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Suzano e Funtrab oferecem 30 vagas para curso de viveirista em Ribas do Rio Pardo (MS)

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, e o Governo do Estado, por meio da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), estão oferecendo um curso que irá qualificar 30 pessoas para atuarem como viveiristas em Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa conjunta, que integra o Programa MS Qualifica, está alinhada ao compromisso da empresa em colaborar com o desenvolvimento sustentável da região por meio da geração de trabalho e renda e valorização da mão de obra local.

De acordo com Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano, o profissional viveirista é responsável pela produção e manejo em viveiros de mudas, profissão altamente demandada pelo mercado no Mato Grosso do Sul. A iniciativa visa proporcionar melhores oportunidades trabalho a moradores(as) de Ribas do Rio Pardo, tornando mais acessível o ingresso na carreira florestal da empresa.

“A Suzano desempenha um importante papel em contribuir para o desenvolvimento e fomentar a geração de empregos nas comunidades em que está inserida. Na companhia, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e, promover cursos de qualificação como este nos ajuda a cumprir esse compromisso, pois estamos formando profissionais qualificados para atender o mercado florestal no estado, contribuindo para a geração de trabalho e renda e, consequentemente, para aquecer a economia da região”, acrescenta Zagonel.

Inscrições

As 30 vagas estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, com destaque na disponibilização de vagas para mulheres e PcD (pessoas com deficiência). Para participar do processo seletivo, interessados e interessadas devem ser maiores de 18 anos, ter ensino fundamental incompleto e podem entrar em contato pelos telefones 0800 7070 745 ou WhatsApp (67) 99263-900, até o dia 19/07.

Visando tornar o processo seletivo mais acessível e inclusivo para todos os públicos, a Suzano e seus parceiros estão oferecendo a possibilidade de as pessoas também fazerem as inscrições presencialmente. O mutirão para inscrições ocorre neste sábado (13/07), das 8h às 11h30, na Casa do Trabalhador de Ribas do Rio Pardo, localizada na Rua Cornélia Anconi Bunazar, 1638, bairro Jardim Vista Alegre. Para participar, as pessoas interessadas precisam ir ao local no horário previsto portando documento de identificação.

O curso será ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MS), terá 100 horas/aula e se estende ao longo de cinco semanas, com início das atividades previsto para o dia 22/07. Após a formação, os novos profissionais serão certificados e estarão aptos a participarem dos processos seletivos da Suzano, assim como de outras empresas do setor da região.

Vagas

Os processos seletivos da Suzano estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). Nela, candidatos(as) encontrarão, além das oportunidades abertas por região e estado, todos os benefícios oferecidos pela empresa.

A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Viveiro de mudas

Com capacidade para produzir 35 milhões de mudas de eucalipto, o Viveiro de Mudas da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo será um dos mais modernos e sustentáveis da companhia, ocupando uma área de cerca de 21 hectares e terá área construída de 111 mil metros quadrados. A conclusão total das obras está prevista para o início do segundo semestre deste ano.

 Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Do Pantanal à Amazônia, a destruição dos biomas brasileiros está em alta

As mudanças climáticas em conjunto com a impunidade dos incêndios criminosos geram a combinação perfeita para a destruição

O primeiro semestre de 2024 foi marcado pelo aumento da incidência do fogo nos biomas brasileiros, ameaçando a sobrevivência da biodiversidade e a vida de povos indígenas e populações tradicionais. O país apresentou o maior número de focos de calor para os primeiros meses do ano desde 2004, e nesse cenário, o Pantanal e a Amazônia tiveram destaque. 

Historicamente, é esperado um alto índice de queimadas no Pantanal entre os meses de julho e outubro, porém, dados publicados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) apontaram que a evolução das áreas afetadas pelo fogo foram as maiores já registradas.

Os dados do sistema ALARMES (alertas em tempo quase-real) mostram que no período de 01 de janeiro a 30 de junho de 2024, as áreas afetadas pelo fogo em comparação aos anos anteriores tiveram um aumento significativo, considerado até agora um dos mais severos das últimas décadas. Nesse período, o fogo no bioma consumiu 695 mil hectares de vegetação, o equivalente a mais de 900 mil campos de futebol, ultrapassando em mais de 2,5 vezes os dados de 2020 para o mesmo período, que foram de 265 mil hectares de vegetação.

Vários fatores contribuem para este aumento: a região está mais seca, o que está intimamente relacionado às mudanças climáticas, já que parte da água do bioma vem da região Norte do país e também é produzida pela floresta. De acordo com o SPEI Global Drought Monitor (Monitor Global de Secas SPEI), a região do Pantanal está sob regime de seca persistente de intensidade extrema a moderada pelo menos nos últimos 12 meses, conforme Figura 1.

