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IICA anuncia iniciativa com Fundo Verde para reduzir emissões da pecuária nas Américas

Objetivo do projeto, com recursos da ordem de US $100 milhões, é reduzir emissões de metano da pecuária das Américas.  Veterinário argentino especialista em desenvolvimento seguirá à frente do organismo especializado em agricultura até 2026

Com forte respaldo dos ministros da Agricultura das Américas e funcionários internacionais, Manuel Otero tomou posse como diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para o período 2022-2026. Trata-se do segundo período consecutivo do argentino à frente do organismo do sistema interamericano especializado em desenvolvimento agropecuário e bem-estar rural.

“A grande capacidade de coordenação de Otero serviu para avançar em temas fundamentais para a agricultura no Hemisfério. Esperamos que o IICA continue apoiando os países para proteger a agricultura e o comércio livre e justo. A agricultura tem um papel fundamental para gerar renda e emprego e garantir a segurança alimentar e nutricional.

O IICA é a Casa da Agricultura das Américas e contamos com você”, disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que tomou o juramento de Otero na cerimônia de posse na condição de presidente da Junta Interamericana de Agricultura (JIA). Otero, que teve seu trabalho a favor da sustentabilidade dos sistemas alimentares do continente destacado pelas autoridades internacionais presentes na cerimônia virtual de posse, e Javier Manzanares, subdiretor-executivo do maior fundo de financiamento climático do mundo, o Fundo Verde do Clima (GCF, na sigla em inglês), anunciaram que vão trabalhar em um projeto para buscar reduzir as emissões de metano da pecuária das Américas, iniciativa que será financiada com recursos da ordem de US$ 100 milhões. O metano é um dos principais gases de efeito estufa.

Projeto para Reduzir Emissões da Agropecuária 

O primeiro passo da iniciativa, que vai contribuir para o desenvolvimento de processos produtivos mais eficientes e abrirá oportunidades tanto para o setor público quanto privado de apresentar seus projetos, será a realização de estudos de viabilidade, graças a um aporte de US$ 1,5 milhão do GCF.Com sede na Coréia do Sul, o GCF é um fundo criado pela Convenção Marco das Naçoes Unidas sobre Mudanças Climáticas, com uma carteira de US $20 milhões, cuja missão é ajudar países em desenvolvimento a desenvolver práticas de adaptação às mudanças climáticas e à mitigação de seus efeitos.

Em julho do ano passado, o Fundo credenciou o IICA para implementar projetos financiados pela sua carteira de créditos, o que permite que o organismo hemisférico acesse recursos que apoiem iniciativas de adaptação e resiliência climática da agricultura e da ruralidade nos países das Américas. Dois meses depois, as duas instituições assinaram um acordo para apoiar as iniciativas de adaptação e resiliência climática da agricultura e da ruralidade nos países das Américas.

Manzanares explicou que a agricultura é um setor crítico na problemática das mudanças climáticas, já que é responsável por cerca de 25% das emissões de gases e, por outro, sofre com as consequências na forma de fenômenos climáticos extremos.”O IICA se converteu em um veículo para atrair recursos do Fundo em matéria de agricultura, florestas e outros usos da terra, já que foi aprovado seu credenciamento e foi assinado o documento legal para instrumentalizar este tipo de ajuda”, explicou.

Durante a última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26 de Glasgow, o GCF aderiu às declarações assinadas por mais de 100 países que se propuseram a reduzir em 30% as emissões globais de metano até 2030.”Se conseguirmos atingir esse objetivo, o aquecimento projetado hoje será reduzido em 0,2 grados Celsius”, disse Manzanares, para quem o IICA “tem as atribuições necessárias para ser um facilitador da relação entre os ministros de Agricultura das Américas e o GCF”, e destacou o papel do IICA como ponte entre o setor agropecuário das Américas e de outras regiões e, neste sentido, elogiou o estabelecimento de relações com o continente africano, como o Diálogo marcado de hoje entre ministros de Agricultura da América Latina, Caribe e da África, organizado pelo IICA e pela Aliança para a Revolução Verde na África (AGRA, na sigla em inglês).

“O IICA também pode ser um parceiro relevante dos Estados no mercado de crédito de carbono, tanto obrigatórios como voluntários. Há dezenas de projetos de qualidade no setor agrícola, florestal e de outros usos da terra”, disse.

O diretor-geral do IICA destacou a importância da notícia no caminho de uma produção agropecuária mais sustentável nas Américas. “O IICA vai colocar seus melhores quadros técnicos e sua capacidade de diálogo para avançar em uma transformação sustentável dos sistemas agroalimentares da região”, disse Otero, que reafirmou o compromisso do Instituto com os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas especialmente no âmbito da adaptação e suas consequências.

“Com este projeto, buscamos aumentar a eficiência dos sistemas produtivos na cadeia da pecuária, que tem recebido muitas críticas e pouca compreensão com relação aos avanços que têm sido realizados. É uma honra ser um aliado do Fundo Verde do Clima”, completou Otero.Além de Mazanares e da ministra Tereza Cristina, participaram da cerimônia de posse  o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro; o ministro de Relações Exteriores e Culto da Costa Rica, Rodolfo Solano Quirós; o ministro de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Julián Domínguez; o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Víctor Villalobos; o ministro de Agricultura e Pecuária do Paragua e presidente do Comitê Executivo do IICA, Santiago Bertoni; o ministro de Agricultura de São Vicente e Granadinas, Saboto Caesar; o ministro da Agricultura e Pecuária da Costa Rica, Renato Alvarado; o ex presidente da República Dominicana e embaixador de Boa Vontade do IICA Hipólito Mejía; o ministro da Agricultura da Guiana, Zulfikar Mustapha; o secretário de Agricultura e Pecuária de Honduras, Maurício Guevara, e o  ministro da Agropecuária da Nicarágua, Edward Centeno.  
Sobre o IICA

Organismo internacional especializado em agricultura do Sistema Interamericano, cuja missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados membros na busca do desenvolvimento agrícola e o bem–estar rural por meio da cooperação técnica internacional de excelência.

