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Projeto estimula a restauração de áreas de Reserva Legal com araucárias

– Iniciativa capacita produtores sobre diferentes modelos de recuperação de áreas degradadas.

– Projeto recebeu prêmio One Engie Awards.


O projeto ConservAção Araucária conclui sua primeira etapa com a realização de capacitações de produtores rurais e agentes multiplicadores, implantação de 16 unidades de referência tecnológica (URTs) de recuperação de áreas de Reserva Legal no estado do Paraná e de duas coleções genéticas de araucária. O projeto é uma iniciativa da Embrapa Florestas e do Sistema de Transmissão Gralha Azul, operado pela Engie Brasil Energia, com a participação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e apoio do Instituto Água e Terra (IAT).

As unidades demonstrativas estão localizadas em onze propriedades rurais de agricultores familiares e em dois campos experimentais do IDR-Paraná, e serão utilizadas como exemplo para produtores que queiram recuperar áreas florestais, especialmente de Reserva Legal, utilizando espécies da Floresta como a própria araucária, erva-mate, bracatinga, cedro-rosa, pessegueiro-bravo, cataia, canela guaicá e espinheira santa.  

Os produtores participantes receberam todas as mudas, adubo e uma roçadeira, para apoio no combate a plantas daninhas, e puderam escolher entre três modelos de restauração para implantar em uma área de aproximadamente 1 hectare. Caixas de abelhas nativas sem ferrão também foram distribuídas como mais uma opção de geração de renda, além da realização de treinamentos e a disponibilização de uma cartilha com orientações silviculturais para implantação e manejo inicial das unidades demonstrativas. 

Segundo Erich Schaitza, chefe geral da Embrapa Florestas, “a intenção do projeto é mostrar a viabilidade do plantio de araucária e demais espécies para recuperação de passivos ambientais, mas que o produtor rural veja que também é possível gerar renda. Por isso, reunimos instituições como IDR Paraná e o IAT para discutir a viabilidade de modelos, tanto no aspecto técnico quanto de atendimento à legislação”.  

Ives Goulart, da Embrapa Florestas, que coordenou a implantação das URTs, explica que “a ideia é que estas áreas sejam vitrines e mostrem a viabilidade do plantio da araucária como recuperação ambiental e geração de renda, junto com outras espécies que compõem seu ecossistema”.  

Durante os dois anos de implantação do projeto, foram realizados trabalhos para a escolha das áreas em 12 municípios, definições dos modelos de recuperação ambiental, orientações e capacitação de produtores e técnicos extensionistas, redação de manual de recomendações, visitas e reuniões técnicas. No total, foram plantadas 25.400 mudas. “Como todo trabalho em área rural, enfrentamos algumas dificuldades por conta da estiagem em 2020 e 2021. Isso foi sanado com o decorrer do tempo, especialmente com apoio dos viveiros do IAT, e hoje todas as unidades estão com bom andamento”, relata Goulart.  

Durante esse período, cerca de 60 pessoas, entre produtores rurais e técnicos extensionistas, foram capacitados no entendimento dos modelos de recuperação: 1) araucária, erva-mate e bracatinga; 2) araucária, erva-mate, mais seis espécies florestais nativas e 3) araucária, bracatinga e bracatinga arapoti.

Modelos servem de vitrine para produtores rurais 

“Diretamente, são onze famílias beneficiadas pelo projeto. Entretanto, os extensionistas do IDR-PR já estão difundindo os modelos em outras propriedades e isso amplia o impacto que o projeto tem não só nas famílias participantes, mas em toda a região de Floresta com Araucárias”, salienta Goulart. “E, destes ‘novos’ produtores, muitos implantaram em áreas de cultivo, mesmo podendo cultivar ou produzir outras coisas, demonstrando o interesse e viabilidade dos modelos”, completa. Segundo Jonas Bianchin, do IDR Paraná, “é por meio destas vitrines que a gente consegue replicar esse conhecimento gerado e aplicado para os produtores do entorno e isso gera um impacto muito positivo. Os produtores vêem com muito bons olhos esse tipo de ação porque entendem a importância da manutenção de áreas produtivas e a restauração de áreas degradadas com espécies que eles possam também utilizar economicamente”. 

A Gerente de Meio Ambiente da ENGIE Brasil Energia, Karen Schroder, reforça a importância de apoiar iniciativas como essa. “Para nós, é extremamente gratificante estar ao lado da Embrapa na realização de um projeto que alinha geração de renda à conservação ambiental e que, com isso, promove o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais. Sabemos que, como uma empresa líder em energia renovável, a conservação da biodiversidade não só precisa integrar um dos nossos compromissos com o meio ambiente, mas também estar entre as principais estratégias do nosso negócio”, comenta a executiva.  

Jair Weisshaar, produtor rural da Colônia Rio Vermelho, em União da Vitória/PR, considera que “esse projeto é muito bom para nós, pequenos produtores, termos uma experiência com essas plantas nativas da região, que são muito valiosas. Estamos aprendendo muito com o projeto”. Weisshaar implantou sua unidade com araucária, erva-mate e bracatinga e já planeja o futuro: “Esperamos começar a colher a erva-mate antes, já tendo alguma renda. A araucária e a bracatinga demoram mais, mas vai ter as flores para as abelhas, para a produção de mel e certamente uma área protegida com plantas nativas”, comemora. 

A participação do IAT como consultor do projeto foi considerada fundamental. “Muitas vezes, temos o ideal agronômico e florestal da composição e instalação de cada modelo, mas o IAT ia nos informando o que estaria adequado em atendimento à legislação estadual. Com isso, pudemos promover ajustes tanto na implantação das URTs quanto na redação do manual para que atendesse tanto os aspectos da restauração florestal em si quanto a adequação à lei”, explica Goulart. 

Coleções genéticas


Além das URTs, o projeto também contemplou a instalação de coleções genéticas. Foram coletados mais de 70 mil pinhões de 118 árvores em diversas regiões de ocorrência da araucária no Paraná e produzidas cerca de 4.000 mudas, que foram plantadas em áreas da Embrapa, em Colombo e Ponta Grossa/PR. Segundo a pesquisadora Valderês Sousa, da Embrapa Florestas, “estas coleções genéticas ajudam a garantir a manutenção da espécie, uma vez que são conservadas árvores “filhas” de diversas regiões de ocorrência”.  

O pesquisador Sergio Silva, coordenador geral do projeto, avalia que “o trabalho com os produtores rurais, aliado à instalação das coleções genéticas, colocam foco na viabilidade de usar a araucária ao mesmo tempo em que se promove sua conservação”.  

Projeto vence One ENGIE Awards

Desenvolvido na região de operação do Sistema de Transmissão Gralha Azul, desde a implantação, o projeto ConservAção Araucária foi vencedor na categoria “Business Innovation Networks” do One ENGIE Awards, premiação para iniciativas inovadoras desenvolvidas por colaboradores de todas as empresas do Grupo ENGIE no mundo. A iniciativa abrange oito categorias de projetos e, após uma seleção prévia entre todos os cases concorrentes, três finalistas concorrem ao prêmio final. A cerimônia de premiação foi realizada em Paris em 28/09/2023.

