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Suzano praticamente dobra rede de monitoramento contra incêndios florestais em Mato Grosso do Sul

Com novos investimentos, empresa saltou de 30 para 56 estruturas de observação contra focos de incêndio em áreas próprias e no entorno, incluindo de conservação ambiental

Com a chegada do período mais crítico da estiagem, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, praticamente dobrou a rede de monitoramento contra incêndios florestais, em Mato Grosso do Sul. Com novos investimentos, a empresa ampliou de 30 para 56 o número de torres de monitoramento por vídeo em suas áreas florestais – um aumento significativo na rede. A iniciativa tem como objetivo reforçar as ações de prevenção e combate a incêndios, tanto nas áreas plantadas com eucalipto quanto nas áreas de proteção ambiental e nas unidades de conservação localizadas no entorno das operações da empresa.

“Nosso trabalho vai além da proteção dos ativos florestais da empresa. Combater incêndios é uma forma direta de preservar matas nativas, proteger a fauna local e garantir a segurança das comunidades vizinhas. Para isso, mantemos o ano todo uma estrutura robusta de prevenção, monitoramento e combate a focos de incêndio, integrada ao esforço da companhia pela conservação da biodiversidade. Esse trabalho se intensifica neste período, quando o risco de propagação aumenta devido às condições climáticas”, destaca Amarildo José Nunes, gerente de Inteligência Patrimonial da Suzano em Mato Grosso do Sul.

As torres de monitoramento contam com 54 metros a 72 metros de altura e são equipadas com câmeras 360º, com capacidade para detectar focos de incêndio, num raio de até 15 quilômetrosA rede de monitoramento por vídeo opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, com envio em tempo real das imagens de toda a área florestal da companhia e alertas em caso de detecção de focos de incêndio.

As informações – que incluem monitoramento em tempo real por câmeras de alta resolução com Inteligência Artificial embarcada – são enviadas para as duas Centrais de Monitoramento, uma na Unidade de Três Lagoas e outra na Unidade de Ribas do Rio Pardo, garantindo respostas rápidas e eficazes a possíveis focos de incêndios florestais. São essas centrais que coordenam a atuação dos(as) brigadistas.

Somente em Mato Grosso do Sul, a companhia conta com uma brigada composta por mais de 250 profissionais mobilizados e preparados para atuar em ocorrências em florestas plantadas e em matas nativas, além de profissionais treinados que podem ser acionados em caso de necessidade.

Infraestrutura

Durante o período de estiagem, o reforço inclui a permanência de aeronaves de combate a incêndio de prontidão nas duas unidades da companhia no Estado. “Sabemos que, na seca, o fogo pode se espalhar rapidamente e atingir áreas ambientalmente sensíveis. Por isso, mantemos um sistema robusto de vigilância e resposta rápida para reduzir danos e proteger os ecossistemas locais. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e a biodiversidade do nosso estado é um patrimônio coletivo que precisa ser protegido”, acrescenta Amarildo.

A estrutura da Suzano também inclui caminhões com capacidade de até 18 mil litros, caminhões-pipa, caminhonetes 4×4, kits de emergência e equipamentos de proteção individualposicionados em pontos estratégicos para atuação imediata. Ao todo, a Suzano mantém em Mato Grosso do Sul 1,136 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul, dos quais 327 mil hectares são destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade, que incluem áreas de proteção permanente e vegetação nativa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Feira alerta para desafio no abastecimento e aposta em tecnologia e novas espécies para o setor

A terceira edição da Espírito Madeira – Design de Origem promete reforçar ainda mais o papel estratégico da cadeia produtiva da madeira na economia capixaba. O evento, que acontece de 11 a 13 de setembro, em Venda Nova do Imigrante, nas Montanhas Capixabas, reunirá empresas, profissionais e especialistas de diversos estados brasileiros para discutir as inovações do setor madeireiro, apresentar novas tecnologias e fortalecer o diálogo entre design, arquitetura e indústria.

Segundo Paula Maciel, uma das organizadoras da Feira, o Espírito Santo vive um momento crucial para o futuro do setor. “Nós temos um desafio de abastecimento de madeira para indústria já a médio prazo. Estamos com sinal de alerta aceso de que precisamos começar plantios imediatamente para não termos problemas maiores daqui uns anos”, afirma.

Paula Maciel

Além de ser uma vitrine para as tendências em design e arquitetura, a Espírito Madeira deste ano traz um diferencial importante: a apresentação de equipamentos internacionais de alta tecnologia, vindos do Canadá e da China, voltados para serrarias e marcenarias. A proposta é elevar a produtividade do setor e oferecer aos expositores e visitantes soluções modernas para os desafios atuais da indústria da madeira. A presença desses equipamentos mostra a preocupação da organização em inserir o Espírito Santo em um contexto global de inovação industrial.

Outro destaque desta edição é a participação de vários estados brasileiros como expositores, o que amplia o potencial de networking e de troca de experiências entre os diferentes elos da cadeia produtiva. Serão apresentados módulos construtivos inovadores, que refletem a tendência mundial de construções mais limpas, ágeis e sustentáveis. “A madeira acaba estando presente, talvez não tanto na parte estrutural, mas como acabamento, no aconchego”, destaca Paula, ao comentar o papel versátil deste insumo renovável também nos projetos da construção civil moderna.

A Feira também reservará espaço especial para a apresentação de novas espécies de madeiras nativas e exóticas, disponíveis em volume suficiente para atender a demanda produtiva da indústria. O objetivo é aproximar arquitetos, designers e construtores desses materiais, ampliando o repertório de possibilidades para especificação em projetos de interiores e mobiliário. A iniciativa visa valorizar o uso consciente e qualificado das madeiras brasileiras, aliando inovação, design e sustentabilidade.

Com uma programação robusta e cheia de novidades, a Espírito Madeira- Design de Origem 2025 se consolida como um dos principais eventos do setor no país. Mais do que um espaço para negócios, a Feira se torna palco estratégico para a discussão de soluções sustentáveis e tecnológicas que vão definir os rumos do mercado madeireiro capixaba nos próximos anos.

