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Suzano fomenta pecuária leiteira com criação de banco de reserva alimentar em Ribas do Rio Pardo (MS)

Cerca de 255 pessoas das comunidades Mutum e Avaré serão beneficiadas até o final deste ano com a criação de bancos de reserva alimentar e melhoramento genético do rebanho.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, fomenta a agricultura familiar com ações de transferência de tecnologia e técnicas de criação de gado de leite para pessoas com aptidão agropecuária na região de Ribas do Rio Pardo (MS). Com o apoio de profissionais experientes e suporte da empresa para o plantio de 25 mil metros quadrados de capim, cerca de 255 pessoas das comunidades Mutum e Avaré serão beneficiadas até o final deste ano com a criação de bancos de reserva alimentar e melhoramento genético do rebanho. O objetivo é garantir a continuidade da produção leiteira no período de estiagem e aumentar a produtividade do rebanho.

Nos meses de agosto a setembro, os animais e as famílias sofrem com a seca típica do inverno, o que faz com que a produção de leite seja reduzida substancialmente. A implantação de canteiros com capineira para compor um banco de reservas, e posterior distribuição de mudas e alimento de boa qualidade para os animais durante períodos de estiagem, garante pastagem suficiente para alimentar os animais no período de inverno e possibilita que as famílias mantenham a sua produção.

“Com essas ações, buscamos oferecer condições para que as famílias se preparem para os vários cenários que surgem durante o ano. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, e ao qualificarmos essas famílias para os momentos mais complicados, estamos contribuindo para a longevidade e produtividade do rebanho, assegurando renda e melhores oportunidades de negócios para os agricultores familiares da região”, afirma Israel Batista Gabriel, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano.

Melhora genética

Além das melhores condições alimentares para o rebanho, os(as) produtores(as) dos assentamentos Mutum e Avaré ainda terão acesso a melhoramento genético para que o gado possa produzir mais leite no médio e longo prazo. Como a grande maioria desses animais são mestiços – ou seja, resultam do cruzamento de diferentes raças –, os técnicos ainda colocarão em prática o projeto Vaca Móvel, que irá inseminar as vacas com genética especializada para a produção de leite, proporcionando assim um efeito multiplicador na capacidade produtiva de cada família.

Um dos agricultores que agora tem melhores condições de produção é Danyel Da Silva. Ele conta que as famílias que fazem parte da Associação Amigos em Ação dos assentamentos Mutum e Avaré já estão colhendo os frutos dessa parceria. “Recebemos mudas do capiaçu, insumos como calcário e adubos, mas o divisor de águas para nós foram a ensiladeira e a enfarfadeira de silagem. Essas máquinas estão nos ajudando muito neste período de seca. Somos gratos à Suzano pelo apoio dado à associação e por esse trabalho tão importante que está beneficiando os moradores do Mutum e Avaré, conseguimos melhorar muito a nossa estratégia de alimentos para o período de estiagem”, afirma.

Diversificação

A Suzano também desenvolve qualificação para o plantio de alimentos ecologicamente corretos e que possam gerar renda para essas comunidades. Por meio da implantação de sistemas agroflorestais, os produtores podem diversificar as fontes de renda e produzir alimentos como hortaliças, frutas, legumes e verduras. Com apoio das equipes de assistência técnica contratadas pela Suzano – num sistema de aulas práticas, nas quais é ensinada a utilização correta de insumos agrícolas, feita a correção da acidez do solo e o preparo com a aplicação de fertilizantes –, os(as) produtores(as) se unem em sistema de mutirão e aplicam o aprendizado nos demais lotes, compartilhando as técnicas de cultivo e a aproximação social.

“O sistema agroflorestal foi muito bem aceito na comunidade e já está proporcionando excelentes resultados. Esse tipo de produção é algo totalmente diferente de tudo que já vimos, mas a nossa adaptação a ela tem sido impressionante. Antes era tudo muito tradicional, a produção era feita como os nossos antepassados faziam, utilizando muito agrotóxico e muita química. Com o apoio da Suzano, estamos trabalhando com alimentos agroecológicos”, revela Sebastião Landim, presidente da Associação Amigos em Ação, dos assentamentos Avaré e Mutum.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Veracel inicia a construção de uma plataforma de Agricultura Familiar para associações do Sul da Bahia 

Com a ferramenta, toda a cadeia de produção dos pequenos produtores será mapeada, o que significa mais desenvolvimento nas atividades  

O Dia da Agricultura Familiar, comemorado em 27 de julho, é uma data para reconhecer e valorizar a contribuição dos agricultores familiares para a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e a economia do país. Com esse foco, a Veracel está dando início à construção de uma plataforma digital que reunirá informações, dados e indicadores relacionados à produção de pequenos agricultores que a empresa apoia em sua região de atuação, no Sul da Bahia. Esse recurso será uma ferramenta importante para o desenvolvimento da cadeia produtiva da região. 
 

