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Espírito Madeira é marco de inovação, conexões e crescimento no setor

Com edição histórica de 07 a 09 de novembro deste ano, a Feira já tem data confirmada para retornar em 2025

A edição de 2024 da feira Espírito Madeira-Design de Origem se consolidou como um marco no setor de madeira e design no Brasil. O evento, de 07 a 09 de novembro, em Venda Nova do Imigrante (ES), atraiu público estimado em 7.000 visitantes, movimentando cerca de R$ 27 milhões em negócios, com a participação de cem  empresas e representações de 12 Estados brasileiros, entre eles Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Bahia e Pernambuco. A terceira edição já está confirmada para 2025.

A Espírito Madeira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, apoio da Prefeitura de Venda Nova do Imigrante e apoio institucional de Aderes, Senar-ES, Governo do Estado, Faes/Senar/Sindicatos, Findes/Sesi/Senai, FNBF, Cipem, Sebrae, Destinejá, Acomac, VP Madeiras. Durante três dias, o evento  reuniu palestras, paineis, workshops, rodadas de negócios, feira expositiva, Olimpíadas da Madeira, shows musicais e dia de campo conectando toda a cadeia produtiva, da floresta comercial ao alto design. A ocupação da rede hoteleira da região chegou a 80% e o turismo local registrou um aumento de 50% no fluxo de visitantes durante a programação, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“, principal parque de exposições da “Capital Nacional do Agroturismo”.

Paula Maciel, uma das idealizadoras, celebra o sucesso da segunda edição da Feira. “Esta edição da Espírito Madeira foi um marco para o setor de madeira e móveis nacional. Tivemos visitantes de diversos Estados e até internacionais que vieram em busca de inovações em máquinas florestais”, comentou Paula, reforçando a importância de integrar o turismo nas Montanhas Capixabas ao desenvolvimento da cadeia produtiva. Ela revelou ainda a confirmação de uma nova edição em 2025, já planejada para o segundo semestre, prometendo ainda mais inovações e parcerias.

Outro entusiasta do evento, Antonio Nicola Brazolino, também um dos organizadores, expressa entusiasmo com os resultados e o potencial futuro. “Tenho certeza de que o Brasil inteiro se rendeu à celebração das conexões da cadeia florestal ao alto design”, afirma, ressaltando que a Feira desperta no público o desejo por informação e capacitação. Segundo ele, a Espírito Madeira proporciona o encontro ideal entre o conhecimento e a prática, especialmente para aqueles que já empreendem no setor. Um dos destaques mencionados foi o encontro entre marceneiros da Bahia e representantes do Observatório da Indústria da Findes, que trocaram experiências e dados importantes sobre o uso de resíduos de madeira.

A Espírito Madeira foi também espaço de descoberta e troca para visitantes como Marina Dias, arquiteta de Alto Jequitibá (MG), que destacou a importância do evento para a valorização da madeira local. “Acho que é um evento importante para a região, porque geralmente só encontramos parecidos na capital. Interessante ter eventos assim perto da gente, para vermos novas tecnologias, reforçar a qualidade do material madeira, que é abundante no estado”, comentou. Diego Ricardo Vieira, da DRV, de Curitiba, que atende clientes importantes no Espírito Santo, expressou sua satisfação em visitar a Feira pela primeira vez. “Está gostoso ver os estandes, o povo bem receptivo e acredito que estaremos aqui na próxima edição”.

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Almeida, destacou o Espírito Santo como um importante mercado para a madeira nativa e elogiou a receptividade local. “O Espírito Santo é um cliente carinhoso, que usa muita madeira nas obras. A Feira é sempre um bom momento para rever clientes e prospectar novos negócios”, disse. De forma similar, Ednei Blasius, presidente do Centro de Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), enfatizou a relação comercial entre Mato Grosso e Espírito Santo. “O Espírito Santo compra muita madeira dos produtores do Mato Grosso. É importante criarmos esse diálogo para mostrarmos toda a procedência e qualidade da nossa madeira sustentável”, afirmou.

Além dos negócios, o evento também proporcionou uma experiência cultural enriquecedora, com a distribuição de 100 casacas, símbolo da musicalidade e tradição capixabas, e a inclusão de expositores que trouxeram peças únicas, como a mostra “Espírito Vintage”, com ferramentas antigas, e a exposição “Expo Wood”, com peças de design inovador. O empresário alemão Robert Wolf Hugo, que mora na Bahia, participou da oficina de casaca promovida pelo Instituto “Nós Mulheres”. “Fiquei sabendo da Feira no ano passado e soube que este ano iria aumentar muito a qualidade de expositores e de interessados, por isso vim”, explicou.

Sustentabilidade e inovação

Com um aumento expressivo no número de empresas do setor de madeira no Espírito Santo — passando de 726 para mais de mil entre 2022 e 2023 —, a Espírito Madeira reflete um crescimento notável que já sustenta cerca de 14 mil empregos no estado, de acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Segundo João Carlos Dordetti Heringer, da Florestal Heringer, “é fundamental fomentar a parte florestal, aproveitando o potencial do estado, que está bem posicionado tanto para exportação quanto para o mercado interno”.

A Espírito Madeira 2024 cumpriu seu papel ao reforçar a sustentabilidade e o desenvolvimento do setor florestal, com um grande potencial de continuidade para as próximas edições. Com mais empresas interessadas, oportunidades para pequenos e grandes negócios, e uma programação que atrai público de várias partes do Brasil, o evento projeta o Espírito Santo como um centro de referência para o design e a madeira, evidenciando o poder de iniciativas que unem cultura, tradição e inovação em benefício da economia local e nacional.

