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ABAF promove palestra de Paulo Hartung paralideranças empresariais na FIEB

O presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) Paulo Hartung esteve nesta segunda-feira (29/07) na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), onde foi recebido pelo presidente Carlos Henrique Passos para palestrar a empresários de diversos setores. O encontro foi organizado pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) e mediado pelo seu diretor executivo, Wilson Andrade. 

Aos executivos, Hartung compartilhou ao longo de mais de duas horas de conversa e debate sua visão do Brasil atual, jogando luz para o futuro. “É fato que o Brasil não é para principiantes, como dizia o maestro Tom Jobim, mas nós temos a mania de ver o copo vazio e dificuldade de vê-lo meio cheio. Vivemos hoje um cenário complexo, mas que apresenta inúmeras oportunidades”, disse. 

O encontro, organizado pela ABAF, reuniu presidentes de entidades empresariais, vice-presidentes e presidentes dos sindicatos da FIEB, diretores de empresas do setor florestal e lideranças empresariais de todos os segmentos da Bahia. A mesa foi composta por Benedito Carneiro, vice-presidente da FIEB; Caio Zanardo, presidente da Veracel; Décio Barros, presidente da Fetrabase (Federação das Empresas de Transporte dos Estados da Bahia e Sergipe); Paulo Cavalcanti, presidente da ACB (Associação Comercial da Bahia) e Eduardo Salles, deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Indústria. 

“O economista Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo, senador, deputado e atual presidente da Ibá, tem experiência e visão política, desenvolvimentista que interessa a quem acredita que o país pode e deve voltar a crescer. Os caminhos por ele indicados incluem educação, formação profissional, busca de investidores, financiamentos e tecnologias no exterior, onde os recursos são abundantes, notadamente para os setores que neutralizam as emissões de carbono, favorecem a economia circular e a inovação. Agradecemos ao presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos que foi o anfitrião, as lideranças empresariais que compareceram e contribuíram com as discussões e a Paulo Hartung que aceitou nosso convite”, declarou Wilson Andrade que é também Presidente do Conselho de Comércio Exterior e Relações Internacionais (COMEX) da FIEB.

Desafios e exemplos

Hartung elencou os principais desafios que enxerga hoje tanto no país como no cenário global, como a disputa pela hegemonia entre Estados Unidos e China, duas guerras, desconexão das cadeias globais de suprimento e principalmente a emergência climática, o maior problema a ser enfrentado nos tempos atuais. No cenário nacional, destacou a necessidade urgente de investimentos em educação, em particular para a formação de mão de obra, além do desenvolvimento de novas lideranças. 

“As máquinas não nos substituem, precisamos de gente. Estamos aqui hoje em uma casa de lideranças e conclamo que tenhamos esse papel de levar o país na direção certa seguindo os bons exemplos”, disse. Nesse sentido, citou os investimentos da indústria de árvores cultivadas em ciência e inovação e o consequente desenvolvimento que levou para as regiões em que se instalou. 

“Nos últimos 50 anos, o setor formou profissionais e teve um salto de produtividade de 10 m³/ha/ano para 33 m³/ha/ano. Temos no Brasil muitos potenciais. Nossa energia já é majoritariamente renovável, somos sede da maior floresta tropical do mundo, temos 12% das reservas de água doce e 20% de biodiversidade. Temos vento, sol e um enorme desenvolvimento com biomassa, inclusive com a biomassa florestal. A bola está na cara do gol e sem goleiro. Não podemos chutar mais uma vez para fora.”

Na sequência, Hartung respondeu a perguntas dos presentes, que abrangeram temas como a situação econômica de países vizinhos, acesso a crédito, segurança pública, a abertura de fronteiras para investimentos externos, a retenção e atração de cérebros, infraestrutura e os exemplos do Espírito Santo para o resto do Brasil. 

ABAF – Desde 2004, a ABAF representa as empresas e os produtores (grandes, médios ou pequenos) de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Contribui para que o setor florestal se desenvolva sobre bases sustentáveis, seja do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Trabalha por mais florestas, mais empresas, mais fornecedores, mais serviços e produtos. Este trabalho é feito em parceria com os associados, autoridades, governos, academia e demais parceiros em nível local, estadual e nacional. A indústria de base florestal usa madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, papel, ferro liga, madeira tratada e para energia. Nossa missão está alicerçada na certeza de que a árvore plantada é o futuro das matérias-primas renováveis, recicláveis e amigáveis ao ambiente, à biodiversidade e à vida humana.

Informações: Ascom ABAF.

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ConstruNordeste compensa emissões de carbono pelo segundo ano em parceria com ABAF

Associação também leva a discussão sobre o uso de madeira na construção civil para o evento

Pelo segundo ano consecutivo, a ConstruNordeste, em parceria com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental. Durante os três dias de evento, que acontece de 31 de julho a 2 de agosto, todas as emissões de carbono serão compensadas através de um cuidadoso processo de cálculo, aquisição e plantio de mudas nativas, realizado pela juntamente com a ABAF.

A associação realizará a compensação ambiental calculando a quantidade total de carbono emitido durante o evento. Este processo é documentado em um inventário de carbono que detalha o método de cálculo das emissões e quantifica o número de árvores nativas necessárias para compensar essa pegada de carbono. Este processo é feito pelo Grupo Index, por meio de sua empresa Arvor Business Advisory.

