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Estudo inédito traz a erva-mate para a agenda global de discussões sobre o clima

A Embrapa Florestas e a Fundação Solidaridad estão desenvolvendo o projeto “Análise de sensibilidade de sistemas de produção de erva-mate com ênfase para o balanço de carbono, produtividade e renda”, para estimar o balanço de carbono de dois sistemas produtivos de erva-mate: adensado e a pleno sol. Esse tipo de estudo é inédito para a cultura da erva-mate.

O objetivo é projetar cenários e identificar quais variáveis agronômicas exercem maior influência na mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) com os sistemas estudados, contribuindo para a adaptação e aumento da resiliência climática dos sistemas produtivos mais usuais para o cultivo da erva-mate, frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Os estoques de carbono dos ervais avaliados também serão correlacionados às performances produtivas e de geração de renda por meio de uma análise de viabilidade econômica.

Iniciado em outubro de 2021, o projeto abrange propriedades rurais localizadas nos municípios de Cruz Machado e Bituruna, no Paraná.  Todas as propriedades são de pequeno ou médio porte e implantaram o erval há mais de dez anos. Os demais critérios técnicos de seleção das propriedades estabelecidos foram o tipo climático, solo, posição da paisagem, declividade e sistemas de cultivo e manejo dos ervais. 

Como explica Marcos Rachwal, pesquisador da Embrapa Florestas responsável pelo projeto, “cada sistema de produção tem características próprias que certamente influenciarão a emissão de gases de efeito estufa e o sequestro de carbono. Assim, será possível avaliar as fontes de emissão ou captura de carbono, considerando variáveis como a produção de biomassa; altura média das plantas de erva-mate; percentual de sombra; densidade de plantio; sistema de poda e destinação do resíduo; práticas de manejo do solo e utilização de insumos”. Com isso, será possível quantificar o balanço de carbono do cultivo de erva-mate e entender como estes sistemas de produção podem contribuir no cenário das mudanças climáticas.

Segundo Josileia Zanatta, também pesquisadora da Embrapa Florestas, “existe demanda por um maior entendimento sobre a relação da produção da erva-mate com a mitigação de emissões de gases de efeito estufa, por meio do armazenamento de carbono, podendo ser também importantes informações para gerar estratégias de agregação de valor a erva-mate num futuro breve”. 

O engenheiro agrônomo Gabriel Dedini, coordenador de projetos da Solidaridad, complementa que “demonstrar o potencial agroclimático da erva-mate proporciona ao setor a possibilidade do desenvolvimento de estratégias e ações para atrair investimentos e projetos, dentro de perspectivas globais de atuação. Porém, ainda mais importante, é a contribuição do estudo para demonstrar a viabilidade de modelagens agronômicas climaticamente mais eficientes, na mesma proporção que rentáveis, com o intuito de preservar o futuro, de uma dentre as mais importantes cadeias da nossa sociobiodiversidade”.

Produtividade e renda

A erva-mate é o principal produto florestal não madeireiro da região Sul do Brasil. Segundo dados do IBGE, o Estado do Paraná, onde acontece o projeto, em 2019 foi responsável por praticamente 60% da produção de erva-mate do País. Do total de 939.580 toneladas, 559.408 foram produzidas no Estado. 

Os sistemas com erva-mate também serão analisados financeiramente, com o objetivo de avaliar a viabilidade técnica e financeira de cada sistema de produção ao longo de 20 anos. Além de conhecer os principais indicadores financeiros, como valor presente líquido, tempo de retorno do investimento, relação benefício custo, entre outros, o agricultor precisará organizar suas atividades de campo e planejar suas atividades de manejo e a melhor forma de comercialização.

Segundo o pesquisador Marcelo Arco Verde, da Embrapa Florestas, “após a realização das análises financeiras, os sistemas com erva-mate passarão por simulações de cenários onde o agricultor verá o comportamento da erva-mate diante de variações nos custos de mão de obra e insumos, variações nos preços de venda e variações na produtividade e perdas nas podas de colheitas. Após analisar as várias opções apresentadas, o agricultor poderá escolher como cultivar a erva-mate de acordo com seu perfil de trabalho”.