Fonte: IICA

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Irani escolhe Voith para reforma em planta de papel reciclado

 Com amplo conhecimento no mercado de papel, a Voith foi novamente escolhida pela Irani para a reforma do sistema de preparação de massa na planta da empresa localizada em Campina da Alegria, em Vargem Bonita, Santa Catarina.

Pelo escopo do trabalho contratado, a Voith contribuirá para o aumento de produção da preparação de massa com adequação da capacidade de processamento de rejeitos e melhorias nos sistemas de desagregação, depuração e fracionamento.

Será fornecido um upgrade no sistema de descontaminação com um novo IntensaMaxx IM15 e uma reforma do tambor classificador existente para a tecnologia Intensa. Adicionalmente, a Voith fornecerá novos equipamentos para a etapa de depuração grossa: um FiberSorter FS4B, e um novo IntegraCombiSorter ICS13/100, o maior do mercado em capacidade nesta aplicação, e o primeiro fornecimento para o mercado sul-americano.

Além disso, a Voith também fornecerá um fracionador IntegraScreen, que permitirá uma melhor classificação das fibras por tamanho, contribuindo para a redução do consumo de energia na planta.

O aumento no consumo de papel embalagem nos últimos anos e a redução na qualidade da matéria-prima oferecida às empresas que produzem papel reciclado tem feito com que a Voith seja procurada para a instalação de sistemas mais eficientes e confiáveis para remover contaminantes e ampliar a capacidade de produção das plantas.

Parceira tecnológica das empresas fabricantes de papel ao redor do mundo, a Voith oferece a confiança necessária para os clientes e este foi um dos principais motivos que levaram a Irani a realizar a contratação.

“Esta é a terceira ampliação da capacidade de produção da nossa planta de aparas e mais uma vez escolhemos a Voith como nossa parceira, pois conhecemos o bom trabalho realizado e a solução está alinhada com nossa diretriz de crescimento sustentável”, diz João Santos, gerente de manutenção e administrativo da fábrica de papel da Irani localizada em Vargem Bonita, SC.

Histórico do projeto: a planta de aparas foi projetada, inicialmente, para uma produção de 220 toneladas por dia (t/d) com um pulper de 40m³. Posteriormente, a produção foi aumentada para 370t/d. Após análise do potencial da planta existente no passado, com pequenas reformas, a Irani ampliou a produção para 470t/d. Com o último upgrade a ser realizado, a produção total será de 550t/d com potencial para 600t/d, com o mesmo desagregador do início.

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 20.000 colaboradores, gera € 4,3 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedor completo para a indústria papeleira, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

Fonte: VOITH

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Você sabia da presença de celulose de eucalipto em sorvetes, biscoitos, hambúrgueres, queijos, ketchup e sopas?

Todo dia comemos e consumimos eucalipto. E ninguém se dá conta. O eucalipto reina entre as árvores cultivadas no Brasil. São mais de 5,5 milhões de hectares de eucalipto, de um total de cerca de 9 milhões de hectares de florestas plantadas, segundo a Indústria Brasileira de Árvores. A produtividade média de 39 metros cúbicos por hectare por ano (m³/ha/ano) do eucalipto brasileiro é cerca de duas vezes superior à das florestas do Chile e da África do Sul. Ela supera em três vezes a de Portugal e Espanha e em quase dez vezes a produtividade de Suécia e Finlândia. As florestas de eucalipto atendem à demanda por lenha, carvão, madeira e, sobretudo, celulose. Entre as aplicações da celulose, a produção de papel e papelão são as maiores e mais conhecidas. Não é só. As florestas de eucalipto participam da alimentação, do vestuário, do conforto do lar e até dos cuidados de saúde de todos os brasileiros.

A palavra eucalipto foi criada por um botânico francês, Charles Louis L’Héritier de Brutelle, em 1788. Ela se compõe do prefixo grego eu (bem, bom, agradável, verdadeiro) e de κάλυπτο, kályptos (coberto). Esse gênero botânico foi denominado assim pela característica de sua inflorescência. Nela, o limbo do cálice se mantém fechado, até depois da floração. Vale relacionar o significado de eucalipto (eu kaliptos) com apocalipse (apo kalipse), apo significando ação contrária ao coberto e, portanto, revelação.

O prefixo eu prolifera entre plantas e humanos, em palavras como Eugenia (bem gerada, nascida), Eunice (boa vitória), Eustáquio (boa espiga, bom fruto), Eulália (boa fala), Eusébio (bem venera — Deus), Euterpe (boa alegria, doçura), eufórbia (bom alimento), euforia (bem suportar), eutanásia (boa morte) e eutrofia (bom crescimento, até demais). E transforma-se em ev, em evangelho (bom anúncio, boa-nova) ou Evaristo (bom grado, muito amado).

Os eucaliptos são originários da Austrália e pertencem à generosa família das mirtáceas, com cerca de 3.000 espécies, dentre as quais: goiaba, araçá, cravo-da-índia, jaboticaba, jambo, pitanga, murta, uvaia, grumixama, guabiroba, camu-camu, cambuci, cambuí, cambucá e muitas outras.

Além da madeira, da lenha e do carvão, um produto excepcional extraído do eucalipto é a chamada polpa de celulose solúvel (dissolving pulp). Trata-se de um material com alto teor de celulose (> 92%-97%) quando comparado ao teor encontrado nas polpas kraft convencionais (85%-90%), destinadas à produção de papel e papelão. A polpa de celulose solúvel tem alta pureza e baixo nível de contaminantes inorgânicos. Dada sua alvura e viscosidade, ela pode ser aplicada nos mais diversos produtos, sobretudo em alimentação, saúde e cosmética.

