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BNDES e parceiros lançam edital de R$ 26,7 mi do Floresta Viva para restauro ecológico na bacia do Xingu

  • Com R$ 13,35 mi do Banco e igual valor dividido entre Energisa, Norte Energia e Fundo Vale, iniciativa apoiará até 9 projetos no Pará e no Mato Grosso

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta terça-feira, 5, Dia da Amazônia, edital que destinará até R$ 26,7 milhões em recursos não reembolsáveis para projetos de restauração de áreas degradadas e fortalecimento de cadeias produtivas da bacia do Rio Xingu. O documento foi assinado pela diretora Socioambiental do Banco, Tereza Campello, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Temos sido desafiados pelo presidente Lula e a ministra Marina a ir além do combate ao desmatamento e garantir um novo modelo de desenvolvimento sustentável, que gere emprego e renda para o nosso povo e se contraponha ao modelo predatório que desmata e desorganiza o nosso território. Para isso, uma das maneiras mais eficientes é restaurar a floresta nas áreas degradas e fortalecer as cadeias produtivas associadas ao restauro”, avaliou Campello, antes de assinar o documento. 

O edital faz parte do Programa Floresta Viva, iniciativa por meio da qual o BNDES aporta recursos ao lado de parceiros para ações de restauro florestal. Para o edital Xingu, o Banco destinará R$ 13,35 milhões, e os outros R$ 13,35 milhões serão aportados por Energisa, Norte Energia e Fundo Vale, que contribuirão com R$ 4,45 milhões, cada.

Os recursos permitirão apoiar até nove projetos, distribuídos em três regiões principais – Baixo Xingu, Médio Xingu e Alto Xingu, que perpassam os estados do Pará e Mato Grosso -, e associados a metas quanto à elaboração e aprovação de diagnóstico e plano de restauração; implementação e monitoramento do plano de restauração e fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração das áreas selecionadas.

Segundo a diretora do BNDES, o edital representa o equivalente a mais de 2,1 mil campos de futebol restaurados. “São áreas estratégicas: unidades de conservação, terras indígenas e áreas de agricultura familiar, todas elas identificadas em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, dentro das políticas públicas”, destacou.

Podem participar instituições sem fins lucrativos, como associações civis e fundações privadas nacionais e cooperativas em qualquer grau de constituição. O prazo para envio das propostas é até 6 de novembro, por meio de formulário eletrônico disponível no site  https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-restauracao-bacia-do-rio-xingu, e o prazo para execução dos projetos é de até 48 meses. A gestão do edital ficará a cargo do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP).

“Entendemos que a companhia tem que atuar como desenvolvedora, independente das obrigações do empreendimento. Um dos pilares da estratégia de sustentabilidade da Norte Energia é a Proteção Ambiental da Amazônia, com foco na Bacia do Xingu, rio onde está instalada a Usina Hidrelétrica Belo Monte. Nosso objetivo é investir em projetos que contribuam para a conservação da floresta, promovam o reflorestamento e ao mesmo tempo gere renda para a população local”, ressaltou o diretor Administrativo Financeiro e de Relações com Investidores da Norte Energia, Luiz Fernando Rolla, em cerimônia de lançamento do edital em Belém, realizada na manhã desta terça.

“Nossa adesão ao Floresta Viva representa um grande marco na agenda de restauração e bioeconomia do Fundo Vale. A iniciativa se soma às ações que já empreendemos, fortalecendo estratégias que efetivamente preservam a rica biodiversidade da Amazônia. O impacto se amplia consideravelmente quando temos todos esses atores trabalhando juntos”, afirmou Patrícia Daros, diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale, também presente na capital paraense.

Ainda na ocasião, a diretora de Gestão e Sustentabilidade do Grupo Energisa, Tatiana Feliciano, declarou que “reconhecemos a importância desses projetos nos biomas onde operamos, pois não apenas restauram ecossistemas valiosos, mas também contribuem para nossa ambição de ser uma empresa Net Zero. Além de investir em soluções tecnológicas, o Grupo está atento em promover soluções baseadas na natureza, entendendo que a combinação de inovação tecnológica com o poder da natureza é fundamental para um futuro sustentável e resiliente”.

Corredor de biodiversidade – A bacia do Rio Xingu abrange cerca de 53 milhões de hectares e 50 municípios nos estados do Pará e Mato Grosso. O rio percorre áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, criando um corredor de biodiversidade que conecta biomas, mas enfrenta desmatamento, tendo perdido 730 mil hectares, entre 2019 e 2022.

“A Bacia do Rio Xingu é fundamental para a Amazônia e para o Cerrado, para o clima e para os moradores dessas regiões. O apoio a projetos de restauração promoverá também um grande impacto positivo na socioeconomia da região”, disse Manoel Serrão, superintendente de Gestão de Programas do Funbio.