Condições de seca persistente na região do Pantanal nos últimos 12, 6, 3 e 1 meses de acordo com o SPEI Global Drought Monitor (Monitor Global de Secas SPEI. Fonte: LASA/UFRJ

Temperaturas recordes também foram registradas no mesmo período, contribuindo para a diminuição da chuva e deixando a vegetação do bioma mais seca. Segundo levantamento publicado pelo MapBiomas Águas, o Pantanal foi o bioma que mais secou ao longo da série histórica que cobre o período entre 1985 e 2023. Em 2023, a maior planície interior úmida do planeta teve sua superfície de água anual de 382 mil hectares, ou seja, 61% abaixo da série histórica. Apenas 2,6% do bioma estava coberto por água. A rede também apontou que houve redução da área alagada e do tempo de permanência da água.

O Pantanal foi o bioma que mais secou ao longo da série histórica. Fonte: MapBiomas Águas

Os rios não atingiram a cota de inundação e a maior planície interior úmida do planeta se tornou uma espécie de tocha gigante, pronta para ser queimada, já que o material orgânico seco deste bioma pantanoso é altamente inflamável. Todo esse cenário é mais favorável à incidência do fogo. 

Outros fatores que contribuem para a situação crítica

O uso e ocupação do solo desgovernado na área do pantanal é um outro ponto que precisa ser discutido. A substituição da sua vegetação natural por gramíneas exóticas contribui de forma importante para que a dinâmica do fogo possa estar desenfreada. Vale lembrar que o pantanal, já alguns anos, vem passando por uma seca cíclica que pode ser explicada também, além dos fatores climáticos, pela destruição das principais áreas de nascentes que irrigam e enchem o bioma. As nascentes, que abastecem os rios, ficam justamente no Cerrado, que vem sofrendo a anos com o aumento do desmatamento, a falta de proteção e o desrespeito à legislação ambiental.

A melhor forma de combater o fogo é evitar que ele se alastre, forme grandes queimadas como estamos vendo acontecer e isso só é possível por meio de um planejamento sistemático para o bioma. 

“O programa do PrevFogo faz um trabalho muito importante, só que é insuficiente para o tamanho do país e para o tamanho do desafio que temos agora nesta emergência climática. A greve dos agentes ambientais, na sua justa reivindicação sobre questões salariais, reestruturação do plano de carreira, aumento de pessoal e melhora de equipamentos, leva a certeza de quase impunidade de quem está agindo e colocando fogo no bioma. As queimadas não surgem de forma espontânea ou causada por raios, e sim pela ação humana como sua principal fonte de ignição”, afirma o porta-voz do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista.

Batista ainda ressalta que não adianta termos somente brigadistas em parte do ano. “Nós precisamos atuar fortemente na prevenção, no manejo integrado do fogo, criar verdadeiros batalhões de combate a queimadas e incêndios nos biomas de maneira estruturada, bem paga e com equipamentos para esse combate. O Brasil precisa investir em um esquadrão de combate ao fogo, com aviões de grande porte, para ter acesso aos locais difíceis dentro dos biomas como Pantanal e Amazônia.”  

*O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) é responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional, incluindo atividades relacionadas com campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas, monitoramento e pesquisa.

Onde há fogo, há alguém que lucra enquanto a sociedade e a biodiversidade pagam a conta. 

Combine esses fatores ao avanço do agronegócio sobre o Pantanal, e temos hoje um cenário ainda mais grave que o de 2020. O fogo não começa sozinho, ele comumente se inicia em alguma fazenda, quando a queima de uma pastagem ou desmatamento sai do controle. Por outro lado, não há rigor por parte do governo federal para punir os responsáveis pelos incêndios criminosos. 

Não adianta apenas multar quem incendeia o bioma, também é necessário fiscalizar se houve o pagamento da multa, o que não ocorre na maioria dos casos. É preciso acabar com o sentimento de impunidade que gera uma licença para desmatar e queimar nossos biomas para criar gado e plantar soja. Além disso, é necessário interromper com o financiamento de atividades que colocam em risco o meio ambiente, o clima, a saúde pública e a chance de sobrevivência de milhares de animais e plantas. A certeza da impunidade gera mais destruição!

Amazônia e Cerrado tiveram redução da área desmatada 

Dados do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados nesta quarta-feira (03), indicaram que os alertas de desmatamento no primeiro semestre deste ano chegaram ao menor patamar desde 2017 para a Amazônia. Foram destruídos 1.639 km² do bioma, a menor área desde os 1.332 km² de 2017 e uma queda de 38% com relação ao ano passado. 

Outro bioma que é bastante afetado pelo agronegócio é o Cerrado. Os dados divulgados apontam que desde 2020 a destruição vinha crescendo no primeiro semestre, chegando a um recorde de 4.396 km² em 2023. Pela primeira vez em quatro anos esse índice caiu, para 3.724 km², uma redução de 15% em relação ao ano passado.

Cobre dos bancos ações mais rigorosas para quem desmata

É preciso fechar a torneirinha de dinheiro que financia a destruição dos nossos biomas e o crime ambiental. O uso do fogo criminoso deve ser responsabilizado com embargo da área, multa e impedimento de acesso a financiamentos, como o crédito rural.