Mãos segurando fibra de celulose | Foto: Shutterstock

Ela entra na produção de tripa de celulose para confecção de embutidos (salsichas, linguiças, mortadelas etc.). A celulose solúvel é um excelente estabilizante, emulsificante e espessante, capaz de integrar grande número de alimentos industrializados e processados, como sorvetes, iogurtes, biscoitos, doces, hambúrgueres, queijos, molhos, ketchup e sopas. Poucos consumidores sabem da presença celulose de eucalipto nesses produtos.

Além dos alimentos, a celulose solúvel entra na composição do revestimento de comprimidos e cápsulas de medicamentos, das pastas de dente e em formulações odontológicas (gel dental e soluções orais). Na indústria de cosméticos, há derivados da celulose utilizados para a confecção de gel, um veículo excelente para diversos princípios ativos dermatológicos e terapêuticos, e em diversos produtos de higiene pessoal, maquiagem, cremes cosméticos, fraldas e até em preservativos.

A celulose participa também na composição dos filtros de cigarros, nas lentes de contato, máscaras e tecidos cirúrgicos e até em telas de LCD. Em tudo isso há eucalipto. O processamento dos eucaliptos permite a produção de outros insumos para fabricar vernizes, esmaltes, tintas, óleos essenciais, celofane, filamentos para pneus, filmes fotográficos etc. Na construção civil, a celulose é utilizada na confecção de painéis e divisórias de ambiente (dry wall). No setor energético e petroquímico, a celulose é usada na produção de bioprodutos e biocombustíveis, inclusive o etanol celulósico.

A introdução do eucalipto no Brasil e seu plantio em escala comercial se devem ao agrônomo paulista Edmundo Navarro de Andrade (1881-1941), um plantador de florestas. Ele estudou na Escola Nacional de Agricultura, em Portugal. Ao retornar ao Brasil, em 1904, foi contratado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Sua missão era encontrar a melhor espécie florestal para reflorestar áreas desmatadas na construção das ferrovias, para fornecer madeira para dormentes e carvão às locomotivas.

Conselheiro Antonio Prado e Edmundo Navarro de Andrade (1918) | Foto: Wikipédia

Em 1914, Edmundo Navarro buscou na Austrália 144 espécies de eucalipto e testou sua aclimatação. Das espécies trazidas, 64 se adaptaram muito bem ao clima do país. Navarro criou 18 hortos florestais ao longo das ferrovias. Neles, estudou 95 espécies florestais, até confirmar sua escolha pelo eucalipto.

Navarro instalou a sede do Serviço Florestal em Rio Claro. Publicou mais de dez obras sobre suas viagens e o eucalipto, incluindo o livro Cultura do Eucalipto. Ele também foi pioneiro na utilização do eucalipto para produção de papel e papelão. Em 1925, viajou aos Estados Unidos para conhecer a fabricação de papel a partir da madeira. E levou para serem testadas algumas toras de eucalipto. Os testes foram satisfatórios, e o eucalipto serviu à produção de quatro tipos de papel.

A produção florestal total do Brasil aproxima-se de 200 milhões de m³/ano, uma liderança mundial

Navarro foi secretário da Agricultura do Estado de São Paulo de 1930 a 1931. Criou o Museu do Eucalipto, o único do gênero no mundo. O Horto Florestal de Rio Claro, onde fica o museu, leva o nome do pesquisador. São 2.230 hectares abertos à visitação, com acesso às trilhas e ao Solar Navarro de Andrade, residência do pesquisador, tombada pelo patrimônio histórico.

Vista da entrada do Museu do Eucalipto | Foto: Divulgação

Em 1941, ano da morte de Navarro, quase 100 milhões de eucaliptos, de espécies diferentes, cresciam nos hortos florestais ao longo das ferrovias. A sorte estava lançada. As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pelo crescimento da produção de celulose no mercado brasileiro graças à incorporação constante de inovações tecnológicas na produção florestal e nos processos industriais. Nas décadas de 1980 e 1990, houve grande expansão das áreas cultivadas com eucaliptos.

A produção florestal total do Brasil aproxima-se de 200 milhões de m³/ano, uma liderança mundial. Desse total, cerca de 70 milhões de m³/ano são de florestas energéticas: 53 milhões de m³/ano em lenha industrial (presentes também em padarias e pizzarias, para a glória da gastronomia) e cerca de 17 milhões de m³/ano em carvão. A produção de carvão vegetal de eucalipto posiciona o Brasil como principal produtor no mundo (12%). Ele substitui insumos de origem fóssil (carvão mineral) e diminui a emissão de gases de efeito estufa na siderurgia. A maioria das 180 unidades de ferro-gusa, ferro liga e aço no Brasil utiliza carvão vegetal no processo de produção.

Em 2020, a indústria florestal produziu 10 milhões de metros cúbicos de madeira serrada. O crescimento da produção de celulose é constante. Em 2020, o Brasil produziu cerca de 21 milhões de toneladas de celulose, alta de 6,4% em relação a 2019. No último trimestre de 2021, foram 4 milhões de toneladas exportadas, avanço de 12,7% no comparativo anual. As exportações em 2020 totalizaram 15,6 milhões de toneladas, alta de 6,1% em relação a 2019.

