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Após 13 anos, Cota de Reserva Ambiental vai começar a vigorar no país

Serviço Florestal prepara a emissão das primeiras CRA em reservas particulares do RJ. Instrumento é visto como essencial para regularização ambiental no país

O Serviço Florestal Brasileiro se prepara para emitir as primeiras Cotas de Reserva Ambiental (CRA) do país, após 13 anos desde sua instituição, no Código Florestal de 2012. A fase inicial acontecerá em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) do Rio de Janeiro.

A Cota de Reserva Ambiental é um título que representa 1 hectare de vegetação nativa existente ou em recuperação. Ela é considerada um instrumento essencial para alavancar os processos de regularização ambiental no país, por poder ser comercializada entre proprietários com excedentes de Reserva Legal e aqueles que possuem passivos.

Segundo o Serviço Florestal (SFB), existem atualmente 33,7 milhões de hectares em passivos de Reserva Legal declarados no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar). Destes, a estimativa é que 17 milhões de hectares possam ser compensados por instrumentos como o CRA.

“O CRA representa uma linha de chegada da regularização ambiental para imóveis rurais. É um mecanismo simples, transparente e que acelera a compensação de Reservas Legais em todo o país”, diz Gabriel Lui, coordenador do SFB.

As primeiras Cotas de Reserva Ambiental do Brasil serão emitidas sobre áreas de vegetação nativa preservada em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do estado do Rio de Janeiro, em uma estratégia piloto que permitirá avaliar o funcionamento do mecanismo para seguir com a expansão para outros estados.

O SFB, órgão que vai gerir as emissões da CRA, tem trabalhado nos últimos meses em parceria com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) no desenvolvimento de novos módulos do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) para gerir a emissão, transação e monitoramento das CRAs, bem como na definição de prioridades e padronização de procedimentos para a geração dos primeiros títulos. A expectativa é que as primeiras CRA sejam geradas até novembro.

“A expectativa não se deve apenas à possibilidade de seu uso para compensação de reserva legal, mas ao desenho de um mercado ambiental capaz de dar valor econômico à conservação. (…) Em termos concretos, proprietários que mantêm esses excedentes de vegetação nativa podem transformá-los em CRAs, enquanto aqueles com passivos no mesmo bioma podem adquirir esses títulos para se regularizar”, informa Antônio Malard, Sócio da Alger Consultoria Socioambiental, em uma publicação em rede social.

“O mérito das CRAs está em permitir a regularização ambiental com previsibilidade, ao mesmo tempo em que valoriza quem preservou além do mínimo legal. Mais do que um novo título, as CRAs marcam o início de um ciclo em que instrumentos legais ganham corpo no campo e nas operações. Vale acompanhar o desenvolvimento”, frisa Malard.

Com informações: O Eco.

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Expedição Silvicultura chega ao Espírito Santo com evento em Vitória

A capital capixaba vai sediar, no próximo dia 17 de setembro, o evento regional da Expedição Silvicultura, considerado o maior levantamento de dados sobre o setor florestal brasileiro. A programação acontece no Parque Botânico da Vale, em Jardim Camburi, Vitória, das 13h às 18h40, e reunirá representantes do governo, especialistas, empresários e produtores para debater os avanços e os desafios da atividade no País.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), é parceiro da iniciativa e vai apresentar os principais programas e políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor florestal. Entre os destaques estão os incentivos aos plantios, a modernização do licenciamento ambiental, o acesso ao crédito e inovação tecnológica, além da integração da agenda florestal às políticas de sustentabilidade, geração de emprego e desenvolvimento regional.

A programação contará com palestras técnicas, painéis, apresentação de inovações tecnológicas e espaço de networking. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site expedicaosilvicultura.com.br.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destacou a relevância do evento para o Espírito Santo. “A silvicultura tem um papel estratégico para o desenvolvimento regional, gerando emprego, renda e novas oportunidades de negócios. O Espírito Santo já é referência em sustentabilidade e inovação, e a Expedição Silvicultura será uma oportunidade de mostrar nossas políticas públicas, ouvir o setor produtivo e fortalecer ainda mais essa cadeia que contribui para a economia e para a preservação ambiental”, afirmou Bergoli.

A Expedição Silvicultura vai percorrer o Brasil entre setembro e novembro de 2025, levantando dados e com o objetivo de conectar lideranças regionais para construir um panorama atualizado do setor florestal nacional.

A capital capixaba vai sediar, no próximo dia 17 de setembro, o evento regional da Expedição Silvicultura, considerado o maior levantamento de dados sobre o setor florestal brasileiro. A programação acontece no Parque Botânico da Vale, em Jardim Camburi, Vitória, das 13h às 18h40, e reunirá representantes do governo, especialistas, empresários e produtores para debater os avanços e os desafios da atividade no País.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), é parceiro da iniciativa e vai apresentar os principais programas e políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor florestal. Entre os destaques estão os incentivos aos plantios, a modernização do licenciamento ambiental, o acesso ao crédito e inovação tecnológica, além da integração da agenda florestal às políticas de sustentabilidade, geração de emprego e desenvolvimento regional.

