Os três ganhadores apresentarão os projetos em maio, em Amsterdã
Ivana Amorim Dias conquistou o prêmio internacional do Blue Sky Young Researchers and Innovation Award 2022-2023, promovido pelo International Council for Forest and Paper Associations (ICFPA) e coordenado, localmente, pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, mestre e doutoranda pela Universidade Federal do Paraná, a pesquisadora realizou seu projeto sob orientação do Prof. Dr. Pedro Henrique Gonzalez de Cademartori, em parceria com a Suzano. O objetivo foi desenvolver processos sustentáveis para obtenção de produtos de alto valor agregado, que transformam, via queima, os resíduos da madeira, gerando bio-oleo com alto potencial de aplicação. Para mais informações sobre o projeto, acesse o site.
Com o projeto “Purificação de compostos de alto valor agregado da fase solúvel do bio-óleo”, Ivana comemorou a premiação: “Participar da premiação foi marcante para a minha carreira. Além de levar a pesquisa para maior visibilidade, foi importante para mim, como mulher, e acredito que para todas as outras mulheres que nós temos competência e merecemos esse espaço”.
Desde 2016, o Blue Sky Young Researchers and Innovation Award reúne propostas de jovens pesquisadores de todo o mundo, de até 30 anos de idade, com soluções inovadoras que ampliem a contribuição do setor de base florestal na economia de baixo carbono, mirando as operações industriais e florestais, bem como a cadeia de suprimentos. O objetivo é fomentar a inovação, em processos e produtos. Na presente edição do prêmio, o tema foi “Construindo uma Economia de Baixo Carbono com Florestas e Produtos Florestais Positivos para o Clima”, com a participação de 14 candidatos de diversos países para competir internacionalmente.
Para o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Ibá, essa conquista reflete a vocação do setor para a inovação. “Em 2016-2017, Esthevan Gasparoto venceu o prêmio Blue Sky com o projeto “Tecnologias de ponta para monitoramento e medição florestal”; Já em 2020-2021, outra jovem pesquisadora brasileira, Francine Ceccon, também conquistou a premiação com o projeto “Bionanocompósitos – Obtenção de nanoestruturas a partir e fontes florestais”: O Brasil volta a demonstrar o forte potencial inovador do setor com soluções que fazem a diferença”.
Patricia Machado, gerente de Políticas Florestais e Bioeconomia da Ibá, reforça que o setor de árvores cultivadas há muitos anos investe em produtos, processos e serviços que contribuem positivamente para a bioeconomia. “É muito importante para a Ibá e para a sociedade que o país ganhe relevância internacional com a presença de jovens dispostos a unir forças e ideias em busca de soluções para uma economia de baixo carbono”.
Os outros vencedores deste ano foram Ilona Lappännen (indicado pela Confederation of European Paper Industries – Cepi) e Leane Naude (indicada pelo Paper Manufacturers Association of South Africa – PAMSA).
O júri internacional foi composto por Dra. Lyndall Bull, Oficial Florestal da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (ONU); Barbara Tavora Jainchill, Secretariado do Fórum Florestal das Nações Unidas (UNFF); e Kirsten Vice, Vice-presidente de Sustentabilidade e Operações Canadenses, Conselho Nacional de Melhoria do Ar e das Correntes (NCASI).
Os vencedores do Blue Sky apresentarão seus projetos em uma mesa redonda com CEOs de diversos países, na reunião anual do ICFPA, em maio, em Amsterdã (Holanda).
Fonte: IBÁ