Foto: André Kasczeszen

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Suzano está com 3 vagas para suas operações em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com três vagas abertas para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Há uma vaga aberta para Analista de Suprimentos Pleno – Posto de Combustível. Para concorrer, é preciso atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Superior completo; conhecimento avançado de Pacote Office e Power BI; Noções de SAP e possuir CNH categoria ‘B’. Além disso, é importante ter vivência na área de materiais, gestão de estoques, pagamentos, inventários, expedição e programação de materiais e é desejável dois anos na área de Suprimentos/Logística. As inscrições ficam abertas até o dia 02 de outubro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5550623?jobBoardSource=gupy_portal.

Também há uma vaga de Analista de Suprimentos Pleno – (Venda de Itens não Operacionais). Para concorrer, os pré-requisitos são: ter Ensino Superior completo; conhecimento avançado de Pacote Office e Power BI; Noções de SAP e possuir CNH categoria ‘B’. É importante também ter conhecimento em vendas e é desejável inglês fluente. As inscrições ficam abertas até o dia 02 de outubro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5550487?jobBoardSource=gupy_portal.

Por fim, há também uma vaga aberta para Analista de Meio Ambiente Pleno – Projetos. Para concorrer, é preciso ter os seguintes pré-requisitos: Ensino Superior completo em Eng. Florestal, Eng. Agronômica, Eng. Ambiental, Biologia ou Gestão Ambiental; possuir experiência com trabalhos relacionados ao setor ambiental/biodiversidade e/ou restauração; ter experiência em projetos; afinidade com o Pacote Office; ter nível intermediário em Power BI; possuir CNH categoria ‘B’ e ter disponibilidade para viagens. São requisitos desejáveis, nível intermediário em inglês, conhecimento em ferramentas de Geoprocessamento e Pós-Graduação e/ou MBA em Gestão. As inscrições ficam abertas até o dia 01 de outubro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5354788?jobBoardSource=gupy_portal.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).  Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Suzano é eleita a empresa do ano pelo Anuário Época Negócios 360°

 pesquisa avaliou as melhores companhias brasileiras nas frentes de desempenho financeiro, pessoas, sustentabilidade, governança corporativa, inovação e visão de futuro

Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, foi reconhecida como o grande destaque do Anuário Época Negócios 360º. A tradicional premiação das melhores empresas do Brasil também apontou a Suzano como a melhor empresa nas categorias Papel e Celulose e Desempenho Financeiro.

O estudo foi conduzido pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Época Negócios e colaboração da Boa Vista, na pesquisa de balanços e no processamento de dados financeiros.

“É uma honra receber essa homenagem, que reconhece o compromisso da Suzano com a inovação, a sustentabilidade e a geração de valor e compartilhamento desse valor com todos os nossos stakeholders. Estamos vivendo um momento de crescimento e transformação, com investimentos estratégicos que ampliam nossa capacidade de oferecer produtos renováveis e ajudar na descarbonização da economia mundial. Temos muita determinação para fazer com que a nossa empresa contribua para uma efetiva transformação da sociedade global nas agendas ambiental e social”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano.

Sobre a Suzano  

Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Com atuação global, Quiron é tema de livro sobre tecnologias brasileiras no mercado internacional

Quiron Digital foi um dos cases de sucesso incluídos na publicação Ponte para o Mundo, livro lançado no final de agosto, em Florianópolis. Segundo livro, de uma série que apresenta as potencialidades de inovação e quem faz dela vetor de sucesso nacional e mundial, Ponte para o Mundo é co-organizado por Alexandre Noronha (CEO da ENGLISH4 Startups), Daniel Leipnitz (ex-presidente da ACATE) e Rodrigo Lóssio (diretor-executivo da Dialetto).

Compartilhando o conhecimento de mais de 30 especialistas e lideranças, em temas como governança corporativa, exportação de produtos e serviços, expatriação corporativa, aspectos jurídicos, contábeis e financeiros, marketing e comunicação internacional, o livro fala de internacionalização, abordando a necessidade de startups, e empresas de tecnologia, em pensar e atuar globalmente.

Em 576 páginas, o livro Ponte para o Mundo está dividido em nove grandes blocos de conteúdo, que agrupam a jornada em macro temas como Introdução ao Ecossistema, Exploração, Gestão Estratégica, Marketing, Exportação, Expansão, Operação, Oportunidades e Cases de Sucesso. Disponível em edição física e digital, os exemplares podem ser adquiridos aqui.

Na publicação, são destacados alguns aspectos da Quiron, como a iniciativa – ousada – da empresa, ainda em fase inicial, de ser “internacionalizável”. Ou seja, ter site, posicionamento e discurso digitais voltados aos clientes estrangeiros, antes mesmo de mirar os nacionais. Sem nunca deixar em segundo-plano os pensamentos mundiais, a aposta no discurso global da empresa trouxe resultados: o primeiro cliente que pagou pelas informações geradas pela Quiron veio de fora do Brasil.

“Para nós foi uma surpresa, por ter sido lembrado. Acabamos não utilizando o “playbook tradicional” das startups. Nesse ponto a gente foi buscando fazer parcerias, e essas parcerias foram acontecendo com um timing legal, então a gente conseguiu aproveitar e ter esse reconhecimento, de estar sendo citado no livro, ao lado de grandes empresas. Nos sentimos muito felizes por estar participando disso. Gostaríamos de agradecer aos autores pela lembrança”, assume Gil Pletsch, CEO da Quiron.

INTERNACIONALIZAÇÃO DIFERENCIADA É DESTAQUE, SEGUNDO EDITORES

Na visão dos editores do livro, a escolha da Quiron foi estratégica para mostrar, na prática, como empresas de diferentes tamanhos e estágios de maturidade de negócio ousaram a pensar e atuar internacionalmente.

“A seleção da Quiron se deu por ser um ótimo exemplo de empresa que começou global, desde o momento zero, vendendo primeiro para Portugal antes mesmo de vender para o Brasil. A venda da sua tecnologia à distância, e a estratégia de contar com um parceiro “afiliado”, comissionado por venda, foram tomadas de decisão interessantes de compartilhar no livro. Exemplos como o da Quiron ajuda a desmistificar a visão que é necessário grandes investimentos para penetrar no mercado internacional, e que somente grandes empresas bem sucedidas têm condições de exportar seus produtos e serviços”, lembra Alexandre Noronha, empreendedor e consultor da área de comunicação internacional, idealizador e um dos editores do livro.

Opinião semelhante tem outro dos escritores da obra. Rodrigo Lóssio, jornalista e empreendedor na área de comunicação corporativa, com 15 anos trabalhando com assessoria e consultoria para empresas de tecnologia, comenta que o case merece servir de referência para demais negócios.

“O que nos chamou sempre atenção na Quiron é ter nascido já com um olhar global, e para resolver uma dor que não era só do Brasil – apesar de nosso país ser um dos que mais sofrem com a dor que a empresa se propõe atuar para os clientes”, comenta ele.

A Quiron utiliza dados de satélites e nanossatélites, associados à inteligência artificial, para antever problemas florestais no meio-ambiente e negócios da cadeia produtiva agroflorestal.

“Queríamos trazer exemplos que fossem inspiração para que empreendedores, que queiram participar da jornada de internacionalização, pudessem olhar de forma a replicar em seus negócios. Para a gente foi importante ter cases de empresas em diferentes estágios de maturidade de negócio, e com diferentes trajetórias e produtos, como a Quiron”, destaca Lóssio.