A programação contará com palestras técnicas, painéis, apresentação de inovações tecnológicas e espaço de networking. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site expedicaosilvicultura.com.br.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destacou a relevância do evento para o Espírito Santo. “A silvicultura tem um papel estratégico para o desenvolvimento regional, gerando emprego, renda e novas oportunidades de negócios. O Espírito Santo já é referência em sustentabilidade e inovação, e a Expedição Silvicultura será uma oportunidade de mostrar nossas políticas públicas, ouvir o setor produtivo e fortalecer ainda mais essa cadeia que contribui para a economia e para a preservação ambiental”, afirmou Bergoli.

O roteiro irá percorrer as principais regiões produtivas no país entre setembro e novembro de 2025, levantando dados e com o objetivo de conectar lideranças regionais para construir um panorama atualizado do setor florestal nacional.

A realização da Expedição Silvicultura é da Canopy Remote Sensing Solutions (www.canopyrss.com.br), em parceria com a Embrapa Florestas (www.embrapa.br/florestas), Paulo Cardoso Comunicações (www.paulocardosocom.com.br), e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor.

Siga a expedição nas redes sociais e fique por dentro das novidades:  


Com informações: GOV/ES.

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São Roque do Canaã (ES) une tradição e sustentabilidade na indústria de portas e esquadrias

São Roque do Canaã, na região Central-Serrana capixaba, mantém viva a tradição de ser o maior polo fabricante de portas e esquadrias de madeira do Espírito Santo. E um dos nomes que reforça essa referência é a Bassani Madeiras. A empresa tem se destacado por unir qualidade, tradição e compromisso ambiental, utilizando exclusivamente madeira proveniente de manejo florestal sustentável. O principal fornecedor é a Madeflona, concessionária que atua na exploração de florestas públicas de forma legal e responsável, garantindo que cada produto seja fruto de práticas que preservam o meio ambiente e combatem o desmatamento ilegal na Amazônia.

De acordo com o diretor comercial da Bassani, Cristiano Roldi, a procedência da matéria-prima é um diferencial que agrega valor e confiança. “Quando divulgamos a procedência de nossa matéria-prima, conseguimos ter o respeito do mercado, proporcionando segurança e tranquilidade, tanto para as revendas de portas e esquadrias de madeira como para o consumidor, que estará recebendo em casa um produto 100% fabricado com madeira certificada”, afirma. Essas áreas de exploração passam por licitações e são fiscalizadas por órgãos nacionais e internacionais, seguindo os mais rígidos padrões de controle ambiental.

Embora a indústria de portas e esquadrias de madeira na cidade tenha encolhido nas últimas décadas, ela continua sendo um importante empregador local, perdendo em número de postos de trabalho apenas para o setor agrícola. No entanto, Roldi reconhece que o título de maior polo fabricante do Estado ainda não é plenamente aproveitado. “Não realizamos, até o momento, ações que poderiam valorizar nossos produtos e, assim, continuar gerando emprego e renda para nossa região”, observa. Para ele, existe uma grande oportunidade em mostrar ao mercado o trabalho centenário desenvolvido no município, tanto na produção em série quanto na personalização de peças com madeira certificada.

Cristiano Roldi

A obtenção de madeira legal, segundo o diretor da Bassani Madeiras, não é um obstáculo — desde que as empresas estejam em conformidade com os órgãos competentes do setor florestal. Além disso, a dificuldade em renovar o quadro de colaboradores preocupa o setor, colocando em risco sua continuidade no médio e longo prazo. Apesar de iniciativas governamentais para enfrentar esse problema, os resultados ainda não são perceptíveis.

Mesmo diante desses gargalos, a Bassani e outras empresas de São Roque do Canaã seguem demonstrando que é possível manter uma produção de alta qualidade aliada à responsabilidade socioambiental. A empresa está confirmada como uma das expositoras da 3ª edição da Espírito Madeira- Design de Origem, de 11 a 13 de setembro, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“, em Venda Nova do Imigrante (ES). Além do espaço próprio no evento, a Bassani Madeiras terá peças expostas em outros estandes, como o da arquiteta Paulete Almeida, no Espírito ArqDesign e na Isocil/Monolev.