No relatório “Bancando a Extinção: bancos e investidores como sócios no desmatamento”, o Greenpeace Brasil denuncia como a falta de controle adequado dos bancos na concessão de crédito rural beneficia produtores rurais envolvidos com desmatamento, grilagem e demais irregularidades socioambientais e cobra que o sistema financeiro estabeleça, entre outras ações, o monitoramento contínuo das áreas financiadas. O Banco do Brasil é um dos bancos mencionados no relatório, quem banca essas atividades também é responsável pelo problema. 

Informações: Greenpeace.

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Suzano entrega 50 unidades habitacionais de interesse social à Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS)

Ao todo, a empresa investiu R$ 7,55 milhões na construção de casas que integram o Projeto João-de-Barro, cuja finalidade é garantir moradia à população de baixa renda

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, entregou nesta quinta-feira (11/07) 50 unidades habitacionais de interesse social à Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS), que vão integrar o Projeto João-de-Barro. Ao todo, a empresa investiu R$ 7,55 milhões na construção das casas para facilitar e promover o acesso à moradia à população de baixa renda do município. A partir de agora, a Secretaria Municipal de Assistência Social fica responsável pela destinação das unidades a famílias em situação de vulnerabilidade social. A entrega representa mais um projeto finalizado pela empresa no cumprimento do Plano Básico Ambiental (PBA).

“Quando o PBA estava sendo discutido, a questão habitacional foi uma das preocupações levantadas pelos membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável. À medida que esse diálogo foi avançando entre a Suzano, o Poder Público e a sociedade civil organizada, o Projeto João-de-Barro foi tomando forma. Nós seguimos um direcionador que diz que “só é bom para nós se for bom para o mundo” e, com a construção dessas 50 casas destinadas à habitação de interesse social, acreditamos estar atuando em conjunto com a sociedade rio-pardense para proporcionar condições dignas de moradia a 50 famílias da cidade”, destaca Maurício Miranda, diretor de engenharia da Suzano.

As casas contam com área total construída de 37,83 m² distribuídos em uma sala de estar/jantar, uma cozinha, um quarto, um banheiro, um corredor de circulação e ainda uma área de serviço. Além disso, os lotes são murados, permitindo privacidade e segurança para as famílias, sendo que a área total do terreno de cada unidade possui 125m², o que possibilita uma futura ampliação das casas pelos moradores.

A seleção das famílias que receberam as casas foi conduzida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, conforme regulamentação instituída pela Lei Municipal n.º 1.298/2022.

Compromisso cumprido

A Suzano já entregou o equivalente a R$ 57,3 milhões em obras e equipamentos no município de Ribas do Rio Pardo (MS) por meio do Plano Básico Ambiental (PBA). Aprovado por representantes do Poder Público e da sociedade civil em 2021, o Programa de Infraestrutura Urbana, incluído no PBA, compreende a conclusão de 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública. A última grande entrega no contexto do plano ocorreu em junho, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu da empresa uma Unidade Operacional (UOP) instalada na BR-262 que contou com R$ 7,3 milhões de investimento.

Outras entregas importantes foram realizadas pela empresa no aniversário de Ribas do Rio Pardo, no último dia 19 de março, quando a comunidade recebeu a nova Delegacia de Polícia Civil e a Casa de Apoio ao Trabalhador, com investimentos que totalizaram R$ 8,3 milhões nas duas estruturas. Além delas, também já foram entregues em 2024 a nova unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) Nova Esperança à prefeitura, no bairro Estoril II, e um caminhão Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF) ao Corpo de Bombeiros Militar.

Em 2023, a Suzano entregou à prefeitura a Casa de Acolhimento da Criança e do Adolescente; investiu R$ 12 milhões nas obras de ampliação do Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues, além de destinar R$ 470 mil em equipamentos para dar suporte à realização de novos exames no laboratório; também entregou um ônibus de saúde com dois consultórios totalmente equipados para consultas em áreas remotas no município. Foram realizadas ainda as entregas de três viaturas à Polícia Civil do município, sendo um furgão para traslado de presos, uma viatura descaracterizada e outra para policiamento intensivo.

Ainda visando melhorias na segurança pública, a empresa entregou o Sistema de Radiocomunicação da BR-262 e uma viatura para uso exclusivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF); e um veículo L-200 de auto salvamento completo para o Corpo de Bombeiros. Já a Polícia Militar do município foi contemplada com a instalação de um sistema de videomonitoramento de segurança com câmeras em toda a cidade e sala de controle completa. Além disso, em julho de 2022, o Batalhão de Choque da Polícia Militar recebeu cerca de R$ 200 mil em equipamentos de segurança.

Também em 2022, a empresa entregou à prefeitura a Casa de Passagem com capacidade para atender até 48 pessoas por noite, contando com 12 quartos e estrutura para acolhimento temporário de pessoas no município.

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Como startups brasileiras estão usando IA para prevenção de incêndios

Climatechs criam tecnologia para combater o fogo em áreas florestais com análise de dados. Usados no Pantanal e em Portugal, sistemas previnem o alastrar de chamas

O Pantanal enfrenta a pior onda de incêndios da história. De janeiro até julho, foram identificados 3,5 mil focos de fogo, que já consumiram quase 5% do bioma. Nesse mesmo período, a região passa pela seca mais grave dos últimos 70 anos.