“A economia capixaba depende desse insumo produtivo renovável e sustentável”, reforça Paula Maciel, sintetizando a importância desta cadeia produtiva para o presente e o futuro da região.

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

Sobre o MCC&VB- O Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau é uma Instância de Governança sem fins lucrativos que colabora para o desenvolvimento sustentável do turismo nos dez municípios da região associados: Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.

A entidade é mantida pela iniciativa pública (prefeituras, governo do Estado, através das secretarias de Turismo, no Governo Federal, com o Ministério de Turismo, Embratur/e órgãos do Sistema S) e privada, com a contribuição das mensalidades de associados e patrocínios. Foi constituída em 05 de maio de 2006, sob a forma de associação, e tem por objetivo a captação e geração de eventos de alcance regional, nacional e/ou internacional, o desenvolvimento do turismo nas suas diversas modalidades, a defesa e proteção do meio ambiente, do artesanato e do patrimônio cultural artístico, religioso, histórico e do turismo rural da Região Turística Montanhas Capixabas.

A missão do Convention está em consonância com o programa de Regionalização do Ministério do Turismo que visa descentralizar as ações e assim trabalhar os municípios com características similares de forma regionalizada, construindo um destino turístico com planejamento e organização. A atual diretoria conta com Valdeir Nunes (presidente), Ana Venturim Porto (vice-presidente de Administração e Finanças), Leandro Carnielli (vice-presidente de Relações Institucionais), Cláudio Chieppe (vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação) e Andreia Rosa (diretora executiva).

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“A taxação inviabiliza 100% da exportação da madeira de MT”

Segundo presidente do Cipem, mercado americano é responsável por 11% das exportações do setor

O presidente do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Ednei Blasius, afirmou que a tarifa de 50% aos produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos inviabilizará 100% das exportações de madeira de Mato Grosso para o país.

Uma taxação de 50% significa a total inviabilização desse produto, porque nem o cliente final americano e nem nós estávamos preparados

Segundo Blasius, o mercado americano é responsável por 11% das exportações do setor, só perdendo para a Índia. Mas os EUA compram produtos de alto padrão, com maior valor agregado, e as exportações vinham em uma crescente ano a ano. 

Agora, o clima entre os empresários do setor é de tensão, visto que o prazo para que os dois países entrem em um acordo está terminando e o prejuízo pode ser grande. 

“Quando tenho uma taxação de 50% significa a total inviabilização desse produto, porque nem o cliente final americano e nem nós estávamos preparados para absorver. Não temos margem para isso. É uma situação de total inviabilidade para o produto”, afirmou em entrevista ao MidiaNews.  

Na entrevista, Blasius falou também sobre como tem enxergado a reação do governo brasileiro ao ‘tarifaço’, extração ilegal de madeira no Estado, sua posição sobre o chamado ‘PL da Devastação’ e o risco de desemprego no setor madeireiro. 

Confira os principais trechos da entrevista (e a íntegra no vídeo ao final da matéria):

MidiaNews – Como o Cipem recebeu o anúncio de que os produtos brasileiros serão tarifados em 50%?

Ednei Blasius – O setor não estava preparado para receber uma notícia dessas, ainda mais uma taxação de 50%. Aquela primeira taxação, de 10%, já nos pegou de surpresa, mas de 50% nos pegou totalmente despreparados, deixando-nos muito preocupados. 

Hoje, o setor está, extremamente, preocupado, até porque o mercado americano é muito importante dentro dessa cadeia produtiva.  

MidiaNews – O senhor deve ter conversado bastante com empresários do setor nas últimas semanas. Qual o clima entre eles?

Ednei Blasius – O clima é de muita tensão, porque a cadeia produtiva da madeira tem um ciclo e ela tem toda uma relação de interdependência. 

Estamos no mês de julho, que é o mês que você tem o forte da colheita da madeira. Temos as indústrias que fazem o primeiro processo de corte, colhem a madeira do manejo florestal e transformam esse produto numa madeira serrada. E aí vem a segunda indústria, que trabalha com a exportação, pega essa madeira que está bruta, faz um processo de secagem, coloca numa linha de produção e transforma em produto acabado: deck, piso e diversos outros produtos de alto padrão, de alto valor agregado para o mercado americano e para outros mercados. 

Então, quando tenho uma taxação de 50% significa a total inviabilização desse produto, porque nem o cliente final americano e nem nós estávamos preparados para absorver e não temos margem para isso. Então é uma situação de total inviabilidade para o produto americano.  

MidiaNews – O senhor está dizendo que com o tarifaço, 100% dos produtos ficaram inviáveis para exportação aos EUA?

Ednei Blasius – Nas condições que temos organizadas de linha de produção, de tipo de produto, de valor de comercialização, de custo operacional, de custo de logística, custo alfandegário, inviabiliza 100% para os Estados Unidos.  

Nas condições que temos de linha de produção, de tipo de produto, de valor de comercialização, de custo operacional, de custo de logística, custo alfandegário, inviabiliza 100%

O desafio que temos é tentar buscar novos mercados. O fato é que não estamos preparados, neste momento, para realocar esse volume. Aqui em Mato Grosso, o principal mercado comprador de madeira é a Índia, porém ela compra basicamente madeira de reflorestamento, a espécie Teca, e em segundo vem o mercado americano, que tem mais de 11% do nosso mercado. 

E detalhe, o mercado americano tem medidas específicas, muito dos produtos que vão para o mercado americano não se encaixam nem no mercado brasileiro e nem no mercado europeu. É uma série de desafios que vamos ter que tentar superar.

Temos estoques prontos, produtos nos portos, produtos cortados, já brutos, produtos de madeira sendo secados, linha de produto acabado, então é uma série de produtos e de estoque que você vai organizando ao longo de um ciclo de produção voltado para o mercado americano. 