A partir deste inventário, a ABAF sugere a quantidade específica de mudas de árvores nativas que devem ser plantadas para sequestro de carbono correspondente às emissões do evento. A logística para a aquisição e plantio das mudas é cuidadosamente planejada para garantir que todas as árvores sejam plantadas de maneira eficaz e sustentável.

A coordenadora de produção da Bahia Eventos, Amanda Santana, destaca a importância dessa iniciativa e olhar sempre atento da empresa em deixar um legado ambiental nos eventos que produz. “Ao realizarmos a compensação de carbono pelo segundo ano consecutivo, demonstramos nosso compromisso contínuo com práticas sustentáveis. Este esforço conjunto com a Abaf reforça a importância de eventos que promovem não apenas o desenvolvimento do setor, mas também a preservação ambiental “.

“Esta é uma estratégia poderosa para preservar o meio ambiente e combater as mudanças climáticas. Ao adotar essa abordagem, empresas, governos e indivíduos demonstram um compromisso real com a sustentabilidade, contribuindo para a construção de um futuro mais equilibrado e saudável”, acrescenta Mariana Lisbôa, presidente da ABAF, associação que representa a cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, no estado.

“Nós plantamos 250 mil árvores todo dia, na Bahia. E se uma árvore é importante para o meio ambiente, com vários benefícios como sequestro de carbono, por exemplo, imagine uma floresta! As florestas plantadas têm um papel fundamental na mitigação da mudança do clima, especialmente por remover e estocar carbono nas florestas e nos produtos, além de evitar emissões ao prover produtos e serviços de origem renovável, em detrimento aos de origem fóssil ou não renovável. Árvore plantada é o futuro das matérias-primas renováveis, recicláveis e amigáveis ao ambiente, à biodiversidade e à vida humana”, acrescenta Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.

Mosaicos na área de influência da Bracell na Bahia.

Madeira na construção civil

“Sempre nos interessam eventos que contribuam para que o setor florestal brasileiro (e baiano) se expanda e se desenvolva sobre bases sustentáveis. Trabalhamos por mais florestas, mais empresas, mais fornecedores, mais serviços e produtos florestais. As vantagens competitivas da madeira plantada para o setor de construção civil também são de interesse da ABAF, que vem investindo na divulgação do uso múltiplo da madeira”, informa Mariana Lisbôa.

Assim, a ABAF também participa do evento e leva a palestra “MLC: a conexão sustentável entre o passado e o futuro da construção”, de Maurício Delrei e Robson Cardoso (da Delrei Brasil) para às 14h de 01/08. Na palestra os arquitetos vão apresentar a Madeira Laminada Colada (MLC) e como este material está transformando o setor da construção civil.

“A madeira, um dos materiais mais antigos utilizados pela humanidade, está renascendo como a melhor opção para o futuro da construção. A MLC não é apenas um retorno às nossas raízes, mas uma revolução sustentável que combina a durabilidade e a beleza da madeira com a tecnologia moderna. É uma escolha inteligente que atende às exigências ambientais de hoje, proporcionando uma alternativa renovável e eficiente aos materiais tradicionais. Sua versatilidade permite construções rápidas e esteticamente agradáveis, redefinindo o que é possível na arquitetura e engenharia civil”, explica Maurício Delrei.

ABAF – Desde 2004, a ABAF representa as empresas e os produtores (grandes, médios ou pequenos) de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Contribui para que o setor florestal se desenvolva sobre bases sustentáveis, seja do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Trabalha por mais florestas, mais empresas, mais fornecedores, mais serviços e produtos. Este trabalho é feito em parceria com os associados, autoridades, governos, academia e demais parceiros em nível local, estadual e nacional. A indústria de base florestal usa madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, papel, ferro liga, madeira tratada e para energia. Nossa missão está alicerçada na certeza de que a árvore plantada é o futuro das matérias-primas renováveis, recicláveis e amigáveis ao ambiente, à biodiversidade e à vida humana.

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Empresas do setor florestal em MS investem em tecnologia para evitar queimadas

Câmeras em torres, brigadas e aeronaves estão entre medidas; MS tem cerca de 1,5 milhão de ha de eucalipto

Enquanto o Pantanal e trechos de Cerrado ardem em chamas nessa época seca do ano, muitos devem se perguntar porque isso não ocorre com as florestas de eucalipto. Com a madeira super valorizada, como matéria-prima para a produção da celulose, atividade em franca expansão no Estado, as indústrias do setor e empresas que cultivam florestas investem pesado no monitoramento e prevenção, para que incêndios florestais não produzam prejuízos gigantescos, em um verdadeiro “Big Brother” da área cultivada, que deve chegar a 1,5 milhão de hectares. Fazer aceiros e manter as áreas limpas são só uma ponta das medidas adotadas.

Nas áreas há torres com câmeras de longo alcance, existem centrais de observação permanente das imagens, estações meteorológicas atentas às condições climáticas e aos ventos, brigadas com equipamentos e até aviões de sobreaviso nessa época do ano.

