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Suzano adia início de operações de fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo (MS)

A previsão era de ser entregue em junho de 2024, mas foi adiada para julho

A Suzano adiou o início das operações do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo, município a 98 km de Campo Grande. O anúncio oficial foi feito, nesta terça-feira (25), por meio de Fato Relevante aos acionistas e ao mercado em geral.

Antes, a fábrica havia antecipado a previsão de entrega do segundo semestre de 2024 para até junho. Agora, mudou para julho deste ano.

O documento assinado pelo diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores, Marcelo Feriozzi Bacci, informa que o projeto está na fase final de comissionamento.

“O Projeto Cerrado está na sua fase final de comissionamento e a Companhia tem por objetivo em seu planejamento garantir a adequada execução do start-up da nova fábrica e o bom desempenho de sua curva de aprendizado. As demais informações e estimativas divulgadas acerca do Projeto Cerrado mantêm-se válidas e inalteradas”, diz o comunicado.

O valor total investido na obra é de R$ 22,2 bilhões, sendo a maior indústria do mundo com uma única linha de produção na área da celulose. Esse é o maior volume de recursos privados sendo investidos no País.

A nova planta, que iniciou as obras em maio de 2021, terá capacidade nominal de 2,55 milhões de toneladas de produção de celulose de eucalipto ao ano.

Durante a construção, o empreendimento gerou cerca de 10 mil empregos diretos no pico da obra, além de milhares de empregos indiretos. Quando concluída, a nova unidade deve empregar 3 mil pessoas entre colaboradores próprios e terceiros.

Melhorias no município

Em fevereiro deste ano, o governador Eduardo Riedel (PSDB) assinou Ordem de Serviço da obra do CISS (Centro Integrado Sesi Senai), em Ribas do Rio Pardo. O local deve ficar pronto em 2025.

A Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) está investindo mais de R$ 40 milhões no centro e prevê capacitar 1,3 mil pessoas nos três primeiros anos para gerar mão de obra à indústria de celulose da Suzano.

Na época, foi abordado os impactos no município e comemorado a aproximação da entrega da obra.

O prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (PT), falou sobre a “dor do crescimento”. A cidade vivenciou um crescimento abrupto e demanda emergencial de serviços públicos.

Informações: Campo Grande News.

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Preço elevado faz Suzano (SUZB3) desistir da International Paper

Negociações tiveram início em maio

A Suzano (SUZB3) anunciou que encerrou as negociações para a compra da International Paper (IP), segundo fato relevante divulgado nesta última quarta-feira (26).

As negociações tiveram início em maio, e a empresa brasileira diz ter atingido o que entende ser o “preço máximo para que a transação gerasse valor para a Suzano, sem que houvesse engajamento da outra parte”. O valor proposto não foi revelado no fato relevante.

Embora a Suzano se beneficie do cenário de recuperação do preço da celulose e desvalorização do real, a possível aquisição da International Paper pela Suzano gerava dúvidas entre investidores, que não enxergavam com clareza quais sinergias seriam possíveis com o negócio.

No ano, as ações da Suzano acumulam queda de 7,85%.

Informações: InfoMoney.

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Arauco começa terraplanagem para fábrica em Inocência

Arauco começa terraplanagem para fábrica em InocênciaEmpresa chilena contratou consórcio; obras devem durar um ano e envolver 1.800 pessoas

A empresa chilena de celulose Arauco contratou um consórcio e essa semana começa a avançar a obra de terraplanagem para a construção de uma fábrica na zona rural de Inocência, a cerca de 50 km da cidade. Diante das dimensões do chamado Projeto Sucuriu, a preparação da área deve durar cerca de um ano.