MidiaNews – Acha que essa adaptação levaria mais ou menos quanto tempo?

Ednei Blasius – Já vínhamos trabalhando na abertura de novos mercados à frente do Cipem há mais de dois anos, bastante tempo. Abrindo mercado europeu, mercado asiático, do Oriente Médio e o mercado americano também vinha dando sinal de crescimento. 

No ano passado, tínhamos exportado apenas 12 milhões de dólares, é um número muito pequeno. Esse ano já estávamos com um número de U$S 8,6 milhões. Tínhamos previsão de chegar a mais de U$S 20 milhões e mesmo assim seria um número muito pequeno dado a capacidade do setor florestal de Mato Grosso. 

Temos condições de sermos muito maior do que isso, porque aqui trabalhamos com mais de 40 espécies de madeira. Uma parte dessas madeiras alocamos no mercado nacional, vendemos para mais de 10 estados brasileiros, sendo o Sudeste como o principal comprador, e outra parte é direcionada para exportação. E aí, acessamos um pouco do mercado europeu, que é muito forte, do mercado chinês, que compra muito, mas compra barato e o mercado americano que compra muito produto. 

MidiaNews – O que dá para fazer em termos de reorganização da produção? 

Ednei Blasius – Após a colheita, a madeira é transportada para uma primeira indústria madeireira que faz a separação de espécies para o mercado interno e as que vão ser destinadas para exportação. E aí você faz a primeira serragem nas medidas que você tem contrato de exportação. 

Então se eu tenho contrato de exportação americano, eu vou cortar essa madeira bruta para ser finalizada para um produto americano. Diferentemente se eu for trabalhar para um produto europeu. As medidas são diferentes, eu não tenho um padrão, no mercado brasileiro nós trabalhamos com meio metro, já no mercado internacional a madeira medida em pés.

É uma série de detalhes que tem que redesenhar. Agora isso tem que servir de lição para nós, para fortalecer e buscar cada vez mais a abertura de novos mercados. Nós temos qualidade, temos diversidade e temos empresas organizadas, temos que investir em boas políticas de abertura de mercado para fortalecer e não ficar somente amarrado em um único mercado.

Vai demorar um pouco, não é rápido você reorganizar um layout. Nós temos indústrias aqui que tem até quatro linhas de produção totalmente organizadas e montadas com máquina, pessoas e recursos humanos para fabricar um produto americano, e o mercado americano é o principal comprador de produto de alto valor agregado. É um desafio, a taxação é algo que impacta bastante o nosso setor.  

MidiaNews – Mato Grosso tem estoque que será perdido caso comece a taxação em 1º de agosto? 

Ednei Blasius – Temos muito estoque. Temos uma vantagem em relação a outros segmentos, como a carne, que é um produto perecível. A madeira, depois que passa no processo e se armazenar dentro do barracão, não perde. 

O empresário não tem condição de suportar esse custo. Estamos com mais de 400 contêineres já travados

Porém, há uma perda financeira. O empresário não tem condição de suportar esse custo. Estamos com mais de 400 contêineres já travados dentro do levantamento prévio que fizemos da semana passada para cá. É muita madeira. 

O empresário exportador já se organiza com estoque de dois anos ou três anos e isso tudo tem um custo. Na maioria das vezes, como as nossas margens estão muito apertadas, o exportador busca um crédito nos bancos, como o ACC [Atividades Acadêmicas Complementares], que é um crédito especial que você pega em dólar para poder custear a exportação. 

Se eu não consigo vender esse produto e até me reorganizar para outra linha, para outro mercado, demanda tempo, não é da noite para o dia. Porém, se começo a forçar a venda, o mercado entende que você está tendo um excesso de oferta e vai jogar o preço do produto para baixo.

Isso inviabiliza totalmente uma margem de lucro pelo excesso de volume. Os outros mercados hoje neste momento não têm condição de comprar todo esse produto e nem o mercado nacional. Acho que o grande caminho hoje é tentar buscar uma solução [junto aos EUA].

Nós temos que ser céleres e tentar resolver isso o mais rápido possível para que não perca espaço para outros países, pois temos concorrentes que também produzem madeira similar a do Mato Grosso e do Brasil. O Peru produz muita madeira e vende para o mercado americano, o continente africano também. Então, temos outros países concorrentes e com muito menos burocracia, fora a taxação.   

MidiaNews – Sabe quantas pessoas o setor madeireiro emprega hoje no estado? 

Ednei Blasius – Hoje, temos aproximadamente 20 mil empregos de carteira assinada dentro das indústrias madeireiras, fora os indiretos. E estamos presentes em mais de 60 municípios. Em alguns deles, a principal fonte de geração de emprego e de receita é o setor florestal, como Colniza, Nova Bandeirantes, Apiacás e Nova Monte Verde.

Então, temos várias regiões com economia muito forte dependente da madeira. O setor em si vai sentir demais, vai ser impactado. 

Vamos ver o que vai acontecer nesses próximos capítulos, se o Trump vai manter essa taxação ou não. Temos conversado bastante, também, com as organizações, com as entidades, com a Federação das Indústrias, com o setor organizado para tentar buscar um suporte. A minha preocupação enquanto presidente do Cipem é que essas outras cadeias produtivas, que têm mais estrutura política, comecem a desenvolver acordos paralelos e a gente ficar para trás.

Então, estamos correndo atrás, todo dia conversando, dialogando, tentando construir abertura e também se organizando. O setor não está parado.

Tem indústrias se planejando, pensando em pegar e levar o produto daqui de Mato Grosso para o Paraguai e exportar pelo Paraguai, porque tem isenção. Isso é péssimo para o Estado, péssimo para economia estadual, péssimo para o setor florestal.

MidiaNews – E o risco do desemprego, é muito alto?

Ednei Blasius – O risco de desemprego é uma realidade iminente, com certeza. Porque se eu não conseguir gerar receita, faturamento, organização suficiente para poder manter essas indústrias de exportação, vamos ter dificuldade. O coração de qualquer indústria é o faturamento e a geração de receita. Então, só consigo manter uma empresa ativa se tenho receita. 

