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Não desista das compensações florestais de carbono

Elas são essenciais para combater a mudança climática

Artigo de Suwanna Gauntlett 

As compensações florestais de carbono – o sistema pelo qual uma organização pode compensar sua pegada de carbono financiando projetos que removem o dióxido de carbono da atmosfera – receberam muita atenção nas últimas semanas. As alegações sugerem que tais projetos não têm sentido ou equivalem a “lavagem verde”. Com o aumento de padrões climáticos devastadores, secas e extremos de calor, é surpreendente que estejamos tendo esse debate.

Dediquei minha vida a apoiar os esforços para enfrentar as mudanças climáticas por meio do uso de tecnologia e extração de carbono combinadas com aumentos maciços da cobertura vegetal do planeta. Eu vi o impacto e os resultados. Posso dizer com confiança que os programas de compensação florestal de carbono são de longe a melhor ferramenta que temos agora para preservar as florestas e a vida selvagem, proteger as comunidades indígenas e gerar a chuva de que precisamos para enfrentar as mudanças climáticas.

As compensações florestais de carbono são um mecanismo usado para mitigar as emissões de gases de efeito estufa. As florestas atuam como sumidouros naturais de carbono, absorvendo e armazenando dióxido de carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. A ideia por trás das compensações florestais de carbono é que indivíduos, empresas ou governos que desejam compensar sua própria pegada de carbono podem efetivamente “neutralizar” suas emissões investindo em projetos que removem ou reduzem o dióxido de carbono da atmosfera.

Então, como isso funciona? As florestas elegíveis já devem estar ameaçadas, ou danificadas e precisam de regeneração, ou sofreram desmatamento e devem ser replantadas. Em outras palavras, o investimento deve realmente fazer a diferença. É feita uma avaliação rigorosa da quantidade de dióxido de carbono equivalente (CO2e) que foi evitado, reduzido ou removido da atmosfera no âmbito do projeto. As compensações de carbono são então vendidas no mercado internacional de acordo com a oferta e demanda, a qualidade do projeto, sua adicionalidade (o conceito de que as reduções ou remoções de emissões do projeto não teriam ocorrido sem o apoio financeiro da venda das compensações de carbono), sua longevidade e o custo de conformidade com os regulamentos.

Uma floresta bem gerida e protegida continuará a capturar carbono a longo prazo, armazenando-o nas árvores e no solo, ajudando assim a mitigar as alterações climáticas ao reduzir a concentração de CO2 na atmosfera. As florestas também contribuem para a geração de chuva – um componente essencial para enfrentar as mudanças climáticas – influenciando positivamente o teor de umidade atmosférica e os padrões de precipitação por meio da transpiração, onde a água é absorvida pelas raízes de uma planta e eventualmente liberada como vapor pelas folhas.

Falo por experiência. A Wildlife Alliance tem desempenhado um papel importante na preservação e reflorestamento de 1,4 milhão de hectares da Floresta Tropical Cardamomo no Camboja sob o padrão REDD+ para compensações florestais de carbono que é regulamentado pelas Nações Unidas . ( REDD+ significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal em países em desenvolvimento, mais conservação, manejo sustentável de florestas e aumento dos estoques de carbono florestal.)

As compensações florestais de carbono não substituem a redução das emissões na fonte. Mas são uma ferramenta valiosa para complementar os esforços de redução de emissões. Desde que os projetos sejam bem elaborados e efetivamente monitorados, eles fornecem incentivos financeiros para a conservação e restauração florestal, o que pode ajudar a enfrentar as mudanças climáticas, preservar a biodiversidade e apoiar as comunidades locais que dependem de alimentos tradicionais, remédios e recursos sustentáveis ​​que são encontrado na floresta.

Apesar das críticas recentes, REDD+ tem sido, sem dúvida, um sucesso. De acordo com as Nações Unidas , 14 países em desenvolvimento que realizam atividades REDD+ “reportaram uma redução de quase 11 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, quase o dobro das emissões líquidas de gases de efeito estufa dos Estados Unidos em 2021, e agora são elegíveis para buscar finança.”