A maior produtora mundial de celulose, a Suzano, que acabou de ativar uma unidade em Ribas do Rio Pardo (ela já mantém uma fabrica em Três Lagoas), tem equipe de 700 brigadistas. As florestas, cerca de 600 mil hectares para atender suas unidades, são monitoradas por 30 torres, com altura entre 54 e 72 metros, e auxílio de satélites, para identificar focos de fumaça calor em um raio de 15 quilômetros. Essa é uma das estruturas mais modernas do País, segundo divulgou a empresa.

O aparato ainda conta com caminhões com capacidade de 18 mil litros de água e mantém dois aviões contratados de sobreaviso para eventuais incêndios, o que não tinha sido registrado, segundo o diretor de Engenharia, Maurício Miranda, revelou, em entrevista ao Campo Grande News.

“Combater foco de incêndios vai muito além de proteger o nosso negócio, é contribuir para a preservação de matas nativas, da nossa fauna e para a qualidade de vida das comunidades no nosso entorno”, destaca Douglas Guedes de Oliveira, gerente Executivo de Inteligência Patrimonial da Suzano em Mato Grosso do Sul, revelando que as ações são intensificadas nessa época, de estiagem. Em meio às florestas de eucalipto, nas áreas de preservação, há muitos animais, como felinos e aves.

A Eldorado, que mantém fábrica em Três Lagoas e conta com área de cultivo de eucalipto de  400 mil hectares, mantém equipes capacitadas para a prevenção e combate. No ano passado, a empresa capacitou 1.088. Foi elaborado um Plano de Manejo Florestal, que inclui câmeras controladas por inteligência artificial e via satélite com alto alcance de cobertura e uma estação meteorológica para ser possível antecipar os efeitos climáticos.

Segundo a empresa, foi possível reduzir em 2023 em 88% as áreas atingidas por incêndios. Para garantir ação rápida, a empresa com mais de 70 caminhões pipa e 26 torres com câmeras.

A chilena Arauco, que vai começar a construir sua unidade em Inocência no ano que vem, já cultiva florestas em Mato Grosso do Sul, com 182 mil hectares, sendo 130 mil de florestas plantadas, 46 mil de área natural e 6 mil de outros usos, em dez cidades da região leste.

O uso de monitoramento permanente também é adotado pela empresa para não ser pega de surpresa com queimadas. Caminhões e caminhonetes são preparados com material para ir a campo combater focos e também aposta em capacitação. No próximo mês, Gerente de Proteção Florestal – Incêndios do Chile, Ramon Figueroa, virá ao estado para repassar experiências sobre combates a incêndios de grandes proporções. No Chile, a empresa utiliza o pinus para a produção de celulose, madeira que leva mais tempo que o eucalipto para poder ser usada no processo industrial. O evento vai reunir associados da Reflore.

Fogo não respeita cerca – Essa máxima veio do presidente da Reflore, entidade que reúne o setor florestal, Júnior Ramires. Ele apontou a necessidade de produtores agirem de forma coordenada entre si e com o poder público e proprietários rurais de outras atividades. Os pequenos precisam ter recursos para atuar, defende, como abafadores, brigadistas e adotar as medidas de prevenção.

A Arauco informou manter um programa chamado Bom Vizinho, de olho nessa parceria. Já a Suzano mantém o Programa Guardiões da Floresta, de comunicação com propriedades rurais vizinhas e também um canal para receber informações sobre queimadas – 0800 203 0000, com atendimento 24 horas.

Ramires admite que acabar com o risco do fogo é impossível, mencionando condutas criminosas, como bitucas de cigarro em rodovia, fogo pra limpeza de área ou mesmo o abandono de materiais que podem desencadear fogo se muito aquecidos, como alumínio e vidro, ou ainda há a queda de raios.

Segundo ele, há 12 anos a entidade aposta em preparação, um planejamento que começa ainda no ano anterior, assim que começa o período de chuvas. Os plantadores de eucalipto atendem as indústrias de celulose, mas também fornecem madeira para siderurgia e outros setores.

Para evitar riscos ocasionados pelas linhas de transmissão de energia elétrica, Ramires informou que há contato constante com as concessionárias, com pedido de atendimento em situações vulneráveis. O diálogo também se estende ao DNIT, responsável pela limpeza das margens da rodovia.

A logística das empresas envolve também a contratação de aeronaves para que fiquem de sobreaviso. Ele estima que cerca de dez estariam destinadas a essa demanda. É uma estrutura que Ramires acredita superar a disponibilidade do poder público para combater o incêndio em outras áreas, como o Pantanal.

A Reflore reúne 19 empresas que cultivam florestas ou utilizam a madeira. A expansão da produção da celulose no Estado, concentrando-se no lado leste, atraiu até fundos de investimento para o plantio. O foco é arrendar ou adquirir áreas antes utilizadas para a pecuária e que reduziram a produtividade diante da degradação e falta de renovação de pastagens, situação já relatada por produtores ao Campo Grande News.

Informações: Campo Grande News.