Materiais complementares ao livro estarão disponíveis no site https://ponte.tech , a partir do mês de outubro de 2023.

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Espírito Madeira 2024 está confirmada

Feira realizada de 14 a 16 deste mês, no Espírito Santo, é considerada inédita no país ao conectar toda a cadeia produtiva num único evento

A 2ª “Espírito Madeira – Design de Origem” está confirmada para setembro de 2024 e promete ser ainda mais grandiosa. O anúncio vem após o sucesso da primeira edição, que ocorreu de 14 a 16 de setembro, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“, em Venda Nova do Imigrante (ES). A Feira impactou mais de 10 mil pessoas, com apenas 20% dos 162 expositores movimentando mais de R$ 26 milhões em negócios, segundo apuração ainda em andamento. Assim, a “Espírito Madeira” se solidifica como um evento notável da cadeia produtiva da madeira no cenário nacional.

“Agradecer muito o esforço da equipe nos últimos dois anos para chegar a esse resultado. É uma emoção muito grande. Quando o evento é inédito, se tem mais dificuldade, mas quando a gente fala de madeira encanta todo mundo. Ela está presente desde os lares mais simples até no alto design, uma transversalidade infinita. Ligar a cadeia toda foi o principal desafio”, declarou Paula Maciel, uma das idealizadoras ao lado de Antonio Nicola Brazolino, presidente da Câmara Moveleira da Findes e do Sindmadeira.

“Sensação de dever cumprido, com uma entrega fabulosa. Ouvi depoimentos de grandes trades de mercado, que fizeram importantes negócios durante o evento. Já temos empresas interessadíssimas e já entrando em contato para participar da edição 2024, que promete ser um evento de impacto ainda maior e que vai nos direcionar para trazer grandes nomes do Brasil. Vai ser a grande celebração da madeira aqui no Espírito Santo”, completou Nicola.

Com 44 especialistas convidados e mais de 51 horas de programação, a primeira edição da “Espírito Madeira” encantou o público com uma série de eventos e atrações. Os espaços Maker e Acadêmico e o auditório registraram intenso movimento nos três dias de programação, sob curadoria de Eduardo Stehling (Fuste Consultoria), João Gabriel Missia e Graziela Vidaurre, ambos da Ufes, respectivamente.

Na parte cultural, shows como os apresentados pela Camerata do Sesi, sob coordenação de Gizele Maffioletti junto a Marcelo Lages e Billy Marreiro, e participação de Dona Fran, Tati Celeste e Laís Stone encantaram o público na sexta e no sábado. E Ibatiba levou as tradições tropeiras para o “Polentão”, com destaque para a xiringa, uma iguaria tipicamente da “Capital Estadual dos Tropeiros”. Além disso, a Fábrica de Pios, as oficinas gastronômicas da Cozinha Brasil e da Unidade Frigorífica do Sesi/Senai, missões técnicas e rodadas de negócios trouxeram uma experiência rica para os visitantes.

Um dos destaques da programação foram as “Olimpíadas da Madeira”, sob organização do engenheiro florestal Fabio Mareto, que envolveram até mesmo os palestrantes em disputas de tirar o fôlego. Os vencedores da categoria Machado foram: 1º lugar Cristiano Mareto Lemos, 2º lugar Bruno Mareto, e 3º lugar Lucas Gabriel. Na categoria Gurpião (dupla), os vencedores foram: 1º lugar Iozelino Cassaro e Edmilson Melo, 2º lugar Bruno Mareto e Lucas Gabriel, e 3º lugar Tony (Ativação) e Adilson Pinheiro (palestrante).

Outra atração marcante da “Espírito Madeira” foi a exposição “Design + Arquitetura”, com curadoria de Jacqueline Chiabay e pela arquiteta e produtora cultural Angela Gomes. A mostra trouxe o alto design à Feira, apresentando trabalhos de 18 artistas e designers renomados internacionalmente.

Além disso, os visitantes tiveram a oportunidade de desfrutar de chocolates inspirados nos materiais usados nas placas de MDF da Placas do Brasil, de sentir a fragância feita pela FeitoDi exclusivamente para o evento e de assistir a criação ao vivo de piões de madeira. A exposição de ferramentas antigas, com mais de 70 peças selecionadas de uma coleção original de 3.000 peças de Iozelino Cassaro, de Santa Luzia, no município vizinho de Conceição do Castelo, também encantou o público e resgatou memórias da infância.

Morador de Venda Nova, o casal Francisco Gonçalves e Maria Isabel Barcelos se emocionou com a exposição. Ele relembrou a infância ao ver o enchó, uma ferramenta usada para nivelar madeira. “Chama atenção porque é coisa antiga que a gente quase não vê mais, só assim em eventos como a ‘Espírito Madeira’. Meu pai era carpinteiro em Brejetuba e mexia com essas ferramentas todas”, disse ele. “Eu passei as fraldas do meu primeiro filho há 43 anos com esse ferro à brasa”, completou Maria Isabel.

Impressões

Também durante a Feira, um dos locais mais visitados foi a Unidade Móvel de Madeira e Mobiliário do Senai, que dispõe de sala de aula e laboratório com máquinas e equipamentos para toda linha de produção moveleira. Sob comando do instrutor Lucas Luz, a máquina inteligente CNC Router, que faz o processo de usinagem da madeira por meio de programação, produziu mais de 20 tábuas de carne personalizadas do evento diante dos visitantes.

A administradora de empresas Érika Falqueto ficou impressionada com a estrutura. “O fato de o Sesi conseguir levá-la para todos os lugares com esse ensinamento ajuda a desenvolver as regiões capixabas. Muito incrível”.

O evento prestou homenagem a Almir Amed Deoud, um profissional com décadas de experiência na cadeia produtiva da madeira capixaba, dando seu nome ao auditório. Ele enfatizou a importância da fé, da humildade e do ato de ajudar as pessoas sem esperar nada em troca. “O resumo é fazer o bem”, disse emocionado com a surpresa.

Arquitetos e empresários também compartilharam suas impressões sobre a Feira. O arquiteto Emílio Caliman, com estande do escritório de Venda Nova, destacou a riqueza e a diversidade dos itens presentes na “Espírito Madeira”. “Momento de criar muita conexão com várias pessoas. Além dos itens que a marcenaria traz para uma obra, tivemos uma parcela grande de mobiliários, artesanatos, isso tudo foi enriquecendo as nossas conexões”, disse.

Já a arquiteta Paulete Almeida, conhecida como a “Rainha dos Telhados”, expressou seu orgulho em participar de um evento tão significativo em Venda Nova. “Minha raiz é madeira. Fiz escola na madeira e trabalhei em empresas do setor por muitos anos. Sou conhecida como a ‘Rainha dos Telhados’, porque telhado de madeira é comigo aqui na região. É a minha praia! É um orgulho e um prazer participar de uma Feira como essa. E que privilégio Venda Nova receber um evento desse porte! Super rica essa experiência!”.