Floresta Viva – Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o Floresta Viva contribui para as metas globais de combate e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas ao apoiar projetos de restauração ecológica e preservação da biodiversidade em diferentes biomas. Por meio da iniciativa, o BNDES estima atingir R$ 1 bi em investimentos para restaurar entre 32 mil e 66 mil hectares e retirar até 18 mi de toneladas de CO2 da atmosfera.

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ABAF recebe o apoio do Corpo de Bombeiros para a campanha “Floresta em fogo é problema de todos nós”

Na reunião realizada em 06/09/23, com o coronel BM Adson Marcehsini (comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia) e o coronel BM Jadson Almeida (comandante do Comando de Operações Bombeiros Militar – COBM), a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) formalizou o apoio do Corpo de Bombeiros à campanha “Floresta em fogo é problema de todos nós”, cujo foco é a conscientização sobre os danos causados pelo fogo sem controle, os cuidados a serem tomados, além de informar o que se deve fazer em caso de ocorrências.

“O objetivo é sensibilizar a população em geral sobre a importância da prevenção e combate aos incêndios florestais, promovendo uma mudança de atitude. Queremos contribuir na conscientização da sociedade sobre o impacto ambiental negativo causado pelos incêndios florestais; além de promover o engajamento social para preservação das florestas”, explica Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.

O comandante geral parabenizou a ABAF pela iniciativa e sugeriu que as brigadas de incêndio organizadas pelas empresas associadas (nos quatro polos de produção de madeira para fins industriais na Bahia) se aproximem das unidades do Corpo de Bombeiro no interior do estado.

“É muito importante essa parceria com a ABAF. Dessa forma podemos aumentar as nossas atividades preventivas, que é ainda mais primordial do que o combate, pois com a prevenção não temos os incêndios florestais e é nisso que trabalhamos de forma contínua. Nossa atuação não cessa, mesmo fora da Operação Florestal continuamos passando para a comunidade, principalmente das áreas mais afetadas pelos incêndios florestais, sobre os cuidados da prevenção. E quem ganha com essa parceria são os cidadãos”, explicou o coronel BM Adson Marcehsini.

A campanha será lançada ainda em setembro e conta também com o apoio das empresas associadas Bracell, Ferbasa, Suzano e Veracel que – de forma constante – já têm iniciativas nesse sentido durante o ano todo. Também são parceiros a Federação da Agricultura da Bahia (FAEB), a Associação dos Produtores Irrigantes da Bahia (AIBA) e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) que lidera o “Programa Bahia Sem Fogo” (BSF) e o Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Bahia.

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Bracell inaugura centro de treinamento social na Bahia

Localizado no município de Inhambupe, o espaço possui auditório, sala de reunião e cozinha industrial equipados para realização de cursos e treinamentos

A cidade de Inhambupe, no litoral norte da Bahia, conta agora com mais um novo espaço criado para contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades do território. Trata-se do Centro de Treinamento Bracell Social. A inauguração do espaço, que tem capacidade para atender a 50 pessoas por dia, ocorreu nesta terça-feira, 5, e contou com a presença de lideranças comunitárias, representantes do poder público municipal de Inhambupe e de municípios vizinhos, além de parceiros estratégicos da empresa, a exemplo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

O centro de treinamento possui auditório, sala de reunião e cozinha industrial equipados para oferecer cursos e treinamentos teóricos e práticos de qualificação e formação. Guilherme Araújo, diretor-geral da Bracell na Bahia, destaca que a iniciativa é uma das muitas formas como a empresa materializa seu compromisso perene com o desenvolvimento das comunidades em sua área de influência. “Preparar as pessoas é contribuir para moldar o futuro da sociedade a partir de ações concretas hoje”, enfatiza.

Ele ainda acrescenta: “A companhia deseja crescer e sabe que seu crescimento não pode se dar como se estivéssemos isolados, em uma ilha, porque somos parte de uma região vibrante, repleta de talentos e de oportunidades. É nisso que acreditamos e é isso o que nos impulsiona a fortalecer nossa parceria com as comunidades da região onde atuamos por meio de ações como esta do centro de treinamento”.

O novo espaço oferecerá cursos variados, com foco em temáticas que fomentem e contribuam para o desenvolvimento territorial, como empreendedorismo coletivo e rural, associativismo e cooperativismo. Além disso, também irá focar, em especial, na formação culinária, com destaque para os cursos de confeitaria e panificação.

Fábio Góis Barbosa, gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da Bracell, pontua que a intenção é oferecer capacitação de qualidade para a comunidade por meio de grupos formados por parceiros estratégicos, órgãos dos poderes públicos e também dos projetos sociais desenvolvidos pela própria Bracell. “Desejamos que cada pessoa que passe por aqui saia com uma bagagem maior, uma vivência melhor e, sobretudo, um desejo de levar adiante e compartilhar seus conhecimentos. Por isso, teremos os melhores parceiros técnicos atendendo conosco para fomentar oportunidades reais de desenvolvimento”, salienta.