Fonte: Embrapa Florestas

Foto: Katia Pichelli

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Balança comercial de Mato Grosso do Sul acumula superávit de US$ 3,8 bilhões no ano

Os resultados do setor externo de Mato Grosso do Sul mostraram um superávit acumulado no ano de US$ 3,8 bilhões de janeiro a outubro de 2021, conforme demonstram os dados da Carta de Conjuntura nº 72 elaborada pelo setor de Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), com informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Comparado com o superávit verificado no mesmo período do ano passado, o valor é superior em 8,56%. Esses resultados são fruto, principalmente, das exportações de soja (35,87% da pauta) e celulose (21,77% da pauta), que lideram as exportações do Estado. Destacam-se ainda o crescimento das exportações de produtos de origem animal (carne bovina (22,97%) e carne de aves (33,2%)); e derivados da soja (55,9%) que estão em alta no mercado internacional.

“O quadro é de estabilidade com viés de alta para a maioria dos produtos. A exceção é o milho, que apresentou queda nas exportações devido à safra ruim causada pelas más condições do clima. Já o volume exportado de soja e continua crescendo. No geral temos uma balança equilibrada, atestando a segurança de nossa economia”, pontuou o secretário adjunto da Semagro, Ricardo Senna.

A China permanece como principal destino das exportações com 47,22% dos valores exportados, embora em termos percentuais esteja um pouco abaixo do apurado no mesmo período do ano passado (47,8%). Apresentaram crescimento nas exportações o Egito (+63,4%) e Estados Unidos (+58,82%). O município de Três Lagoas, onde se concentram as fábricas de celulose) continua como principal exportador de produtos com 36,07% da pauta do Estado.

Carta de Conjuntura

As Cartas de Conjuntura do Setor de Exportação são instrumentos informativos que servem de fonte de referência para investidores, analistas de mercado, jornalistas e pesquisadores. A publicação é mensal, disponibilizada na página da Semagro na Internet e é baseada nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Fonte: Semagro

Foto: Paulo Cardoso

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No Mato Grosso do Sul, Eldorado Brasil apresenta 24º pedido de nova ferrovia

Eldorado Brasil Celulose pretende criar e operar nova linha férrea de 88,9 quilômetros de extensão, com investimento de R$ 890 milhões, entre Três Lagos e Aparecida do Taboado.

A empresa Eldorado Brasil Celulose é a autora do 24º pedido de autorização para construção e operação de uma linha ferroviária com base no Marco Legal das Ferrovias. Com investimento previsto de R$ 890 milhões e 88,9 quilômetros de extensão, o projeto da ferrovia está no Mato Grosso do Sul, entre os municípios de Três Lagos e Aparecida do Taboado.

O empreendimento será destinado ao transporte de carga estimada em 1,7 milhões de toneladas de celulose por ano. Após o requerimento da Eldorado, o Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra), já reúne 24 solicitações do tipo em análise no âmbito do programa federal Pro Trilhos.

Juntos, os pedidos representam R$ 100,92 bilhões em investimentos previstos e 7.590,69 quilômetros de extensão em novos trilhos, cruzando 14 unidades da Federação. Todas as solicitações são apreciadas pela equipe da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres (SNTT), com apoio técnico da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

A Eldorado é a segunda empresa do ramo de celulose interessada em desenvolver segmento próprio para visualizar o transporte de sua carga por trilhos. A Bracell apresentou projetos para duas novas linhas férreas no estado de São Paulo:  uma com 4,29 quilômetros de extensão em Lençóis Paulistas e outra, com 19,5 quilômetros, ligando, Lençóis Paulistas a Pederneiras.

NOVOS OPERADORES – Ao todo, 13 investidores privados respondem pelas solicitações apresentadas à União até o momento, interessados em entrar no setor de transporte ferroviário ou ampliar sua atuação no segmento graças ao programa federal Pro Trilhos. Lançada em setembro, a iniciativa visa ampliar a malha ferroviária nacional liberando sua exploração ao capital privado também pelo modelo de autorização, de forma mais célere e com menos burocracia, como já ocorre na exploração de infraestrutura em setores como telecomunicações, energia elétrica, portuário e aeroportuário.