Espírito Madeira 2025- A Feira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, tendo como patrocinador Master a Placas do Brasil, patrocínio do Sicoob, Laguna e Far East Máquinas e Ferramentas e apoio institucional da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Governo do Estado do Espírito Santo, Sebrae, Findes, Senai, Sesi, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, Núcleo de Pesquisa em Qualidade da Madeira (Nuqmad Ufes), Sistema Faes/Senar/Sindicatos, VP Madeiras, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Associação dos Engenheiros e Engenheiras Florestais Egressos da UFV (Aseflor), Sociedade Brasileira de Agrosilvicultura (Sbag), Rede Nacional de Biomassa para Energia (Renabi) e Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

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Caçador é oficializada como Capital da Madeira em Santa Catarina

Município do Meio-Oeste tem metade do PIB no setor florestal e se consolida como referência na indústria madeireira

O município de Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi oficialmente reconhecido como a Capital da Madeira, um título que reforça a importância da cidade no cenário econômico estadual e nacional. Atualmente, cerca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) local vem do setor florestal, confirmando a força da indústria madeireira na região.

A economia caçadorense é fortemente alicerçada no manejo sustentável, reflorestamento e industrialização da madeira, atividades que movimentam não apenas o mercado interno, mas também as exportações para diversos países. A cidade abriga indústrias de grande porte e centenas de pequenas e médias empresas que dão suporte a toda a cadeia produtiva.

De acordo com dados da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o estado responde por aproximadamente 11% da produção nacional de madeira de reflorestamento, e Caçador figura entre os maiores polos desse segmento. A produção de pinus e eucalipto é destaque, impulsionando o setor moveleiro e a fabricação de papel e celulose.

Além do peso econômico, o setor florestal tem papel social fundamental em Caçador, gerando milhares de empregos diretos e indiretos e movimentando o comércio local. O município também investe em tecnologia e práticas de sustentabilidade, garantindo equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental.

Para as autoridades locais, o reconhecimento como Capital da Madeira fortalece a imagem da cidade e atrai novos investimentos em infraestrutura, capacitação de mão de obra e feiras setoriais. A expectativa é que o título abra ainda mais portas para novos negócios, parcerias e oportunidades de exportação, consolidando Caçador como referência nacional no setor.

Com a oficialização, Caçador reafirma sua identidade histórica e econômica, mostrando que o desenvolvimento pode caminhar lado a lado com a inovação e a preservação ambiental.

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Governo publica regras para prevenção de incêndio florestal em propriedades rurais

Proibição do uso do fogo em pastagens, áreas agrícolas ou áreas de manejo florestal sem autorização está entre medidas

O Governo Federal definiu as regras para implementação de medidas preventivas a incêndios florestais em propriedades rurais. Entre elas, está a proibição do uso do fogo em pastagens, áreas agrícolas ou áreas de manejo florestal sem autorização prévia e formal do órgão ambiental.

As regras foram aprovadas pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e publicadas em resolução no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1º). A medida ocorre após o recorde de incêndios florestais registrado no ano passado em meio à seca nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do País.

As medidas têm o objetivo de reduzir as ações irregulares ou ilegais que possam causar incêndios florestais, reduzir a ocorrência de grandes incêndios florestais, formar e mobilizar ambientes e resilientes ao incêndios florestais e incentivar planejamentos e ações conjuntas entre proprietários rurais para compartilhamento de equipamentos, veículos, aeronaves e brigadistas ao combate de incêndios florestais, segundo a resolução.

A elaboração de aceiros — faixas sem vegetação que funcionam como barreiras para evitar a propagação dos incêndios florestais, bem como de queima controlada para fragmentação do combustível — também estará sujeita à orientação técnica e autorização do órgão ambiental. A resolução determina ainda como medida preventiva o uso de sistemas e dispositivos de monitoramento, comunicação e alerta para acionamento de brigadas locais particulares ou dos Corpos de Bombeiros Militares.

As regras preveem ainda o uso de aeronaves adaptadas para transporte e lançamento de água para combate ao incêndio florestal, a manutenção periódica de máquinas e equipamentos agrícolas e o uso de reservatório natural ou artificial de água e bomba com capacidade para abastecimento de equipamento, veículo ou aeronave de transporte e lançamento de água para combate a incêndio florestal.

Todos imóveis rurais, à exceção de agricultores familiares, deverão elaborar e implementar as medidas da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) ou do Plano Operativo de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.

De acordo com a resolução, produtores rurais terão o prazo de dois anos para se adequar e cumprir as novas regras. O cumprimento das medidas da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) servirá como atenuante para possíveis penas a produtores rurais em decorrência de incêndios florestais.

Perguntas e Respostas

Quais são as novas regras para prevenção de incêndios florestais em propriedades rurais?

O governo federal publicou regras que proíbem o uso do fogo em pastagens, áreas agrícolas ou de manejo florestal sem autorização prévia do órgão ambiental. Essas medidas visam prevenir incêndios florestais e foram aprovadas pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

Qual é o objetivo dessas medidas?