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Setor de cacau mira programa para conversão de pastos degradados

Indústria processadora e organizações querem que cacau em agrofloresta entre no programa de recuperação de pastagens do governo

O setor do cacau quer participar do programa de conversão de pastagens degradadas do governo federal. Segundo representantes do setor, o cultivo do fruto em sistemas agroflorestais dá retorno financeiro aos produtores que atualmente têm pastos degradados e atende à demanda da indústria, que quer se livrar da dependência de importações.

O Instituto Arapyaú, o CocoaAction Brasil e as indústrias processadoras pediram a representantes do governo a inclusão do cacau em agrofloresta no programa. Segundo eles, para cobrir a necessidade de importação da amêndoa pela indústria, de 60 mil a 70 mil toneladas ao ano, seria necessário converter 90 mil hectares de pastos em sistemas agroflorestais com cacau.

Essa área não chega a 1% dos de 40 milhões de hectares que o governo pretende que seja convertido. Além disso, o volume de cacau que a conversão permitiria produzir atenderia metade do objetivo do plano Inova Cacau 2030. O plano, lançado no fim de 2023 pelo governo federal com apoio do setor produtivo, prevê o estímulo para que a produção nacional saia das atuais 220 mil toneladas ao ano para 400 mil toneladas anuais, um aumento de 180 mil toneladas.

Carlos Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura e coordenador do comitê que cuida do programa, disse que todas as culturas são bem-vindas, mas que a prioridade agora é viabilizar a internalização dos recursos que o governo está atraindo para o programa.

A conta para realizar a transformação de pastos para agroflorestas não é barata, mas segundo seus defensores, faz sentido econômico para os produtores.

Cálculos do Instituto Arapyaú indicam que transformar solos degradados em sistemas agroflorestais com cacau custa de R$ 37 mil a R$ 38 mil por hectare. Esse custo leva em conta um sistema com produção de açaí e castanha, por exemplo, segundo Vinicius Ahmar, gerente de bioeconomia do Arayaú. Se outras culturas forem adicionadas ao consórcio, o custo pode subir para até R$ 50 mil o hectare.

“Mesmo assim, todos os sistemas têm viabilidade financeira”, defende. Essa perspectiva, ressalta, não depende do atual preço do cacau, que disparou no último ano e chegou recentemente ao recorde de mais de US$ 11 mil a tonelada, e agora voltou para perto de US$ 7.000 a tonelada — patamar ainda muito elevado historicamente.

Segundo Ricardo Gomes, gerente de desenvolvimento territorial do Arapyaú, a receita adicional para o setor que pode ser gerada com a conversão de 90 mil hectares de pastos para sistemas agroflorestais com cacau pode oscilar entre R$ 3 bilhões e R$ 4,5 bilhões, a depender dos resultados de produtividade. “Os sistemas agroflorestais com cacau fecham a conta, rentabilizam o produtor, agregam para a conservação, para a manutenção de serviços ecossistêmicos e geram receita para o país.”

O desafio, segundo Ahmar, é o acesso a crédito nas condições adequadas para investir em agroflorestas, o que significa sobretudo uma carência dilatada, adequada ao tempo em que as culturas começam a produzir. Um açaizeiro, por exemplo, começa a dar frutos no terceiro ano, e um cacaueiro, em cinco. “É necessário ter linhas customizadas”, acrescenta Gomes.

Segundo ele, mesmo o Pronaf Agrofloresta não atende à necessidade de investimento em um sistema com cacau. “O sistema agroflorestal pode até começar com culturas temporárias que geram receita no início, mas o que segura o modelo são as perenes”, avalia.

Informações: Canal Rural.

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Potenciais econômicos de MS são apresentados em feira de biomassa, compostagem e floresta

Mato Grosso do Sul está representado por uma equipe técnica da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) na BioComForest, feira voltada para temas relacionados à biomassa, compostagem e floresta que começou ontem (30) e vai até quinta-feira (1°), no campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu (SP).

O evento reúne empresários do setor e profissionais ligados à área e tem uma programação intensa de palestras e dias de campo.

O secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette, representou o secretário Jaime Verruck no evento e proferiu palestra no primeiro dia de programação. Ele falou sobre as potencialidades do Estado, que é o 1º em produção de madeira em tora para papel e celulose; responde por 24% da produção nacional de celulose (aproximadamente 5,5 milhões de toneladas ao ano), tem a 2ª maior área cultivada de eucalipto do País com 1,4 milhão de hectares e exibe outros números grandiosos na produção agropecuária em geral.

“A participação da Semadesc nesse evento é de fundamental importância pois trata de bioenergia, compostagem e florestas. Quando a gente olha para essas temáticas a gente olha para o que acontece no Estado de Mato Grosso do Sul em termos de suas cadeias de produção e naquilo que a gente projeta que vai acontecer nos próximos anos. Essas temáticas são totalmente presentes e fundamentais para nosso Estado. Mato Grosso do Sul vive num processo de crescimento acelerado e de atração de investimentos e muito acontece na produção de bioenergia, seja relacionada à cadeia da cana-de-açúcar, do milho ou de outras biomassas também”, ponderou Falcette.

Mato Grosso do Sul foi o Estado que apresentou o maior crescimento em área de floresta plantada nos últimos 10 anos e a tendência é se manter nesse ritmo pelo menos por mais uma década. Sendo assim, Falcette lembrou que esses setores têm impacto positivo na transição energética para o Estado, tema muito discutido no momento.

