma série de vantagens produtivas”, afirma Alexandre Alencar, Diretor de Engenharia da divisão Autonomy & Positioning da Hexagon, líder global em soluções de posicionamento para o agronegócio. 

Segundo o profissional, motores ociosos são extremamente comuns em operações agrícolas tradicionais, uma vez que o uso da máquina não é otimizado como naquelas que usam dados para programar e controlar as atividades dos equipamentos. “Todos os meses, temos um volume exorbitante gasto em combustível sem necessidade quando, por erro humano ou mesmo conveniência, máquinas permanecem ligadas enquanto aguardam a chegada de insumos ou de outros equipamentos para seguirem com suas atividades.”, comenta. 

Um exemplo de economia de combustível é a sincronização de alocação de transbordos com o ritmo de corte de colhedoras, oferecida pela Hexagon. O sistema monitora o posicionamento de cada máquina e notifica quando um trator deve se movimentar para o local de operação, considerando distâncias entre os equipamentos, tempos e rotas para movimentação, e a sincronização de execução das atividades entre elas.

A análise de dados pode apoiar a eficiência no agronegócio tanto nesse caso, como de inúmeras formas. Para esclarecer um pouco sobre o tema, Alexandre cita as vantagens de  seu uso para o setor em quatro grandes áreas principais:

Dados operacionais

O exemplo da redução de tempo de máquina ociosa fornecido acima entra neste grupo, mas não é, de longe, o único. Segundo o profissional, esse pilar pode reunir dados de rendimento de máquinas, tempo de produção, posicionamento e alocação de recursos, além da própria saúde dos equipamentos, o que pode ajudar a melhorar a produtividade.

“Esperar uma máquina quebrar para fazer manutenção representa um tempo perdido e consequente perda de produtividade que empresas do agronegócio sentem intensamente. Ao invés disso, os sensores podem diagnosticar defeitos e antecipar manutenções preventivas assim que o sistema identifica que ela está operando com qualquer dado fora do padrão”, explica. 

Dados de rendimento

Este é um conjunto de dados diretamente relacionado à produtividade da cultura. “Já é possível realizar medições da produção de cada linha de cultivo, ou mesmo em cada ponto da área, para se poder identificar variações localizadas dentro de cada talhão.  Se acontecer, por exemplo, do peso efetivo ser menor do que o esperado, é possível que o trecho esteja sendo afetado por alguma praga ou deficiência de nutrientes”, elabora. 

A partir desses dados, as empresas do agronegócio podem agir com eficiência e identificar qual o problema a ser resolvido localmente. Em contrapartida, se não houver essas informações detalhadas ponto-a-ponto, a tratativa apenas é possível ao se considerar o talhão como um todo, sem a possibilidade de ações específicas e pontuais. 

Um exemplo muito comum disso é a utilização de defensivos agrícolas em toda a extensão do plantio numa aplicação de taxa fixa. “Essa prática é extremamente contraproducente. Não só pelo preço elevado desses insumos, mas também pelo alto risco de impacto ambiental que ela apresenta com o uso de produtos em excesso. Corre-se o risco, por exemplo, de contaminação de lençóis freáticos ou de fontes de abastecimento de água.”

Dados meteorológicos

Estações climatológicas posicionadas ao longo das áreas de produção são usadas para coletar dados que acompanham chuvas e secas, variação da temperatura, monitorar exposição ao sol, entre outras informações relevantes. 

“O impacto do clima no crescimento de plantações é evidente. A cana-de-açúcar, por exemplo, tem sua produção de sacarose diretamente associada à resposta da planta às condições climáticas. Ante variações de temperaturas, em clima seco e com baixa umidade, elas concentram a quantidade de açúcar, o que resulta em uma produção de maior qualidade. O uso desses dados ajuda os agricultores a planejar o melhor momento ideal para colheita”, conta Alexandre. 

Além das informações meteorológicas, há muitas outras associadas à geografia e geologia do local que são extremamente úteis ao produtor, como aquelas relacionadas à saúde do solo, à topografia do local – que auxilia no planejamento do layout de talhões e na logística da colheita. O profissional também menciona dados que podem auxiliar o controle de fogo, seja acidental ou de origem criminosa, como por exemplo informações sobre umidade de solo e ar, velocidade e direção do vento, temperatura e histórico de precipitação. 

Dados de agricultura de precisão

Os sensores de posicionamento na agricultura são capazes de identificar, com precisão de poucos centímetros, os desenhos das linhas onde os equipamentos devem se locomover ao longo do plantio. “Esses dados são alimentados com pilotos automáticos para evitar, por exemplo, que os tratores passem em cima das plantas, as danificando e causando problemas futuros de brotação, principalmente em culturas perenes ou semiperenes. É como se eles andassem em trilhos, evitando prejuízos”, diz o especialista. A mesma tecnologia também otimiza a área de plantio, padronizando o distanciamento entre mudas e permitindo produzir mais, na mesma área.

Essa capacidade também é útil para evitar a redução da sobrepassagem e aplicação de insumos em áreas indesejadas, além da redução do uso de defensivos agrícolas, como mencionado anteriormente. Segundo Alexandre, uma vez identificadas áreas específicas com a necessidade de intervenção, as máquinas são programadas para pulverizar automaticamente apenas quando transitam sobre um ponto marcado. 

“A habilidade de rastreamento detalhado de cada etapa da produção agrícola é base para atingir parâmetros de ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa) e se manter relevante no mercado atual. Já é hora dos empresários abraçarem o ESG efetivamente em suas colheitas, porque já podemos ver importantes mercados se fechando para produtores que não atendem esses requisitos, principalmente na Europa”, diz o profissional. 