Se chegar no momento que não conseguirmos gerar receita suficiente, com certeza teremos que readequar isso, mas a situação de demissão é o último processo.

Estamos fazendo todo o mapeamento, tentando nos reorganizar, trabalhando firme junto com a federação, junto com as entidades, para fortalecer e buscar novos mercados de forma urgente. Agora, se o mercado pressionar demais para baixo, vai inviabilizar.

O grande desafio que estamos vivendo é a polarização política. Na verdade, está tendo uma polarização de extrema esquerda com extrema direita. No meio desse cenário econômico, tem um cenário político muito tendencioso e muito perigoso para o Brasil e para o setor econômico e nós, do setor madeireiro, estamos no meio desse processo.

MidiaNews – Segundo dados, no primeiro semestre de 2025 houve um aumento de 25% nas receitas de exportações do setor madeireiro para os Estados Unidos.  A que se deveu esse aumento?

Ednei Blasius – Esse volume foi pelo trabalho que viemos fazendo há bastante tempo. Investimos muito em divulgação, em mídia e marketing, vendendo o produto mato-grossense. Hoje, os mercados conhecem muito bem a qualidade que temos.

Investimos no sistema de rastreabilidade de ponta a ponta. Hoje, conseguimos saber a localização exata de uma árvore no dia que ela foi colhida. Toda cadeia é de ponta e isso dá muito segurança para o mercado e para o cliente na hora dele comprar um produto mato-grossense.

Ele tem a certeza que está comprando um produto com qualidade, com legalidade, com rastreabilidade, com sustentabilidade, isso já é um diferencial. O mercado europeu se preocupa com toda a questão ambiental e fazemos isso muito bem feito em dia no estado. 

E já temos mais de 5 milhões de hectares de áreas manejadas no estado, é muita área conservada, diferentemente dos outros estados como Pará, Rondônia e Amazonas que produzem madeira e têm concessões florestais. 

MidiaNews – Observando essa taxação americana por um olhar político, de quem acha que foi a culpa por essa decisão do Trump?  

Ednei Blasius – Para mim tem uma série de culpados. Essa polarização de ‘extrema esquerda’ com extrema direita, essa situação do filho do Bolsonaro com o próprio Trump, depois o Lula que é um Governo Federal que não tem diálogo com os outros governos, uma fala ‘desorganizada’ lá no BRICS, uma série de fatores que foram criando esse cenário e acaba que um fica alimentando o outro. 

E aí não é esse o caminho que precisamos, porque o governo brasileiro precisa do governo americano e vice-versa. É interessante para a economia americana negociar com a economia brasileira e vice-versa. É uma relação de mão dupla. 

É totalmente interessante mantermos a relação comercial, seja na madeira, na carne, no suco de laranja, nas fábricas de móveis lá no sul. Extremismo tem atrapalhado muito. Tinha que parar de discutir polarização para discutir políticas públicas. 

E o Lula está aproveitando isso muito bem. Na minha visão, o Governo Federal não está com vontade de solucionar problema, ele está usando essa jogada de taxação do Trump para criar palco político, o Lula está adorando isso. Neste momento, não consigo ver o nosso líder principal, o presidente do Brasil, preocupado em buscar a solução.

Estou vendo o Lula aproveitando muito bem essa situação para fazer crescimento político pessoal. Estamos com um rombo fiscal gigantesco a nível de Brasil, um governo federal que tem entre secretarias e ministérios, 39, um custo absurdo e você não vê nenhuma possibilidade de solução neste momento. O Governo Federal hoje está perdido e o Lula está aproveitando esse cenário, toda essa situação de taxação do Trump para poder se favorecer politicamente e estão esquecendo de discutir o Brasil. 

MidiaNews –  Como empresário, como tem enxergado a reação do governo brasileiro? 

Ednei Blasius –  As atitudes do governo Lula deixam claro que ele tá utilizando isso 100% pra benefício político. O Lula não está nem um pouco preocupado em solucionar esse problema.

Ele vai tirar o máximo de proveito possível dessa taxação do Trump, de intervenção dos Estados Unidos na economia brasileira, mas cadê os representantes do governo brasileiro indo a fundo para iniciar um processo de discussão, sentando na mesa?

Cadê as nossas representantes internacionais? Precisamos que o nosso representante faça a lição de casa e que não fique focado somente na política, mas que realmente pense no Brasil.  É uma cabeça totalmente voltada para esquerda, combatendo a direita e não é esse o caminho. Na verdade, nós temos que aumentar a demanda do Brasil, buscar novos mercados, ou seja, fortalecer a economia.

MidiaNews – Acha que sem anistia aos acusados de golpe, não haverá solução para o Brasil?

Ednei Blasius – Eu acredito que [a anistia] seria uma solução. A família Bolsonaro tem um bom diálogo, uma amizade muito próxima com o governo Trump. Então, vejo que se hoje tivesse uma anistia e uma revogação [de decisões do STF], com certeza o Trump voltaria atrás.

Acredito que uma anistia e uma reorganização disso tudo apaziguaria bastante. Mas não vejo o Governo Federal ou o STF querendo fazer isso, não vejo uma solução tão cedo.

Estamos tendo uma mistura de poderes, de ideologias e é um cenário muito estranho a nível de Brasil. Acho que essa situação da anistia seria um dos passos. Não sei se é o único, mas acho que uma possível solução.  

MidiaNews – Mato Grosso sempre teve muitos problemas com extração ilegal de madeira, algo que já foi até investigado em inúmeras operações policiais. Esse problema ainda persiste?

Ednei Blasius –  Hoje não. Hoje o setor florestal é extremamente organizado, temos um sistema de monitoramento de ponta e em tempo real. Se você corta uma árvore fora do manejo florestal ou uma árvore errada o sistema detecta basicamente em tempo real.

