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Bracell abre 40 vagas para estágios de ensino superior

O Programa Estágio Superior é realizado em parceria com a Cia. de Talentos e as inscrições podem ser feitas até o dia 4 de abril

São Paulo, 4 de março de 2024 – A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, acaba de abrir as inscrições para o seu Programa Estágio Superior 2024 em parceria com a Cia. de Talentos. Ao todo, serão disponibilizadas 40 posições para as localidades de atuação da companhia em São Paulo (SP), Lençóis Paulista (SP), Santos (SP), Água Clara (MS) e Campo Grande (MS). Os talentos interessados podem se candidatar até o dia 4 de abril no site: https://bit.ly/estagio-superior-bracell.

“O nosso Programa de Estágio Superior é a porta de entrada para o mercado de trabalho, além de ser perfeito para quem quer iniciar a trajetória profissional em uma empresa como a Bracell, que investe em formação e desenvolvimento de talentos. Temos diversos profissionais que iniciaram conosco como estagiários e foram efetivados por terem um ótimo desempenho ao longo de todo o programa. Nós não estabelecemos um limite máximo de idade para participar, uma vez que valorizamos as habilidades comportamentais, técnicas e a força de vontade do estudante em aprender e se desenvolver junto com a empresa”, ressalta Marcela Fagundes Pereira, Gerente de Recrutamento e Seleção da Bracell.  

A carga horária será de 30 horas semanais, com modelo de trabalho presencial. Além disso, é necessário que o estudante esteja cursando o ensino superior com conclusão prevista entre junho de 2025 a junho 2026. O domínio do idioma inglês é um diferencial para participar do processo seletivo.

Os interessados devem estar cursando as seguintes áreas: Administração, Agronomia, Ambiental, Arquitetura, Biologia, Ciências Sociais, Comunicação, Contabilidade, Direito, Direito E Outras Correlatadas, Economia, Engenharia Agrícola, Engenharia Civil, Engenharia De Processo Madeireiro, Engenharia de Produção, Engenharia De Segurança Do Trabalho, Engenharia Elétrica, Engenharia Física, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Geografia, Gestão Integrada, Logística, Marketing, Meio Ambiente, Pedagogia, Psicologia, Publicidade E Propaganda, Recursos Humanos, Relações Internacionais, Relações Públicas, Sanitária, Serviço Social e Tecnologia da Informação.

“Ter sido estagiária na Bracell foi muito importante para o meu crescimento profissional e pessoal. Aprendi novas coisas, tive a oportunidade de trabalhar com muitos profissionais que me desenvolveram, me ensinaram e, além da parte técnica, evolui bastante como pessoa com trocas de experiências e novos desafios. E foi com esse estágio que eu descobri que era a área de Recursos Humanos que gostaria de seguir e abriu diversas portas. Fui efetivada e estou muito feliz neste caminho”, afirma Ana Laura Ereno Gonçalves, atual assistente administrativo do RH da Bracell em SP.

Entre os benefícios para os novos talentos estão: bolsa-auxílio, plano de saúde, seguro de vida, Gympass, refeitório no local ou vale-alimentação (de acordo com a unidade de trabalho) e transporte fretado ou auxílio-transporte. “Os selecionados passarão por uma imersão nos negócios da Bracell para conhecerem todos os nossos processos de produção de celulose, além de desenvolverem de habilidades técnicas e fortalecimento da segurança de valor. Também é importante mencionar que participarão de um bate-papo de carreira a cada seis meses para entenderem se a área de atuação está contribuindo com a evolução do estágio, além de terem a oportunidade de desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais focadas no desenvolvimento pessoal e profissional”, explica Marcela.

O processo seletivo para o Programa de Estágio é 100% online e terá entre suas etapas uma apresentação pessoal, a dinâmica de grupo e entrevista individual com o gestor da área. Os selecionados atuarão nas áreas de: Logística, Manutenção Industrial, Engenharia de Processos e Qualidade, Administrativo, Produção, Suprimentos e Laboratório, entre outras.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Morte e vida ILPF

Artigo de Moacir José Sales Medrado [1]

Em “Morte e Vida Severina”, a “morte morrida”, como descrita na obra, representa não apenas a morte natural, muitas vezes ocasionada pela fome devido à miséria implacável do sertão, mas também a morte simbólica da dignidade e da esperança para aqueles que vivem em condições desumanas. Na obra, Severino, um retirante nordestino simboliza a luta pela sobrevivência em meio à pobreza e à injustiça.