A presença de empresas que apostaram em demonstrações práticas foi um dos destaques. Eduardo Rechemberg, da Alca Máquinas, ressaltou a importância de levar tecnologia acessível a todos os perfis de marceneiros. “Trouxemos as máquinas fazendo trabalhos reais em tempo real para mostrar para o pequeno, médio e grande marceneiro as atualizações que existem no mercado e que eles podem estar adquirindo”, explicou. Essa abordagem interativa foi muito elogiada pelos visitantes, que puderam ver de perto as soluções mais modernas para o setor de marcenaria e madeira.

Para muitos participantes, a Feira também foi um espaço de aprendizado e conscientização. Giselda Pignaton, consultora administrativa de Vila Velha, destacou a relevância das palestras sobre mudanças climáticas e uso sustentável da madeira. “Assisti palestras sobre as questões climáticas e a conscientização sobre o clima, o uso da madeira e a importância da responsabilidade da extração desse material. Acho que este tipo de evento tem que ser mais estimulado para as gerações atuais se conscientizarem”, afirmou. Já Carlos Eduardo Duff, morador de Domingos Martins, enfatizou o crescimento e a riqueza do evento. “Achei o evento muito bacana, tem muita informação, se aprende muita coisa, e ainda tem a parte dos artesãos e design. Cresceu muito do ano passado para 2024. Madeira é uma coisa muito rica. Temos que valorizar!”.

*Acesse o site https://espiritomadeira.com.br/ e confira também nosso Instagram: @espiritomadeiraoficial

Patrocínio Master- Placas do Brasil

Patrocínio Tecnologia e Inovação- Alca Máquinas

Patrocínio Espaço Maker-  Bosch, Freud e Alca Máquinas

Apoio: Prefeitura de Venda Nova do Imigrante

Apoio Institucional- Aderes, Senar-ES, Governo do Estado, Faes/Senar/Sindicatos, Findes/Sesi/Senai, FNBF, Cipem, Sebrae, Destinejá, Acomac, VP Madeiras

Organização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação

Sobre o MCC&VB- O Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau é uma Instância de Governança sem fins lucrativos que colabora para o desenvolvimento sustentável do turismo nos dez municípios da região associados: Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.

A entidade é mantida pela iniciativa pública (prefeituras, governo do Estado, através das secretarias de Turismo, no Governo Federal, com o Ministério de Turismo, Embratur/e órgãos do Sistema S) e privada, com a contribuição das mensalidades de associados e patrocínios. Foi constituída em 05 de maio de 2006, sob a forma de associação, e tem por objetivo a captação e geração de eventos de alcance regional, nacional e/ou internacional, o desenvolvimento do turismo nas suas diversas modalidades, a defesa e proteção do meio ambiente, do artesanato e do patrimônio cultural artístico, religioso, histórico e do turismo rural da Região Turística Montanhas Capixabas.

A missão do Convention está em consonância com o programa de Regionalização do Ministério do Turismo que visa descentralizar as ações e assim trabalhar os municípios com características similares de forma regionalizada, construindo um destino turístico com planejamento e organização. A atual diretoria conta com Valdeir Nunes (diretor-presidente), Ana Venturim Porto (vice-presidente de Administração e Finanças), Leandro Carnielli (vice-presidente de Relações Institucionais), Cláudio Chieppe (vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação) e Andreia Rosa (diretora executiva).

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Após vários adiamentos, Senado aprova regulação do mercado de créditos de carbono no Brasil

Proposta vai voltar à análise da Câmara porque passou por mudanças. Texto define setores que, por emitirem muitos gases de efeito estufa, serão obrigados a compensar poluição

Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o texto principal do projeto que cria regras para o mercado de carbono no Brasil.

Até as 18h15, senadores ainda analisavam trechos específicos da proposta. O texto terá de voltar à análise da Câmara antes de ir à sanção presidencial em razão de mudanças feitas pelos senadores.

O governo defendia a aprovação do texto a tempo da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), que acontece em Baku (Azerbaijão) nesta semana e vai até o próximo dia 22.

A proposta estabelece um limite de emissões de gases de efeito estufa por meio de um sistema de compensação – com bonificação para empresas que reduzirem o lançamento de gás carbônico na atmosfera e punição para as mais poluidoras.

Os estados poderão ter seus próprios mercados de carbono e administrar todo o crédito gerado em seus territórios, incluindo áreas privadas. Estatais vão conseguir vender e comprar títulos.

Atividades primárias de agricultura e pecuária ficaram de fora da regulamentação. Apesar disso, o setor poderá vender créditos caso comprove que fez a captura de CO2, caso das plantações de eucalipto, por exemplo.

Tramitação lenta e disputa no Congresso

Somente no governo Lula, a proposta já se arrasta desde março do ano passado no Congresso.

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou o texto em outubro de 2023 e, a Câmara, dois meses depois, em dezembro.

Contudo, nesse processo, os deputados assumiram a autoria do projeto, o que dará à Câmara a palavra final sobre conteúdo da matéria.

Senadores questionaram o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o fato de os deputados assumirem o protagonismo do debate.