Hoje o setor florestal é extremamente organizado, temos um sistema de monitoramento de ponta e em tempo real

E hoje toda a madeira tem uma cadeia de ponta, consigo saber a localização, a hora e dia, de quem é que cortou uma madeira no manejo florestal com o celular hoje.

É um trabalho que vem sendo feito há muito tempo e por muitas mãos. É o Cipem discutindo isso com a Sema, Sema discutindo junto com o MPE. Hoje somos referência tendo o melhor sistema de rastreabilidade de madeira do mundo. 

MidiaNews – Acha que existe preconceito e falta de informações sobre a indústria madeireira por ter sido associada a desmatamento? 

Ednei Blasius – Ainda tem um preconceito, mas esse índice abaixou bastante. Foi investido bastante para desmitificar.

Antigamente toda vez que aparecia uma notícia de um desmatamento ilegal, aparecia um caminhão de tora. E aí fomos mostrando que não temos nada a ver com desmatamento ilegal, o nosso setor precisa da floresta em pé. A nossa principal fonte de receita é através do manejo florestal sustentável que é feito na área de reserva legal.  

Com toda a documentação legal, se você for cultivar, só pode desmatar 20%. Os outros 80%, que é a área de reserva legal, tem que manter em pé e a única atividade que podemos fazer nesses 80% é o plano de manejo de florestal sustentável.

MidiaNews – Recentemente, o Congresso aprovou um projeto de lei com algumas mudanças na legislação ambiental. A medida foi alvo de críticas, principalmente de ambientalistas, que apelidaram o projeto de ‘PL da Devastação’. Mas muita gente do setor produtivo elogiou e o senhor também. Por que essa nova legislação é importante?

Ednei Blasius –  Tínhamos mais de 127 mil normas e regras, era um absurdo. Hoje, um empresário que quer fazer o cadastro ambiental rural no estado demora mais de um ano e não é aprovado. Não é só aqui no estado, é no Brasil inteiro. 

Não somos contra o processo de licenciamento, tem que ter todo o controle, agora o que não pode é, através desse excesso de burocracia, travar o desenvolvimento de um setor, de um estado, ou de um país.

Esse processo foi muito bem discutido e, logicamente, os ambientalistas vão ser 100% contra. Entendo que o setor produtivo ganhou muito com essa organização e que é um avanço grande dentro do setor, porque vou pegar um processo de licenciamento gigantesco, com inúmeras regras desnecessárias, e colocar com mais clareza e de modo mais simplificado. O Brasil não vai avançar com esse emaranhado de legislislação que trava o setor.

MidiaNews – Então, não tem nada de ‘PL da Devastação’?

Ednei Blasius – Não tem. Vai ter um processo de licenciamento simplificado, mas é um outro caso autodeclaratório, mas são casos bem específicos.

O que não pode é, através desse excesso de burocracia, travar o desenvolvimento de um setor, de um estado, ou de um país

Hoje, demora 14 a 15 meses para obter um documento simples. Uma dispensa de outorga, de água, demora seis meses ou mais para conseguir. Então, são situações que realmente a gente precisa mudar dentro do país. Nós entendemos que esse PL vai ajudar muito o Brasil e o setor florestal.

MidiaNews –  Se o senhor pudesse fazer um apelo para a classe política em Brasília sobre a taxação, o que falaria?

Ednei Blasius – Pediria que analisassem essa situação do Brasil sem ideologia política, de forma apartidária, e realmente se reunissem todos e pensassem num país unido, que buscassem uma solução para colocar o Brasil no eixo da produtividade.

Colocar o Brasil para desenvolver a relação comercial com os Estados Unidos. Quem está na base somos nós brasileiros e aqui não tem direita ou esquerda. Aqui temos pessoas que precisam de política pública adequada, organizada, que gere emprego, que gere riqueza para o nosso país e para o nosso estado.

MidiaNews – O Cipem andou se queixando sobre a liberação de planos de manejo por parte do Ibama para algumas espécies. O que estava ocorrendo?  

Ednei Blasius – O Cipem é o Centro das Indústrias Produtora e Exportadora de Madeira do Estado de Mato Grosso. Então, todo setor florestal é acobertado pelo Cipem e é formado por oito sindicatos patronais. Temos base em todo estado.

O Cipem faz esse trabalho de captar as demandas, buscar soluções, buscar desenvolver políticas públicas, criar diálogo com os órgãos estaduais e até mesmo federais para melhorar o setor produtivo com sustentabilidade, com legalidade, com rastreabilidade. E aí nós temos toda uma diretoria organizada que pensa nisso.

Todas as demandas que tem no setor florestal é o Cipem quem cuida.Nós temos hoje próximo de 600 indústrias associadas e fazemos parte da Federação das Indústrias. Nós temos 8 votos dentro da Federação das Indústrias e uma forte atuação, não somos a principal economia dentro da Federação, mas a nível de representatividade somos muito fortes. 

Informações: MídiaNews.

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Novo aplicativo facilita o acesso a informações sobre integração lavoura-pecuária-floresta

Está disponível para acesso gratuito nas plataformas Apple Store e Google Play o aplicativo móvel Responde ILPF, ferramenta desenvolvida para facilitar a consulta a informações técnicas sobre os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O app apresenta uma interface intuitiva, na forma de perguntas e respostas, e fornece orientações que vão desde os fundamentos e benefícios dos sistemas integrados até instruções práticas para sua implementação no campo, incluindo também recomendações adaptadas a diferentes regiões e tipos de produção.

Oferecido pela Rede ILPF, o aplicativo utiliza como fonte de informações a publicação “Integração lavoura-pecuária-floresta: o produtor pergunta, a Embrapa responde”, da Coleção 500 Perguntas, 500 Respostas, integrada à ferramenta por meio de uma API. “Com informações técnicas confiáveis e de fácil acesso, o app vem para auxiliar no planejamento e na gestão sustentável das propriedades agrícolas que já trabalham ou estão dando arranque à estratégia de ILPF. Também auxilia na capacitação de técnicos e produtores rurais, democratizando o conhecimento sobre sistemas integrados”, ressalta Francisco Matturro, presidente-executivo da Rede ILPF.