Ontem, dirigentes da Arauco estiveram no local com representantes das contratadas para a obra, as empresas MLC Infra Construção e Construtora Aterpa. No município, já vinha ocorrendo movimentação, com a chegada de trabalhadores e responsáveis pela execução. Essa semana, a chilena fez reuniões com autoridades e a comunidade para explicar a evolução do projeto, os encontros são parte da rotina do projeto. Muitas pessoas compareceram em reunião no centro de convivências da Prefeitura. Entre os temas abordados estavam a segurança pública e questões ambientais.

A previsão é que a obra de construção comece no final do ano que vem. No pico, deverá reunir cerca de 12 mil trabalhadores. Inocência tem oito mil moradores e há estimativa de que a população chegue a 20 mil em dez anos, com a economia local saltando da 48ª posição para ficar entre as dez maiores.

Na fase inicial, de terraplanagem, devem ser empregadas 1.800 pessoas, contratadas pelo consórcio, priorizando mão de obra local. As empresas deverão manter alojamento na própria região da obra, para evitar impacto relevante na rotina da comunidade.

A Arauco recebeu licença de instalação no mês passado, em evento disputado na Governadoria. A empresa fez parcerias com Sebrae, Sesi e Prefeitura para aproveitamento e qualificação de mão de obra e fornecedores locais. Antes de ter a própria fábrica, a empresa chilena já tem investimentos no Estado, na produção de florestas de eucalipto.

O projeto licenciado da fábrica de Inocência prevê duas plantas de produção, com investimento de R$ 28 bilhões. A planta que começará a ser construída ano que vem terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano, com investimento de R$ 15 bilhões.

Representantes da empresa tiveram reunião com autoridades e comunidade e visitaram local da obra
O CEO da empresa no Brasil, Carlos Altimiras e o prefeito Antonio Angelo lembraram dos passos para o avanço do empreendimento controlando os impactos na rotina da cidade. “Estamos avançando para tornar o Projeto Sucuriú uma realidade não só para Inocência, mas para todo o Estado. Isso só é possível devido ao empenho da Prefeitura Municipal, do Governo do Estado, e de todas as demais entidades e lideranças da sociedade que tem colaborado com o desenvolvimento do projeto”, analisou Altimiras.

“Essa é uma etapa muito esperada, pois é a primeira movimentação física no projeto e representa um grande passo na caminhada que todos nós começamos juntos desde a assinatura do termo de acordo em junho de 2022”, lembrou o prefeito, citando a articulação do poder público com a empresa e a expectativa de desenvolvimento local.

O Governo do Estado também está com obras na cidade, informando essa semana que  começou terraplanagem para criar uma pista de pouso em Inocência. Além disso, haverá construção de moradias, ampliação da infraestrutura de saneamento, reforma da delegacia, entre as intervenções anunciadas.

“Queremos que a população seja parte efetiva do Projeto Sururiú, seja por meio do atendimento a demandas diretas ou indiretas. O preparo de todos é fundamental para que isso ocorra, por isso realizamos parcerias com entidades locais que são referência tanto na capacitação de mão de obra como na formação de empreendedores, o que permitirá a todos aproveitarem as oportunidades que irão surgir”, comentou o gerente executivo de Relações Institucionais e ESG da Arauco, Theófilo Militão.

Informações: Campo Grande News.

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Exclusiva – BioComForest chega para agregar aos setores de biomassa, compostagem e floresta com inovação; maquinários pesados serão destaque da feira

O BioComForest (1º Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta), será realizado nos dias 30 e 31/07 e 01/08, no Campus Unesp, de Botucatu (SP), e contará com uma robusta programação, que inclui 30 palestras de renomados profissionais com amplo know-how, debates para cada tema, Curso Teórico e Prático de Compostagem, além de dias de campo e feira com a presença de grandes empresas dos três segmentos.

As principais empresas de biomassa, compostagem e floresta, estarão reunidas em um único evento trazendo o que há de mais moderno e inovador nos setores, com novidades em soluções e maquinários pesados, que prometem ser as ‘grandes estrelas’ da feira. O BioComForest é uma oportunidade única para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, fornecedores e clientes.

