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Suzano desenvolve iniciativa pioneira para potencializar a produtividade florestal

Projeto Tetrys oferece tecnologia de ponta para o setor com plantios mais adaptados às mudanças climáticas

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, implementou um modelo inédito em suas atividades florestais que visa ampliar a assertividade da etapa de plantio a partir de uma melhor combinação entre o clone de eucalipto a ser plantado e as diferentes áreas da empresa.

O projeto, denominado de Tetrys, é uma evolução em analytics, big data e inteligência artificial, que permite fazer a avaliação de inúmeros cenários para estabelecer a melhor alocação clonal diante de variáveis como temperatura, pluviosidade, tipo e textura do solo e altitude. Além de aumentar a segurança dos plantios e elevar em 2% o ganho de produtividade florestal a partir de uma combinação mais assertiva, a ferramenta reduz o risco em relação a eventuais problemas ambientais, incluindo a incidência de pragas e doenças.

O desenvolvimento do Tetrys, que envolveu mais de 80 colaboradores e colaboradoras da companhia, resultou em um aumento de 15 vezes da capacidade de gerar cenários de alocação de clones, quando comparado ao procedimento anterior à implantação da ferramenta. Desde o início do projeto, mais de 270 milhões de árvores já foram alocadas para plantio, o que corresponde a uma área de 205 mil hectares.

Para identificar a melhor combinação entre clone e ambiente, basta inserir no software dados como temperatura, pluviosidade, altitude e tipo de solo de cada local.

O algoritmo irá determinar qual clone produzirá maior quantidade de celulose por hectare/ano. Em 2021, o modelo já foi aplicado em 100% dos plantios da Suzano, contribuindo para reduzir ainda mais o raio médio das florestas que abastecem as fábricas da empresa.

“Temos convicção de que tecnologias avançadas contribuirão cada vez mais para alavancar as nossas vantagens competitivas no curto, médio e longo prazos”, afirma Fernando Bertolucci, diretor executivo de Tecnologia e Inovação da Suzano. “Estamos falando de ganhos de produtividade, ambientais e econômicos, ao mesmo tempo em que conseguimos atender à crescente demanda da sociedade por produtos de origem renovável. Ou seja, é uma conexão direta com os princípios ESG”, completa.

Atualmente, a Suzano possui cerca de 15 mil clones em seu banco de germoplasma, o que é um importante diferencial competitivo. A escolha do clone certo para cada local não é uma tarefa fácil, por isso a companhia tem apostado cada vez mais no uso intensivo de tecnologias de ponta, como ferramentas digitais, estudos de modelagem climática e de biotecnologia florestal, que permitem manter a produtividade florestal de maneira sustentável.

Fonte: Suzano

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Indústria e governo de SC fazem acordo para incentivar plantio de florestas

O crescimento da indústria da madeira em Santa Catarina ao mesmo tempo em que ocorre uma limitada expansão das áreas de cultivo de pinus e eucaliptos motivou a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) e a Secretaria de Estado da Agricultura assinaram acordo para incentivar os agricultores a cultivar florestas. A intenção é oferecer um incentivo para o produtor cultivar florestas, oferecer apoio técnico e mapear oportunidades de mercado para a venda.

O acordo para a criação do Programa de Desenvolvimento Florestal foi assinado sexta-feira, na Fiesc, pelo presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar e o secretário de Estado da Agricultura, Altair Silva. O governo catarinense, por meio da secretaria de Agricultura, terá uma linha de fomento voltado ao reflorestamento. Aguiar defendeu também a aprovação de uma lei estadual para apoiar essa atividade aos agricultores.O setor florestal gera renda bilionária para Santa Catarina. Somente a venda de madeira de florestas plantadas e a extração vegetal de recursos naturais resultou em receita de R$ 1,8 bilhão em 2020, 12% mais que no ano anterior, segundo o IBGE.

Além disso, tem as indústrias de madeiras, papel, celulose e móveis, que agregam ainda mais valor.Segundo o presidente da Fiesc, o Estado tem dependência forte do setor madeireiro, mas faltava uma política de incentivo na área florestal. O secretário Altair Silva afirmou que a cadeia florestal é relevante para a economia de SC porque gera mais de 90 mil empregos diretos e responde por 18,6% das exportações do agronegócio catarinense.- Santa Catarina é o maior exportador de madeira serrada.

À medida que os grãos foram adquirindo mais valor, as áreas destinadas ao plantio da silvicultura acabaram sendo direcionadas para outras culturas. Isso coloca em risco a nossa cadeia produtiva – afirmou Altair Silva.O novo programa prevê incentivo à produção de florestas em pequenas e médias propriedades e, também a integração de lavoura, pecuária e florestas, técnica que tem sido incentivada pela Embrapa no Brasil.Para o presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Florestal da Fiesc, Odelir Battistella, esse novo programa, com assistência técnica e planejamento, vai permitir melhorar a renda das propriedades rurais e a oferta de madeira no Estado. Segundo ele, hoje falta madeira para as serrarias independentes porque o setor, pela falta de incentivos, ficou limitado ao plantio integrado, ligado a grandes e médias empresas.- Em Santa Catarina, temos 350 mil propriedades rurais.

E a conta é assim: Se cada uma plantar um hectare, dá 350 mil hectares. E o Estado tem ao redor de 800 mil a 1 milhão de hectares plantados. Então  praticamente você aumenta 40% a 50% a produção – estima o empresário.Ele destaca que a produção de madeira em pequenas propriedades é sucesso em países como a Finlândia e a Suécia porque garante renda extra aos proprietários. Em Santa Catarina, para a produção comercial, as plantas mais usadas são as exóticas pinus elliottii, pinus taeda e eucaliptos. Mas Battistella vê também oportunidade para SC plantar o pinheiro araucária como alternativa de renda.