A paisagem desolada de milhões de hectares de terras degradadas no Brasil, em especial os milhões de hectares de pastagens, também representa uma história de morte. Abandonadas pelo tempo e pelo mau uso agrícola, essas terras testemunham a devastação causada pelo descaso, pela ignorância técnica e pela exploração desenfreada. Onde outrora havia vida exuberante e fértil, passa a reinar a escuridão da degradação ambiental.

Assim, ao unir as narrativas de “Morte e Vida Severina” e de “Morte e Vida ILPF”, desejamos mostrar que sempre continuaremos sendo confrontados, com a dualidade da existência humana e ambiental, onde a morte e a vida se entrelaçam em uma busca constante por renovação e esperança.

Como Severino buscava uma nova chance de vida em meio à sua dura realidade, nesta crônica “Severinos” somos todos nós, embrapianos ou não, que resolvemos nos insurgir contra uma situação deplorável de degradação agrícola e juntos em uma reunião simbólica na Embrapa Milho e Sorgo, patrocinada pela Embrapa, geramos a estratégia ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), a nossa “Zona da Mata” onde a vida da terra não é vivida junto com a morte.

A ILPF surgiu como um raio de esperança rompendo o horizonte árido, trazendo consigo, dentre outros objetivos ressuscitar essas terras moribundas geradas pelo mau uso; a ILPF veio como um tratamento de última esperança para uma pessoa à beira da morte. Era a UTI de alta complexidade que essas terras tanto necessitavam.

A primeira fase do processo de implantação da ILPF nas terras degradadas compara-se a uma cirurgia delicada, onde cada ação é crucial para a sobrevivência do paciente. Os solos são avaliados e decisões sobre sua melhoria são tomadas, as sementes são plantadas, a pastagem ou a agricultura começa a brotar e as árvores começavam a crescer. É um processo lento e árduo, mas cheio de promessas de renascimento.

À medida que o tempo passa, as terras começam a se recuperar lentamente, como se estivessem em uma UTI clínica, onde os cuidados intensivos são mantidos, mas já se vislumbra uma luz no fim do túnel; as plantas crescem, os animais se reproduzem e a biodiversidade começa a florescer novamente.

A terceira fase assemelha-se a uma recuperação em apartamento, onde as terras já são capazes de sustentar a vida de forma mais autônoma. Os sinais de vida são evidentes, e a esperança se transforma em certeza de que a ILPF cumpriu sua missão de ressuscitar aquelas terras outrora condenadas à morte.

Por fim, a volta à vida plena em quem voltam a ser produtivas, sustentáveis e repletas de vida. É como se tivessem passado por uma transformação milagrosa, onde a morte foi vencida pela força da vida e da resiliência.

Assim, a história das terras antes condenadas à morte se torna uma história de vida, renascimento e esperança. Graças à ILPF, transformada em lei (Lei Nº 12.805, de 29 de abril de 2013) estão podendo experimentar uma nova chance de viver, um novo modo de existir onde os cuidados com a saúde do solo e do meio ambiente passam a ser mais valorizados do que nunca. Além de sua transformação em Lei Federal e sua organização como Rede ILPF, tem sido amplamente promovida em políticas de fomento em todo o Brasil, como o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e outras iniciativas implementadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA) em colaboração com a Embrapa e o Serviço Brasileiro de Aprendizagem Rural (Senar), como os projetos Rural Sustentável e ABC Cerrado.

E assim, sob o título de “Morte, Vida ILPF”, contamos a história de ressurreição, das áreas de terras degradadas lembrando a todos nós que, mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma luz no fim do túnel, uma esperança de renascimento e uma promessa de vida.


[1] Engenheiro Agrônomo (UFCE), Doutor em Agronomia (ESALQ/USP), Especialista em Planejamento Agrícola (SUDAM/SEPLAN – Ministério da Agricultura), Pesquisador Sênior em Sistemas Agroflorestais (EMBRAPA – aposentado), Proprietário e Diretor Técnico da Medrado e Consultores Agroflorestais Associados Ltda.