O evento, que nasce como um dos maiores e mais inovadores nos setores, é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações em parceria com a UNESP – Universidade Estadual Paulista.

FOCO DO EVENTO

O 1º Congresso e Feira Internacional de Biomassa, Compostagem e Floresta é um evento 100% focado e específico a esses setores. As principais vantagens é que no BioComForest os participantes irão encontrar:

  • Profissionais ligados diretamente ao setor de biomassa, compostagem e floresta;
  • Networking em debates, meetings, bate-papos em coffee break e durante a feira;
  • O principal encontro executivo do setor de biomassa e compostagem;
  • Palestras focadas em temas ligados ao setor;
  • Público seleto e com interesse direto no assunto;
  • Primeiro e único evento especializado no setor no Brasil e no mundo;
  • Participação dos principais especialistas do setor no Brasil e no mundo;
  • Apoio das principais empresas e entidades dos setores no Brasil e no exterior;
  • Network também virtual, por meio da transmissão do evento em plataforma exclusiva via internet, caso as 300 vagas sejam preenchidas antecipadamente.

CONFIRA ALGUMAS SOLUÇÕES E EQUIPAMENTOS QUE ESTARÃO NO BIOCOMFOREST 2024!

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As inscrições para as palestras são limitadas a 300 vagas com direito aos três dias de Feira. Também é possível participar somente dos três dias da Feira, opção que pode ser escolhida no momento da inscrição. O Curso Teórico e Prático de Compostagem também terá vagas limitadas a 40 participantes por dia. Para mais informações sobre o BioComForest 2024 acesse: www.biocomforest.com.br, ou envie e-mail para: comercial@biocomforest.com.br ou pelo Whatsapp (67) 99227-8719.

Escrito por: redação Mais Floresta | Imagem destaque: Triturador móvel de Resíduos TANA – Máquina Solo.

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Queimadas já atingiram mais de 600 mil hectares no Pantanal

Área queimada em 2024 é 143% maior do que o registrado em 2020, quando um terço do bioma foi devastado. Incêndios devem ultrapassar 2 milhões de hectares este ano

Análise realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que, entre 1º de janeiro e 23 de junho deste ano, os incêndios no Pantanal consumiram 627 mil hectares de vegetação, o equivalente a quatro vezes a cidade de São Paulo. O número, divulgado na segunda-feira (24), ultrapassa em 143% o acumulado para o mesmo período no ano de 2020, quando incêndios sem precedentes acabaram com um terço do bioma.

Segundo análise do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ,  258 mil hectares foram queimados entre 1º de janeiro e 23 de junho de 2020. Este ano, no entanto, as condições são ainda piores.

Desde o final de 2023, diz a nota técnica da UFRJ, a região apresenta a maior seca já registrada desde 1951, ultrapassando o ano de 2020, que até o momento era considerado o primeiro do ranking de secas.

A Bacia do Rio Paraguai, abrangendo a região do Pantanal, enfrenta um déficit significativo de chuvas desde o início do período chuvoso, em outubro de 2023. Com isso, todos os rios na região registraram em junho de 2024 níveis abaixo do normal para esta época do ano.

A exceção foi o rio Cuiabá, na estação de Cuiabá, que mantém seus níveis dentro das expectativas. Em contrapartida, os trechos de Barra do Bugres, Cáceres e Miranda registram os níveis mais baixos historicamente observados para este período.

“O período 2023/2024 não encontra paralelo em nenhum outro período do registro histórico, sendo sem precedentes em termos de intensidade e duração da seca”, diz o documento.

Com isso, para o próximo trimestre – julho a setembro – a expectativa é que as temperaturas se mantenham acima da média e a precipitação abaixo do normal. “A probabilidade da área queimada exceder 2 milhões de hectares até o final de 2024 é superior a 80%”, diz a nota técnica da UFRJ.