Isso porque as técnicas novas permitem colher pinhão a partir do oitavo ano e, sendo uma floresta plantada, também pode ser possível a venda da madeira, embora isso exija um novo entendimento em torno de leis porque, atualmente, é proibido cortar araucárias. Esse é o motivo pelo qual essa árvore não registra crescimento de área plantada. 

Fonte: VH3

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CMPC e Neltume discutem com governo gaúcho instalação de terminal de celulose em Rio Grande

Recentemente, em conjunto com a Neltume Ports (controladora da Ultramar), a CMPC anunciou a formação de uma joint venture para operar um terminal exclusivo de celulose no porto do Rio Grande. Para a implantação da estrutura, estão sendo estudadas áreas em São José do Norte, no próprio cais público rio-grandino ou no espaço onde funcionou o estaleiro QGI. Dando continuidade aos seus planos, as empresas chilenas apresentaram nesta terça-feira (22) a sua intenção de investimento ao govenador Eduardo Leite, no Palácio Piratini.

Conforme o superintendente da Portos RS, Fernando Estima, que participou do encontro, o aporte previsto no complexo é algo entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões. A estrutural terá uma capacidade para trabalhar com até 4 milhões de toneladas ao ano de celulose. Ele acrescenta que, se tudo transcorrer dentro das expectativas, será possível começar as obras no início do segundo semestre de 2023. A perspectiva é que a conclusão de um empreendimento como esse leve de 18 a 24 meses.

Estima reforça que a ideia de ter um terminal próprio em Rio Grande servirá para ancorar o crescimento da produção de celulose da CMPC no Rio Grande do Sul. “Na minha opinião, mais importante do que ter um novo terminal é preparar o ambiente para processar mais florestas, ter mais capacidade industrial e poder crescer”, ressalta o superintendente da Portos RS.O Grupo CMPC vem consolidando, com a fábrica em Guaíba, áreas de plantio e de industrialização de celulose no sul do Estado. Em 2019, no início da gestão Leite, uma comitiva governamental esteve no Chile com o objetivo de conhecer as atividades desenvolvidas pela CMPC e com isso apoiar a concretização de novos investimentos no Rio Grande do Sul.

“Nossos portos encerraram 2021 com um recorde de movimentação de cargas e sabemos que parte desse sucesso tem a ver com a CMPC. Então, temos todo interesse em ouvir e estudar a melhor forma de garantir esse investimento”, afirma o governador Leite. Atualmente, a logística da celulose é responsável pela maior parte do tráfego de embarcações pela lagoa dos Patos (o produto representa cerca de 40% da movimentação da hidrovia). De Guaíba, as barcaças seguem até Rio Grande, onde descarregam o produto beneficiado. Essas mesmas embarcações também transportam, a partir do porto de Pelotas, as toras de madeira que são utilizadas na fabricação da celulose.

Em 2021, a CMPC transportou 1,75 milhão de tonelada de celulose e 1,26 milhão de metros cúbicos de madeira pela Lagoa dos Patos.Em agosto do ano passado, a CMPC anunciou o projeto BioCMPC com investimentos de R$ 2,7 bilhões que serão utilizados na modernização da unidade da empresa na região Metropolitana. A iniciativa prevê melhorias na unidade industrial da CMPC, em Guaíba, até o final de 2023. Após concluídas as obras, a produção terá aumento de capacidade de cerca de 350 mil toneladas por ano, exigindo maior potencial logístico e de armazenamento no porto do Rio Grande. “Com o BioCMPC, teremos um avanço significativo da performance, tendo como base a melhoria no monitoramento e controle de pontos sensíveis da operação industrial”, diz o CEO das Empresas CMPC, Francisco Ruiz-Tagle.

Fonte: Jornal do Comércio

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Brasil poderá ter plataformas de créditos de carbono

De olho no potencial do País para ativos verdes, prefeitura e estado do Rio de Janeiro buscam viabilizar iniciativas na área

A necessidade de descarbonização da economia vem atraindo atenção para o mercado voluntário de carbono, no qual as empresas compram, por vontade própria, créditos de CO2 para neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, esse mercado ainda funciona de maneira informal, mas iniciativas gestadas no Rio de Janeiro podem mudar esse cenário.  

Os projetos estão sendo desenvolvidos tanto no âmbito da prefeitura quanto do Estado. Por parte da prefeitura, o objetivo é a criação do Brazil Carbon Marketplace (BCM), voltado à negociação de créditos de carbono. Uma das parceiras do projeto, a bolsa digital AirCarbon Exchange (ACX) anunciou, em novembro, durante a COP26, que planeja lançar um ambiente de negociação para créditos de carbono no mercado voluntário no Brasil até a realização da Rio +30. A conferência sobre desenvolvimento sustentável será realizada em junho na cidade e marcará os 30 anos da Rio-92. Além da ACX e da prefeitura, a iniciativa conta com a participação da plataforma de descarbonização BlockC.

No âmbito do Estado, estuda-se a possibilidade de criação de uma plataforma de negociação de ativos relacionados ao meio ambiente. Para tanto, o governo do estado assinou um protocolo de intenções com a Nasdaq Market Technology e a Global Environment Asset Platform (GEAP) para que avaliem essa oportunidade. Por ora, no entanto, ainda não há nada concreto a respeito da instalação da bolsa.

Advogada associada do Freitas Ferraz Capuruço Braichi Riccio Advogados, Ana Carolina Barbosa enxerga as iniciativas com bons olhos. “A existência de uma bolsa específica para negociação de créditos de carbono pode impulsionar o mercado voluntário e consequentemente alavancar os projetos voltados para remoção e sequestro de carbono, além de trazer mais segurança e transparência para os créditos de carbono que serão comercializados”, afirma.

Na entrevista a seguir, Barbosa aborda o potencial do mercado voluntário de carbono no Brasil e explica por que a criação de um ambiente de negociação para esses créditos é importante. 


Qual é a importância de o Brasil ter uma bolsa voltada à negociação de créditos de carbono?