Vista interna do Museu do Eucalipto | Foto: Divulgação

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores, mais de 75% das exportações do Brasil vão para dez principais destinos. A China está no topo, com 48,1% do total (US$ 2,9 bilhões), seguida por União Europeia (12,6%), Estados Unidos (5%), Turquia (2%), Tailândia (1,9%), Coreia do Sul (1,7%), Irã (1,7%), México (1,7%), Vietnã (1,6%) e Bangladesh (1,5%). Além dos US$ 6 bilhões alcançados em exportações de celulose, os produtos da indústria de base florestal embarcaram US$ 1,7 bilhão em papéis e US$ 276 milhões em painéis de madeira no ano de 2020.

São mais de mil municípios na área da indústria florestal. A receita bruta total do setor foi de R$ 97,4 bilhões em 2019 e representa 1,2% do PIB brasileiro. Graças ao eucalipto, a celulose é, de longe, a fibra vegetal mais produzida e consumida no país. Desde os tempos de Navarro, os críticos do eucalipto, em geral, não têm ideia da sua real dimensão na economia e na vida dos brasileiros. Bom apetite!

Fonte: Revista Oeste (Evaristo de Miranda)

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Baterias de estado sólido do futuro serão feitas de árvores

Engenheiros das Universidades Brown e Maryland, ambas nos EUA, desenvolveram um novo material condutor que pode ser utilizado na fabricação de baterias de estado sólido mais eficientes e seguras. O composto revolucionário deriva de uma fonte natural no mínimo inusitada: as árvores.

O novo eletrólito combina fios de cobre com nanofibrilas de celulose — tubos de polímeros derivados da madeira. Esse material fino como uma folha de papel possui uma condutividade de íons 10 a 100 vezes melhor do que a encontrada em outros condutores de íons feitos à base de polímeros convencionais.

“Ao incorporar cobre com nanofibrilas de celulose unidimensionais, demonstramos que a celulose, normalmente isolante de íons, oferece um transporte mais rápido desses íons. Com isso, esse material pode ser usado como um eletrólito de bateria sólida ou como um aglutinante condutor de íons para o cátodo de uma bateria totalmente sólida”, explica o professor de engenharia de materiais Liangbing Hu, autor principal do estudo.

Fino e flexível

Eletrólitos sólidos têm o potencial de impedir a penetração de dendritos e podem ser feitos de materiais não inflamáveis. Eles são geralmente fabricados de compostos cerâmicos, ótimos para conduzir íons, mas ao mesmo tempo espessos, rígidos e quebradiços, podendo causar rachaduras e quebras durante o processo de carga e descarga.

Esquema de funcionamento da “bateria de árvore” (Imagem: Reprodução/Brown University)

Já o material apresentado pelos pesquisadores é tão fino e flexível quanto uma folha de papel. Além disso, sua condutividade iônica é muito semelhante à encontrada na cerâmica, com a vantagem de se manter maleável e praticamente inquebrável, mesmo em condições de tensão extrema.

“Os íons de lítio se movem neste eletrólito sólido orgânico por meio de mecanismos que normalmente encontramos em cerâmicas inorgânicas, permitindo o registro de alta condutividade iônica. O uso desses elementos fornecidos pela natureza pode reduzir o impacto ambiental causado pela fabricação de baterias”, acrescenta o professor de engenharia Yue Qi, coautor do estudo.

Baterias do futuro

Ao usar o novo material como um aglutinante, os cientistas criaram um dos cátodos funcionais mais espessos já relatados, sem comprometer sua condução iônica ou reduzir sua eficiência energética, mesmo após longos ciclos de carga e descarga, mantendo a capacidade de armazenamento praticamente inalterada.

Evolução estrutural do cobre com nanofibrilas de celulose (Imagem: Reprodução/Brown University)

Os pesquisadores acreditam que o uso das nanofibrilas de celulose seja um passo importante para projetar condutores de íons de estado sólido mais confiáveis e baratos. Esses dispositivos também poderiam ser utilizados no processamento e armazenamento de dados ou na fabricação de sensores de estado sólido mais eficientes e livres de curto-circuito.

“As baterias de estado sólido não têm um custo ambiental muito elevado, mas possuem outros desafios, como encontrar um material ideal para que se tenha um eletrólito sólido com excelente condutividade iônica e durabilidade superior. Com essa nova abordagem, demos uma contribuição significativa para a fabricação de células de estado sólido em grande escala”, encerra o professor Hu.

Fonte: Brown University

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Suzano investirá R$ 48 milhões na melhoria da infraestrutura, segurança, saúde, educação e habitação de Ribas do Rio Pardo

Pacote de ações foi aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável, formado por representantes dos poderes, Segurança Pública, sociedade civil e da Suzano

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, busca atuar de forma responsável para fomentar o desenvolvimento contínuo das comunidades próximas às suas operações. Com o Projeto Cerrado, construção da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS), a empresa reafirma seu compromisso por meio do Programa Básico Ambiental (PBA), que prevê investimento social na ordem de R$ 48 milhões nas áreas de saúde, educação, habitação, segurança pública e segurança no trânsito do município.

As ações foram aprovadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável – instituído pelo Decreto 102, de 19 de julho de 2021 – que tem como principal atribuição definir os projetos a serem executados para proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população de Ribas do Rio Pardo e da região, diretamente impactada pelo empreendimento. O Conselho é formado por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário locais, Segurança Pública (Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e o Conselho de Segurança), sociedade civil (Associação Comercial, Agronegócio/Agricultura Familiar, Fundação do Trabalhador e o Rotary Club) e da Suzano.

Dentre as mais de 20 ações definidas pelo Conselho Municipal estão a ampliação do Hospital Municipal para comportar atendimentos de média complexidade; o apoio a projeto habitacional com construção de casas populares para famílias sem renda inscritas no cadastro único do município; a adequação do trevo de acesso à cidade na BR-262, localizado em frente ao posto Bonanza; a implantação de uma nova delegacia da Polícia Civil, uma nova base para a Polícia Rodoviária Federal na BR-262; além de apoio na melhoria da estrutura física da Polícia Militar para comportar o aumento do efetivo, o que possibilitará a transformação do batalhão em companhia.