“Tem um Plano Estadual de Transição Energética em construção que passa, obrigatoriamente, por essas cadeias produtivas. São cadeias que têm seu histórico e nos ajudam no atingimento de nossas metas de neutralização do balanço de carbono nos próximos anos”, pontuou.

Já o setor de cana-de-açúcar – continuou o secretário executivo – está bastante adiantado no mercado de carbono, inclusive comercializando os CBios (créditos de biocombustíveis). São essas particularidades que chamam a atenção do Estado para esses setores, num momento em que Mato Grosso do Sul se esforça para se tornar Estado Carbono Neutro até 2030.

“O setor de floresta mantém em sua reserva produtiva mais do que o dobro da reserva legal pedida para o bioma Cerrado. É um setor que, onde há eucalipto plantado, tem 44% de reserva legal, ao invés de 20% como determina o Código Florestal”, concluiu.

Informações: assessoria da Semadesc.

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Exclusiva – Compostagem pautou o segundo dia de palestras no BioComForest, evento que acontece em Botucatu (SP) e se encerra nesta quinta (1º)

O BioComForest reúne de maneira inédita no Brasil e no mundo, os três segmentos em um único evento

Em continuidade à discussão envolvendo o âmbito dos desafios e inovações nos segmentos de Biomassa, Compostagem e Floresta, empresas, profissionais e estudantes, bem como representantes do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul – referência na produção de florestas plantadas e de celulose –, participaram, nesta última quarta-feira (31), do segundo dia do BioComForest, em Botucatu (SP). O event já se torna um dos principais fóruns de debates para as áreas, teve início na terça (30), e se encerra nesta quinta (01/08).

O campus da FCA/UNESP (faz. Lageado) de Botucatu (SP), foi meticulosamente arquitetado, com estrutura completa, para explorar insights, fazer benchmarking, ampliar networking e promover conhecimentos aplicáveis às organizações, com foco nos campos da inovação e sustentabilidade.

O BioComForest é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações e UNESP – Universidade Estadual Paulista, em parceria com a Fepaf – Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais, e reúne em um único evento, de maneira inédita no Brasil e no mundo os três segmentos, sendo uma oportunidade ímpar para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, fornecedores e clientes.

Palestras 31/07

Com grande presença de participantes, as palestras do segundo dia do BioComForest teve como pauta a compostagem, com os seguintes temas centrais:

  • Compostagem e biomassa na fertilidade do solo – Mediador Gean Carlos (membro do Conselho Deliberativo da Abisolo). Palestrantes: Fernando Carvalho (diretor da Biossolo Agricultura & Ambiente), Katia Beltrame (diretora técnica da MK2R), Jonas Chiaradi (diretor Biossolo Agricultura & Ambiente) e Moacir Beltrame (diretora técnica da MK2R).
  • Processos de produção compostagem e seus benefícios – Mediador: Felipe (diretor-presidente da Associação Brasileira de Compostagem). Palestrantes: Ronaldo Berton (pesquisador aposentado do IAC), Airon Alves (diretor da Inova Compostagem), Júlio Pinhel (diretor da Ciclo Limpo) e Maycon Pereira (diretor da Máquina Solo).

Curso teórico e prático de compostagem

Nos três dias do evento, também foi possível se inscrever para um curso exclusivo de compostagem, com direito a certificação. Com amplo conhecimento e know hall na área, ministram o curso: Airon Aires, diretor da Inova Compostagem, Julio Pinhel, diretor da Ciclo Limpo e Katia Beltrame, diretora técnica da MK2R.

Dias de Campo

A programação diária do evento também conta com ‘Dias de Campo’, com demonstrações na prática de equipamentos inovadores nos segmentos. Maquinários robustos de renomadas empresas impressionam, e têm chamado a atenção do público presente, alguns lançados de maneira inédita no evento.

Programação

No total serão três dias de evento, com encerramento nesta quinta-feira (01/09). No BioComForest os participantes encontram profissionais ligados diretamente aos setores com público seleto e com interesse direto no assunto. Para o participante que optou por participar do cronograma completo, a programação se inicia às 8h, e se encerra às 17h30.

Confira alguns registros das palestras e feira do segundo dia do BioComForest:

Para mais informações sobre o BioComForest siga @biocomforest no Instagram, acesse: www.biocomforest.com.br, ou envie mensagem via Whatsapp (67) 99227-8719.

Escrito por: Redação Mais Floresta.

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Corpo de Bombeiros enfrenta dois incêndios após fogo da Bolívia invadir o Pantanal de MS

Incêndio identificado próximo da fronteira entre Bolívia e MS adentrou o território brasileiro

Os combates aos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul chegaram a marca dos 110 dias nesta terça-feira (30) com combate de quatro focos de incêndios ativos, segundo boletim da Operação Pantanal, divulgado nesta manhã.

O documento traz informações sobre os combates direcionados do Corpo de Bombeiros, que atuam em dois incêndios que tem difícil acesso. Ao sudoeste do Pantanal, na região da Nhecolândia, próximo à fazenda Tupaceretã, as equipes combatem um extenso foco de incêndio que afeta a região.