A plataforma irá compilar dados completos do negócio, como quantas toneladas são produzidas, de que modo os itens são beneficiados para a venda, os locais de comercialização, os custos envolvidos, quais as oportunidades de expansão de vendas, entre diversas outras informações que estruturam os detalhes relacionados à atividade dos pequenos agricultores.
 

O objetivo é profissionalizar todo o processo produtivo e o escoamento local dos produtos, contribuindo para o desenvolvimento econômico do território. 
 

“Queremos que a plataforma funcione como uma rede para conectar os diversos atores envolvidos na agricultura familiar da região. Isso passa muitas vezes por organização, documentação e profissionalização dos produtores locais, e pelo fortalecimento das instituições, permitindo a atração de novos financiadores, o compartilhamento de experiências, além de gerar mais renda e autonomia para os produtores”, explica Alexandre Campbell, gerente de Responsabilidade Social e Comunicação.


Inovação


Inovação a serviço da agricultura familiar. Esse é o objetivo do projeto desenvolvido e customizado a partir das necessidades identificadas pela empresa. “Achei o projeto inovador. Ele vai reunir informações que hoje fazem falta para a tomada de decisões e o planejamento para os agricultores. A disponibilização da plataforma vai facilitar, e muito”, destacou Ado Henrique, coordenador geral da Associação 3 de Julho, que reúne pequenos agricultores da cidade de Eunápolis. 


Ado e outros produtores participaram de um workshop realizado pela Veracel para falar da plataforma, oferecer orientações iniciais e tirar dúvidas de produtores, grupos de agricultores e associações. A plataforma de agricultura familiar da Veracel é um projeto que será estruturado durante três anos. 


“A ferramenta também irá ajudar a Veracel a elencar indicadores sociais e a avaliar com mais precisão a eficiência do apoio que prestamos  às  associações, uma ação que faz a diferença no desenvolvimento social na região Sul da Bahia”, destaca Izabel Bianchi, coordenadora de Responsabilidade Social da Veracel.
 


Grupo de mulheres da APRUNVE: conhecidas como Mulheres Guerreiras,  produzem geleias, sequilhos, bolos, pães, salgados, doces e chips, entre outros itens. Todos feitos com o que é cultivado pela comunidade. Foto: Ernandes Alcântara.


Atualmente, a companhia apoia diversos projetos de agricultura familiar, investindo e beneficiando pessoas por meio dos coletivos rurais, das comunidades de pesca, de grupos de mulheres e de associações comunitárias. 

É o caso da cozinha comunitária idealizada pela associação feminina criada dentro da área gerida pela Associação de Produtores Rurais Unidos Venceremos (APRUNVE), de Porto Seguro (BA). A Associação de Mulheres Produtoras Rurais Agroecológicas (AMPRA) conta com 25 associadas, conhecidas como Mulheres Guerreiras. Elas produzem geleias, sequilhos, bolos, pães, salgados, doces e chips, entre outros itens. Todos feitos com o que é cultivado pela comunidade e vendidos sob encomenda. Além disso, também oferecem café da manhã, almoço e lanche para eventos. Essa iniciativa se transformou em uma agroindústria, e a marca Mulheres Guerreiras agregou ainda mais valor aos produtos plantados, contribuindo para aumentar a renda das associadas.

Os recursos investidos pela Veracel em projetos como esse buscam ampliar o capital social da região, criando condições para identificar vocações, capacitar pessoas e dar o suporte necessário aos agricultores até que a autonomia e o protagonismo das comunidades sejam alcançados.

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. O ranking Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar do Brasil pelo 5º ano consecutivo.
 

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

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Veja como estão as obras do Projeto Cerrado neste final de mês de julho.

Foram destaques o avanço na montagem dos lavadores de celulose na linha de fibras e dos evaporadores na linha de evaporação, assim como os avanços da logística florestal e de escoamento de produção.

As obras de construção da nova fábrica de celulose da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em Ribas do Rio Pardo (MS), seguem o cronograma com importantes avanços registrados até julho. O andamento das frentes de trabalho pode ser conferido em novo vídeo divulgado pela empresa por meio do link https://bit.ly/video-status-obra.