A novidade é resultado do projeto “Plataforma Web ILPF digital: sistema de informação para o fomento de sistemas ILPF”, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente em parceria com a Embrapa Agricultura Digital e apoio da Rede ILPF que visa ampliar o acesso qualificado ao conhecimento sobre essa estratégia de uso da terra, considerada essencial para a agricultura sustentável no Brasil. A iniciativa vem sendo estruturada por meio da Câmara Temática de Agricultura Digital, a qual tem induzido a transformação digital da Rede ILPF.

Para o pesquisador Ladislau Skorupa, da Embrapa Meio Ambiente, o aplicativo móvel representa uma alternativa prática para quem busca informações confiáveis. “Embora haja muitos materiais disponíveis sobre ILPF, o app concentra o que é mais relevante, com acesso direto e gratuito via celular”, afirma. O público-alvo inclui produtores rurais, consultores, técnicos, estudantes e empreendedores do setor agropecuário.

A iniciativa, segundo Francisco Matturro, aproxima a pesquisa do campo, fortalecendo a agricultura sustentável no Brasil. “Sua importância se destaca na disseminação de boas práticas, na democratização da inclusão digital, incentivando a adoção da ILPF como modelo de produção eficiente, ecologicamente equilibrado e que gera emprego e renda, e consequentemente desenvolvimento socioeconômico”, completa.

API Responde Agro

O funcionamento do aplicativo Responde ILPF está baseado numa tecnologia lançada pela Embrapa neste ano: a API Responde Agro. Glauber José Vaz, da Embrapa Agricultura Digital e responsável pela API, explica que ela permite o desenvolvimento de mecanismos de busca personalizados para o conteúdo da Coleção 500 Perguntas 500 Respostas, cujas obras são elaboradas a partir de questões formuladas por produtores e respondidas pelos pesquisadores.

A integração dessas informações com os sistemas web ou aplicativos acontece por meio de uma Interface de Programação de Aplicações, ou API, na sigla em inglês. A Plataforma Ater+ Digital é outro exemplo de ferramenta disponível ao público que também utiliza a API Responde Agro.

Desenvolvedores, empresas de tecnologia, startups, instituições públicas e privadas que queiram utilizar a ferramenta em suas próprias soluções digitais podem acessar a API Responde Agro por meio da Plataforma AgroAPI, que reúne também APIs com dados e modelos diversos gerados pela Embrapa de interesse do mercado de tecnologia voltado à agropecuária. Para saber mais, acesse www.embrapa.br/agroapi.

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Setor madeireiro se manifesta sobre tarifas de 50% dos EUA

Instituições brasileiras têm manifestado preocupação com a política tarifária dos Estados Unidos. A ABIMCI, entidade representativa dos setores de madeira processada e de base florestal, afirmou que a negociação deve ser tratada com prioridade pelo governo. O setor madeireiro emprega 180 mil trabalhadores e exporta metade da sua produção para os EUA, e já vem sentindo os efeitos do tarifaço. Foram anunciadas férias coletivas e também demissões. 

Parceria comercial

Empresas brasileiras geraram 2.500 empregos nos Estados Unidos, de acordo com números oficiais do próprio governo americano. E no Brasil, um mapeamento feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aponta que 3.600 empresas norte-americanas têm investido aqui no Brasil e que 3.000 empresas brasileiras investem nos Estados Unidos. Os investimentos brasileiros nos EUA somaram US$ 22 bilhões ao longo de 2024, um aumento de 52% ao longo dos últimos dez anos. Já os investimentos norte-americanos no Brasil foram de US$ 358 bilhões em 2024. Uma alta de 228% nos últimos dez anos. 

Informações: TVBrasil.

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Cultivo de pupunha para palmito movimenta R$ 21 milhões e gera renda sustentável no litoral do Paraná

Técnica com boas práticas de manejo fortalece agricultura familiar, gera empregos e substitui o extrativismo do palmito juçara

A adoção de tecnologias e boas práticas de manejo no cultivo de pupunha para produção de palmito está transformando a economia do litoral do Paraná. De acordo com levantamento da Embrapa Florestas e do IDR-Paraná, o sistema produtivo gerou impacto econômico de R$ 20,9 milhões em 2024, envolvendo 3.200 hectares cultivados e cerca de 1.200 agricultores familiares distribuídos em sete municípios da região. Criado a partir dos anos 2000, o modelo substituiu a exploração extrativista do palmito juçara por um cultivo sustentável, que hoje abastece agroindústrias e garante renda a centenas de famílias.

O Valor Bruto da Produção (VBP) saltou de R$ 480 mil em 2001 para R$ 65 milhões em 2024 no campo, chegando a R$ 190 milhões com o valor agregado pela agroindústria. O agrônomo e supervisor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas, Emiliano Santarosa, destaca a importância dessa cadeia para a agricultura familiar no litoral paranaense

Com alta adaptação às condições de clima e solo da região, a pupunheira também garante produtividade e qualidade ao produto final, desde que sejam aplicadas as práticas adequadas de manejo. Emiliano Santarosa, sobre a adaptação da pupunha às condições de cultivo e os benefícios para a região litorânea

Atualmente, 13 agroindústrias processam palmito de pupunha no litoral do Paraná, garantindo cerca de 1.600 empregos diretos e fortalecendo toda a cadeia produtiva, incluindo transporte e comercialização.

Informações: AERP.

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Exclusiva – Tecnologia florestal e soluções sustentáveis: conheça os produtos da Aperam BioEnergia

A Aperam BioEnergia acaba de lançar uma nova página comercial dedicada a apresentar seu portfólio de produtos focados em energia renovável, produção florestal responsável e tecnologia industrial sustentável. Clientes, parceiros e interessados agora podem acessar, de forma prática e rápida, as principais informações sobre as soluções da empresa no site aperambioenergia.com.br/institucional/produtos.