Por fim, Alexandre destaca que o uso de dados no agronegócio é uma opção extremamente relevante para aumentar a eficiência de produtores agrícolas, mas enfatiza a importância de uma equipe especializada para a análise das informações coletadas, que deve ser proporcional em tamanho e especialização, ao volume de dados gerado por cada produção. Com isso em vista, o apelidado ‘agricultor de escritório’ é uma carreira em alta demanda, segundo Alexandre. “Observamos uma demanda crescente por profissionais capacitados para analisar informações à distância para identificar falhas e oportunidades e tomar as melhores decisões com os dados gerados por esses sistemas de apoio.” 

Sobre a Hexagon:

A Hexagon é líder global em soluções de realidade digital, combinando tecnologias de sensor, de software e autônomas. Estamos colocando os dados para trabalhar para aumentar a eficiência, a produtividade, a qualidade e a segurança nos setores industrial, de fabricação, de infraestrutura, no setor público e em aplicativos de mobilidade.   

Nossas tecnologias estão moldando a produção e os ecossistemas relacionados às pessoas, para se tornarem cada vez mais conectadas e autônomas, garantindo um futuro escalável e sustentável.

A divisão Autonomy & Positioning da Hexagon é pioneira em soluções completas para posicionamento garantido para terra, mar e ar. Suas soluções capacitam ecossistemas de posicionamento inteligente em setores vitais e aplicativos de segurança de vida, permitindo o avanço do Autonomous X (carros, UAVs, veículos industriais, trens, veículos agrícolas, embarcações e muito mais). A divisão inclui as marcas líderes NovAtel, Veripos e AutonomouStuff.

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Pacto Global, OIT e Suzano lançam Grupo de Trabalho para enfrentar desafios de direitos humanos no setor florestal no Brasil

A iniciativa terá, inicialmente, maior foco nos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, com o objetivo de transformar a atividade florestal na região em um exemplo de sustentabilidade e um referencial de transformação social

O Pacto Global – Rede Brasil lança um Grupo de Trabalho Florestal sobre Direitos Humanos em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com a liderança da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, e outros atores-chave do setor florestal. O objetivo é promover uma mobilização setorial que abordará, de forma colaborativa, desafios comuns e soluções para questões regionais relevantes e desafios comuns de direitos humanos e garantia de trabalho decente no setor florestal brasileiro, priorizando os estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, e realizar trocas entre os diferentes atores para a superação de desafios e a busca para a articulação conjunta entre eles.

O lançamento do Grupo de Trabalho, apresentado durante um side-event do Pacto Global – Rede Brasil durante o 13º Fórum de Empresas e Direitos Humanos, no dia 27 de novembro, em Genebra, reuniu diversos atores do setor para discutir e encontrar soluções para desafios comuns de direitos humanos no Brasil. Os resultados práticos do GT, esperados para o período de um ano, são: garantir o cumprimento e implementação dos aspectos que atingem o setor das legislações europeias como a CSDDD (Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa), EUDR (Regulamentação de Desmatamento da UE), e nacionais como do PL 572/22 (Marco Legal de Direitos Humanos e Empresas no Brasil) e a futura Política Nacional de Direitos Humanos e Empresas (PNDHEMP); empoderar e promover o conhecimento sobre direitos humanos; identificar e mitigar os riscos de violações de direitos humanos em toda a cadeia de valor; empoderar os atores da cadeia de valor para implementar a devida diligência de forma eficaz; garantir os direitos e promoção do trabalho decente; intensificar as ações para mitigar e erradicar o trabalho análogo à escravidão na cadeia de valor.

“A cadeia de suprimentos de produtos florestais no Brasil enfrenta desafios significativos relacionados aos direitos humanos, desde o cultivo até o seu produto final. O Grupo de Trabalho permitirá mapear essas questões e identificar oportunidades de avanço, alinhando-se às metas da Agenda 2030, especialmente aos ODS 3, 5, 8 e 10, aos Princípios Orientadores da ONU, ao PL 572/2022, e à Política Nacional de Empresas e Direitos Humanos. Com base nesses referenciais, o GT vai produzir e compartilhar conhecimento de forma colaborativa e adaptada às particularidades do setor, inspirando a indústria globalmente a atuar com assertividade e compromisso na agenda de direitos humanos”, explica Gabriela Almeida, gerente-executiva de Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global – Rede Brasil.

“O Grupo de Trabalho tem o potencial de oferecer uma contribuição valiosa às empresas do setor florestal e, de forma ampliada, à cadeia de fornecimento como um todo. Nossa proposta é criar uma jornada colaborativa que fomente o networking entre os participantes, com encontros regulares para implementar as iniciativas do GT, compartilhar boas práticas e monitorar os avanços. Além disso, os eventos de divulgação dos resultados fortalecerão a troca de conhecimento e inspirarão outras organizações a aderirem às melhores práticas no setor.”

Durante os trabalhos do GT de Direitos Humanos para o Setor Florestal, além do Pacto Setorial pela Sustentabilidade Social e pelo Trabalho Decente na Cadeia Florestal, outros produtos serão desenvolvidos, como: relatório analítico com os principais dados, recomendações e boas práticas para a implementação da Devida Diligência no setor florestal; treinamento sobre Devida Diligência em Direitos Humanos customizado para a cadeia produtiva do setor florestal e oferecido para empresas participantes do GT e fornecedores diretos e indiretos; diagnóstico sobre as condições de trabalho em operações florestais (para BA, ES, MG); adaptação e implementação do mecanismo de reclamação para o setor florestal (inicialmente para a cadeia da Suzano).

“Nossa cadeia de valor e as regiões onde atuamos apresentam semelhanças, seja na estrutura de campo, seja nos fornecedores compartilhados do setor florestal, por isso estamos ao lado do Pacto Global e da OIT nesse projeto. Vamos atuar de forma proativa e intensiva para assegurar a adoção de práticas sustentáveis em toda a cadeia e garantir o trabalho digno e os direitos humanos”, afirma Fabian Bruzon, diretor de operações florestais da Suzano.