Nas imagens é possível observar o avanço na montagem dos lavadores de celulose na linha de fibras e dos evaporadores na linha de evaporação, assim como os trabalhos bem adiantados na área de secagem do processamento da celulose e na construção da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), por exemplo. Também teve destaque no mês o recebimento dos turbogeradores e pode ser notada a fachada quase concluída do prédio administrativo, que inclui o Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD) e o laboratório.

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Ainda é possível observar os avanços na logística florestal, com a conclusão da malha viária off-road, e industrial, com a terraplenagem do terminal intermodal de Inocência, o andamento nas obras de adequação dos terminais portuários T32 DPW em Santos, bem como do galpão de estocagem de celulose na fábrica.

Julho foi marcado também pela formatura da primeira turma de mecânicos(as) de máquinas florestais, os cursos oferecidos pela Suzano, em parceria com o Senai, à comunidade local em Elétrica Básica e Elétrica Automotiva, e ainda a aula inaugural da terceira turma de operadores(as) de colheita florestal.

Projeto Cerrado

Anunciado em maio de 2021 e confirmado pelo Conselho de Administração da Suzano no início de novembro do mesmo ano, o Projeto Cerrado receberá investimento total de R$ 22,2 bilhões e, atualmente no pico da obra, está gerando cerca de 10 mil empregos diretos. Prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2024, a nova fábrica – que será a unidade mais competitiva da Suzano –, vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, nas áreas florestal e industrial, e movimentando toda a cadeia econômica da região.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Embrapa Floresta vai ter presença marcante na Expoforest 2023

Neste ano, a Embrapa completa 50 anos! E nossa participação na Expoforest está pra lá de especial:

No estande:
– Atendimento com nossa equipe sobre diversas pesquisas e tecnologias da Embrapa: sistemas de produção de eucalipto e pinus, controle de pragas, mudança climática, ILPF, biotecnologia, manejo florestal sustentável, e muito mais;
– Simulações com os softwares da Família SIS;
– Curso “Metodologia de acesso e análise de dados da cadeia produtiva brasileira de florestas plantadas – Módulo comércio de exportação (Comex)”, dias 10 e 11 (informações e inscrições em https://lnkd.in/d33gCYzC);
– Realidade virtual de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF);
– Quer conversar sobre possibilidades de parcerias e projetos em conjunto? Procure nossa equipe!

Na dinâmica Expoforest ILPF
– visitação livre à vitrine com um hectare de sistema silvipastoril com gado, pastagem e eucalipto, simulando o manejo florestal para produção de biomassa;
– visitação monitorada à área, com circuito de atendimento em estações temáticas. Basta chegar em nossa área em um dos horários abaixo e acompanhar nossa equipe:
– Dia 09 – quarta: 13h30
– Dia 10 – quinta: 9h30, 11h e 14h
– Dia 11 – sexta: 9h30 e 11h
(realização Embrapa – por meio de suas Unidades Embrapa Florestas, Embrapa Pecuária Sudeste e Embrapa Gado de Corte, e Malinovski , com apoio da Associação Rede ILPF e parceria da SOESP – Sementes Oeste Paulista , carlos viacava – Fazenda Campina/Nelore Mocho CV, Datamars Speedrite Trutest e Tryber.Tecnologia )

Nosso estande também será uma vitrine:
– Parte dele é construído em madeira engenheirada, com tecnologia exclusiva de conforto térmico, em parceria com a startup Lagom e Rede ILPF
– Outra parte é construído em madeira de nativas, fruto de manejo florestal sustentável, em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso/Cipem, Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal/FNBF e Casacerta.

Nos vemos na Expoforest, a maior feira florestal dinâmica do mundo!

Fonte: Embrapa Florestas

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Navigator quer mais área para plantação de eucalipto em Portugal

António Redondo apela à ajuda de todos neste desígnio de “valorizar uma espécie única de que Portugal se pode e deve orgulhar”.

O presidente executivo (CEO) da Navigator, António Redondo, defendeu esta segunda-feira o aumento da área para a plantação de eucalipto em Portugal, de forma a garantir a sustentabilidade da empresa.

“Para continuarmos a ser sustentáveis precisamos de ter mais floresta plantada de eucalipto”, disse o gestor, durante as comemorações dos 70 anos da fábrica da Navigator em Cacia, Aveiro.

No seu discurso, António Redondo disse que é preciso “desmistificar aquilo que as pessoas pensam acerca da espécie, condenando-a por desconhecimento”. E apelou à ajuda de todos neste desígnio de “valorizar uma espécie única de que Portugal se pode e deve orgulhar”.