As medidas têm como objetivo reduzir ações irregulares que possam causar incêndios, diminuir a ocorrência de grandes incêndios florestais, formar ambientes resilientes e incentivar a colaboração entre proprietários rurais para o compartilhamento de recursos no combate a incêndios.

Quais são algumas das ações específicas mencionadas na resolução?

A resolução menciona a elaboração de aceiros, que são faixas sem vegetação para evitar a propagação de incêndios, e a queima controlada para fragmentação do combustível. Também é prevista a utilização de sistemas de monitoramento e comunicação para acionar brigadas locais ou os Corpos de Bombeiros Militares.

Como será o uso de aeronaves na prevenção de incêndios?

As regras permitem o uso de aeronaves adaptadas para transporte e lançamento de água no combate a incêndios florestais, além da manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas e do uso de reservatórios de água para abastecimento.

Quem deve seguir essas novas regras?

Todos os imóveis rurais, exceto agricultores familiares, devem elaborar e implementar as medidas da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) ou do Plano Operativo de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.

Qual é o prazo para os produtores rurais se adequarem às novas regras?

Os produtores rurais terão um prazo de dois anos para se adequar e cumprir as novas regras. O cumprimento dessas medidas poderá servir como atenuante para possíveis penalidades em decorrência de incêndios florestais.

Quando as novas regras entrarão em vigor?

A resolução entrará em vigor na próxima segunda-feira, dia 8.

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Suzano impulsiona empreendedorismo e consolida Ribas do Rio Pardo (MS) como polo de desenvolvimento

Histórias de transformação de empreendedores locais revelam como o município vem se consolidando como novo polo de desenvolvimento em Mato Grosso do Sul

Há poucos anos, Elaine Ribeiro, de 56 anos, chegou a Ribas do Rio Pardo (MS) com sua família e uma modesta estrutura de oficina de tornearia, instalada em um espaço provisório. O irmão e cunhado assumiram os serviços técnicos e ela cuidava da parte administrativa e estratégica do negócio. Ainda sem sede própria, mas com os olhos voltados para o futuro, a família toda decidiu apostar na cidade em meio à chegada da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, e a construção da maior fábrica de celulose de linha única do mundo.

Hoje, ela comemora um novo momento da Usinagem Ribeiro, instalada em um barracão próprio construído em terreno doado pela Prefeitura. “Nos mudamos para cá acreditando que a cidade cresceria, e é o que tem acontecido. Agora, temos estrutura, não pagamos mais aluguel e seguimos investindo para crescer junto com a cidade”, afirma.

A trajetória de Elaine é uma entre tantas que ajudam a contar a história de um novo capítulo econômico para o município. Com um ano de operação da nova unidade, a Suzano segue contribuindo para movimentar a economia local, fortalecendo cadeias de serviços, suprimentos e comércio. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), Ribas do Rio Pardo gerou 733 novas vagas de emprego formal entre janeiro e junho de 2025.

Elaine Ribeiro

Ao priorizar fornecedores locais e investir na capacitação de micro e pequenas empresas, a companhia tem fomentado um ecossistema de negócios mais competitivo e sustentável. “Na Suzano, temos a convicção de que o nosso desenvolvimento só faz sentido quando é construído de forma compartilhada com a sociedade. Alinhados ao nosso direcionador, que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, a nossa atuação em Ribas do Rio Pardo é fruto de um trabalho pautado pelo diálogo, parcerias e por investimentos em ações que fortalecem cadeias de serviços, suprimentos e o comércio local, gerando e compartilhando valor com melhores condições para que empresas e pessoas cresçam de forma sustentável”, afirma Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano.

Leonardo Mendonça Pimenta

Qualificação para empresas

Durante a construção da unidade industrial, Elaine participou do Projeto Semear, iniciativa da Suzano em parceria com o Sebrae, que já qualificou mais de 150 empresas da região. “Desde a primeira aula, ficou claro que o cenário mudaria, e que só se manteriam os empreendedores dispostos a se estruturar. Isso nos ajudou a investir em maquinário, melhorar processos e seguir firmes no mercado mesmo com as mudanças do setor”, relata.

Quem também participou do curso foi Douglas Alves da Silva, de 36 anos. Empresário nas áreas de metalurgia e comunicação visual em Água Clara (MS), ele destaca a importância que a formação teve na administração de seu negócio. “Após a qualificação, passamos por uma adequação para encarar a nova realidade de um ambiente de negócios com padrões mais exigentes e especificidades que antes não conhecíamos. Fomos atrás de documentações que não tínhamos, como certidões mensais, balanço anual e outros documentos que, com o curso, entendemos serem fundamentais,”, explicou o empresário.

Outro nome que representa bem esse novo momento é David Sasso, de 40 anos, proprietário da Indústria de Concreto Rio Pardo. Sua empresa nasceu há uma década com uma estrutura simples e capacidade limitada. “Era uma concreteira praticamente arcaica. O sistema era manual e o cimento vinha no rasga-saco”, lembra.