Cientistas apontam que eventos extremos estão intensificados pela mudança climática e indicam que eles continuarão a acontecer com mais frequência. O que significa que, daqui para frente, o país terá que fazer mais do que apagar incêndios: terá que prever o fogo. A boa notícia é que não falta tecnologia para isso. 

A brasileira umgrauemeio, por exemplo, atua em 300 mil hectares do Parque Nacional do Pantanal. Em 2020, o fogo tomou mais de 90% dessa área do parque. Este ano, o indicador caiu para 5%. Como? Com inteligência artificial e previsibilidade. 

“A gente tem que começar a se adaptar à realidade da mudança climática. Não é mais uma questão de ‘se’, mas de quando esses incêndios de grande proporção vão acontecer. Precisamos estar preparados para isso”, afirma Osmar Bambini, cofundador e CIO da startup, que foi a primeira climatech brasileira a lidar com o gerenciamento de incêndios em áreas florestais.

Imagem aérea de incêndio no Pantanal (Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

A partir de análise de sensores espalhados pelas áreas florestais, os sistemas de IA da empresa apontam a localização de focos de fogo, além de mostrar quais são os espaços para os quais as chamas tendem a se espalhar, o que dá rapidez à resposta, seja de brigadas estaduais, federais ou particulares.

A umgrauemeio não é a única no segmento, que conta com startups como a Quiron, que compara imagens de 20 satélites com camadas de dados.

Débora Ávila, a única mulher brigadista do Prevfogo/ Ibama em Corumbá (Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Atualmente, o sistema mais utilizado pelo Centro Nacional de Prevenção aos Incêndios Florestais (Prevfogo) é o de monitoramento por imagens de satélites. Sem camadas de dados, inteligência artificial ou programas preditivos.

Muitas vezes, os satélites têm atraso de até 18 horas na entrega das imagens de alertas de incêndio. Tais fotos são, basicamente, imagens de fumaça ou de chamas. O que acende a urgência dos bombeiros e brigadas de incêndio.

Acontece que, no pantanal, nem sempre o fogo vem com fumaça. Não é incomum o fenômeno do “incêndio subterrâneo”, que queima na camada das raízes e do humus, abaixo do solo visível.

Brigadistas do Prevfogo/ Ibama combatem focos de incêndio nos arredores de Corumbá (Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

“Às vezes, precisamos de cinco ou seis marcações que caracterizem incêndio para as brigadas agirem”, explica o coronel Ângelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), organização que protege a vida selvagem do pantanal.

A inteligência artificial reduz o tempo de resposta de horas para alguns minutos, já que detecta as movimentações diferentes nas imagens, além de combiná-las com outros dados do ambiente, como temperatura e umidade do ar. 

Rabelo coordena brigadas de combate ao fogo em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e explica que o principal desafio de lidar com incêndios de grandes proporções é a logística. O deslocamento das brigadas por terra demora até 12 horas. E ainda é necessário uso de helicóptero de grande porte para encontrar a localização exata dos pontos críticos de fogo.

‘MUITAS VEZES, OS SATÉLITES TÊM ATRASO DE ATÉ 18 HORAS NA ENTREGA DAS IMAGENS DE ALERTAS DE INCÊNDIO.’

De acordo com Bambini, custa seis vezes menos combater do que reagir ao incêndio – só uma hora de voo do helicóptero da Defesa Civil em área de chamas custa R$ 100 mil. “Imagine o custo de ficar horas combatendo. Isso sem contar as perdas materiais e para o ecossistema”, comenta.

UMA PANTERA DIGITAL NO PANTANAL

Corumbá, onde Rabelo atua, é a linha de frente de combate aos incêndios no pantanal. De 1985 a 2022, a cidade já perdeu uma área do tamanho da Bélgica para as chamas, indica o Mapbiomas. Nas últimas semanas, a área concentrou mais de 80% dos focos de calor da região pantaneira. 

Desde 2021, 300 mil hectares do Parque Nacional do Pantanal, localizado em Corumbá, são monitorados pela umgrauemeio. Chamado de Pantera, o sistema cruza informações tiradas de torres, com câmera de alta definição, com dados em tempo real do clima, como umidade relativa do ar, temperatura e velocidade do vento. 

“Quanto mais seco [o tempo], mais agressivos os incêndios serão”, explica Bambini. O Pantera dá sinais de alerta para momentos em que o clima aponta para maior probabilidade de uma fagulha virar chama. É um trabalho que vai para além das temporadas secas. 

Mesmo quando o fogo atinge grandes áreas, o Pantera ajuda a prever em qual direção as chamas vão, o que ajuda as equipes brigadistas. Nas últimas semanas, a companhia está mandando relatórios diários para a equipe multidisciplinar que combate o fogo no Mato Grosso do Sul.