Prestígio

A “Espírito Madeira” contou com a participação de várias empresas e organizações que reconhecem a importância da cadeia produtiva da madeira. Ingrid Saur, presidente da Penz/Saur, com sede no Rio Grande do Sul e 97 anos de tradição em equipamentos florestais, destacou a relevância do evento para a troca de experiências e conhecimentos em um setor essencial. Ela conta ter sido a primeira expositora a fechar com a Feira quando o “mapa do evento ainda estava em branco. A ‘Espírito Madeira é uma bela iniciativa, já que a região é muito forte em eucalipto, congregando as pessoas para a troca de experiências. Depois da pandemia, a gente tem que voltar a trocar conhecimento para o bem do nosso país”, disse.

Líderes, políticos e representantes de instituições como o Sicoob Sul-Serrano e a Placas do Brasil também destacaram a importância do evento para a região e sua conexão com a história e a tradição da madeira no Espírito Santo (*Confira mais abaixo). Para o deputado federal Evair de Melo, é uma alegria estar em casa em um evento que junta tradição, história e muitas oportunidades. “Os imigrantes tiveram na madeira sua primeira fonte de energia e, no presente, em pouco tempo os créditos de carbono, pagando o produtor que preserva, serão realidade. Conseguimos recursos por meio de emenda para o evento e quero parabenizar a todos os realizadores”.

“Nascemos uma cooperativa de crédito rural. E quando a gente fala em madeira, nos remetemos ao passado, pois ela é o primeiro negócio que os nossos antepassados italianos tiveram que lidar para construir suas casas. O Sicoob trazendo isso para o dia de hoje faz um link bacana”, destacou o presidente do Sicoob Sul-Serrano, Cleto Venturim.

O consultor de vendas da Placas do Brasil no Espírito Santo, Lúcio Hosken, manifestou o contentamento da empresa em patrocinar a “Espírito Madeira 2023”.  “A trajetória da marcenaria e da indústria madeireira no Estado é muito forte desde sempre. E nós como empresa de painéis de MDF não poderíamos ficar de fora. Em cinco anos de produção no Estado, era fundamental marcar presença na Feira para fortalecimento da marca e estar junto aos nossos outros fornecedores”.

Valdeir Nunes, diretor-presidente do Convention Bureau, comemora a primeira edição. “Para nós é uma grande alegria receber a ‘Espírito Madeira’. A primeira Feira é sempre muito difícil de organizar. Quando construímos uma casa pensamos em lajota, mas o custo com madeira vai de 3% a 5% e, com os móveis, chega a 25%, só para observar a importância da madeira. Uma grande honra participar deste evento”.

Paulinho Mineti, prefeito de Venda Nova do Imigrante, ressaltou que a “Espírito Madeira” é uma oportunidade ímpar de destacar a riqueza cultural, a habilidade dos artesãos e o potencial da região. “A Feira foi um sucesso, surpreendeu todas as expectativas. Muito bonita e organizada e com atrações diversas. E nosso município está de portas abertas para a próxima edição voltar para Venda Nova e ficar no nosso calendário”.

A “Espírito Madeira- Design de Origem” é uma realização do Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau, com correalização da Prefeitura de Venda Nova do Imigrante e apoio do Sebrae/ES, Aderes, IEL, Governo do Estado do Espírito Santo, Grafitusa, Sindmadeira, Ufes, Sindimol, Sindmóveis e Amunes, com patrocínio da Findes/Sesi/Senai, Sicoob, Crea-ES e Placas do Brasil, acessibilidade em Libras Klumie e marketing digital Weslley Aguiar (TMZ digital), estrategista Digital e especialista em marketing digital.

Outras autoridades:

Luciano Pingo, prefeito de Ibatiba e presidente da Amunes- “Parabenizo todos os organizadores pela brilhante ideia da ‘Espírito Madeira’, que potencializa uma cadeia produtiva tão importante e que torna nossa economiza cada vez mais pujante”.

Alexandre Passos, diretor de Fomento e Inovação da Aderes- “Esta edição, com certeza, já deu certo. Um evento belíssimo, com estandes bem estruturados. Estou impressionado com a Feira. Aproveito para divulgar que, a partir de janeiro, teremos o ‘Garantia ES’, um crédito do Estado voltado aos empreendedores que tem a Aderes como avalista”.

Luiz Toniato, diretor técnico do Sebrae- “Parabenizo Nicola e Paula por fazerem este evento em Venda Nova. A ‘Espírito Madeira’ é feita por muitos e para muitos e nos faz enxergar que a cadeia produtiva da madeira e mobiliário é muito extensa e composta por micro e pequenos empreendedores apoiados pelo Sebrae. Que os próximos eventos sejam ainda melhores!”.

Weverson Meireles, secretário de Estado do Turismo- “Empreendedores expositores fizeram o evento já estrear como sucesso. E Venda Nova se tornando referência em tudo o que se propõe a fazer, não só para o Espírito Santo, como para todo o Brasil. Falar de madeira é falar de sustentabilidade”.

Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, 1º vice-presidente Findes- “Temos um polo moveleiro que exporta para o mundo inteiro, uma grande empresa que é a Placas do Brasil. Um setor muito pujante, que cria muitos empregos, e a Federação está sempre junto, buscando inovação. Quero parabenizar Paula e Nicola. Este evento vai se perpetuar!”

Quem são?

MONTANHAS CAPIXABAS CONVENTION & VISITORS BUREAU

É uma entidade com sede no município de Domingos Martins, sem fins lucrativos, criada para promover desenvolvimento sustentável no turismo da região de montanhas do Espírito Santo. Atualmente, o trade regional é representado por 380 empreendimentos em dez municípios (Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante).

Fundado em 2006, a partir de uma aliança da iniciativa privada com o poder público, o Montanhas Capixabas teve o apoio de grandes parceiros como o Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, Federação Brasileira de Conventions & Bureau, Governo do Estado do Espírito Santo e Sebrae-ES.

A missão é desenvolver o turismo sustentável, adotando ações que promovam seu arranjo turístico em nível estadual, nacional e internacional, que gerem oportunidades de negócios para seus mantenedores e associados e fomentem o desenvolvimento de toda a região.

A atual diretoria conta com Valdeir Nunes (diretor-presidente), Ana Venturim Porto (diretora financeira), Sergio Rodrigues Dias Filho (diretor técnico) e Leandro Carnielli (presidente do Conselho Curador). Saiba mais em www.montanhascapixabas.org.br.

PLACAS DO BRASIL S.A.

Empresa brasileira genuinamente capixaba, especialista na produção e comercialização de painéis de MDF de alta qualidade, oriundos de florestas de eucalipto 100% renováveis. Localizados no município de Pinheiros, Norte do Espírito Santo, ocupa uma área total de 665 mil m², com cerca de 200 mil m² de área construída. Com uma estrutura contemporânea e equipamentos de última geração, a capacidade de produção é de 30 mil m³/mês de painéis de MDF naturais e 12 mil m³/mês de painéis de MDF revestidos. Saiba mais em: https://placasdobrasil.com.br/.

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Paraná lidera produção nacional de lenha e silvicultura

Produção paranaense de lenha de florestas plantadas corresponde a 26,3% do total do Brasil

Com cerca de 13,9 milhões de metros cúbicos, a produção paranaense de lenha de florestas plantadas corresponde a 26,3% do total do Brasil. Os dados foram divulgados nesta quarta, (27) pelo IBGE e são referentes ao ano de 2022.