“A Câmara dos Deputados, lamentavelmente, fez como fez no projeto da SAF, no projeto da Lei Geral do Esporte e em outros projetos: desprezou o texto do Senado, pegou a redação e incorporou num projeto mais antigo, apresentou com quatro pontos novos”, reclamou o líder do PL, Carlos Portinho (RJ).

O que diz a proposta

A proposta cria dois tipos de mercado para negociação:

  • Mercado regulado

A principal característica do chamado “mercado regulado” é que a adesão a ele é obrigatória para as empresas que caírem nessa regra.

Pelo projeto, serão obrigadas a aderir ao sistema de créditos de carbono as firmas que emitirem mais de 10 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano. É o caso, por exemplo, das empresas de cimento e do setor petrolífero.

As companhias que ultrapassarem a marca precisarão compensar as emissões por meio da compra de “créditos”. Pelo texto, cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2).

Da mesma forma, as empresas que fecharem o ano abaixo desse teto poderão vender a diferença.

  • Mercado voluntário

O mercado voluntário, como o nome indica, é de adesão opcional. Empresas e indivíduos interessados no tema e que queiram neutralizar sua “pegada de carbono”, por exemplo, poderão usar esse sistema para comprar ou vender créditos.

Nesse caso, o valor do crédito de carbono varia de acordo com a oferta e a demanda e, também, com o tipo de projeto que está gerando aquele crédito.

Uma pessoa física que mantiver ou restaurar áreas protegidas pelo Código Florestal poderá vender títulos, por exemplo.

O projeto tem o aval da equipe econômica do governo porque é uma tentativa de adequar o mercado brasileiro a parâmetros internacionais, como os do Acordo de Paris, para atrair investimentos.

Os setores obrigados a respeitar os tetos de emissões de gases poluentes poderão implementar tecnologias para captar o gás carbônico, como já está sendo estudado na fabricação de etanol. Então, a própria empresa criará mecanismos para ter um saldo aceitável de emissões.

Punições e mais pontos

Veja mais detalhes da proposta:

  • As empresas que não cumprirem as regras terão de pagar multas equivalentes ao custo das “obrigações descumpridas” até o limite de 3% do faturamento bruto da companhia. O valor será de R$ 20 milhões para pessoas físicas e entidades;
  • Conforme a proposta, o empreendimento estará sujeito à perda de linhas de financiamento e benefícios fiscais, além da proibição de realizar contratos com a administração pública por até três anos;
  • A relatora, Leila Barros, retomou no texto uma punição que prevê o cancelamento do registro para venda de créditos de carbono para empresa que ultrapassar os níveis de poluição estipulados pelo novo regulamento;
  • O projeto diz que 75% do dinheiro arrecadado no sistema de mercado de carbono vão ser destinados ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, com objetivo de incentivar a “descarbonização das atividades”. No mínimo, 5% dos recursos irão para “compensação pela contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais para a conservação da vegetação nativa”. O restante, 15%, servirá para operar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Câmara aprova projeto de lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil: https://globoplay.globo.com/v/12216310

Informações: G1 / Imagem: divulgação.

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Bracell expande monitoramento ambiental com novo aplicativo de registro de fauna em tempo real

Plataforma utiliza geolocalização e inteligência artificial para monitorar a biodiversidade nas áreas de atuação da empresa

São Paulo, 14 de novembro de 2024 – A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, dá mais um passo significativo na conservação ambiental com o lançamento do aplicativo “Bicho à Vista”. Essa solução que integra geolocalização e inteligência artificial para o monitoramento da fauna em tempo real, permitindo que colaboradores e parceiros registrem avistamentos de animais silvestres instantaneamente. Assim, contribuem para uma base de dados robusta e colaborativa que apoia práticas de conservação e manejo sustentável.

O “Bicho à Vista” ainda se destaca por seus recursos avançados, facilitando o mapeamento de espécies, a detecção de padrões migratórios e o monitoramento do comportamento animal. “A tecnologia do aplicativo não se limita ao registro de avistamentos, mas sim representa um avanço no monitoramento da fauna nas áreas de atuação da Bracell. Com o lançamento, buscamos não apenas ampliar nossa base de dados, mas também envolver todos os que trabalham nas áreas de plantio no engajamento com a conservação da biodiversidade,” afirma Caio Ítalo de Oliveira Santos, analista de geoprocessamento da Bracell na Bahia e idealizador do projeto.

Além de registrar avistamentos com maior precisão, o aplicativo complementa os Programas de Monitoramento da Biodiversidade da companhia, que já utiliza tecnologias avançadas, como armadilhas fotográficas e gravadores autônomos, para realizar pesquisas detalhadas sobre a fauna e flora. “Os dados obtidos são destinados não apenas à gestão das Unidades de Conservação, mas também a pesquisas científicas que buscam compreender os padrões biogeográficos, a ecologia e o comportamento das espécies da Mata Atlântica,” explica Meryellen Baldim, gerente de Meio Ambiente da Bracell na Bahia.

O uso da tecnologia no monitoramento da biodiversidade permite que todos façam parte da preservação ambiental, além de fornecer informações em tempo real, o que torna o processo mais ágil.

Histórico já consolidado

Na Bahia, a companhia tem realizado um trabalho intenso no monitoramento da fauna em suas unidades de preservação. Nos últimos sete anos, a unidade registrou espécies ameaçadas e raras, como o gato-maracajá (Leopardus wiedii), considerado vulnerável, e a perereca-de-vidro (Vitrorana baliomma), endêmica da Mata Atlântica.