Do total de proponentes, três já operam ferrovias pelo regime de concessão – VLI, Rumo e Ferroeste. São estreantes, além da Eldorado e da Bracell, Petrocity, Grão Pará Multimodal, Planalto Piauí Participações, Fazenda Campo Grande, Macro Desenvolvimento Ltda, Morro do Pilar Minerais S.A., Iron Brazil Railway e Minerva, que são originalmente vinculados a Terminais de Uso Privado (TUPs) ou aos próprios originadores de carga.

As 24 solicitações atendem demandas históricas do transporte ferroviário quanto à provisão de novas rotas e à inclusão de mais operadoresna oferta ferroviária para escoamento de cargas minerais, agrícolas e por contêneires pelo país. Além da equipe da SNTT, a ANTT analisa as propostas quanto à compatibilidade locacional dos projetos com o restante da malha ferroviária federal, implantada ou outorgada.

O Marco Legal das Ferrovias, criado pela Medida Provisória 1.065/2021, também avança no Congresso Nacional, após a aprovação pelo Senado Federal do PLS 261/18. O texto agora será analisado pela Câmara dos Deputados. Caso aprovado sem mudanças pelos deputados, a tramitação se conclui e o projeto segue para sanção do presidente da República.

Fonte: MInfra

Foto: Ricardo Botelho/MInfra

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Solução da Ponsse para combate aos incêndios já encontra-se em testes nas florestas brasileiras

Acoplado facilmente em Forwarders da Ponsse, o Firefighting Equipment é versátil, ágil e seguro no combate a incêndios florestais.

Sempre buscando eficiência e segurança para as operações de colheita florestal, a Ponsse insere no mercado uma solução para combate direto do fogo, que complementa as demais frentes de trabalho contra incêndios. O Ponsse Firefighting Equipment é um implemento que pode ser instalado na caixa de carga do forwarder para levar água até a floresta com praticidade e cuidado. 

Na última semana o equipamento passou por alguns testes operacionais nas florestas brasileiras, demonstrando seu grande potencial para o combate aos incêndios aonde outras soluções não conseguem chegar.

Fonte: Ponsse

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Ponsse registra aumento nos pedidos de máquina de colheita florestal

Investimentos no setor e aumento da demanda produtiva são fatores que impulsionam vendas de máquinas de colheita florestal

R$ 53,5 bilhões é a expectativa da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) de investimentos no setor de árvores plantadas no Brasil. Os valores representam uma injeção em toda a cadeia produtiva, fomentando desde a ampliação de áreas de cobertura florestal à consumo de serviços, veículos e maquinários. A Ponsse, marca finlandesa de soluções para colheita florestal no sistema corte no comprimento (CTL, na sigla em inglês), estima um incremento de 30% nas vendas totais quando comparada ao mesmo período de 2020.

“O aumento das vendas é impulsionado, principalmente, pelos grandes investimentos do setor no país. Os últimos 12 meses foram desafiadores. Os pedidos de máquinas chegaram a ter um pequeno recuo no segundo trimestre do ano passado, porém, com a retomada, registramos o aumento de 30% nas vendas totais e que chega a 45% quando se analisa a venda de máquinas isoladamente”, destacou Rodrigo Marangoni, Gerente de Vendas e Marketing da Ponsse no Brasil.

A Ponsse se estruturou para atender essa demanda no Brasil e hoje já emprega mais de 400 pessoas em todo o país e mantém cinco unidades nas cidades de Mogi das Cruzes (SP), Lençóis Paulista (SP), Belo Oriente (MG), Eunápolis (BA) e Telêmaco Borba (PR). A expectativa, segundo Rodrigo, é manter o ritmo de crescimento de vendas para os próximos anos, tendo em vista a potencialidade de expansão do mercado florestal no país.

As máquinas, que são totalmente importadas da Finlândia, onde fica fábrica da Ponsse, seguem a previsão de entrega de um ano, mesmo patamar anterior à pandemia. De janeiro a agosto de 2021, mais de 100 equipamentos foram importados para o Brasil, um montante de cerca de R$ 150 mi, “São valores que fazem crescer toda a comunidade das cidades onde possuímos unidades, gerando empregos e oportunidades”, disse Marangoni.