Além disso, a Suzano, em parceria com o Pacto Global e a OIT, está implementando um programa robusto para expandir a Devida Diligência em Direitos Humanos em toda a sua cadeia de valor. A iniciativa visa fortalecer suas próprias práticas, e também gerar recomendações para apoiar a implementação da devida diligência em todo o setor florestal, alinhadas com as novas normativas europeias (CSDDD – Corporate Sustainability Due Diligence Directive).

Também dentro do objetivo da companhia de buscar uma construção colaborativa com stakeholders e iniciativas multilaterais, a Suzano está implementando o programa ´Nossa Voz Florestal´, também em parceria com a OIT e o Pacto Global, um novo mecanismo de reclamação projetado para fornecer aos trabalhadores canais acessíveis e legítimos para relatar preocupações, que servirá como um sistema de alerta precoce para identificar e mitigar riscos.

Sobre o Pacto Global da ONU

Como uma iniciativa especial do Secretário-Geral da ONU, o Pacto Global das Nações Unidas é uma convocação para que as empresas de todo o mundo alinhem suas operações e estratégias a dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Lançado em 2000, o Pacto Global orienta e apoia a comunidade empresarial global no avanço das metas e valores da ONU por meio de práticas corporativas responsáveis. Tem mais de 20 mil participantes distribuídos em 62 redes que cobrem 77 países, sendo a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo. Há ainda 5 Hubs em diferentes regiões do mundo e mais 14 gerentes regionais responsáveis pelo processo de implementação em mais 20 países. Para mais informações, siga @globalcompact nas mídias sociais e visite nosso website em www.unglobalcompact.org

O Pacto Global – Rede Brasil foi criado em 2003 e, hoje, é a segunda maior rede local do mundo, com mais de 2 mil participantes. Os mais de 60 projetos conduzidos no país abrangem, principalmente, os temas: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação. Para mais informações, siga @pactoglobalonubr nas mídias sociais e visite nosso website em www.pactoglobal.org.br

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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Famato discute parcerias com Embrapa para promover sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em MT

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, e o vice-presidente Ilson Redivo, receberam no Edifício Famato, nesta quinta-feira (28/11), a chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, a pesquisadora Laurimar Gonçalves Vendrusculo. O encontro teve como objetivo discutir projetos e parcerias estratégicas para fortalecer os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e fomentar a agricultura regenerativa no estado.

“Estamos aqui para unir forças com a Famato, uma entidade que tem o respeito e a confiança do setor produtivo. Nosso objetivo é levar as tecnologias e conhecimentos que desenvolvemos para mais produtores, gerando impacto econômico, social e ambiental.”, disse Laurimar.

Durante a reunião, Laurimar apresentou o projeto “O Futuro da Agricultura Regenerativa”, que reúne tecnologias de baixo carbono já em uso por produtores rurais, destacando os resultados expressivos de produtividade e os benefícios ambientais associados aos sistemas ILPF. A pesquisadora enfatizou que a unidade da Embrapa em Sinop (MT) abriga a maior plataforma experimental de sistemas ILPF do mundo, um espaço de referência para o desenvolvimento de sistemas produtivos mais sustentáveis.

Além de Laurimar, participaram do encontro de forma online os pesquisadores e representantes da Embrapa Cornélio Alberto Zolin, Flávio Jesus, Flávio Wruck e Rafael Pitta. O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Marcelo Lupatini, também esteve presente, reforçando o compromisso do Sistema Famato em promover a inovação no campo.

A Embrapa busca ampliar suas parcerias com empresas privadas, organizações não governamentais, fundos de investimento e órgãos públicos para fortalecer o desenvolvimento dos sistemas ILPF e contribuir para uma agricultura de baixo impacto ambiental. “Queremos a Famato como uma grande parceira nesse trabalho, dada sua capilaridade e liderança junto aos produtores rurais”, destacou Laurimar.

O presidente Vilmondes Tomain destacou a relevância da integração entre pesquisa e produção rural. “A Famato está comprometida em apoiar iniciativas que promovam uma agricultura cada vez mais sustentável. A parceria com a Embrapa é essencial para levarmos tecnologias de baixo carbono ao produtor rural e reforçarmos o protagonismo de Mato Grosso como referência em produção responsável. Projetos como o da ILPF mostram que é possível aumentar a produtividade e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo.”

Representando a cidade de Sinop, sede da Embrapa Agrossilvipastoril, o vice-presidente Ilson Redivo, que também é presidente do Sindicato Rural de Sinop, destacou os impactos positivos das pesquisas para o setor.

“Como presidente do Sindicato Rural de Sinop, vejo de perto o impacto positivo que as pesquisas da Embrapa têm gerado para os produtores da nossa região. A integração lavoura-pecuária-floresta já é uma realidade para muitos, e reforçar essa parceria com a Famato é um passo importante para expandirmos ainda mais essas práticas.”

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Bracell conclui fábrica de R$ 15 bi em Lençóis Paulista (SP)

Dona da maior indústria de celulose do país, companhia começa a traçar suas rotas para os próximos anos, depois de inaugurar uma planta para produzir papel tissue no interior de São Paulo. A próxima parada: Mato Grosso do Sul

Lençóis Paulista, SP – Mesmo para quem está acostumado a fazer viagens pelo país
para conhecer fábricas e indústrias de diversos setores do agro, as instalações da
Bracell, em Lençóis Paulista, no Interior de São Paulo, impressionam.

Com uma construção iniciada em meio à pandemia, entre 2020 e 2021, a unidade
paulista da empresa de papel e celulose conta com 1,6 milhão de metros quadrados e uma capacidade de produção de 3 milhões de toneladas de celulose kraft ou 1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel, numa fábrica flex.

