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Suzano faz registro raro de grupo de cachorros-vinagre em área florestal de Mato Grosso do Sul

Por meio de câmeras trap, Programa de Monitoramento da Biodiversidade conseguiu flagrar quatro animais da espécie, ameaçada de extinção

O Programa de Monitoramento da Biodiversidade da Suzano, referência global de fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, conseguiu, com o apoio de armadilhas fotográficas (câmeras trap), o raro registro de um grupo da espécie cachorro-vinagre (Speothos venaticus) em área florestal da empresa em Mato Grosso do Sul.

O registro de pelo menos quatro indivíduos da espécie, realizado no fim de 2023, com a confirmação da espécie no início deste ano, foi celebrado pela companhia, uma vez que atestam as boas práticas de manejo florestal da empresa, voltado para a conservação da biodiversidade. Além da baixa abundância, esses animais são nômades, possuem hábito semifossorial (acostumado a cavar e viver debaixo do solo), usando tocas como refúgio, e precisam de grandes áreas conservadas e contínuas ou conectadas, compondo no mínimo 10 mil hectares com vegetação nativa.

“O cachorro-vinagre é parente dos conhecidos lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). Porém, diferente deles, é muito raro ser encontrado. Como os cachorros-vinagre se locomovem por grandes áreas e se escondem em tocas, é quase como procurar uma agulha em um palheiro. Por isso, esse registro, de um grupo de pelo menos quatro indivíduos, é tão importante”, destaca Renato Cipriano Rocha, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em Mato Grosso do Sul.

O cachorro-vinagre vive em grupos familiares de seis a 12 indivíduos. A espécie se alimenta de animais de pequeno e médio porte e é classificada como “em perigo de extinção” no bioma Cerrado pelo ICMBio-MMA (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Ministério do Meio Ambiente). A Suzano não divulga a área em que foi realizado o registro para a segurança dos animais.

“A conservação da biodiversidade faz parte de um dos compromissos públicos da Suzano, assumidos em 2021. A companhia acredita que é possível seguir produzindo e respeitando o meio ambiente, e registros como este nos mostram que estamos no caminho certo. Entre os compromissos da companhia, está o da implantação de corredores ecológicos que conectem esses remanescentes naturais de florestas e savanas para garantir a circulação da vida silvestres e, consequentemente, a conservação de espécies ameaçadas como a do cachorro-vinagre”, completa Rocha.

Em 2021, a Suzano assumiu o compromisso público de conectar meio milhão de hectares de fragmentos florestais naturais no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônica até 2030. Em Mato Grosso do Sul, serão conectados 139 mil hectares de áreas prioritárias de conservação ambiental. Ao todo, serão 430 quilômetros de corredores ecológicos em seis municípios da região leste (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas) para a circulação segura de animais silvestres.

Programa de Monitoramento

Implantado em 2007 no Estado, o Programa de Monitoramento e Conservação da Biodiversidade da Suzano já catalogou 784 espécies de animais silvestres, sendo 400 aves, 136 de artrópodes, 96 espécies de mamíferos, 59 répteis e 53 peixes.

Deste total, 32 figuram na lista de espécies ameaçadas de extinção pela IUCN e 34 ameaçadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), sendo oito plantas, 20 mamíferos, quatro aves, um peixe e um artrópode.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referên-cia no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósi-to de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página https://www.suzano.com.br/

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Eucalipto é capaz de armazenar grandes quantidades de carbono

Estudo coordenado pela Embrapa Cerrados (DF) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) mostra que os plantios de povoamentos de eucalipto podem armazenar grandes quantidades de carbono na biomassa da parte aérea e no solo, assim como as áreas de Cerrado nativo, contribuindo para a mitigação de gases de efeito estufa (GEE), em especial o gás carbônico (CO2). Os resultados indicam elevados níveis de carbono em plantios de eucalipto e em uma área de vegetação natural analisados (acima de 183,99 toneladas por hectare – t/ha), acumulado principalmente no solo, demonstrando que a espécie pode contribuir para a fixação de mais de 674,17 t/ha de CO2.

As árvores, tanto naturais como plantadas, podem atuar como drenos de carbono, pois fixam grande quantidade de carbono pelo processo da fotossíntese e o alocam na biomassa da parte aérea (tronco e copa), nas raízes e na adição de resíduos orgânicos ao solo. Pesquisas sugerem que as florestas, de modo geral, têm papel fundamental não apenas no ciclo do carbono, mas também podem contribuir para minimizar o aquecimento global reduzindo a circulação de GEE como o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4) e o gás carbônico (CO2).

“Nesse sentido, a remoção de GEE da atmosfera por plantios florestais em savanas deve ser considerada, se não para longo prazo, pelo menos para compensações de carbono no curto prazo. No caso de povoamentos de eucalipto, o corte é realizado aos 7, aos 14, e aos 21 anos do plantio para papel e celulose, que é o principal uso no Brasil”, aponta o pesquisador da UnB Alcides Gatto, um dos autores do trabalho.

De acordo com o Relatório Anual 2022 da Indústria Brasileira de Árvores, o Brasil tem uma área aproximada de 10 milhões de hectares de florestas plantadas, sendo 76% plantações de eucalipto destinadas a diversos fins comerciais, desde a produção de carvão, papel e celulose, mourões para cerca, postes de eletrificação e madeira para móveis e construção civil, com ciclos do plantio ao corte variando de cinco a vinte anos, dependendo do destino da madeira produzida.

