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Liderança da Finlândia com bioenergia e seu impacto na indústria de produtos florestais

Em uma época em que a energia sustentável se tornou uma necessidade, a Finlândia está emergindo como líder em inovação e adaptabilidade. Foi relatado recentemente que o país está pronto para depender inteiramente de bioenergia por meses, se necessário. Essa habilidade notável mostra a dedicação da Finlândia à energia renovável e tem efeitos significativos na indústria de produtos florestais. Para aqueles neste campo, entender esses efeitos é vital. 

Explorando Biocombustíveis na Finlândia 

A bioenergia surgiu como a maior fonte de energia renovável da Finlândia, desempenhando um papel fundamental na redução de emissões de carbono e na garantia da segurança energética. Isso é particularmente significativo, dada a crescente volatilidade nos mercados globais de energia. 

De acordo com a especialista da Finnish Bioenergy Association, Erika Laajalahti , a Finlândia está posicionada de forma única para aproveitar o dióxido de carbono biogênico de vários setores — desde a indústria florestal até biorrefinarias e usinas de conversão de resíduos em energia. Essa capacidade não apenas dá suporte à produção de energia, mas também permite que a Finlândia reduza as emissões por meio de tecnologias inovadoras de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS). 

O potencial para capturar CO2 biogênico é substancial. A Finlândia gera aproximadamente 28 milhões de toneladas anualmente de grandes fontes pontuais. A quantidade quase corresponde às emissões fósseis totais do país em 2022. 

Este volume enfatiza a importância da bioenergia como um recurso sustentável e o potencial para transformar a Finlândia em uma líder em soluções de energia neutras em carbono. Para profissionais de bioenergia, a estratégia da Finlândia serve como um modelo para integrar energia renovável de uma maneira que beneficie tanto o meio ambiente quanto a economia. 

Principais projetos de dióxido de carbono à base de madeira na Finlândia 

Vários projetos significativos estão em andamento na Finlândia, demonstrando seu comprometimento com a sustentabilidade e a inovação na indústria de produtos florestais.  

Uma iniciativa notável envolve uma colaboração entre o Metsä Group, um grande player na indústria florestal finlandesa, e a Andritz AG, uma empresa de tecnologia austríaca. Juntos, eles estão explorando a viabilidade de construir uma instalação de captura de carbono adjacente a uma fábrica de bioprodutos capaz de capturar quatro milhões de toneladas de dióxido de carbono anualmente. 

A fábrica de bioprodutos Kemi do Metsä Group, já a maior fábrica de processamento de madeira do hemisfério norte, ressalta a escala e a ambição deste projeto. Após o estudo de viabilidade com a Andritz, espera-se que o projeto avance para a fase piloto na fábrica Rauma do Metsä Group até 2025.  

Esta iniciativa destaca o potencial de transformar CO2 de uma emissão problemática em um recurso valioso. Ela está abrindo caminho para práticas industriais sustentáveis ​​em uma escala muito mais ampla. 

A indústria de produtos florestais deve se beneficiar significativamente desses avanços. Ao converter carbono capturado em novos materiais, a indústria pode gerar fluxos de receita adicionais ao mesmo tempo em que aprimora suas credenciais ambientais. Essa abordagem se alinha com a crescente demanda por produtos sustentáveis ​​e apresenta uma oportunidade para as empresas se diferenciarem em um mercado competitivo. 

Implicações para a indústria de produtos florestais 

A implementação bem-sucedida de tecnologias de captura de carbono pode revolucionar a indústria de produtos florestais, introduzindo uma matéria-prima de alto volume, à base de madeira. Essa mudança posicionaria a indústria como um ator-chave na transição para uma economia de baixo carbono.  

No entanto, também apresenta desafios que os profissionais do setor devem enfrentar. 

Primeiro, a volatilidade dos preços de energia, impulsionada pela geração imprevisível de energia eólica e solar, impacta a economia da bioenergia. Enquanto a energia baseada em madeira fornece alguma estabilidade, a indústria deve se adaptar às flutuações nos preços da eletricidade.  

Investimentos em caldeiras elétricas, projetadas para uso durante períodos de preços baixos, já estão em andamento. No entanto, os desafios regulatórios persistem, particularmente na Europa, onde a combustão de madeira enfrenta escrutínio, apesar de ser considerada neutra em carbono.  

Ao olhar para os preços, a atual escassez de energia levou à combustão de madeira para celulose e ao desvio de toras de serra para a produção de celulose. Isso resultou em preços de toras anormalmente altos, enquanto os preços da madeira serrada estão baixos. Os preços da madeira para celulose também aumentaram substancialmente.   

Essa situação exige uma abordagem estratégica para o gerenciamento de recursos, equilibrando as necessidades imediatas de energia com metas de sustentabilidade de longo prazo. Para profissionais da indústria de produtos florestais, navegar nessas complexidades requer um profundo entendimento da dinâmica do mercado e um comprometimento com práticas sustentáveis. 

Aproveitando o ResourceWise para obter insights do setor 

A capacidade da Finlândia de depender de bioenergia por períodos sustentados exemplifica o potencial da energia renovável em impulsionar o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental. Para a indústria de produtos florestais, esse desenvolvimento apresenta oportunidades e desafios.  

A ResourceWise oferece suporte inestimável com nossa expertise em produtos florestais, combustíveis de baixo carbono e biomateriais. Com décadas de experiência e foco em insights baseados em dados, a ResourceWise ajuda os clientes a tomar decisões informadas, otimizar operações e se adaptar a um mercado em mudança.  

Ao aproveitar nossos serviços abrangentes de análise e consultoria estratégica, as empresas podem melhorar seu desempenho, reduzir o impacto ambiental e aproveitar oportunidades no setor de bioenergia. 

Fonte: Resource Wise

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Agoro Carbon Alliance Brasil promove evento online sobre práticas agrícolas regenerativas

Primeiro dos três encontros acontece nesta quarta-feira, 22. Objetivo é mostrar como o produtor pode obter rentabilidade por meio do mercado de crédito de carbono

A Agoro Carbon Alliance, empresa desenvolvedora de projetos de carbono na agropecuária no Brasil e nos Estados Unidos, e negócio global da Yara Internacional, está promovendo o evento online Agoro Carbon Experts. A iniciativa busca levar conhecimento ao mercado sobre como práticas agrícolas regenerativas podem favorecer o incremento de carbono no solo e como esse carbono pode se tornar créditos para serem comercializados.