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CMPC lidera ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global

Anuário de Sustentabilidade da S&P Global avaliou mais de 9,4 mil empresas e considerou que multinacional chilena tem os melhores indicadores de desempenho econômico, social e ambiental dentre as companhias do segmento florestal

A CMPC é a nova líder do ranking de Sustentabilidade Corporativa da S&P Global Sustainability Yearbook 2024 no segmento florestal. Esse é um dos indicadores mais importantes do mundo que, nesta edição, analisou critérios de desempenho econômico, ambiental e social de mais de 9,4 mil empresas. Na avaliação geral, a multinacional chilena ficou posicionada entre as 1% mais bem colocadas. Na categoria Papel e Produtos Florestais, a CMPC superou as outras 38 companhias do setor, como Suzano, Mondi (Reino Unido), UPM (Finlândia) e Fedrigoni (Itália).

Para o CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, esse reconhecimento “estabelece um precedente muito importante para a empresa e seus colaboradores, nos motivando a continuar trabalhando em um dos pilares de nossa operação: a sustentabilidade. Vamos manter nossos esforços para que as operações futuras sejam ainda mais sustentáveis e amigáveis, não apenas com o meio ambiente, mas também com as comunidades e no aspecto financeiro. Isso, com o objetivo de ser uma empresa responsável e comprometida em todas as nossas áreas de operação”.

S&P Global Sustainability Yearbook reconhece empresas de todo o mundo e de diferentes setores por suas políticas de sustentabilidade. Assim, existem categorias relacionadas a telecomunicações, alimentos, energia, financeiro, entre muitas outras. Para fazer parte deste importante índice, as empresas são avaliadas com critérios semelhantes. Assim, aquelas que estão entre as 15% melhores classificadas dentro da indústria, e cuja pontuação não tenha uma diferença maior que 30% da obtida pela primeira colocada, passam a fazer parte do Sustainability Yearbook.

O resultado obtido pela empresa é fruto do trabalho que a CMPC vem realizando há anos no quesito sustentabilidade. Um exemplo é que a empresa reaproveita 100% dos resíduos do processo industrial. Esse material é transformado em 13 novos produtos, que vão desde matéria-prima para fabricação de cimento, adubos e fertilizantes até insumos para painéis de madeira.

Além disso, a companhia possui mais de 95% de seus ativos florestais certificados em manejo florestal sustentável e mais de 90% da energia consumida em suas operações é proveniente de fontes renováveis. Em âmbito local, está em fase de conclusão o BioCMPC, maior projeto de sustentabilidade da história do Rio Grande do Sul, que tornará a unidade industrial de Guaíba referência mundial em sustentabilidade. Com investimento de R$ 2,75 bilhões, o projeto conta com 31 ações de controle ambiental e modernização operacional. Entre as principais ações do BioCMPC, destacam-se a instalação do Centro de Controle Ambiental e a desativação da caldeira de força à carvão.

Desde 2019, o grupo chileno CMPC assumiu metas de sustentabilidade ainda mais arrojadas em nível global. Esse compromisso público estabelece que a empresa deve diminuir em 25% o uso de água nos processos industriais e ser uma companhia com zero resíduo em aterros sanitários até 2025. Também são objetivos da CMPC reduzir em 50% das emissões de gases causadores de efeito estufa e acrescentar 100 mil novos hectares de área de conservação até 2030.

Todo esse trabalho também já havia rendido à empresa outros reconhecimentos, como a liderança do prestigiado Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), que colocou a CMPC em primeiro lugar entre as empresas mais sustentáveis do mundo na categoria Papel & Produtos Florestais. O DJSI é um dos indicadores mais reconhecidos na avaliação do desempenho sustentável das empresas cotadas globalmente e permite uma visão panorâmica das diferentes indústrias da economia mundial em termos ambientais, sociais e econômicos.

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Novo recorde: receita com exportação de industrializados de MS soma US$ 461,4 milhões em janeiro

Celulose lidera, e está entre os cinco principais produtos exportados no período

A receita com a exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul alcançou US$ 461,4 milhões em janeiro, de acordo com o Radar Industrial da Fiems. Os valores indicam aumento de 22% em relação ao mesmo mês de 2023, quando as receitas somaram US$ 378,9 milhões. Em relação ao volume, a elevação ficou em 31%. 