Como ativista de longa data na luta para proteger as florestas tropicais ameaçadas, exorto os governos e ONGs em todo o mundo a apoiar o uso contínuo de esquemas de compensação de carbono para financiar a preservação das florestas do mundo. Sem um sistema de créditos de carbono para apoiar a proteção florestal, muitas das florestas do mundo sucumbirão ao desenvolvimento, exploração madeireira e atividades comerciais.

Devemos trabalhar para melhorar os padrões de compensação de carbono. Isso exigirá negociações complexas ao longo de muitos anos. Nosso planeta superaquecido simplesmente não tem tempo para abandonarmos nosso atual sistema de compensação de carbono antes de encontrarmos algo melhor.

*A Dra. Suwanna Gauntlett é a fundadora e CEO da Wildlife Alliance . Ela dedicou sua vida a proteger as florestas tropicais e a vida selvagem em alguns dos ambientes mais hostis e acidentados do mundo. O Twitter dela é @dr_suwanna .

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Audiência pública vai debater impactos ambientais de nova fábrica de celulose da Arauco em MS

O encontro está marcado para acontecer dia 17 de agosto com equipes da Arauco e da Prefeitura de Inocência

A audiência pública para debater os impactos ambientais da fábrica de celulose da Arauco, em Inocência, está marcada para acontecer no dia 17 de agosto, conforme informado pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck. O município fica localizado a 331 km de Campo Grande.

O EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) foi apresentado pela empresa com uma série de documentações com passos para a implantação da nova fábrica em Mato Grosso do Sul. O projeto é denominado como “Sucuriú” e terá investimento de R$ 15 bilhões. Serão 12 mil trabalhadores no pico da obra.

No dia 27 de junho, Verruck se reuniu com as equipes da diretoria da Arauco e da Prefeitura de Inocência. “O objetivo da reunião foi fazer um acompanhamento de como está o processo de implementação da fábrica. Por isso tivemos a participação do Imasul para debater a questão de meio ambiente e secretarias de qualificação e trabalho”, salientou.

Outro ponto debatido é a demanda das estradas e de infraestrutura que estão sendo trabalhadas conjuntamente com a Seilog (Secretaria de Estado de Obras, Infraestrutura e Logística).

Prioridades – Estão na lista de prioridades de infraestrutura do município a construção de um acesso rodoviário à fábrica, pela MS-377; a instalação de terceira faixa em pontos estratégicos da mesma rodovia; a pavimentação de 38 quilômetros da MS-316, entre Inocência e Paraíso das Águas.

Além da implantação de um aeroporto na cidade; e a construção de moradias, entre outras obras. As medidas estão previstas no Peot (Plano Estratégico de Organização de Territorial) de Inocência. –

Fonte: Campo Grande News

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Pesquisadores conseguem produzir mudas de baru por meio de enxertia

*Cultivo de baru ainda não é domesticado e avanço abre caminho para um sistema de produção dessa castanha do Cerrado.
*Um dos desafios para a domesticação do baruzeiro é a produção de mudas de materiais com características superiores, foco deste trabalho.
*A multiplicação por propagação vegetativa permite uniformidade e alta produtividade.
*Além da semente, parte mais conhecida, o fruto possui polpa também comestível e um endocarpo que pode ser transformado em carvão.
*A enxertia é uma boa opção para se multiplicar espécies promissoras nativas do Cerrado.

A enxertia, técnica de propagação vegetativa para produção de clones, mostrou-se viável para a multiplicação do baruzeiro. Os trabalhos recentes conduzidos no viveiro da Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF), vêm apresentando resultados promissores para três tipos de enxertia – borbulhia de placa, garfagem inglesa simples e garfagem em fenda cheia (veja quadro no fim da matéria). Para as mudas conduzidas a pleno sol, os três tipos proporcionaram médias de pegamento superiores a 50%, com destaque para borbulhia, que obteve pegamento de mais de 60%.

Propagação vegetativa

A propagação vegetativa ou clonal consiste na multiplicação de partes de interesse da planta sem uso de sementes, dando origem a outras idênticas à planta-mãe (clones). As principais vantagens do método são a possibilidade de formação de plantios clonais de alta produtividade e com grande uniformidade e, em algumas vezes, de antecipação da fase reprodutiva da espécie.Além da enxertia, outros métodos de reprodução assexuada ou propagação vegetativa são a estaquia, a miniestaquia e a micropropagação.

