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R$ 132 milhões para pavimentar rodovia que vai ajudar o transporte de madeira para a nova fábrica da Suzano

A empresa Vale do Rio Novo Engenharia e Construções venceu licitação de R$ 132 milhões para pavimentar rodovia no município de Ribas do Rio Pardo. O município está em fase de obras da fábrica de celulose Suzano e terá investimento de R$ 14,7 bilhões na economia, nos próximos anos.

Conforme o aviso de homologação de licitação publicado pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) publicado nesta segunda-feira (17), as obras serão de implantação e pavimentação asfáltica, inclusive obras de artes especiais, da MS-338. A empreiteira já executa obras na rodovia, tendo vencido a licitação no lote 1.

As obras serão entre a BR-060, entre MS-357, com extensão de 66,26 km. O valor total da licitação é de R$ 132.560.543,65. Conforme consta do processo, o resultado foi devidamente adjudicado à empresa vencedora sendo igualmente homologado todo o procedimento pela autoridade competente. 

A MS-338 liga Ribas a Camapuã, cruza com a MS-245, que dá acesso a Bandeirantes. 

Outros contratos

De acordo com o Portal da Transparência, a empresa mantém outros quatro contratos com a Agesul, que somados custam mais de R$ 171 milhões. Um deles tem valor de R$ 88.851 milhões e a empreiteira executa obra de pavimentação também na MS-338, lote 1, com extensão de 45,40 km. 

Fonte: Agesul

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Portugal anuncia mais de 2 milhões de euros para produção florestal

O Governo anunciou a disponibilização de 2,3 milhões de euros para ações a executar por organizações de produtores florestais e centros de competência do setor florestal.


As verbas provêm de uma dotação global de 10 milhões de euros para reforço de atuação das organizações de produtores florestais e dos centros de competências do setor florestal do Programa MAIS Floresta do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), refere uma nota do Ministério do Ambiente e Ação Climática. Dos 2,3 milhões de euros, 1,664 milhões destinam-se às organizações de produtores florestais de âmbito nacional ou regional de natureza federativa.


Estas verbas irão financiar a 100% ações de gestão florestal, de estabilização de emergência pós-incêndio, de implementação de processos de certificação da gestão florestal sustentável ou de extensão florestal, através da informação, sensibilização, aconselhamento e apoio aos proprietários e produtores florestais. Em abril, após a decisão das candidaturas apresentadas pelas organizações de produtores florestais de âmbito nacional ou regional de natureza federativa, será iniciada a segunda fase de atribuição de apoios, relativa a 7,7 milhões de euros, com a abertura de um novo aviso Convite dirigido às restantes organizações de produtores florestais com atividade demonstrada no território.

Estas vão desenvolver e executar ações relevantes para a gestão da floresta que se prendem com o aumento da área com gestão agregada de pequenas propriedades, controlo de agentes bióticos nocivos e prevenção de fogos rurais. O outro aviso convite, no valor de 624 mil euros, visa potenciar as parcerias constituídas no âmbito dos centros de competências do setor florestal, que funcionam como estruturas de agregação dos produtores e proprietários, da indústria, do sistema científico e tecnológico nacional e das autarquias.

Fonte: MundialFM

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Embrapa promove curso on-line sobre produção integrada de oliveira

Capacitação on-line em Produção Integrada de Oliveira está com inscrições abertas até o dia 31 de janeiro

A Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) estará com inscrições abertas até o dia 31 de janeiro para curso on-line sobre produção integrada de oliveira (PIO). Disponível na Vitrine de Capacitações On-line da Embrapa (e-Campo), o curso abriga cinco módulos on-line obrigatórios e um presencial opcional, que corresponde a uma visita técnica a olival comercial. Ao todo, são 40 horas de carga horária, a ser cumprida até 31 de março de 2022. Inscrições podem ser feitas neste link.

Além de difundir conhecimentos sobre a olivicultura e seu respectivo sistema de produção, a  capacitação também forma responsáveis técnicos (RT) e auditores com certificação pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para as áreas de campo e indústria. Podem se inscrever produtores, agrônomos, técnicos, estudantes e outros interessados no tema.

Investimento

Para o público geral, o valor da inscrição é de 180 reais. Já para os interessados na certificação como RT ou auditor, o investimento é de 200 reais. Mas, neste caso, é necessário comprovar formação como agrônomo ou técnico agrícola, com registro no respectivo conselho de classe. No caso dos estudantes em fase de conclusão do curso, a certificação como RT ou auditor será fornecida após a obtenção do registro profissional. 