Ana Carolina Barbosa: A existência de mercados regulados ou voluntários de créditos de carbono vem da urgência de descarbonização da economia global. Precificar e controlar emissões se tornou uma forma eficiente e necessária para a transição para um modelo de baixo carbono.

No Brasil, a única inciativa atual de precificação de carbono é a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que usa um sistema no qual empresas produtoras de biocombustíveis certificadas emitem Créditos de Descarbonização (CBios), que são comercializados por instituições financeiras, e que devem ser adquiridos pelos distribuidores de combustíveis em volumes estabelecidos em metas anuais. Os CBios são negociados na B3, e a sua emissão é controlada pela Plataforma CBio, seguindo as regras estabelecidas na legislação. Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 528/21, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil.

Todavia, a criação de um mercado regulado não afastará as empresas dos mercados voluntários. Neles, as companhias que desejam compensar suas emissões ou investir em projetos sustentáveis recorrem a plataformas de aquisição de créditos de carbono decorrentes de projetos certificados para compensação da sua pegada de carbono.

A existência de uma bolsa específica para negociação de créditos de carbono pode impulsionar o mercado voluntário e, consequentemente, alavancar os projetos voltados para remoção e sequestro de carbono, além de trazer mais segurança e transparência para os créditos de carbono que serão comercializados.

Com a regulamentação do artigo 6ª do Acordo de Paris, que aconteceu em Glasgow, várias inseguranças foram sanadas, inclusive em relação ao mecanismo de ajustes correspondentes, que impedirá a dupla contagem dos créditos de carbono. Isso permitirá que os mercados de carbono voluntários se desenvolvam de forma mais livre e com mais credibilidade.


No Brasil, qual é o potencial do mercado voluntário de carbono e de outros ativos, como os títulos verdes e de sustentabilidade?

Ana Carolina Barbosa: De acordo com estimativas apresentadas durante a COP 26 em Glasgow, espera-se que o mercado voluntário global atinja um volume de 30 a 50 bilhões de dólares por ano a partir de 2030. O Brasil tem o potencial de responder por, pelo menos, 20% desse mercado, uma vez que o País possui enorme potencial para o desenvolvimento de projetos de agropecuária sustentável e de remoção e sequestro de carbono. 

Os títulos verdes e de sustentabilidade são títulos de dívida utilizados para captar recursos para financiar ou refinanciar projetos verdes ou sustentáveis, ativos novos ou existentes.

Os setores da economia com maior potencial para emissão de títulos verdes no Brasil, de acordo com dados da Sitawi são: (i) agronegócio, principalmente em razão do Programa ABC e das metas de restauração de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e direcionamento de 5 milhões de hectares para o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; (ii) produtos florestais, diante da necessidade urgente de reflorestamento e redução do desmatamento; e (iii) energia renovável, com um crescimento dos investimentos em ativos do setor e metas de aumento de 10% do setor elétrico até 2030 e aumento das matrizes eólica, biomassa e solar na matriz elétrica de pelo menos 23% até 2030.

No Brasil, mais de 6 bilhões de dólares de debêntures verdes foram emitidos desde 2016, o que coloca o País no segundo lugar na América Latina em emissões verdes.


A especialização é importante nesse caso ou créditos de carbono poderiam ser negociados na B3, por exemplo?

Ana Carolina Barbosa: Os créditos de carbono poderiam ser negociados na B3, mas a criação de uma bolsa específica para negociação dos créditos de carbono pode dar outra visibilidade e relevância para esses ativos e consequentemente para os projetos envolvidos.


Há espaço para mais de uma bolsa voltada à negociação de “ativos verdes” no País?

Ana Carolina Barbosa: Entendo que sim, na medida em que os mercados sejam impulsionados. Vale ressaltar que a Organização das Nações Unidas (ONU) também desenvolveu a Iniciativa das Bolsas de Valores Sustentáveis (SSE), da qual a B3 é signatária. A SSE tem como objetivo facilitar a troca de informações entre investidores, empresas e órgãos reguladores para promover investimentos sustentáveis e avaliar os critérios ESG nas empresas listadas. Portanto, as bolsas de valores são atores importantes no caminho da descarbonização da economia.

Fonte: Legislação & Mercado

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ONU: Manejo sustentável das florestas e o uso de seus recursos são essenciais para combater as mudanças climáticas

Organização das Nações Unidas escolheu o tema “Florestas e produção e consumo sustentáveis” para marcar o Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o manejo sustentável das florestas e o uso de seus recursos são essenciais para combater as mudanças climáticas e contribuir para o bem-estar dos povos. A ONU escolheu o tema deste ano “Florestas e produção e consumo sustentáveis” para marcar o Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março.

Segundo a ONU, o mundo perde 10 milhões de hectares de floresta todos os anos; uma área do tamanho da Islândia. Com isso, de 12% a 20% de emissões globais de CO² deixam de ser absorvidas pelas florestas e são lançadas na atmosfera.

O advogado e presidente da Associação Brasileira de Direito de Energia e Meio Ambiente (ABDEM), Alexandre Sion, esclarece que o modelo de concessão florestal pode contribuir para preservar a vegetação nativa.

“Na concessão, a área é explorada em esquema de rodízio, com técnicas de manejo florestal que permite, em tese, uma produção contínua e sustentável. A ideia é que a concessão florestal promova a proteção florestas também sob viés econômico. Na medida em que há a geração de empregos diretos indiretos, parte dos recursos são direcionados à sociedade e ao poder público.”

Segundo Alexandre Sion, um dos principais objetivos da concessão é evitar a prática que grilagem e exploração ilegal das florestas, que é comum no Brasil.

“A ideia da concessão é reduzir esse mercado para quem extrai de maneira ilegal, na medida, inclusive, que o processo depende de certificação; a madeira produzida no Brasil é rastreada. Então é uma forma de reduzir aquilo que hoje é um grande problema brasileiro.”

No entanto, ele ressalta que, “como em qualquer concessão pública, ela deve ser precedida de avaliação técnica cuidadosa. As obrigações do concessionário devem estar claras. E é o papel do poder concedente a fiscalização para que as obrigações sejam cumpridas e os desvios punidos”.