Por causa da situação extrema, o governo do Mato Grosso do Sul decretou, na segunda-feira (24) estado de emergência. A medida tem validade de seis meses e permite a implantação de ações mais rápidas de combate.

Entre os municípios mais afetados, Corumbá desponta na frente, com 348 mil hectares queimados entre 1º de janeiro e 23 de junho deste ano. Em segundo lugar aparece Cárceres, com 87 mil hectares queimados e, em terceiro, Aquidauana, com 71 mil hectares atingidos pelo fogo.

Imagem: LASA/UFRJ

Entre as áreas protegidas, o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense é o mais afetado, com 18 mil hectares queimados. Em seguida aparecem a Estação Ecológica de Taiamã, com 11 mil hectares atingidos pelo fogo, e o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, com 9,5 mil hectares queimados.

Imagem: LASA/UFRJ

Segundo a análise da UFRJ, os incêndios no Pantanal foram provocados pela ação humana sobre o bioma. Na segunda-feira, a ministra Marina Silva também alertou para o problema e apresentou as medidas que estão sendo tomadas pelo governo para combater a situação.

“Estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa”, disse a Ministra, após a segunda reunião da “Sala de Situação”, criada pelo governo para tentar conter a crise.

Segundo ela, o Ministério do Meio Ambiente, planeja, desde outubro do ano passado, ações para se antecipar às consequências dos incêndios.

 “O que nós temos é um esgarçamento de um problema climático que vocês viram acontecer com chuvas no Rio Grande do Sul. Nós sabíamos que iria acontecer com seca envolvendo a Amazônia e o Pantanal. Nesse período, não há incêndio por raio. O que está acontecendo é por ação humana”, lamentou. 

Nesta terça-feira (25), o governo anunciou a liberação de R$ 100 milhões para ações de combate aos incêndios.

Informações: O Eco.

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Brasil, o país do futuro da madeira

Durante o quarto episódio do Podcast WoodFlow, Gustavo Milazzo e convidados falam da necessidade da criação de uma agenda país para cadeira de madeira

“Precisamos olhar a árvore em seus diferentes sortimentos. Ter um plano de manejo que seja sustentável dentro de toda a cadeia produtiva”, disse Daniel Woiski, CEO da Solida Brasil Madeiras, durante o quarto episódio do Podcast WoodFlow. O empresário foi um dos convidados do programa que também contou com a participação do head de desenvolvimento estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck.

Conduzido pelo CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, o episódio lançado em junho abordou outros temas, como o comportamento das exportações de madeira no mês de maio, mercado mundial, qualidade das florestas brasileiras, a adequação da legislação brasileira que retirou a  silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras, entre outros assuntos.

Desafogo logístico

As exportações de produtos madeireiros tiveram um aumento significativo em maio. Os dados analisados pela WoodFlow apresentam 23% de acréscimo em volume, quando comparado a abril deste ano. O valor pago também cresceu 21% no mesmo período. 

“Um aumento mensal pode refletir algo pontual e, no caso do mês de maio, é consequência do gargalo logístico que os exportadores estavam enfrentando no sul do país”, disse Marcelo Wiecheteck, da STCP. 

Daniel Woiski complementou o tema, dando o exemplo do que aconteceu na sua empresa: “Desde o final do ano passado, precisamos readequar a nossa exportação, principalmente devido à redução da capacidade de movimentação de cargas do nosso principal porto. Com isso, precisamos remanejar nossos embarques para outros terminais e isso represou produtos. Por isso vejo esse crescimento agora, como um ajuste do estoque que estava represado, um desafogo logístico”. 

Políticas para silvicultura

Em visita recente à Finlândia, país com tradição de produção de madeira de coníferas, Daniel Woiski pode analisar a cadeia da madeira naquele país e contou impressionado como o tema é crucial para o país. “Impressiona ver com quem nossa madeira compete. Mesmo com um ciclo de cultivo de cerca de 80 anos, lá a madeira cresce mais do que o crescimento das fábricas, ou seja, sobra madeira. Mesmo assim, o custo de uma tora posta na fábrica de serrados lá, é o mesmo custo de uma tora para em uma fábrica de celulose no Brasil”. 