Criada em 2016, a startup recebeu a primeira rodada de investimento externa só no ano passado. Foi um aporte de R$ 18,7 milhões, liderado pela Baraúna Investimentos, com participação do Indicador Capital e da Yield Lab Latam.

Atualmente, a startup monitora mais de 17,5 milhões de hectares de terra no Brasil, sendo 2,2 milhões de florestas, 7,8 milhões de áreas nativas e 7,5 milhões de agricultura, com 130 torres distribuídas por todos os biomas brasileiros.

DE SANTA CATARINA PARA PORTUGAL

Se a umgrauemeio olha para o ar, a Quiron monitora a terra. A startup de Santa Catarina tem uma plataforma que evita incêndios calculando a biomassa das regiões, além de indicadores de ocupação populacional da região e a análise material da vegetação.

“Monitoramos qual lugar que tenha mais combustível para um incêndio crescer”, explica Gil Pletsch, CEO da empresa. A Quiron analisa e cruza dados de mais de 20 satélites, além de contar com um algoritmo preditivo a partir dessas informações. 

Área monitorada pela Quiron (Crédito: Quiron)

A startup começou a partir das pesquisas do professor Marcos Schimalski, estudioso  de ciências geodésicas. Depois de dois anos de testes de modelos e pesquisa, a companhia saiu do papel graças ao investimento-anjo e apoio do fundo de inovação de Santa Catarina. 

A climatech iniciou as operações em 2020 e já monitora mais de 20 milhões de hectares pelo mundo. Como atuam analisando imagens de mais de 20 satélites, eles conseguiram escalar a operação para além do território brasileiro. Tanto que o seu maior mercado, no momento, é Portugal. 

‘O CUSTO DE PREVENÇÃO AOS INCÊNDIOS É SEIS VEZES MENOS DO QUE O DE REAGIR A ELES.’

O município português de Belmonte, por exemplo, usa o sistema da Quiron há 36 meses.  A cidade no centro de Portugal foi atingida por dois incêndios brutais, em 2010 e em 2018. Perderam mais de 700 hectares pelas chamas – quase 60% da área do município. Desde que o sistema Flareless, da Quiron, foi instalado, em 2020, nenhum grande evento desse porte atingiu a região. 

E não foi por falta de fogo, explica Pletsch. Por usarem o sistema, os bombeiros da cidade sabem quais são os locais com maior risco e alocam os recursos antes de as chamas atingirem grandes proporções. “Queremos trabalhar para que o incêndio não aconteça”, afirma.

FATOR IA x FATOR HUMANO

Umidade do ar, temperatura média, alterações no clima, particularidades do bioma, declividade do terreno, velocidade do vento, qualidade do solo e ocupação do território. Tudo isso influencia se uma chama pode se tornar ou não uma grande queimada. Esses são os indicadores analisados e contabilizados pelas climatechs. 

Nessa equação, no entanto, há um fator incapaz de ser controlado ou previsto pela inteligência artificial: o fator humano. 

De acordo com estudo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 84% dos incêndios iniciados no pantanal são causados por atividade humana. Além disso, são as pessoas, não a tecnologia, que decidem como os sistemas serão usados.

Imagem aérea de área queimada no Pantanal (Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

De 2023 para 2024, mesmo com meteorologistas indicando que haveria seca extrema no pantanal e na Amazônia, houve queda de 24% no orçamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

“Era para ser um orçamento de R$ 120 milhões, pelo menos. Agora está em R$ 50 milhões. Não tem como combater incêndio no Brasil com isso. Precisa de uma movimentação mais enfática”, critica Bambini. 

Já Gil Pletsch, da Quiron, diz ainda não receber muitas mensagens de governos federais ou estaduais. A atuação da Quiron se dá em níveis municipais. Apenas no Chile a empresa fala com instâncias federais.

Informações: Fast Company.

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Macaúba: projeto vai desenvolver combustível sustentável a partir da palmeira

Iniciativa de cinco anos pretende “domesticar” a macaúba e produzir diesel verde e combustível de aviação

Uma reunião técnica envolvendo lideranças científicas da Embrapa, Embrapii e Acelen Renováveis deu início ao projeto de desenvolvimento tecnológico das espécies de palmeira macaúba para produção de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde (HVO), energia térmica e outros coprodutos de alto valor agregado.

A parceria de inovação aberta busca contribuir para a “domesticação” da macaúba e a implantação de lavouras comerciais, além do aproveitamento dos frutos (casca, polpa, endocarpo e amêndoa) por meio de processos mais eficazes para extração de óleos de alta qualidade e geração de bioprodutos.

O projeto, que terá a duração de cinco anos, está amparado em dois acordos de cooperação técnica firmados entre a Acelen Renováveis e a Embrapa Agroenergia. Os investimentos somam R$ 13,7 milhões, com apoio financeiro da Embrapii e do BNDES, e envolvem a contribuição científica de outros quatro centros de pesquisa: Embrapas Algodão, Florestas, Meio Norte e Recursos Genéticos e Biotecnologia.