O primeiro curso já teve início, na tarde desta terça, logo após a cerimônia de inauguração, e foi voltado às lideranças comunitárias de Inhambupe e região, com o tema “Empreendedorismo Rural”. O conteúdo foi abordado pela consultora na área de Finanças, Empreendedorismo e Inovação do Sebrae, Mônica Fagundes Magalhães.

Equipe da Bracell na inauguração do centro de treinamento/ Foto: Acervo Bracell

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

Sobre a RGE

A RGE Pte Ltd gerencia um grupo de empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. As atividades vão desde o desenvolvimento e a colheita de recursos sustentáveis, até a criação de diversos produtos com valor agregado para o mercado global. O compromisso do grupo RGE com o desenvolvimento sustentável é a base de suas operações. Todos os esforços estão voltados para o que é bom para a comunidade, bom para o país, bom para o clima, bom para o cliente e bom para a empresa. A RGE foi fundada em 1973 e seus ativos atualmente ultrapassam US$ 30 bilhões. Com mais de 60.000 funcionários, o grupo tem operações na Indonésia, China, Brasil, Espanha e Canadá, e continua expandido para envolver novos mercados e comunidades. www.rgei.com

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Suzano está com vagas abertas para coordenador(a) e técnico(a) de viveiro em Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está dois processos seletivos abertos para atender suas operações em Três Lagoas (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

A primeira vaga aberta é para a função de Coordenador(a) de Planejamento de Estoques MRO e Insumos.  Para participar do processo seletivo, as pessoas interessadas precisam atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Superior completo; possuir experiência com gestão de pessoas; conhecimento em MRO, manutenção, planejamento ou S&OP; e ter disponibilidade para atuar em alguma das unidades industriais da Suzano em modelo presencial, preferencialmente em Três Lagoas. As inscrições ficam abertas até o dia 11 de setembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5284463?jobBoardSource=gupy_public_page

Já as pessoas interessadas na vaga de Técnico(a) Viveiro Florestal I devem ter: Ensino Médio completo; CNH na categoria “B” e disponibilidade para residir em Três Lagoas. Ensino Técnico completo na área agrícola/florestal e experiência intermediária em viveiro florestal serão considerados como diferenciais. As inscrições ficam abertas até o dia 10 de setembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5299113?jobBoardSource=gupy_public_page.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Pesquisa desenvolve técnicas para produção de teca em sistemas ILPF

Cultivo da teca em sistemas de integração ajuda a amortizar o alto investimento inicial e a obter lucro antecipadamente.
Árvores em sistemas ILPF têm maior crescimento do que em cultivo homogêneo.
Uso de mudas clonais resulta em maior produtividade e ganho em tempo de produção.
Madeira obtida no desbaste pode ser usada para energia ou fabricação de mourões.
Recomendações orientam produtor sobre a melhor forma de implantar o sistema ILPF com teca e como manejá-lo para obter melhor desempenho.
Livro reúne conhecimento obtido com experiência de produtores e pesquisas realizadas pela Embrapa.

Produtores rurais contam agora com um pacote completo de técnicas de manejo para usar a teca (Tectona grandis) como componente arbóreo em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Esse conhecimento se deve, especialmente, ao pioneirismo de produtores como Arno Schneider, de Santo Antônio do Leverger (MT), e Antônio Passos, de Alta Floresta (MT), que apostaram no uso dessa árvore em sistemas silvipastoris antes mesmo de haver informações técnicas ou pesquisas que atestassem sua viabilidade. Os erros e acertos cometidos por eles em cerca de 15 a 20 anos e as pesquisas desenvolvidas na última década possibilitaram a abertura de caminho para novos produtores que pensam em utilizar a espécie florestal em ILPF.

As experiências desses pioneiros, os resultados obtidos por eles e as pesquisas realizadas pela Embrapa Agrossilvipastoril (MT) estão reunidas em um capítulo dedicado ao uso da teca em sistemas ILPF que acaba de ser publicado no livro “Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil” (ver quadro abaixo). A publicação reúne, pela primeira vez, recomendações que vão desde o preparo da área para plantio das mudas até a condução das árvores com desbastes e desramas (podas), passando pela definição de espaçamentos e configuração dos renques de árvores.

O trabalho feito pelos pesquisadores da Embrapa Maurel Behling e Flávio Wruck mostra que, ao planejar seu sistema ILPF, o produtor deve definir se utilizará o componente arbóreo como adição ou substituição de renda.

“Em sistemas de ILPF, com foco na pecuária, a implantação de linhas simples facilita o manejo das árvores, exigindo menor demanda de mão de obra. Por outro lado, o sistema pode ser configurado para privilegiar a produção de teca com maior densidade de árvores por área. Nessas configurações, o carro-chefe do sistema passa a ser a teca e pode-se assumir que as perdas de produtividade nos componentes agrícola ou pecuário serão compensadas pelas receitas geradas com as árvores, ou seja, há uma substituição de receitas”, explica Behling.