Este lançamento complementa o robusto histórico de iniciativas de monitoramento de fauna pela Bracell. Desde março de 2023, a empresa realiza monitoramento nas Unidades de Conservação do Parque Estadual Carlos Botelho e do Parque Estadual Nascentes do Paranapanema, em São Paulo, utilizando uma malha amostral diversificada. A Bracell já catalogou listas iniciais de espécies de aves, anfíbios e primatas, com mais de 10.000 detecções registradas. Além disso, no estado, o monitoramento sazonal de Biodiversidade ocorre há mais de 15 anos, e reúne um compilado de registros importantes para o tema.

Com as inovações digitais, o “Bicho à Vista” permitirá a coleta de dados em tempo real, não apenas por especialistas, mas também por todos que interagem com as áreas de plantio da empresa, integrando ciência e tecnologia de uma forma inovadora.

“Aqui no estado de SP, por exemplo, desde seu lançamento em setembro, já foram contabilizados mais de 70 novos registros no aplicativo. Entre eles, indivíduos endêmicos ou ameaçados de extinção, como é o caso do primata Muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides) e do Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), entre outros. Dados como os mencionados acima, expressam a favorabilidade à manutenção dessas espécies nas áreas da Bracell”, acrescenta Marina Freitas Norkus, Analista de Meio Ambiente em São Paulo.

O lançamento do aplicativo é mais um passo significativo da companhia rumo à conservação da biodiversidade e reforça as ações contínuas e inovadoras da Bracell em prol do meio ambiente. Essa tecnologia de monitoramento é parte de um esforço maior da Bracell em prol da sustentabilidade e conservação ambiental: a agenda Bracell 2030. Lançada em 2023, o plano reúne 14 compromissos e metas para os próximos sete anos, visando a proteção dos biomas e o uso responsável de suas áreas de atuação.

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com

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Eldorado Brasil realiza feirão de emprego nas cidades de Selvíria e Água Clara (MS)

Ao todo serão 90 oportunidades para as funções de operador, motorista, ajudante florestal, auxiliar de cozinha e mecânico

A Eldorado Brasil Celulose, uma das maiores empresas de celulose e referência no setor florestal, realiza, nas cidades de Selvíria e Água Clara, um feirão com vagas de emprego para as funções de operador, motorista, ajudante florestal, auxiliar de cozinha e mecânico. Em Selvíria, no Ginásio Municipal José Francisco de Carvalho, a seletiva será no dia 20 de novembro, quarta-feira, com 30 vagas disponíveis. Em Água Clara, no dia 23 de novembro, sábado, serão 60 vagas abertas no Ginásio de Esportes da cidade.  

Nas duas cidades o horário de atendimento será das 8h às 17h. Ao todo serão 90 oportunidades para homens e mulheres, pessoas com deficiência, os candidatos interessados em participar da seleção precisam comparecer ao local com os documentos pessoais, incluindo RG, CPF e carteira de trabalho. Nos dois locais serão oferecidos gratuitamente algodão doce, pipoca e pula-pula para as crianças.

Confira os pré-requisitos para cada vaga disponível:

Função: Operador (a) de Colheita Trainee

Requisitos:  Ensino Fundamental completo; CNH B; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho; disponibilidade em trabalhar em turno.

Função: Operador (a) de Colheita

Requisitos:  Ensino Fundamental completo; CNH B; experiência na função de operador; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho, disponibilidade em trabalhar em turno.

Função: Operador (a) de Grua Móvel

Requisitos: Ensino Fundamental Completo; CNH cat. C; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho; disponibilidade em trabalhar em turno.

Função: Operador (a) de Máquinas Especiais

Requisitos: 
Ensino Fundamental Completo; CNH cat. C; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho; disponibilidade em trabalhar em turno.

Função: Operador (a) de Trator

Requisitos:  CNH B; Ensino Fundamental Completo; experiência na função de operador trator; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho.

Função: Mecânico (a) Trainee

Requisitos:  Ensino Fundamental Completo; CNH B; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho; disponibilidade em trabalhar em turno.

Função: Mecânico (a)

Requisitos:  Ensino Fundamental completo; CNH D; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; experiência na função de mecânico máquinas de colheita florestal; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho; disponibilidade em trabalhar em turno.

Função: Motorista

Requisitos:  CNH D; Ensino Fundamental Completo e experiência na função de motorista; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade em ficar alojado nas frentes de trabalho.

Função: Ajudante Florestal

Principais atividades: Executar trabalhos na área florestal tais como: combate a formigas, plantio, irrigação, replantio, aplicação de herbicidas, adubação, roçada, capina e manejo de mudas.

Função: Auxiliar de Cozinha

Requisitos:  Ensino Fundamental Completo; residir na cidade da vaga ou disponibilidade de mudança; disponibilidade para trabalhar em turnos.

SERVIÇO:

FEIRÃO DE EMPREGO


Selvíria- MS
Dia: 20 de novembro
Local: Ginásio Municipal José Francisco de Carvalho
Endereço: Avenida João Selvirio de Souza, 1800
Horário: 8h às 17h

Água Clara – MS
Dia 23 de novembro
Local: Ginásio de Esportes de Água Clara
Endereço: Avenida Luiz Fiuza Lima – Jardim Nova Água Clara
Horário: 8h às 17h

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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1º do País, Colégio Florestal de Irati, no Paraná, alcança capacidade de 1 milhão de mudas por ano

A preocupação com o meio ambiente e o carinho pelo interior fizeram com que Bigail Albach, de 16 anos, escolhesse fazer o Ensino Médio junto com o curso técnico em Florestas, um combo que ela encontrou no Centro Estadual Florestal Presidente Costa e Silva, em Irati, na região Centro-Sul do Estado do Paraná.