A página reúne descrições detalhadas sobre o carvão vegetal de alta performance, mudas clonais de eucalipto,  bio-óleo – combustível 100% ecológico, e  biochar, biomassa que contribui para a melhoria do solo e o sequestro carbono da atmosfera. A página também apresenta soluções desenvolvidas pela empresa nas áreas de tecnologia industrial e melhoramento genético, reforçando o compromisso da Aperam BioEnergia com a inovação e a sustentabilidade em todas as etapas da sua cadeia produtiva.

A iniciativa foi desenvolvida para facilitar o acesso às informações comerciais, atendendo desde grandes clientes industriais até pequenos produtores. O site oferece uma navegação simples e intuitiva, com canais diretos para contato com o time comercial e detalhes sobre as condições de venda.

Inovação e sustentabilidade

A Aperam BioEnergia é líder em desenvolvimento de novas tecnologias. Desde a fase do melhoramento genético das mudas à carbonização da madeira, para a produção do carvão vegetal, são adotadas práticas totalmente sustentáveis que vão muito além das tradicionais, visando a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. 

Conheça os produtos e soluções da empresa:

Carvão vegetal: 100% renovável, com alto poder calorífico, utilizado como insumo na produção do Aço Verde Aperam.

Mudas de eucalipto: apresentam alto desempenho, resistência a pragas e doenças e excelente adaptação a diferentes condições do solo e clima.

Tecnologia genética: envolvem pesquisa, seleção e melhoramento genético de eucalipto para garantir produtividade florestal sustentável.

Bio-óleo: combustível 100% ecológico obtido a partir da carbonização da madeira. É uma alternativa renovável ao óleo combustível tradicional.

Tecnologia industrial: soluções de engenharia a favor da melhoria, mecanização e automação de processos.

Biochar: pode ser utilizado como condicionador de solo, contribuindo para o sequestro de carbono e a regeneração agrícola de áreas degradadas.

Para mais informações, acesse: aperambioenergia.com.br/institucional/produtos

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Coalizão Brasileira pela Bioeconomia destina US$ 2.6 bilhões para florestas e projetos liderados por povos indígenas

Os membros da Coalizão Financeira para a Restauração e a Bioeconomia do Brasil (BRB Finance Coalition) comprometeram coletivamente US$ 2.6 bilhões para a restauração florestal e a bioeconomia — mais de um quarto da meta de US$ 10 bilhões do grupo para 2030.

A Coalizão, lançada durante a Cúpula do G20 no Brasil em novembro de 2024, reúne 23 líderes dos setores público e privado para financiar projetos de larga escala que promovam uma economia de baixo carbono e positiva para a natureza em todo o Brasil, com forte foco na Amazônia.

Esses compromissos iniciais já estão apoiando esforços para restaurar ou proteger dois milhões de hectares de florestas em todos os biomas brasileiros.

A Coalizão Financeira BRB é uma demonstração poderosa do potencial do Brasil para liderar uma nova era de financiamento climático e restauração florestal,” disse Mauricio Bianco, vice-presidente da Conservation International no Brasil.

Estudo destaca oportunidades de investimento indígenas e locais

Coincidindo com o marco, a Coalizão BRB divulgou um novo estudo — Mapeamento de Povos Indígenas e Populações Tradicionais, Fundos Comunitários e Organizações Facilitadoras — para ajudar os investidores a direcionar capital para projetos de bioeconomia de alto impacto liderados pela comunidade.

O estudo identificou 37 organizações, principalmente na Amazônia, com necessidades de investimento que variam de R$ 100,000 mil a R$ 300 milhões. Essas iniciativas, muitas delas lideradas por comunidades indígenas e tradicionais, demonstram potencial para capturar até 2 toneladas de CO₂ por hectare por ano.

Apesar do seu impacto climático e social, estes projetos continuam subfinanciados. O relatório recomenda:

• Fortalecimento dos fundos comunitários
• Estabelecimento de linhas de financiamento de longo prazo
• Integração de empresas comunitárias em estratégias de financiamento climático

Os objetivos mais amplos da Coalizão incluem:

  • Restaurando e conservando 5 milhões de hectares de florestas
  • Lançamento de soluções baseadas na natureza para capturar 1 gigatonelada de CO₂ até 2050
  • Direcionar US$ 500 milhões para iniciativas indígenas e comunitárias locais

O impulso vem antes da COP30 em Belém, onde o Brasil estará no centro das atenções globais pela liderança em natureza e clima.

Informações: ESG News.

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FS acelera expansão com nova usina de R$ 2 bilhões no Mato Grosso

Alavancagem controlada e novo impulso do etanol na gasolina pavimentam o caminho para a expansão da FS em Campo Novo do Parecis

A FS Fueling Sustainability, segunda maior produtora de etanol de milho do Brasil, anunciou nesta quinta-feira (24/7) um investimento de R$ 2 bilhões para a construção de sua quarta usina de biocombustível em Campo Novo do Parecis (MT). Essa decisão marca a retomada do plano de crescimento da empresa após três anos de pausa.

A paralisação se deu por conta de um período de aperto financeiro e alto endividamento, resultado dos investimentos iniciais e da redução da geração de caixa. A alavancagem da FS, que chegou a 7,39 vezes no primeiro trimestre da safra 2024/25, caiu significativamente para 2,52 vezes ao final do mesmo ciclo, impulsionada pela recuperação dos preços do etanol e aumento das vendas. Com a situação financeira controlada, a empresa está pronta para expandir novamente.

Com as finanças mais equilibradas e uma perspectiva de aumento da demanda, assegurada pelo aumento da mistura de etanol anidro à gasolina, a companhia entendeu que era a hora de retirar seus planos de crescimento da gaveta.