Para tudo isso ser possível, foram mais de 10 mil trabalhadores, 72 mil toneladas de aço
e R$ 15 bilhões investidos na construção, o que faz esse investimento ser o maior de
uma empresa privada feito no Estado de São Paulo nos últimos 20 anos.

Diante de um mercado composto por gigantes nacionais como Suzano e Klabin, a
Bracell opera de forma mais silenciosa, mas com números e propostas em coro com a
ambição de seu controlador, o grupo Royal Golden Eagle RGE, com US$ 35 bilhões em
ativos e sede em Cingapura, e é líder global na produção de celulose solúvel.

Para dar mais detalhes do que tem feito e o que pretende fazer nos próximos anos, a
companhia recebeu jornalistas em uma rara visita a sua nova unidade.

De acordo com Márcio Nappo, executivo que já passou por Abiove, JBS e ADM e hoje é
vice-presidente de sustentabilidade da Bracell, apesar da presença da empresa na
Indonésia, China e Canadá, o Brasil é o “epicentro de investimento do grupo”.

A companhia estima que já investiu cerca de US$ 6,5 bilhões desde que chegou no País
há quase 20 anos. Nos últimos quatro anos, foram R$ 20 bilhões, com grande parte indo
para o projeto Star, que colocou a fábrica de Lençóis de pé.

Ainda no município, a empresa recém iniciou, após investir R$ 2,5 bilhões, a produção
em sua mais nova linha de tissue, com capacidade para 240 mil toneladas por ano. A
instalação se soma às fábricas de Feira de Santana BA) e Pombos PE, que juntas
produzem 50 mil toneladas por ano.

“Essa fábrica é a maior de papel tissue do Brasil hoje. Isso é 30% do mercado nacional e
por isso grande parte deve ir para exportação”, afirmou Nappo.

A companhia agora olha para novas oportunidades de mercado, com especial atenção
ao Mato Grosso do Sul. Considerada como “nova fronteira”, por Nappo, a companhia
anunciou recentemente que iniciou estudos ambientais para construir sua terceira planta
de celulose na cidade de Água Clara.

A perspectiva é de um investimento na ordem de R$ 20 bilhões e uma capacidade de 2,8
milhões de toneladas por ano de celulose. Essa expansão, segundo o diretor, se dará
apenas em áreas de pasto degradado. “Não existe conversão de área natural para
produção de eucalipto”, afirmou.

Por lá, a companhia já possui uma base florestal e um viveiro com capacidade para 40
milhões de mudas. Estima-se que a companhia possua cerca de 50 mil hectares de
florestas plantadas com eucaliptos, além de 35 mil hectares de mata preservada.

Em São Paulo, maior celeiro de eucaliptos da Bracell, são 274 mil hectares totais, sendo
183 mil hectares de produção e 75 mil hectares de área de preservação, de acordo com
um relatório de manejo produzido pela SysFlor no final de 2023.

Na Bahia, de acordo com outro relatório disponível no site da companhia, este referente
à 2024, são 230,8 mil hectares de áreas manejadas, incluindo as instalações fabris em
Camaçari, a fábrica de Tissue em Feira de Santana, 97,8 mil hectares de produção e 97,2
mil hectares de vegetação nativa preservada.

Um futuro verde

Durante a visita à fábrica, as metas de sustentabilidade da empresa são frequentemente
reforçadas pelos porta-vozes, mostrando que a companhia prevê um futuro mais verde
em suas operações.

A Bracell possui um compromisso chamado “um para um”. A companhia se
comprometeu a conservar um hectare a cada hectare plantado. “De toda nossa área de
florestas em São Paulo, 30% é vegetação natural, em um estado em que o requisito é de
20%. Na Bahia, quase 100 mil hectares de floresta nativa pertencem à Bracell”, comenta
Nappo.

Mouana Sioufi, gerente de relações institucionais e responsabilidade social da Bracell,
ainda relembra que a companhia faz uma série de projetos sociais com as comunidades
próximas.

Desde projetos com apicultores à inclusão de mulheres em situação de vulnerabilidade
no quadro de funcionários, a Bracell investe atualmente em 41 projetos e estima já ter
atingido 134 mil pessoas e R$ 9 milhões em projetos de educação.

De olho nas mudanças climáticas, a companhia ainda tem reforçado sua atuação na
prevenção de incêndios. Embora não divulgue números absolutos de investimento, a
Bracell informa que são 20 torres de monitoramento instaladas em suas terras.

A companhia passou de 47 ocorrências em 2022 para 176 no ano passado, e só neste ano até agora, 352 princípios de incêndios, impulsionados pelo clima quente, e pelas queimadas criminosas vistas no Estado há alguns meses. A empresa possui uma parceria com a Aton Energia e utiliza o software Saffira.

De “bonsai” a árvore de oito metros

Em Lençóis, 10 hectares das instalações são dedicados a um viveiro. Bruno Lima,
gerente de pesquisa e desenvolvimento da Bracell, explicou que são seis anos desde a
muda até a colheita do eucalipto.

Diferente da Europa, onde esse tempo beira os 40 anos por conta dos invernos
rigorosos, por aqui as condições de solo, clima e abrangência de áreas permitem mais
escala.

A companhia trabalha com um programa de clonagem de eucalipto por estaquia, na
intenção de atingir uma planta mais eficiente na relação entre volume de madeira e
produção de celulose. A atividade “parece jardinagem”, segundo Claudilene Alves,
pesquisadora que coordena o viveiro.

No manejo, depois do time liderado por Lima desenvolver cultivares, a equipe liderada
por Alves reproduz “bonsais” de eucalipto. “No campo essas árvores terão oito metros,
mas aqui estão com 14 centímetros”, disse ao AgFeed durante a visita ao viveiro.