“Esse foi o melhor resultado para o mês de janeiro em toda a série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul”, afirma o economista-chefe do Sistema Fiems, Ezequiel Resende.

Quanto à participação relativa, a indústria foi responsável por 68% de toda a receita de exportação do Estado no primeiro mês de 2024.

Os cinco principais compradores da indústria sul-mato-grossense, em termos de receita, estão: China, Estados Unidos, Holanda, Indonésia e Índia. Esses países respondem por 55% de participação no total de receitas em janeiro de 2024.

Celulose em destaque

Já os cinco principais produtos exportados pela indústria de Mato Grosso do Sul em janeiro, em termos de receita, são: pastas químicas de madeira (celulose); carnes desossadas de bovino congeladas; outros açúcares de cana; bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja; e farinhas e pellets da extração do óleo de soja. Esses produtos somados proporcionaram 70% das receitas obtidas com exportação pela indústria sul-mato-grossense em janeiro deste ano.

O economista Ezequiel, dá mais detalhes sobre o tema no vídeo abaixo, confira.

Informações: FIEMS.

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Cacau: preços atingem nova marca histórica devido a problemas na oferta

Em Nova York, cotações já se aproximam de US$ 7 mil a tonelada com novo déficit na produção no horizonte

O cenário de restrição de oferta do cacau segue motivando os recordes de preço na bolsa de Nova York. Os lotes da amêndoa para março atingiram o pico de US$ 6.884 por tonelada, alta de 4,91% em relação ao último fechamento. Já os papéis para maio, os mais negociados, subiram 4,81%, a US$ 6.557 por tonelada.

Confira as cotações

O preço da amêndoa reflete as preocupações com um déficit de oferta no mundo neste ciclo. “A recuperação dos preços do cacau continua apoiada por várias preocupações com a oferta, incluindo a incerteza sobre as exportações da Costa do Marfim”, afirmou a Fitch Solutions em nota.

As entregas de cacau na Costa do Marfim, o maior fornecedor global, não mostram sinais de reação. As chegadas do produto aos portos do país na safra 2023/24, que começou em outubro, atingiram 1,16 milhão de toneladas, uma queda de 32% em relação aos 1,7 milhão do ano anterior.

Como o quadro de oferta é ajustado em meio a uma demanda firme, o mundo deve enfrentar o terceiro déficit consecutivo na produção neste ciclo 2023/24. Analistas já comentam a possibilidade de que a demanda supere a oferta também na temporada 2024/25.

Algodão

Os contratos futuros do algodão para maio, os de maior liquidez na bolsa, fecharam em alta de 1,74%, a 96,58 centavos de dólar por libra-peso.

Açúcar

O açúcar também avançou na sessão desta segunda-feira. Os lotes do demerara para maio, os de maior volume de negócios, fecharam em alta de 1,52%, negociados a 22,16 centavos de dólar por libra-peso.

Suco de laranja

Nos negócios do suco de laranja, os papéis para maio subiram 0,81% na sessão de hoje, cotados a US$ 3,7895 por libra-peso.

Café

O café se descolou das demais commodities agrícolas em Nova York e fechou o pregão em baixa. Os lotes do arábica com entrega para maio, os mais líquidos, caíram 0,39%, a US$ 1,7960 a libra-peso.

Informações: Globo Rural.

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Brasileiros concorrem a prêmio de US$ 10 milhões com método inovador de mapear florestas

Projeto desenvolvido por 50 pesquisadores conta com o auxílio de drones, de robôs e da inteligência artificial para mapeamentos

Um grupo de mais de 50 pesquisadores, em sua maioria brasileiros, é finalista em uma competição internacional com um projeto que busca mapear, com auxílio de drones, robôs e inteligência artificial, as florestas tropicais.

O grupo é formado por professores e pesquisadores de várias instituições brasileiras, e até alguns estrangeiros. Eles estão entre os seis finalistas do Xprize Rainforest, uma competição internacional de biodiversidade e tecnologia que irá premiar o vencedor com US$ 10 milhões (cerca de R$ 49,8 milhões na cotação atual). A competição teve início em 2019, com 800 inscritos, e agora chega à fase de testes em campo.