Desafios

A expansão das áreas florestais para atender a demanda da indústria por madeira aponta alguns desafios para a colheita florestal. Máquinas mais eficientes e com maior disponibilidade operacional estão no topo da lista de requisitos, sem contar a economia e a sustentabilidade.

A alta procura por eficiência, economia e resultado impulsiona o desenvolvimento de produtos cada vez mais tecnológicos, de alto rendimento e robustez, sobretudo nas operações brasileiras. “Temos no Brasil dois principais desafios que é a alta atividade operacional, onde se necessita de máquinas grandes e robustas e que suportem a intensidade da operação em questão de tempo, e as dificuldades operacionais, como é o caso das áreas declivosas, que demandam diferenciações técnicas para uma operação segura e sustentável”, destacou Rodrigo.

A especificidade do mercado nacional estimulou a criação de produtos voltados a atender o Brasil. Como exemplo, o mais novo cabeçote Ponsse H7HD Euca, lançado este ano; soluções de guincho de tração auxiliar para operações em declives; e forwarders com maior capacidade de carga.

Fonte: Ponsse

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Webinar sobre Carbono das Florestas Plantadas reúne pesquisadores renomados da UFSM e UFRGS

O cultivo de florestas plantadas está entre as melhores alternativas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. As árvores no crescimento sequestram carbono e geram excelentes oportunidades de negócios. Para falar sobre o tema, o projeto Riquezas Cultivadas fará no dia 9 de novembro, terça-feira, às 9h, o webinar “Florestas e Mudanças Climáticas – Carbono Florestal”com transmissão ao vivo pela página da Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais no Facebook (FB.com/FlorestaRS).


Participam da conversa os professores doutores Jorge Antonio Farias, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Arthur Germano Fett Neto, pesquisador do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 


A mediação será de Daniel Chies, Gestor Florestal da Madem S/A, vice-presidente Adjunto da Ageflor e coordenador da Câmara Setorial das Florestas Plantadas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.


O evento online com duração de aproximadamente 1h é gratuito, sem necessidade de inscrição prévia.
A série de webinars do projeto Riquezas Cultivadas no Rio Grande do Sul – Florestas Plantadas é apresentado pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo por meio da Lei de Incentivo à Cultura, numa realização da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da produtora cultural Simples Assim, com planejamento cultural da Kunst Empresa de Cultura.


O projeto conta com Patrocínio Master da CMPC Brasil e Patrocínio da Companhia Riograndense de Saneamento – Corsan, Navegação Aliança e Grupo Seta.

A atividade dá continuidade ao projeto “Riquezas Cultivadas no Rio Grande do Sul – Florestas Plantadas” que lançou em 2020 um livro retratando paisagens gaúchas de áreas cultivo de árvores e vem realizando uma série de webinars com foco no cenário da acácia-negra, do eucalipto e do pínus. O último evento discutiu as florestas plantadas e sua relação com a água.  Os eventos seguintes irão colocar em pauta também a segurança jurídica dos plantios e a integração universidade e empresas.

A série de webinars do projeto Riquezas Cultivadas no Rio Grande do Sul – Florestas Plantadas é apresentado pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo por meio da Lei de Incentivo à Cultura, numa realização da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da produtora cultural Simples Assim, com planejamento cultural da Kunst Empresa de Cultura.

O livro artístico fotográfico de autoria do fotógrafo e professor universitário Mateus Portal teve tiragem de 1,5 mil exemplares. Para o desenvolvimento do projeto, Ageflor e Simples Assim, tendo também a Kunst Empresa de Cultura no planejamento cultural, tiveram sua realização por meio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, com a Lei Federal de Incentivo à Cultura do Governo Federal. Patrocinam a iniciativa a CMPC Brasil, a Navegação Aliança, o Grupo Seta e a Companhia Riograndense de Saneamento – Corsan – Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Novas Façanhas.