Outro local onde está sendo realizado o combate direto é próximo à fazenda Santa Sofia, com focos ativos e de difícil acesso. A área próxima a Rio Verde voltou a enfrentar focos de incêndio. A equipe realiza a avaliação da região e as condições locais para iniciar imediatamente as ações de combate.

O foco de incêndio identificado nas proximidades da fronteira entre Bolívia e Mato Grosso do Sul continua em estado de alerta. Em razão das fortes rajadas de vento dos últimos dias, o foco adentrou o território brasileiro.

Na segunda-feira (29) uma aeronave de asa rotativa levou uma equipe de bombeiros para dar apoio aos brigadistas no local. Além dessas regiões, quatro áreas de alerta permanecem sob monitoramento: nas regiões do Forte Coimbra, Porto Murtinho, Rabicho e Porto da Manga.

Em Corumbá, foram identificados diversos focos de incêndio na área de morraria, porém, a dificuldade de acesso e a dispersão dos morros prejudicam o combate. Para enfrentar a situação complexa, uma equipe especializada foi deslocada exclusivamente para essa região, para coordenar um ataque mais eficaz e rápido.

Informações: MídiaMax.

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Cientistas desenvolvem tecnologia para desvendar florestas tropicais

Competição quer acelerar desenvolvimento de inovações

Os desafios enfrentados por quem estuda os biomas de todo o mundo são muitos, e quando o ambiente tem dimensões gigantes e densas como os das florestas tropicais eles também ganham proporções ampliadas, como a dificuldade de acessar o galho mais alto de uma árvore de 50 metros.

Para superar essas limitações e avançar nos registros científicos do que existe em toda a extensão do ecossistema presente na área central do planeta, foi lançada a competição global XPrize Florestas Tropicais, que agora chega à fase final.

“Ainda sabemos muito pouco de toda a biodiversidade planetária. Não conhecemos o famoso inventário da floresta e é exatamente isso que o XPrize Florestas Tropicais está fazendo: mapear para conhecer e conhecer para proteger”, declarou Pedro Hartung diretor executivo do Instituto Alana, que financia o prêmio, durante o lançamento da etapa final, em Manaus.

Um dos mais completos relatórios globais sobre a biodiversidade, o Living Planet – publicado pela organização não-governamental WWF –, apontava em 2022 que em 40 anos houve uma redução média de 69% da fauna de todo o mundo. Muitas espécies sequer chegaram a receber um nome pela ciência, pois 80% das cerca de 10 milhões de formas de vida estimadas no planeta nunca, foram estudadas ou registradas.

O desafio lançado pela competição é acelerar o desenvolvimento de soluções tecnológicas para acessar diferentes ambientes das florestas tropicais e coletar informações para que sejam catalogadas e viabilizem estratégias de conservação e desenvolvimento sustentável.

O prêmio final é de US$10 milhões (mais de R$50 milhões), que será dividido entre os primeiros colocados, sendo US$5 milhões para o primeiro lugar, US$2 milhões para o segundo colocado e US$500 mil para o terceiro. Os US$2,5 milhões restantes foram divididos em bônus pagos aos competidores que avançaram às etapas semifinal e final.

De acordo com o vice-presidente de biodiversidade e conservação da Fundação XPrize, Peter Houlihan o ritmo acelerado da perda de biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos das quais a humanidade depende foi determinante para a busca por essas soluções. “Não podemos proteger partes do planeta se não formos capazes de medir e monitorizar o que existe nele”, reforça.

Lançada em 2019, a disputa começou com 300 equipes que foram avaliadas conforme avançavam pelas etapas de pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e implementação das soluções.

Quase cinco anos depois, as seis melhores soluções passaram pelo teste final neste mês de julho, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, a cerca de 25 quilômetros de Manaus, no Amazonas.

Concorrentes

As equipes finalistas são a Brazilian Team, formada majoritariamente por cientistas e pesquisadores brasileiros; a Providence +, composta por representantes de universidades e instituições brasileiras e espanholas; a ETH BiodivX, inscrita como suíça, mas que reúne cientistas de várias partes do mundo, inclusive brasileiros; e as norte-americanas Map of Life, Welcame to the Jungle e Limelight Rainforest, também com expertise global.

Nessa etapa de verificação da final, cada grupo teve a oportunidade de demonstrar as melhorias adotadas desde a semifinal, realizada em Singapura, em 2023. O teste foi realizado em um uma área de 100 hectares da Floresta Amazônica, na qual os pesquisadores puderam captar amostras de qualquer extrato, como vegetação, ar, solo e água por 24 horas, produzindo dados em tempo real, que puderam ser gerados em até 48 horas.

Até o anúncio dos vencedores em novembro, durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, os jurados avaliarão os resultados alcançados em relação aos critérios de inovação, validação de dados, aumento de conscientização social e escalabilidade das inovações.