Livro sobre Teca

O livro Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil foi publicado pela Embrapa Florestas e está disponível gratuitamente para download. A publicação reúne em seus 18 capítulos um grande acervo de informações sobre a cultura da teca no País. A obra teve como editores técnicos os pesquisadores Cristiane ReisEdilson de Oliveira e Alisson Santos e contou com participação de 47 autores da Embrapa, de universidades, empresas privadas e outras instituições parceiras.

As pesquisas realizadas mostram que, considerando a meta de uso da madeira para serraria, atividade em que a teca tem o seu maior valor agregado, o plantio deve ser feito em linha simples com espaçamento de 4 metros entre as plantas. No caso de o plantio ser feito em linhas duplas ou triplas, deve ser adotado o arranjo quincôncio, ou seja, com as árvores de linhas vizinhas formando um triângulo. Isso evita a competição lateral. A distância entre os renques varia conforme o interesse do produtor e seu maquinário, sendo a recomendação mínima de 16 metros para que se mantenha a entrada de luz para a pastagem.

Arte: Maurel Behling

Maior crescimento na ILPF

As árvores de teca em ILPF demonstraram maior crescimento do que árvores cultivadas em plantios homogêneos. Dados mensurados na Fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte (MT), mostraram que, aos 11 anos, as árvores no sistema ILPF estavam mais altas e com o diâmetro à altura do peito (DAP) 52% maior do que aquelas árvores do plantio homogêneo em talhão instalado ao lado.

Dependendo do número de plantas por hectare, será necessária a realização de cortes seletivos anteriores visando aumentar a entrada de luz no sistema e reduzir a competição entre as árvores. Nos anos iniciais, a madeira desse desbaste pode ser usada para energia ou fabricação de mourões, mas já aos 12 anos é possível retirar madeira destinada à serraria.

Para obtenção do melhor desempenho das árvores, os pesquisadores da Embrapa recomendam o uso de mudas clonais e não as produzidas por sementes. Mensurações feitas comparando os dois tipos de uso mostram que árvores clonadas tiveram crescimento 28% maior em DAP, 21% maior em altura total e 80% maior em volume total.

“A expectativa no sistema silvipastoril, com uso de clones de teca, é realizar o corte raso das árvores entre 18 a 20 anos”, afirma Behling. Com uso de mudas seminais, a expectativa sobe para 25 anos.

Outra vantagem do uso dos clones é que, ao crescerem mais rapidamente, essas mudas permitem antecipar a entrada do gado no sistema sem riscos de danificar ou quebrar as plantas. A recomendação é que animais mais jovens entrem nos pastos sombreados pela teca quando as árvores tiverem DAP entre 3 e 4 centímetros.

Recomendações para condução

Para que se obtenha o melhor retorno financeiro com a teca em sistemas integrados, o produtor deve estar atento à condução do sistema. Para isso, pesquisadores recomendam a desrama das árvores a fim de retirar os galhos baixos e evitar a formação de nós na madeira.

Os cuidados com formigas, com mato competição e a atenção para evitar a deriva de herbicidas são outros pontos que devem ser observados, sobretudo nos anos iniciais. Além disso, a prevenção contra o risco de incêndios deve estar presente na agenda da fazenda.

Demanda por teca é maior que oferta

A teca é uma madeira com grande valor agregado e com um mercado amplo para uso na produção de móveis, embarcações e pisos. A demanda mundial por essa madeira é maior do que a oferta, tanto por meio de plantios comerciais quanto pela extração em áreas onde a espécie é endêmica como na Ásia.O alto valor agregado viabiliza custos com frete, o que permite o cultivo em regiões com logística mais complicada. Porém, o longo tempo para retorno do investimento acaba desestimulando o cultivo. Dessa forma, os sistemas de integração são uma alternativa para amortizar os custos, uma vez que é possível obter receitas com a lavoura e a pecuária enquanto as árvores crescem.No aspecto econômico, estudos realizados pela Embrapa Agrossilvipastoril em Unidades de Referência Tecnológica (URT) mostraram que aquelas com uso da teca foram as mais rentáveis, com lucratividade chegando a R$ 3,70 para cada R$ 1 investido e valor presente líquido anual de R$ 2.175,71 por hectare/ano.”A teca é uma das espécies exóticas de maior potencial econômico para uso em sistemas integrados no Brasil. As receitas adicionais geradas, a valorização da propriedade, a biodiversidade criada e inúmeras outras vantagens não deixam dúvidas quanto aos benefícios desse sistema aos proprietários e ao meio ambiente”, afirma Maurel Behling.Porém, o pesquisador alerta sobre os cuidados necessários para obter resultados positivos com o cultivo da teca. “Apesar do mito de que ‘a teca enriquece seu plantador’, deve-se ter em mente que o mercado para a madeira da teca existe, é atrativo e seguro. Porém, o lucro só será obtido com a utilização de tecnologias apropriadas, cuidados ímpares e muita qualidade em todas as operações florestais e de logística na cadeia de suprimento. Não basta apenas plantar as árvores de teca de qualquer jeito no sistema integrado e ficar esperando que elas cresçam para que os lucros brotem para o produtor. É necessário investir em tecnologia, insumos adequados, operações corretas e eficientes, constante monitoramento fitossanitário e garantir produtividade e qualidade da madeira ao longo de todo o ciclo de rotação”, ressalta o pesquisador.A estimativa é que em Mato Grosso a área de sistemas silvipastoris com teca seja de 4 mil hectares. No Brasil a área plantada com essa espécie, incluindo os cultivos homogêneos, é de 94 mil hectares.Foto: Maurel Behling
Software auxilia no manejo de Teca em ILPF