A pesquisadora da Embrapa Alexsandra de Oliveira lembra que há diversos estudos sobre estoque de carbono no solo e mitigação de GEE em áreas de Cerrado convertidas em lavouras ou pastagens. Por outro lado, apesar da expansão da cultura do eucalipto no bioma, ainda há pouca informação quanto ao impacto dos plantios sobre os estoques de carbono e as emissões de GEE.

Além disso, os pesquisadores apontam que muitas pesquisas estão restritas a mensurações do carbono na biomassa do solo e acima do solo, enquanto havia uma lacuna em estimar a quantidade de carbono nos diferentes compartimentos de plantios de eucalipto, como raízes e biomassa morta no Cerrado.

“Dada a importância das florestas na fixação de carbono, e como nos ecossistemas terrestres a vegetação e o solo são os principais drenos de carbono, informações sobre o carbono acima do solo e nas raízes são essenciais para reduzir incertezas em métricas regionais sobre áreas de plantio de eucalipto no Cerrado, além de alimentarem modelos nacionais de armazenamento de carbono e mudanças climáticas”, completa Eloisa Ferreira, pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF).

Assim, o estudo buscou quantificar o estoque de carbono e a biomassa por compartimentos em plantios de eucalipto (híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) de diferentes idades e estimar, por métodos diretos e indiretos, a biomassa e o estoque de carbono de uma área com vegetação nativa de Cerrado. O trabalho foi realizado na zona rural do Paranoá (DF), em áreas vizinhas com dois plantios de eucalipto – uma com o clone EAC1528 de quatro anos e outra com o clone GG100 de seis anos – e uma área de Cerradão, uma das formações vegetais de Cerrado.

Carbono das árvores

A equipe realizou um inventário florestal para estudar a composição florística da área de Cerrado nativo. Foram encontradas 84 espécies de 41 famílias botânicas. As espécies nativas mostraram diferentes capacidades de armazenamento de biomassa e carbono. O pau-terra (Qualea grandiflora), com 161 árvores/ha, foi a espécie que estocou mais carbono, 2,87 t/ha (13% do total), cerca de 17,88 kg/ha de carbono por árvore. Por outro lado, o pau-terrinha (Q. parviflora), com 24 árvores/ha, foi a espécie que mais estocou carbono por indivíduo: 77,88 kg/ha.

Para a biomassa e o carbono acumulado na parte aérea das árvores, foi observado que a madeira foi o componente com a maior contribuição (81,35% no plantio mais jovem e 88,46% no eucalipto mais velho). Segundo os pesquisadores, no eucalipto, a madeira é a parte da planta que mais acumula biomassa e carbono, sendo que nas demais partes, como a casca, folhas e galhos, o acúmulo pode variar de acordo com as características da área estudada.

O estoque de biomassa e o armazenamento de carbono aumentaram com a idade do plantio das árvores. No de quatro anos, o carbono e a biomassa acumulados na parte aérea foram respectivamente de 62,1 t/ha (27,5% do total) e 141,1 t/ha, enquanto no plantio com seis anos foram de 81,7 t/ha (37,78% do total) e 189,7 t/ha.

Carbono no solo e nas raízes

A principal reserva de carbono nas três áreas estudadas está no solo, que fixou cerca de 68%, 58% e 84% do carbono total, respectivamente, nas áreas de eucalipto de quatro anos, de eucalipto de seis anos e de Cerrado nativo. Foi observado que a concentração total de carbono no solo diminui exponencialmente com a profundidade.

Detalhes da pesquisa

A pesquisadora Karina Pulrolnik, da Embrapa Cerrados, explica que a maior concentração de carbono na camada superficial (0 a 5 cm) se deve à deposição de material orgânico e à lenta decomposição em florestas plantadas e naturais, ricas em lignina e com uma alta relação carbono/nitrogênio, fatores que aumentam o tempo de decomposição da serapilheira e os níveis de carbono no solo. A densidade das raízes finas também contribui para o aumento dos níveis de carbono no solo, mesmo naqueles com baixa fertilidade natural, como os de Cerrado.

Do total de carbono encontrado no perfil do solo de 0 a 100 cm de profundidade, a camada de 0 a 30 cm representou 48% do total na área de plantio de eucalipto de quatro anos, 50% no plantio de eucalipto de seis anos e 52% no Cerrado nativo. As áreas de plantio de eucalipto com quatro anos de idade (154,23 t/ha) e de Cerrado nativo (154,69 t/ha) estocaram as maiores quantidades de carbono para todas as camadas de solo estudadas. Ou seja, após quatro anos da implantação do eucalipto, não houve redução de carbono no solo, enquanto o plantio de eucalipto de seis anos apresentou os menores valores de carbono no solo (126,26 t/ha).

“O plantio de eucalipto de quatro anos pareceu ter reposto os estoques de carbono do solo no primeiro metro de profundidade, apesar de algumas perdas que possam ter ocorrido logo após o estabelecimento. Por outro lado, uma perda significativa de carbono no solo de 18% (28,43 t/ha) foi observada devido ao uso alternativo, onde uma área natural similar foi convertida em agricultura, principalmente lavoura de soja e, anos depois, transformada em um plantio de eucalipto de seis anos”, comenta Alexsandra de Oliveira.