Módulos

Nos cinco módulos obrigatórios, são abordados os temas: “A olivicultura no Brasil e sua importância econômica, social e ambiental”; “Marco legal da Produção Integrada (PI)”; “Boas Práticas Agrícolas de manejo do solo, pragas e doenças”; “Boas Práticas de colheita e processamento de azeitona para elaboração de azeite”; e “Áreas Temáticas, Rastreabilidade, Planejamento ambiental e Organização dos produtores”.  Já o sexto módulo, que é opcional, corresponde à visita técnica acompanhada a um olival e a uma unidade processadora, em Bagé/RS, nos dias 16 e 17 de março deste ano. 

Foco na sustentabilidade

A Produção Integrada (PI) é um sistema moderno, fundamentado nos princípios da sustentabilidade social, econômica e ambiental, baseado em boas práticas agropecuárias e com respeito à legislação trabalhista. Sob este método, a produção resulta em alimentos seguros, com monitoramento em todas as etapas de produção, permitindo a continuidade do sistema produtivo, com sustentabilidade ao longo dos anos, de modo a elevar os padrões de qualidade e competitividade dos produtos ao patamar de excelência. 

Fonte: Embrapa

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BOLETIM DO PROJETO CERRADO: Mais de 2 milhões de horas trabalhadas

As obras da maior fábrica de celulose em linha única do mundo, em Ribas do Rio Pardo, começaram em maio de 2021 e, desde então, o número de trabalhadores envolvidos na construção cresce a cada dia, devendo chegar a 10 mil pessoas no pico da construção. Se somarmos as horas já trabalhadas de todos os profissionais atuantes no projeto, o número impressiona: até dezembro, foram 2.163.617 horas trabalhadas, o que equivale a 246 anos. E o melhor de tudo: são mais de 2 milhões de horas sem acidentes com afastamento, uma importante marca de segurança do trabalho.

Reconhecimento mundial

Onde mantém operações, a Suzano se empenha em pôr em prática estratégias de desenvolvimento social e deixar um legado de boas práticas sociais. E a proteção dos direitos de crianças e adolescentes é uma das áreas em que a empresa atua fortemente, principalmente por meio do programa Agente do Bem, lançado em 2015 em parceria com a Childhood Brasil, para a prevenção e o enfrentamento da exploração sexual.

Devido às ações do programa, principalmente no Mato Grosso do Sul, a Suzano foi reconhecida mundialmente no relatório do Global Child Forum, atingindo a terceira    posição  mundial. A companhia liderou todas as categorias do relatório dentre as empresas brasileiras que incentivam a proteção dos direitos das crianças. Em Ribas do Rio Pardo (MS), o programa foi lançado em setembro de 2021 e já mobilizou 3.332 trabalhadores na obra de construção da nova fábrica no município.

Você sabia?

Numa obra do porte do Projeto Cerrado, chama a atenção a intensa movimentação de grandes quantidades de terra (terraplenagem) para adequar o relevo do terreno de acordo com as necessidades da construção das grandes estruturas físicas que compõem uma fábrica de celulose. Até o término da obra serão movimentados 17,7 milhões de metros cúbicos de terra, suficientes para encher uma fileira e meia de caminhões que se estenderia do Oiapoque ao Chuí, ou seja, mais de 6 mil quilômetros de caminhões enfileirados.

Fonte: Suzano

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Campanha #SouMaisPapel tem nova fase com a união de entidades, fabricantes e fornecedoras do setor de celulose e papel

No atual contexto, no qual se discute qual planeta teremos para as futuras gerações, o setor mostra sua outra ponta: como atua para entregar soluções inovadoras e com foco na eficiência e na sustentabilidade, contribuindo com outros segmentos

Foi lançada na última quarta-feira, 12 de janeiro, a segunda onda da campanha #SouMaisPapel, iniciativa de entidades e empresas que compõem a cadeia de base florestal, responsável pela produção de celulose, papel, embalagem de papel, pisos laminados, painéis de madeira, entre outros. O objetivo do movimento é informar ao grande público toda sustentabilidade existente ao longo do processo produtivo desta indústria, desde o campo até o bioproduto nas mãos dos consumidores.

Nesta oportunidade, além das 15 entidades que participaram da primeira fase da campanha em 2021, juntam-se as empresas fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor de celulose e papel, como Andritz, Valmet e Voith, além da Andipa (Associação Nacional dos Distribuidores de Papel).

Por meio de peças em redes sociais e com foco no dia a dia das pessoas, a campanha trará dados relevantes que comprovam a atuação do setor em busca de eficiência, sustentabilidade e inovação. Nesta oportunidade, também será reforçado como o setor é importante para outras áreas da economia e apresenta soluções que impactam no cotidiano de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.