De acordo com Maurício Miranda, diretor responsável pelas obras de implantação da nova fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a empresa tem buscado transformar sua presença no Mato Grosso do Sul em um legado social, incentivando o protagonismo das comunidades onde mantém operações. “Por isso, estamos dando a nossa contribuição e buscando proporcionar a toda a comunidade de Ribas do Rio Pardo uma melhoria concreta na qualidade de vida por meio de investimentos robustos nas áreas de infraestrutura, segurança pública, saúde, educação e habitação. O sucesso do nosso negócio é fruto do desenvolvimento social, e isso é um compromisso assumido e reafirmado com a construção da nossa nova fábrica neste município que tão bem nos acolheu”, acrescenta o diretor.

Para o Prefeito João Alfredo Danieze, as ações do PBA demonstram a preocupação e iniciativa da Suzano com a melhoria da infraestrutura do município em vários setores. “Sempre de forma participativa, por meio de um Conselho formado por representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de vários outros segmentos (Polícia Civil, Militar, Rodoviária Federal, Clube de Serviços,  Produtores Rurais, etc.), este expressivo valor que será investido pela empresa vai minimizar os impactos da obra, auxiliando e colaborando com a Administração Pública para darmos à população local uma condição de vida melhor”, complementou.

Sobre a Suzano

Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Com 97 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br

Fonte: Suzano

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RS: 10ª edição da Abertura Oficial da Colheita da Oliva 2022 será em Viamão

Expectativa dos produtores é manter os volumes registrados na última safra, quando foram produzidos 202 mil litros de azeites extra virgem

Os pomares da Estância das Oliveiras, em Viamão, serão o cenário da Abertura Oficial da Colheita da Oliva no Rio Grande do Sul 2022, marcada para o dia 18 de fevereiro. Apesar das variações climáticas, a expectativa dos produtores é manter os volumes registrados na última safra, quando foram produzidos 202 mil litros de azeites extra virgem no Estado. Os pomares gaúchos são responsáveis por aproximadamente 80% de toda produção nacional de azeite.

Realizada pelo Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), com o apoio do Governo do Estado do RS, a Abertura Oficial da Colheita das Oliveiras é o principal evento do setor olivícola no Brasil, reunindo produtores, especialistas, fornecedores, indústria, além de consumidores e apreciadores. O evento ainda conta com o apoio da Prefeitura de Viamão, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Emater/RS-Ascar.

Após ser restrita em 2021 devido ao cenário instável de pandemia, neste ano a Abertura chega a sua décima edição e contará com uma programação especial e espaços para expositores de azeites, mudas, máquinas e equipamentos e apoiadores.

Para o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, a abertura da colheita das azeitonas é uma excelente oportunidade para divulgar, informar e reunir todos os elos da cadeia que formam o setor da olivicultura.

É um evento marcado por muita confraternização, onde é possível conhecer mais sobre o azeite extra virgem brasileiro, apresentar novas máquinas, tecnologias e pesquisas, além de acompanhar a colheita., destaca.

Outra atração da Abertura Oficial da Oliva em 2022, segundo o presidente do Ibraoliva, é que após a colheita os participantes poderão acompanhar a produção do azeite. Isso só será possível porque a Estância das Oliveiras conta com um lagar (local onde ocorre a transformação da azeitona em azeite) dentro da sua propriedade, ressalta Renato Fernandes.

Olivicultura no Brasil

Setor agrícola muito promissor, a olivicultura e a produção de azeite extravirgem se consolidaram em alguns estados do país, com ênfase para o Rio Grande do Sul, que é hoje o maior produtor de azeitona e o local com maior potencial de expansão do cultivo da oliveira. O Ibraoliva estima que até 2025 o Brasil atinja 20 mil hectares de oliveiras plantados.

Desde o começo do cultivo de oliveiras, o RS passou de 80 hectares em 2005 para aproximadamente 7 mil hectares cultivados em 2021. Nos próximos três anos a tendência é superar dez mil hectares.

SERVIÇO:

O que: 10ª edição da Abertura Oficial da Colheita da Oliva
Quando: 18 de fevereiro de 2022
Local: Estância das Oliveiras, Estrada Jaconi, 495 Estância Grande ?RS 118 KM 32, Viamão
Horário: 8h30

Sobre o IBRAOLIVA
Site: https://www.ibraoliva.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/Ibraoliva-111140516887249/
Insta: @ibra.oliva

Fonte: Agrolink

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Fevereiro é época de controle da broca-da-erva-mate

Fevereiro é mês de combater a broca-da-erva-mate (Hedypathes betulinus), também conhecida como besouro corintiano, principal praga deste cultivo.Para isso, os produtores podem contar com o Bovemax, um inseticida biológico desenvolvido pela Embrapa Florestas em parceria com a Novozymes. O produto tem, como ingrediente ativo, esporos do fungo Beauveria bassiana, que provoca a morte dos insetos.

Segundo a pesquisadora Susete Chiarello Penteado, da Embrapa Florestas, “o uso do Bovemax é uma medida efetiva no controle da praga e seu uso é fundamental para a sanidade dos ervais e, consequentemente, para equilíbrio econômico de toda a cadeia produtiva”. A pesquisadora destaca ainda que o Bovemax é o único produto com registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para uso na erva-mate.

O produto deve ser aplicado duas vezes por ano: em novembro e fevereiro, e pode ser encontrado em casas agropecuárias. “A Embrapa não realiza a comercialização deste produto, mas a empresa que o fabrica já está abastecendo as casas agropecuárias”, explica Susete.