O empreendimento da Acelen Renováveis foi concebido para atender o processo de transição energética, oferecendo combustíveis renováveis em larga escala. A iniciativa possui orientações ambientais e sociais, buscando criar sistemas de produção descarbonizados em áreas semiáridas, oferecendo novas opções econômicas para comunidades carentes e reaproveitamento de efluentes industriais. Espera-se que o projeto crie 90 mil empregos diretos e indiretos e gere anualmente R$ 7,4 bilhões de renda para as populações envolvidas.

O chefe geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, afirmou que a iniciativa da Acelen Renováveis é importante porque a demanda por biocombustíveis avançados crescerá nos próximos anos devido às pressões por descarbonização. “O país tem a oportunidade de se tornar produtor e fornecedor de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde (HVO) globalmente. Para isso são necessários investimentos em P&D tanto em matéria-prima (como o caso da macaúba), quanto em novos bioprocessos, além de modelagem”, explicou.

Victor Barra, diretor de Agronegócios da Acelen Renováveis, destacou que o projeto de domesticação da macaúba poderá transformar a empresa na líder brasileira no mercado global de transição energética. “A visão é se tornar a maior e mais competitiva produtora de combustíveis renováveis, num modelo integrado que vai da semente da macaúba ao combustível”, afirmou.

A Acelen Renováveis pretende desenvolver o projeto em áreas semiáridas e viabilizar um cultivo agrícola eficiente na produção de óleo, sem competir com áreas de produção de alimentos. A macaúba, uma planta de alta densidade energética e grande capacidade de sequestrar carbono, foi escolhida por suas vantagens ambientais e econômicas. Estima-se que a cada ano, 60 milhões de toneladas de CO2 sejam removidas da atmosfera, reduzindo as emissões em 80%, além de contribuir para a recuperação de áreas degradadas.

O projeto enfrenta desafios, como disse Simone Favaro, pesquisadora da Embrapa Agroenergia. A baixa taxa de germinação das sementes foi superada por um protocolo da Universidade Federal de Viçosa (UFV), elevando a taxa de germinação para 95%. Além disso, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura foi aprovado, indicando áreas com menor risco climatológico para a macaúba.

Favaro também apontou a necessidade de desenvolver materiais homogêneos de alta produtividade por meio de melhoramento genético e protocolos para obtenção de clones das melhores palmeiras. “Precisamos entender muito bem a fisiologia da macaúba para destravar esses bloqueios e viabilizar a alta produção de frutos e, consequentemente, de óleo por hectare”, orientou.

O desenvolvimento tecnológico do segmento industrial do projeto envolve a criação de processos inovadores para extração do óleo de polpa e de amêndoa, além do aproveitamento total das biomassas. Favaro enfatizou que os coprodutos de alto valor agregado, como tortas de polpa e de amêndoa para alimentação, biocombustíveis, e produtos de química renovável, são essenciais para o sucesso do projeto.

O projeto também realizará estudos transversais, como a viabilidade econômica da exploração da macaúba, inventários de carbono e análises do ciclo de vida da oleaginosa. “O desenvolvimento agroindustrial da macaúba está apenas no seu início”, disse Favaro.

Informações: Canal Rural.

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Brasil é o sexto maior produtor de cacau do planeta; confira curiosidades sobre o fruto

Além de ser matéria-prima do chocolate, o fruto tem importância econômica e histórica para o país. Há 67 anos o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), promove a pesquisa, a inovação e a transferência de tecnologias, contribuindo com a sustentabilidade da cacauicultura no Brasil.

Origem do fruto

O cacaueiro é originário da bacia hidrográfica do rio Amazonas, tendo sido dispersado para as regiões tropicais da América Central e do Norte, e hoje é cultivado em diversos países tropicais no mundo.

No Brasil, o fruto é cultivado nas regiões Norte e Nordeste e vem ganhando espaço no Sudeste e Centro Oeste, ocupando papel de destaque na vida de milhares de produtores, sendo responsável por promover a sustentabilidade ambiental e econômica destas famílias.

Produção de cacau – Brasil entre os líderes

O Brasil é o sexto maior produtor de cacau do planeta, sendo que 95% da produção nacional vem da Bahia e do Pará. No que se refere a amêndoa de cacau fino, a produzida no país foi reconhecida, recentemente, como uma das melhores do mundo com três prêmios no último concurso Cacao of Excellence, em Amsterdam. Também em 2023, o país foi, pela segunda vez, reconhecido como exportador de cacau 100% fino e de aroma. O reconhecimento foi dado pela Organização Internacional do Cacau (International Cocoa Organization – ICCO).

Informações: Dinheiro Rural.

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Vale da Celulose: expansão em MS pode ter mais fábricas e quase 100 mil novos empregos

Já ocupando a primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose, Mato Grosso do Sul – que atualmente responde por 24% da produção brasileira da commodity  – pode se isolar ainda mais e consolidar sua referência no setor, com as perspectivas apresentadas nesta segunda-feira (8) ao governador Eduardo Riedel por representantes de empresas de alcance mundial e pela direção da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais.