Desburocratização

Em tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 5518/20 pretende flexibilizar o modelo de licitação e os contratos de concessão florestal, para reduzir a burocracia e atrair investimentos. 

O autor da proposta, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), afirma que é fundamental a revisão da legislação, especialmente devido à importância estratégica das concessões para o crescimento do setor florestal na Amazônia.

“As mudanças propostas incluem a possibilidade de concessões para conservação e para restauração, modalidades existentes em outros países com grande sucesso no combate ao desmatamento e valorização da floresta. Grande parte dos gargalos existentes se dão porque o Serviço Florestal Brasileiro, responsável pela gestão dos contratos de concessão florestal, possui poder decisório limitado, o que gera burocracia na cadeia produtiva.”

“Do ponto de vista da atratividade econômica, a proposta inclui novos serviços florestais, como a ampliação da permissão de comercialização de créditos de carbono a todas as concessões e a permissão de comercializar outros serviços ambientais”, acrescenta.

Segundo a deputada Carla Zambelli (União-SP), “em um ambiente, onde cada vez mais se ampliam as negociações do Crédito de Carbono, esse tipo de medida amplia a geração de riquezas e desenvolvimento.”

Atualmente, o PL aguarda o parecer do relator na Comissão de Finanças e Tributação.

Concessões florestais

Em nova rodada de licitações, o país deve passar pelo menos mais dez parques e florestas estatais para a iniciativa privada, segundo estimativas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Ao todo, 8,4 milhões de hectares de unidades de conservação poderão ser concedidos para o setor privado. 

A concessão do Parque Nacional Foz do Iguaçu, que tem como principal atração as Cataratas, foi marcada para o dia 22 de março. Anteriormente, o espaço era administrado pelo Grupo Cataratas, mas o contrato já venceu. A nova concessão vai ampliar o espaço concedido, além de trazer novas exigências, como investimento de 6% de receita em projetos socioambientais. O vencedor da licitação terá que investir R$ 504 milhões e aplicar outros R$ 3,6 bilhões na operação do parque durante a concessão.

O especialista em meio ambiente Charles Dayler esclarece que a concessão florestal não vai privatizar o parque.

“A posse vai continuar sendo pública. Se a gente estiver falando de uma área federal, [a posse é] do Governo Federal; uma área estadual, governo estadual. A exploração, sim, vai passar a ser executada por um ente privado, dentro do que estiver previsto no contrato.”

Cinco perguntas para entender concessão florestal

Brasil possui sete florestas com contratos de concessão florestal

Concessão florestal é uma das soluções para combater o desmatamento ilegal no país

Também estão previstas outras concessões para o segundo e terceiro trimestres de 2022, como três parques no Rio Grande do Sul (Caracol, Tainhas e Turno) e o Jardim Botânico; o parque Dois Irmãos em Pernambuco; o Zoológico de Salvador, parque Sete Passagens e Conduro na Bahia; e Ibitipoca e Itacolomi em Minas Gerais. 

Além disso, em fevereiro, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) abriu uma consulta pública, com apoio do BNDES, referente ao edital de concessão de três Florestas Nacionais na Região Sul no país: Irati, Três Barras e Chapecó. Todo cidadão pode contribuir com sua opinião, até o dia 27 de março, por meio do site

O objetivo é auxiliar a administração pública no processo de tomada de decisão e colher informações sobre expectativas e sugestões da população quanto às concessões florestais. A licitação está prevista para acontecer no terceiro trimestre de 2022.

Fonte: Brasil 61

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Prêmio incentiva produção de estudos de economia e mercado florestal

As inscrições para o Prêmio SFB de Monografias estarão abertas até o dia 30 de junho

econhecer trabalhos realizados no campo de estudos florestais e receber contribuições e propostas aplicáveis às políticas públicas voltadas ao setor. Esses são os principais objetivos do VII Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal, que está com as inscrições abertas até o dia 30 de junho de 2022.

A iniciativa, também conhecida como Prêmio SFB de Monografias, premiará trabalhos elaborados de forma individual ou em grupo, nas categorias Profissional ou Graduando, de candidatos de qualquer nacionalidade e formação acadêmica que atendam às condições do Edital nº 2/2022. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do formulário eletrônico disponível neste link.

Para promover a discussão sobre a temática da economia e do mercado da produção florestal sustentável na academia e nos setores produtivos, o concurso tem como subtemas: concessões florestais; PIB Verde; sistema tributário do setor florestal; comércio internacional; tendências para os segmentos de florestas plantadas e/ou nativas; impactos econômicos e de mercado da Lei de Proteção da Vegetação Nativa; instrumentos econômicos e financeiros voltados ao setor florestal; dentre outros.

O prêmio vai conceder, na categoria Graduando, R$ 20 mil para o primeiro colocado, R$ 10 mil ao segundo colocado e R$ 5 mil ao terceiro. Já na categoria Profissional os valores são R$ 25 mil para o primeiro lugar, R$ 15 mil para o segundo lugar e R$ 10 mil ao terceiro colocado. Também faz parte da premiação a entrega de troféu e certificado, além da publicação da monografia em formato eletrônico.

Os critérios de avaliação adotados pela Comissão Julgadora para a análise dos trabalhos incluem: importância do tema do trabalho; originalidade da pesquisa; contribuição para a produção de conhecimento na área; relevância e contribuição para aplicação na administração pública, com ênfase nas políticas relacionadas ao SFB; qualidade da argumentação; adequação metodológica e clareza; e concisão e correção do texto.

PIB Florestal

Dentre os vencedores da última edição do prêmio, realizada em 2019, está o doutorando em Economia e engenheiro florestal Edson Rodrigo Toledo Neto, que conquistou o primeiro lugar na categoria Profissional. Ele conta que o seu trabalho aborda alternativas para a definição do Produto Interno Bruto (PIB) Florestal via Sistema de Contas Nacionais (SCN), no lugar do PIB Verde preconizado pelas Nações Unidas.