Entre maio e julho, o evento contará com uma live mensal com professores e pesquisadores renomados. O primeiro ciclo acontece nesta quarta-feira, dia 22, às 19h, transmitido online e de forma gratuita no YouTube, com Carlos Eduardo Cerri, professor da ESALQ/USP e coordenador do Centro de Estudos em Carbono Tropical, que apresenta o tema “Mudanças climáticas, mercado de carbono e as oportunidades no Agro para mitigação dos GEEs”.

“Esses encontros com especialistas oferecem embasamento técnico sobre os benefícios que as práticas regenerativas trazem ao solo, o potencial de acúmulo de carbono e como esse carbono pode se tornar uma nova fonte de renda ao produtor, que ainda pode ser reconhecido como um promotor de práticas agrícolas sustentáveis”, diz Renata Horvat, Coordenadora de Marketing e Comunicação, idealizadora do projeto.

Sobre Agoro Carbon

Por meio do projeto da Agoro Carbon, o produtor pode receber pelos créditos de carbono obtidos através da captura e armazenamento de carbono no solo, que serão vendidos no mercado internacional. O aumento do carbono no solo, com adoção de práticas sustentáveis, é considerado uma das formas mais eficientes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“O principal foco do programa é o produtor rural, nossa prioridade é que ele receba todo suporte técnico e expertise agronômica para a implementação de ações sustentáveis que promovam a melhoria da saúde do solo”, afirma Evelin Krebsky, head da Agoro Carbon Alliance no Brasil. “Os agricultores brasileiros estão na vanguarda no que diz respeito ao sequestro de carbono. Eles têm uma oportunidade única de contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e serem remunerados, por meio dos créditos de carbono gerados em suas propriedades”, completa.

Agenda Agoro Carbon Experts

· 22/05, às 19h – Palestrante Carlos Eduardo Cerri, Tema: Mudanças climáticas, mercado de carbono e as oportunidades no Agro para mitigação dos GEEs

· Nos canais do YouTube de Agoro Carbon e Forragicultura e Pastagens

Próximas datas:

· 20/06, às 19h – Palestrante Janaína Matruscelo, Tema: Pastagem no Brasil: a protagonista para acúmulo de carbono no solo

· 16/07, às 19h – Palestrante Edicarlos Damacena, Tema: Oportunidades de uso do solo para o sequestro de carbono em sistemas agrícolas

·  06/08, às 19h – Debate com os 3 palestrantes do evento

Sobre a Yara

A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar o compromisso de cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza, oferece um portfólio de produtos de alta tecnologia com baixa emissão de carbono, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com pesquisadores e parceiros da indústria para construir uma cadeia de valor do alimento cada vez mais sustentável. Com uma atuação integrada, a companhia também fornece soluções industriais para usos diversos, entre eles a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades.

Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países. No Brasil, a Yara está idealmente posicionada em todos os principais polos agrícolas. Com mais de 5 mil colaboradores, a empresa atende todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 1970, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e modernizando a indústria nacional, em linha ao seu compromisso global com a agenda de descarbonização.

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Suíça pode investir US$ 200 milhões em projeto de reflorestamento no Paraguai

Representantes do escritório Peroni Sosa Tellechea Burt &Narvaja Advogados apresentaram ao Ministro da Indústria e Comércio um projeto de investimento do grupo FLS Paraguay S.A., relacionado ao reflorestamento em larga escala.

O representante do PSTBN Study, Francisco Peroni, comentou que seus clientes planejam investir cerca de US$ 200 milhões nos próximos 10 anos, com foco em espécies de eucalipto. Este projeto combina reflorestamento e arborização comercial de até 60.000 hectares e a conservação natural de até 30.000 hectares, alcançando assim um grande impacto ambiental e social.

De acordo com o que foi publicado pelo MIC, a reunião centrou-se na discussão das normas de reflorestamento e do regime de atração de investimentos 60/90 e como poderiam ser utilizados pela empresa. Destacou-se a importância de se considerar o rendimento de longo prazo, pois, uma vez estabelecida a empresa, espera-se a primeira safra para 8 a 9 anos, o que implica em considerável investimento de capital e na necessidade de aguardar o resultado.

O projeto contempla tanto o reflorestamento com espécies nativas quanto a exploração industrial de espécies não nativas, com foco especial na proteção ambiental e na criação de corredores para migração animal.

Foi discutido o potencial da biomassa como recurso exportável para a fabricação de paletes e outros produtos madeireiros, bem como o aproveitamento de resíduos para energia nas indústrias locais.

O grupo de investimentos, FLS Paraguay Sociedad Anónima, de origem suíça, demonstrou um forte interesse neste projeto, que está sendo analisado pelo Ministério da Economia com uma receptividade muito positiva. Espera-se que essa iniciativa não só gere benefícios econômicos, mas também contribua para a geração de empregos e a proteção do meio ambiente no país.

fonte: Valor Agro

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Paracel desenvolve indústria florestal com projeção de geração de 40 mil empregos diretos e indiretos

Num compromisso inédito de diversificação da sua matriz produtiva, o Paraguai prepara-se para acolher uma megaindústria florestal que promete gerar milhares de empregos e um profundo impacto económico.

A Paracel, empresa de capital majoritariamente paraguaio, está avançando na construção de uma fábrica de celulose de última geração que pretende transformar o país em referência regional no setor.

Com um investimento multimilionário e foco na sustentabilidade, este ambicioso empreendimento anuncia uma nova era de desenvolvimento para uma nação historicamente agrícola e pecuária.

Numa região historicamente conhecida pela sua riqueza agrícola e pecuária, um ambicioso projecto industrial está a criar uma nova era para o Paraguai. A Paracel, empresa florestal de celulose com capital majoritariamente paraguaio, em conjunto com parceiros da Suécia e da Áustria, está avançando na construção de uma megafábrica que visa posicionar o país como referência na indústria florestal em nível internacional.