Para saber mais sobre a broca-da-erva-mate e as formas de controle, acesse o material da Campanha informativa realizada pela Embrapa Florestas e pelo Conselho Gestor da Erva-mate do Alto Iguaçu (Cogemate), em parceria com diversas instituições, no site da Embrapa Florestas.

fonte: Embrapa Florestas

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Planta da LD Celulose no Triângulo está próxima de iniciar operação

A nova fábrica de celulose solúvel da LD Celulose – joint venture formada entre a Duratex e o grupo austríaco Lenzing –, que está sendo implantada no município de Indianópolis, no Triângulo Mineiro, está prestes a entrar em operação. Com 90% das obras concluídas, a unidade fabril promete ser a maior linha industrial de celulose solúvel do mundo e recebeu investimentos na ordem de US$ 1,3 bilhão. Informações dão conta que o start das atividades está previsto para março.

Com 90% das obras concluídas, a unidade fabril promete ser a maior linha industrial de celulose solúvel do mundo e recebeu investimentos na ordem de US$ 1,3 bilhão.

A empresa diz apenas que a produção está prevista para o primeiro semestre de 2022, conforme o planejado. E que quando concluída, a planta gerará 1.040 empregos diretos, movimentando toda a cadeia econômica da região. No momento, os trabalhos de edificação contam com mais de 9.600 trabalhadores.

“Os números grandiosos não param por aí. A quantidade de cabos utilizada seria capaz de ligar o Oiapoque ao Chuí, num total de 4.490 quilômetros de extensão. E as fazendas de florestas plantadas de eucalipto – matéria-prima para produção de celulose – terão, juntas, aproximadamente 70 mil hectares de plantio”, destaca a companhia.

Quando estiver em operação, a planta terá capacidade de produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano. O material poderá ser utilizado na produção de roupas, produtos de higiene, beleza, entre outros. Além disso, o processo de produção gerará cerca de 144 megawatts (MW) de energia elétrica renovável, por meio da biomassa de madeira, sendo mais de 50% deste total comercializado e distribuído na rede nacional.

De acordo com o CEO da LD Celulose, Luís Künzel, a empresa foi planejada, em todos os seus aspectos, como um empreendimento pautado pela excelência e pela sustentabilidade. Segundo ele, todo o projeto foi estrategicamente construído tanto no que se refere à localização da fábrica – que está próxima à linha férrea e dentro do maciço florestal – quanto à implantação de práticas sustentáveis desde o princípio.

“Será uma unidade extremamente moderna em tecnologia e processos, e avançada em performance e otimização de custos e de referência em suas características ambientais. Outro diferencial será a capacidade de geração de energia elétrica a partir de biomassa. Vamos abastecer a fábrica e ainda vender energia limpa ao mercado”, garante.

Em meados de junho de 2018, quando oficializou o projeto junto ao governo do Estado, a LD Celulose informou que a celulose solúvel produzida pela unidade da LD Celulose em Minas seria totalmente destinada à exportação e vendida para Lenzing para suprir suas operações principalmente na Ásia.

As áreas de plantio da empresa em Minas Gerais estão situadas em cinco municípios do Triângulo Mineiro: Indianópolis, Araguari, Estrela do Sul, Nova Ponte e Romaria. E essa área florestal representa uma parte importante do investimento da Duratex no negócio, mas a companhia também fará desembolso financeiro. A Lenzing tem 51% de participação na joint venture LD Celulose, enquanto a Duratex responde por 49%.

Na época, a Duratex – maior produtora de painéis de madeira industrializada e pisos, louças e metais sanitários do Hemisfério Sul – informou sobre sua entrada no segmento de celulose solúvel, em parceria com o grupo Lenzing. A junção Duratex/Lenzing foi autorizada pelos órgãos competentes no Brasil e na Europa e formou a LD Celulose, que tem como objetivo operar na produção da celulose solúvel.

Fonte: Diário do Comércio



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Empresas, fazendeiros e brigadistas se unem no combate ao fogo no Pantanal

Iniciativa da JBS em parceria com startup Um Grau e Meio, produtores rurais e especialistas em incêndio ajuda a prevenir e apagar focos na região

O ano de 2021 foi marcado por grandes incêndios no Pantanal. Entre janeiro e agosto, o fogo consumiu 261.800 hectares do bioma, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), órgão vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Diante dessa situação, empresas que atuam na região, fazendeiros, brigadistas e bombeiros unem esforços para prevenir e combater os focos de incêndio. A JBS, líder global em alimentos à base de proteína, anunciou investimentos de R$ 26 milhões distribuídos ao longo de quatro anos, para ampliar o esforço de monitoramento e combate às queimadas.

Em uma das frentes, a companhia desenvolveu uma solução em parceria com a startup Um Grau e Meio, que utiliza inteligência artificial através de uma plataforma integrada para a gestão de incêndios. A ferramenta cruza informações vindas de satélites e imagens de câmeras posicionadas em torres instaladas nas fazendas parceiras. A JBS e a startup Um Grau e Meio desenvolveram solução que utiliza inteligência artificial para a gestão de incêndios no Pantanal

A JBS e a startup Um Grau e Meio desenvolveram solução que utiliza inteligência artificial para a gestão de incêndios no Pantanal (JBS/Divulgação)

Foram instaladas 11 torres de monitoramento, cada uma com câmera capaz de cobrir uma área superior a 70.000 hectares, que proveem imagens para a visão computacional do sistema na primeira fase do projeto patrocinado pela JBS. Já o software Pantera leva em conta ainda os dados meteorológicos, o histórico de incêndio na região, indicadores de pontos estratégicos, como fontes de água, criando uma rede viva e conectada de enfrentamento a situações em tempo real.