A instituição, que atende 350 alunos, é o primeiro colégio florestal gratuito da América Latina e funciona em um terreno de 170 hectares. O viveiro da unidade funciona como sala de aula e tem capacidade para produzir um milhão de mudas por ano, processo acompanhado pelos alunos.

“No momento em que estamos vendo tanta destruição da natureza, perceber que estou ajudando, através do cultivo, do cuidado, inovando e renovando as áreas verdes, é uma sensação de orgulho”, celebra Bigail.

As mudas produzidas no local são distribuídas para entidades, escolas e projetos parceiros. Em setembro, 40 mil mudas de espécies nativas foram encaminhadas aos colégios agrícolas do Paraná, no lançamento do projeto AgroFlorestas, da Secretaria Estadual da Educação (Seed). Além disso, as mudas ficam disponíveis para recomposição de áreas degradadas ou como compensação de empresas em áreas de reflorestamento.

O contato dos alunos com o viveiro começa desde a primeira série do Ensino Médio. Para a aluna Kamily dos Anjos Camilo, de 16 anos, esse acompanhamento é importante para o aprendizado. “Como acompanhamos desde o cuidado com a semente até o cultivo e o desenvolvimento das mudas, conseguimos perceber que o esforço vai render mais para frente. Aqui, temos processos para acelerar o crescimento das mudas, inclusive para aumentar a produção e ajudar no reflorestamento”, conta.

As duas alunas, que estão hoje na segunda série, também são bolsistas selecionadas do Projeto de Iniciação Científica Júnior, desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). O projeto das duas, que analisa como diferentes tipos de podas podem melhorar o desenvolvimento de mudas de erva-mate e ipês-amarelos, foi inteiramente conduzido no viveiro do Colégio Florestal. “O estudo vai permitir que, por exemplo, prefeituras possam planejar o melhor tipo de poda para garantir o crescimento adequado das mudas”, detalha Kamily.

“É com grande orgulho que acompanhamos o trabalho desenvolvido pelos estudantes do Colégio Estadual Florestal em Irati. A escola tem se destacado tanto pelas iniciativas voltadas à sustentabilidade quanto pelas inovações desenvolvidas no ramo do agro, preparando nossos jovens para serem líderes conscientes e responsáveis num futuro próximo”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda.

DIDÁTICA – Segundo o diretor da Unidade Didático Produtiva do Centro Florestal, Igor Felipe Zampier, o colégio tem uma grade horária com 10 aulas diárias, em regime integral, divididas entre prática e teoria. “A teoria é em sala de aula, e, na parte prática, no viveiro, todas as atividades têm cunho pedagógico. Aqui eles acompanham e realizam desde a coleta de sementes, preparação, secagem, quebra de dormência para o plantio nas épocas e condições mais adequadas, até o preparo do solo e o acompanhamento do desenvolvimento pós-plantio”, explica.

A diretora do Colégio, Mariane Pierin Gemin, acredita que a metodologia tem impacto direto no futuro dos estudantes. “O conhecimento técnico de base científica está dentro de uma integração com o ensino médio. Todas as disciplinas da formação geral básica já têm um cunho direcionado para formar o aluno com uma visão de sustentabilidade, social, de empreendedorismo e que mostre a área florestal como uma possibilidade de projeto de vida”, reflete.

É o que pensa a aluna Bigail, que faz planos para os próximos anos. “O que tenho aprendido aqui, quero expandir. Pretendo fazer engenharia florestal, viajar para o exterior, fazer mestrado, doutorado, enfim, aprender e ajudar o meio ambiente”, elenca.

Dos 64 colégios pertencentes aos 64 municípios do Núcleo Regional de Educação de Irati, o Centro Florestal teve a segunda melhor pontuação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado em agosto. Segundo o levantamento, a escola registrou 6,3 pontos na avaliação.

MERCADO DO TRABALHO – Os resultados do Centro Florestal fazem com que a unidade seja constantemente acionada por grandes empresas que pedem indicação de técnicos formados no local. “Essas empresas têm aqui como referência em formação, hoje nós temos vagas no mercado para os alunos em vários lugares do Brasil, esperando os alunos que se formarão no final do ano”, explica Igor Zampier.

Em alguns casos, os alunos acabam voltando para o Colégio de uma maneira diferente. Elisson Girardi se formou na unidade, fez mestrado, doutorado e voltou para o Colégio como professor e hoje é coordenador. “O mercado florestal está aquecido e eu sou a prova de que a escola é importante na vida dos alunos. Emprego na área não está faltando e grandes empresas chegam até nós em busca de mão de obra”, comemora.

GANHANDO O MUNDO – Pela primeira vez, o Centro Estadual Florestal terá representantes no Ganhando o Mundo, projeto do Governo do Paraná que promove o intercâmbio estudantil para estudantes da rede pública em países do exterior. Gustavo Mateus e Ana Julia Woruby, ambos de 15 anos, foram selecionados na última edição do projeto. Ele terá como país de destino à Austrália. Já Ana, participará da primeira edição do Ganhando o Mundo Agrícola, com destino aos Estados Unidos.