Produtores interessados no plantio de teca em ILPF contam com o apoio de um software gratuito, desenvolvido pela Embrapa Florestas, que visa dar suporte às atividades de manejo, análise econômica e planejamento do componente florestal.O SisILPF Teca funciona como um simulador em que o usuário pode testar, para cada condição de clima e solo, todas as opções de manejo de teca na ILPF. Segundo o pesquisador da Embrapa Edilson Batista de Oliveira, “o produtor pode fazer prognoses de produções de madeira no presente e em condições futuras, efetuar análises econômicas e decidir sobre a melhor alternativa para conduzir sua plantação”. Essas simulações possibilitam a quantificação da madeira produzida por tipo de utilização industrial, desde o seu uso para energia, até toras de diversas dimensões para serraria na produção de blocos e tábuas, e exportação. “Com isso,o produtor poderá manejar suas florestas para a produção de madeira direcionada ao uso mais rentável”, afirma o pesquisador.Outro aspecto importante é que o software calcula o carbono capturado pelas árvores, em equivalentes de gás carbônico e metano, e emite gráficos com estimativas do número de animais que podem ter a emissão de metano compensada pelas árvores do ILPF. “Esses sistemas estão em ascensão e entram na contabilidade do País na mitigação dos impactos da mudança do clima. O SisILPF_Teca é uma ferramenta importante de apoio ao planejamento e manejo dos plantios”, finaliza Oliveira.Foto: Gabriel Faria
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Impulsionador de produtividade: Brasil é referência no desenvolvimento de tecnologia para o setor florestal

Artigo de: Claudia Garcia, Gerente de Contratos Florestais na  Hexagon

O Brasil estabeleceu uma posição de liderança no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o segmento florestal. Com um setor produtivo de árvores plantadas responsável por um PIB de R$ 244 bilhões, em uma área de 9,93 milhões de hectares, o país tem desempenhado um papel de destaque não só na produção, mas também na introdução das principais inovações para impulsionar o setor. No cenário global, o Brasil aparece como um exemplo a ser seguido, despertando o interesse de especialistas e profissionais ao redor do mundo.

A capacidade de produzir mais em menor área, superando as médias globais, é prova desse protagonismo. A produtividade média do eucalipto, por exemplo, atingiu o maior nível desde 2014, chegando a 38,9 m³/ha/ano em 2021. O pinus, por sua vez, totalizou 29,7 m³/ha/ano, segundo o relatório anual da Ibá, Indústria Brasileira de Árvores. Esses números são resultado de um interesse cada vez maior das empresas em investir em tecnologia. Hoje, não são somente as grandes companhias que percebem a relevância desse investimento, as pequenas e médias também têm aproveitado os benefícios que soluções inovadoras trazem para a produção.

Esse movimento fortaleceu e expandiu o ecossistema de inovação agrícola nacional. As companhias mais consolidadas que desenvolvem tecnologia para o setor têm apostado no lançamento de produtos inovadores e no aprimoramento dos softwares existentes. Ao mesmo tempo, vimos surgir novas startups do segmento agropecuário. O mapeamento Radar Agtech Brasil, lançado no final de 2022, revelou que o país possui 1.703 agtechs, 8% a mais na comparação com 2021, quando foram contabilizadas 1.574 agtechs em atividade no país.

Entre as principais tecnologias utilizadas pelas empresas do setor florestal estão os softwares de análise e gestão das operações mecanizadas de implantação, condução e colheita. Enquanto na agricultura o foco recai sobre o hardware, com produtores interessados em computadores de bordo e controladores para uma gestão em tempo real, no setor florestal o cenário é outro. Dado o ciclo de crescimento mais longo das florestas, que leva em média 7 a 8 anos até a colheita, é necessária uma abordagem mais aprimorada em termos de análise e gestão.

Essas tecnologias permitem a coleta de dados das florestas e sua transformação em informações inteligentes, viabilizando um planejamento otimizado, execução eficiente, controle preciso de máquinas e fluxos de trabalho automatizados. Por exemplo, soluções de monitoramento de máquinas com suporte de sensores e computadores de bordo instalados no maquinário florestal possibilitam o monitoramento e ajuste dos processos. Esses sistemas fornecem relatórios detalhados com indicadores de rendimento e comportamento das máquinas, produtividade, área trabalhada, distância percorrida, velocidade, entre outros.