No atual contexto, no qual se discute qual planeta teremos para as futuras gerações, o setor de papel e celulose mostra mais uma vez que atua para entregar soluções amigáveis ao meio ambiente e tem foco total na eficiência e na sustentabilidade.

“Colocar mais uma etapa da campanha #SouMaisPapel no ar demonstra que o setor de árvores cultivadas está do lado certo da equação das mudanças climáticas. É fundamental também atuarmos de maneira educativa, informando o público final sobre o processo sustentável que há por trás de cada produto da indústria de base florestal que é fundamental para o dia a dia. A boa repercussão da primeira fase chamou a atenção de empresas e associações, que se dispuseram a se juntar para uma segunda onda e reforçar este movimento que leva informação para toda a sociedade”, diz o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Ibá.

“Para a Voith, apoiar a 2ª fase da campanha #SouMaisPapel soou de forma muito natural. Somos parceiros das empresas e associações do setor de papel e celulose há muito tempo e seguimos firmes com o nosso propósito de trabalhar por um mundo melhor com papel”, comenta Antonio Lemos, presidente da Voith Paper América do Sul.

“O setor gráfico sempre foi um entusiasta da campanha #SouMaisPapel. Todos os nossos associados mergulharam no projeto e por isso mantivemos o apoio nesta segunda etapa com o mesmo empenho da primeira. Acreditamos que a união dos setores é fundamental para levarmos as nossas mensagens cada vez mais longe”, explica o Sidney Anversa Victor, Presidente da ABIGRAF Nacional.

A primeira fase da #SouMaisPapel obteve resultados expressivos com marcas superiores a 6 milhões de pessoas alcançadas e mais de 100 mil interações nas mídias sociais.

Participantes

A 2ª etapa da campanha #SouMaisPapel conta com o patrocínio da Voith, da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação nacional do setor de árvores cultivadas e o apoio das empresas citadas anteriormente e das entidades setoriais Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Empapel, ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), ANAP (Associação Nacional dos Aparistas de Papel), ANDIPA (Associação Nacional dos Distribuidores de Papel) e Two Sides. Junto a elas, nove associações representativas estaduais massificarão as mensagens regionalmente: ABAF (Associação Baiana de Empresas de Base Florestal), ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais), AMIF (Associação Mineirada Indústria Florestal), APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), Arefloresta (Associação dos Reflorestadores do Mato Grosso), Cedagro (Centro de Desenvolvimento do Agronegócio), Florestar (Associação Paulista dos Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas) e Reflores MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).

Fonte: Sou Mais Papel

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Bracell recebe aprovação para operação comercial de energia renovável

Gerada em uma termoelétrica verde a partir de madeira de eucalipto, uma fonte renovável, a energia produzida é capaz de atender ao consumo de cerca de três milhões de pessoas por ano

A Bracell, referência na produção de celulose, recebeu a autorização oficial emitida pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a iniciar a comercialização de energia para todo o território nacional.  A energia produzida e apta para a comercialização é gerada a partir dos extrativos da madeira de eucalipto, matéria-prima utilizada para produção de celulose e classificada como uma fonte verde, limpa e renovável. O volume excedente de energia produzido pela termoelétrica é capaz de atender ao consumo de 750 mil residências, ou seja, cerca de três milhões de pessoas, por um ano.

“Estávamos operando em período de testes, que após finalizados, foram submetidos para a aprovação dos órgãos competentes que, em prazo recorde, concederam a aprovação. Com isso, passamos a disponibilizar um excedente de energia de 150 MW e 180 MW para o Sistema Interligado Nacional”, diz Daniel Bittencourt de Souza, gerente de regulamentação e comercialização de energia da Bracell, sobre o processo para a conquista da aprovação.

Outro grande diferencial que envolve a produção desta energia verde produzida é o uso da tecnologia GIS na subestação SE-440kV. Daniel explica seu uso “Trata-se de uma estrutura que comprime e compacta os equipamentos a gás (SF6) cujos principais benefícios são a redução na área de ocupação dos equipamentos, a oferta de alto índice de confiabilidade na conexão direta da Bracell com o SIN (Sistema Interligado Nacional) e os altos índices de disponibilidade na conexão elétrica de energia entre as cidades vizinhas à Lençóis Paulista, local onde fica a nossa fábrica. No segmento de celulose, a Bracell é a primeira no país a unir a conexão 440kV à esta tecnologia GIS.”, diz o executivo.