“Nunca viajei de avião e o lugar mais longe que eu já fui foi Santa Catarina, para a casa do meu avô. A expectativa está alta, pois sei que é uma oportunidade para o meu desenvolvimento profissional e pessoal”, diz Mateus.

A jovem, que irá para um colégio agrícola no estado americano de Iowa, também se prepara para a primeira viagem de avião e diz que a “ficha” ainda está caindo. “Eu acho que no começo vou achar estranho, mas depois de quatro meses vai ser difícil voltar. Mas tudo que aprendo aqui vai ser importante para ver como é feito lá e também mostrar como fazemos aqui”, diz Ana.

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Prazo para as inscrições do Programa Formare da Suzano termina nesta sexta-feira em Três Lagoas (MS)

Com 20 vagas disponíveis para o curso de Operador(a) de Processo de Produção, inscrições devem ser feitas pela página: Página da Vaga | APRENDIZ FORMARE – TRÊS LAGOAS

Termina nesta sexta-feira, dia 15/11, o prazo para inscrições do Programa Formare da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, em Três Lagoas (MS). Desenvolvido pelo Programa Voluntariar, em parceria com a Fundação Iochpe, o programa é uma iniciativa apoiada pela Suzano com o objetivo de qualificar jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica para o mercado de trabalho.

Ao todo, são 20 vagas ofertadas para o curso gratuito de Operador(a) de Processo de Produção. Para participar do processo seletivo, interessados e interessadas precisam atender alguns pré-requisitos, dentre eles:  ter 18 ou 19 anos completos até 31 de dezembro de 2024; apresentar renda familiar de até um salário-mínimo por pessoa; ter Ensino Médio completo ou estar cursando o 2º ou 3º ano em escola pública; residir na região de Três Lagoas; ter disponibilidade para participação nas aulas teóricas e práticas em período integral diurno, durante o período de formação; não ser filho(a) de colaborador(a) e não ter sido Aprendiz na Suzano anteriormente.

As inscrições para o processo seletivo seguem abertas até o dia 15/11 e devem ser feitas pela Plataforma de Oportunidades da Suzano, por meio da página Página da Vaga | APRENDIZ FORMARE – TRÊS LAGOAS (gupy.io). Para se inscrever, o(a) candidato(a) deverá acessar o link e clicar em “Candidatar-se”. Em seguida, é preciso fazer login no site com o e-mail e senha cadastrados, ou realizar o pré-cadastro caso não o tenha, e preencher a inscrição para a vaga. Após a inscrição, todos(as) os(as) inscritos(as) receberão um link para realizar a prova de conhecimentos básicos em português e matemática.

Programa Formare

A primeira turma do Programa Formare em Três Lagoas foi iniciada em 2021. Desde então, foram 37 jovens qualificados pelo programa, além de uma turma ainda em formação, com mais 19 alunos(as). Do total de jovens que concluíram o curso, 11 foram inseridos(as) no mercado de trabalho, sendo cinco deles na própria Suzano. A formatura da terceira turma está prevista para fevereiro de 2025, mesmo mês em que deve iniciar o curso da quarta turma com mais 20 estudantes.

Dentre os benefícios oferecidos pelo programa, estão a capacitação profissional gratuita com carga horária média de 1.200 horas, considerando aulas teóricas e práticas; uniforme e material escolar; alimentação no local; transporte e seguro de vida. As aulas são ministradas por colaboradores(as) voluntários(as) da companhia, capacitados (as) pela Fundação Iochpe.

Desde 2005, o Formare já capacitou mais de 880 jovens nas regiões de Suzano (SP), Imperatriz (MA), Mucuri (BA), Aracruz (ES), Três Lagoas (MS). Em 2024, a iniciativa foi ampliada para unidade de Belém (PA), tornando a Suzano a empresa com maior número de escolas Formare no Brasil. A unidade da Suzano em Imperatriz (MA) também está com inscrições abertas para o processo seletivo.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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O que o setor florestal pode esperar da COP 29?

*Artigo de Marcelo Schmid

Em alguns dias terá início a 29ª Conferência das Partes (COP) que neste ano ocorre em Baku, Azerbaijão. A reunião é o principal fórum global para negociações sobre as mudanças climáticas, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), tratado internacional criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, com o objetivo de “estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça uma interferência humana perigosa no sistema climático”.

As expectativas para essa reunião são altas, pois uma série de importantes temas foram tratados ao longo do ano nas reuniões preparatórias da COP-29, de modo que, ao contrário de outras COPs cujo resultado foi pífio, desta vez importantes definições são esperadas.

O Brasil deverá exercer papel protagonista no evento, tendo em vista que será o país anfitrião da próxima COP, em 2025, a ser realizada em Belém, Pará, no coração da região amazônica brasileira, fato que por si já coloca as florestas do país em evidência, embora sabe-se que a contribuição das florestas brasileiras para o clima do Planeta é notória.

O Brasil possui um gigantesco estoque de carbono armazenado nas florestas naturais, que segundo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) é de 80 bilhões de toneladas. Além disso, o país possui dez milhões de hectares de árvores em crescimento, as quais, segundo a Indústria Brasileira de Árvore (IBÁ), absorvem cerca de dois bilhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera. Por fim, o país possui dezenas de milhões de hectares de áreas degradadas que podem ser restauradas com a intervenção humana.