SERVIÇO
O QUE: Webinar Carbono Florestal
QUANDO: 9 de novembro, 9h
COMO: Live com tempo estimado de 1h, gratuita, sem necessidade de inscrição
ONDE: Rede social da Ageflor (FB.com/FlorestaRS) 


LIVRO
O livro “Riquezas Cultivadas no Rio Grande do Sul – Florestas Plantadas” tem valor de R$ 50,00 para aquisição, destinados ao desenvolvimento de ações socioambientais. Pedidos podem ser feitos por meio do formulário no site http://www.ageflor.com.br/riquezascultivadas ou pelo e-mail riquezascultivadas@ageflor.com.br.

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Bioinvestimentos do setor de árvores cultivadas chegam a R$57,2 bilhões

Maior aporte privado do Brasil prioriza soluções e produtos com foco em sustentabilidade

Priorizar um novo modelo tornou-se urgente, diante da realidade das mudanças climáticas. Na vanguarda de um crescimento verde, o setor de árvores cultivadas tem sido um dos exemplos na construção desta nova economia.  Estão em andamento ou anunciados bioinvestimentos na ordem de R$ 57,2 bilhões até 2024, segundo levantamento exclusivo da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). 

Esse montante bilionário tem como principal destinação florestas, novas fábricas, expansões, inovação e tecnologia. Pilar fundamental neste passo rumo a um crescimento ainda mais sustentável é o avanço em iniciativas que mitigam impactos ambientais, como utilização de energia limpa, menor emissão de CO2, gestão de resíduos, circularidade, entre outras frentes de atuação. 

“Este é um setor que está do lado certo da equação na batalha contra as mudanças do clima. Planta 1 milhão de árvores por dia, possui 9 milhões de hectares de plantios florestais com finalidade industrial, enquanto preserva outros 5,9 milhões de hectares em florestas nativas. Juntas, estas florestas removem e estocam 4,48 bilhões de toneladas de CO2. Mas o auxílio na mitigação dos GEEs não para por aí e os investimentos em curso, além dos que estarão sendo iniciados, almejam tornar o processo fabril ainda mais sustentável, acompanhando a evolução tecnológica e fazendo delas aliadas nesta urgente batalha de todos nós”, comenta o diretor executivo da Ibá, Embaixador José Carlos da Fonseca Jr.

A CMPC, em Guaíba (RS), iniciou investimento de R$2,75 bilhões, o maior da iniciativa privada no Estado Gaúcho. Chamado de BioCMPC, o projeto tem como principal objetivo promover modernizações em esforços de sustentabilidade e na operação, gerando um incremento na produção de celulose, insumo de fonte renovável e que dá origem a produtos recicláveis e biodegradáveis. Contudo, o diferencial deste projeto está nas 31 iniciativas desenhadas para minimizar possíveis impactos da produção industrial. A principal delas reside na construção de uma nova caldeira de recuperação para produção de energia 100% limpa.  

Também o projeto Puma II, da Klabin, em Ortigueira, está levando ao Paraná R$12,9 bilhões. Na unidade, está sendo implantada tecnologia de gaseificação de biomassa para ser utilizada no processo fabril com substituição de óleo combustível no forno de cal, com reduções significativas de emissões de CO2. O produto final será o papel kraftliner feito à base de fibras de eucalipto, chamado de Eukaliner, com menor impacto ambiental. As embalagens de papel têm função fundamental, com o aumento de pedidos via e-commerce e delivery. São um exemplo de economia circular devido à alta taxa de reciclagem das embalagens de papel.

Um dos maiores investimentos privados do País, o Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo (MS), da Suzano, elevará em 20% a capacidade de produção de celulose da empresa, após aportados os  R$14,7 bilhões previstos. A expansão da base florestal produtiva aumentará a remoção de CO2 da atmosfera; a nova unidade será autossuficiente em energia; terá como base fonte renovável; e pretende exportar, aproximadamente, 180 MW médios ao sistema elétrico nacional. 