A ideia é usar a tecnologia para coletar e analisar amostras de DNA das florestas e, dessa forma, diagnosticar problemas, para que soluções possam ser propostas com base nos dados.

Viagem

No dia 22 de maio, o Brazilian Team, como é chamada a equipe de pesquisadores brasileiros, irá embarcar para Singapura com o objetivo de passar para as finais do Xprize Rainforest. Para essa etapa, o time continua em busca de patrocínios e outras formas de apoio.

Segundo o coordenador do Brazilian Team, Vinicius Souza, o grupo está bastante otimista. “Estamos preparados e acreditamos que o Brazilian Team é o que apresenta a maior diversidade de soluções e algumas das maiores autoridades científicas nas estratégias que vamos usar”, diz o professor do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Vinicius diz ainda que a equipe possui vantagem sobre as outras, por estar mais familiarizada com as florestas tropicais. “Embora Singapura seja um país pouco conhecido para nós, o ambiente de floresta tropical é muito familiar e faz parte do nosso dia a dia como pesquisadores, o que é vantajoso em relação aos times de países do Hemisfério Norte, onde fica a maioria dos demais competidores.”

Usando novas tecnologias, algumas inéditas, a equipe pretende obter resultados que acelerem o processo de estudo da biodiversidade. “Já atingimos as metas iniciais e estamos bem adiantados em inovação e desenvolvimento. Ferramentas de mapeamento da biodiversidade, inteligência artificial e sequenciamento genético, por exemplo, ajudarão a definir áreas prioritárias para conservação e identificar onde as espécies mais sensíveis estão dentro dos ambientes naturais.”

Prêmio

As finais da competição acontecerão neste ano, em local ainda não divulgado. Vencerá a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em 100 hectares de floresta tropical em 24 horas.

Para isso, será preciso fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas, para identificar os serviços ecossistêmicos das espécies identificadas – sejam os de provisão, os culturais, os serviços de proteção dos recursos naturais (solo, água, sequestro de carbono) e outros já em uso ou com potencial para uso, envolvendo a sociedade, e com destaque aos povos das florestas.

Com o valor do prêmio, o Brazilian Team pretende compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica. A participação da equipe na iniciativa conta com o apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).

Brazilian Team

O Brazilian Team é formado por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, entre eles botânicos, zoólogos, ecólogos, advogados, economistas e engenheiros do Brasil e também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, de instituições como USP, UNESP, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UNITAU, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio.

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Presidente da indústria finlandesa de serrarias: “Haverá uma grande escassez de madeira no mundo”

Matti Kylävainio, presidente da Sahateollisuus ry (Associação Finlandesa de Serrarias), prevê que ainda haverá uma grave escassez de madeira no mundo. Ele justifica sua visão com o fato de que as maiores reservas de coníferas do mundo estão na Rússia. Agora, o país está fechado do mercado mundial, com exceção da China e dos países da Ásia Central.

“Quando a economia global decola, simplesmente não há fontes alternativas de abastecimento. Houve incêndios florestais maciços no Canadá, as florestas na Europa Central foram cortadas por meia década devido a uma epidemia crônica de besouros da casca.”

Na Finlândia, por outro lado, o fornecimento de matérias-primas está garantido para a indústria moderna, o que, segundo Kylävainio, significa uma era de ouro tanto para a indústria de serrarias quanto para os proprietários florestais. A sensação de Kylävainio é que este ano será baixo no segmento de madeira serrada, mas a alta pode começar nos próximos dois anos e os tempos dourados podem vir na virada da década.

Outro caminho futuro é o fim da guerra na Ucrânia e o início da reconstrução. “É concreto, aço e asfalto. Infelizmente, a madeira é um material auxiliar, mas é claro que a reconstrução também leva a um aumento no seu consumo.”

Se a Rússia for aceita de volta à comunidade internacional, a cadeia de produção do país, corroída pelas sanções, deve ser reconstruída do toco à madeira serrada.