Mas o setor florestal brasileiro pode esperar da COP-29?

Entre vários temas importantes, um dos principais focos de discussões deste ano são as novas contribuições nacionalmente determinadas (NDC, compromissos de ações de combate à mudança do clima) a serem apresentadas pelos países signatários da UNFCCC, as quais serão adotadas a partir de 2025.

A atual NDC brasileira, entre outros pontos, assume o compromisso de alcançar a “neutralidade climática” até o ano de 2050 e um ponto muito importante para as florestas brasileiras: o “compromisso político em direção ao fim do desmatamento até 2030”.

A expectativa para a COP-29 é de que o Brasil seja um dos primeiros países a apresentar o novo compromisso, criando assim “a régua” para as ambições climáticas de outras nações. Diante de seu protagonismo, o país não poderá “recuar” em seus compromissos e deverá apresentar uma NDC ainda mais arrojada.

Espera-se também que a nossa nova NDC seja mais precisa em relação ao desmatamento, no sentido de assumir um compromisso mais objetivo do que “compromisso político em direção ao fim do desmatamento”. Além disso, é de grande importância deixar claro que o desmatamento tratado pela NDC é o desmatamento ilegal e não se confunde com a supressão vegetal autorizada por lei, necessária ao desenvolvimento de diversos setores da economia.

Uma outra pauta muito importante é a tão esperada definição completa do Artigo 6 do Acordo de Paris, que cria um novo mercado de créditos de carbono, o qual pode ocorrer de formas distintas.

A primeira, na forma do Artigo 6.2, que permite que os países cooperem entre si na implementação de suas metas nacionais, possibilitando a comercialização de reduções ou remoções de emissões,conhecidas como Transferências Internacionais de Resultados de Mitigação (ITMOs), por meio de acordos bilaterais ou multilaterais, criando um mercado de créditos de carbono de “alta qualidade”.

A segunda é o artigo 6.4. que propõe um mercado de carbono internacional monitorado por um órgão de supervisão, com regras, modalidades e procedimentos. Aqui reside outro ponto de atenção e expectativa para o setor florestal e as florestas no Brasil, pois espera-se que haja a transição de projetos do antigo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL, estabelecido pelo Protocolo de Quioto) para o Artigo 6.4, com destaque à possibilidade de inclusão de atividades de reflorestamento, tal qual permitia o MDL.

Nesse sentido é de grande importância fazermos aqui um pequeno parêntesis e viajar rapidamente de Baku de volta ao Brasil: está na pauta do senado brasileiro a votação (em caráter de urgência) do projeto que cria regras para o mercado de carbono no Brasil. A proposta era o primeiro item da pauta da sessão da terça-feira passada (05/11), mas foi adiada para a próxima terça (12/11).

Mas qual é a relação entre o que irá acontecer em Baku em alguns dias e a pauta de nosso Senado?

Para que o mercado de carbono brasileiro tenha sucesso, é fundamental que suas regras sejam compatíveis às regras do Artigo 6 do Acordo de Paris, para atrair maior volume de investimentos. E aqui está um ponto de grande expectativa para o setor de base florestal, pois o Brasil não pode abrir mão da oportunidade de usar o mercado de carbono para fomentar a restauração de áreas degradadas e o alcance de sua ousada meta de neutralidade climática.

Espera-se assim que os projetos de reflorestamento tenham seu espaço garantido dentro do mercado regulado brasileiro e que haja tal conexão com o mercado do Acordo de Paris, para alcançar uma demanda (muito) maior por créditos.

Antes que me perguntem: e o plantio de florestas comerciais, poderá gerar créditos neste novo mercado? Pois bem, atualmente as regras do mercado voluntário apresentam restrições para determinadas atividades de projetos florestais, porém, não há uma proibição geral à utilização de espécies comerciais e diversos projetos desenvolvidos no Brasil dentro da modalidade chamada de ARR (Afforestation, Reforestation and Restoration) consideram o plantio de, por exemplo, eucalipto, como alternativa.

Espera-se que o novo mercado regulado nacional absorva essa mesma análise e que esse conceito seja também aceito no mercado regulado internacional, do Acordo de Paris, desde que naturalmente sejam obedecidos critérios de integridade ambiental para gerar créditos de alta confiabilidade e qualidade. Infelizmente, o Grupo Index tem avaliado projetos de carbono florestal em desenvolvimento no Brasil que não são capazes de comprovar o atendimento a tais critérios.

O setor florestal brasileiro espera há décadas na fila pela oportunidade de entrar no mercado de carbono e isso não irá mudar com a próxima COP. Embora a contribuição do setor para o clima do Planeta seja notória, é necessário lembrar que a humanidade está diante do maior problema ambiental de sua história, problema esse de altíssima complexidade, pois é permeado por uma densa rede de questões econômicas e sociais e pelo interesse de centenas de países.

Não há dúvida que as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) são um mecanismo fundamental para estabilizar o clima do Planeta e que o Brasil é será o principal fornecedor desta qualidade ambiental para o Mundo, mas não se resolvem problemas complexos, com soluções simples, temos que ter um pouco mais de paciência, a nossa hora chegará em breve.


*Marcelo Schmid é sócio-diretor do Grupo Index (https://indexgrupo.com.br/).