A Bracell, por sua vez, está dando andamento ao projeto Star, em Lençóis Paulista. Seguindo o que há de mais moderno em tecnologia, a expansão não utilizará combustíveis fósseis para geração de energia, o que evitará a emissão de milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Além de autossuficiente, a unidade abastecerá o Sistema Interligado Nacional com energia de origem  limpa e renovável. Juntamente à tradicional celulose, ali será produzida celulose solúvel, alternativa sustentável para uma série de segmentos como alimentício e automotivo, mas com foco principal na fabricação de viscose, uma opção ecológica para a indústria têxtil. Atualmente, o market share global do segmento de tecidos aponta que a viscose é responsável por 7%. 

A LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing, também está levantando uma unidade no Triângulo Mineiro exclusivamente dedicada à produção de celulose solúvel com objetivo de fabricação também de tecido verde. 

No segmento de papel os avanços vêm por parte, também, de avanços como os da Carta Fabril e da Oji Papéis. E vale mencionar investimentos da Berneck, em Lages (SC), em painéis de madeira, assim como a Guararapes, em Caçador (SC). Amata e Dexco realizaram aporte na Urbem (PR), empresa focada na fabricação de estruturas de madeira para construção civil a partir do pinus.  

Todo este movimento resulta no aumento de oportunidades em todo o País. As obras de expansão devem gerar 35 mil vagas temporárias. Ao fim, serão mais 14 mil vagas fixas nessa cadeia, que soma hoje cerca de 1,4 milhão de empregos diretos.

“Todos estes bioinvestimentos visam a atender aos anseios da sociedade moderna, crescentemente preocupada com a sustentabilidade socioambiental. Em tendência universal é irreversível, agora acentuada no pós-pandemia,  o consumidor, sobretudo nas novas gerações, terá o olhar muito mais atento à origem adequada, à rastreabilidade, às certificações e ao pós-uso que sejam corretos e verificáveis. Em seu processo produtivo, o que consumimos terá que passar no teste da sustentabilidade, da sanidade e do impacto positivo no planeta. Como nosso setor tem zona de influência que se espalha por mais de 1.000 municípios brasileiros, não há exagero em afirmar que levamos desenvolvimento socioeconômico a regiões distantes dos grandes centros, dinamizando social e economicamente áreas antes deprimidas, movendo para cima o ponteiro de métricas fundamentais como IDH e IDEB”, completa José Carlos da Fonseca Jr.

SOBRE A IBÁ

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 47 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Saiba mais em www.iba.org.

Fonte: IBÁ

Foto: Paulo Cardoso

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Conheça o “Ouro Verde”, biocombustível a base de lignina que pretende substituir o petróleo

Registrado como Goldilocks® (Cachinhos Dourados®), o biocombustível a base de lignina líquida é gerado exclusivamente a partir de resíduos florestais e agrícolas de origem sustentável, e vem com a promessa de ser uma alternativa eficiente ao petróleo

Fundada em 2017, a Vertoro, startup holandesa que patenteou o processo, produz lignina líquida exclusivamente a partir de resíduos florestais e agrícolas de origem sustentável por meio de um processo termoquímico. Como o óleo fóssil, a lignina líquida pode ser usada como uma plataforma para aplicações de combustível, produtos químicos e materiais.

A Vertoro planeja construir uma planta de demonstração, que entrará em operação em 2022. A produção dessa planta será usada para desenvolver combustíveis navais em parceria com a Maersk, bem como outras aplicações para os mercados de materiais e produtos químicos.

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Nosso objetivo é oferecer produtos competitivos e sustentáveis para clientes que se preocupam com os custos e com o meio ambiente em todo o mundo”, disse Michael Boot. Co-fundador e CEO da Vertoro.

“Ouro Verde” – Robusto, simples e flexível

O “Ouro Verde“, tem origem em resíduos de biomassa amadeirada ou lignina técnica. Como informado pela instituição, o processo é simplificado “Misturamos com um solvente, aquecemos e extraímos nosso ouro verde“. Este produto resultante pode então ser usado para diferentes aplicações – para fazer materiais, vários combustíveis e aditivos de combustível. “Estamos a caminho de produzir um produto de plataforma com enorme potencial de mercado, que seja capaz de responder à necessidade urgente de transformar nossa economia baseada em fósseis em uma mais sustentável.