Conforme relatado pela Agência IP em sua recente publicação, a Paracel pretende desenvolver uma indústria florestal com projeção de gerar cerca de 40.000 empregos diretos e indiretos no Paraguai. A planta industrial, cuja construção exigirá um investimento de US$ 4 bilhões, tem previsão de entrada em operação em 2027.

O empreendimento, formado em 2019, aproveita as vantagens territoriais e a logística fluvial “ótima” que o Paraguai possui. Neste sentido, a empresa já adquiriu 193 mil hectares de terras próprias, distribuídas entre os departamentos de Concepción e Amambay, dos quais 54% serão destinados ao cultivo de seis espécies de eucalipto.

Latifi Chelala, diretor de Comunicação e Sustentabilidade Social da Paracel, explicou num encontro informativo que “todo o desenvolvimento desta indústria florestal, em torno da planta industrial, levará à geração de cerca de 40 mil empregos direta e indiretamente”.

O projeto entrará em seu período mais dinâmico assim que for concluído o fechamento financeiro e iniciada a construção da planta industrial em um terreno de 400 hectares localizado em Paso Horqueta. Lá, já foram concluídos os primeiros blocos de um acampamento temporário que abrigará cerca de 7 mil pessoas e outros estão sendo construídos para abrigar mais 2,3 mil trabalhadores. Estima-se que no pico da obra estariam trabalhando entre 9 mil e 12 mil trabalhadores.

A planta industrial, com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, exportará sua produção para os mercados europeu, asiático e norte-americano através de seu porto próprio em Concepción. Além disso, a Paracel pretende ter logística própria para transportar suas cargas até os portos uruguaios, com quatro barcaças já construídas e outras oito em produção.

Um dos destaques do projeto é o foco na sustentabilidade e na economia circular. A Paracel utilizará os resíduos de lenhina e biomassa gerados durante o processamento da matéria-prima para produzir cerca de 220 megawatts de energia eléctrica, dos quais mais de 100 serão consumidos pela própria indústria e o restante será fornecido à rede eléctrica nacional.

“A ideia é gerar a nossa própria energia eléctrica e alcançar uma economia circular”, disse Chelala, destacando o compromisso da empresa com a eficiência energética e a minimização do impacto ambiental.

No entanto, um dos desafios que a Paracel enfrenta é a escassez de mão de obra qualificada para operar uma planta altamente técnica e máquinas de colheita. Por isso, a empresa trabalha em alianças com instituições estatais e empresas especializadas na formação de pessoal.

Atualmente, a Paracel emprega 1.576 pessoas, das quais 93% são paraguaios e 57% procedentes do departamento de Concepción. No entanto, prevê-se que a unidade industrial empregue cerca de 4.000 trabalhadores permanentes, sendo 3.800 na área florestal, 1.000 pessoas na logística de camiões e 400 em máquinas de colheita.

Consciente do impacto iminente na dinâmica económica de Concepción, a Paracel está a trabalhar de forma planeada com as autoridades locais, com base num estudo de infra-estruturas sociais, para alcançar um crescimento integral nesta região do país.

Com visão de longo prazo e foco na sustentabilidade, a Paracel se apresenta como peça fundamental no fortalecimento da indústria florestal paraguaia, gerando oportunidades de emprego, promovendo o desenvolvimento regional e contribuindo para o crescimento econômico do país. Se conseguir concretizar os seus ambiciosos planos, este megaprojeto poderá marcar um antes e um depois no panorama produtivo do Paraguai.

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Os verdes recusam-se a ver a silvicultura em vez das árvores

Artigo de JOEL FITZGIBBON

O presidente da Associação Australiana de Produtos Florestais, Joel Fitzgibbon, reage ao julgamento da RFA do Tribunal Federal.

Na sequência da recente decisão do Tribunal Federal sobre a silvicultura nativa, Lyndon Schneiders diz-nos que o governo albanês reconheceu a necessidade de uma nova abordagem à silvicultura nativa (“Lumbered com um acordo de silvicultura nativa que não está a funcionar”, 11/1).

O mesmo aconteceu com a indústria florestal.

Nenhum setor pode esperar fazer as coisas da forma como sempre foi feito – pelo menos não o setor florestal.

Foi por isso que aceitei o convite do Ministro da Agricultura Murray Watt para me juntar ao líder sindical Michael O’Connor como co-presidentes da sua Parceria Estratégica Florestal e Renováveis.

A parceria – entre outras coisas – fornecerá aconselhamento sobre a melhor forma de proteger os recursos florestais de que necessitamos, ao mesmo tempo que aumentará a conservação e os valores de carbono na propriedade nativa.

O apresentador do Sky News, Caleb Bond, diz que a indústria madeireira de Clarence Valley está “enfurecida contra” o norte do Novo Sul.

https://youtube.com/watch?v=kwQf0IUaUUg%3Ffeature%3Doembed%26enablejsapi%3D1

Em agosto, o apresentador da Sky News, Caleb Bond, disse que a indústria madeireira de Clarence Valley está “furiosa contra” um conselho do norte de Nova Gales do Sul por causa de seus planos de eliminar gradualmente a extração de madeira em terras públicas de florestas nativas – imagens cortesia de @SkyNewsAustralia .

Anthony Albanese e os seus ministros compreendem que encerrar o nosso setor florestal nativo sustentável é uma receita para preços mais elevados ao consumidor e mais importações de madeira de países que não aplicam os elevados padrões e práticas ambientais da Austrália.

Respondendo à decisão do Tribunal Federal, o Primeiro-Ministro de NSW, Chris Minns, também reconheceu as nossas necessidades de recursos internos e a crescente dependência das importações.

Schneiders comemora as decisões infelizes em Victoria e na Austrália Ocidental de encerrar a floresta nativa.

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Em novembro, a Wood Central revelou com exclusividade que a proibição vitoriana da colheita de florestas nativas resultou em um aumento nas exportações de madeira nobre do Brasil.

Victoria está agora a importar a sua madeira da Tasmânia e do Brasil e, em WA, os departamentos governamentais estão a apressar-se para garantir todos os produtos nativos que puderem para as suas necessidades de construção antes que a política seja implementada.