A notícia vem de encontro com o compromisso da companhia com a sustentabilidade. A nova fábrica possui investimentos em tecnologias para que o valor ambiental seja positivo, tendo como destaque a autossuficiência energética em matriz 100% renovável, com produção de energia verde e de qualidade. O assunto vem sendo debatido amplamente, pois a eliminação progressiva do uso de materiais como o carvão e outros subsídios ineficientes para os combustíveis fósseis foi um dos temas de destaque da COP 26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, uma vez que esse foi o primeiro acordo climático da Conferência das Partes a fazer qualquer menção ao papel dos combustíveis fósseis, os maiores contribuintes para a crise climática de origem humana.

Além do uso de biomassa 100% renovável como matéria-prima para produção do biogás, a Bracell emprega os mais avançados conceitos de controle ambiental e sustentabilidade, com foco na redução do desperdício e no baixo consumo de água.

Sobre a Bracell  

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. 

Sobre a RGE 

A RGE Pte Ltd gerencia um grupo de empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. As atividades vão desde o desenvolvimento e a colheita de recursos sustentáveis, até a criação de diversos produtos com valor agregado para o mercado global. O compromisso do grupo RGE com o desenvolvimento sustentável é a base de suas operações. Todos os esforços estão voltados para o que é bom para a comunidade, bom para o país, bom para o clima, bom para o cliente e bom para a empresa. A RGE foi fundada em 1973 e seus ativos atualmente ultrapassam US$ 25 bilhões. Com mais de 60.000 funcionários, o grupo tem operações na Indonésia, China, Brasil, Espanha e Canadá, e continua expandido para envolver novos mercados e comunidades. www.rgei.com

Fonte: BRACELL

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IICA anuncia iniciativa com Fundo Verde para reduzir emissões da pecuária nas Américas

Objetivo do projeto, com recursos da ordem de US $100 milhões, é reduzir emissões de metano da pecuária das Américas.  Veterinário argentino especialista em desenvolvimento seguirá à frente do organismo especializado em agricultura até 2026

Com forte respaldo dos ministros da Agricultura das Américas e funcionários internacionais, Manuel Otero tomou posse como diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para o período 2022-2026. Trata-se do segundo período consecutivo do argentino à frente do organismo do sistema interamericano especializado em desenvolvimento agropecuário e bem-estar rural.

“A grande capacidade de coordenação de Otero serviu para avançar em temas fundamentais para a agricultura no Hemisfério. Esperamos que o IICA continue apoiando os países para proteger a agricultura e o comércio livre e justo. A agricultura tem um papel fundamental para gerar renda e emprego e garantir a segurança alimentar e nutricional.

O IICA é a Casa da Agricultura das Américas e contamos com você”, disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que tomou o juramento de Otero na cerimônia de posse na condição de presidente da Junta Interamericana de Agricultura (JIA). Otero, que teve seu trabalho a favor da sustentabilidade dos sistemas alimentares do continente destacado pelas autoridades internacionais presentes na cerimônia virtual de posse, e Javier Manzanares, subdiretor-executivo do maior fundo de financiamento climático do mundo, o Fundo Verde do Clima (GCF, na sigla em inglês), anunciaram que vão trabalhar em um projeto para buscar reduzir as emissões de metano da pecuária das Américas, iniciativa que será financiada com recursos da ordem de US$ 100 milhões. O metano é um dos principais gases de efeito estufa.

Projeto para Reduzir Emissões da Agropecuária 

O primeiro passo da iniciativa, que vai contribuir para o desenvolvimento de processos produtivos mais eficientes e abrirá oportunidades tanto para o setor público quanto privado de apresentar seus projetos, será a realização de estudos de viabilidade, graças a um aporte de US$ 1,5 milhão do GCF.Com sede na Coréia do Sul, o GCF é um fundo criado pela Convenção Marco das Naçoes Unidas sobre Mudanças Climáticas, com uma carteira de US $20 milhões, cuja missão é ajudar países em desenvolvimento a desenvolver práticas de adaptação às mudanças climáticas e à mitigação de seus efeitos.

Em julho do ano passado, o Fundo credenciou o IICA para implementar projetos financiados pela sua carteira de créditos, o que permite que o organismo hemisférico acesse recursos que apoiem iniciativas de adaptação e resiliência climática da agricultura e da ruralidade nos países das Américas. Dois meses depois, as duas instituições assinaram um acordo para apoiar as iniciativas de adaptação e resiliência climática da agricultura e da ruralidade nos países das Américas.

Manzanares explicou que a agricultura é um setor crítico na problemática das mudanças climáticas, já que é responsável por cerca de 25% das emissões de gases e, por outro, sofre com as consequências na forma de fenômenos climáticos extremos.”O IICA se converteu em um veículo para atrair recursos do Fundo em matéria de agricultura, florestas e outros usos da terra, já que foi aprovado seu credenciamento e foi assinado o documento legal para instrumentalizar este tipo de ajuda”, explicou.