Segundo Daniel, essa relação de custo escancara não só o custo maior em nosso país para produção de madeira, mas também a baixa qualidade de produto que ainda existe em nossas florestas. “Infelizmente, o Brasil está limitado ao gueto dos produtos de madeira. [Na Finlândia], existe o foco de se fomentar a cadeia da madeira. Nada é mais sustentável que a madeira”, completou o empresário. 

No dia 31 de maio de 2024, o Brasil sancionou a lei que retira a Silvicultura do rol das atividades potencialmente poluidoras. “Foram mais de 10 anos de discussão para que se comprovasse que o cultivo de florestas está do lado do meio ambiente. De imediato podemos ter duas oportunidades com esse novo enquadramento: a facilitação com menor burocracia para se exercer a silvicultura e também a redução de custos”, disse Marcelo. 

Daniel ainda defende que a cadeia de madeira precisa de um planejamento em nível de Brasil e ressalta que essa agenda deve ultrapassar as barreiras quadrienais das eleições. Segundo ele, é necessário um plano de manejo que ultrapasse os anos do ciclo do pinus (15 a 20 anos) e que se olhe não só a árvore, mas o potencial produtivo da cadeia ao entorno de cada sortimento de madeira. Por exemplo, as partes mais grossas, para serrarias, as mais finas para celulose e papel, resíduos para biomassa e energia, etc, abastecendo toda a cadeia produtiva. “Precisamos aproveitar cada pedaço da árvore. Se construirmos este cenário, acredito que o Brasil é o país do futuro da madeira”, reforça. 

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre entre um empresário do setor e um consultor convidado. 

O Podcast WoodFlow pode ser acessado diretamente no youtube da startup ou nas plataformas de streaming de áudio

Serviço:

Acesse o Podcast WoodFlow na sua plataforma preferida.

https://linktr.ee/woodflow

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Suzano (SUZB3) confirma data para início da operação de nova fábrica de celulose

Suzano (SUZB3) comunicou nesta terça-feira (25) que o início das operações da sua nova fábrica de produção de celulose de Ribas do Rio Pardo, localizada no estado do Mato Grosso do Sul (Projeto Cerrado) ocorrerá ao longo de julho de 2024.

“O Projeto Cerrado está na sua fase final de comissionamento e a companhia tem por objetivo em seu planejamento garantir a adequada execução do start-up da nova fábrica e o bom desempenho de sua curva de aprendizado”, disse a Suzano em comunicado.

Há duas semanas, a empresa anunciou a aquisição de 15% de participação na Lenzing, em um negócio que marca a entrada da gigante brasileira de papel e celulose no ramo têxtil.

Ação do setor mais descontada do mundo

Na avaliação do BTG Pactualcom base em relatório de 6 de junho, a Suzano negocia com desconto de 37% para a Klabin (KLBN11), aproximadamente 35% para produtores chilenos, 42% para a IP e até mesmo um desconto de 20% para a Irani (RANI3).

companhia se tornou o produtor de celulose com maior desconto no mundo, na avaliação do banco. Para o BTG, o desconto é injustificado pelos fundamentos, uma vez que a empresa é o produtor de maior qualidade na indústria (com base em curvas de custos, rentabilidade, retornos).

Veja o comunicado da empresa

Informações: Money Times.

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Baiano de 23 anos cria maior drone agrícola de pulverização do mundo

Com apenas 23 anos, Gabriel Leal é o nome por trás do maior drone agrícola de pulverização do mundo, que começará a ser testado em agosto, em uma fazenda de grãos em Mato Grosso. O baiano de Livramento de Nossa Senhora, a cerca de 600km de Salvador, é fundador e CEO da Psyche Aerospace, uma agtech 100% brasileira que desenvolveu o Harpia P-71.