A meta para esse ano era produzir 92 milhões de estacas (um pedaço do caule extraído
e que será plantado em um novo suporte) gerando 62,5 milhões de mudas que são de
fato plantadas no campo.

Essa relação traz um “aproveitamento” de 68%, mas de acordo com Alves, o indicador
pode chegar aos 74% no final deste ano.

Antes de virarem mudas, as estacas ainda ficam por 15 dias em uma estufa quente e
úmida para enraizar melhor no solo.
Passado esse tempo, ainda ficam mais semanas expostas ao sol, se aclimatando em um
ambiente mais próximo ao encontrado nas fazendas.

Desde o primeiro dia até o carregamento do caminhão, o processo dura uma média de
90 dias, com no mínimo 60 para enviar o lote ao campo. A fábrica atende um raio
máximo de 300 quilômetros, já que as mudas aguentam poucos dias nesse trajeto. A
média de entregas é de 90 quilômetros.

Passados os seis anos, a companhia recebe as toras de eucalipto, que passam por todo
o processo industrial até virar celulose. Por dia são 16 mil toneladas de madeira seca
recebida.

Metade de todo o eucalipto que entra na fábrica de Lençóis Paulista é transformado em
produtos. Os outros 50% tornam-se lignina, um polímero orgânico que une as fibras da
celulose e que vira adubo (licor negro) e é reutilizado no próprio processo fabril.
Segundo a Bracell, a operação não utiliza nenhum combustível fóssil e os subprodutos
da celulose são utilizados para manter a estrutura ligada, além de biogás nos fornos de
cal.

A produção ainda gera 409 Megawatts/hora MWh de energia elétrica. A companhia
utiliza grande parte e ainda vende 180 MWh (o suficiente para abastecer uma cidade de
3 milhões de habitantes, como Brasília) para o mercado.

A companhia estima que recupera 97% dos produtos químicos utilizados no processo
produtivo e que parte do potássio do processo ainda é usado como fertilizante nas
plantações de eucalipto.

Hoje, a celulose que sai da fábrica de Lençóis Paulista é, em parte, utilizada nas
indústrias próprias de tissue ou de outros clientes, Outra parte é exportada. Para tal, a
companhia leva via caminhões até o terminal intermodal em Pederneiras, também no
interior paulista. De lá, via ferrovia, segue até o Porto de Santos.

Nappo comentou que a empresa tem investido para adotar caminhões elétricos alimentados pela energia da própria fábrica para fazer esse trajeto. Ele estima uma redução de 132 mil quilos de CO2 emitidos por ano com essa troca.

Em Santos, a Bracell possui um terminal com capacidade para 126 mil toneladas de
armazenagem. A empresa estima que já investiu R$ 400 milhões por lá e que já exportou
mais de 8 milhões de toneladas de celulose desde 2020, numa média de 3 milhões de
toneladas por ano.

Informações: AG Feed.

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Cade mantém suspensão de direitos da Paper Exellence na Eldorado

Cade negou nesta semana pedido da Paper Excellence de retomar direitos políticos na Eldorado Brasil Celulose

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou o pedido da Paper Excellence para suspender uma decisão anterior do órgão, que proibiu a empresa indonésia de exercer os direitos políticos de acionista minoritária na Eldorado Brasil Celulose.

O Cade decidiu, no último dia 18 de novembro, instaurar um inquérito para apurar a atuação da  Paper Excellence na gestão de estratégias de mercado na companhia nacional.

A empresa brasileira alega no Cade que a Paper prejudica o mercado de celulose ao utilizar seus direitos de acionista minoritária para prejudicar a própria companhia, o que levou o órgão a suspender todos os direitos políticos da estrangeira. A Paper Excellence já não votou em uma assembleia de acionistas da Eldorado realizada na terça-feira (26/11).

A Paper Excellence detém 49,41% do capital da Eldorado desde 2017 e disputa internamente com a J&F Investimentos, sócia controladora.

No novo capítulo da disputa entre as duas empresas, o conselheiro que relata o processo no Cade, Victor Oliveira Fernandes, recebeu um recurso da Paper Excellence contra a decisão do órgão, mas negou o efeito suspensivo solicitado pela empresa, mantendo a decisão de suspender todos os direitos políticos da acionista.

Entenda o caso

Na reclamação apresentada ao conselho, a Eldorado alega que a Paper Excellence utiliza a posição de acionista minoritária para prejudicar a própria companhia, afetando negativamente o mercado de celulose. A brasileira alega que a estrangeira cria dificuldade para a obtenção de financiamentos, causa prejuízos e obstrui os investimentos na expansão da capacidade produtiva.

Com essas ações, alega a Eldorado, a Paper Excellence causaria restrição da oferta de celulose no mercado, com consequente aumento de preço do produto. A indonésia também teria acesso a informações “concorrencialmente sensíveis” da Eldorado e praticaria enfraquecimento de concorrente, uma vez que planeja construir uma fábrica própria de celulose no Mato Grosso do Sul ou em Minas Gerais.

Ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Cade é o órgão é responsável pela defesa da livre concorrência e pode investigar e julgar condutas anticompetitivas de empresas e fusões ou aquisições que possam resultar em monopólios.

Informações: Metrópoles.

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Balança comercial de árvores cultivadas tem alta de 22% nos nove primeiros meses de 2024

Vendas externas de painel de madeira (+41%) e celulose (+29,5%) são destaques no período

São Paulo, novembro de 2024 – As exportações do setor brasileiro de árvores cultivadas registraram um crescimento de 20,7% em valor de janeiro a setembro de 2024, em comparação ao mesmo período no ano passado. Destaque para alta de 47,2% nas vendas para a Europa e de 32,7% para a Ásia/Oceania, de acordo com o Boletim Mosaico, produzido pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). A China, principal compradora dos produtos florestais brasileiros, teve alta de 12,5%. A balança comercial no período fechou com saldo positivo de US$ 10,7 bilhões, alta de 22,2%.