Questionado pela Lusa sobre este assunto, o gestor não quis alongar-se, mas fonte da empresa disse que, atualmente, há um défice de matérias-primas florestais como o eucalipto, pinheiro e sobreiro, que no futuro vai ter consequências na indústria da celulose.

A expansão de eucaliptais tem sido vista pelos ambientalistas e alguns partidos políticos como um dos problemas que tem contribuído para os incêndios florestais em Portugal, levando o Governo a criar condicionantes à plantação ou replantação de eucaliptos.

O presidente executivo da Navigator anunciou ainda para o primeiro semestre de 2024 a entrada em funcionamento de uma unidade, na fábrica de Cacia, para a produção integrada de peças de celulose moldada de eucalipto para a indústria alimentar.

“Vamos contribuir por isso para a desplastificação”, referiu o mesmo responsável, acrescentando que esta unidade vai produzir 100 milhões de embalagens por ano destinadas a substituir embalagens de plástico no mercado do ‘food service’ e ‘food packaging’.

Em 23 de julho de 1953 iniciou-se a produção na fábrica de Cacia da então Companhia Portuguesa de Celulose (CPC), antecessora da The Navigator Company.

Atualmente, o complexo industrial de Cacia integra uma central de cogeração a biomassa associada à fábrica de pasta e uma central termoelétrica de biomassa para a produção de energia renovável.

De acordo com dados da empresa, em 2022 saíram deste complexo industrial perto de 200 mil toneladas de pasta de papel e cerca de 50 mil toneladas de ’tissue’ (utilizado em papel higiénico, lenços de papel ou papel de cozinha) para mais de 40 países em todo o mundo.

A Navigator é a terceira maior exportadora em Portugal e a maior geradora de Valor Acrescentado Nacional, representando aproximadamente 1% do Produto Interno Bruto nacional, cerca de 3% das exportações nacionais de bens, e mais de 30 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.

Em 2022, a The Navigator Company teve um volume de negócios de 2,465 mil milhões de euros. Mais de 80% dos produtos do grupo são vendidos para fora de Portugal e têm por destino aproximadamente 130 países.

Fonte: Diário de Notícias

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Investimento bilionário da Arauco no ‘Vale da Celulose’ reforça desenvolvimento de MS

A quinta grande fábrica do setor florestal em Mato Grosso do Sul deve se instalar no ‘Vale da Celulose’ a partir de 2025, mas já impõe à região um ar de prosperidade e perspectiva de crescimento. Diante do atraente panorama, o governador Eduardo Riedel inicia nesta quarta-feira (26) visita às instalações da Arauco, no Chile – a empresa vai investir US$ 3 bilhões, cerca de R$ 14 bilhões na cotação atual, para ativar a planta sul-mato-grossense.

Prevista para ser erguida no município de Inocência, nas proximidades do rio Sucuriú, a indústria deve gerar 12 mil empregos durante o pico das obras, com previsão para entrar em operação no primeiro trimestre de 2028. Posteriormente, 1,8 mil postos de trabalho devem ser voltados para atuação na área florestal, enquanto outros 550 serão na operação da planta.

Com perspectiva de explorar 285 mil hectares de eucaliptos, a Arauco possui terras em Inocência e em municípios lindeiros, o que vai de pronto suprir a demanda da unidade. Essa é a primeira planta de celulose da empresa no Brasil, já havendo cinco delas no Chile.

Outro dado referente ao novo empreendimento é a sua capacidade de produção anual: 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada. Haverá ali baixo consumo de água, baixas emissões, baixo ruído e mínima geração de resíduos.

Em janeiro deste ano, o diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Arauco, Mário José de Souza Neto, visitou Mato Grosso do Sul e o governador Eduardo Riedel. O encontro aconteceu na governadoria e foi acompanhado pelos secretários estaduais Jaime Verruck (Meio Ambiente e Desenvolvimento) e Eduardo Rocha (Casa Civil), além do prefeito de Inocência, Toninho da Cofap, técnicos do projeto e demais lideranças locais.

“Discutimos as contrapartidas do Estado, estradas, pavimentação, linha férrea, fibra ótica, que tem que chegar à empresa, todas as ações que o Estado tem que fazer para viabilizar esse, que é um dos maiores investimentos privados do Brasil, e que começa a partir de já, esse ano, a área florestal, que é a base de produção para empresa de celulose. Então, a gente entrega no dia a dia as ações do Governo para viabilizar essa unidade”, disse à época o governador.