Durante a última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26 de Glasgow, o GCF aderiu às declarações assinadas por mais de 100 países que se propuseram a reduzir em 30% as emissões globais de metano até 2030.”Se conseguirmos atingir esse objetivo, o aquecimento projetado hoje será reduzido em 0,2 grados Celsius”, disse Manzanares, para quem o IICA “tem as atribuições necessárias para ser um facilitador da relação entre os ministros de Agricultura das Américas e o GCF”, e destacou o papel do IICA como ponte entre o setor agropecuário das Américas e de outras regiões e, neste sentido, elogiou o estabelecimento de relações com o continente africano, como o Diálogo marcado de hoje entre ministros de Agricultura da América Latina, Caribe e da África, organizado pelo IICA e pela Aliança para a Revolução Verde na África (AGRA, na sigla em inglês).

“O IICA também pode ser um parceiro relevante dos Estados no mercado de crédito de carbono, tanto obrigatórios como voluntários. Há dezenas de projetos de qualidade no setor agrícola, florestal e de outros usos da terra”, disse.

O diretor-geral do IICA destacou a importância da notícia no caminho de uma produção agropecuária mais sustentável nas Américas. “O IICA vai colocar seus melhores quadros técnicos e sua capacidade de diálogo para avançar em uma transformação sustentável dos sistemas agroalimentares da região”, disse Otero, que reafirmou o compromisso do Instituto com os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas especialmente no âmbito da adaptação e suas consequências.

“Com este projeto, buscamos aumentar a eficiência dos sistemas produtivos na cadeia da pecuária, que tem recebido muitas críticas e pouca compreensão com relação aos avanços que têm sido realizados. É uma honra ser um aliado do Fundo Verde do Clima”, completou Otero.Além de Mazanares e da ministra Tereza Cristina, participaram da cerimônia de posse  o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro; o ministro de Relações Exteriores e Culto da Costa Rica, Rodolfo Solano Quirós; o ministro de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Julián Domínguez; o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Víctor Villalobos; o ministro de Agricultura e Pecuária do Paragua e presidente do Comitê Executivo do IICA, Santiago Bertoni; o ministro de Agricultura de São Vicente e Granadinas, Saboto Caesar; o ministro da Agricultura e Pecuária da Costa Rica, Renato Alvarado; o ex presidente da República Dominicana e embaixador de Boa Vontade do IICA Hipólito Mejía; o ministro da Agricultura da Guiana, Zulfikar Mustapha; o secretário de Agricultura e Pecuária de Honduras, Maurício Guevara, e o  ministro da Agropecuária da Nicarágua, Edward Centeno.  
Sobre o IICA

Organismo internacional especializado em agricultura do Sistema Interamericano, cuja missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados membros na busca do desenvolvimento agrícola e o bem–estar rural por meio da cooperação técnica internacional de excelência.

Fonte: IICA

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Irani escolhe Voith para reforma em planta de papel reciclado

 Com amplo conhecimento no mercado de papel, a Voith foi novamente escolhida pela Irani para a reforma do sistema de preparação de massa na planta da empresa localizada em Campina da Alegria, em Vargem Bonita, Santa Catarina.

Pelo escopo do trabalho contratado, a Voith contribuirá para o aumento de produção da preparação de massa com adequação da capacidade de processamento de rejeitos e melhorias nos sistemas de desagregação, depuração e fracionamento.

Será fornecido um upgrade no sistema de descontaminação com um novo IntensaMaxx IM15 e uma reforma do tambor classificador existente para a tecnologia Intensa. Adicionalmente, a Voith fornecerá novos equipamentos para a etapa de depuração grossa: um FiberSorter FS4B, e um novo IntegraCombiSorter ICS13/100, o maior do mercado em capacidade nesta aplicação, e o primeiro fornecimento para o mercado sul-americano.

Além disso, a Voith também fornecerá um fracionador IntegraScreen, que permitirá uma melhor classificação das fibras por tamanho, contribuindo para a redução do consumo de energia na planta.

O aumento no consumo de papel embalagem nos últimos anos e a redução na qualidade da matéria-prima oferecida às empresas que produzem papel reciclado tem feito com que a Voith seja procurada para a instalação de sistemas mais eficientes e confiáveis para remover contaminantes e ampliar a capacidade de produção das plantas.

Parceira tecnológica das empresas fabricantes de papel ao redor do mundo, a Voith oferece a confiança necessária para os clientes e este foi um dos principais motivos que levaram a Irani a realizar a contratação.