Eles precisam dela para infraestruturas importantes, incluindo pontes e postes de energia.

Schneiders fala sobre a importância da nossa plantação. A indústria também valoriza isso. No entanto, devido aos elevados preços da terra, as plantações não estão a acompanhar o ritmo da procura.

Mas mesmo que sejam bem sucedidas, as madeiras nobres levam de 40 a 80 anos para crescer. E num movimento bem-vindo, na COP28, o governo australiano assinou a Greening Construction Coalition para aumentar a madeira no ambiente construído devido à sua capacidade de descarbonizar o sector da construção, difícil de reduzir.

O fato é que a Austrália – e o mundo – necessitarão de mais produtos de madeira, e não menos. A Austrália importa agora mais de 6 mil milhões de dólares em produtos florestais. Os caixilhos das janelas, tábuas do piso, decks traseiros e escadas de nossas casas são normalmente feitos de madeira nobre, a maioria proveniente de nossa propriedade natal.

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Em outubro , a ABARES informou que a propriedade de plantações florestais da Austrália estava no nível mais baixo em mais de 20 anos. (Crédito da foto: HQPlantations em Queensland)

A indústria tem acesso a apenas 4% da propriedade nativa e retira cerca de quatro em cada dez mil árvores utilizando práticas sustentáveis. Cada árvore colhida é substituída por uma árvore mais jovem, que por sua vez absorve mais carbono do que a árvore mais velha que substitui. O carbono armazenado na árvore colhida é transferido permanentemente para o ambiente construído.

A Schneiders afirma maliciosamente que nosso produto nativo vai para produtos de baixo valor, como “lenha, cavacos de madeira, paisagismo e paletes de transporte”.

São as paletes que entregam os nossos alimentos e bebidas aos supermercados e lojas de garrafas.

Mas todos os produtos que Schneiders descarta têm valor. As madeiras nobres nativas são transformadas em produtos de alto valor.

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Em novembro, a Wood Central revelou que o órgão máximo para vidros, vidraças e janelas tem sérias preocupações com a classificação de incêndios florestais das madeiras usadas nas janelas após a decisão de fechar as Florestas Estaduais de Victoria.

Não faz sentido fazer o contrário. Mas as árvores não crescem em perfeita forma e sempre haverá sobras. É uma coisa positiva; nós os transformamos em coisas que têm valor.

Schneiders fez questão de repetir a sua afirmação de que o desafio legal foi iniciado por “conservacionistas comunitários”.

Mas todos sabemos que embora o seu nome esteja no requerimento, é a máquina activista que gere estes casos.

Uma máquina normalmente financiada por indivíduos ricos em busca de relevância e representada em tribunal por um Gabinete de Defensores Ambientais parcialmente financiado pelo governo. É como assistência jurídica para verdes.

Numa tentativa de dar uma interpretação positiva à sua perda, os activistas deram grande importância à conclusão de Sua Excelência de que o futuro da silvicultura nativa era uma questão para os políticos e não para o processo legal. No entanto, os nossos líderes eleitos em Camberra e Sydney deixaram claro o seu apoio ao sector.

Há trinta anos, os políticos criaram os Acordos Florestais Regionais para pôr fim às “guerras florestais”, estabelecendo o equilíbrio certo entre a conservação e as nossas necessidades de recursos.

A Declaração Florestal Nacional precisa de um ajuste fino, sem dúvida, mas não é isso que os ativistas querem. Eles querem destruir mais uma das nossas importantes capacidades soberanas.

  • O artigo apareceu originalmente como “comentário” no jornal The Australian . Joel Fitzgibbon é o presidente da Associação Australiana de Produtos Florestais e ex-Ministro Federal da Agricultura – que era responsável pela silvicultura.
  • Joel FitzgibbonJoel Fitzgibbon
  • Joel Fitzgibbon é presidente da Associação Australiana de Produtos Florestais – o principal órgão da indústria de produtos florestais do país. Ex-ministro e Ministro-sombra da Agricultura (que incluía a pasta Florestal), foi o co-presidente inaugural do Grupo de Amigos das Indústrias Florestais do parlamento federal.
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Por que o Paquistão é a chave para a crise global das madeiras nobres!

Artigo de Jason Ross.

Mais de 6 milhões de metros quadrados de madeira, no valor de milhares de milhões de dólares numa das florestas mais produtivas do mundo, estão a deteriorar-se devido à má gestão, com as autoridades paquistanesas  a ceder à pressão externa e a não conseguirem  “executar a gestão científica das florestas”. 

As preocupações dizem respeito às florestas outrora governadas por Alexandre, o Grande, nas regiões de Hazara e Malakand, no noroeste do Paquistão, que faz fronteira com o Afeganistão controlado por Tailban.

A área em questão abrange uma área florestal, “aproximadamente equivalente à Áustria” em tamanho, e poderá representar até 10 mil milhões de dólares em exportações para os termos de comércio do Paquistão durante a próxima década.

A região produz uma variedade de madeira de qualidade de espécies de madeira nobre, incluindo shisha, nogueira, carvalho e freixo, com a decisão de não exercer a “gestão florestal sustentável”, resultando em até 3,7 milhões de metros cúbicos de madeira valiosa apodrecendo nas florestas.

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As florestas fazem fronteira com o Afeganistão controlado pelo Taleban. Num artigo especial, o jornalista e fotógrafo Kern Hendricks cobriu os desafios enfrentados pelo Afeganistão e o seu conflito. Aqui, travessas ferroviárias de madeira são empilhadas para serem contrabandeadas através da fronteira com o Paquistão. (Crédito da foto: Kern Hendricks)

Em Outubro passado, a Wood Central revelou que as florestas localizadas no corredor Afeganistão-Paquistão alimentaram durante décadas um comércio crescente de madeira de conflito – com “travessas” ferroviárias de madeira contrabandeada exportadas do Paquistão e financiando o terror em toda a região.

Agora, os responsáveis ​​de Khyber Pakhtunkhwa – perto da região – estão preocupados com a decomposição de uma grande quantidade de madeira – que afirmam ser alimentada pelas alterações climáticas. 