Tumbira (AM) 06/07/2024 - Competidores do Xprize Rainforest testam equipamentos de monitoramento na floresta amazônica na comunidade de Tumbira, que fica dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Competidores do Xprize Rainforest testam equipamentos de monitoramento na floresta amazônica na comunidade de Tumbira, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro Foto – Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Tecnologia

Em comum, as seis equipes apresentam soluções estruturadas em adaptações de drones, microfones, câmeras, sensores ópticos, uso de robôs, inteligência artificial e laboratórios compactos para análise de DNA ambiental. Segundo Houlihan, a decisão sobre o prêmio será baseada na forma como os cientistas combinarão diferentes conhecimentos no uso dessas inovações, considerando a inclusão da sabedoria das comunidades locais, o legado científico e principalmente de baixo custo.

“Se essas soluções puderem ser utilizadas em todo o mundo, por diferentes gestores de parques, por comunidades indígenas, por quem quer que esteja trabalhando pela proteção do seu meio ambiente, o mapeamento e monitoramento poderão servir como ferramentas de proteção da biodiversidade nos seus territórios e, por essa razão, uma das partes mais importantes entre os objetivos do prêmio é tornar as soluções escaláveis e acessíveis.”

Para o executivo, se essas inovações chegarem a todas as regiões de florestas tropicais, poderão evitar crimes como biopirataria, desmatamento florestal para garimpo ou exploração ilegal de madeira.

“Essas tecnologias podem ter aspectos na proteção da biodiversidade, também ao serem capazes de monitorizar esse tipo de atividades ilegais”.

Competições

A Fundação XPrize é uma organização sem fins lucrativos, sediada na Califórnia, nos Estados Unidos, que realiza competições globais em busca de soluções para os maiores desafios da humanidade, com base em um modelo de democratização das inovações e incentivo dos recursos humanos.

As disputas são financiadas por iniciativas filantrópicas com a doação dos US$ 10 milhões realizadas pelo Instituto Alana, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que promove ações de proteção dos Direitos das Crianças e Adolescentes, no Brasil.

As competições já anteciparam mais de 30 inovações tecnológicas, com prêmios que somam mais US$500 milhões, investidos nas mais diversas áreas do conhecimento, como saúde, exploração espacial, clima e energia e desenvolvimento humano. Um conselho de inovação que reúne 44 filantropos de todo o mundo definem os temas focais dos novos desafios.

Informações: Agência Brasil.

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Exclusiva – Casa cheia! Palestras do primeiro dia do BioComForest contam com grande presença de público

O evento aborda as principais tendências sobre biomassa, compostagem e floresta; confira comentários dos palestrantes

Teve início nesta terça-feira (30), o BioComForest – 1º Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta, no campus Unesp (Faz. Lageado), em Botucatu (SP). Com a ‘casa cheia’, as palestras na parte da manhã deram início ao evento, que se estendeu também no período da tarde em paralelo com a feira, dia de campo e Curso Teórico e Prático de Compostagem. O evento conta com o apoio das principais empresas e entidades dos setores no Brasil e do exterior.

No BioComForest os participantes encontram profissionais ligados diretamente aos setores de biomassa, compostagem e floresta, com público seleto e com interesse direto no assunto, além de ser o primeiro e único evento especializado nestes segmentos no Brasil e no mundo.

No total serão três dias de evento. Para o participante que optou por participar do cronograma completo, a programação se inicia às 8h, e se encerra às 17h30. O campus da FCA/UNESP (faz. Lageado) de Botucatu, foi meticulosamente arquitetado, com estrutura completa, para explorar insights, fazer benchmarking, ampliar networking e promover conhecimentos aplicáveis às organizações, nos campos da inovação e sustentabilidade.

Palestras de 30/07

O 1º período de palestras do BioComForest, teve como tema principal: ‘Florestas Energéticas para a produção de biomassa’, e mediador o prof. Saulo Guerra, diretor da Agência Unesp de Inovação – AUIN.

Dentro do tema, Augusto Massaro Gonzaga, sócio-diretor UNA Florestal, informou em sua palestra: “Observamos que hoje em dia as principais intercorrências que podem afetar na produção de mudas, estão relacionadas muitas vezes ao planejamento. Isso é o que muitas vezes, balança a demanda e a oferta. No pós-pandemia por exemplo, tínhamos uma demanda que atendia o mercado, mas no geral, empresas pararam de plantar, o mercado esfriou, e aí quando o mercado aqueceu novamente, voltou com alta demanda. E aí, em casos como estes, ocorre um delay na formação de jardim clonal, de voltar a estaquear, de voltar a produzir. Novas exigências e adequações do mercado, por exemplo, a mecanização, também podem impactar na capacidade de produção das empresas fornecedoras, sendo necessário analisar cada passo dado nesse sentido, novamente, com planejamento. É o nosso recado principal que deixamos para quem atua nesse segmento”.

Celso Medeiros, diretor da CM Florestal, frisou: “É um grande prazer poder contribuir com o público do BioComForest com nossa experiência, adquirida em grande parte no MS, e falar sobre falar energéticas, um tema bastante importante e atual para o segmento florestal. E o evento soma essa proposta de reunir profissionais atuantes nos três segmentos num mesmo local, se tornando bastante oportuno.”

Manoel de Freitas, consultor florestal, ressaltou sobre o tema de sua palestra: “A quantidade de árvores ideal para que se tenhamos a produção de biomassa de forma mais econômica e eficiente, como por exemplo, o papel das qualidades e características necessárias para fins energéticos. Reconheço que foi excelente escolha do evento, muito importante, colocar como tema principal para as primeiras palestras neste primeiro dia, a produção de madeira para fins energéticos.”