A crescente demanda durante as obras da Suzano impulsionou David a transformar completamente sua operação. O empreendedor implantou uma central automatizada, adquiriu novos caminhões e bombas de concreto, ampliou a estrutura física e criou um laboratório próprio para controle de qualidade. Passei de uma capacidade de 40 metros cúbicos por dia para 200. Antes, eu levava 45 minutos para preparar um caminhão de concreto; hoje faço isso em 8 minutos”, explica.

Fortalecimento da cadeia de valor

Mesmo com a demanda arrefecendo com o final das obras, a empresa de David Sasso conseguiu manter clientes para uma série de obras públicas e privadas, atendendo desde a construção de bases para órgãos de segurança até hospitais e empreendimentos locais. “Hoje, cerca de 80% da nossa demanda vem da cidade e 20% de serviços para a Suzano. Isso mostra que conseguimos diversificar a carteira e construir um negócio sólido”, afirma David.

O crescimento da Indústria de Concreto Rio Pardo foi acompanhado pela geração de empregos: o quadro de funcionários dobrou, passando de 15 para 32 colaboradores, todos capacitados para atender às exigências técnicas e de qualidade. “A Suzano trouxe um padrão maior de exigência e isso nos fez buscar cursos, implantar laboratório próprio e adotar processos mais rigorosos. Isso elevou o nível da empresa”, completa.

Indústria de Concreto Rio Pardo

A trajetória desses empreendedores reforça a qualificação que está em curso em toda a cadeia de valor da economia da região. Elaine Ribeiro destaca a evolução do ambiente de negócios com a vontade das empresas de crescerem junto com a cidade. A empresária relata que muitas soluções não dependem mais de uma viagem até Campo Grande. “Antes, muitos materiais só eram encontrados na capital do estado. Hoje, já temos praticamente tudo aqui, o comércio cresceu bastante e a cidade está se transformando,” conta.

Com uma operação moderna e uma base de clientes diversificada, David revela que o investimento feito na operação já se pagou – e mais do que isso, abriu portas para um mercado muito mais amplo. Agora, ele enxerga o futuro com otimismo. “O cenário de Ribas do Rio Pardo mudou e ainda vai mudar muito mais. O comércio cresceu, a cidade está se estruturando e hoje é um ambiente muito mais favorável para fazer negócios”, acrescenta.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Florestar lança Panorama da Indústria Florestal Paulista 2025

No dia 21 de agosto a Florestar completou 35 anos de atividades e como parte das comemorações está lançando o Panorama da Indústria Florestal Paulista 2025. O documento está disponível em formato digital no site da instituição. A publicação reúne dados atualizados sobre a contribuição do setor para a economia e o desenvolvimento de São Paulo.

De acordo com o levantamento, São Paulo é o estado que mais emprega no setor florestal brasileiro, com 163 mil postos diretos e mais de 877 mil empregos entre diretos, indiretos e efeito renda, tendo o papel e a celulose como principais segmentos empregadores.

Os produtos florestais ocupam a terceira posição no ranking de exportações do agronegócio paulista, com participação de 10,2%. Em 2024, a indústria florestal paulista também liderou as exportações do setor no Brasil, registrando US$ 3,29 bilhões em vendas externas, o que representa 19,5% do total nacional e um crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior.

O estado ainda se destaca pelo protagonismo em segmentos específicos: ocupa a primeira posição nas exportações nacionais de papel, com 47,4% do valor total, e também lidera nas exportações de resina, com 68,5%. No mercado de painéis reconstituídos de madeira, aparece em segundo lugar, com 28,5% do total, mesma posição que ocupa nas exportações de celulose, com 16,6%.

Essa força se apoia em uma base industrial ampla, formada por 23 unidades de papel, nove de produtos resinosos, oito de painéis, sete de celulose e papel e três de biomassa.
Para atender toda esta indústria, a base florestal do estado também é significativa: são 1,29 milhão de hectares de florestas plantadas, o que corresponde a 12,6% da área nacional com silvicultura. O cultivo do eucalipto predomina, com 1 milhão de hectares, seguido por 154 mil hectares de pinus, 124 mil hectares de seringueira e 7 mil hectares de outros gêneros.

A atividade está distribuída em 76% dos municípios paulistas, com destaque para as microrregiões de Bauru, Itapeva, Capão Bonito, Avaré, Itapetininga e Botucatu, que concentram juntas 46% dos plantios. Além disso, o setor mantém mais de 500 mil hectares destinados à preservação da vegetação nativa, o que equivale a cerca de 9% da cobertura vegetal do estado. A média das empresas associadas à Florestar é de 37% das áreas das propriedades serem destinadas à preservação de vegetação nativa, bem maior que o mínimo exigido pelo Código Florestal, que é de 20%.