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Terminal Portuário da Klabin embarca mais de 1.100 mil toneladas de celulose

Instalado no Porto de Paranaguá (PR), o PAR-01 ocupa uma área de 27.530 m² e possui conexão ferroviária direta com a Unidade Ortigueira (PR)

Prestes a completar dois anos de operação, o Terminal Portuário da Klabin, o PAR-01, localizado no porto de Paranaguá (PR), embarcou 1.109 mil toneladas de celulose, produzida na fábrica de Ortigueira, no Paraná.

O terminal, que foi inaugurado em dezembro de 2022, contou com um investimento de R$ 120 milhões. Com a operação, o descarregamento de celulose de fibra curta e longa, celulose fluff e papel, das Unidades Ortigueira (PR) e Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), pode ser realizado dentro do Porto de Paranaguá.

No local, a instalação de placas solares, com capacidade de geração de cerca de 270 megawatts-hora por ano, resultou em redução de 3,6 toneladas de CO2, enquanto a mudança para o modal ferroviário possibilitou redução de 85% nas emissões.

O Terminal Portuário da Klabin ocupa uma área de 27.530 m² do porto de Paranaguá (PR) e possui conexão ferroviária direta com a Unidade Ortigueira. Segundo a companhia, “a localização estratégica leva à redução no tráfego de caminhões no transporte de carga até os navios, antes operados em um armazém localizado a uma distância de 5 km do costado.”

Com a operação, a Klabin consolida a sua estratégia logística no Estado do Paraná, trazendo ainda mais competitividade, flexibilidade e sustentabilidade para as suas operações, além de estar preparada para futuras expansões. Em 2021, a Companhia investiu R$ 300 milhões no Terminal de Contêineres de Ortigueira, operado em parceria com a Brado Logística e o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). O projeto tem capacidade para armazenar 2 mil contêineres e dobrou a capacidade de escoamento de contêineres da Companhia no Paraná.

Informações: JB Litoral.

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Diretoria da empresa que vai construir fábrica de celulose em Inocência (MS) alinha ações na Semadesc

A diretoria da Valmet, empresa que será responsável pela solução tecnológica da fábrica do Projeto Sucuriu da Arauco Celulose em Inocência, esteve reunida hoje (11) com a equipe da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo foi dar continuidade às tratativas para a instalação da indústria, que será montada pela Valmet, que começou ainda no Congresso Internacional de Papel e Celulose da ABTCP em outubro. O projeto terá mais de R$ 25 bilhões de investimentos e a produção de 3,5 milhões de toneladas. A previsão é que a fábrica seja construída em 34 meses.

Participaram do encontro o titular da Semadesc Jaime, Verruck, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável Rogério Beretta, o secretário-executivo de Qualificação Profissional Esaú Aguiar, o superintendente de Administração Tributária da Secretaria de Fazenda, Brunos Bastos, o assessor de logística Lúcio Lagemann, e a coordenadora de Gestão de Meio Ambiente, Ana Trevelin.

Presidente e diretores da Valmet foram recebidos pelo secretário da Semadesc Jaime Verruck e o secretário-executivo de Desenvolvimento Rogério Beretta

Pela Valmet, estiveram presentes o presidente Celso Tacla, o diretor de projetos Francisco Gervasoni, e o diretor administrativo Lucio Pandolfi.
Durante o encontro foram debatidos temas de questão tributária como incentivos fiscais, desoneração de impostos, benefícios para investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e práticas que possam ser implementadas no projeto.

A diretoria da Valmet pediu apoio na prospecção e desenvolvimento de fornecedores locais; agilidade junto a órgãos públicos para liberação de licenças, alvarás e demais necessidades documentais que se façam necessárias ao projeto.

Na questão de recursos humanos, a empresa solicitou suporte e planejamento para programas de capacitação de mão-de-obra, estabelecimentos de parcerias com universidades, escolas técnicas entre outras. A necessidade de apoio logístico e infraestrutura também foi abordada durante a reunião.

Equipe da Semadesc visitou estande da Valmet em outubro durante a feira da ABTCP em outubro

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Expedição de papelão ondulado totaliza 355.634 toneladas em setembro de 2024 – segundo maior volume entre os meses de setembro

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) subiu 2,7% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 158,4 pontos (2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou de 355.634 toneladas no mês. Na série iniciada em 2005, este é o segundo maior volume expedido para os meses de setembro, ficando atrás apenas do atípico ano de 2020 (360.465 toneladas)

Por dia útil, o volume de expedição foi de 14.818 toneladas, uma alta de 6,9% na comparação interanual, em que setembro de 2024 registrou um dia útil a menos do que em 2023 (24 x 25 dias úteis).

Expedição de Papelão Ondulado (dados originais em toneladas e variação interanual)

Considerando-se dados trimestrais, o volume de expedição de papelão ondulado no terceiro
trimestre de 2024 foi 4,3% superior ao do mesmo trimestre de 2023.

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de setembro registrou alta modesta de
0,2% no IBPO, para 157,6 pontos, equivalentes a 353.134 toneladas. Na mesma métrica, a expedição
por dia útil foi de 14.714, um aumento de 12,7% na comparação com o mês anterior.

Expedição de Papelão Ondulado
(dados dessazonalizados em toneladas e em médias móveis trimestrais)

Com o fim do terceiro trimestre, o volume de expedição de papelão ondulado foi 0,7% superior ao
trimestre imediatamente anterior, nos dados sazonalmente ajustados.

Informações: EMPAPEL.

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