As informações no relatório sobre Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura mostram também que o Paraná se destacou na extração de erva-mate, palmito e pinhão, e na produção de madeira para papel, celulose e outras finalidades.

Depois do Paraná, o Rio Grande do Sul foi o segundo maior produtor, alcançando 11,5 milhões de metros cúbicos no período analisado. Segundo o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, os dados de 2022 comprovam uma importante mudança do setor

A região sul responde por 63,2% da produção nacional. Com 20,9 milhões de metros cúbicos, o Paraná se manteve como o maior produtor de madeira em tora para outras finalidades, o que representa 35,7% do Brasil. Já no setor da silvicultura, que trata da produção de florestas, o Paraná teve um crescimento de 14,9%.

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Valor de produção da silvicultura e da extração vegetal cresce 11,9% e atinge recorde de R$ 33,7 bilhões

  • Em 2022, o valor da produção florestal atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9% em relação a 2021, e produção em 4.884 municípios.
  • Valor de produção da silvicultura (florestas plantadas) cresceu 14,9% e atingiu R$27,4 bilhões. Na extração vegetal, o valor de produção cresceu 0,2% em 2022, somando R$ 6,2 bilhões.
  • Área de florestas plantadas cresceu 0,1%, somando 9,5 milhões de hectares, dos quais 77,3% são de eucalipto, usado principalmente na indústria de celulose.
  • Houve crescimento do valor da produção em quase todos os grupos da silvicultura. Apenas o produto folhas de eucalipto apresentou queda na produção (3,6%), enquanto os outros apresentaram crescimento, com destaque para a produção de lenha, que aumentou 33,4%.
  • Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, chegando a R$ 7,5 bilhões em 2022, ou 27,3% do total. O estado é o maior produtor de carvão vegetal, com 87,7% do volume nacional.
  • General Carneiro (PR) assumiu a liderança do ranking de valor da produção da silvicultura, alcançando R$ 625,8 milhões em 2022, com destaque para o crescimento de 10,2% na quantidade de madeira em tora para papel e celulose e de 35,3% no total do valor da produção.
  • Dos 20 municípios com os maiores valores de produção florestal, 17 sobressaem na exploração de florestas plantadas, e os três demais, no extrativismo.
  • O grupo dos produtos madeireiros, que teve a maior participação no valor da produção do extrativismo (63,1%), registrou uma pequena redução de 0,8% frente ao ano anterior, depois de um aumento expressivo de 37,9% em 2021.
  • Os estados de Mato Grosso e do Pará responderam por 71,4% da quantidade total extraída de madeira em tora, representando 83,4% do valor de produção desse produto.
  • Em 2022, a soma do valor da produção de produtos extrativos não madeireiros registrou crescimento de 1,9%, totalizando R$ 2,3 bilhões. O açaí, com R$ 830,1 milhões, e a erva-mate, com R$ 648,5 milhões, são os produtos que mais geram valor de produção.

O Valor da produção florestal atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9% e produção em 4.884 municípios. O valor da produção da silvicultura (florestas plantadas) continua superando o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano 1998. A silvicultura manteve a trajetória de crescimento dos últimos anos ao atingir o valor de R$ 27,4 bilhões, alta de 14,9% em relação ao alcançado em 2021 (R$ 23,9 bilhões).

Já a extração vegetal se manteve praticamente estável, com variação de 0,2% em relação ao ano anterior, quando havia crescido 31,5%. O valor de produção alcançado em 2022 foi de R$ 6,2 bilhões. Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, divulgada hoje (27), pelo IBGE.

“A extração vegetal teve um crescimento muito grande em 2021, atingindo a marca de 31,6%. Em 2022, com essa base de comparação bem alta, ficou praticamente estável, variando 0,2%. Já a silvicultura manteve um movimento de crescimento que se iniciou lá em 2020”, analisa o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.

Ele explica que a tendência de, a cada ano, a participação da silvicultura crescer no valor de produção do setor e a do extrativismo vegetal cair, continua. O que não significa que a extração vegetal esteja diminuindo e, sim, que o valor dos produtos da silvicultura está crescendo.

“Em uma análise regional, o destaque no Sudeste é a plantação de eucalipto, no Sul predomina o pinus, no Nordeste sobressai-se o extrativismo madeireiro e o grupo dos alimentícios e ceras, no Norte, o extrativismo madeireiro e o açaí, e no Centro-oeste, a plantação de eucalipto e extrativismo madeireiro”, pontua o gerente.

Em 2022, houve acréscimo de 0,1% nas áreas de florestas plantadas no país, ou mais 8,1 mil hectares. A área total da silvicultura é de 9,5 milhões de hectares, dos quais, 7,3 milhões, ou 77,3% são de eucalipto, usado predominantemente na indústria de celulose. Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais no país.

Somente as Regiões Sudeste (0,4%) e Centro-Oeste (5,5%) apresentaram crescimento em 2022. A Região Sul, que representa 32,4% das áreas de florestas plantadas com pinus e eucalipto no país, apresentou uma redução de 1,1%.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, indústria, Comércio e Serviços, a celulose ocupou o décimo primeiro lugar no ranking das exportações totais do país em 2022 (2,5%), com 19,8 milhões de toneladas exportados, que geraram 8,4 bilhões de dólares, um aumento de 24,6%. O setor da madeira em tora para papel e celulose permanece com tendência de alta, atingindo o valor de R$ 9,0 bilhões, crescimento de 25,5% no valor da produção, após o crescimento de 24,4% registrado em 2021.

“O Brasil é o maior exportador mundial de celulose e a produção de madeira em tora para papel e celulose foi recorde em 2022, atingindo 99,7 milhões de metros cúbicos. O segundo maior volume da série havia ocorrido em 2018, quando a produção alcançou 92,7 milhões de metros cúbicos”, destaca o pesquisador.

A participação dos produtos madeireiros chegou a 96,0% do valor da produção florestal. O conjunto dos produtos madeireiros com origem em áreas plantadas para fins comerciais registrou aumento de 15,5% no valor da produção, enquanto naqueles decorrentes da extração vegetal houve redução de 0,8%. “Esses resultados ratificam a tendência de crescimento dos produtos madeireiros oriundos da silvicultura e registra-se uma estabilidade nos da extração desde 2021”, completa Guedes.

Entre os produtos madeireiros da silvicultura, houve registro de crescimento do valor da produção em todos os grupos, sendo mais acentuado na lenha, que aumentou 33,4%. O valor da produção da madeira destinada à fabricação de papel e celulose cresceu 25,5%; o carvão vegetal, 6,8%; e a madeira em tora para outras finalidades 5,6%.

A extração vegetal, que registrava retração na série histórica dos últimos anos, apresentou aumento no valor gerado em 2019 (6,9%), 2020 (6,3%), 2021 (31,5%), com a base de comparação relativamente alta, em 2022 o aumento foi de apenas 0,2%. Enquanto os produtos madeireiros respondem pela quase totalidade do valor da produção da silvicultura (96,0%), na extração vegetal esse grupo representa 63,1%, seguido pelos alimentícios (30,4%), ceras (4,4%), oleaginosos (1,5%) e outros (0,6%).