Para baixar gratuitamente o Panorama da Indústria Florestal Paulista 2025, basta acessar o site da Florestar e ir à aba “Conteúdo Digital”, ou então clicar no link: PANORAMA 2025.

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APRE e Secretaria da Fazenda estudam medidas emergenciais para conter crise no setor florestal do Paraná

Os representantes da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) e o secretário estadual da Fazenda (Sefa), Norberto Ortigara, reuniram-se no dia 20 de agosto para estudar medidas que contenham a crise causada pelas tarifas norte-americanas recentemente impostas.

O presidente da APRE, Fabio Brun, apresentou o atual cenário do setor ao governo estadual, assim como sugestões de medidas emergenciais para proteger as empresas diante da crise provocada pelas tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros. Entre os pleitos estão:

  • Implementação de um programa de compra pública de produtos de madeira do Paraná;
  • Agilidade na devolução do ICMS em todas as etapas da exportação, incluindo o transporte interestadual;
  • Aprovação da atualização da Lei Florestal do Paraná, garantindo segurança jurídica e sustentabilidade da atividade.

“Essas ações são fundamentais para dar fôlego às empresas que estão sendo diretamente atingidas pelas tarifas e que correm o risco de paralisar suas operações”, afirmou o presidente da APRE.

Pela APRE, estiveram presentes ainda o diretor executivo Ailson Loper (diretor executivo), os diretores Afonso Mehl Junior e Alvaro Luiz Scheffer Junior (diretores), e o associado Armando Giacomet (associado). 

Pela Sefa, participaram também da reunião integrantes da equipe técnica da Sefa: Norberto Ortigara (Secretário da Fazenda do Paraná) e equipe técnica, composta por Francisco Inocêncio,  (Assessoria Técnica do Programa Paraná Competitivo), Suzane Gambeta, Davidson Lessa, Juliano Binder, da ( Receita), Roberto Tizon, da ( Inspetoria Geral de Tributação), e Luana Carla Falcão, da área econômica (Assessoria Técnico Econômica).

Tarifas de até 50% colocam exportações em xeque

Desde o dia 6 de agosto, os Estados Unidos passaram a cobrar uma taxa total de 50% sobre os produtos brasileiros – composta por 10% de tarifa básica e 40% de sobretaxa adicional. Apenas uma pequena parcela dos produtos florestais, como celulose e madeira tropical serrada, foi incluída na lista de isenção.

O impacto recai especialmente sobre as empresas  de produtos de madeira sólida e painéis, que já sentem os efeitos do aumento do desemprego e do fechamento de unidades. “Estamos falando de milhares de empregos e de uma cadeia produtiva que sustenta a economia de muitos municípios paranaenses”, reforçou Brun.

Exportações sob risco e ameaça ao emprego

Entre janeiro e junho de 2025, as exportações do Paraná para os Estados Unidos representaram quase a totalidade em segmentos como molduras (98% – US$ 102 milhões) e portas de madeira (96% – US$ 34 milhões), além de 34% de compensado de pinus (US$ 100 milhões) e 33% de serrado de pinus (US$ 26 milhões).

Segundo dados da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), mais de 38 mil trabalhadores podem perder seus empregos, o que afeta diretamente 67% dos municípios paranaenses.

Efeitos colaterais para a agricultura

A interrupção das atividades da indústria madeireira pode gerar efeitos colaterais em outras áreas da economia, como a agricultura, que depende do suprimento de lenha para a secagem de grãos. “O impacto das tarifas vai muito além das fábricas. Ele compromete a competitividade brasileira e a própria sustentabilidade da produção agrícola”, alertou o presidente da APRE.

Chamado por articulação política e institucional

A entidade lembra ainda que o setor florestal já enfrenta outras duas investigações comerciais nos Estados Unidos – a Seção 232 e a Seção 301 – que podem resultar em novas barreiras.

A Seção 232 (Trade Expansion Act) tem por objetivo avaliar se determinados produtos importados representam ameaça à segurança nacional, possibilitando a imposição de tarifas ou outras restrições, incluindo produtos florestais.

Já a investigação no âmbito da Seção 301 da legislação comercial (Trade Act) prevê a adoção de medidas comerciais coercitivas, comumente denominadas retaliações comerciais, como instrumento unilateral de pressão para a abertura de mercados às exportações e aos investimentos externos daquele país.

Diante desse cenário, a APRE cobra articulação do poder público para a defesa do setor florestal paranaense. “Precisamos de uma atuação firme e coordenada entre governo e iniciativa privada para preservar empregos, renda e a relevância do Paraná no comércio internacional”, concluiu Fabio Brun.