Kylävainio falou esta semana em Helsinki na conferência “Wood from Finland” organizada por Sahateollisuus ry. O evento reuniu cerca de 500 participantes de 34 países.

Informações: Global Wood Markets Info / Linkedin Sierra Consultoria.

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Paper Excellence acusa Incra-MS de vazamento e vícios em processo que levou órgão a se opor à compra da Eldorado

Em uma petição enviada ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Mato Grosso do Sul, a Paper Excellence acusa o órgão de vazamento de documentos restritos, além de outros vícios administrativos no processo que culminou em uma resolução contrária à aquisição, pela multinacional, do controle da Eldorado Celulose.

Na semana passada, a superintendência regional do Incra no MS negou recurso da Paper no processo, confirmando nota técnica do final do ano passado recomendando que o acordo fosse desfeito. No entendimento do órgão, como a transação envolve compra ou arrendamento de terra por empresa controlada por capital estrangeiro, deveria ter havido uma consulta prévia ao Congresso Nacional.

No entanto, a negativa do recurso da Paper Excellence vazou para a imprensa antes que o texto fosse juntado ao processo e a própria empresa ter tomado conhecimento do mesmo.

A Nota Técnica do Incra foi usada pela J&F, controladora da Eldorado, como justificativa para tentar desfazer o negócio selado em 2017. A empresa chegou a enviar uma notifcação à Paper, mas o distrato não foi selado.

Na petição enviada ao Incra no dia 26, a Paper apresenta uma ata notarial com imagens capturadas do sistema do Incra em diferentes dias e horas e que comprovam que o documento só entrou no sistema dias após o seu vazamento para a imprensa.

A Paper já havia denunciado o vazamento, logo após ter sido procurada pela Folha de S. Paulo para comentar a decisão da qual não tinha tido acesso, mas o Incra-MS respondeu que o processo administrativo seguiu os trâmites legais, que a empresa não apresentou provas do vazamento e que estava “deturpando a transparência e, consequentemente, a publicidade que sempre caracterizou as decisões colegiadas da Superintendência Regional”.

Na petição, a Paper pede novamente que o processo seja encaminhado à presidência do Incra, instância hierárquica superior, como prevê o rito nos órgãos públicos, para apreciação do recurso administrativo e apuração sobre o eventual vazamento de documentos.

A empresa também diz na petição que “tomará medidas para responsabilizar civil e criminalmente os responsáveis pelo vazamento”.

A Paper, que detém 49% da empresa de celulose, comprou os 51% restantes da J&F — mas os irmãos Joesley e Wesley Batista desistiram de vender pelo preço acordado, e desde então as partes estão brigando na Justiça.

A J&F não reconheceu uma decisão da câmara de arbitragem que deu ganho de causa à Paper Excellence. E tenta recorrer na Justiça da decisão que confirmou a decisão arbitral. No mês passado, a empresa conseguiu uma liminar no STJ suspendendo o julgamento que iria confirmar ou não a decisão em primeira instância que entendeu que a decisão arbitral era procedente.

Em nota enviada à coluna, o Incra-MS nega as acusações e diz que elas “carecem de fundamento legal”.

A Superintendência Regional do Incra em Mato Grosso do Sul esclarece que as alegações da empresa Paper Excellence veiculadas por alguns veículos de imprensa acerca do assunto em questão carecem de fundamento legal. No sentido de restabelecer a legalidade das ações da autarquia informamos que:

1 – A Ata da reunião do Comitê de Decisão Regional (CDR) realizada em 21/02/2024 foi anexada aos processos administrativos 54000.023718/2024-89 e 54000.023868/2024-92 na mesma data, respectivamente às 14h28 e às 18h47. Após a publicação da resolução do CDR no Diário Oficial da União, o referido documento foi também incluído no processo 54000.020133/2023-26. O acesso aos processos administrativos está disponível por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para todos os cidadãos interessados, garantindo, assim, a transparência administrativa e o cumprimento integral dos protocolos da instituição;

2 – Reiteramos que todas as decisões do Incra são fundamentadas na legislação vigente no país e contam com respaldo jurídico da Procuradoria Federal Especializada, órgão da Advocacia-Geral da União (AGU) vinculado à autarquia, além de Notas Técnicas elaboradas por servidores de carreira do próprio Incra. Ressaltamos, ainda, que as normativas da autarquia preveem recursos para contestações em procedimentos administrativos.