As obras começaram em junho e deverão ser concluídas em dezembro de 2026. A nova unidade terá capacidade para produzir, anualmente, 540 milhões de litros de etanol, 350 mil toneladas de DDG e DDGS, coprodutos para nutrição animal, 69 mil toneladas de óleo de milho e 56 mil megawatts-hora (MWh) de energia.

Segundo o CEO da FS, Rafael Abud, “a decisão pelo investimento na planta de Campo Novo do Parecis foi potencializada pela aprovação do projeto Combustível do Futuro, que resultou no E30 e, em breve, permitirá o E35”. A nova mistura de 30% do etanol anidro na gasolina passará a valer a partir de 1º de agosto. Atualmente, a proporção é de 27%.

Seu perfil de crédito, porém, ainda não a permite ter acesso às linhas mais baratas. Em sua última revisão de rating, no último dia 1º de julho, a agência Moody’s reafirmou a nota ‘AA-.br’ na escala nacional e ‘Ba3’ na escala global, mas com perspectiva negativa, dado o ambiente macroeconômico, com “inflação persistente e taxas de juros elevadas”.

Na avaliação da Moody’s, apesar da desalavancagem, a FS ainda tem um nível de cobertura de juros “pressionado”, e “novas captações no mercado doméstico estarão sujeitas a um custo de dívida mais elevado”. A cobertura de juros (Ebit menos despesa com juros) na safra passada ficou em 1,7 vez — em geral, considera-se no mercado que a empresa tem ganhos suficientes para cobrir as despesas com juros quando esse indicador está acima de 2 vezes.

Marcelo Schmid, sócio diretor do Grupo Index, destaca a relevância do investimento da FS Fueling Sustainability: “(…) A ‘bomba’ hoje não vem da celulose. A notícia bombástica vem daquele segmento que eu tenho chamado em meus textos de ‘setor florestal de base não florestal’. Segundo a matéria publicada pelo portal Globo Rural, a FS Fueling Sustainability, maior produtora de etanol de milho do Brasil, acaba de anunciar um investimento de R$ 2 bilhões para a construção de sua quarta fábrica, localizada em Campo Novo dos Parecis, Mato Grosso. (…) Segundo Daniel Lopes, EVP da empresa, a iniciativa permitirá ao Brasil continuar seu papel de liderança na transição energética e descarbonização da economia. A indústria de celulose é o alicerce do setor de base florestal brasileiro e eu torço para que continue a crescer. Porém, é muito saudável para a dinâmica do setor ver novos segmentos se desenvolvendo e gerando mais oportunidades dentro da cadeia produtiva florestal. Mesmo que não sejam segmentos de base florestal!”

Com a construção da nova unidade, o valor do investimento aumentará significativamente as despesas de capital da FS nesta safra. Na temporada passada, a companhia desembolsou R$ 370,9 milhões de capex de expansão, referente a pequenas melhorias de capacidade das usinas já existentes. Com esses gastos, a companhia teve um fluxo de caixa operacional líquido de capex de R$ 1,32 bilhão.

Procurada sobre como financiará o investimento e quanto espera de retorno, a empresa não retornou.

O plano de crescimento da FS contempla ainda uma quinta unidade em Querência (MT), onde a empresa já iniciou trabalhos de preparação, como terraplanagem e infraestrutura básica.

Com informações: Globo Rural.

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MS terá R$ 21,9 milhões em compensação ambiental pela construção da Arauco em Inocência

A construção da linha 1 da fábrica de celulose chilena Arauco, no município de Inocência, distante 330 km de Campo Grande, garantirá ao Governo de Mato Grosso do Sul um valor de compensação ambiental de pouco mais de R$ 21,9 milhões, de acordo com o extrato do termo de compromisso, divulgado nesta sexta-feira (25).

As partes envolvidas são o Imasul (Instituto de Meio Ambiente) e a Arauco Celulose do Brasil.

Portanto, a execução da Medida Compensatória acontece em decorrência da atividade de fabricação de celulose e outras pastas para fabricação de papel da Linha 1 da fábrica de celulose branqueada de eucalipto no município de Inocência.

Nesta etapa, a fábrica terá capacidade total de 3.800.000 t/ano de produção, fundamentado em EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental), consoante ao licenciamento ambiental de que trata o Processo de Licença de Instalação.

Contudo, o valor de referência da implantação da linha 1 é de R$ 2.511.014.395,63 (dois bilhões quinhentos e onze milhões e quatorze mil e trezentos e noventa e cinco reais e sessenta e três centavos).

O grau de impacto ao ambiente no município é 0,873%, sendo o valor da compensação ambiental determinado em R$ 21.921.155,67, o que corresponde a 417.864,20 Uferms, considerando o valor de cada unidade referente ao mês de abril deste ano é de R$ 52,46.

Assim, a vigência do extrato do termo de compromisso é de 48 meses. Assinam o termo o diretor-presidente do Imasul, André Borges de Araújo, e o presidente da Arauco no Brasil, Carlos Alberto Altimiras Ceardi.

Ao Jornal Midiamax, André Borges explicou que o cálculo é feito em cima do grau de impacto que a fábrica pode ocasionar ao meio ambiente. “O valor é depositado em uma conta criada pelo Imasul correspondente à fábrica e depois, investido em unidades de conservação impactadas, mas não necessariamente em Inocência, por exemplo”.

Arauco em Inocência

O empreendimento representa a quinta planta de celulose em operação ou em construção no Mato Grosso do Sul, que se consolida como um dos maiores polos do setor no país — o chamado Vale da Celulose.

Com investimento previsto de US$ 4,6 bilhões, o projeto da Arauco tem expectativa de gerar 6 mil empregos permanentes e empregar até 14 mil pessoas no pico da obra, previsto para o final deste ano.

A nova fábrica terá capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas por ano de celulose branqueada e deverá estar em operação até 2028. A projeção é que a instalação do empreendimento mais que triplique o PIB do município de Inocência.

Informações: MídiaMax | Imagem destaque: Inocência (MS) – Créditos: Chico Ribeiro.

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