Encerrando o primeiro bloco do dia das palestras, Moacir Reis, o diretor do Grupo Mutum, e vice-presidente da Reflore/MS, destacou: “O BioComForest é um evento que já nasce muito dinâmico e focado nesses segmentos, onde temos temas sobre inovações, tecnologias e realidades, que se fazem necessários serem discutidos. Eventos como este ajudam o setor florestal a continuar crescendo.”

Já no segundo período de palestras do evento, o tema central foi ‘Tratos culturais para uma boa produtividade’, tendo como mediador o diretor florestal da Eucatex, Hernon Ferreira.

Na ocasião, o Prof. Carlos Wilcken, da FCA/UNESP, comentou sobre seu tema: “Em nossa mesa redonda do segundo bloco, abordamos sobre o manejo de pragas, não só das pragas específicas, mas também do que aflige o setor. Nossa conclusão é que embora já existam uma variedade de produtos no mercado, precisamos ainda continuar desenvolvendo muita pesquisa para melhorar nossos índices de produtividade.

Já o Prof. Caio Antônio Carbonari, da FCA/UNESP, informou que: “Dentro deste painel, o objetivo de minha palestra foi falar sobre os prejuízos e desafios do manejo de plantas daninhas, bem como a diversidade de plantas daninhas que temos dentro do setor florestal, frente a complexidade das florestas nas diversas regiões do Brasil. Além disso, também discutimos em relação as oportunidades que temos em avançar em matocompetição, em termos de redução de custos, também como podemos explorar os herbicidas que temos disponíveis, e principalmente aqueles de uso de pré-emergência, levando em consideração todos os ajustes necessários para o seu uso.”

Sobre sua palestra, o consultor florestal Pedro Francio Filho enfatizou: “Em minha participação como palestrante, abordei sobre correção de solos principalmente, através do uso de uma metodologia utilizada por nós há mais de 18 anos na consultoria de nossa empresa, com foco na alta produtividade. Também sobre a bioativação, com o uso de microrganismos, e bioativadores que aceleram a decomposição do resíduo/massa florestal, solubilizando como nutrientes para as plantas, aumentando em 27% a produtividade. Também falamos durante a mesa redonda, sobre novas tecnologias e inovações, que chegam e prometem ficar para somar ao setor brasileiro na busca pela alta produtividade.”

Rodrigo Hakamada, Prof. da ESALQ-USP, disse sobre sua explanação que: “Abordamos sobre a relevância dos alunos se aproximarem da prática, o que chamamos de “mundo real”. Um clamor, para que os estudantes se procurem fazer contato com a empresas, ou seja, com o mundo fora da universidade, e o contrário também, da academia, corpo docente também se aproximar do setor ‘extrauniversidade’. Outra linha que também abordamos, foi sobre o cultivo mínimo do solo, na silvicultura.”

O BioComForest é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações e UNESP – Universidade Estadual Paulista, em parceria com a Fepaf | Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais, sendo uma oportunidade única para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, fornecedores e clientes.

Confira alguns registros das palestras e da feira do primeiro dia do BioComForest:

Para mais informações sobre o BioComForest siga @biocomforest no Instagram, acesse: www.biocomforest.com.br, ou envie mensagem via Whatsapp (67) 99227-8719.

Escrito por: Redação Mais Floresta.

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Projeto florestal de R$ 282 milhões vai começar por Mato Grosso do Sul

A Suzano, maior fábrica de celulose, firmou parceria para a implantação de corredores ecológicos com a IFC

Novo projeto de reflorestamento na América Latina, por US$ 50 milhões, vai começar em Mato Grosso do Sul. O IFC (International Finance Corporation) firmou compromisso para apoiar a estratégia do BTG Pactual, que tem como subsidiária o TIG (Timberland Investment Group). O valor em reais é de R$ 282 milhões, se considerar o dólar a R$ 5,65.

A ideia que se iniciou em 2021 prevê restauração, conservação, e plantio em propriedades desmatadas e degradadas.

Com isso, o objetivo é proteger e recuperar cerca de 135 mil hectares de florestas naturais em locais desmatados e plantar árvores em áreas de florestas comerciais com manejo sustentável em outros 135 mil hectares de terra.

Conforme informado pelo Valor Econômico, esse é o primeiro compromisso da IFC relacionado a investimento florestal. A expectativa é gerar créditos de carbono por meio de soluções baseadas na natureza.

Recentemente, o Campo Grande News noticiou que a Suzano, maior fábrica de celulose, firmou a primeira parceria para a implantação de corredores ecológicos em Mato Grosso do Sul, com a IFC.

Na primeira etapa, terá a implantação de cerca de 120 hectares de restauração e manejos sustentáveis em áreas de proprietários rurais e assentamentos rurais. O resultado será a conexão inicial de cerca de 35 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa no Cerrado, em suas diferentes formações, campestres, savânicas e florestais.

A parceria faz parte do compromisso assumido pela Suzano de conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia até 2030. São previstos três corredores ecológicos.

Informações: Campo Grande News.

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