Com tecnologia 100% nacional, o equipamento opera com um motor híbrido de etanol e baterias e pode pulverizar 40 hectares por hora, com uma autonomia de 10 horas de voo. O drone tem a capacidade ainda de se reabastecer sozinho, em outro equipamento batizado de Beluga, também criado pela startup do jovem baiano, sem formação universitária e aficionado pelo setor aeroespacial.

“Eu tinha um projeto para mineração de asteroides, sempre me interessei em desenvolver tecnologia para o setor aeroespacial, e o setor que identifiquei como melhor oportunidade de negócios é o agro, que tem fazendas gigantes no Centro-Oeste, onde a pulverização com tratores ou avião é ineficiente ou muito cara”, disse o jovem baiano ao Valor Econômico.

Filho e neto de agropecuaristas baianos, Gabriel se mudou para São José dos Campos há dois anos, quando sua empresa nasceu, em dezembro de 2022. A startup está incubada no hub do Parque de Inovação Tecnológica da cidade, que hoje funciona em uma área de 6 mil m² na zona sul do município.

Gabriel comanda equipe de 60 funcionários, entre engenheiros, técnicos e pessoal administrativo e comercial | Foto: Click Business

Lá, foi desenvolvido o equipamento, que é capaz de levar 400 quilos de defensivos em voo autônomo, com uso de tecnologias da Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT). Para entender sua capacidade, o maior drone pulverizador já apresentado no país até agora tem capacidade de “apenas” 60 quilos. Em uma simulação para investidores, em uma área de 1.000 hectares, uma frota autônoma de seis superdrones faz o serviço em cinco horas, contra 4 ou 5 dias de um trator, um ou dois dias de um avião e 15 dias de um drone manual.

Um dos seis protótipos do Harpia P-71, com design inspirado no avião norte-americano de reconhecimento militar Black Bird, foi testado em março, em São José dos Campos. O voo foi coordenado pelo engenheiro aeroespacial Gabriel de Paula, que trabalha na Psyche desde o início do projeto. ““Voar o P-71 e garantir sua estabilidade representou um grande desafio que exigiu muito foco e atenção”, disse ao Valor sobre o equipamento, que não será vendido.

Segundo o CEO, a ideia é que o drone preste serviços aos produtores agrícolas. No plano de negócios do baiano está, inicialmente, o mapeamento da área para traçar as linhas que o equipamento vai pulverizar, altitude necessária, vazão para o bico, velocidade e angulação. A ideia é que o foco seja pulverizar as lavouras de cana-de-açúcar, citros e grãos, a um custo de R$ 20 por hectare por aplicação.

“O produtor não precisa ter o controle do drone, que é um equipamento de alta tecnologia, que demanda muita capacitação para efetuar a pulverização corretamente, com rapidez e segurança. Ele só quer a aplicação”, explica o baiano.

Com pré-contrato anual com produtores de grãos da região Centro-Oeste e fazendeiros paulistas, Gabriel deve começar a operar comercialmente o Harpia P-71 até o fim do ano. Apesar de voltado para atender grandes produtores, o jovem espera, mais pra frente, fechar contratos com cooperativas agropecuárias, atendendo médios e pequenos produtores também.

Informações: Alô Alô Bahia.

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Incêndios florestais no 1º semestre geram maiores emissões de CO2 em 20 anos

Dados do observatório europeu Copernicus mostram intensidade do fogo, que gerou nível de CO2 atípico para primeira metade do ano

No primeiro semestre de 2024, o Brasil teve o maior índice de emissões de CO2 causadas por incêndios florestais e queimadas nos últimos 20 anos, de acordo com o acompanhamento do observatório europeu, Copernicus. Antes mesmo de se completarem os primeiros seis meses do ano, o país já emitiu 81,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente (t/CO2e), cerca de 22 megatoneladas de carbono, um padrão não registrado pelo sistema desde 2005.