Já Souza Neto demonstrou confiança no projeto e na cooperação do Governo de Mato Grosso do Sul para que todo o planejamento seja executado sem sobressaltos. “Temos certeza de que esse projeto vai trazer desenvolvimento econômico, social, e uma pegada altamente sustentável na forma de gerir e executar os projetos aqui no Estado, fazendo com que Mato Grosso do Sul se consolide realmente como o Vale da Celulose”, declarou o gestor.

Arauco em MS

A Arauco Brasil possui no País hoje unidades em Piên, Ponta Grossa e Jaguariaíva, cidades do Paraná, e em Monte Negro, no Rio Grande do Sul, além de manter em Araucária – município na região metropolitana de Curitiba – uma planta química industrial de resinas e outros produtos para comercialização e abastecimento de unidades.

Em Mato Grosso do Sul, a Arauco já possui a Mahal, empresa florestal que tem mais de 60 mil hectares de florestas cultivadas em seis cidades na costa leste sul-mato-grossense: Inocência, Água Clara, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Selvíria e Chapadão do Sul.

A nova fábrica de celulose, que começa a ser erguida em 2025, terá proposta de alta eficiência energética, criando um excedente de energia elétrica de 200 mW oriundo de biocombustível em forno de cal, a biomassa gaseificada. Além disso, o local de sua instalação é estratégico: a 50 km da área urbana de Inocência, na margem esquerda do rio Sucuriú e a 100 km do rio Paraná, tudo isso a 4 km da MS-377 e a 47 km da ferrovia de bitola larga.

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 Vale da Celulose

Mato Grosso do Sul já é um dos principais polos de produção de celulose do mundo e vai se fortalecer ainda mais no setor agroflorestal com a chegada de novos investimentos. Atualmente, três indústrias da área estão ativas em Três Lagoas e um quarto empreendimento, com valores que giram entre R$ 15 bi e R$ 20 bi, está se instalando em Ribas do Rio Pardo.

Fora esses investimentos, a região conhecida como o Bolsão sul-mato-grossense também receberá aporte de R$ 8,5 bilhões da espanhola Solatio, que vai construir 3,5 mil hectares com painéis solares capazes de gerar 2,5 gigawatts de energia elétrica – mais uma iniciativa que vai de encontro com a economia sustentável pregada pela gestão de Eduardo Riedel, pautada nos pilares de geração de renda e empregos, produção de energia limpa e crédito positivo de carbono.

Texto: Nyelder Rodrigues, da Comunicação do Governo de MS

Foto Edemir Rodrigues

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Conheça as 5 tecnologias vencedoras do 1º Prêmio Expoforest de Startups no Setor de Plantações Florestais

Você já conhece as tecnologias vencedoras do 1º Prêmio Expoforest de Startups no Setor de Plantações Florestais? 

A premiação, promovida pela Malinovski, Embrapa Florestas e Ministerio da Agricultura é parte das ações da Expoforest 360 graus. 

Parabenizamos as vencedoras:

Categoria Geral:
– Quanticum, com a tecnologia “Terrus Floresta”
– Quiron Digital, tecnologia “Soluções data-driven Quiron Digital Mapper e Flareless”
– Radaz, com o “Radar de sensoriamento remoto com três bandas (C, L e P) embarcado com drone

Categoria Estudantes:
– peephole, com a tecnologia “Peephone (DANI”
– Smart Timber, com o “Smart Timber System”

Categoria Destaque Startup Mulher Florestal, da Rede Mulher Florestal:
– Radaz

A premiação das vencedoras será feita dia 08/08, durante os eventos técnicos: 5º Encontro Brasileiro de Silvicultura e 19º Seminário de Colheita e Transporte de Madeira, no âmbito da Semana Florestal Brasileira.

Em breve, disponibilizaremos o portfólio com os cases vencedores e finalistas.

Aproveitamos para parabenizar todas as Startups participantes do 1º Prêmio Expoforest de Startups no Setor de Plantações Florestais, realizado pela Forest Startup Conecta, pela alta qualidade das tecnologias apresentadas. Também agradecemos aos Apoiadores e Avaliadores e ressaltamos o destaque que deram ao elevadíssimo nível das propostas.

Saiba mais sobre a iniciativa em https://expoforest.com.br/forest-startup-conecta/

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Com 8 novas torres de monitoramento, Suzano amplia estrutura de combate a incêndios florestais em MS

  • Ao todo, a Central de Monitoramento de Incêndios Florestais da Unidade passou a contar com 29 torres no Estado para reduzir o tempo de resposta a focos de incêndios florestais em áreas da empresa e unidades de conservação próximas
  • Paralelamente às torres, a companhia conta também o monitoramento em tempo real por satélite, capaz de captar focos de calor em 100% das áreas florestais da companhia e no seu entorno.

Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, ampliou a estrutura de prevenção e combate a incêndios florestais nas áreas plantadas e de conservação ambiental em Mato Grosso do Sul. A Central de Monitoramento de Incêndios Florestais da Suzano, um dos sistemas mais modernos do setor, passou a contar com mais oito novas torres de monitoramento, totalizando 29 torres de observação de focos de incêndio no Estado.

“Graças às nossas ações, bem como a grande rede de parcerias que temos, somadas às condições climáticas, encerramos o ano de 2022 e tivemos um início de 2023 com queda dos casos de incêndios florestais.  Mas, nem por isso deixamos de estar vigilantes. Estamos entrando no período de estiagem e, independentemente do cenário atual, a Suzano busca, a cada ano, melhorar nossas ações de prevenção e combate a incêndios florestais. O nosso objetivo vai muito além da proteção e preservação das nossas florestas de eucalipto. Sabemos do impacto que incêndios florestais têm na qualidade de vida da população e, principalmente, na conservação da biodiversidade”, destaca Jansen Barrozo Fernandes, gerente Executivo de Operações Florestais da Suzano.

Medindo entre 54 metros e 72 metros de altura, as torres de monitoramento contam com câmeras de vídeo com visão de 360º, capazes de detectar focos de fumaça e/ou calor em um raio de até 15 quilômetros cada. Desde que implantada, a tecnologia trouxe uma redução de 31% no tempo médio de resposta a focos de incêndio. Com as novas torres, a cobertura do sistema de monitoramento chega a 90% das áreas florestais da Suzano e vizinhanças, incluindo unidades de conservação existentes na região.

A companhia conta também o monitoramento em tempo real por satélite, capaz de captar focos de calor em 100% das áreas florestais da companhia e no seu entorno. “O planejamento das ações de combate a incêndios é contínuo. O nosso objetivo é estarmos cada vez melhor preparados e prontos para combater todo e qualquer foco de incêndio e em prol da preservação da biodiversidade na nossa região”, completa Fernandes.

De acordo com o gerente, a companhia conta ainda com o apoio de aeronaves que ficarão de prontidão para atuar com o objetivo de otimizar o tempo de resposta em casos de focos de incêndios durante o período mais crítico da estiagem. O empenho dos aviões faz parte de uma ação em parceria com a Reflore MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas.

Além das torres de monitoramento, a brigada de incêndios da Suzano em MS possui uma infraestrutura composta por: equipamentos de proteção individual e kits de emergência, 8 caminhões de combate a incêndio de alta capacidade (18 mil litros); 22 caminhonetes 4×4 com capacidade para até 600 litros; quatro caminhões multitarefas (4 mil litros) e 35 caminhões pipas distribuídos em pontos estratégicos.

Atualmente, a empresa possui uma área de aproximadamente 458 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto e 169 mil hectares destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade em Mato Grosso do Sul.

Programa Floresta Viva

A Suzano deu início neste ano a mais uma campanha de conscientização para a prevenção e combate a incêndios florestais. Com o tema “Sem incêndios, a vida permanece”, a iniciativa reforça os danos causados pelos incêndios florestais ao meio ambiente e à fauna regional.

A iniciativa faz parte do Programa Floresta Viva da companhia, que mantém ainda um canal direto de comunicação com propriedades rurais vizinhas as áreas florestais da empresa para orientações, alertas e denúncias e emergências florestais, aberto em todas as épocas do ano. O objetivo é conscientizar a população de propriedades e comunidades vizinhas sobre os riscos de incêndios florestais.

A comunidade pode informar sobre ocorrências de incêndios em florestas de eucalipto ou nativas nas áreas da empresa ou vizinhas por meio de ligação gratuita para o número 0800 6428162, com atendimento 24 horas. A Suzano também disponibiliza o contato da Central de Monitoramento da Suzano, (67) 99926-4605.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br     

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Campanha mostra papel da mulher na preservação ambiental

Oxfam Brasil, em parceria com organizações sociais (quilombolas, ribeirinhas e extrativistas), lança movimento para a promoção de lideranças femininas que cuidam das matas, dos rios e das pessoas na Amazônia

No próximo 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, a Oxfam Brasil lança a campanha Tem Floresta em Pé, Tem Mulher, com o intuito de dar visibilidade às lideranças femininas que fazem a diferença na proteção das águas, dos bichos, das plantas e das pessoas em suas comunidades, longe dos grandes centros urbanos. As ações da campanha pretendem tirar os modos de vida dessas mulheres do anonimato, convidando a sociedade a valorizar seu papel fundamental no fortalecimento de povos tradicionais, assim como na preservação dos territórios onde residem suas famílias. Ao cuidarem de áreas ambientais, elas também garantem a manutenção da sociobiodiversidade no Brasil.