Esses são os primeiros resultados para o desenvolvimento de um sistema de produção para o baruzeiro. “Salientamos que estamos trabalhando com uma espécie arbórea nativa, carente de informações técnicas nesse assunto e acreditamos que esses dados servirão de base para novos estudos com intuito de refinar a metodologia de enxertia para a espécie”, enfatiza o pesquisador Wanderlei Lima, coordenador do estudo.

Os resultados completos estão no artigo “Avaliação de métodos de enxertia em mudas de baruzeiro (Dipteryx alata Vogel, Fabaceae)”, publicado na revista Ciência Florestal, edição de abril/junho de 2023. Lima explica que o próximo passo é aprimorar o processo, utilizando a experiência adquirida no primeiro experimento para aumentar a porcentagem de pegamento das enxertias.

O resultado foi bastante positivo, na avaliação da equipe, composta também pela analista Fernanda Morais e o assistente Vicente Moreira. Algumas mudas enxertadas na Embrapa Cerrados já foram transplantadas em campo na bordadura do experimento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, no qual está sendo avaliado o uso de espécies nativas do Cerrado nesse sistema (ler matéria). Um dos principais desafios para a domesticação do baruzeiro é justamente a produção de mudas. Atualmente, não há metodologia validada de reprodução assexuada para essa espécie.

O baruzeiro (Dipteryx alata Vogel)

Também conhecido como cumbaru ou cumaru, o baruzeiro é uma árvore de altura entre 15 a 25 metros com ampla distribuição no Cerrado. Essa é uma das espécies nativas do bioma com grande potencial econômico pela sua diversidade de usos. A polpa do fruto pode ser consumida in natura ou em misturas e o endocarpo pode ser transformado em carvão de alto teor calorífico. Já a semente é a parte mais conhecida e tem ganhado valor de mercado, sendo usada na gastronomia nacional e internacional. Ela se assemelha a uma castanha, sendo apreciada como aperitivo e usada em diversas receitas. O óleo extraído da semente também tem usos variados. A árvore pode ser usada em paisagismo e sua madeira tem grande resistência e durabilidade.O baruzeiro é uma das espécies do Cerrado mais promissoras para cultivo. A geração de informações sobre sua multiplicação, crescimento, desenvolvimento, produtividade e variabilidade permitirá sua domesticação para implantação de cultivos comerciais. Atualmente, praticamente toda produção vem do extrativismo. Foto: Alexandre Veloso

O experimento

Foram testados três tipos de enxertia (borbulhia de placa, garfagem inglês simples e fenda cheia) em três sistemas de condução de mudas de porta-enxertos (em sacos plásticos a pleno sol e sob sombrite e em tubetes em viveiro suspenso a pleno sol). As mudas (porta-enxertos) foram formadas a partir de sementes coletadas de plantas adultas de baruzeiro do Campo Experimental da Embrapa Cerrados. As gemas usadas para os enxertos foram obtidas de árvores adultas da Embrapa.

Como é feita a enxertia?Uma grande parte das árvores frutíferas é produzida por enxertia. Além de manter as características desejáveis à planta resultante, é um meio rápido e confiável de reproduzir plantas superiores para cultivo comercial.A operação envolve a introdução de uma gema, broto ou ramo de um vegetal, chamado de enxerto ou cavaleiro, em outro, conhecido como porta-enxerto ou cavalo. A planta enxertada (cavaleiro) carrega as características que se quer obter na nova planta e é ela que vai produzir os frutos. O cavalo leva o sistema radicular e parte do caule. Ele é responsável pelo fornecimento de água e nutrientes à planta e garante sua adaptação às condições de solo e clima.

O desempenho das plantas foi diferente de acordo com o sistema de condução. “Consideramos o sistema de produção de mudas em saco plástico a pleno sol o melhor, com o qual conseguimos mais de 50% de pegamento nos três tipos de enxertia que utilizamos em nosso estudo, com destaque para borbulhia, seguida da garfagem inglesa simples e da garfagem em fenda cheia”, informa Lima.