“Esta é a terceira ampliação da capacidade de produção da nossa planta de aparas e mais uma vez escolhemos a Voith como nossa parceira, pois conhecemos o bom trabalho realizado e a solução está alinhada com nossa diretriz de crescimento sustentável”, diz João Santos, gerente de manutenção e administrativo da fábrica de papel da Irani localizada em Vargem Bonita, SC.

Histórico do projeto: a planta de aparas foi projetada, inicialmente, para uma produção de 220 toneladas por dia (t/d) com um pulper de 40m³. Posteriormente, a produção foi aumentada para 370t/d. Após análise do potencial da planta existente no passado, com pequenas reformas, a Irani ampliou a produção para 470t/d. Com o último upgrade a ser realizado, a produção total será de 550t/d com potencial para 600t/d, com o mesmo desagregador do início.

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 20.000 colaboradores, gera € 4,3 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedor completo para a indústria papeleira, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

Fonte: VOITH

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Você sabia da presença de celulose de eucalipto em sorvetes, biscoitos, hambúrgueres, queijos, ketchup e sopas?

Todo dia comemos e consumimos eucalipto. E ninguém se dá conta. O eucalipto reina entre as árvores cultivadas no Brasil. São mais de 5,5 milhões de hectares de eucalipto, de um total de cerca de 9 milhões de hectares de florestas plantadas, segundo a Indústria Brasileira de Árvores. A produtividade média de 39 metros cúbicos por hectare por ano (m³/ha/ano) do eucalipto brasileiro é cerca de duas vezes superior à das florestas do Chile e da África do Sul. Ela supera em três vezes a de Portugal e Espanha e em quase dez vezes a produtividade de Suécia e Finlândia. As florestas de eucalipto atendem à demanda por lenha, carvão, madeira e, sobretudo, celulose. Entre as aplicações da celulose, a produção de papel e papelão são as maiores e mais conhecidas. Não é só. As florestas de eucalipto participam da alimentação, do vestuário, do conforto do lar e até dos cuidados de saúde de todos os brasileiros.

A palavra eucalipto foi criada por um botânico francês, Charles Louis L’Héritier de Brutelle, em 1788. Ela se compõe do prefixo grego eu (bem, bom, agradável, verdadeiro) e de κάλυπτο, kályptos (coberto). Esse gênero botânico foi denominado assim pela característica de sua inflorescência. Nela, o limbo do cálice se mantém fechado, até depois da floração. Vale relacionar o significado de eucalipto (eu kaliptos) com apocalipse (apo kalipse), apo significando ação contrária ao coberto e, portanto, revelação.

O prefixo eu prolifera entre plantas e humanos, em palavras como Eugenia (bem gerada, nascida), Eunice (boa vitória), Eustáquio (boa espiga, bom fruto), Eulália (boa fala), Eusébio (bem venera — Deus), Euterpe (boa alegria, doçura), eufórbia (bom alimento), euforia (bem suportar), eutanásia (boa morte) e eutrofia (bom crescimento, até demais). E transforma-se em ev, em evangelho (bom anúncio, boa-nova) ou Evaristo (bom grado, muito amado).

Os eucaliptos são originários da Austrália e pertencem à generosa família das mirtáceas, com cerca de 3.000 espécies, dentre as quais: goiaba, araçá, cravo-da-índia, jaboticaba, jambo, pitanga, murta, uvaia, grumixama, guabiroba, camu-camu, cambuci, cambuí, cambucá e muitas outras.

Além da madeira, da lenha e do carvão, um produto excepcional extraído do eucalipto é a chamada polpa de celulose solúvel (dissolving pulp). Trata-se de um material com alto teor de celulose (> 92%-97%) quando comparado ao teor encontrado nas polpas kraft convencionais (85%-90%), destinadas à produção de papel e papelão. A polpa de celulose solúvel tem alta pureza e baixo nível de contaminantes inorgânicos. Dada sua alvura e viscosidade, ela pode ser aplicada nos mais diversos produtos, sobretudo em alimentação, saúde e cosmética.

Mãos segurando fibra de celulose | Foto: Shutterstock

Ela entra na produção de tripa de celulose para confecção de embutidos (salsichas, linguiças, mortadelas etc.). A celulose solúvel é um excelente estabilizante, emulsificante e espessante, capaz de integrar grande número de alimentos industrializados e processados, como sorvetes, iogurtes, biscoitos, doces, hambúrgueres, queijos, molhos, ketchup e sopas. Poucos consumidores sabem da presença celulose de eucalipto nesses produtos.