Como o sistema é modular, a ampliação da área coberta pelo projeto virá da instalação de mais torres com câmeras, e a expectativa é de redução de mais de 50% das áreas queimadas através da detecção precoce, resposta rápida e ação imediata.

Unidades da JBS dão apoio ao combate aos focos de incêndio

Por meio da automatização, o fogo é detectado em até 3 minutos, quando há maior probabilidade de o incêndio ser controlado.

Além da detecção precoce, as unidades da JBS mais próximas dos focos de incêndio dão apoio por terra ao combate ao fogo. A companhia investiu em cinco equipes da Brigada Aliança, da organização Aliança da Terra, com bases nos municípios de Anastácio (MS), Pedra Preta, Poconé, Cáceres e Araputanga (MT). Essas brigadas, altamente treinadas com suporte do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), são equipadas com tecnologia de ponta, incluindo drones e outros equipamentos que orientam um combate eficiente e seguro aos incêndios.

O projeto está dimensionado para cobrir 2 milhões de hectares – área que pode ser comparada praticamente à extensão do território de Israel – nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

“Buscando uma solução para os incêndios no Pantanal, identificamos as brigadas da Aliança da Terra e propusemos um projeto em conjunto para levar treinamento para as pessoas das regiões em que as nossas brigadas estão instaladas, capacitando voluntários para o combate ao incêndio”, conta Liège Correia, diretora de sustentabilidade da Friboi. “A parceria está funcionando muito bem, eu diria que a base do sucesso desse trabalho é o envolvimento da comunidade e uma boa técnica de combate. As brigadas são muito bem preparadas e o projeto está funcionando pela união da técnica e do engajamento da população.”

Liège lembra que o ano de 2020 foi muito desafiador na região. “A seca e os incêndios no Pantanal foram muito violentos e vimos os efeitos disso sobre as fazendas e toda a comunidade.”

A executiva reforça que o importante, quando se fala de incêndios, é iniciar o combate rapidamente e saber onde estão os recursos. “O interessante na proposta das brigadas é o fato de envolver 20, 30 fazendas em cada uma: você tem as fazendas no mapa, elas estão bem posicionadas e todo mundo sabe o que tem de fazer. Então, rapidamente, quando um foco é detectado, as pessoas sabem onde estão os tratores para fazer o aceiro, onde tem represa, água para encher um tanque, quais são as estradas de acesso. Por isso que eles estão conseguindo um resultado melhor do que no ano anterior no combate, por conta dessa estratégia e desse engajamento.”

Fazendas atuam como parceiras nos combates

Tercio Damaceno, da Fazenda Serra Alta, envolvida na iniciativa, dá um exemplo real de como essa estratégia funciona:

“Eu estava na cidade quando o pessoal da brigada de incêndio me ligou, falando que tinha um foco de calor na Serra. Quando cheguei no local, eles já haviam identificado o foco e estavam combatendo. A brigada identificou um potencial, que aquilo poderia vir a ser um incêndio florestal, aquilo que era simplesmente uma carga derrubada. Aí veio o caminhão-pipa e controlou o fogo. A gente, como leigo, nem tinha identificado que ali havia um problema.”

Damaceno conta que o pessoal da brigada monitora, comunica e evita que focos de calor pequenos se transformem em incêndio e ganhem uma proporção maior.

Iniciativa inclui educação de moradores

Marcio Moraes, pecuarista da Fazenda Santa Joana, comenta que, além do combate ao fogo em si, o trabalho educativo da brigada tem gerado resultados positivos. “Entrei em contato com a brigada e ela veio imediatamente, fez esse contato em caráter educativo com a população, explicou que não pode fazer queimadas nesse período, dos perigos envolvidos, visitando todos os moradores da beira do asfalto, dessa região nossa aqui até a Serra da Petrovina. Então, para mim, esse trabalho foi muito importante.”

“O treinamento ajuda”, reforça Marcelo Bastos, gerente da Fazenda Aliança. Liège diz que treinar pessoas e dar vazão a essa vontade delas ajudarem é importante. “O produtor rural aprende hoje a dar o alerta, tirar a foto com coordenada, para todo mundo saber onde foi feita, para que isso possa ser inserido no aplicativo e a brigada e voluntários consigam chegar lá.”

Até o momento, 98 voluntários das fazendas cadastradas no projeto receberam treinamento e estão fortalecendo os combates a incêndios no Pantanal. Como resultado da ação em conjunto com a JBS, mais de 160 propriedades rurais já foram cadastradas. Cada uma delas recebeu um diagnóstico completo, incluindo o histórico recente e o risco de novos incêndios. Comunicação ágil evita que focos de calor pequenos se transformem em incêndio e ganhem proporção maior

Comunicação ágil evita que focos de calor pequenos se transformem em incêndio e ganhem proporção maior (JBS/Divulgação)

Técnica de combate foi adaptada dos EUA para bioma brasileiro

Isafa Balke, brigadista da Aliança da Terra, diz que o trabalho está sendo bem-aceito pelos produtores da região. “Atendemos municípios de fazendas que estão na plataforma e trabalhamos em treinamentos, visitas e monitoramento, além de quando há combate”, afirma. “Fazemos parte de um grupo de WhatsApp que denuncia as ocorrências e solicita os serviços da brigada para os focos de incêndio, assim podemos atender imediatamente os chamados.”

Balke começou a estudar o tema em 2012, quando fez um treinamento com o serviço florestal americano. Em 2013, começou a atuar em incêndios florestais. “O conhecimento que possuímos hoje foi adaptado dos Estados Unidos para o solo e os biomas brasileiros”, explica. “Aprendemos a improvisar, adaptar e sempre resolver o incêndio.”