As exportações de painéis de madeira foram destaque no período, com alta de 41% (US$ 316,6 milhões) frente aos nove primeiros meses do ano passado. Líder na cesta de produtos florestais, a celulose teve crescimento de 29,5% (US$ 7,8 bilhões). Houve ainda incremento nas vendas para o exterior de compensados (+18,4% – US$ 594,5 milhões) e papel (+5,9% – US$ 1,885 bilhão) —este último puxado pelos papeis para embalagem.

Em termos de produção, o Brasil registrou 18,7 milhões de toneladas de celulose entre janeiro e setembro de 2024, alta de 3,6% na comparação sazonal. No mesmo período de comparação, a produção de papel chegou em 8,6 milhões de toneladas ao final de setembro, alta de 6,1% puxada também por embalagens.

O setor de árvores cultivadas é, atualmente, relevante item da pauta de exportação brasileira, com 3,8% de participação no total de exportações do país nos noves primeiros meses de 2024, além de ser o quarto item de exportações do pujante agro brasileiro. No período, sua participação foi de 7,7% do total vendido ao exterior pelo agronegócio.

Mercados

O principal mercado comprador de produtos florestais brasileiros segue sendo a China, o maior destino da celulose nacional, à frente de Europa e América do Norte. O gigante asiático comprou US$ 3,3 bilhões (+12,5%), sendo 95,7% do montante em celulose. Nos nove primeiros meses de 2024, a China aumentou a compra dos dois principais produtos da pauta de exportação na comparação sazonal: celulose (+12,8%) e papel (+137,3%).

Mas a Europa, segundo maior destino, teve a maior variação no período, com crescimento de 47,2% nas exportações do setor (US$ 2,9 bilhões). As vendas de celulose para o continente tiveram forte alta de 60,1% na comparação com 2023. Já a América do Norte (US$ 2,6 bilhões) incrementou em 19% suas compras.

“A Europa está com um grande apetite pelos produtos florestais brasileiros, com crescimento próximo de 50% neste ano. Essa força nas vendas mostra que o compromisso histórico com a sustentabilidade do setor no Brasil atende aos requisitos mais exigentes do mundo de sustentabilidade. Somos um exemplo de bioeconomia em larga escala”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá. O boletim Mosaico também destaca crescimento acima de dois dígitos da China e América do Norte, dois mercados consolidados para nossos produtos, mas que também aumentam cada vez mais suas compras.

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 49 empresas e nove entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Saiba mais em www.iba.org

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Tracbel abre nova casa em Lages (SC) e expande negócio florestal e logístico

A Tracbel está inaugurando uma nova casa em Santa Catarina para atender os segmentos florestal e de logística. Estrategicamente situada em Lages, na região Serrana do Estado, a unidade é a continuidade da expansão dos negócios da empresa nestes setores. “Agora estamos ainda mais próximos dos nossos clientes, com novas instalações e mais profissionais para garantir um atendimento de alta qualidade”, declara Cairon Faria, diretor da Tracbel para estes dois negócios.

No local, a empresa oferecerá máquinas e serviços das marcas Tigercat e Kalmar, com pessoal técnico e de pós-venda, num prédio com show room, uma ampla área para estoque de peças, escritório e outros espaços voltados para o cliente. “É mais um movimento para consolidar nosso trabalho de continuar sendo o melhor provedor de soluções em máquinas pesadas do Brasil”, afirma Gidalto Santos, CEO do Grupo Tracbel.

A nova unidade atenderá todo o estado catarinense, onde está a maior área de pinus plantado do Brasil e importantes empresas e fábricas do setor florestal. O País é um importante player do negócio florestal, e no Sul, assim como em algumas outras regiões, a atividade se desenvolveu e prosperou. “O mercado nacional deve continuar a crescer, com uma forte demanda por celulose, papel, painéis, pisos laminados, madeira serrada e carvão vegetal”, explica Faria. China, América do Norte e Europa são os principais destinos das exportações.

A loja de Lages fica no número 4050 da BR 282, uma localização privilegiada geograficamente, nas saídas para o Paraná e Florianópolis e também para o porto de Itajaí. Ela reforça a atuação da Tracbel, que já tem outra casa especializada em produtos e serviços florestais e de logística em Telêmaco Borba, cidade paranaense localizada na região dos Campos Gerais. O Paraná é um outro grande polo florestal e de produtos de madeira. O Grupo possui ainda estruturas e pontos de apoio florestal e logístico em todas as regiões do Brasil.

A Tracbel é uma das líderes brasileiras no oferecimento de soluções para operações de colheita florestal. Junto com a Tigercat, fabricante de equipamentos florestais, a empresa tem um completo portfólio para diversas aplicações. O objetivo é oferecer os mais avançados e robustos produtos para aumentar a produtividade no campo. São inúmeros equipamentos, como mulchers, picadores, skidder, feller buncher, forwarder e harvester, entre outros.

Logística

A nova casa também atenderá a área de logística. O Grupo é o representante da Kalmar, fabricante sueco-finlandesa de equipamentos portuários e de logística. O braço logístico fornece máquinas, soluções, tecnologias e serviços de manuseio de carga para portos marítimos, aeroportos, terminais, centros de distribuição e também para as áreas de siderurgia e mineração.

Mundialmente reconhecidos por sua robustez, grande tecnologia e baixo consumo de combustível, os produtos e tecnologias da Kalmar estão na rede de concessionárias Tracbel em grande parte do território nacional. São mais de 200 modelos que podem atuar em uma infinidade de aplicações.

Entre os principais equipamentos estão o Reachstaker (para movimentação de contêineres); o Terminal Tractor (caminhão voltado para atuar em pátios e centros de distribuição); o Empt Conteiner (para a movimentação de contêineres vazios); e uma variada gama de empilhadeiras na classe de 10 a 85 toneladas, a mais completa do mercado.