3 – Desta maneira, não é plausível a tentativa de lançar dúvidas sobre a conduta ética e legal do superintendente do Incra em Mato Grosso do Sul, profissional técnico da área, visto estarem sendo cumpridos os preceitos legais e observada a garantia do contraditório.

Informações: O Globo.

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Tecnologia é aliada contra mudanças climáticas no Pantanal

Enquanto as interferências climáticas afetam parte do bioma, a pecuária de corte, especialmente na fase de cria, tem sido uma fonte crucial

O Pantanal passa por transformações impulsionadas pela tecnologia, resultando em aumento na produção. Em novembro de 2020, incêndios devastaram 26% do bioma, afetando 4,6 bilhões de animais. Nos anos seguintes, as queimadas aumentaram na região, algumas ligadas a ações humanas e outras a fenômenos naturais, como a autocombustão do cerrado.

Os extremos climáticos no Pantanal, caracterizados por períodos de chuvas com inundações e secas com queimadas, impactam significativamente a produção e a região. Enquanto as interferências climáticas afetam parte do bioma, a pecuária de corte, especialmente na fase de cria, tem sido uma fonte crucial de produtividade, com os bezerros sendo a principal ênfase da produção, sendo levados para regiões periféricas para recria e engorda, conforme indicado pela Embrapa Pantanal.

Ainda assim, de acordo com a coordenadora do projeto Viva Pantanal, Tatiana Scaff Teles, as interferências no clima foram decisivas para as alterações da produção no local. “No Pantanal, os produtores sofrem com os extremos, como a seca vivenciada nos últimos anos, bem como a falta de água, tendo impactado a queda na produção. Sendo assim, muitos produtores tiveram a sua produção afetada pelo encarecimento do preço dos produtos”, enfatiza a coordenadora.

A especialista destaca a importância da mecanização no campo para reduzir a dependência das ações humanas, especialmente em operações de limpeza e manutenção de pastagens. No entanto, a implementação desses mecanismos na região do Pantanal ainda é lenta, enfrentando desafios como a especialização da mão de obra. Apesar dos obstáculos, a introdução de novas tecnologias na região tem impulsionado produções eficientes, tornando o Pantanal competitivo em relação ao Planalto. A especialista ressalta os benefícios, incluindo a diversificação de raças na pecuária e a possibilidade de práticas mais intensivas e seletivas na criação de animais.
 

Informações: AGROLINK.

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Israelense ICL adquire empresa paranaense de insumos biológicos

Negócio com a Nitro 1000, de Cascavel, foi fechado por US$ 30 milhões

A israelense ICL, que atua no segmento de insumos para agricultura e pecuária, informou nesta quarta-feira que adquiriu a paranaense Nitro 1000, com sede no município de Cascavel e foco em produtos biológicos. O negócio foi fechado por US$ 30 milhões e fortalece os planos da ICL de construir uma plataforma relevante de biológicos no Brasil, que já é responsável por 20% do faturamento da multinacional (US$ 7,5 bilhões em 2023).

“A estrutura da Nitro 1000, aliada aos nossos recursos de P&D, permitirá o avanço no segmento de biológicos e nos posicionará como a empresa de tecnologia com o portfólio mais amplo do Brasil, permitindo o atendimento às diversas demandas dos produtores”, afirma Ithamar Prada, vice-presidente de Marketing & Inovação da ICL, em nota. O mercado de insumos agrícolas biológicos movimentou mais de R$ 4 bilhões no país no ano passado, segundo a CropLife, entidade que representa companhias do ramo.

Fábrica da Nitro 1000 em Cascavel (foto: Divulgação)

A Nitro 1000 é especializada na fabricação de inoculantes, produtos com micro-organismos que favorecem o crescimento das plantas, e tem capacidade para fabricar 4,5 milhões de litros por ano. Iris Guindani, um de seus fundadores, permanecerá à frente da companhia. Os inoculantes da Nitro 1000, que podem substituir ou otimizar o uso de fertilizantes, serão direcionados sobretudo a lavouras de soja, milho e cana.

Informações: InfoMoney.

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