O estado de Roraima sozinho foi fonte de cerca de um quarto destas emissões. Segundo dados europeus, até o mês de maio as queimadas no estado haviam gerado 19,8 milhões de t/CO2e. O mês de junho, marcado por incêndios no Pantanal, já contabilizava 20,7 milhões de t/CO2e até o dia 19, data limite para os dados aos quais Um Só Planeta teve acesso com exclusividade.

Segundo especialistas brasileiros, o norte amazônico, prejudicado pela seca de 2023, ficou exposto de forma anormal ao fogo espontâneo da floresta, o que aumentou a ocorrência de incêndios. O dado ajuda a explicar por que, mesmo com a queda do índice de desmatamento, as queimadas afligem a Amazônia. O sul do bioma é a região tradicionalmente mais exposta à exploração da terra.

“Não é a primeira vez que Roraima tem os maiores índices de ocorrência de incêndios do bioma. Isso aconteceu em 2007, um evento forte de [fenômeno climático] El Niño. O estado tem uma das maiores áreas contínuas de vegetação de cerrado e também de floresta de transição no bioma amazônico, que normalmente já são mais inflamáveis do que as florestas densas que ocorrem no restante da região”, observa Henrique Pereira, professor titular da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), no Departamento de Ciências Fundamentais e Desenvolvimento Agrícola.

No prognóstico do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) para este inverno, deve haver chuvas acima da média em Roraima, porém em outras partes do Norte espera-se uma forte temporada de estiagem, que pode atingir até 150 mil famílias no estado do Amazonas, em previsões iniciais.

Emissões de CO2 equivalente geradas por queimadas no Brasil em primeiros semestres. — Foto: MapBiomas/Editora Globo
Emissões de CO2 equivalente geradas por queimadas no Brasil em primeiros semestres. — Foto: MapBiomas/Editora Globo

Um semestre “fora da curva”

O primeiro semestre de 2024 vem sendo considerado “fora da curva” por especialistas, e desde fevereiro já dava sinais de uma emissão alta advinda de queimadas e incêndios florestais. Naquele mês, Roraima teve, segundo dados do Inpe, 2.001 focos de fogo, número 12 vezes maior do que o do mesmo mês em 2023.

Agora em junho, a explosão dos incêndios no Pantanal levou o país à liderança mensal do ranking de queimadas na América do Sul. O mês, mesmo não contabilizado inteiramente, é o de maior nível de emissões do ano, no monitoramento do Copernicus. O período coincide com o início das queimadas no Pantanal, que nesta semana fizeram o estado do Mato Grosso do Sul decretar situação de emergência.

“No Cerrado, a seca chegou bem mais cedo e no Pantanal está muito antecipada, era para estar úmido ainda naquele bioma”, analisa Ane Alencar, diretora de ciências do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Na Amazônia, a pesquisadora lembra da hipótese que pode acontecer com o início do fenômeno La Niña, previsto para setembro, o que poderia adiantar o período chuvoso. Historicamente, o segundo semestre costuma ter uma incidência maior de incêndios florestais no Brasil.

“Geralmente começa a chover em outubro na amazônia, mais ao sul, e com La Niña pode antecipar um pouco, para o começo do mês. Espero que isso aconteça, mas isso não vai afetar agosto e setembro, que são os períodos mais quentes de temperatura e focos de incêndio na Amazônia, Cerrado e Pantanal.”

— Ane Alencar, diretora de ciências do Ipam

Emissões oficiais do Brasil ignoram incêndios florestais

O impacto das emissões de incêndios florestais é considerado neutro pelo governo brasileiro em relação às emissões oficiais do país de gases de efeito estufa. Isso porque o método utilizado considera que a mata, após a queimada, se recupera e assim reabsorve o CO2 eliminado. Contudo, a influência da mudança climática sobre os biomas vem alterando dinâmicas naturais de uma forma que merece atenção, avaliam especialistas.