Dados apresentados pelo setor mostram que o Mato Grosso do Sul pode ser o destino de ao menos quatro novos empreendimentos do setor de celulose até o ano de 2032, expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos no setor, sendo aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos.

O volume de vagas prevista leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas.

Além dos pedidos relacionados à qualificação de mão de obra, representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado, também apresentaram ao governador e aos secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento) e Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.

“O Mato Grosso do Sul batalhou muito para alcançar esse patamar de competividade e esse ambiente extremamente favorável de negócios e crescimento econômico”, afirma o governador Eduardo Riedel, destacando que graças a uma gestão fiscal austera e equilibrada, o Estado é hoje destaque nacional e está no topo do ranking de competividade, investindo mais de 18% de sua receita corrente líquida, indicador de investimento público ligado à solidez fiscal.

O presidente da Ibá, Paulo Hartung, foi quem apresentou o estudo ao governador e sua equipe, destacando a importância de estabelecer uma agenda de trabalho, haja vista os planos de expansão da celulose no Estado.

“O setor é forte no Brasil, mas olhar para a expansão do setor é olhar para o Mato Grosso do Sul. Há desafios e um dos maiores reside na necessidade de criar capacidade para dar conta da crescente demanda por mão de obra e infraestrutura social e econômica. Mas temos em mãos uma enorme oportunidade e esse polo pode virar uma referência no mundo”, frisa.

Verruck pontuou que durante o encontro o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou uma série de ações já implementadas, como o Voucher Transportador e a abertura de vagas de educação infantil, além de anunciar que a expansão do setor permite a geração de novas e melhores oportunidades de emprego aos sul-mato-grossenses.

“Já estamos na fase final da nova industria da Suzano em Ribas de Rio Pardo, e a Arauco já iniciou a terraplanagem [da nova fábrica] em Inocência. Com isso, o Mato Grosso do Sul vai liderar a exportação e a produção de celulose no país. Hoje já temos 1,4 milhão de hectares plantados e devemos chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos, beneficiando todos os municípios da Costa Leste”, destaca Jaime Verruck.

Pelo setor, compareceram além de Paulo Hartung o embaixador José Carlos da Fonseca Jr, diretor da Ibá; Darcio Berni, diretor executivo da ABTCP; Douglas Lazaretti e André Vieira, da Suzano; Germano Vieira, da Eldorado; Mauro Quirino e Manoel Browne, da Bracell; Carlos Altimiras e Theófilo Militão, da Arauco; e Júnior Ramires e Dito Mario, da Reflore.

Informações: Comunicação Governo de MS.

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Nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) avança no comissionamento para início de operações

Testes a frio e simulações aquosas garantem a eficácia dos equipamentos antes do start-up

A nova fábrica da Suzano, localizada em Ribas do Rio Pardo, está avançando para a fase final antes de iniciar suas operações, com a conclusão do comissionamento, um processo crítico que envolve uma série de verificações e testes. Atualmente, a fábrica passa pelos testes a frio, uma etapa em que os equipamentos, incluindo motores, instrumentos de campo, painéis elétricos e a sala de controle, são ativados pela primeira vez para simular as operações sem produção real.

Além dos testes a frio, um componente crucial desta fase é o teste com água, que envolve a circulação de água pelas instalações para simular o processo operacional e permitir ajustes finos nos sistemas de controle e sequências de partida. Cada unidade da fábrica tem sua própria sequência de partida, com uma análise detalhada para garantir a conformidade com as normas de qualidade e eficiência operacional.

Após cerca de 16 meses de montagem eletromecânica, que incluiu a instalação do maior Vaso Digestor já projetado, com 81,3 metros de altura e 14,5 metros de diâmetro, a fábrica se prepara para o start-up. Este vaso é fundamental para o processo de cozimento contínuo dos cavacos de eucalipto, uma etapa essencial na produção de celulose.

A fábrica não só atenderá às necessidades internas de celulose mas também contribuirá com 180 megawatts excedentes de energia para o mercado, energia suficiente para abastecer uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes, graças à energia gerada pelos turbogeradores instalados.

Este projeto não apenas reforça a capacidade produtiva da Suzano mas também destaca seu compromisso com a sustentabilidade, incorporando plantas químicas e ilhas de recuperação química que garantem a produção sustentável através do fechamento de circuito e redução de insumos.

A fábrica, que promete ser a maior linha única de produção de celulose do mundo, está se preparando para uma contribuição significativa ao setor, garantindo alta eficiência e sustentabilidade em suas operações.

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Prefeitura usa drones para reflorestamento na Serra de Inhoaíba (RJ)

A ação prevê a diminuição das ondas de calor no estado

A Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ), realizou, nesta última sexta-feira (5), na Serra de Inhoaíba, em Campo Grande, a primeira ação de reflorestamento com uso de drones semeadores. A aceleração de reflorestamento, realizada em áreas de difícil acesso com uso de inteligência artificial e drones, é parte das medidas do Município para diminuir os impactos das mudanças climáticas no estado.