Hoje, ele conta, a Aliança da Terra presta serviços para fazendas cadastradas em 15 estados, mais o Distrito Federal. “É um trabalho que, normalmente, não aparece. Eliminar as chamas não é apagar o incêndio, e a brigada fornece treinamentos para conhecer os fatores que causam a propagação dos incêndios e como extingui-los.”

O rescaldo, ele continua, é uma parte muito importante desse processo. “Dependendo do bioma, demora mais ou menos para acabar com o fogo, porque, se esquecer um tronco para trás, vamos ter de voltar ao local no dia seguinte.”

Liège diz que a companhia já investiu mais de R$ 8 milhões no projeto, incluindo as torres de monitoramento que detectam os incêndios precocemente e cinco brigadas cobrindo mais de 2 milhões de hectares. “Nosso objetivo é que, a cada ano, a gente consiga combater o incêndio mais rapidamente e diminuir os incêndios nas regiões em que a JBS atua em parceria com as brigadas.”

Fonte: Exame

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Mais um grande projeto de construção de madeira em massa aprovado nos Estados Unidos

Legislatura planejou US $ 5 milhões para ir para protótipos de moradias modulares de madeira em massa

A madeira maciça – madeira projetada como madeira laminada e laminada cruzada – é uma indústria emergente no Oregon que está recebendo um grande impulso neste novo ano.

Em uma sessão especial de 13 de dezembro, o Legislativo de Oregon aprovou US $ 5 milhões para o Porto de Portland e a Hacienda Community Development Corporation para construir protótipos de unidades habitacionais modulares feitas inteiramente de madeira maciça.

Além disso, o Port e a Oregon Mass Timber Coalition receberam um subsídio Build Back Better de $ 500.000 da Administração de Desenvolvimento Econômico dos Estados Unidos. Esta concessão de planejamento de fase um irá para o planejamento estratégico de uma instalação de manufatura modular de madeira em massa, a ser localizada no Terminal Marítimo 2 do Porto.

O projeto de protótipo de madeira em massa é um finalista elegível no desafio regional Build Back Better de US $ 1 bilhão – o único finalista no estado de Oregon. Na fase dois, a coalizão irá competir com os outros finalistas por 20-30 prêmios de até $ 100 milhões cada em financiamento do Plano de Resgate Americano, para ir para o desenvolvimento e expansão da manufatura de madeira em massa aqui no Noroeste do Pacífico.

A visão de apoiar a indústria madeireira em massa emergente do Oregon, aumentar as oportunidades de desenvolvimento econômico regional, criar carreiras e oportunidades de negócios para comunidades em dificuldades e acelerar a produção de moradias é apoiada por toda a delegação do Congresso do Oregon , bem como por funcionários do governo local, acadêmicos e empresas representantes.

“O desenvolvimento econômico é um esporte de equipe, especialmente aqui no Oregon. O sucesso desta proposta veio da força da coalizão que a apresentou e do compromisso de trazer vitórias como essa para o Oregon”, disse Sophorn Cheang, diretor da Business Oregon , em um comunicado.

Quanto aos protótipos de habitação modular em massa de madeira, eles estão planejados para serem desenvolvidos na instalação de fabricação modular de madeira em massa do Terminal Marítimo 2 e implantados em todo o Oregon.

O diretor executivo do Porto de Portland, Curtis Robinhold, disse em um comunicado que os protótipos serão implantados em pelo menos três comunidades diferentes do Oregon nos próximos dois anos.

“O protótipo de unidades habitacionais será embarcado e transportado de caminhão do Terminal 2 para comunidades em todo o Oregon para fornecer oportunidades de moradia para comunidades carentes”, disse Robinhold em um comunicado. “A indústria de construção residencial modular está emergindo, e nenhuma fábrica em Oregon está usando tecnologia de madeira em massa. A prototipagem colocará a pesquisa existente em um novo uso e demonstrará o potencial para novos conceitos de construção modular. Uma vez testada, a fabricação pode ser ampliada levando a melhorias fornecimento e custos reduzidos, tempos de construção reduzidos e menos desperdício de materiais. “

Após a criação do protótipo, o Porto e a Fazenda planejam fazer uma avaliação das medidas ambientais, econômicas e de eficiência para a criação dessas unidades em escala. De acordo com o Porto, o projeto de madeira em massa também pode potencialmente agregar empregos na manufatura, silvicultura e construção, ao mesmo tempo em que apóia a indústria emergente de madeira em massa do Oregon, além de fornecer suporte para a crise de falta de moradias.

“Dada a magnitude da necessidade de mais opções de moradia para pessoas de todos os níveis de renda em todo o Oregon, está claro que precisamos de inovação e maneiras mais rápidas de produzir casas”, disse Robinhold.

Hacienda CDC, uma organização sem fins lucrativos formada em 1986, fornece o apoio habitacional necessário para comunidades de baixa renda, predominantemente latinas – e construiu 381 unidades de aluguel acessível nas áreas de Portland e Nordeste do Norte e Nordeste e Molalla.

Ernesto Fonseca, CEO da Hacienda CDC, disse em um comunicado que a organização sem fins lucrativos está empenhada em explorar e desenvolver novas maneiras de atender às necessidades de diversas comunidades do Oregon.

“Esta parceria com o Porto de Portland preenche uma lacuna para moradias modulares desenvolvidas aqui em Oregon, fornecendo não apenas novas opções de moradias, mas oportunidades de trabalho e novos mercados para produtos de madeira de Oregon”, disse Fonseca em um comunicado. “Além disso, o desenvolvimento de casas modulares abordará a escassez de mão de obra na construção em comunidades menores e rurais do Oregon e pode oferecer opções de resposta rápida para enfrentar a escassez de moradias criada por emergências, como incêndios florestais.”

Fonte: Business Tribune

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