“As mulheres estão na linha de frente da preservação ambiental e dos direitos humanos nessas localidades, mas seu trabalho é pouco reconhecido”, afirma Bárbara Barboza, da Oxfam Brasil. “Elas são lideranças no movimento social e têm um papel central nas práticas de manejo e defesa dos seus territórios, mas são desconsideradas quando é preciso decidir sobre o uso dos recursos naturais”, acrescenta.

Como aliada dessas mulheres na luta pelo acesso aos recursos naturais, à justiça climática e à justiça de gênero, a Oxfam Brasil convidou outras três organizações para cocriar a campanha Tem Floresta em Pé, Tem Mulher – todas representantes de populações tradicionais: Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Movimento Interestadual De Mulheres Quebradeiras De Coco Babaçu (MIQCB).

foto Oxfam Brasil

Um exemplo sobre a importância das mulheres nessas comunidades é o fato de elas serem as responsáveis pela preservação das sementes e manutenção da variedade de espécies cultivadas: seus quintais são fontes complementares de alimentação e de medicamentos naturais.

“O mercado acha que na Amazônia só tem fauna e flora, mas na floresta também tem gente. É preciso dar rosto e voz às populações tradicionais, sejam elas quilombolas, indígenas ou extrativistas”, explica Érica Monteiro, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) na Região Norte.

Depoimentos como o de Érica fazem vão estar presentes na campanha Tem Floresta em Pé, Tem Mulher, por meio de vídeos curtos, fotos e narrativas nas redes sociais das organizações participantes. A partir do dia 25, estará na web um rico material digital sobre as quebradeiras de coco babaçu, por exemplo, para que a população conheça como as mulheres atuam pela preservação dos babaçuais e pela manutenção dos modos de vida quilombola.

“O extrativismo vegetal é indispensável na cultura do babaçu, um fruto nativo que depende da floresta em pé e de sua rica biodiversidade, fundamental também para a estabilidade climática do planeta”, conta Maria Alaídes de Sousa, do MIQCB.

Ela costuma dizer que, do mesmo modo que as raízes caminham pelas terras, procuram água, dão sustentação às árvores, as mulheres são as raízes da Amazônia. “As quilombolas, quebradeiras de coco e extrativistas são essenciais para a preservação da floresta. E elas precisam de toda a sociedade para realizar esse trabalho com êxito”, defende.

Os canais de comunicação da Oxfam Brasil e das organizações parceiras também vão denunciar a perseguição sofrida por essas guardiãs da biodiversidade, que são ameaçadas apenas pelo fato de cuidarem de suas famílias e de seus territórios. “O mundo todo almeja a floresta Amazônica em pé, mas nós pagamos um preço muito alto para isso, muitas vezes com a própria vida”, lembra Érica.

A luta pela terra, pelos recursos naturais e contra as alterações climáticas é a luta pela própria existência. “Nossa liderança mantém viva a nossa luta!”, diz Maria Alaídes de Sousa, do MIQCB- Movimento Interestadual De Mulheres Quebradeiras De Coco Babaçu.

“A intenção da campanha é fazer com que a sociedade civil se sinta convocada a compartilhar, em suas próprias redes sociais, materiais sobre a luta dessas mulheres”, diz Bárbara, da Oxfam Brasil. “Na floresta, elas criam seus filhos, produzem alimentos e transmitem conhecimentos que são passados entre gerações. O cuidado com o ambiente onde vivem garante a sobrevivência de todos nós”, conclui.

Para acessar a campanha: https://bit.ly/temflorestaempe-temmulher

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Setor florestal “tem tudo” para receber investimento e inovação em Portugal

O Prémio Floresta é Sustentabilidade vai distinguir as melhores práticas florestais. Assunção Cristas, presidente do júri, lembra que “a floresta está do lado das soluções para os grandes problemas que enfrentamos, desde logo a emergência climática”.

Ex-ministra da Agricultura, professora associada na Nova Law School em Lisboa, Assunção Cristas é a presidente do júri do Prémio Floresta é Sustentabilidade, uma iniciativa desenvolvida pela Biond em parceria com Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, com o apoio da PwC. O prémio, com candidaturas abertas até 28 de fevereiro de 2024, vai distinguir as melhores práticas florestais em quatro categorias: Economia e Sociedade, Inovação, Escola e Jornalismo.