Os softwares de gestão permitem a análise dos dados coletados para a resolução de problemas e o aprimoramento contínuo dos processos, resultando em maior produtividade e lucratividade. Essas soluções possibilitam a geração de relatórios personalizados a partir dos dados enviados automaticamente pelos displays das operações florestais. Esses relatórios contêm informações como mapas para visualização das características da operação, gráficos com indicadores de desempenho e ferramentas para análise georreferenciada.

Além disso, a tecnologia também tem sido uma aliada na busca por ações mais sustentáveis e um uso mais inteligente da terra, pauta prioritária para as empresas do setor. Com o apoio de ferramentas de gestão, é possível analisar o total de insumos aplicados, como adubos, herbicidas e controle de pragas, permitindo avaliar a dosagem adequada, evitar desperdícios e reduzir o uso de agroquímicos. Por meio dessas ferramentas, juntamente com controladores de pulverização, é possível tomar ações mais precisas e eficientes, minimizando os impactos ambientais.

Em suma, essas soluções permitem uma gestão mais eficiente e sustentável das florestas, impulsionando a produtividade e promovendo o equilíbrio entre os aspectos econômicos, ambientais e sociais, ajudando a posicionar o país como referência no setor. Apesar de alguns desafios ainda persistirem, como o problema de falta de infraestrutura de rede e conectividade, o Brasil continua a impulsionar a produtividade florestal e moldar o futuro do setor. A busca por parcerias e intercâmbio de conhecimentos tem sido uma constante, e espera-se que essa tendência continue crescendo, impulsionando ainda mais a liderança do Brasil no desenvolvimento de tecnologia para o setor florestal.

Claudia Garcia, Gerente de Contratos Florestais na Hexagon

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Suzano está com três vagas abertas para suas operações em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com três vagas abertas para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Para concorrer à vaga de Supervisor(a) de Negócios Florestais, épreciso atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Superior completo em qualquer área; possuir experiência com área de comercialização ou negociação, principalmente em área florestal ou agrícola e experiência em análises e indicadores; ter conhecimento em normas Sistemas de Gestão da Qualidade ISO, FSC, Cerflor e Legislação Florestal e Ambiental e em SAP; nível avançado em Pacote Office (Windows, Word, Excel, Power Point, Outlook); fluência em língua inglesa e Pós Graduação serão considerados diferenciais. As inscrições ficam abertas até o dia 10 de setembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5303705?jobBoardSource=gupy_public_page.

Já para concorrer à vaga de Técnico(a) Desenvolvimento Operacional II, épreciso atender aos seguintes pré-requisitos: Ensino Técnico completo e/ou Ensino Superior completo;  CNH categoria B (desejável D);possuir nível intermediário em Pacote Office; ter experiência consolidada na área de manutenção florestal. As inscrições ficam abertas até o dia 10 de setembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5281452?jobBoardSource=gupy_public_page.

Por último, há também uma vaga para Analista Suprimentos Pleno – Serviços Administrativos. Para concorrer os pré-requisitos são: ter Ensino Superior completo; experiência com contratação de Serviços Corporativos (facilities); ter habilidade e capacidade de criar oportunidades e iniciativas, mapear e mitigar riscos, e tomar decisões eficazes, através de dados, para solucionar problemas com agilidade; é desejável conhecimento em SAP e em Power BI, assim como em abertura de custos, TCO, should cost e Strategic Sourcing e também é desejável nível de inglês avançado; possuir vivências em criação, aplicação e governança de projetos será considerado um diferencial; é essencial ter disponibilidade de residir na região de Ribas do Rio Pardo/MS. As inscrições ficam abertas até o dia 11 de setembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5238409?jobBoardSource=gupy_public_page.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).  Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Em parceria com prefeitura, Suzano entrega reforma do CRAS Central em Ribas do Rio Pardo (MS)

Além da revitalização e restauração de vários espaços, a empresa construiu um salão de gastronomia, adequando o prédio para receber os diversos cursos de qualificação profissional oferecidos por meio do Senac.

A Suzano, maior produtora mundial de celulose de mercado e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, entregou nesta semana a reforma do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS Central), em parceria com a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS). Além da revitalização, a empresa construiu um salão de gastronomia, adequando o prédio para receber os diversos cursos de qualificação profissional oferecidos por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Foram restaurados ainda banheiros, salas de aulas, o laboratório de beleza (para cursos de estética) e o centro de convivência.

Conforme o diretor de engenharia da Suzano, Maurício Miranda, a adequação do CRAS Central faz parte dos investimentos voluntários de R$ 13,8 milhões que a empresa se comprometeu a fazer no município. “Na Suzano temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e, com esta reforma, disponibilizamos um espaço para o uso dos nossos parceiros e da população em formações que vão contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados na cidade e para geração de emprego e renda no município”, ressalta.