Possibilidades ilimitadas

Ao trazer Goldilocks® (Cachinhos Dourados®) ao mercado, a Vertoro está oferecendo um novo tipo de produto de plataforma verde que pode ser usado para fazer materiais, combustíveis e produtos químicos. Inúmeras aplicações a jusante são possíveis. “Cachinhos dourados® permite que nossos clientes diminuam significativamente sua pegada de carbono, sem custos crescentes. Estamos ansiosos para discutir a solução sob medida que permitirá que você mantenha seu negócio sem ter que mudar seu hardware.

Investimentos

Pela terceira vez em apenas dois meses, a AP Moller – Maersk, a empresa-mãe da gigante da navegação, investiu em uma empresa de desenvolvimento trabalhando em combustíveis alternativos como parte dos esforços da empresa para se tornar líder na descarbonização da indústria naval. Esses investimentos, feitos por meio da Maersk Growth, o segmento de empreendimentos corporativos da empresa, destacam a adição da categoria de combustíveis verdes como um tema de subinvestimento adicional sob o guarda-chuva geral de investimentos da cadeia de suprimentos da empresa.

Consideramos a Vertoro uma startup líder no espaço sustentável de biomassa para líquidos e estamos entusiasmados em investir na empresa e nos tornarmos parte dos esforços para aumentar a produção de combustíveis verdes com eficácia”, disse Peter Votkjaer Jorgensen, um parceiro da Maersk Growth. “Além disso, acreditamos que podemos oferecer valor além do capital por meio da experiência e escala da organização Maersk mais ampla.

A Maersk espera que vários tipos de combustível existam lado a lado no futuro e, neste estágio, está buscando investimentos em vários caminhos para alcançar a futura transição de combustível. A empresa relata que identificou quatro caminhos potenciais de combustível para descarbonização, com foco em biodiesel, álcoois, amônia e álcoois enriquecidos com lignina.

Michael Boot da Vertoro acredita que a empresa está usando um “modelo inspirado em disruptores simples em outras indústrias que hoje estão entre as mais lucrativas em seu setor. Este investimento nos deixará mais perto de atingir essa meta em estreita cooperação com nossa equipe comprometida, nossos investidores e nossos parceiros. ”, explica o CEO.

Biomassa abundante e renovável

biomassa lignocelulósica é o recurso natural mais econômico, abundante e altamente renovável do mundo. Tem potencial para se tornar um dos principais recursos sustentáveis do mundo. A política de uso de matéria-prima da Vertoro se concentra no uso da biomassa residual, como material inicial em vez de usar material vegetal virgem. Os três principais componentes da biomassa são a celulose (40-50%), a hemicellulose (20-30%) e a lignina (10-25%).

Atualmente, a celulose e a hemicellulose são empregadas em diferentes aplicações industriais, como fabricação de papel e produção de etanol. No entanto, a mistura heterogênea de fragmentos de lignina é difícil de processar quando isolada. Como resultado, não pode ser considerada uma matéria-prima adequada para a indústria, que requer matérias-primas uniformes com qualidade consistente. Consequentemente, menos de 2% da lignina gerada anualmente por essas indústrias é valorizada.

Vantagens para o Brasil

O Brasil possui um grande potencial para utilizar esta tecnologia, levando-se me consideração que o país já é um dos maiores produtores de biocombustíveis. Com a adoção do “Ouro Verde” poderíamos facilmente nos tornar uma superpotência energética, com o aproveitamento dos subprodutos gerados nas diversas culturas agrícolas.

Fonte: Agronews

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Suzano vende 3 milhões de toneladas de celulose e papéis no terceiro trimestre de 2021

Com fortes resultados, alavancagem cai e companhia inicia novo ciclo de expansão

Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, comercializou 3 milhões de toneladas de celulose e diferentes tipos de papéis ao longo do terceiro trimestre de 2021. Os dados constam no balanço trimestral da companhia, a maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina.

As vendas de celulose alcançaram 2,7 milhões de toneladas entre julho e setembro. A celulose é a matéria-prima utilizada na fabricação de papéis sanitários, embalagens, fraldas, máscaras e papéis de imprimir e escrever em geral, entre outros produtos essenciais para o dia a dia das pessoas. No segmento de papéis, as vendas atingiram 337 mil toneladas.