Ela acrescenta que estudos científicos mostram diminuição nos níveis de carbono nos primeiros anos de conversão da vegetação natural para outros tipos de uso do solo, como lavouras de grãos, período em que uma proporção significativa de carbono do solo que estava fisicamente protegida em agregados estáveis é abruptamente oxidada, resultando na mineralização e na perda para a atmosfera sob a forma de CO2.

As raízes tiveram menor contribuição para o armazenamento total de carbono – 4,9 t/ha na área com eucalipto de quatro anos, 1,9 t/ha no eucalipto de seis anos e 3,1 t/ha no Cerrado nativo, considerando uma profundidade de 0 a 60 cm de profundidade, o que representa, respectivamente, 2,16%, 0,88% e 1,68% do carbono total nas áreas.

Assim, enquanto o eucalipto de seis anos teve o maior estoque de carbono na parte aérea, no eucalipto de quatro anos ocorreu o maior estoque de carbono nas raízes. Os pesquisadores apontam que a menor quantidade de raízes superficiais no plantio mais antigo pode estar relacionada à proporção de raízes que cresceram em profundidade à medida que a idade do plantio aumentava.

Eucalipto jovem estocou mais carbono

Apesar dos diferentes resultados de dinâmica de carbono entre os componentes das árvores, das raízes e do solo nas três áreas avaliadas, os estoques totais de carbono foram maiores no plantio de eucalipto mais jovem, com quatro anos de idade (226,23 t/ha), possivelmente em função da maior produção de biomassa nos estágios iniciais de crescimento – com o passar dos anos, o crescimento da planta diminui. Mas esse resultado, segundo os autores, indica a necessidade de mais estudos em escala de plantios comerciais e com diferentes idades para confirmar as similaridades dos dados encontrados nesse trabalho.

Os pesquisadores destacam a notável capacidade das espécies florestais, nativas ou plantadas, em fixar o gás carbônico (CO2), sempre apresentando saldo positivo (veja a ilustração), mesmo descontando as perdas por respiração, morte das plantas e retorno gradual do CO2 fixado inicialmente para a atmosfera. Eles lembram, no entanto, que o carbono estocado é mantido nas árvores enquanto vivas, na serapilheira e na matéria orgânica do solo por décadas e até milhares de anos em formas orgânicas estáveis no solo.

“Isso valida a importância de florestas nativas e plantadas como drenos de GEE, em especial o CO2, pois mitigam as mudanças climáticas, mostrando relevância para a sustentabilidade local e para a geração de mercado de carbono”, finaliza a engenheira-florestal Fabiana Piontekowski Ribeiro, doutoranda pela UnB à época da pesquisa.

Autores do estudo

A publicação, que está disponível na integra aqui, é assinada por Fabiana Piontekowski Ribeiro, Alcides Gatto, Alexsandra Duarte de Oliveira, Karina Pulrolnik, Marco Bruno Xavier Valadão, Juliana Baldan Costa Neves Araújo, Arminda Moreira de Carvalho e Eloisa Aparecida Belleza Ferreira.

Informações: Embrapa.

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Escassez na mão de obra do setor florestal

Artigo de Mauro Murara Jr.

A automação abrange tarefas rotineiras como o plantio de florestas, tratos silviculturais e certas operações padronizadas de transporte de madeira na floresta. A plantação mecanizada de florestas não é desconhecida no Brasil, embora as áreas plantadas até o momento tenham sido pequenas e a tecnologia em franca adaptação. 

O aumento da escassez de mão de obra no setor florestal tem andado com a redução da taxa de natalidade, uma megatendência que afeta este fenômeno é a urbanização, que leva os jovens a terem uma relação cada vez mais distante com as florestas e com o meio rural.

Os jovens não querem necessariamente trabalhar na floresta. E daqueles que o fazem, muitos gradualmente se afastam, sentindo que isso não era o seu estilo. Simplesmente não há pessoas dispostas a fazer isso”.

ESTAMOS EM PLENO EMPREGO, POREM NÃO EXISTEM PESSOAS DISPOSTAS A DESENVOLVER TAREFAS ESPECIFICAS, INDEPENDENTE DE SALÁRIO OFERTADO.

Uma área potencial de automação são os equipamentos de manuseio de materiais nas instalações de produção e a Realidade aumentada para auxiliar operadores. Uma tecnologia emergente é a realidade aumentada, que auxiliará o operador de um Harvester na tomada de decisões, silvicultura de precisão no quesito nutrição vegetal, robôs para realização de inventario florestal e controle de pragas, se acredita que isso estará disponível na década atual.

É verdade que o preço dos sensores caiu nos últimos anos. Há dez anos, um scanner laser móvel custava 500.000 euros, atualmente, apenas um décimo desse valor. Devemos equipar os tratores com sensores que possam criar um valor agregado significativo em toda a cadeia de aquisição de madeira.


Mauro Murara Jr., engenheiro Florestal – CREA 059.792-9 SC

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Senai e Bracell iniciam inscrições para curso de formação de profissionais para área florestal na Bahia

O programa “Colheita de Talentos” foca em candidatos, de ambos os sexos, que residem, preferencialmente, na cidade de Alagoinhas e região

Começam nesta terça-feira, 20, as inscrições gratuitas para o programa “Colheita de Talentos”, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Alagoinhas, com o apoio da Bracell Bahia. Ao todo, são disponibilizadas 14 vagas. A iniciativa visa à formação de profissionais que desejam atuar na área florestal, com destaque para a operação de máquinas florestais, corte e baldeio de madeira. As oportunidades são voltadas, preferencialmente, para os moradores do município de Alagoinhas e região. O curso tem duração de seis meses e são fornecidos transporte e alimentação durante o processo de formação dos candidatos.