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Exclusiva – Webinar com professores do Brasil e Canadá pautará Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas

O evento online contará com equipe técnica e programação imperdível para quem busca se atualizar sobre ações relevantes e imediatistas sobre os temas

No próximo dia 3/12, das 19h às 20h30min (BR), será realizado o Webinar Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: Abordagens colaborativas para enfrentar um desafio global complexo. O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Faculty of Forestry da University of British Columbia, no Canadá. O Webinar é gratuito e oferece certificação, porém é necessária inscrição pelos links https://forms.gle/T7Jmh1CQVfaYT6eF8 para brasileiros, ou https://forms.gle/9h6GkZP7wtdkzcp19 para estrangeiros, sendo uma oportunidade ímpar para estudantes e profissionais da área aprimorarem seus conhecimentos.    

Mediante a situação histórica em incêndios que têm assolado diversas regiões do Brasil, o Webinar visa ações de cooperação de toda sociedade civil, órgãos públicos e privados, na prevenção e combate aos incêndios florestais e formas de detecção mais precoces, a fim de minimizar os danos causados no meio ambiente devido a essas ocorrências, que têm sido cada vez mais frequentes e de maiores proporções.

A redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), falou com os professores Alexandre França Tetto, Alexandre Behling e Vitor Afonso Hoeflich, do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal, da UFPR, que, com exclusividade, deram mais detalhes sobre o Webinar.

Segundo os docentes, o intuito do evento é promover uma troca de experiências na área de prevenção e combate aos incêndios florestais, tendo em vista a importância do tema em função dos impactos que podem causar no meio ambiente (solo, fauna, flora), além da saúde humana, também é impactada de diversas formas, inclusive, através de questões que envolvem o ar atmosférico.

Eles também explicaram que a participação de professores da Faculty of Forestry da University of British Columbia, do Canadá, será uma importante contribuição para o evento, tendo em vista a intensidade e a extensão de áreas afetadas de incêndios que ocorrem nos dois países (Brasil e Canadá). Espera-se uma troca de experiências e boas práticas no monitoramento das variáveis ambientais para a prevenção de incêndios florestais, além de possíveis técnicas utilizadas no combate.

O ‘Webinar Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: Abordagens colaborativas para enfrentar um desafio global complexo’ será um intercâmbio maior em termos de pesquisa e informações, e para alcançar públicos em diferentes partes do mundo o evento será realizado no formato online, com tradução simultânea entre os idiomas, também informaram os professores da UFPR.

Histórico de ações

Este Webinar compõe um conjunto de ações desenvolvidas pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da UFPR em cooperação com a Faculty of Forestry da University of British Columbia, no Canadá, entre as quais se destacam:

  • I Webinar: Florestas e adaptação às mudanças climáticas – Ocorrido em 21 de março de 2023;
  • IV. SEAFLOR: Semana de Aperfeiçoamento em Engenharia Florestal – Ocorrido em 28 a 30 de novembro de 2023;
  • II Webinar sobre Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: Abordagens colaborativas para enfrentar um desafio global complexo (Inscrições abertas) – 03/12/25;
  • V Semana de Aperfeiçoamento em Engenharia Florestal – SEAFLOR – Previsto para o 2º semestre de 2025.

Programação

O Webinar contará com palestras dos professores Sarah Dickson-Hoyle, do Centro de Coexistência de Incêndios Florestais, Faculty of Forestry, UBC, abordando “Um Mundo em Chamas: da crise à coexistência” e Jennifer Gunter MRM – BC Community Forest Association, sobre “Florestas Comunitárias na Vanguarda: caminhos colaborativos para a resiliência aos incêndios florestais na Colúmbia Britânica”.

A seguir, haverá a participação de professores da UFPR: Antonio Carlos Batista abordará Novos Desafios para o Manejo do Fogo Frente às Mudanças Climáticas e Alexandre França Tetto, “Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais: estudo de caso do Estado do Paraná, Brasil”.

*Haverá tradução simultânea de inglês para português e de português para inglês.

Clique nos links abaixo e garanta sua inscrição:

Brasileiros: https://forms.gle/T7Jmh1CQVfaYT6eF8

Estrangeiros: https://forms.gle/9h6GkZP7wtdkzcp19

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Valmet faz parte da maior Parada Geral da história da Klabin

Multinacional finlandesa realiza grande parte das manutenções de máquinas e equipamentos durante Parada Geral na Unidade Ortigueira, da Klabin

Durante o mês de julho, mais de 5 mil profissionais, entre colaboradores da Valmet e de outras empresas parceiras da Klabin, estiveram envolvidos na Parada Geral da unidade de Ortigueira, localizada no Paraná. A Valmet, líder no desenvolvimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia, conduziu ao longo de 10 dias, uma série de atividades essenciais dentro da planta da empresa brasileira. Esta foi a terceira parada operacional desde o start-up da linha 2 da fábrica, exigiu planejamento meticuloso, execução eficiente, e gerenciamento alinhado às expectativas e necessidades do cliente, um dos principais players do setor de papel e celulose. 

As atividades da Valmet nesse período incluíram: manutenção das linhas de fibras kraft 1 e 2; manutenção no CL1000 do digestor e nas Máquinas de Secagem 25 e 26; reparo geral nas condições originais do rolo Symbelt das Máquinas de Secagem 25 e de Papel 27; manutenção das Máquinas de Papel 27 e 28; coordenação e supervisão na Caldeira de Recuperação 1 e no sistema de evaporação; extração de smelt; e lavagem da fornalha da Caldeira de Recuperação 1, além das atividades de acompanhamento da repartida da planta. Esta foi a primeira Parada Geral da MP28, responsável pela fabricação de papel cartão revestido de alta qualidade com três camadas, e da Linha de Fibras 2. 