Na silvicultura, Minas Gerais tem o maior valor de produção: R$ 7,5 bilhões

Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, que cresceu 2,6%, chegando a R$ 7,5 bilhões em 2022, ou 27,3% do total da silvicultura. O estado é o maior produtor de carvão vegetal, com 87,7% do volume nacional.

O Paraná vem em segundo em valor de produção de florestas plantadas, R$ 4,8 bilhões. É o terceiro maior produtor de madeira em tora para papel e celulose, sendo responsável por 16,3% da produção nacional. A produção cresceu 3,0%, alcançando 16,2 milhões de metros cúbicos, e o valor da produção subiu 2,4%, chegando a R$1,7 bilhão. A madeira em tora para outras finalidades também foi destaque, atingindo 20,9 milhões de metros cúbicos, redução de 4,9%, o que representa 35,7% do total nacional, mantendo-se como o maior produtor do país.

Em área plantada, Minas Gerais segue registrando a maior área coberta com espécies florestais plantadas do país, com 2,1 milhões de hectares, o que representou um crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior, sendo sua quase totalidade ocupada por eucalipto. São Paulo detém a segunda maior área de florestas plantadas, com 1,2 milhão de hectares, dos quais 80,8% são plantios de eucalipto. Merece destaque o crescimento da área plantada no Mato Grosso do Sul, que atingiu 1,2 milhão de hectares, um crescimento de 13,2%, a quase totalidade com eucalipto.

Entre os 10 municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul; três, em Minas Gerais; um, no Rio Grande do Sul; e um, na Bahia.

Quatro municípios Sul-mato-grossenses ocupam as primeiras posições de área plantada no país, sendo destaques Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, que apresentaram as maiores áreas de florestas plantadas, com 264,2 mil hectares e 251,3 mil hectares, respectivamente. João Pinheiro é a municipalidade com maior área plantada com florestas em Minas Gerais, sendo toda a área coberta com eucalipto. Na Bahia, o destaque é Caravelas, enquanto no Rio Grande do Sul, Encruzilhada do Sul, onde as áreas praticamente são divididas entre eucalipto e pinus.

Paraná lidera produção nacional de lenha da silvicultura

Com uma quantidade estimada de 13,9 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 26,3% do total nacional, o Paraná também foi destaque na produção de lenha com origem em florestas plantadas. O Rio Grande do Sul foi o segundo maior produtor de lenha, alcançando 11,5 milhões de metros cúbicos, 21,8% do total nacional. A Região Sul responde por 63,2% da produção nacional de lenha.

General Carneiro é o município de maior valor de produção na silvicultura

General Carneiro (PR) assumiu a liderança do ranking de valor da produção da silvicultura, alcançando um total de R$ 625,8 milhões em 2022, com destaque para o crescimento de 10,2% na quantidade de madeira em tora para papel e celulose e de 35,3% no total do valor da produção. A madeira em tora para outras finalidades, cresceu 8,8% e consequentemente aumentou o valor de produção em 30,6%.

O Município de Telêmaco Borba (Paraná), segundo Município no ranking de valor da produção da silvicultura com R$ 524,5 milhões, foi destaque na produção de lenha, com 584,7 mil metros cúbicos gerando R$ 27,4 milhões, com crescimento de 667,4%.

João Pinheiro (Minas Gerais), líder do ranking em 2021, foi o terceiro Município com maior valor da produção da silvicultura, gerando R$ 497,5 milhões e constituindo destaque nacional na produção de carvão, com 437,8 mil toneladas, apesar da redução de 7,8% em termos de volume, na comparação com o ano anterior. Outro Município que se destacou no setor da silvicultura foi Encruzilhada do Sul (Rio Grande do Sul), obtendo o quarto maior valor de produção, com R$ 395,0 milhões.

Extração vegetal cresce 0,2% e gera R$ 6,2 bilhões em valor de produção

Em 2022, o valor da produção obtido por meio da extração vegetal apresentou incremento de 0,2%, totalizando R$ 6,2 bilhões. Dos grupos de produtos que compõem a exploração extrativista na pesquisa, foi registrada diminuição no valor da produção nos grupos Madeireiros (0,8%), Ceras (6,8%), Fibras (3,4%) e Nó de pinho (28,8%).

O grupo dos produtos madeireiros, que teve a maior participação no valor da produção do extrativismo (63,1%), registrou uma pequena redução de 0,8% frente ao ano anterior, depois de um aumento expressivo de 37,9% em 2021. Portanto, retornando à tendência dos últimos anos, em que a exploração extrativista de madeira vinha perdendo espaço no país, sendo gradativamente substituída pela originada em florestas cultivadas. Em 2022, observaram-se variações positivas no valor da produção do carvão vegetal (11,0) e na lenha (14,4%), e redução no valor da produção da madeira em tora (5,7%), esse grupo de produtos registrou um total de R$ 3,9 bilhões, 0,8% menor quando comparado com 2021.

Os estados de Mato Grosso e do Pará responderam por 71,4% da quantidade total extraída de madeira em tora, representando 83,4% do valor de produção desse produto. O Pará que voltou a ultrapassar o Mato Grosso como maior produtor, alcançou 4,7 milhões de metros cúbicos com um aumento de 22,7% na extração de madeira em tora.

O carvão vegetal extrativo tem como maior produtor o Pará, que apresentou crescimento de 88,2%, atingindo 139,4 mil toneladas, o que representou 29,9% do total nacional.

Açaí e erva-mate mantêm maior valor de produção entre os não madeiros

Em 2022, a soma do valor da produção de produtos extrativos não madeireiros registrou crescimento de 1,9%, totalizando R$ 2,3 bilhões. O açaí, com R$ 830,1 milhões, e a erva-mate, com R$ 648,5 milhões, são os produtos que mais geram valor de produção. Entre o grupo de produtos considerados alimentícios, o açaí, a erva-mate, a castanha-do-pará, ou castanha-do-brasil, o pequi (fruto) e o pinhão, representam 43,8%, 34,2%, 9,0%, 2,7% e 2,7%, respectivamente.

Sobre a pesquisa

A PEVS 2022 traz informações sobre área, quantidade produzida e valor da produção a partir da exploração de florestas plantadas (silvicultura) e dos recursos vegetais naturais (extrativismo vegetal).

O extrativismo vegetal contempla 37 itens, com destaque para os produtos madeireiros, alimentícios, ceras e oleaginosos. Na silvicultura, são investigados sete produtos, incluindo carvão vegetal, lenha, madeira em tora e resina.

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Suzano inaugura posto avançado de saúde para operação especializada do Sepaco em Ribas do Rio Pardo (MS)

A estrutura prestará atendimentos médicos para acolher os colaboradores da empresa e familiares do seu plano de saúde, podendo em breve atender também beneficiários de outras operadoras e empresas por meio de convênios e particulares.

 A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, inaugurou nesta quarta-feira (27/09) o Posto Avançado de Saúde em parceria com o Hospital Sepaco em Ribas do Rio Pardo (MS), que será responsável pela operação especializada da unidade. Com a implantação inicial de um Centro Médico, a estrutura possibilitará atendimentos médicos de saúde para acolher os colaboradores da empresa e familiares do seu plano de saúde, podendo em breve atender também beneficiários de outras operadoras e empresas por meio de convênios e particulares.