O espaço renovado já está recebendo os cursos de salgadeiro(a), preparo de bolos e tortas, técnicas de unhas artísticas e cortes de cabelos masculinos e técnicas de barbear, que fazem parte da primeira fase de qualificações com o Senac para 2023. A segunda fase se inicia nas próximas semanas com os cursos de design de sobrancelhas, preparo de pães artesanais, com início previsto para o dia 18 deste mês, e o curso de maquiador(a), que começa no dia 26.

Iniciaram-se nesta semana as inscrições para a segunda fase de cursos à comunidade com a disponibilização de 60 vagas. Nessa etapa serão oferecidos os cursos de preparo de compotas e doces cristalizados, limpeza de pele e preparo de marmita gourmet e fitness. As ações realizadas visam ao cumprimento do compromisso assumido publicamente pela empresa de retirar mais de 200 mil pessoas da linha da pobreza até 2030 em suas áreas de atuação.

Em 2022, a parceria entre a Suzano, a prefeitura e o Senac resultou na formação de 68 alunos(as) nos cursos de manicure, recepcionista, vendedor, camareira e higiene e manipulação de alimentos. “Com o objetivo de atingir as metas de longo prazo da empresa, até o final do próximo ano serão abertos diversos novos cursos. Com o apoio da prefeitura e do Senac, nossos parceiros, temos a garantia de que serão formados muitos profissionais para atender à demanda gerada com a implantação da nova fábrica da Suzano na cidade”, complementa Maurício Miranda.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Produção de biomassa deve crescer em MT com avanço industrial

Por meio do fundo Desenvolve Floresta, o Estado tem trabalhado para assegurar os insumos de energia limpa às indústrias

A previsão de instalação de novas plantas de etanol de milho no Estado e o avanço da produção industrial devem aumentar a demanda por biomassa em Mato Grosso.

Ela é a principal fonte de energia limpa para fazer as caldeiras das fábricas funcionarem, geralmente oriunda de matéria orgânica vegetal como o cavaco de madeira, resíduos das serrarias, eucalipto, palha de arroz, capim, bagaço de cana, dentre outros.

Para assegurar que as indústrias tenham essa biomassa, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) tem o fundo do Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso, o Desenvolve Floresta.

Criado em 2021 e início das operações em 2022, o fundo é uma forma que os produtores rurais tem como pagar a taxa de reposição florestal, que é obrigatória nos casos de supressão de vegetação nativa. Já foram emitidos pela Sedec 530 certificados de Taxa de Reposição Florestal.

“O recurso desse fundo tem como um de seus objetivos principais oferta de matéria-prima para a indústria madeireira, para os utilizadores de matéria-prima florestal energética e para os demais consumidores, de forma sustentada e permanente”, destaca a superintendente de Agronegócios e Crédito da Sedec, Linacis Silva.

Ela destaca que Mato Grosso tem grande potencial na geração de biomassa com clima e terras favoráveis, qualidade hídrica, além de que a integração lavoura-pecuária-floresta é um dos braços do Plano ABC+, para redução de emissão de gases de efeito estufa pela agropecuária mato-grossense.

É previsto no plano que o estado tenha 1,3 milhão de hectares no sistema integrado com florestas e produção de alimentos e 285 mil hectares de florestas.

Por meio do Conselho Gestor do Fundo Floresta são deliberadas as formas que os recursos devem ser aplicados. Segundo Linacis, há três prioridades para aplicação do recurso do fundo: linhas de crédito para o desenvolvimento florestal a propriedades com Cadastro Rural Ambiental (CAR) analisado pela Sema; transferência de tecnologia como a realização de Dia do Campo; ou para pesquisa florestal.

Solução industrial de energia limpa

O vice-presidente da Fiemt e presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, Frank Rogieri, destacou que o uso da biomassa oriunda de manejo florestal sustentável pelas indústrias, especialmente após a implantação das usinas de etanol de milho, deu destinação ao pó da serra, que antes era um problema ao setor. 

“O uso da biomassa transformou o panorama da indústria madeireira de floresta nativa. A produção do cavaco vem crescendo ano a ano desde 2017. Foram produzidos naquele ano 763,7 mil m³ de cavaco, saltou para 3,5 milhões de m³ em 2022, com crescimento de 54,5% em relação a 2021. De janeiro até 31 de maio de 2023 foram 1,7 milhões de m³ produzidos”, comentou. 

Em 2010, a cidade de Marcelândia viveu uma tragédia em decorrência da falta de utilidade dos restos de serraria. O incêndio destruiu 80% das empresas madeireiras da cidade causando prejuízo de R$ 10 milhões, deixou pessoas desabrigadas, centenas de pessoas internadas na época por problemas respiratórios.

O Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea) projeta que a safra 2021/2032 atinja 144 milhões de grãos e a demanda de biomassa deve aumentar. Uma das indústrias que devem puxar é a etanol de milho. 

Um dos exemplos é a FS Bioenergia, que tem 3 plantas no Estado e com projeção de novas indústrias em Mato Grosso. Sozinha, a empresa consome cerca de 8,4 mil hectares de florestas plantadas (eucalipto e bambu) para rodar as 3 fábricas. Cerca de 53% da biomassa é oriunda de eucalipto, 39% resíduo da indústria madeireira e palha de arroz e 8% de bambu.