Os interessados devem se inscrever no site https://www.senaibahia.com.br/cursogratuitoemalagoinhas/ até sexta, 23. O resultado dos candidatos pré-selecionados será divulgado na segunda, 26. Tanto homens como mulheres podem participar da seleção, que contará com mais três etapas: teste psicológico, entrevista técnica e exames médicos. As aulas estão previstas para serem iniciadas no dia 1º de abril.

Jennifer Almeida, especialista em Desenvolvimento Florestal da Bracell Bahia informa que, para participar da seleção, é necessário ter mais de 18 anos, ensino médio completo e habilitação B definitiva. Ela ainda explica que o curso, totalmente gratuito, terá aulas de segunda a sexta-feira, das 2h30 às 12h, com carga horária de 1.072 horas. Os aprovados na seleção terão aulas teóricas na sede do Senai Alagoinhas, na praça Barão do Rio Branco, 55, no Centro, e as práticas, em uma unidade móvel da instituição nos módulos de colheita da Bracell, também no município.

“O programa é uma oportunidade para a Bracell, juntamente com o Senai, potencializar e descobrir profissionais que ainda não sabiam da aptidão para atuar na área florestal. Por isso, a empresa apoia a iniciativa e procura perfis de profissionais proativos, que queiram se desenvolver e contribuir com o desenvolvimento das outras pessoas do time”, afirma Jennifer, acrescentando que o interessado no curso deve disponibilidade para viajar, caso seja necessário, após a formação, já que há a possibilidade de contração pela Bracell para a unidade da Bahia e até mesmo de outros estados.  

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Arauco adota plantio mecanizado para aumentar eficiência e produtividade em sua operação florestal

Sistema tem capacidade de plantar mais de 30 mil mudas por dia e foi implementado nas operações florestais de Água Clara e Inocência (MS)

Referência global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a Arauco deu início à implementação do sistema de plantio mecanizado para garantir maior eficiência e produtividade em sua operação florestal. A inovação tecnológica garante um aumento de quase 800% nos resultados, que passaram de 233 mudas plantadas por hora no sistema tradicional para 2.000 mudas plantadas no mesmo período com o sistema mecanizado.

Adotado em dezembro de 2023 em parte das áreas das operações florestais nos municípios de Água Clara e Inocência (MS), o plantio mecanizado é realizado por meio da máquina Base Forwarder Ponsse e da plantadeira PlantMax2, que são operadas por colaboradores devidamente treinados. O equipamento tem capacidade de plantio de 30.722 mudas por dia, equivalente a 27,93 hectares, e o trabalho é realizado em três turnos de oito horas.

O equipamento conta com o sistema de GPS de precisão que permite o georreferenciamento de todas as mudas plantadas, garantindo que as irrigações necessárias sejam mecanizadas e com assertividade no ponto alvo. O sistema está preparado para a realização da Subsolagem e fertilização do solo que irá garantir maior eficiência na aplicação do fertilizante e consequentemente melhor desenvolvimento das mudas.

“A tecnologia é uma grande aliada quando se trata de produtividade e sustentabilidade de florestas plantadas e está desempenhando um papel cada vez mais importante, tornando o processo mais eficiente, sustentável e produtivo. Precisamos sempre olhar para o futuro, ao integrar tecnologias avançadas com práticas de manejo florestal sustentável. Dessa forma, estamos promovendo o crescimento saudável das florestas e maximizando os benefícios ambientais, econômicos e sociais que elas proporcionam, ação que vai ao encontro de nossa premissa de cuidar da natureza, das pessoas e dos recursos que utilizamos”, afirma Laercio Couto, Gerente Florestal da Arauco do Brasil.

A homogeneidade no plantio é um dos grandes diferenciais da tecnologia. A máquina segue o alinhamento de plantio para a área determinada, de acordo com a quantidade de mudas definida. Depois de determinadas as linhas de plantio, a máquina trabalha no impacto do solo, fazendo a cova, posicionando a muda de acordo com sua altura e fixando cada unidade no solo de acordo com sua necessidade.

Todo esse sistema é feito por um computador de bordo na cabine da máquina, onde o operador tem visão de toda a implementação. Para operar o sistema, os colaboradores da empresa passam por capacitação realizada em parceria com o Grupo Timber, empresa responsável pela comercialização do equipamento. A expectativa é chegar a 23 mil hectares de floresta plantada por meio do plantio mecanizado em 2024.

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MS tem 4,3 milhões de hectares com algum nível de degradação no solo

Em todo o país a Embrapa mapeou 28 milhões de hectares, com grande potencial para produção agrícola

Estudo realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), publicado neste mês na revista internacional Land, indica a existência de aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis de degradação intermediário e severo que apresentam potencial para a implantação de culturas agrícolas. Mato Grosso do Sul responde com 15,4% do volume de terras degradadas no País, ou seja, com 4,3 milhões de hectares.

De acordo com o artigo, se considerar somente o cultivo de grãos, esse montante representaria um aumento de cerca de 35% da área total plantada em relação à safra brasileira 2022/2023.

Segundo nota publicado pelo portal da Embrapa, a iniciativa representa um esforço para integração de diferentes bases de dados públicas e pode contribuir, com análises detalhadas e qualificadas, para orientar a tomada de decisão de setores das cadeias produtivas agrícolas e a elaboração de políticas para desenvolvimento sustentável, como o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).