A ação irá restaurar uma área de 30 hectares nos próximos três anos e realizar o enriquecimento com espécies nativas da Mata Atlântica em outros 30 hectares. A ação é feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade em parceria com a greentech franco-brasileira Morfo, que fez a primeira disseminação de sementes de espécies nativas.

A Morfo dará suporte às equipes de campo do Refloresta Rio para melhorar a velocidade do trabalho de reflorestamento. Isso porque uma equipe de duas pessoas e um drone pode replantar 100 vezes mais rápido um campo do que pelos métodos tradicionais. Outras vantagens são a extensão da biodiversidade de espécies utilizadas e a redução de custos. Numa ação, pode-se contar com pelo menos 20 espécies nativas, a um valor até cinco vezes mais barato, não só pela rapidez de plantio, mas também porque o plantio com sementes evita a estruturação de um viveiro e sua manutenção por vários meses.

O uso de drones semeadores faz parte de um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo que estão sendo adotadas pela Prefeitura para minimizar os impactos para a população das ondas de calor e temperaturas extremas. Além dos drones, entre as ações anunciadas, estão a criação de parques e o aumento no plantio de árvores nas áreas mais quentes da cidade, com o objetivo de ampliar o conforto térmico dos cariocas.

Informações: O Dia.

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Órgão especializado do Incra pode reavaliar venda da Eldorado Brasil

Sócios disputam fábrica de celulose; Incra em MS é contra transação com empresa estrangeira

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) deve fazer uma nova avaliação da compra da Eldorado pelo grupo estrangeiro C.A., que é dono da Paper Excellence, sócia da J&F Investimentos na fábrica Eldorado Brasil Celulose S/A, que funciona em Três Lagoas. Isso porque o grupo recorreu à direção nacional do Incra contra a decisão emitida no Estado se opondo à transferência da empresa pelo fato de que a sócia tem origem estrangeira e sinalizou interesse de fazer um acordo para superar o impasse.

Um parecer emitido por técnicos da Coordenação-Geral de Cadastro Rural recomenda que o assunto seja analisado pela Procuradoria Federal especializada, uma vez que o entendimento sobre transações de empreendimentos que envolvam terras pode repercutir também em outras situações em análise no órgão. Por lei, a aquisição de terras por estrangeiros exige autorização do poder público, o que não ocorreu no caso da Eldorado.

A empresa sócia da J&F alega que a restrição imposta por lei não deve envolver situações em que a transação não é especificamente sobre terras, como no caso da fábrica, que se trata de empreendimento econômico, uma indústria de celulose que tem propriedades que são utilizadas para o plantio de florestas para a produção da celulose especificamente.  Para sustentar essa posição, a C.A. enviou à direção nacional do Incra pareceres de peso, assinados pela ex-ministra do STF Ellen Gracie e o ex-advogado geral da União Luís Inácio Lucena Adams.

Longa briga – O capítulo envolvendo o Incra faz parte de uma longa briga entre a Paper e a J&F, que em setembro de 2017 fizeram acordo para a compra da Eldorado por parte da empresa comandada pelo grupo estrangeiro, uma transação envolvendo cerca de R$ 15 bilhões. A J&F Investimentos S.A. é a acionista controladora, com 50,59%, e a CA Investment tem 49,41% de participação. Pela negociação, o grupo brasileiro deveria ter transferido o restante das ações até outubro de 2018, entretanto desistiu do negócio e o desacordo desencadeou uma briga judicial.

A J&F já manifestou desejo de recomprar as ações da Paper, que mantém interesse em concluir o negócio.

O Incra entrou no assunto no ano passado, após receber, de forma anônima, documentação na regional de Mato Grosso do Sul denunciando  falta de autorização do órgão para empresa de origem estrangeira adquirir terras. Foi denunciado que a transação envolve 11 fazendas, somando 14,3 mil hectares em Selvíria, Três Lagoas e Aparecida do Taboado.

No parecer divulgado no fim de junho, recomendando a análise do caso pela Procuradoria especializada, técnicos também defendem que todas as movimentações sejam informadas à Paper, não apenas à Eldorado, que segue comandada pela J&F.

Além de uma briga judicial pelos termos do contrato envolvendo as duas empresas, tramitando na Justiça paulista, o destino da Eldorado também é analisado na Justiça Federal, com uma ação civil pública apresentada em Três Lagoas e uma ação popular em Chapecó, já sentenciada, pela anulação do negócio, por conta da irregularidade com as fazendas.

Ambas as empresas seguem firmes no desejo de ter a propriedade total da Eldorado. Recentemente, Wesley Batista, empresário, fundador e acionista da J&F Investimentos, anunciou uma nova planta para a produção na Eldorado Brasil Celulose, com valor estimado em R$ 25 bilhões. A Paper divulgou que apoia o projeto e irá mantê-lo se assumir a unidade. Na documentação enviada ao Incra, ela manifestou interesse em fazer um acordo com o órgão federal para não ficar como proprietária ou arrendatária de terras, mas somente da fábrica, atendendo a legislação federal, segundo consta no documento mais recente do órgão.

Informações: Campo Grande News.

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