Fonte: Midia News

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Estandes em madeira demonstram tecnologias na Expoforest

Durante a Expoforest, o estande da Embrapa também foi também uma vitrine de tecnologias de madeira aos visitantes. Dois espaços distintos foram montados lado a lado com o objetivo de mostrar possibilidades de construção utilizando a madeira como base. Uma das áreas foi montada com madeira engenheirada, proveniente de plantios florestais, montada com apoio da startup Lagom e Rede ILPF, e a outra foi construída com madeiras de distintas espécies florestais nativas, provenientes de manejo florestal sustentável, cedida pelo Cipem/Fórum Nacional de Base Florestal, construída pela Casa Certa. Os visitantes puderam conferir as características de cada uma delas, bem como conversar com os parceiros responsáveis, presentes no local. 

O espaço de madeira de floresta plantada foi montado pela Lagom, uma startup de inovação industrial que levou painéis construtivos encaixáveis, leves e de fácil montagem e desmontagem. Este material é composto por duas camadas de madeira engenheirada proveniente de florestas plantadas, com um material isolante termoacústico no meio.  A sala de reuniões dentro do estande, montada para a realização de reuniões e conversas entre parceiros durante a feira, foi toda feita com esse material também, de forma a ficar fechada e climatizada. “O que a Lagom propõe é otimizar o sistema construtivo e melhorar a qualidade de vida das pessoas no ambiente construído”, explica Lucivane Morello, proprietária da Lagom.

Segundo Morello, o espaço foi pensado tanto para receber o público em geral, na área expositiva, quanto para proporcionar conforto térmico e acústico na sala de reuniões do estande. “A Embrapa, inclusive, recebeu nesta sala cerca de 25 pessoas em uma reunião e o ambiente se manteve fresquinho o tempo todo e, mesmo com a queda momentânea de energia que ocorreu, o local manteve o conforto, apesar dos 28ºC externos, indicando a eficiência do isolamento térmico”, aponta.

Uma amostra do material que compôs o estande estava à disposição para apreciação do público. Além disso, os representantes da Lagom atenderam clientes interessados em realizar projetos de construção com o material da startup. “Hoje, vivemos em caixas de concreto, e a construção com madeira reconecta o indivíduo com a natureza”, diz. Saiba mais sobre a Lagom aqui.


Madeiras de várias texturas e tons

Para mostrar a viabilidade e beleza das madeiras de espécies nativas da Amazônia, outra parte do estande da Embrapa foi construída com madeiras fruto de manejo florestal sustentável, em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso – Cipem, Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal/FNBF e Casacerta. 

O espaço, que já foi exposto na Casa Cor em São Paulo, foi criado para mostrar a riqueza de detalhes e a versatilidade de cada espécie. O pergolado foi feito em marupá, os decks em cumaru, garapeira e roxinho e parte do teto em NTL (madeira laminada pregada) e outra feita com estrutura pré-fabricada em garapeira. O espaço também contava com detalhes de wood frame em tauari e roxinho e painéis decorativos em muiracatiara, tatajuba e angelim amargoso. Todo o material veio de florestas averbadas e de exploração legalizada.

Manejo Florestal Sustentável como base

Claudinei Melo, um dos diretores do Cipem, exemplifica que o município onde atua, (Nova Maringá/MT), tem 1,2 milhão de hectares e, destes, 700 mil hectares são florestas, das quais, 350 mil hectares são averbados com projetos de manejo sustentável. “Só trabalhamos com manejo sustentável, e nosso foco é a floresta em pé: nós somos responsáveis pela floresta. Começamos agora a desenvolver um trabalho de marketing para mostrar o que consideramos o nosso principal produto, que é a manutenção da floresta em pé. A madeira é um subproduto. E o manejo consiste em colher apenas de duas a três árvores maduras em um hectare, deixando mais de duzentos indivíduos da espécie ali, de várias idades, um trabalho que se baseia nos estudos da Embrapa, que é nossa parceira”, afirma Melo.

As florestas nativas possuem um valor ambiental imenso para suas regiões de ocorrência. A melhor forma para conservar a floresta, sem eliminá-la, como ocorre com o desmatamento, é por meio do Manejo Florestal Sustentável, que consiste na retirada programada de árvores com critérios técnicos. Isto auxilia na renovação da própria floresta, ao possibilitar a entrada de luz para que as plantas mais novas possam se desenvolver. A retirada das árvores se dá de forma planejada, mantendo mais de 85% da floresta original. O manejo florestal sustentável conserva a floresta em pé e gera renda, de forma sustentável. Pesquisas da Embrapa Florestas na região de Sinop/MT, por exemplo, já fornecem informações particularizadas de 15 espécies florestais nativas, podendo contribuir para a discussão de políticas de manejo. 

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