Tal como o Afeganistão, o Paquistão participa na Iniciativa Cinturão e Rota da China, com as exportações regionais terminando nas cadeias de abastecimento chinesas e exportadas para os mercados globais.

Tal como relatado pela Dawn, com sede no Paquistão , “até 80% do rendimento gerado pela venda de madeira foi para os bolsos dos habitantes locais, enquanto os restantes 20% foram para o gatinho provincial”.

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O Paquistão, tal como o Afeganistão, é membro da Iniciativa Cinturão e Rota Chinesa. Pelos números, a área florestal total dos países da BRI representa 30,5% da área florestal global,  com o comércio total de produtos florestais entre os países a crescer de 48 mil milhões de dólares em 2013 para 72 mil milhões de dólares em 2021.

Os problemas surgem de uma proibição imposta em 1993 pelo antigo governo paquistanês para interromper a gestão científica das florestas, originalmente uma medida provisória de dois anos “para melhorar a capacidade do pessoal do departamento florestal, bem como a estrutura organizacional e a colheita mecanizada”.

No entanto, a proibição – que deveria expirar em 1995 – não foi levantada nos 22 anos seguintes, segundo as autoridades, “devido à indiferença do governo em relação à colheita das árvores “mortas, moribundas, doentes ou derrubadas pelo vento” das florestas da província.

Finalmente, em 2015, a proibição foi levantada, com o Departamento de Mudanças Climáticas e Florestais em Linhas Científicas aprovado planos de trabalho para cada floresta. De acordo com os planos de trabalho, os funcionários marcaram árvores mortas, moribundas, doentes ou derrubadas pelo vento e árvores maduras para colheita. 

No entanto, as autoridades disseram que o departamento não conseguiu executar o plano de trabalho devido à “burocracia verde e vermelha” de grupos ambientalistas anti-desmatamento e à hesitação no apoio do governo.

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Curvas em gancho cobram através de uma plantação de árvores em Buner, no noroeste do Paquistão.

A Wood Central entende que o departamento não conseguiu executar os planos de trabalho devido à “pressão” das redes sociais. Agora, as autoridades expressaram preocupações de que, ao ceder” às pressões externas, o governo esteja a promover um ambiente onde a gestão científica das florestas é questionada.

Eles disseram que alguns usuários das redes sociais até mostraram o “abate legítimo de árvores como obra da máfia madeireira”.

Contactado, o Secretário do Departamento de Alterações Climáticas e Florestas, Nazar Hussain Shah, disse que as competências dos funcionários florestais em matéria de gestão científica foram afectadas devido à proibição da colheita florestal desde 1992.

Ele disse que a colheita de florestas em linhas científicas estava a acontecer em todo o mundo, o que era bom para a saúde das florestas: “A maioria dos países desenvolvidos, incluindo a Alemanha e o Canadá, ganhavam milhares de milhões de dólares anualmente com a exportação de madeira”.

“Se a madeira não for exportada, ficará podre, o que tem acontecido nos últimos 22 anos, desde a proibição imposta à colheita”, disse o secretário Shah.

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Funcionários do Departamento Florestal de Khyber Pakhtunkhwa observam a floresta no Vale do Swat, no noroeste do Paquistão.

Só em Malakand, 34 mil metros cúbicos de madeira, com um valor de mercado de cerca de 7 milhões de dólares, são desperdiçados na floresta e necessitam urgentemente de transporte. “Outras 70 mil cúbicas de madeira também estão localizadas na região de Malakand-III, o que pode gerar 17,7 milhões de dólares a preço mínimo”, segundo um responsável que falou com Dawn durante a noite. 

Além da madeira marcada na região, disse o responsável, milhões de metros cúbicos adicionais de madeira foram amadurecidos e prontos para colheita. 

Ainda assim, não puderam colher porque o governo provincial não os apoiava devido à pressão de organizações que trabalham contra a desflorestação.

Ele disse que a gestão científica das florestas estava “limitada apenas ao papel”, com “praticamente nenhuma gestão científica” em toda a cobertura florestal.

Esta decisão teve implicações significativas não só para a produção sustentável de madeira, lenha e outros produtos florestais menores, mas também para uma melhor saúde e higiene das florestas, a fim de reduzir os riscos de incêndios e catástrofes de inundações.

“A colheita dessa madeira não só melhorará a saúde e a higiene das florestas, mas também aumentará a sua produção”, disse ele, antes de acrescentar que a província produz a madeira da melhor qualidade do mundo, incluindo deodar, kail, abeto/abeto e chir, que eram todas madeiras macias de espécies de pinheiro.

  • Jason RossJason Ross
  • Jason Ross, editor, é um profissional de construção há 15 anos, conectado com mais de 400 especificadores. Recebedor da Gottstein Fellowship, ele é apaixonado pelo crescimento do mercado de informações baseadas em madeira. Jason é o mestre de cerimônias interno da Wood Central e está disponível para serviços de anfitrião corporativo e MC.
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Passivos Ambientais, entenda um pouco mais !!!

Passivos Ambientais e Ativos Ambientais: entenda Termos que eram comuns apenas nas áreas da contabilidade e da economia para definir os bens das empresas e separá-las em dívidas e obrigações, passaram a ser usados também no meio ambiental com o objetivo de definir recursos e obrigações. E se tornou algo importante e usado frequentemente.

O que são ativos ambientais?

É considerado ativo ambiental os insumos empregados, disponibilizados e já adquiridos por uma instituição com a finalidade de recuperar o meio ambiente, preservar o mesmo e controlar seu impacto. Isso inclui máquinas, equipamentos e tudo que faz parte dos processos produtivos que se destinam a eliminar resíduos poluentes. Ou, então, que são usados para descartar corretamente os resíduos sólidos. Os itens que são usados na pós-operação – para limpeza de locais afetados por poluentes ou para purificar resíduos. Por exemplo, máquinas ou processos que tem como objetivo purificar águas ou eliminar gases etc. É importante lembrar que um ativo ambiental pode ser classificado como permanente: quando os gastos ambientais podem beneficiar períodos futuros (como, por exemplo, tratamento de contaminação ambiental ao ser recuperável). Ou como ativo ambiental imobilizado, ao se tratar de equipamentos adquiridos para combater agentes poluentes.