“A gente entra em um processo em que as condições para que incêndios florestais acabam sendo mais frequentes e não dá tempo para a vegetação se recuperar entre um fogo e outro”, afirma Alencar. “Isso quer dizer que estamos tendo emissões consideráveis por incêndios sobre uma vegetação que não consegue se recuperar a tempo, um indicativo de mudança climática.”

Sobre o tema, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima afirmou em nota que “quando incêndios atingem vegetação nativa e não há conversão do uso da terra — ou seja, quando o fogo não é seguido de desmatamento —, a área afetada irá se recuperar e as emissões causadas pela queima da biomassa serão removidas. Apesar dos impactos do fogo para a vida humana e a biodiversidade, o desmatamento é mais preocupante do ponto de vista de emissões”.

Incêndios mais frequentes no mundo

Estudo publicado nesta segunda-feira (24) no periódico científico Nature Ecology and Evolution aponta um crescimento da incidência de incêndios florestais no planeta, sendo os últimos sete anos os mais intensos. A frequência de eventos extremos aumentou 2,2 vezes de 2003 a 2023, apontam os pesquisadores da Universidade da Tasmânia, na Austrália.

“Embora a área total queimada na Terra possa estar diminuindo, nosso estudo destaca que o comportamento do fogo está piorando em várias regiões – particularmente nos biomas de coníferas boreais e temperadas – com implicações substanciais no armazenamento de carbono e na exposição humana a desastres de incêndios florestais”, afirma a equipe de autores.

Informações: Um Só Planeta.

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O 1º semestre de 2024 é o pior desde 1988, quando as medições do Inpe tiveram início; Amazônia também está em chamas

Os focos de incêndio no Pantanal e no cerrado no primeiro semestre de 2024 (entre 1° de janeiro e 23 de junho) bateram recordes históricos no Brasil. Esse é o pior começo de ano desde o início do registro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1988.

No Pantanal, o instituto registrou 3.262 focos de incêndio. Esse número representa um aumento de 22 vezes, quando comparado com o mesmo período de 2023. As queimadas no bioma também superaram as do primeiro semestre de 2020, recorde anterior. Naquele ano, os registros foram de 2.534 focos de fogo.

Já o cerrado tem 12.097 incêndios em 2024. Em comparação com o mesmo período de 2023, há um aumento de 32%. Do total do bioma atingido pelas chamas, cerca de 53% ficam em local conhecido como Matopiba, que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Chuvas escassas na região foram insuficientes para transbordar rios.

Voltando ao Pantanal, a região do Rio Paraguai registrou 1.720 incêndios. O recorde anterior, de acordo com dados do Inpe, era quatro vezes menor, com 435 focos em junho de 2005.

Na segunda-feira 24, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal. A medida tem validade de 180 dias, em todo o Estado, e foi publicada no Diário Oficial.

A área devastada pelas queimadas chegou a 627 mil hectares, sendo 480 mil em MS e 148 mil em Mato Grosso, de acordo com dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A medida permite licitações sem edital e controle maior da Defesa Civil.

Os incêndios na Amazônia são os piores em 20 anos

Além da devastação no Pantanal e no cerrado, os índices de incêndios são altíssimos na Amazônia. Com 12.696 focos de queimadas entre 1° de janeiro e 23 de junho, a região registra seu pior semestre desde os anos de 2003 e 2004. Esses últimos marcaram, respectivamente, 14.667 e 14.486 focos de incêndios.

Em relação ao mesmo período do ano passado, 2024 registra alta de 76% no número de queimadas.

A alta do semestre corrobora a medição do mês de fevereiro. Na ocasião, o Brasil registrou 3.158 focos de incêndio — a maior da série histórica. As medições começaram em 1999.

O número de queimadas na Amazônia no primeiro semestre de 2024 só pior que nos anos de 2003 e 2004 | Foto: Sérgio Vale – Amazônia Real.

Informações: Revista Oeste.

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