Estados mais afetados

Foram mapeados aproximadamente 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de degradação e 17,5 milhões de hectares com condição intermediária que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura. Entre os estados que apresentaram as maiores áreas, dentro destes parâmetros, estão o Mato Grosso (5,1 milhões de hectares), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Mapa mostra estados mais afetados e potencial agrícola com a recuperação. (Imagem: Embrapa)

Mapa mostra estados mais afetados e potencial agrícola com a recuperação. (Imagem: Embrapa)
De acordo com dados do Atlas das Pastagens, publicado pelo LAPIG (Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento) da Universidade Federal de Goiás, uma das bases de dados utilizadas, as pastagens brasileiras cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, dos quais aproximadamente 40% apresentam médio vigor vegetativo e sinais de degradação, enquanto 20% apresentam baixo vigor vegetativo, entendida como degradação severa. São áreas que apresentam uma redução na capacidade de suporte à produção e na produtividade.

O trabalho conduzido pela Embrapa fez o cruzamento destas informações a respeito da qualidade das pastagens com dados sobre a potencialidade agrícola natural das terras, produzidos pelo IBGE. Foram considerados dois níveis de degradação das pastagens, severa e intermediária, e duas classes de potencialidade agrícola, boa e muito boa.

Os autores ressaltam que processos de substituição da pastagem degradada por culturas agrícolas devem ocorrer em consonância com a legislação ambiental e a partir da aplicação de técnicas e práticas que favoreçam a produtividade e a sustentabilidade, como por exemplo o plantio direto, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e agroflorestas. “A metodologia e as bases de informações geradas também podem orientar projetos para a própria recuperação e melhoria do vigor das pastagens já utilizadas para a pecuária”, destaca Edson Sano, pesquisador da Embrapa Cerrados que também assina o artigo.

MS é campeão em integração LPF

Um estudo realizado em 2020 e divulgado pela Associação Rede ILPF constatou que Mato Grosso do Sul é o estado com maior área destinada aos sistemas integrados na produção agropecuária, seguido pelo Mato Grosso e Rio Grande do Sul. São mais de 3,1 milhões de hectares com integração lavoura-pecuária-floresta em diferentes configurações, mesclando dois ou três componentes de cultura no sistema produtivo.

Informações: Campo Grande News.

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Carro elétrico plugado no apagão florestal

Artigo de Sebastião Renato Valverde[i], Gabriel Browne de Deus Ribeiro[ii] e Emanuelly Canabrava Magalhães[iii]

Ao se depararem com o atual avanço do mercado de carros elétricos no mundo, muitos nostálgicos brasileiros devem estar se contorcendo de raiva em saber que o Brasil já teve uma marca de carros 100% nacional e que, em 1980, lançava seu primeiro carro a eletricidade, o Gurgel Itaipu, quando ainda no mundo pouco ou nada se cogitava a respeito. No entanto, assim como todas as indústrias tecnológicas brasileiras são subjugadas a própria sorte, ele sucumbiu aos motores à combustão das multinacionais americanas e europeias. As mesmas que hoje sofrem a concorrência dos carros elétricos asiáticos.

Independentemente da guerra comercial entre os países players na produção dos carros elétricos com os players dos à combustão e dos benefícios louváveis destes carros para o planeta e para a sociedade, sobretudo ao bolso dos seus proprietários, há muita água para jorrar nas hidroelétricas e nem tudo é doce neste céu de brigadeiro, pois tem chocolate amargo também, cabendo reflexões sobre alguns pontos nebulosos e sobre potenciais oportunidades florestais.

Apesar de possíveis controvérsias, de antemão cabe reforçar o exposto acima de que, mesmo sendo positivo este inexorável aumento do mercado, principalmente para o meio ambiente, suscita preocupações que merecem análises para elaboração de políticas proativas que minimizem possíveis danos ou perdas para a economia do país e de proposição de estratégias favoráveis para o setor florestal se locupletar das oportunidades deste pujante mercado.

Indiscutivelmente as maiores vantagens do carro elétrico estão na economia de combustíveis e de despesas com a manutenção mecânica e nos benefícios ambientais dada a eliminação das emissões dos gases de efeito estufa (GEEs).

Vale destacar que além dos proprietários de veículos elétricos e híbridos (combo de motor a combustão com elétrico) serem beneficiados pela economia dos combustíveis, indiretamente, os donos de veículos a combustão também são favorecidos com a possibilidade de menor pressão sobre o valor do petróleo com a diminuição proporcional da demanda deste. À medida que as vendas dos carros elétricos avançam em detrimento daqueles, implica em menor demanda de combustíveis, aliviando a pressão para aumento no preço do petróleo e destronando a tão temida força cartorial dos países da OPEP.

Uma vez que o petróleo é não renovável, faz-se interessante lembrar que na década de 1970 os catastrofistas alarmavam-se de que só restavam mais 50 anos de vida dele e que, com sua escassez, o valor ficaria inviável para locomover a frota mundial de carros, caminhões, trens, navios, aviões, etc. Hoje poucos arriscam em profetizar o caos no preço dos combustíveis com o fim do petróleo já que isto assusta tanto quanto os bruxos nas crianças no halloween, ou seja, nada. Pois bem, passaram-se este meio século e a preocupação com o fim dele é marginal, haja vista a evolução nos meios de transportes coletivos e de carga, na eficiência dos motores a combustão e híbridos, nos combustíveis alternativos como o etanol, biodiesel e GNV, e até mesmo a solidificação do trabalho remoto corroborado com a pandemia do covid, possibilitando menor deslocamento das pessoas aos postos de trabalho.