Além dos alimentos, a celulose solúvel entra na composição do revestimento de comprimidos e cápsulas de medicamentos, das pastas de dente e em formulações odontológicas (gel dental e soluções orais). Na indústria de cosméticos, há derivados da celulose utilizados para a confecção de gel, um veículo excelente para diversos princípios ativos dermatológicos e terapêuticos, e em diversos produtos de higiene pessoal, maquiagem, cremes cosméticos, fraldas e até em preservativos.

A celulose participa também na composição dos filtros de cigarros, nas lentes de contato, máscaras e tecidos cirúrgicos e até em telas de LCD. Em tudo isso há eucalipto. O processamento dos eucaliptos permite a produção de outros insumos para fabricar vernizes, esmaltes, tintas, óleos essenciais, celofane, filamentos para pneus, filmes fotográficos etc. Na construção civil, a celulose é utilizada na confecção de painéis e divisórias de ambiente (dry wall). No setor energético e petroquímico, a celulose é usada na produção de bioprodutos e biocombustíveis, inclusive o etanol celulósico.

A introdução do eucalipto no Brasil e seu plantio em escala comercial se devem ao agrônomo paulista Edmundo Navarro de Andrade (1881-1941), um plantador de florestas. Ele estudou na Escola Nacional de Agricultura, em Portugal. Ao retornar ao Brasil, em 1904, foi contratado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Sua missão era encontrar a melhor espécie florestal para reflorestar áreas desmatadas na construção das ferrovias, para fornecer madeira para dormentes e carvão às locomotivas.

Conselheiro Antonio Prado e Edmundo Navarro de Andrade (1918) | Foto: Wikipédia

Em 1914, Edmundo Navarro buscou na Austrália 144 espécies de eucalipto e testou sua aclimatação. Das espécies trazidas, 64 se adaptaram muito bem ao clima do país. Navarro criou 18 hortos florestais ao longo das ferrovias. Neles, estudou 95 espécies florestais, até confirmar sua escolha pelo eucalipto.

Navarro instalou a sede do Serviço Florestal em Rio Claro. Publicou mais de dez obras sobre suas viagens e o eucalipto, incluindo o livro Cultura do Eucalipto. Ele também foi pioneiro na utilização do eucalipto para produção de papel e papelão. Em 1925, viajou aos Estados Unidos para conhecer a fabricação de papel a partir da madeira. E levou para serem testadas algumas toras de eucalipto. Os testes foram satisfatórios, e o eucalipto serviu à produção de quatro tipos de papel.

A produção florestal total do Brasil aproxima-se de 200 milhões de m³/ano, uma liderança mundial

Navarro foi secretário da Agricultura do Estado de São Paulo de 1930 a 1931. Criou o Museu do Eucalipto, o único do gênero no mundo. O Horto Florestal de Rio Claro, onde fica o museu, leva o nome do pesquisador. São 2.230 hectares abertos à visitação, com acesso às trilhas e ao Solar Navarro de Andrade, residência do pesquisador, tombada pelo patrimônio histórico.

Vista da entrada do Museu do Eucalipto | Foto: Divulgação

Em 1941, ano da morte de Navarro, quase 100 milhões de eucaliptos, de espécies diferentes, cresciam nos hortos florestais ao longo das ferrovias. A sorte estava lançada. As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pelo crescimento da produção de celulose no mercado brasileiro graças à incorporação constante de inovações tecnológicas na produção florestal e nos processos industriais. Nas décadas de 1980 e 1990, houve grande expansão das áreas cultivadas com eucaliptos.

A produção florestal total do Brasil aproxima-se de 200 milhões de m³/ano, uma liderança mundial. Desse total, cerca de 70 milhões de m³/ano são de florestas energéticas: 53 milhões de m³/ano em lenha industrial (presentes também em padarias e pizzarias, para a glória da gastronomia) e cerca de 17 milhões de m³/ano em carvão. A produção de carvão vegetal de eucalipto posiciona o Brasil como principal produtor no mundo (12%). Ele substitui insumos de origem fóssil (carvão mineral) e diminui a emissão de gases de efeito estufa na siderurgia. A maioria das 180 unidades de ferro-gusa, ferro liga e aço no Brasil utiliza carvão vegetal no processo de produção.

Em 2020, a indústria florestal produziu 10 milhões de metros cúbicos de madeira serrada. O crescimento da produção de celulose é constante. Em 2020, o Brasil produziu cerca de 21 milhões de toneladas de celulose, alta de 6,4% em relação a 2019. No último trimestre de 2021, foram 4 milhões de toneladas exportadas, avanço de 12,7% no comparativo anual. As exportações em 2020 totalizaram 15,6 milhões de toneladas, alta de 6,1% em relação a 2019.