 O Centro Médico é composto de seis consultórios, todos com banheiro, e dispõe de sistema de prontuário eletrônico que possibilita que todos os médicos possuam acesso às informações e histórico do paciente. Com a entrega do posto avançado, a empresa fomenta o desenvolvimento dos serviços básicos da região, auxiliando no atendimento à saúde dos colaboradores e familiares do seu plano de saúde da nova fábrica, assim como das pessoas conveniadas. Essa estrutura terá capacidade máxima para realizar até 5,5 mil consultas com hora marcada por mês.

 “Estamos entregando uma estrutura capaz de oferecer a atenção primária em saúde com consultas médicas com ‘hora-marcada’ objetivando a promoção, prevenção e tratamento em saúde. Neste primeiro momento, entra em operação o Centro Médico, onde serão agendadas consultas de clínica médica, ortopedia, ginecologia/obstetrícia e pediatria. Na Suzano temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e, com a entrega desta estrutura até o funcionamento completo no início de 2024, a Suzano contribui para o fortalecimento de uma rede de atendimento de planos de saúde em Ribas do Rio Pardo”, explica Maurício Miranda, diretor de engenharia da Suzano.”

 “Este momento simboliza uma parceria de sucesso entre o Hospital Sepaco e a Suzano que certamente trará benefícios para a população de Ribas do Rio Pardo. Além de contar com uma estrutura moderna e equipada, os colaboradores da empresa e familiares do seu plano de saúde poderão ter acesso a um atendimento médico diferenciado. Esta é uma iniciativa que valoriza a saúde e o bem-estar da população local, que contará com atendimento do sistema de saúde Sepaco, hoje presente em várias regiões do Brasil, com qualidade reconhecida internacionalmente”, comenta Luci Meire Pivelli Usberco, superintendente geral do Sepaco.

 A segunda fase de implantação se estende ao longo dos próximos meses, quando serão recebidos os equipamentos de ultrassonografia, raio-x e tomografia. Nessa etapa será empregada tecnologia de ponta para diagnósticos, com exames de imagem e análises clínicas. Em paralelo, e de forma gradativa, será feita a implantação do Pronto Atendimento com uma equipe preparada para atender casos de urgência e emergência, que contará com o apoio de protocolos e diretrizes da atenção secundária de saúde, que garantem rápida assistência.

 Quando finalizada a implantação, o Pronto Atendimento terá capacidade máxima para cerca de 8,6 mil consultas por mês. Somando-se à capacidade máxima do Centro Médico, a operação completa poderá chegar a até 14 mil consultas por mês. “Temos a certeza de que o Posto Avançado de Saúde Sepaco será o ponto de encontro da saúde, da prevenção de doenças e da ampliação do cuidado médico, com acolhimento humanizado, ágil e resolutivo”, afirma Marcelo de Mello Martins, gerente executivo de Segurança, Saúde, Qualidade de Vida e Facilities da Suzano.

 Hospital Municipal

 Em agosto deste ano, a Suzano entregou à Prefeitura de Ribas do Rio Pardo a ampliação do Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues, com 30 novos leitos, sendo 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 20 leitos de enfermaria. A área ampliada, que totaliza mais de 800 metros quadrados, contou ainda com novas salas de preparação de medicação, farmácia e banheiros para dar suporte ao bom funcionamento da unidade hospitalar. Com a ampliação, a cidade passará a comportar atendimentos de média complexidade, diminuindo a necessidade de transporte de pacientes para outros municípios. O investimento total foi de R$ 12 milhões.

 Ainda na área da Saúde, está em construção pela empresa, uma Unidade de Saúde da Família – Tipo 1 no bairro Estoril II, com conclusão prevista para janeiro de 2024. Até o final deste ano, a empresa deve entregar um ônibus equipado para consultas médicas, que servirá como um instrumento a mais na prevenção e tratamento dos cidadãos de Ribas do Rio Pardo, principalmente aqueles que vivem em comunidades mais afastadas. Essas ações fazem parte do Plano Básico Ambiental (PBA) e que contam com um investimento inicial de R$ 48 milhões nas áreas de saúde, educação, habitação, segurança pública e segurança no trânsito do município.

 Sobre a Suzano

 A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

 Sobre o Sepaco

 O Sepaco, fundado em 1956 inicialmente para atender o setor papeleiro do estado de São Paulo, transformou-se em um Sistema Integrado de Saúde, agregando hospital e operadora de saúde de autogestão. O Hospital Sepaco atualmente atende operadoras de saúde, assim como clientes particulares. Fundado em 1979, é pioneiro no controle de infecção hospitalar no Brasil, eleito um dos melhores hospitais do mundo pela Revista Newsweek na linha materno infantil (World’s Best Hospitals). Voltado ao atendimento de alta complexidade, conta com mais de 250 leitos (enfermaria, apartamento e UTIs Adulto, Neonatal, Pediátrica e Pediátrica Cardiológica). Conta com corpo clínico com sólida formação profissional em várias especialidades, com moderna infraestrutura e equipamentos de ponta para diagnósticos e terapias.

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Elipse E3 contribui com a sustentabilidade via a supervisão dos fornos de carbonização da Aperam BioEnergia

Plataforma desenvolvida pela Elipse Software monitora e controla as temperaturas de modo que a Aperam BioEnergia consiga produzir carvão vegetal com mais eficiência e sustentabilidade

A Aperam BioEnergia se dedica à produção de carvão vegetal via a carbonização da madeira oriunda de florestas renováveis de eucalipto em Minas Gerais, cujo cultivo de cerca de 100 mil hectares é realizado pela própria empresa. Todo o carvão vegetal gerado é utilizado como insumo para fabricação de aço em sua usina siderúrgica sediada em Timóteo, cidade do interior mineiro.

Entretanto, sabe-se que a produção de carvão vegetal mediante a queima de madeira de florestas plantadas libera muitos gases poluentes à atmosfera. Para se tornar uma referência em sustentabilidade, a Aperam BioEnergia investiu na implementação de um supervisório em cada uma de suas seis UPERs (Unidades de Produção de Energia Renovável). São elas: Pontal, Palmeiras, Lagoa, Cruz Grande, Chácara e São Bento.

Localizadas no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, as seis UPERs produzem cerca de 450 mil toneladas de carvão vegetal por ano. Conectados por tubulações subterrâneas às UPERs, os queimadores canalizam a fumaça gerada nos fornos de carbonização para uma câmara de combustão, onde a fumaça é, então, incinerada e emitida sob a forma não poluente de vapor de água à atmosfera. Anualmente, cerca de 150 mil toneladas de dióxido de carbono deixam de ser emitidas ao meio ambiente graças aos queimadores.

Para otimizar o controle das temperaturas nos fornos de carbonização destas usinas, a Aperam BioEnergia decidiu utilizar o Elipse E3, plataforma da Elipse Software. A escolha se deu pela maior facilidade de acesso à Elipse, empresa líder nacional no desenvolvimento de soluções para o gerenciamento remoto e em tempo real de processos. Para implementar a aplicação do E3, a Aperam BioEnergia contou com o apoio da COM3 Engenharia de Sistemas.