Segundo o pesquisador, apenas a garfagem em fenda cheia apresentou pegamento superior a 50% para mudas conduzidas sob sombrite, indicando ser uma técnica para a reprodução da espécie nessa condição. Entretanto, o tempo necessário para as mudas atingirem o diâmetro ideal para a enxertia foi maior nos sistemas sob sombrite. Considerando que as mudas foram formadas no mesmo dia, as mudas enxertadas sob sombrite só atingiram o diâmetro ideal três meses depois das mudas conduzidas a pleno sol.

Essa é uma importante informação para a multiplicação e a domesticação da cultura, já que quanto maior é o tempo para que a muda atinja o diâmetro ideal para a realização da enxertia, maiores são os gastos nessa etapa. Sobre o terceiro sistema de condução, Lima esclarece: “Optou-se, neste estudo, por não realizar a enxertia das mudas conduzidas em tubetes, em viveiro suspenso, pois essas apresentaram os piores desempenhos de crescimento e desenvolvimento”.

O pesquisador considera esse um resultado bastante positivo: “Sendo um primeiro experimento, os valores foram muito satisfatórios. Nosso objetivo é chegar a 80% com o refinamento da técnica e a verificação de alguns fatores que podem ter interferido no desenvolvimento das mudas”. Lima ressalta que o experimento foi realizado durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, quando vários trabalhos ficaram comprometidos.

A partir dos resultados desse experimento, uma recomendação da pesquisa para os interessados em produzir mudas de baruzeiro é refazer as enxertias que não pegaram. “Isso garante a redução de custos de produção, já que reutiliza as mudas dos porta-enxertos”, esclarece.

Foto acima, à esquerda: Wanderlei Lima (fenda cheia)

Tipos de enxertia avaliadas no experimentoNa enxertia, um ramo de uma planta da qual se deseja manter as características é “implantada” no caule de outra planta, fundindo essas duas partes.Borbulhia (foto ao lado) – Destaca-se uma gema vegetativa (borbulha) da planta que se quer multiplicar e a introduz em um corte feito na muda que servirá de porta-enxerto.Garfagem – As partes de duas plantas com o mesmo diâmetro são encaixadas perfeitamente. Uma corda é amarrada para garantir a união dos fragmentos.As garfagens em fenda cheia e inglesa simples se diferenciam pelo tipo de corte que é feito nas partes das plantas para o encaixe. A primeira é feita com uma fenda em V e a segunda, com um corte transversal. Foto: Wanderlei Lima
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Empresa Reflorestar é um dos destaques do V Workshop de Mecanização e Colheita Florestal

O evento contou com a presença de estudantes e profissionais do setor para debater sobre os avanços e desafios do segmento florestal

A Reflorestar Serviços Florestais foi uma das patrocinadoras do “V Workshop de Mecanização e Colheita Florestal”, realizado pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O evento ocorreu entre os dias 28 e 30 de junho, em Diamantina (MG), e contou com a participação de vários estudantes e profissionais do setor florestal, incluindo professores, pesquisadores, engenheiros e empresários.

O aperfeiçoamento contínuo das operações de colheita e carregamento de madeira reflorestada, impulsionado pelas inovações tecnológicas, é um dos objetivos da empresa.  A Reflorestar Serviços Florestais reconhece a importância de reunir especialistas para discutir e analisar formas de aprimorar esse segmento em constante evolução. “Dividir nossa experiência com os demais participantes é de extrema importância para nossa equipe”, afirmou Igor Dutra de Souza, diretor florestal da Reflorestar Serviços Florestais.

Durante os três dias de evento, os participantes conversaram sobre os avanços e desafios nas operações de colheita, a logística para um transporte mais adequado, o manejo florestal 4.0 e a correta manutenção dos equipamentos. “Na oportunidade, explicamos sobre como atuamos no mercado florestal, atendendo às necessidades dos clientes em todas as etapas mecanizadas de colheita e carregamento de madeira”, complementou Souza.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de equipamentos e maquinários. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

Fonte: Reflorestar

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Novo Sisflora 2.0 já emitiu 8,5 mil guias florestais em um mês de funcionamento em Mato Grosso

Após a implantação do novo Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0), em maio deste ano, empreendedores do setor já emitiram 8.542 Guias Florestais (GF). O documento é utilizado para transporte, estocagem ou armazenamento de produtos e subprodutos florestais.