Entretanto, aqui começa algumas das preocupações com o crescimento do mercado de carros elétricos. Primeira delas, trata-se da sobrevivência dos combustíveis alternativos, principalmente no Brasil que se consolidou com os renováveis como o etanol nos motores flex e o biodiesel. A segunda é com a continuidade das pesquisas das novas tecnologias de produção de biocombustíveis com enorme potencial de substituição do diesel por meio da fast pirólise da biomassa na produção do bio-óleo e dos gases. Estas não podem ter o mesmo destino do Gurgel Itaipu. A terceira, aos impactos dele nos empregos nas oficinas mecânicas, dado que estes veículos têm 1/5 de peças do a combustão, em media 60 e 300, respectivamente. Por sorte eles também têm sistema de direção (volante, mesmo que sejam carros autônomos), de segurança (freios e suspensão), elétrico (farol, setas, lanternas) e todo kit de eletrônica e entretenimento embarcados que demandam consertos, reparos e substituições nas oficinas mecânicas e auto elétricas.

Um quarto ponto que incomoda diz respeito a geração da eletricidade e do impacto sobre a oferta e o preço dela. A começar pelo Brasil, como ficará o abastecimento destes automóveis caso haja risco de colapso na oferta de eletricidade? Tivemos momentos no Brasil, 2000 a 2002, com os apagões elétricos que suscitaram, por bem na estrutura de governança da ANEEL, mas na instalação de várias termoelétricas a combustíveis fósseis vindo a aumentar exponencialmente a conta de luz para as indústrias e residências. Além disso, tivemos de 2010 a 2014, os potenciais apagões que fizeram com que o MWh chegasse a R$840,00 no PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), levando muitas empresas a lucrarem mais com as portas fechadas, vendendo a energia pré-adquirida.

Ciente que atualmente o valor do MWh está acessível em razão do baixo crescimento econômico desde 2015 e que o valor do consumo nos elétricos é menos que um terço do outro, mas que, com reais e necessárias possibilidades de recuperação da economia acima de 3% ao ano pode vir a ter novamente os blackouts. Assim, com o aumento do mercado de veículos elétricos e sua total dependência da eletricidade, questiona se haverá disponibilidade de energia para todos os consumidores residenciais, industriais, transporte, etc.? Paradoxalmente, por sorte, o nível de preço dos carros elétricos ainda está longe do padrão de renda dos consumidores brasileiros e que este avanço ocorrerá dentro de prazos módicos sem comprometer, talvez, o fornecimento de energia. Exceto no período de seca quando passa a vigorar a fatídica bandeira vermelha na conta de luz elevando o preço do MWh às nuvens.

As preocupações seguintes referem-se às questões ambientais que extrapolam os limites do território brasileiro. Considerando que em breve as vendas dos carros elétricos na Europa ultrapassarão os a combustão e que naquele continente o carvão mineral, principal insumo energético, ultra poluidor e responsável pelas maiores emissões de GEEs, será que o balanço entre a redução das emissões será favorável em relação ao aumento no consumo deste mineral? E mesmo sendo favorável, não comprometeria os compromissos assumidos pelos países desenvolvidos de redução total até 2050?

Ainda que o saldo das emissões dos GEEs seja favorável pela substituição dos derivados do petróleo pelo mineral, o certo é que, se os países ricos querem levar a sério os acordos das COPs de reduzir o consumo dele, deveriam, pelo menos para não ficarem só no campo da retórica, substituírem o plus a mais para atender a demanda dos carros elétricos pelos briquetes do biochar e pellets, nem que seja do torrificado. Nestes aspectos, surgem significativas oportunidades para o setor florestal.

A expectativa de aumento no consumo de eletricidade implicará na necessidade de aumentar a oferta de energia, seja no parque eólico, nas fazendas solares, nas termoelétricas, tanto a combustíveis fósseis quanto a biomassa, para compensar a oferta de hidroenergia que tende a saturação. Com o aumento na produção de energia solar, maior será a demanda de painéis de silício metálico a carvão vegetal nas fazendas solares e, por que não, no ritmo do progresso tecnológico, nos tetos dos futuros ônibus e caminhões baús autopropelidos.

Pensando nas nossas indústrias de ferroligas e silício metálico a este bioredutor, temos as oportunidades de utilizar estas ligas especiais nos carros elétricos para tornar seus motores e baterias mais leves, resistentes, duradouros e mais baratos, haja vista que elas são caríssimas (chegam a custar até R$60.000,00), pesadas e durabilidade desproporcional ao seu valor. Nem abordar neste texto a questão da deposição destas baterias enquanto lixo.

Raciocínio análogo é da oportunidade de energia termoelétrica a biomassa florestal seja pela geração direta nas usinas ou pela cogeração nas caldeiras das indústrias de transformação exportando os excedentes elétrico para o grid, sobretudo com a expectativa de aumento do valor do MWh acima do break even point dela que gira em torno de uns R$330,00/MWh.