A receita líquida totalizou R$ 10,8 bilhões, o melhor resultado trimestral registrado pela companhia desde a constituição da Suzano S.A., em janeiro de 2019. A Suzano opera 11 fábricas no Brasil, incluindo a Unidade Três Lagoas (MS), que possui duas fábricas em operação, com capacidade de produção de 3,25 milhões de toneladas de celulose ao ano. A companhia também tem participação na joint operation Veracel.

Outro destaque positivo do trimestre foi a retração no nível de endividamento, medido pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado. O indicador caiu de 3,3 vezes em dólar ao final de junho para 2,7 vezes ao final de setembro. Com isso, a companhia conclui o ciclo de desalavancagem financeira pós-fusão com a antiga Fibria e inicia uma nova etapa de expansão com a construção de uma fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo (MS).

“Este novo recorde trimestral foi alcançado a despeito das pressões inflacionárias sobretudo em commodities e dos desafios logísticos que têm marcado o comércio internacional em 2021”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka. “Ele simboliza a dedicação de nossos colaboradores, colaboradoras e parceiros na busca por resultados sustentáveis que nos permitam continuar gerando e compartilhando valor com todos os stakeholders”, completa.

Outras duas importantes novidades foram divulgadas pela Suzano após o encerramento do trimestre. Na frente de expansão, a companhia anunciou nesta quinta-feira a aprovação do Conselho de Administração para dar andamento à construção da fábrica em Ribas do Rio Pardo. Detalhes do projeto serão divulgados no dia 5 de novembro.

Já na agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês), a companhia comunicou na semana passada a revisão de sua meta de remoção de carbono. O objetivo da Suzano de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera foi antecipado de 2030 para 2025. “Ao anunciar o novo objetivo, esperamos que governos, empresas e a sociedade em geral também revisitem seus compromissos para que a COP26 seja um marco estruturante para o avanço de uma nova economia de baixo carbono”, diz Schalka.

A COP26 é a 26ª Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá entre 1º e 12 de novembro, em Glasgow, no Reino Unido. Ele é considerado um dos mais importantes e aguardados eventos da última década pois espera-se que durante a COP26 as lideranças globais encontrem soluções adicionais para que sejam cumpridas as metas de redução de emissões de carbono estabelecidas no Acordo de Paris.

Sobre a Suzano

Suzano é referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, e tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Com 97 anos de história e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano, exporta para mais de 100 países. Tem sua atuação pautada na Inovabilidade – Inovação a serviço da Sustentabilidade – e nos mais elevados níveis de práticas socioambientais e de Governança Corporativa, com ações negociadas nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.suzano.com.br

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Suzano confirma construção do Projeto Cerrado e amplia capacidade de produção em MS

A Suzano confirmou, em reunião de seu Conselho de Administração, a implementação da indústria de papel e celulose no município de Ribas do Rio Pardo. O Projeto Cerrado foi anunciado ao mercado em maio e cinco meses depois, amplia a capacidade de produção de 2,3 milhões de toneladas anunciados para 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano.

A previsão é de que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2024 e até lá, o município deve receber mais de 10 mil trabalhadores na fase de obras. Em janeiro de 2022 a previsão é de ter 9 mil trabalhadores diretos no canteiro de obras da indústria em Ribas do Rio Pardo.

O investimento segue estimado em R$ 14,7 bilhões na construção da maior indústria de celulose em planta única do mundo. O anúncio representa uma importante conquista para o Governo do Estado, que dentro da política de atração de investimentos e ambiente de negócios, tem trabalhado para atrair indústrias e consequentemente agregar valor à produção a gerar empregos.

O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) destacou a importância do projeto para o município e para o Estado, que se torna referência mundial em produção de celulose.

“Além dos postos de trabalho gerados, é fortalecida também a expansão da nossa base florestal. A unidade da Suzano já nasce com toda a indicação de carbono estabelecida. É, portanto, uma indústria carbono neutro, dentro dos parâmetros que buscamos para o Estado”, afirma.

Fonte SEMAGRO

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