O gerenciamento eficaz do escopo da Valmet na Parada Geral também contou com o conhecimento dos spare parts experts, profissionais especializados em tecnologias específicas de peças de reposição, com amplo conhecimento do processo produtivo e das especificidades de cada planta industrial. Eles foram responsáveis pelo Shutdown Planning — planejamento prévio à Parada Geral — e trabalharam com o suporte das equipes de Assistência Técnica, Engenharia e outros departamentos de suporte. “A Valmet nos ajudou bastante com soluções para sobressalentes. A parceria, no sentido de buscar soluções para reunir todos os materiais e os recursos necessários para a Parada, foi muito importante na etapa de preparativos e planejamento”, explica o gerente de manutenção de celulose da Klabin, Carlos Renê.

A Valmet reuniu uma equipe de 13 experts que conduziram todos os preparativos, desde a chegada das peças, passando pela separação por área de aplicação e sua identificação e conferência até a análise e potenciais melhorias do processo. Além disso, durante toda a Parada Geral, foi designado um expert para cada área da unidade industrial para atender as demandas de sobressalentes durante a execução do serviço, otimizando o tempo dos serviços. Destaca-se ainda a utilização do ePartsbook, catálogo eletrônico de sobressalentes que possibilita o fácil acesso a desenhos de conjunto e lista de peças dos equipamentos, possibilitando resposta imediata às necessidades levantadas durante a PG.

A Klabin destacou o dedicado planejamento como um dos pontos fortes da atuação da Valmet. Uma vez que envolve um planejamento detalhado para minimizar o impacto na produção, o desenvolvimento de um plano minucioso de todo o processo e a criação de um projeto se tornam indispensáveis para que a PG ocorresse dentro do tempo estipulado e com o mínimo de imprevistos possíveis.

“O trabalho de Parada Geral começa muito antes do início efetivo da operação, já que o planejamento é um fator crucial para o sucesso. Durante a preparação, a Valmet garantiu a qualidade técnica da mão de obra e a segurança na execução. Contamos com um suporte técnico bem estruturado, com profissionais experientes acompanhando de perto a parada. Foram mais de 5 mil colaboradores trabalhando na planta industrial durante o evento, e a segurança, o conhecimento, a sinergia entre as equipes e a expertise fizeram toda a diferença. A Valmet teve quase 800 pessoas atuando nas atividades, e o envolvimento e o detalhamento do seu time foram fundamentais, especialmente nas linhas de fibra Kraft”, comenta Renê. Para alcançar esse resultado, a metodologia de trabalho da multinacional finlandesa segue rigorosamente os pilares de planejamento, conhecimento e análise crítica pós-Parada Geral.

“O pedido foi realizado no primeiro trimestre do ano, e iniciamos o planejamento estratégico da Parada Geral junto ao time de contrato e vendas. Alinhamos as frentes de trabalho, o cronograma e toda a estrutura da operação. Na fase de execução dos serviços, dedicamos uma equipe especializada para acompanhar toda a parada in loco, além de realizar o acompanhamento pós-execução de forma remota. Com um time qualificado, integrando profissionais da Finlândia e do Brasil, a PG foi um sucesso”, comemora o gerente de atendimento da Valmet para Klabin, Jonatan Melo.

A complexa e abrangente Parada Geral da Klabin assegura que a fábrica se mantenha competitiva, colaborando para que a empresa obtenha melhores resultados em termos de disponibilidade, custo de produção e prazo de entrega.

O gerente industrial da empresa brasileira, Anderson Tomé, também destaca o trabalho colaborativo entre a Klabin e a Valmet na preparação da Parada Geral. “O planejamento desta PG foi extremamente detalhado. Integrar a equipe da Valmet na unidade, acompanhando toda a fiscalização e traçando as estratégias em conjunto, trouxe confiabilidade e precisão aos trabalhos executados”. 

Sobre a Valmet

A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e controle de fluxo, atendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 220 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2023 foram de aproximadamente 5,5 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia. 

Sobre a Klabin

Maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e de soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil, a Klabin desponta como empresa inovadora, única do País a oferecer ao mercado uma solução em celuloses de fibra curta, fibra longa e fluff, além de ser líder nos mercados de embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e papel-cartão. Fundada em 1899, possui 23 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina, responsáveis por uma capacidade produtiva anual de 4,6 milhões de toneladas de celulose de mercado e papéis.

Somente no Paraná, investiu mais de R$ 36 bilhões nos últimos 10 anos, e gera mais de 16 mil empregos (entre próprios e terceiros), em mais de 25 municípios próximos das operações da Companhia, principalmente, na região dos Campos Gerais. A empresa é pioneira na adoção do manejo florestal em forma de mosaico, que consiste na formação de florestas plantadas entremeadas a matas nativas preservadas, formando corredores ecológicos que auxiliam na manutenção da biodiversidade.

A área florestal da Companhia no estado compreende o total de 487 mil hectares, sendo mais de 203 mil de áreas de conservação. A Klabin também mantém um Parque Ecológico, na Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba, para fins de pesquisa e conservação, atuando no acolhimento e reabilitação de animais silvestres vítimas de acidentes ou maus-tratos, auxiliando o trabalho de órgãos ambientais. Além de contribuir para a preservação da flora e fauna da região, inclusive de espécies ameaçadas de extinção.

Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável. Na região dos Campos Gerais a Klabin desenvolve boa parte dos seus programas socioambientais, com destaque para o Semeando Educação, “Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis”, Matas Legais, Programa de Resíduos Sólidos, Programa Klabin Caiubi, Força Verde Mirim e Protetores Ambientais.

A Klabin integra, desde 2014, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, e em 2020 passou a integrar o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, com participação na carteira Global. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.

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