“O objetivo foi demonstrar como é possível estimar, de forma confiável e compatível com a teoria econômica, o PIB de setores econômicos não contemplados ou tratados de forma explícita na Matriz de Insumo-Produto (MIP) do IBGE”, explica Toledo.

Outra finalidade do trabalho foi “propor um novo arranjo setorial da MIP, permitindo a sua integração com os dados do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa nacional e Balanço de Energia, a partir do qual são obtidas as intensidades de carbono e energética dos setores econômicos, e, em especial, do setor florestal”, diz Toledo.

>> Clique aqui para ler os trabalhos premiados em 2019

O doutorando em Economia ressalta que ações como a premiação do Serviço Florestal Brasileiro estimulam a produção de pesquisas e estudos. “É importante parabenizar e reconhecer o enorme incentivo aos pesquisadores e à ciência, em última instância, que iniciativas como a do Prêmio do SFB são capazes de gerar, com efeitos multiplicadores na sociedade e sem precedentes”.

Bioeletricidade

O uso da bioeletricidade florestal no Brasil foi o tema abordado pelo primeiro colocado da categoria Graduando, na edição de 2019. O trabalho é de autoria do doutorando em Tecnologias Energéticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Edvaldo Santos.

“O principal objetivo foi analisar a concentração e identificar as conglomerações da oferta brasileira de bioeletricidade florestal, no ano de 2018. O uso da bioeletricidade florestal auxilia no desenvolvimento das energias renováveis no país. Além disso, é uma forma de aumentar a eficiência energética nas indústrias do setor florestal, gerando também redução de custos, a partir do reaproveitamento de resíduos”, diz o doutorando.

Ao falar sobre a conclusão do trabalho, ele explica a relevância do tema. “Conhecer melhor como ocorre a distribuição da bioeletricidade florestal auxilia o entendimento do setor no país e serve de subsídio para novos investidores e formuladores de políticas públicas. O estudo identificou que a oferta a partir dos recursos florestais está concentrada na região Centro-Sul do país, próximo às indústrias de celulose e papel, siderúrgicas e serrarias”, afirma.             

Edvaldo revela que planeja participar novamente da premiação, mas concorrendo em outra categoria. “A iniciativa é de grande enriquecimento e estímulo para pesquisadores, principalmente os que se encontram no início da caminhada acadêmica, como é meu caso. Após ser premiado desenvolvi novos trabalhos na área, como no meu mestrado, por exemplo, e espero logo em breve concorrer novamente, desta vez na categoria Profissional”. 

O VII Prêmio é promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), responsável pela realização da edição 2022, e tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail premios@enap.gov.br.

>> Clique aqui para saber mais e inscrever seu trabalho 

Fonte: MAPA

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Suzano abre novas vagas para Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa.

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com cinco processos seletivos abertos para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://jobs.kenoby.com/Suzano).

Em Ribas do Rio Pardo, são quatro processos seletivos abertos para os cargos de Supervisor/a de Manutenção Mecânica – Linha de Fibras, Supervisor/a de Manutenção Mecânica – Recuperação, Supervisor/a de Manutenção Mecânica – Secagem e Supervisor/a de Manutenção Mecânica – Utilidades. Para participar das seleções, as pessoas interessadas devem atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Superior completo em Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Produção; pós-graduação em Engenharia de Manutenção e/ou em Tecnologia de Celulose e Papel; curso técnico em mecânica e/ ou mecatrônica; experiência em manutenção industrial, planejamento, controle de manutenção e em gestão de pessoas; gestão e estruturação de indicadores de manutenção: MCC, TPM, WCM; experiência em Pacote Office em especial Excel e em sistemas e aplicações (SAP, MS Project e Power BI); inglês intermediário/avançado para leitura e escrita e disponibilidade para viagens.

As inscrições seguem abertas até o preenchimento das vagas e devem ser feitas pelos links: https://jobs.kenoby.com/Suzano/job/supervisora-manutencao-mecanica-linha-de-fibras/6233b0481e155c94c57b20bd?utm_source=websitehttps://jobs.kenoby.com/Suzano/job/supervisora-manutencao-mecanica-recuperacao/6233b30fac18ea0f432a1f11?utm_source=websitehttps://jobs.kenoby.com/Suzano/job/supervisora-manutencao-mecanica-secagem/6239bfdfa9e411493ca9645a?utm_source=websitehttps://jobs.kenoby.com/Suzano/job/supervisora-manutencao-mecanica-utilidades/6233b1ec0a62d4cc2673e46f?utm_source=website, respectivamente.

Já para Três Lagoas, o processo seletivo em aberto é para Auxiliar Administrativo.  Candidatos e candidatas precisam ter: Ensino Médio Completo; experiência com SAP (Sistemas de Gestão) e Excel e experiência com atividades florestais. As inscrições seguem aberta até o preenchimento da vaga e podem ser feitas pela página https://jobs.kenoby.com/Suzano/job/auxiliar-administrativo/6228bf3fe3d606a5b699b27e?utm_source=website.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://jobs.kenoby.com/Suzano). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Com 98 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br

Fonte: Suzano

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Relatório de sustentabilidade corporativa: uma nova ferramenta para entender as metas de sustentabilidade nas empresas

Ao longo dos anos, as empresas têm estado mais comprometidas em desenvolver objetivos de sustentabilidade que vêm junto com sua estratégia de negócios. A fim de melhorar seus critérios ambientais, sociais e de governança – ESG, muitas empresas implantaram uma série de metas que estão relacionadas a cada aspecto. Algumas das metas mais notáveis são as ambientais que estão associadas com os diferentes compromissos de neutralidade de carbono ou lixo zero que as empresas anunciaram. Há também algumas metas sociais que estão associadas a aspectos como direitos humanos, práticas trabalhistas, saúde e segurança ocupacional, entre outros.