Entre os produtos que devem utilizar obrigatoriamente a Guia Florestal estão toras, carvão, mourões de cerca, madeiras serradas, brutas ou beneficiadas e demais produtos oriundos de extrativismo.

O sistema já está funcionando com a rastreabilidade integral do estoque de madeira para 1.707 empreendimentos migrados e validados, e novas 162 empresas começaram a utilizar o sistema estadual. Para utilizar o sistema, é necessário ter feito o recadastramento do empreendimento e ele já ter sido analisado pela equipe da Sema.

“A Sema tem a preocupação de fomentar o manejo florestal, que é uma das nossas estratégias do para reduzir as emissões de carbono, por meio do Programa Carbono Neutro MT e, para isso, sabemos a importância de comprovar a origem legal da madeira que Mato Grosso produz”, destaca a secretária Adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos, Lilian Ferreira dos Santos.

O manejo florestal sustentável é a retirada de toras selecionadas, rastreáveis, gerando emprego e renda ao setor florestal e conservando a floresta em pé.

Requerimento

Todos os empreendimentos devem enviar o requerimento individual de renovação para que o saldo de madeira seja migrado do sistema anterior (Sisflora 1.0) para o novo Sisflora. Para isso, é necessário que os responsáveis técnicos ou proprietários preencham os Termos de Referência disponíveis AQUI e envie para o e-mail protocolo@sema.mt.gov.br.

Mais de 1500 empreendimentos madeireiros não realizaram o requerimento de renovação e cerca de 600 possuem pendências na renovação do cadastro. Nos casos de pendência é necessário que o empreendedor consulte o seu processo de renovação e envie a documentação solicitada.

Novo Sisflora 2.0

O Sisflora é um sistema estadual que tem como objetivo o monitoramento e controle da comercialização e o transporte de produtos florestais em Mato Grosso. O sistema possibilitou a implementação efetiva da cadeia de custódia em Mato Grosso, e rastreamento do produto florestal desde a extração da madeira, até a destinação final. Outra vantagem é a possibilidade de auditoria no próprio sistema, que melhora a disposição das informações e permite acesso aos órgãos de Controle. O sistema começou a operar em 19 de maio.

Fonte: governo de MT

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Suzano realiza Parada Geral nas duas fábricas de Três Lagoas

A manutenção das duas linhas de produção de celulose da empresa ocorrerá entre 7 de julho e 5 de agosto e deve envolver em torno 1,8 mil profissionais de outras localidades

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, realizará, entre 7 de julho e 5 de agosto, a Parada Geral 2023 para a manutenção das duas fábricas em operação na Unidade de Três Lagoas. Como a ação envolve duas linhas de produção, que juntas somam uma capacidade produtiva de 3,25 milhões de toneladas de celulose ao ano, a Parada Geral é realizada em duas etapas. A primeira delas será na fábrica 1, de 7 a 22 de julho. Já no dia 23 de julho, será iniciada a manutenção geral na fábrica 2, ação que se estende até o dia 5 de agosto.

“A Parada Geral programada é essencial para a revisão e manutenção de toda a nossa operação. Por isso, ela segue um planejamento estratégico, iniciado assim que a manutenção anterior se encerra, visando garantir a excelência pela qual somos reconhecidos e, principalmente, a segurança de nossos colaboradores e de todas as pessoas. Além disso, na Suzano temos um direcionador que diz que só é bom para nós se for bom para o mundo, e as paradas gerais vem ao encontro dele, uma vez que são essenciais para a segurança e qualidade em nossas operações e ainda colaboram diretamente para o fomento da economia local”, destaca Eduardo Ferraz, gerente Executivo Industrial da Unidade Três Lagoas.

A Parada Geral visa manter a produtividade, excelência operacional, bom desempenho ambiental e a segurança do time de colaboradores da indústria. Um dos diferenciais da ação na Unidade Suzano de Três Lagoas tem sido realizar a manutenção em uma linha de produção enquanto a outra linha segue em plena atividade.

A partir deste ano, o ciclo entre uma Parada Geral e outra passou de 15 para 18 meses. Esta alteração, resultado dos bons resultados obtidos nas manutenções anteriores, proporcionará a ampliação do período da “campanha”, destinado para a organização da próxima manutenção geral.