Com o Elipse E3, a Aperam BioEnergia consegue monitorar todas as temperaturas de carbonização e resfriamento nos fornos para produção de carvão vegetal. Também permite acompanhar graficamente as oscilações destas temperaturas nas fases endo e exotérmica, etapas inicial e final da carbonização respectivamente. A partir deste controle, é possível produzir o carvão vegetal com mais eficiência e segurança, na medida que as temperaturas internas dos fornos devem ser controladas com alto rigor, de maneira a garantir a qualidade do carvão para melhor performance nos altos fornos.

Mais informações e imagens no case.

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ABAF lança Campanha de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais 2023

Segundo o Corpo de Bombeiro, nove em cada 10 incêndios florestais são provocados por irresponsabilidade humana. E com a chegada das altas temperaturas e tempo seco, cresce o risco de focos de incêndios, ameaçando ainda mais a fauna, a flora, as pessoas e as cidades. Incêndio florestal é o fogo fora de controle em qualquer tipo de vegetação, seja na mata, em plantações ou em pastos.

Todos os anos, esse tipo de acidente causa prejuízos não só para o meio ambiente, mas também coloca em risco o patrimônio e a vida das pessoas. Poluição do ar, redução da biodiversidade, prejuízos às nascentes e mananciais de água, morte de animais (inclusive das abelhas e outros insetos polinizadores) e problemas diversos para as pessoas e às áreas habitadas são os principais problemas causados.

Para contribuir com os demais esforços – das empresas associadas e instituições públicas – na prevenção e combate aos incêndios florestais no estado, a Associação Baiana de Florestas Plantadas (ABAF) lança na semana em que se comemora o Dia da Árvore (21/09) a campanha “Floresta em fogo é problema de todos nós” que apresenta os danos causados pelo fogo sem controle, os cuidados a serem tomados, além de informar o que se deve fazer em caso de ocorrências.

“O objetivo principal é sensibilizar a população em geral sobre a importância da prevenção e combate aos incêndios florestais, promovendo uma mudança de atitude. Queremos contribuir para a conscientização da sociedade sobre os impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade; além de promover o engajamento social para preservação das florestas”, explica Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.

Esta é uma iniciativa da ABAF que conta com o apoio de diversas instituições, como Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, Federação da Agricultura da Bahia (Faeb), Associação dos Produtores Irrigantes da Bahia (Aiba) e Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) que lidera o “Programa Bahia Sem Fogo” (BSF) e o Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Bahia.

“O BSF é um programa transversal que atua em caráter multidisciplinar por intermédio do nosso Grupo de Trabalho composto pela Sema, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Casa Civil, Sesab, SSP, Inema, Ibama, Polícia Militar e Polícia Civil. Estamos nessa missão desde 2010 e podemos destacar como avanços, a construção do plano de ação para atuação nos incêndios florestais, elaboração de plano de comunicação, atuação preventiva e conjunta dos entes, melhoria do fluxo de comunicação entre as unidades, monitoramento sistematizado através da emissão de boletins diários, com a equipe de campo pontuando os focos de calor principalmente nas unidades de conservação, melhoria no tempo de resposta e acionamento, aquisição de EPI´S e EPC´S, ações de fiscalização, disponibilização de aeronaves para combates, além das ações de educação ambiental e prevenção que também  realizamos nas unidades regionais. A perspectiva é de que esse GT se mantenha ativo, construindo o planejamento para as ações de 2024”, explica Daniella Fernandes, diretora do Inema.

“É muito importante essa parceria com a ABAF. Dessa forma podemos aumentar as nossas atividades preventivas, que é ainda mais primordial do que o combate, pois com a prevenção não temos os incêndios florestais e é nisso que trabalhamos de forma contínua. Nossa atuação não para, mesmo fora da Operação Florestal continuamos passando para a comunidade, principalmente das áreas mais afetadas pelos incêndios florestais, sobre os cuidados da prevenção. E quem ganha com essa parceria são os cidadãos”, explicou o coronel BM Adson Marcehsini, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.

Para o presidente da Faeb, Humberto Miranda, a campanha chega em um momento crucial: quando se aumenta o número de focos de calor e, consequentemente, as chances de incêndio. “O mês de setembro é historicamente o de maior incidência deste tipo de ocorrência. Esta iniciativa, da qual somos parceiros, vem em boa hora para se aliar a outras ações, mas com um diferencial: o cunho educativo, conscientizando a população urbana e rural de que incêndio florestal é um problema de todos, uma vez que as suas consequências refletem diretamente em todo ecossistema. O setor agropecuário já atua ao longo do ano com ações de prevenção e monitoramento, além de orientar o produtor sobre o uso do fogo em propriedades rurais, uma prática em desuso, mas que quando executada deve seguir medidas e normas legais”, pontuou.

“Todos os anos, no período mais seco, há um aumento expressivo dos incêndios florestais, com risco à produção agrícola e ao meio ambiente; por isso entendemos que é importante unir forças, por meio dessa parceria com a ABAF”, afirma o presidente da Aiba, Odacil Ranzi. “O produtor rural já tem feito, por meio da Aiba, ações de prevenção e combate, com treinamento de brigadas e pilotos de aeronaves agrícolas que são utilizadas no combate, além de manuais e cartilhas de sensibilização e boas práticas para o uso do fogo, assim essa parceria fortalece ainda mais o que já está sendo executado”, ressalta.

A campanha – Criada pela agência Accessing Comunicação, a campanha foi dividida em duas fases: uma onde são indicados os impactos de um incêndio florestal para a biodiversidade, saúde das pessoas, economia (produtividade das colheitas, emprego e renda), abastecimento de água e preservação de mananciais hídricos.

Na outra são trabalhadas as atitudes que são as principais causas de incêndios florestais (e suas consequências): queima de lixo (pode se alastrar queimando florestas e destruindo casas); fogueiras em áreas florestais (uma pequena fogueira pode ser foco de um grande desastre); limpeza de áreas rurais com fogo (pode se alastrar queimando florestas e áreas urbanas); e bitucas acesas de cigarros (pode ser foco de um grande desastre).

Também traz um reforço na mensagem que “fogo não se controla sozinho, precisamos de sua ajuda para evitar grandes tragédias”. Em toda a campanha também são informados os principais canais de denúncia e/ou ajuda: 193 ou 0800 071 1400. Fazem parte da campanha peças gráficas em diversos formatos (outdoor, cartaz, cards para redes sociais etc.), spot de rádio, VT e panfleto informativo.    

Link – peças da campanha:

https://drive.google.com/drive/u/1/folders/18O63QvlY8AxFSsW4jKLM2dRcpHyhDCuy

ABAF – Desde 2004, a ABAF representa a cadeia produtiva de árvores plantadas no estado. Contribui para que o setor florestal se desenvolva sobre bases sustentáveis, seja do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Trabalha por mais florestas, mais empresas, mais fornecedores, mais serviços e produtos. Este trabalho é feito em parceria com os associados, autoridades, governos, academia e demais parceiros em nível local, estadual e nacional. A indústria de base florestal usa madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, papel, ferro liga, madeira tratada e para energia. Nossa missão está alicerçada na certeza de que a árvore plantada é o futuro das matérias-primas renováveis, recicláveis e amigáveis ao ambiente, à biodiversidade e à vida humana.

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