Esta tendência se deve à pressão de muitos stakeholders que estão levantando suas vozes para ver as empresas de uma maneira mais holística. Portanto, eles estão exigindo que as empresas distribuam seu valor numa visão mais integrada na qual os acionistas não sejam os únicos que estão se beneficiando dos lucros das empresas, mas também as diferentes partes interessadas que estão envolvidas na estratégia comercial. Alguns desses stakeholders poderiam ser internos, tais como funcionários, administração e proprietários, e outros externos, como por exemplo, clientes, ONGs, governos, fornecedores, entre outros. Ou seja, considera-se que a competitividade de uma empresa está ligada às comunidades ao seu redor. Esta visão está desafiando o modelo Business-as-usual que poderia estar mais focado na perspectiva do acionista.

Dada a situação anterior, muitas empresas tentaram integrar a sua estratégia empresarial com os fatores do ESG. Considera-se que a integração dos fatores ESG na estratégia empresarial poderia ajudar a ter uma visão mais macro nas empresas, formulando uma estratégia a longo prazo que tenha em conta toda a cadeia de abastecimento ou as partes interessadas envolvidas. A fim de seguir a sua estratégia de sustentabilidade, é importante analisar os seus relatórios de sustentabilidade. Um relatório de sustentabilidade é a foto de um período de tempo específico, que é normalmente anual, do desempenho de uma empresa em relação aos objetivos de sustentabilidade. Este relatório acompanha o processo de elaboração de relatórios de sustentabilidade, que é um ciclo de melhoria contínua concebido para integrar a sustentabilidade dentro da empresa, incluindo a interação com os stakeholders internos e externos.

Estruturas de relatórios de sustentabilidade

Para acompanhar o progresso dos diferentes objetivos de sustentabilidade que uma empresa tem, é fundamental ter um entendimento das diferentes estruturas de relatórios de sustentabilidade. Estes relatórios irão complementar a informação publicada nos relatórios financeiros tradicionais – relatórios anuais e relatórios financeiros. No entanto, espera-se que o relatório tradicional possa ser combinado com o relatório de sustentabilidade, criando um relatório anual integrado.

Em conformidade com esta visão, foram desenvolvidos dois tipos de estruturas. A primeira está associada a normas gerais e tem uma abordagem integral. É o caso de algumas orientações como a Global Reporting Initiative (GRI), Integrated Reporting (IR), e Sustainability Accounting Standards Board (SASB). Já a segunda estrutura está centrado no meio ambiente, por exemplo, a Task Force sobre Divulgações Financeiras Relacionadas com o Clima (TCFD) e o Carbon Disclosure Project (CDP).

O GRI é uma das estruturas mais utilizadas. Segundo o GRI, as suas normas ajudam as organizações a aumentar a sua transparência e a comunicar tanto os seus impactos positivos como negativos no desenvolvimento sustentável. Cada organização reporta sobre tópicos que refletem os impactos econômicos, ambientais e sociais significativos da organização e que são importantes para as suas partes interessadas, que são também conhecidos como “tópicos materiais”. Os tópicos materiais de uma organização são determinados com base nas atividades e relações comerciais da organização com diferentes partes interessadas. Por outro lado, existe também o Quadro Integrado de Relatórios- IR. Segundo o GRI, um relatório integrado é uma comunicação concisa sobre como a estratégia, governança, desempenho e perspectivas de uma organização, no contexto do seu ambiente externo, conduzem à criação de valor a curto, médio e longo prazo.

De acordo com as diretrizes relacionadas à dimensão ambiental, as empresas têm seguido a estrutura do CDP, que administra o sistema global de divulgação ambiental. De acordo com a organização, a cada ano o CDP apoia milhares de empresas, cidades, estados e regiões para medir e gerenciar seus riscos e oportunidades sobre mudanças climáticas, segurança da água e desmatamento. Além disso, há outra estrutura relacionada aos riscos climáticos. O Conselho de Estabilidade Financeira estabeleceu o TCFD para desenvolver recomendações para divulgações mais eficazes relacionadas ao clima que poderiam promover decisões mais informadas de investimento, crédito e subscrição de seguros e, por sua vez, permitir às partes interessadas compreender melhor as concentrações de ativos relacionados ao carbono no setor financeiro e as exposições do sistema financeiro aos riscos relacionados ao clima.

Mesmo assim, ainda há uma considerável variedade de estruturas. Em 2020, “cinco organizações globais – CDP, CDSB, GRI, IIRC e SASB – cujas estruturas, padrões e plataformas orientam a maior parte da sustentabilidade e relatórios integrados, anunciaram uma visão compartilhada do que é necessário para o progresso em direção a relatórios corporativos abrangentes – e a intenção de trabalhar em conjunto para alcançá-lo”. A ideia é fornecer diretrizes que sejam alinhadas para contribuir para a realização de um sistema de relatórios corporativos abrangentes aceito globalmente.

Dada a tendência atual na qual as empresas estão mudando sua estratégia de negócios para incorporar questões de sustentabilidade, o processo de relatórios de sustentabilidade e os relatórios têm se tornado cada vez mais relevantes, os projetos oferecidos pela Reflora Initiative abordam as atividades sustentáveis que devem contar nos relatórios. O objetivo é conseguir uma integração entre relatórios tradicionais e de sustentabilidade, incorporando uma série de tópicos materiais que impactam todas as partes interessadas que fazem parte da estratégia de negócios da empresa. Embora haja um número considerável de estruturas diferentes, já estão em andamento iniciativas para padronizar estas diretrizes. Espera-se que no futuro estes tipos de relatórios tenham a mesma importância que os relatórios tradicionais e que seja visto como uma desvantagem não os ter.

Fontes

https://www.integratedreporting.org/resource/international-ir-framework/

https://www.globalreporting.org/media/nmmnwfsm/gri-policymakers-guide.pdf

https://www.cdp.net/en/info/about-us

https://www.fsb-tcfd.org/about/

https://29kjwb3armds2g3gi4lq2sx1-wpengine.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/Reporting-on-enterprise-value_climate-prototype_Dec20.pdf

Fonte: Reflora

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O que é um projeto? Como as florestas ajudam na mudança climática?