Além da vistoria de rotina de todos os processos das duas fábricas, uma das principais atividades durante a Parada Geral é a inspeção das duas Caldeiras de Recuperação da unidade, seguindo regulamentação do setor. Para isso, a operação conta com a participação de cerca de 1,8 mil profissionais temporários e de 107 empresas de diferentes segmentos nos momentos de pico.

“A Parada Geral é extremamente minuciosa, em que todos os processos são revisados e equipamentos, inspecionados. Isso demanda centenas profissionais, especialistas trazidos de estados e até de outros países, o que também colabora diretamente com o aquecimento da economia. E, em Três Lagoas, como são duas fábricas, essa movimentação dura ainda por mais tempo, beneficiando principalmente, setores como hoteleiro, bares e restaurantes, lavanderias, entre outros por pouco mais de um mês”, completa Eduardo Ferraz.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br   

Fonte: Suzano

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Projeto Cerrado da Suzano tomando mais forma a cada dia

Catedral de biomassa

silo de biomassa da nova fábrica da Suzano lembra uma catedral. Não por acaso é informalmente conhecida como “igrejinha”. A estrutura tem a finalidade de receber a matéria que sobra das linhas de picagem de toras (cascas e pedaços de eucalipto) e pode armazenar até 26 mil m³ de biomassa triturada, o que seria equivalente a encher 578 piscinas de 45 mil litros.

Essa biomassa abastece a Caldeira de Força, uma das estruturas responsáveis por gerar a energia elétrica renovável que alimenta a fábrica.

Super estrutura alimentar

Para alimentar o grande contingente de trabalhadores que atuam na construção da nova fábrica, o refeitório de obras conta com uma tropa de 112 colaboradores(as), dentre os quais estão 10 cozinheiros(as) e um chef de cozinha. Não podia diferente: esse time tem a responsabilidade de servir quase 10 mil refeições por dia, mais de 230 mil por mês.

Isso é 3,2 vezes mais do que o maior restaurante do Brasil, o Madalosso em Curitiba, serve num único mês: em média 70 mil pratos.

O volume de cada alimento é ainda mais impressionante. Por exemplo, por mês são consumidas atualmente 37 toneladas do tradicional arroz com feijão, 63 toneladas de carne e 97 mil ovos. Imagine ir buscar tudo isso no supermercado, quantas viagens seriam necessárias?

Você sabia?

A nova fábrica da Suzano tem um “Gêmeo Digital”. Utilizando-se das mais modernas ferramentas de Engenharia disponíveis, os profissionais da empresa criaram, de forma pioneira no mercado de celulose, todo o seu ativo digital compatível com a representação física da planta virtualizada em modelo 3D.

Com a fábrica inteira simulada em computador, a equipe pode trabalhar com alto índice de inovação em todas as fases do empreendimento, desde o projeto básico e detalhado, passando pela construção, lançamento, operação e manutenção da fábrica. É como no antigo jogo Sim City, com a diferença que, em vez de uma cidade, os engenheiros construíram virtualmente a maior fábrica de celulose do mundo.

Fonte: Suzano

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Bracell abre vagas para Operador de Máquinas Florestais na cidade de João Pinheiro (MG)

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, está com 50 vagas em aberto para operadores (as) de Máquinas Florestais para a cidade de João Pinheiro, Minas Gerais. São 30 vagas destinadas a operadores (as) de Máquinas Florestais II, ou seja, que tenham experiência na operação de equipamentos (Harvester e Forwarder) e, além disso, a companhia está com mais 20 vagas para operadores (as) de Máquinas Florestais I, em que a empresa irá oferecer um curso de formação específica para a operação da Harvester e Forwarder, com duração de 3 meses em parceria com SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, onde o selecionado já fará parte do time Bracell.

Para se candidatar, é necessário ter ensino fundamental completo e habilitação (CNH) nas categorias B, C, D ou E. Além disso, são diferenciais vivência em atividades rurais ou de campo, experiência com máquinas pesadas e disponibilidade para trabalhar em turnos rotativos.

Entre os benefícios estão salário compatível com o mercado, participação nos resultados, plano de saúde e odontológico – incluindo dependentes, vale alimentação, refeição no local de trabalho e transporte fretado (exclusivo para a cidade).