O que são passivos ambientais?

Já os passivos ambientais, são aquelas obrigações de curto e longo prazo que uma empresa assume para promover o melhoramento ambiental. Isso pode ser feito em forma de investimentos em ações. Tanto para amenizar quanto para extinguir danos causados por produção ou processos que geraram um impacto. As dívidas contraídas para a preservação do meio ambiente, sendo nova ou antiga também é vista como uma passiva ambiental. Indenizações são encaixadas nessa categoria e podem ser consideradas assim. Pode parecer algo negativo, mas os passivos podem ser positivos e decorrerem de atitudes positivas das empresas. Tal como a contratação de pessoal para gerir projetos ambientais ou financiar máquinas novas. Apesar do passivo ser o lixo ou resíduo gerado pela empresa, isso pode ser algo que faça, por fim, uma ação positiva e ajude o meio ambiente. Para equilibrar ativos e passivos ambientais é preciso adotar atitudes ambientalmente responsáveis, que podem reduzir os gastos da empresa. Além disso, vão preservar o meio ambiente e consolidar a imagem de empresa séria e responsável.

O ideal é atuar de maneira preventiva e ter os gastos com multas reduzidos ou zerados. Isso gera credibilidade e confiabilidade no mercado, o que é ótimo para imagem da marca/empresa. É bom pensar em aquisição de maquinário moderno e menos poluente, implementação de controle de impactos ambientais e criação de projetos de preservação ambiental.

Fonte: Dicionario do Conhecimento, adaptado por Mauro Murara Jr.

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O ano que provou por que a silvicultura é importante no Canadá

O ano de 2023 será lembrado por muito tempo como a pior temporada de incêndios de todos os tempos no Canadá. Foi também o ano em que a crise da habitação acessível no Canadá ficou totalmente visível, com urgência para muitos decisores políticos em todo o país.

Estas questões afetaram milhões de canadianos em 2023 – e renovaram um diálogo crítico sobre a importância de gerir mais ativamente as nossas florestas e de fazer mais com os recursos cultivados no Canadá.

Os incêndios florestais sem precedentes que devastaram mais de 18 milhões de hectares de terra mostraram como as nossas florestas estão a ser atingidas por temperaturas mais altas e condições mais secas. A necessidade de uma resposta de nível de crise semelhante à que está a ser tomada nos Estados Unidos é clara, e uma gestão mais activa, como o desbaste e queimadas prescritas, será essencial se quisermos evitar épocas de incêndios mais devastadoras.

Ao mesmo tempo, a crise da habitação e da acessibilidade sublinhou a necessidade de voltar ao básico para que as famílias canadianas possam pagar abrigo, alimentação e outras necessidades. Precisamos de cerca de 5,8 milhões de unidades habitacionais adicionais até 2030 para restaurar a acessibilidade, e temos de fazer mais para apoiar as condições empresariais, para que possamos atrair investimentos para produzir e construir estas casas.

O setor florestal do Canadá oferece caminhos práticos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apoiar a prosperidade rural e do norte e aliviar a pressão sobre o custo de vida com soluções Made-in-Canada:

  • Nenhuma indústria está melhor equipada para prevenir e mitigar os impactos de incêndios catastróficos e apoiar a saúde e a resiliência das florestas no processo. Os silvicultores canadenses estão entre os melhores do mundo na forma como administramos nossas terras com base em múltiplos valores.
  • Como maiores produtores de materiais de construção, somos essenciais para acelerar a construção de novas casas, aliviar os gargalos na construção e ajudar a resolver a crise imobiliária.
  • Fornecemos uma contribuição descomunal para o clima. As árvores e a madeira são sumidouros naturais de carbono — a tecnologia original de captura de carbono — e os produtos à base de madeira podem substituir materiais com maior intensidade de carbono.
  • Fazemos tudo isto enquanto mantemos mais de 200.000 canadianos empregados nas comunidades rurais e do norte, onde as perspectivas de emprego para sustentar a família são mais limitadas.

Isso é um resultado quádruplo.

Embora o governo possa fazer muito mais para aproveitar as soluções florestais canadenses para o meio ambiente e a economia, temos visto desenvolvimentos positivos nos últimos meses.

Por exemplo, o plano do governo federal de introduzir um catálogo de projetos de habitação pré-aprovados para acelerar as aprovações de licenciamento oferece potencial para produtos de madeira e para atrair mais canadenses para casas que possam pagar mais rapidamente.

Em Novembro, a Ministra das Finanças, Chrystia Freeland, anunciou créditos fiscais verdes para tecnologias relacionadas com a biomassa – encorajando a utilização de sobras de aparas, serradura e casca para a produção de energia – o que contribuirá de alguma forma para colmatar as crescentes lacunas de competitividade com os EUA.

Há muito mais que pode ser feito – desde ser mais pró-ativo na gestão de florestas em abrigos contra incêndios, até aumentar os incentivos para usar mais madeira na construção, melhorar o código nacional de construção do Canadá, melhorar a formação dos trabalhadores, garantir as realidades únicas enfrentadas pelas áreas rurais e as comunidades do norte são tidas em conta nas principais decisões políticas nacionais.

Olhando para 2023, somos certamente lembrados de que o nosso mundo está a mudar rapidamente. A nossa obrigação para com as gerações futuras é enfrentar os nossos desafios prementes com soluções inovadoras. Para esse fim, o setor florestal do Canadá e os seus trabalhadores oferecem uma oportunidade única e um caminho claro a seguir.

Fonte: Forest Products Association of Canada.

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A restauração de paisagens e florestas depende de uma governança efetiva

É nas áreas mais desmatadas ou com maior degradação que se encontra o maior potencial para a restauração de paisagens e florestas – e o Vale do Paraíba Paulista é uma paisagem que é exemplo disso. Localizado na Mata Atlântica, um dos hotspots globais da restauração, o Vale é marcado por um processo histórico de intenso desmatamento e exploração do uso da terra, mas que hoje vê surgir movimentos, iniciativas e experiências em restauração florestal que podem reverter essa tendência. 