Assim como qualquer outra forma de capital, se não investimos em florestas, ele se degrada.

O processo de remoção de carbono da atmosfera se deve à fotossíntese, levando à manutenção e crescimento de plantas e árvores.

Isto resulta no sequestro de carbono acima do solo (vegetação), abaixo do solo (raízes) e em árvores em decomposição. O sequestro varia com o tempo, e uma floresta captura mais carbono quando sua taxa de crescimento é maior.

Mas o papel das florestas vai muito além do carbono, pois elas desempenham um papel importante na mitigação do clima e no equilíbrio do nosso bem-estar. Regulação climática, controle da erosão, purificação da água, conservação das espécies e até mesmo conexão espiritual são alguns dos serviços prestados pelas florestas.

E, assim como qualquer outra forma de capital, se não investirmos nelas, elas se degradam. Este princípio se aplica ao nosso Capital Natural e quando se trata de florestas, ainda não encontramos uma forma de valorizar muitos dos serviços que a natureza nos tem prestado gratuitamente.

O mercado de crédito de carbono nos oferece uma forma de valorizar esses serviços tendo como base a compensação das emissões de gases de efeito estufa de indivíduos e empresas. A Reflora Initiative está focada em apoiar a criação e preservação das florestas ao redor do mundo, democratizando o acesso aos créditos de carbono que estão criando um impacto ambiental e social real.

O mercado voluntário de carbono permite que as empresas tenham acesso e apoiem projetos baseados na terra que trazem maior valor para o meio ambiente e muitas vezes co-benefícios como o apoio aos povos indígenas, a criação de empregos e desenvolvimento das comunidades locais e outras atividades preconizadas nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU.

As florestas representam 90% da capacidade terrestre de sequestro de carbono. E quando se trata de soluções climáticas naturais, existem 4 tipos de projetos que destacamos no mercado de crédito de carbono: 1. Programa REDD – Conservação; 2. Florestamento e Reflorestamento; 3. Agroflorestação; 4. Melhoria do manejo florestal.

1. Programa REDD

A conversão e a degradação das florestas está liberando carbono já sequestrado de volta à atmosfera. Em um cenário de população sempre crescente, fica mais difícil evitar que as florestas sejam transformadas em pastagens e plantações de soja ou palma. As florestas degradadas e mal administradas também apresentam maior risco de incêndios que resultam em consequências duradouras para o clima, a biodiversidade e a economia. Outras causas para o desmatamento incluem o corte ilegal de madeira, a extração de lenha e as operações de mineração.

“Entre 2015-2017 a perda global das florestas tropicais contribuiu para 8-10% das emissões humanas anuais de dióxido de carbono[1]”.

O programa REDD, também disponível no portfolio de projetos da Reflora Initiative, aborda exatamente este problema de desmatamento e traz valor, na forma da quantidade de carbono estocado, para manter as árvores em pé e crescendo. Estes são projetos de conservação que estão evitando ativamente a conversão de terras de atividades  logo- reflora PNG.pngnocivas comprovadas. O objetivo é fornecer incentivos econômicos para preservar as florestas, onde créditos de GEE são emitidos para projetos que reduzem com sucesso as emissões do desmatamento e da degradação florestal. Por definição, o envolvimento com a comunidade local desempenha um papel muito significativo e, em muitos casos, os projetos são capazes de apresentar-lhes fontes alternativas de renda que os incentivarão a proteger a floresta nativa.

2. Florestamento e Reflorestamento

Os projetos de florestamento / reflorestamento (AR) atuam diretamente na captura de carbono da atmosfera e podem trazer muitos co-benefícios para as comunidades locais. Estes são projetos que restauram terras que foram degradadas através do plantio de milhares de árvores que gerarão uma fonte de renda enquanto a natureza está crescendo novamente.

Dentro dos projetos AR é possível encontrar projetos que estão focados em maximizar a quantidade de carbono estocado, e outros que também aplicam fontes alternativas de renda que podem ser geradas pela floresta, tais como o turismo sustentável ou árvores frutíferas.

Dado que estes projetos exigem o plantio de milhares de árvores em grandes áreas, eles exigem um nível mais alto de investimento e força de trabalho. Por um lado, normalmente resulta em preços mais altos cobrados sobre os créditos de carbono e, por outro, também proporciona a oportunidade de contratação de moradores locais.

A Reflora Initiative oferece estes projetos que representam um apoio na nutrição do solo, purificação e retenção de água e promoção da conservação das espécies, normalmente através de espécies nativas. No entanto, há lugar para o uso de árvores que proporcionam valor econômico, como a madeira.

3. Agroflorestação

Como mencionado, os modelos agrícolas utilizados vêm com grande prejuízo e representam uma das maiores fontes de emissão de GEE sendo liberadas. O uso da monocultura, por exemplo, pode expulsar todos os nutrientes que o solo precisa para ser saudável e tornar a área degradada dentro de alguns anos.

A agroflorestação tem como base a diversificação das culturas e árvores que serão utilizadas para apoiar a sustentabilidade do cultivo a longo prazo. Além disso, esta combinação traz múltiplos benefícios de fontes mais seguras de culturas de alimentos e melhores meios de subsistência para o sequestro de carbono, isso é o que os projetos oferecidos pela Reflora Initiative buscam proporcionar.

Também podemos encontrar agroflorestais em projetos de conservação e AR por causa de sua capacidade de trazer fontes de renda extra.

4. Melhoria do manejo florestal

A Melhoria do Manejo Florestal atua nas florestas de produção existentes adotando uma nova prática específica de manejo florestal ou alterando um regime pré-existente de extração de madeira ou de perturbação natural.

A forma como colhemos árvores para produzir móveis ou papel desempenha um papel significativo com o equilíbrio que temos entre a natureza e a sociedade. Entretanto, ainda há muitos casos de extração insustentável de árvores justificados por atividades ilegais e pela falta de benefícios econômicos.