Enfim, confirmando estas expectativas no aumento da produção de biocombustíveis, de eletricidade e exportação de briquets e pellets, haverá pressão para aumento nos preços da madeira de forma duradoura provocando tendências ao tão desejado e amado “apagão florestal” para tornar atrativo e seguro o investimento em reflorestamento para os novos produtores independentes porque os velhos, de tão frustrados, nem a preço de ouro na madeira, investirão. Que venha o apagão florestal nem que seja no curto-circuito do carro elétrico.


[i] Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), valverde@ufv.br

[ii] Professor Adjunto do Departamento de Ciências Florestais e da Madeira da Universidade Federa do Espírito Santo (DCFM/UFES), gabriel.d.ribeiro@ufes.br

[iii] Doutoranda em Ciência Florestal na Universidade Federal de Viçosa (UFV), emanuelly.magalhaes@ufv.br

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Bracell oferece vagas de emprego na unidade de Camaçari

São três oportunidades, sendo uma exclusiva para pessoas com deficiência

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, está com inscrições abertas para três vagas de emprego, com carga horária integral, para a fábrica no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Uma delas, a de assistente administrativo, é exclusivamente para pessoas com deficiência. As outras duas são para analista de materiais pleno (efetivo) e engenheiro de projetos (temporário). As oportunidades são voltadas para candidatos de ambos os sexos, sem distinção de idade. As inscrições podem ser feitas no site https://www.bracell.com/carreiras/.

Para a função de assistente administrativo, é preciso ter ensino médio completo e/ou formação superior (completo ou em andamento), conhecimentos intermediários de informática com entendimento geral de tecnologia e pacote Office, treinamento em tecnologia, COBIT, ITIL ou equivalente. É desejável também que tenha experiência em atividades semelhantes.

A cargo de analista de materiais pleno exige que o candidato tenha curso superior em administração, logística ou áreas afins, conhecimento e vivência com SAP módulo MM, sólida experiência com rotina de MRP e planejamento de inventários, experiência em almoxarifados/suprimentos em empresas do ramo industrial e com operações de almoxarifado e conhecimento em Excel.

Já para a vaga temporária de engenheiro de projetos, é necessário que o candidato tenha curso superior completo em engenharia, experiência na gestão de engenharia de projetos industriais de pequeno e médio porte e desejável domínio do idioma Inglês.

De acordo com Andressa Santana, analista sênior de Atração de Talentos da Bracell, os candidatos selecionados terão salários compatíveis com as respectivas funções, além de um pacote de benefícios que inclui plano de saúde e odontológico, transporte fretado, refeição na fábrica, vale-alimentação, auxílio-escola para os filhos elegíveis, auxílio-creche, prêmio de férias, auxílio funeral e seguro de vida em grupo, dentre outros benefícios. “Os colaboradores da Bracell também participam do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e podem ser contemplados com auxílio-educação para complementar a qualificação profissional, de acordo com suas atividades na empresa”, informa.

Mais informações sobre todas as vagas, inclusive em outros estados onde a Bracell tem unidade, podem ser acessadas no link: https://www.bracell.com/carreiras/.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Celulose garante à Três Lagoas liderança no ranking de exportações

Em janeiro, o município exportou US$ 175,7 milhões, o equivalente a R$ 875 milhões, conforme o valor do dólar no mês passado

Três Lagoas iniciou 2024 no topo entre os municípios de Mato Grosso do Sul que mais exportaram seus produtos para outros países. Em janeiro, o município exportou US$ 175,7 milhões, o equivalente a R$ 875 milhões, conforme o valor do dólar em janeiro, cotado em R$ 4.91. Três Lagoas foi responsável por cerca de 25,86% de participação dos valores exportados e registrou uma alta de 23,63% em relação a janeiro do ano passado.

A celulose produzida pelas indústrias de Três Lagoas que nos últimos meses havia ficado em segundo lugar na pauta de exportações, em janeiro deste ano, voltou a ocupar lugar de destaque no cenário estadual. A celulose apareceu como o primeiro produto na pauta de exportações, com 20,24% do total exportado em termos de valor, e com crescimento de 3,10% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ao longo de 2023, a Capital Nacional da Celulose exportou US$ 1.798.775.985, o equivalente a R$ 8,7 bilhões. No ano passado, Três Lagoas foi responsável por 17,10% das exportações de todo Mato Grosso do Sul.

Estado

Em todo Mato Grosso do Sul, as exportações em janeiro de 2024 cresceram 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, saindo de US$ 578,725 milhões para US$ 679,520 milhões. Já o resultado das importações no primeiro mês do ano foi de uma retração de 10,6%, fazendo com que o superávit da balança comercial fosse de US$ 430,6 milhões, valor 43,4% superior ao verificado em 2023.

Em função da celulose, o município de Três Lagos foi o município com maior participação, seguido de Dourados, principalmente pela questão da soja. E ainda no mês de janeiro, nós tivemos aí uma participação dos produtos da indústria de transformação maiores do que a indústria do agro, isso é uma tendência importante, com o crescimento também da indústria extrativista”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.

O secretário ressaltou ainda que, apesar do período de entressafra da soja, o grão foi o segundo produto com maior nível de exportação, muito superior ao ano passado. “Nós tínhamos soja estocada em função dos baixos preços, mesmo assim foram exportados no mês de janeiro 245 mil toneladas. Mostra que a soja estava retida e foi um bom momento de aumentar as exportações”, comentou.