“As florestas plantadas e geridas de acordo com as melhores práticas ambientais são preciosas para atingirmos as metas climáticas e melhorar a qualidade de vida para as populações”, defende Assunção Cristas. Entre 2011 e 2015 foi ministra da Agricultura, e, de 2016 a 2020, liderou o CDS-PP. Regressou à Nova Law School, onde assumiu a coordenação conjunta dos mestrados em Direito e Economia do Mar e do NOVA Ocean Knowledge Center. Desde 2022 é responsável da Plataforma de Serviços Integrados ESG e pela área Ambiente da sociedade de advogados Vieira de Almeida.

Qual é a importância da floresta e das bioindústrias de base florestal para a economia portuguesa?

Para além de tudo o que os grandes números da economia portuguesa nos revelam, com um papel cimeiro das indústrias de base florestal no valor acrescentado nacional e nas exportações, a floresta e as bioindústrias de base florestal têm o potencial para mudar o paradigma de base da economia portuguesa.

Se olharmos para os seis objetivos ambientais da União Europeia – mitigação das alterações climáticas; adaptação às alterações climáticas; utilização sustentável e proteção dos recursos hídricos e marinhos; transição para uma economia circular; prevenção e controlo da poluição; proteção e recuperação da biodiversidade e dos ecossistemas –, percebemos que a floresta se interliga com praticamente todos de forma especialmente interessante. É possível desenvolver este setor ao mesmo tempo que se contribui para o ambiente, nomeadamente substituindo produtos existentes por novos produtos de base florestal, recicláveis e biodegradáveis, tributários de uma verdadeira economia circular.

Qual é a sua opinião em relação às atuais políticas públicas florestais?

A floresta precisa de investimento e de gestão permanente, o que exige recursos financeiros que suportem equipas e ação consistente. Esses recursos financeiros podem provir de várias fontes. Sinalizo duas: uma fiscalidade verdadeiramente amiga do investimento na floresta e uma regulação dos mercados voluntários de carbono que permita canalizar recursos financeiros não apenas para novos povoamentos mas também para a manutenção da floresta.

As características da propriedade florestal em Portugal, com pequenas parcelas, muitas vezes dispersas, impõem a necessidade de adoção de modelos de investimento e gestão que passem por soluções voluntárias de agregação, com incentivos claros à gestão agrupada. A legislação de base europeia relativa ao financiamento verde pode ajudar a potenciar estas soluções.

A floresta é sustentabilidade, como se denomina o prémio, mas será que é vista desta forma pelos decisores de políticas e de investimentos?

A floresta está do lado das soluções para os grandes problemas que enfrentamos, desde logo a emergência climática. O quadro regulatório atual, na dimensão da sustentabilidade é conhecido por ESG (Environmental, Social e Governance), e contém incentivos diversos à transição para investimentos mais sustentáveis. A pressão para abandonar algumas atividades, melhorar o desempenho de outras, e escolher desenvolver novas atividades começa a fazer-se sentir. O setor florestal tem tudo para ser recetor de investimento e inovação, precisamente pelo contributo que dá para a mitigação das alterações climáticas e para os serviços dos ecossistemas em geral.

É essencial que haja mais florestas plantadas e geridas de forma sustentável? E como equilibrar esta estratégia com uma maior biodiversidade?

As florestas plantadas e geridas de acordo com as melhores práticas ambientais são preciosas para atingirmos as metas climáticas e melhorar a qualidade de vida para as populações. A floresta de conservação tem um papel indeclinável, que deve ser valorizado e remunerado. As florestas de produção, ao mesmo tempo que prestam serviços dos ecossistemas, têm o potencial para funcionarem como base de profunda transformação do paradigma da economia, para uma economia assente em biorrecursos renováveis. A investigação científica e a inovação tecnológica, aliadas à preocupação central da sustentabilidade, serão capazes de potenciar e acelerar esta transformação.

Precisamos de mais florestas plantadas tal como precisamos de proteger e de recuperar florestas de conservação. O respeito e a potenciação da biodiversidade são aspetos centrais no desenho de qualquer projeto florestal e indeclináveis na certificação florestal. Há, contudo, espaço para criar mecanismos de incentivos especificamente dirigidos ao respeito e ao incremento da biodiversidade. Estou convencida de que o mercado fará a distinção, valorizando os projetos e os produtos que conseguem combinar produção e respeito e promoção da biodiversidade.

Fonte: Jornal de Negócios

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