Os interessados para as duas categorias de operadores devem se candidatar para as vagas pelo site: https://averis.wd3.myworkdayjobs.com/pt-BR/RGE/job/Banco-de-Talentos—Mdulo-MG—Operadores-Colheita-I-e-II_R149978 até o dia 10 de julho de 2023.


Sobre a Bracell 
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo e conta com operações no Brasil nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pernambuco. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. A Bracell também é signatária do Pacto Global e dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) da ONU Mulheres. 

Fonte: Bracell

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MTower fecha parceria de iluminação para Expoforest 2023

Além da parceira fechada com a Malinovski, a empresa mineira também é expositora confirmada na maior feira florestal do mundo.

Por André Moreira

A MTower está confirmada como expositora da maior feira florestal dinâmica do mundo, a Expoforest 2023. De 09 a 11 de agosto, os mais de 30 mil visitantes aguardados para quinta edição poderão conferir de perto o porquê a MTower está revolucionando os mercados que atua com conectividade, iluminação e monitoramento remoto. Realizada em Guatapará, região de Ribeirão Preto (SP), a Expoforest 2023 acontece em mais de 4,5km de trilha dividida em área estática e dinâmica, reunindo os maiores players do setor florestal.

Além da participação do evento, a MTower fornecerá oito Torres de Iluminação Solar para iluminação sustentável durante o período de montagem, realização do evento e desmontagem. A parceria fechada com a Malinovski para a Expoforest 2023 garantirá a realização do evento com luz de qualidade e máxima segurança operacional para todos os envolvidos. As torres estarão espalhadas por toda a área, principalmente nos estacionamentos.

Segundo Ricardo Righi, CEO da MTower, prover segurança operacional e a sustentabildiade são dois grandes princípios da MTower. “Essa parceria com a organizadora fez muito sentido para nós desde o princípio pois, além de podermos contribuir um pouco com uma de nossas soluções na operação da feira, é extremamente benéfico não só para ambas as empresas, mas também para o meio ambiente. Falo sobre o meio ambiente porque utilizando as Torres de Iluminação Solar, a emissão de gases poluentes é zerada e eliminamos, também, o risco de incêndio.”, destaca Ricardo.

Para sua primeira participação, a MTower contará com alguns dos mais de 150 modelos de equipamentos que a empresa possui. No stand 04, os visitantes poderão conferir de perto as inovações da Torre de Iluminação Solar MTower modelos Standard e Premium. Já a Torre de Vigilância e Iluminação Solar une o que há de melhor em iluminação eficiente e sustentável, com a segurança 24h por dia. Além dos equipamentos de iluminação e vigilância, a MTower estará presente com a última versão da Master Skid, que conta com novo design e novas funcionalidades, agregando ainda mais valor às operações.

“Quando decidimos entrar como fornecedores do setor florestal em geral, nosso primeiro pensamento foi ‘como podemos ajudar esse mercado?’. Com isso em mente, decidimos escutar quem mais entende do mercado: nossos clientes. Em diversas conversas ouvimos que as demandas por monitoramento, conectividade e iluminação eram altas, devido a falta de cobertura de sinal de qualidade para viabilizar as operações e iluminação eficiente para operações noturnas. Hoje, nos apresentamos na Expoforest já consolidados em mercados como a mineração, e esperamos ter o mesmo sucesso no setor florestal”, afirma Ricardo Righi, CEO da MTower.

Para a MTower, a expectativa por fazer parte da Expoforest é alta, principalmente por se tratar da primeira participação. “A expectativa da equipe da MTower para a feira é altíssima, pois teremos a oportunidade de encontrar clientes e parceiros de negócios para fomentar o networking e a geração de novas oportunidades que viabilizem operações mais seguras e autônomas”, ressalta Ricardo.

Sobre a MTower

Nascida dentro da mineração, a MTower surgiu em 1999 fornecendo sistemas de despacho para grandes mineradoras do Brasil. Em 2015, a empresa iniciou o fornecimento de soluções de vigilância e monitoramento de barragens, além de equipamentos que viabilizam a melhor comunicação via rádio para ambientes inóspitos e hostis à presença humana. Já em 2017, a empresa deu mais um passo em direção a um futuro sustentável: a fabricação e fornecimento das Torres de Iluminação Solar. Hoje, a MTower é a maior fabricante deste tipo de equipamento no Brasil e na América Latina. Possuímos mais de 5.000 equipamentos comissionados em países como Brasil, Chile, Austrália, Estados Unidos, Turquia, Angola e diversos outros.