Em termos de destino das exportações, a China permanece como o principal comprador dos produtos de Mato Grosso do Sul, representando cerca de 81% do valor total das vendas externas em janeiro. Os Estados Unidos registraram um aumento de 51,1% nas exportações em comparação com o mesmo período do ano passado, dobrando assim o total exportado em janeiro de 2024, seguido pelo Japão e países baixos.

Informações: JP News.

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Teca: Conheça a árvore de crescimento rápido e lucro alto

A teca é uma árvore de crescimento rápido e alta rentabilidade, o que a torna uma escolha atraente para os agricultores e empresários locais

Mato Grosso, um dos estados mais emblemáticos do Brasil, é reconhecido mundialmente por sua vasta extensão territorial, sua agricultura pujante e suas riquezas naturais. Porém, há um recurso muitas vezes negligenciado que merece destaque: a teca. Esta árvore de madeira nobre, originária do Sudeste Asiático, tem encontrado solo fértil em terras mato-grossenses desde que foi introduzida no país nos anos 1970, oferecendo oportunidades significativas de desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.

A teca é uma árvore de crescimento rápido e alta rentabilidade, o que a torna uma escolha atraente para os agricultores e empresários locais. Além disso, sua madeira é altamente valorizada no mercado internacional devido à sua durabilidade, resistência e beleza estética.

Nota: A madeira de reflorestamento Teca é um dos investimentos que chama a atenção de produtores e investidores devido ao seu valor comercial. Atualmente, o preço do metro cúbico de madeira de Teca comercial varia de US$ 400 a US$ 3.000, dependendo de sua qualidade.

Conforme a Embrapa Florestas, a maior parte dos plantios no Brasil se encontra nos estados de Mato Grosso e do Pará. O uso de clones de alto desempenho e o aprimoramento de técnicas de plantio e de manejo têm permitido ao Brasil atingir produtividades acima da média mundial. Mesa produzida de teca /

Mesa produzida de teca / Foto: Daniel de Almeida Papa

Uma das principais vantagens da produção de teca em Mato Grosso é a sua capacidade de sequestro de carbono. Como uma árvore de crescimento rápido, a teca absorve grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera durante seu ciclo de vida, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, quando a madeira é colhida de forma sustentável e utilizada em produtos de longa duração, como móveis de alta qualidade, ela continua a armazenar carbono, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Além do valor econômico e ambiental, a teca também oferece oportunidades no campo da biomassa. O uso da madeira de teca como fonte de energia renovável tem ganhado destaque, especialmente em tempos em que a transição para fontes de energia limpa é uma prioridade global. A queima de biomassa de teca para gerar eletricidade ou calor pode reduzir significativamente a dependência de combustíveis fósseis e contribuir para a diversificação da matriz energética.

No entanto, é importante abordar os desafios associados à produção de teca em Mato Grosso. O manejo florestal inadequado pode levar à degradação do solo, à perda de biodiversidade e a outros impactos ambientais negativos. Portanto, é fundamental que os produtores adotem práticas sustentáveis, como o plantio em sistemas agroflorestais, a proteção de áreas de conservação e a utilização de técnicas de manejo que promovam a saúde do ecossistema.

Foto: Gabriel Rezende Faria

A produção de teca em Mato Grosso é uma atividade que alia o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental, pois aproveita o potencial da espécie para a exportação e o uso como biomassa, e ao mesmo tempo contribui para o sequestro de carbono e a conservação dos recursos naturais. A teca é uma espécie que pode trazer benefícios para os produtores rurais, para a sociedade e para o planeta.

Pesquisa desenvolve técnicas para produção de teca em sistemas ILPF

Produtores rurais contam agora com um pacote completo de técnicas de manejo para usar a teca (Tectona grandis) como componente arbóreo em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Esse conhecimento se deve, especialmente, ao pioneirismo de produtores como Arno Schneider, de Santo Antônio do Leverger (MT), e Antônio Passos, de Alta Floresta (MT), que apostaram no uso dessa árvore em sistemas silvipastoris antes mesmo de haver informações técnicas ou pesquisas que atestassem sua viabilidade. Os erros e acertos cometidos por eles em cerca de 15 a 20 anos e as pesquisas desenvolvidas na última década possibilitaram a abertura de caminho para novos produtores que pensam em utilizar a espécie florestal em ILPF.

As experiências desses pioneiros, os resultados obtidos por eles e as pesquisas realizadas pela Embrapa Agrossilvipastoril (MT) estão reunidas em um capítulo dedicado ao uso da teca em sistemas ILPF que acaba de ser publicado no livro “Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil”. A publicação reúne, pela primeira vez, recomendações que vão desde o preparo da área para plantio das mudas até a condução das árvores com desbastes e desramas (podas), passando pela definição de espaçamentos e configuração dos renques de árvores.

O trabalho feito pelos pesquisadores da Embrapa Maurel Behling e Flávio Wruck mostra que, ao planejar seu sistema ILPF, o produtor deve definir se utilizará o componente arbóreo como adição ou substituição de renda.

“Em sistemas de ILPF, com foco na pecuária, a implantação de linhas simples facilita o manejo das árvores, exigindo menor demanda de mão de obra. Por outro lado, o sistema pode ser configurado para privilegiar a produção de teca com maior densidade de árvores por área. Nessas configurações, o carro-chefe do sistema passa a ser a teca e pode-se assumir que as perdas de produtividade nos componentes agrícola ou pecuário serão compensadas pelas receitas geradas com as árvores, ou seja, há uma substituição de receitas”, explica Behling.

Informações: CompreRural.

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