Vista interna do Museu do Eucalipto | Foto: Divulgação

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores, mais de 75% das exportações do Brasil vão para dez principais destinos. A China está no topo, com 48,1% do total (US$ 2,9 bilhões), seguida por União Europeia (12,6%), Estados Unidos (5%), Turquia (2%), Tailândia (1,9%), Coreia do Sul (1,7%), Irã (1,7%), México (1,7%), Vietnã (1,6%) e Bangladesh (1,5%). Além dos US$ 6 bilhões alcançados em exportações de celulose, os produtos da indústria de base florestal embarcaram US$ 1,7 bilhão em papéis e US$ 276 milhões em painéis de madeira no ano de 2020.

São mais de mil municípios na área da indústria florestal. A receita bruta total do setor foi de R$ 97,4 bilhões em 2019 e representa 1,2% do PIB brasileiro. Graças ao eucalipto, a celulose é, de longe, a fibra vegetal mais produzida e consumida no país. Desde os tempos de Navarro, os críticos do eucalipto, em geral, não têm ideia da sua real dimensão na economia e na vida dos brasileiros. Bom apetite!

Fonte: Revista Oeste (Evaristo de Miranda)

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Baterias de estado sólido do futuro serão feitas de árvores

Engenheiros das Universidades Brown e Maryland, ambas nos EUA, desenvolveram um novo material condutor que pode ser utilizado na fabricação de baterias de estado sólido mais eficientes e seguras. O composto revolucionário deriva de uma fonte natural no mínimo inusitada: as árvores.

O novo eletrólito combina fios de cobre com nanofibrilas de celulose — tubos de polímeros derivados da madeira. Esse material fino como uma folha de papel possui uma condutividade de íons 10 a 100 vezes melhor do que a encontrada em outros condutores de íons feitos à base de polímeros convencionais.

“Ao incorporar cobre com nanofibrilas de celulose unidimensionais, demonstramos que a celulose, normalmente isolante de íons, oferece um transporte mais rápido desses íons. Com isso, esse material pode ser usado como um eletrólito de bateria sólida ou como um aglutinante condutor de íons para o cátodo de uma bateria totalmente sólida”, explica o professor de engenharia de materiais Liangbing Hu, autor principal do estudo.

Fino e flexível

Eletrólitos sólidos têm o potencial de impedir a penetração de dendritos e podem ser feitos de materiais não inflamáveis. Eles são geralmente fabricados de compostos cerâmicos, ótimos para conduzir íons, mas ao mesmo tempo espessos, rígidos e quebradiços, podendo causar rachaduras e quebras durante o processo de carga e descarga.

Esquema de funcionamento da “bateria de árvore” (Imagem: Reprodução/Brown University)

Já o material apresentado pelos pesquisadores é tão fino e flexível quanto uma folha de papel. Além disso, sua condutividade iônica é muito semelhante à encontrada na cerâmica, com a vantagem de se manter maleável e praticamente inquebrável, mesmo em condições de tensão extrema.

“Os íons de lítio se movem neste eletrólito sólido orgânico por meio de mecanismos que normalmente encontramos em cerâmicas inorgânicas, permitindo o registro de alta condutividade iônica. O uso desses elementos fornecidos pela natureza pode reduzir o impacto ambiental causado pela fabricação de baterias”, acrescenta o professor de engenharia Yue Qi, coautor do estudo.

Baterias do futuro

Ao usar o novo material como um aglutinante, os cientistas criaram um dos cátodos funcionais mais espessos já relatados, sem comprometer sua condução iônica ou reduzir sua eficiência energética, mesmo após longos ciclos de carga e descarga, mantendo a capacidade de armazenamento praticamente inalterada.

Evolução estrutural do cobre com nanofibrilas de celulose (Imagem: Reprodução/Brown University)

Os pesquisadores acreditam que o uso das nanofibrilas de celulose seja um passo importante para projetar condutores de íons de estado sólido mais confiáveis e baratos. Esses dispositivos também poderiam ser utilizados no processamento e armazenamento de dados ou na fabricação de sensores de estado sólido mais eficientes e livres de curto-circuito.

“As baterias de estado sólido não têm um custo ambiental muito elevado, mas possuem outros desafios, como encontrar um material ideal para que se tenha um eletrólito sólido com excelente condutividade iônica e durabilidade superior. Com essa nova abordagem, demos uma contribuição significativa para a fabricação de células de estado sólido em grande escala”, encerra o professor Hu.

Fonte: Brown University

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