Um artigo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), agentes locais de restauração da região e profissionais do WRI Brasil indica que o Vale do Paraíba reúne condições favoráveis para o avanço de iniciativas de Restauração de Paisagens e Florestas.  

O artigo mostra que, quando as iniciativas de restauração fazem parte de uma estrutura de governança em que as paisagens, não só ecológicas, mas demográficas, sociais e políticas, estão interligadas e fortalecidas, elas têm mais chances de obter resultados ambientais e econômicos positivos melhores e mais céleres.  

Governança: um grande passo para dar escala à restauração 

A restauração não depende somente dos aspectos biofísicos, mas também sociais da paisagem: as pessoas, representadas por comunidades locais, produtores e produtoras rurais, empresas e organizações diversas, formam modelos de governança da Restauração de Paisagens e Florestas. Mas o que é governança? 

O conceito de governança está relacionado à ligação, interação e dependência de atores sociais – estatais e não estatais – que estabelecem objetivos comuns sobre questões de interesse público. Na governança da Restauração não é diferente. Os agentes estabelecem conexões entre si pela troca de recursos (informações, insumos, financeiros, etc.) e influenciam decisões, projetos e processos de implementação de ações no território.  

Buscando entender como essas conexões entre os atores sociais acontecem e configuram a governança do Vale do Paraíba, o artigo “Governança da restauração de paisagens e florestas: iniciativas e a rede de atores sociais do Vale do Paraíba paulista”, apresenta um mapeamento social do Vale que revela a existência de uma grande densidade de instituições e organizações que atuam com restauração na região.  

Confira algumas características da governança no Vale do Paraíba identificadas no estudo: 

  • 92 atores sociais se dividem em organizações públicas, privadas com fins lucrativos e sem fins lucrativos, redes de trabalho, movimentos sociais, grupos e indivíduos; 
  • 182 ligações foram contabilizadas entre os atores sociais; 
  • Os atores sociais atuam do nível local ao internacional, com maioria em atuação no nível microrregional; 
  • O setor privado sem fins lucrativos, como as ONGs, caraterizado como intermediador, são centrais na rede de governança e intermediam recursos e conectam diferentes atores; 
  • A estrutura de múltiplos atores identificados no Vale do Paraíba Paulista é positiva, mas ainda há a necessidade de coordenação para promover colaboração em torno de políticas, projetos e processos de restauração. 

Essas características da rede de governança são importantes para destravar o potencial de restauração do Vale do paraíba. Cerca de 450 mil hectares de áreas degradas têm aptidão agroflorestal na região, como aponta trabalho publicado em 2018 pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, com apoio do WRI Brasil. O estudo foi realizado com base na aplicação da Metodologia ROAM e tinha como objetivo identificar as oportunidades para a recuperação de florestas e paisagens na região.  

Ainda segundo a pesquisa, 19% da área do Vale do Paraíba atende a uma, duas ou três das seguintes motivações: restaurar para melhorar a qualidade do solo, da água e para gerar emprego e renda. A restauração do Vale pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário da região em cerca de 32%

A partir do mapeamento dos atores sociais do norte do Espírito Santo, da bacia do rio Doce em Minas Gerais e do Vale do Paraíba em São Paulo, o estudo “A paisagem social no planejamento da restauração”, mostra que para o sucesso da restauração é necessário que as pessoas estejam no centro do processo.  

O modelo de governança do Vale do Paraíba pode ser exemplo para outras regiões 

Ainda que a governança varie de acordo com cada realidade local, algumas características da estrutura de governança do Vale do Paraíba podem ser semelhantes e servir de referência para outras regiões. Por exemplo: 

  • A multiplicidade de atores sociais;  
  • A atuação de atores sociais, principalmente em escala regional. Este cenário é positivo, pois indica que há a participação de pessoas com grande conhecimento das condições e características locais do Vale do Paraíba; 
  • A presença de organizações locais e internacionais, como as ONGs, que funcionam como intermediadores da rede de governança. Essas organizações possuem interlocução com atores dos setores públicos, como o governo, e estão presentes nas discussões que envolvem a paisagem e a restauração e a construção de políticas públicas.  

Iniciativas como as do Vale do Paraíba podem chegar em outras regiões pelo ganho de escala, divulgação e mobilização de atores sociais com recursos políticos e financeiros capazes de disseminá-las para outros locais. 

Desde 2006, foram identificadas 22 iniciativas de restauração de paisagens e florestas no Vale do Paraíba. Uma delas, a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, é exemplo do engajamento de agricultoras e agricultores. 

Desde a sua fundação em 2011, a associação já mobilizou mais de 50 mutirões de implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), com a participação de mais de mil produtores rurais.  

Um desses sistemas, a Fazenda Coruputuba, foi abordada na websérie “As Caras da Restauração”, produção do WRI Brasil. Comandada pelo agricultor Patrick Assumpção, a propriedade investe em plantios biodiversos e silvicultura de espécies nativas. Patrick já ajudou a disseminar técnicas de agrofloresta para mais de 200 produtores rurais. 

Essas e outras ações exemplificam a potencialidade de atuação e mobilização dos atores sociais do Vale, que contribuem para atingir um objetivo em comum: a restauração de áreas degradadas.


*Jordano Buzati Roma é pesquisador em Políticas Públicas Socioambientais, possui Bacharel em Gestão de Políticas Públicas e é Mestre em Ciência Ambiental pelo Programa de Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo. 

Agradecimento dos autores: Publicações como essa são possíveis graças ao compartilhamento das informações e esclarecimentos necessários ao longo da elaboração do estudo por parte das organizações implementadoras ou envolvidas nas entrevistas e reuniões bilaterais. Os autores agradecem aos participantes de oficinas presenciais realizadas entre 2018 e 2020, bem como o apoio dos consultores locais nos municípios em que as atividades foram realizadas. 
 

Fonte: WRI

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Finite Carbon nomeia Carrie Gombos e Brandon Vickery codiretores executivos

A Finite Carbon, principal desenvolvedora e fornecedora de compensações de carbono florestal da América do Norte, anunciou hoje que nomeou Carrie Gombos e Brandon Vickery como codiretores executivos. Simultaneamente, ambos foram adicionados ao Conselho de Administração da Finite, com Gombos atuando como Diretor e Vickery como Observador.