Fonte: MTower

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Bioinsumo desenvolvido pela Seapi traz benefícios para a cultura da acácia-negra

Pesquisa comprova que o uso de bioinsumos promove melhorias na qualidade das mudas

POR MARIA ALICE LUSSANI

O estudo, realizado por pesquisadores da área de solo e água do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), comprovou que a inoculação de rizóbios nas mudas de acácia-negra resultou no aumento da qualidade das mesmas. Os rizóbios são bactérias fixadoras de nitrogênio. A solicitação de registro do inoculante será encaminhada nas próximas semanas para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“Essa é uma etapa importante para disponibilizar a tecnologia, pois a partir disso as indústrias poderão produzir o bioinsumo e comercializar com os acacicultores”, destaca o engenheiro florestal Jackson Brilhante, coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+RS. Segundo ele, essa é uma ação importante do Plano, que visa ampliar a adoção de bioinsumos.

O engenheiro florestal e gerente de produção agroflorestal da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Juarez Pedroso Filho, relata que foram feitos testes com o inoculante em fevereiro deste ano. “A superioridade foi muito impressionante. De modo geral percebemos maior uniformidade, maior vigor, maior sanidade, maior uniformidade do lote, ou seja, todos os parâmetros de qualidade de muda foram superiores em relação às mudas não tratadas”, destaca. Uma amostra das mudas já foi encaminhada para análise para mensurar os parâmetros morfológicos. “Nós estamos na expectativa que a Secretaria obtenha os registros necessários e coloque no mercado esse inoculante”, afirma Juarez.

Pesquisa desenvolvida pelo DDPA com mudas de acácia-negra
Pesquisa desenvolvida pelo DDPA com mudas de acácia-negra – Foto: Fernando Dias/Seapi

O estudo do DDPA

Na pesquisa, realizada pelo DDPA, foi observado que a inoculação foi capaz de aumentar em 20% o diâmetro do colo das mudas, 24% a altura das mudas, 13% a massa seca da parte aérea, 10% em massa de raízes e também acumulou cerca de 20% a mais de nitrogênio. Além disso, os ganhos com a inoculação vão além do processo de produção de mudas, porque após o plantio no campo, alguns estudos demonstram um aumento de 12% na sobrevivência e de 21% no volume individual das árvores. Além de ser uma tecnologia que requer baixo investimento financeiro, também reduz e, em alguns casos, elimina a necessidade do uso de fertilizantes nitrogenados, os quais aplicados em excesso podem trazer prejuízos ambientais, como a emissão de gases de efeito estufa e eutrofização dos recursos hídricos. “O produtor poderá ter acesso a uma tecnologia de baixo custo que traz ganhos na qualidade das mudas, com baixo impacto ambiental, além de gerar uma economia no uso de fertilizantes nitrogenados”, afirma Jackson.

Além desse estudo, os pesquisadores também avaliaram a diversidade dos rizóbios em quatro áreas. De acordo com os pesquisadores Bruno Brito Lisboa e Luciano Kayser, as áreas com menor nível de acidez do solo foram as que apresentaram maior diversidade de microrganismos e estas, por sua vez, resultaram em maior crescimento no diâmetro das árvores de acácia-negra. É recomendado que o produtor, além de realizar a inoculação das mudas com bioinsumos, também procure fazer a correção do solo para reduzir os níveis de acidez e, assim, estimular microrganismos nativos que tenham capacidade de fixar nitrogênio e promover maior crescimento das árvores.

Os resultados da pesquisa estão publicados no artigo científico “Diversity of rhizobia, symbiotic efectiveness, and potentialof inoculation in Acacia mearnsii seedling production”. Acesse aqui 

Saiba mais sobre o Programa Nacional de Bioinsumos aqui.

Muda de acácia-negra
Estudo com mudas de acácia-negra – Foto: Fernando Dias/Seapi

Fonte: SEAPI

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