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Espírito Madeira 2025 apresenta a inovadora Casa Montagna, projeto que une design, conforto e versatilidade

A Espírito Madeira 2025, que acontece de 11 a 13 de setembro no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“, em Venda Nova do Imigrante (ES), se consolida como um dos maiores encontros do setor madeireiro e da cadeia produtiva da madeira no Brasil. Empresas e profissionais do segmento estarão reunidos para três dias de intensa troca de conhecimento, negócios e experiências, em uma estrutura que privilegia a diversidade e a inovação. 

Nesse contexto, a Feira recebe uma atração especial: a Casa Montagna, um projeto que traduz modernidade, conforto e versatilidade no uso da madeira. Instalada em um ambiente de 100 m², a Casa Montagna se destaca pelo conceito de lar acolhedor e funcional. Composta por dois módulos de 2,50m x 6,00m, quando acoplados formam uma residência de 28 m² internos, totalmente integrados em espaços de estar, comer, dormir, vestir, trabalhar e banho. A marcenaria de primeira qualidade e a decoração diferenciada tornam o projeto ainda mais atrativo, unindo sofisticação e praticidade em cada detalhe.

Entre os ambientes internos, a Casa Montagna oferece um quarto confortável com cama de casal, closet com bancada de trabalho, banheiro completo e uma cozinha equipada para atender até os gourmets mais exigentes. A área de estar, com TV, adega e sofá reversível que se transforma em cama, reforça o caráter acolhedor do projeto. Do lado de fora, um deck em madeira com 72 m² abraça os módulos, compondo um espaço com mobiliário de descanso, jardim e até um fogo de chão para receber os visitantes em grande estilo. Para completar, um carro estará integrado ao ambiente, reforçando a ideia de um estilo de vida moderno e conectado.

O projeto é assinado pelo arquiteto Heliomar Venancio, em parceria com a Marcenaria Nicola, a Locares Modular e a CVC, empresas que trazem no DNA a união de design, funcionalidade e inovação. Os três parceiros da Espírito Madeira, sendo Antonio Nicola um dos organizadores, o que reforça a conexão entre o evento e o fomento de novas soluções construtivas que dialogam com sustentabilidade, eficiência e qualidade de vida.

A inspiração para a Casa Montagna nasceu do sucesso da Casa Loft, apresentada na feira ES Construção Brasil, em Carapina, no último mês de julho. O modelo, também desenvolvido por Heliomar Venancio em parceria com Antonio Nicola e a Locares, foi vendido em tempo recorde já nas primeiras horas do evento. Para atender à grande expectativa da Espírito Madeira, a equipe correu contra o tempo e trouxe um novo conceito ainda mais ousado, reafirmando o compromisso da feira em apresentar projetos que surpreendem e antecipam tendências no setor da madeira.

Espírito Madeira 2025- A Feira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, tendo como patrocinador Master a Placas do Brasil, patrocínio do Sicoob, Laguna e Far East Máquinas e Ferramentas e apoio institucional da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Governo do Estado do Espírito Santo, Sebrae, Findes, Senai, Sesi, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, Núcleo de Pesquisa em Qualidade da Madeira (Nuqmad Ufes), Sistema Faes/Senar/Sindicatos, VP Madeiras, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Associação dos Engenheiros e Engenheiras Florestais Egressos da UFV (Aseflor), Sociedade Brasileira de Agrosilvicultura (Sbag), Rede Nacional de Biomassa para Energia (Renabi) e Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

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Plano logístico da celulose prevê ferrovias privadas e rodovias públicas em MS

Investimentos de R$ 4 bilhões em infraestrutura preparam o Estado para novo ciclo de expansão industrial

A estratégia para melhorar a logística de escoamento da crescente produção de celulose em Mato Grosso do Sul até o Porto de Santos, principal rota das exportações brasileiras,  combina investimentos privados em corredores ferroviários com aportes públicos em rodovias. É nesse modelo que o governo estadual trabalha, explicou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em entrevista ao Campo Grande News.

A produção de celulose deve quase duplicar até 2028, com um acréscimo de cerca de 11 milhões de toneladas, dentro do plano que começa pela Arauco e Bracell, somado aos projetos da Suzano e da Eldorado.

Reforçando a importância das PPP (Parcerias Público-Privadas), o secretário destacou o pioneirismo da chilena Arauco, que já obteve autorização para construir um ramal ferroviário de 47 quilômetros de trilhos. O projeto, estimado em R$ 2 bilhões, ligará a fábrica em Inocência, no Vale da Celulose, à Malha Norte, sistema ferroviário que conecta o Centro-Oeste ao Porto de Santos, passando por Rondonópolis (MT), Chapadão, Inocência e Aparecida até o litoral paulista.

“Toda a operação da Arauco, quando a fábrica começar a operar, será feita através de uma linha ferroviária.”

A Eldorado, instalada em Três Lagoas, também recebeu licença para construir um ramal ferroviário de 97 quilômetros, ligando a unidade à Aparecida.