Combinados, eles trazem décadas de experiência na indústria de carbono em operações e silvicultura para suas novas funções. A mudança posiciona a Finite Carbon para um crescimento contínuo à medida que a empresa traz novas soluções ao mercado, aproveitando seu papel como líder do setor e parceiro de confiança para proprietários de terras e compradores de créditos de carbono.

Como co-CEOs, Gombos e Vickery sucedem a Sean Carney, que fundou a Finite Carbon em 2009. Carney continuará a servir como consultor, permanecendo ao mesmo tempo membro do Conselho de Administração e mantendo a sua participação acionária na empresa. Durante o mandato de Carney como CEO, a Finite Carbon desempenhou um papel de liderança na indústria, desenvolvendo múltiplas metodologias e fazendo inovações tecnológicas significativas que ajudaram a promover os mercados de carbono florestal.

Após um forte 2023, a empresa entra no novo ano com um impulso significativo. Em agosto, a Finite anunciou uma colaboração para desbloquear a inscrição em programas voluntários de compensação de carbono para proprietários de terras não industriais em 13 estados do sudeste por meio de sua plataforma Core Carbon®. A empresa também expandiu com sucesso a sua posição no mercado voluntário de carbono com grandes proprietários de terras, com mais de dois milhões de compensações voluntárias emitidas no ano passado e assinou o seu primeiro projeto voluntário no Canadá. Até o momento, a Finite gerou 100 milhões de créditos de compensação de carbono florestal nos mercados voluntários e de conformidade para clientes em quatro milhões de acres florestados na América do Norte.

A nova estrutura de liderança permitirá que Carrie e Brandon aproveitem seus pontos fortes únicos, garantindo ao mesmo tempo uma transição perfeita e foco contínuo nos principais valores e objetivos estratégicos da empresa. Como co-CEO, Gombos supervisionará a equipe jurídica da empresa e supervisionará as operações de pessoal e a linha de negócios Core Carbon®. Enquanto isso, Vickery continuará liderando a equipe de desenvolvimento e supervisionando as unidades comerciais e financeiras da empresa.

Gombos está na Finite Carbon desde 2016, atuando mais recentemente como Vice-Presidente Sênior de Jurídico e Operações, onde supervisionou todos os requisitos de contratação, legais e de conformidade e operações para os portfólios de conformidade e projetos voluntários de carbono da Finite. Ela liderou a colaboração com a liderança sênior em gestão de risco e estratégia durante um período de amplo crescimento.

Vickery está na Finite Carbon desde 2015 e assume sua nova função vindo de seu cargo anterior como vice-presidente sênior de desenvolvimento de projetos. Brandon iniciou sua carreira na Finite em uma função analítica, desenvolvendo profundo conhecimento nos fundamentos do desenvolvimento de projetos de compensação de carbono florestal, depois gerenciou a equipe de desenvolvimento da empresa para implantar os recursos necessários em apoio aos portfólios de desenvolvimento de projetos de compensação de carbono florestal da Finite Carbon, tanto para o compliance e mercados voluntários.

“Desde a sua criação, a Finite Carbon tem-se concentrado em trazer soluções confiáveis ​​de capital natural e em proporcionar oportunidades para a gestão ambiental através do desenvolvimento de melhores práticas, ao mesmo tempo que impulsiona a inovação nos mercados de carbono”, disse Gombos. “Tive a sorte dos anos que passei trabalhando ao lado de Sean, à medida que a empresa crescia e comemorava marcos. Estou entusiasmado com a oportunidade de fazer parceria com Brandon para capitalizar o impulso que construímos para ajudar a conduzir a empresa para o futuro.”

“Estou honrado com a oportunidade de servir como administrador da reputação da Finite como o nome mais confiável em carbono florestal”, disse Vickery. “Espero continuar a trabalhar ao lado de proprietários de terras, compradores e nossos parceiros comerciais para liderar soluções inovadoras que proporcionem reduções de carbono reais e mensuráveis ​​e outros benefícios para ecossistemas e comunidades.”

Antes da Finite Carbon, Gombos passou quase uma década no The Conservation Fund como Diretora de Conformidade de Carbono, onde trabalhou em todos os aspectos do portfólio de carbono do The Conservation Fund, incluindo o programa de compensação de conformidade da Califórnia e o programa voluntário de carbono do Fundo, Go Zero. Ela é bacharel em Ciências pela Cornell University e Juris Doctor pela Harvard Law School.

Vickery tem mais de 20 anos de experiência em gestão florestal nas áreas de conservação, investimento, modelagem e análise. Anteriormente, ele trabalhou com Mason, Bruce e Girard, fornecendo suporte analítico para projetos de planejamento de manejo florestal, programação de colheita, avaliações de áreas florestais, inventário e análise de avaliações. Vickery se formou como bacharel em ciências pela Universidade de Maryland e mestre em ciências pela Faculdade de Ciências Ambientais e Florestais da Universidade Estadual de Nova York.

Sobre carbono finito:

A Finite Carbon é líder no desenvolvimento de serviços completos de compensação de carbono florestal na América do Norte, combinando experiência incomparável em desenvolvimento de projetos com amplo conhecimento do mercado de carbono. A Finite Carbon gerou mais de um terço de todo o fornecimento de compensação de conformidade da Califórnia e entregou mais de US$ 1 bilhão aos proprietários de terras. Seu portfólio de projetos inclui quatro milhões de acres de áreas florestais em atividade, representando todas as regiões e principais tipos de floresta, desde os Apalaches até a costa do Alasca.

Aproveitando sua experiência em sensoriamento remoto e software, a Finite Carbon desenvolveu a plataforma CORE Carbon, uma plataforma avançada de mapeamento digital que agiliza o desenvolvimento de projetos de carbono para proprietários de terras com entre 40 e 5.000 acres. A plataforma CORE Carbon contém uma ferramenta de mapeamento digital fácil de usar que fornece aos proprietários de terras uma proposta imediata de receita de carbono para suas terras, sem nenhum custo, e permite o gerenciamento contínuo de seu projeto.

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