A implementação de práticas sustentáveis requer mais recursos e tempo, a Reflora Initiative acredita que os créditos de carbono podem fazer a diferença ao decidir qual prática de gestão deve ser implementada. Muitas dessas abordagens têm sido usadas há séculos e a ideia é replicar o ciclo de regeneração natural da floresta.

Fonte: Reflora

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Abril é o mês do Tissue com quatro webinars exclusivos realizados por líderes do setor

BTG, Solenis, Toscotec e Voith se unem para apresentar tendências do mercado Tissue durante o mês de abril

Abril foi escolhido como o Mês do Tissue pelas empresas BTG, Solenis, Toscotec e Voith, que se uniram para apresentar uma série exclusiva de webinars com os temas mais relevantes e interessantes do mercado.

Ao longo de quatro semanas, especialistas das companhias vão debater assuntos ligados a melhores práticas, otimização, economia, eficiência, cuidados para a máquina tissue, entre outros.

Voltados para o público em gera, os webinars serão gratuitos, das 14h às 15h (pelo horário de Brasília), e haverá tradução simultânea para o espanhol.

As inscrições podem ser feitas no site: http://webinarvoith.com.br/gotissue/  e são válidas para todos os dias do evento.

Programação:

O primeiro webinar está marcado para quinta-feira, dia 07 de abril, tem como tema “Os desafios na Formação em Máquinas Tissue: Como as melhores práticas trazem ganhos para o fabricante?” e será ministrado por Daniel Quintella, da Voith, e d’Artagnan Oliveira, da Solenis.

Na quarta-feira, 13 de abril, é a vez de Wellington Vieira, da Voith, e Antonio Carlos Socol, da Solenis, falarem sobre “Conhecendo novas tecnologias de medições, diagnósticos e condicionamento para otimização da Prensagem de sua Máquina Tissue”.

No dia 19 de abril, terça-feira, Marcos Scheil, diretor de vendas no Brasil para a Toscotec, empresa do Grupo Voith, e d’Artagnan Oliveira, da Solenis, apresentam o webinar: “Como as tecnologias de ponta trazem vantagens econômicas e operacionais para sua Máquina Tissue: conheça mais sobre Coating & Cilindro de Chapa.”

E para finalizar o mês do Tissue, Thiago Scremin, da Voith, e Ray Camargo, Gerente de Contas Tissue pela BTG, outra empresa do Grupo Voith, debatem o tema: “A saúde do seu Yankee está em suas mãos: saiba tudo sobre os cuidados com este equipamento”.

Com apoio do Portal Tissue Online e a realização de BTG, Solenis, Toscotec e Voith, a série de webinars do mês do Tissue, em abril, é a oportunidade para que os especialistas do mercado compartilhem informações e conhecimento com credibilidade para os diversos públicos.

Sobre a BTG

O Grupo BTG é um fornecedor multinacional de soluções de processos integrados e altamente especializados para a indústria global de papel e celulose. Todos os dias, nosso pessoal ajuda os clientes a obter ganhos sustentáveis no desempenho dos negócios por meio de nosso know-how e aplicação eficiente a tecnologias líderes do setor. Isso inclui lâminas de crepagem de alto desempenho com revestimento de cerâmica e cermet; suporte crepador de alto desempenho para Tissue, lâminas especiais e sensores de controle de processo de papel e celulose e instrumentos de laboratório. Todas essas tecnologias são suportadas por serviços especializados e aplicação/vendas. Nossa filosofia de integração avançada combina instrumentação de alta qualidade, análises de dados detalhadas e versáteis e nossa experiência com aplicação especializada para fornecer aos clientes da BTG vantagens operacionais que obtêm novos ganhos em produtividade e lucratividade. Com sede em Eclépens, Suíça, a BTG emprega mais de 580 profissionais em todo o mundo e opera quatro fábricas, três centros de pesquisa e vários centros regionais de aplicação e vendas. Fiel à nossa herança, continuamos sendo um fornecedor de tecnologia altamente especializado e ágil, contribuindo para o sucesso de milhares de operações de fabricação de celulose e papel e outros processos industriais em todo o mundo. O Grupo BTG é uma unidade operacional da Voith Paper, com sede em Heidenheim, Alemanha.

Sobre a Solenis

A Solenis é uma produtora líder global de especialidades químicas com foco no fornecimento de soluções sustentáveis para indústrias de uso intensivo de água, incluindo celulose, papel e cartão para embalagens, tissue, petróleo e gás, refino de petróleo, processamento químico, mineração, biorrefino, energia, mercados municipais e de piscinas e spa. O portfólio de produtos da empresa inclui uma ampla gama de produtos químicos para tratamento de água, auxiliares de processo e aditivos funcionais, bem como sistemas de monitoramento e controle de última geração. Essas tecnologias são usadas pelos clientes para melhorar a eficiência operacional, aprimorar a qualidade do produto, proteger os ativos da planta, minimizar o impacto ambiental e manter a água saudável. Sediada em Wilmington, Delaware, a empresa possui 47 instalações de manufatura estrategicamente localizadas ao redor do mundo e emprega uma equipe de mais de 6.000 profissionais em 120 países nos cinco continentes. Solenis é uma “2021 US Best Managed Company”. Para maiores informações sobre a Solenis, visite www.solenis.com ou nos siga em nossas redes sociais.

Sobre a Toscotec

Fundada em 1948, a Toscotec é uma especialista no projeto e fabricação de máquinas e equipamentos para a produção de tissue, cartão e papel. Sediada em Lucca, na Itália, e com subsidiárias na China e nos EUA, a Toscotec oferece tecnologia de ponta e soluções personalizadas para seus clientes, fornecendo desde máquinas completas até reformas e componentes individuais. 

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, petróleo e gás, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem mais de 20.000 colaboradores, gera € 4,2 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedor completo para a indústria papeleira, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

Fonte: Voith

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