Segundo Verruck, 100% da celulose produzida em Mato Grosso do Sul tem como destino o Porto de Santos, movimento que deverá ser mantido mesmo após a operação da Rota Bioceânica. O terminal paulista é porta de acesso a mercados como China, principal destino das exportações sul-mato-grossenses, com participação de aproximadamente 47%, além de Europa, Índia e Estados Unidos.

Todas as empresas atuantes no estado possuem terminal próprio em Santos: Eldorado, Suzano, Bracell e, mais recentemente, a Arauco, que fechou acordo para construir unidade na região da Alemoa, área predominantemente servida por TUPs (Terminais de Uso Privado). “Cada empresa começa, obviamente, a focar numa certa estratégia. Mas a estratégia primordial e prioritária para todas é a questão da ferrovia”, reforça o secretário.

Atualmente, Suzano e Eldorado transportam celulose por caminhões, enquanto a Bracell estuda alternativas, incluindo hidrovias.

Paralelamente, o governo estadual estima investir cerca de R$ 2 bilhões na melhoria do sistema rodoviário para atender à demanda crescente do setor. Além disso, há programas conjuntos com empresas e o Sistema S voltados à formação de mão de obra para fábricas que devem acelerar a produção a partir de 2028, com a entrada dos novos players.

“Fica muito claro que o caminho logístico é uma solução ferroviária. Ao mesmo tempo, temos que buscar uma solução interna para a logística do eucalipto, em que o governo do Estado está fazendo investimentos em infraestrutura.”

Logística do eucalipto – O governo também atua para melhorar o transporte de toras de eucalipto entre o campo e as rodovias. Os investimentos, da ordem de R$ 2 bilhões, incluem a licitação da Rodovia 320, que conecta à BR-377, até Três Lagoas, e a concessão da chamada Rota da Celulose (BR-262, BR-267 e BR-040), considerada um dos principais projetos de infraestrutura rodoviária do estado.

Segundo Verruck, a partir de segunda-feira será convocado o Consórcio Caminhos da Celulose, liderado pela XP Investimentos, para assumir as próximas etapas da obra, após a desclassificação do primeiro colocado, o Consórcio K&G Rota da Celulose, que teve recurso negado pela CEL (Comissão Especial de Licitação).

“O foco do governo do Estado é o investimento rodoviário, e o da indústria, as ferrovias. Dessa forma, acreditamos que o planejamento de médio e longo prazo para a questão logística esteja equacionado em Mato Grosso do Sul.”

Mão de obra – Outro desafio é a qualificação profissional. O estado opera em situação de pleno emprego, com taxa de desocupação de apenas 2,9%, a quarta menor do país, atrás de Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).

“Temos pouca disponibilidade de pessoas para trabalhar no estado de Mato Grosso do Sul. Quem tem disponibilidade de trabalhar hoje é aquele cara que está na informalidade, que precisa de qualificação.”

O governo lançou o programa MS Qualifica, uma rede de capacitação profissional voltada ao setor florestal. A iniciativa envolve o Sistema S, a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e universidades da Costa Leste (Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Inocência, Três Lagoas e Paranaíba), além do curso de Engenharia Florestal em Chapadão. Estruturas estão sendo erguidas em Inocência e Ribas do Rio Pardo.

Entre os programas, destaca-se o Voucher Caminhoneiro, que oferece qualificação gratuita. Só a Arauco deve abrir mais de 800 vagas para motoristas nos próximos dias. “Temos o voucher transportador, que isenta o custo da carteira, em parceria com Sesi e Senai. É um conjunto de ações para minimizar e apoiar as empresas nesse crescimento.”

Apesar das iniciativas, o secretário apontou baixa adesão aos cursos, atribuída à alta rotatividade da mão de obra e à carência de moradias. “Boa parte dessas pessoas que trabalham no setor estão em alojamento, contribuindo para a expressiva rotatividade de mão de obra.”

O déficit habitacional, somado ao fluxo migratório de trabalhadores vindos de estados como Pará e Maranhão, além de estrangeiros, é visto como um desafio. No caso da Arauco, a fase de construção da fábrica deve gerar 17 mil empregos, com previsão de 7 mil postos permanentes após a conclusão.

O governo estuda ampliar a oferta de residências a partir de programas sociais de habitação próximas às cidades produtoras de celulose.

O secretário avalia, contudo, que o crescimento acelerado da produção de celulose em Mato Grosso do Sul vem sendo conduzido com planejamento e diz que os impactos sociais são as inevitáveis “dores do crescimento”, frase criada pelo governador Eduardo Riedel (PP) para explicar o descompasso entre o desenvolvimentismo e as limitações da região. “Temos que olhar os impactos sociais e conseguir mão de obra localizando os jovens que queiram trabalhar.”

Informações: Campo Grande News.

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