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Silvicultura avança em 21,3% nas exportações

Destaque para produção do carvão vegetal e a produção de madeira em tora para papel e celulose
Após perda de 5,0% em 2019, o valor de produção da silvicultura (florestas plantadas) retomou o crescimento, com alta de 21,3%, e atingiu R$ 18,8 bilhões em 2020. Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2020, divulgada pelo IBGE.
O resultado da silvicultura é considerado uma recuperação da atividade, com destaque para o aumento no valor de produção do carvão vegetal (37,8%) e a produção de madeira em tora para papel e celulose (25,6%). Segundo o gerente de agricultura, Carlos Alfredo Guedes, houve grande demanda e consequente aumento nos preços em 2020, num cenário em que os produtos brasileiros se tornaram atraentes para o mercado externo, devido ao câmbio favorável.


A produção de madeira em tora para papel e celulose, que havia sofrido perda de 14,2% em 2019, cresceu 10,7% e fechou o ano de 2020 ocupando o sétimo lugar no ranking das exportações totais do Brasil, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Com o aumento de 25,6%, o valor da produção alcançou R$ 5,8 bilhões e continua sendo a maior participação no valor da silvicultura.


O carvão vegetal, segundo lugar no valor da produção da silvicultura, com R$ 5,4 bilhões, tem seu crescimento explicado pelo aumento dos preços, já que a produção cresceu apenas 2,7%. Com a alta na demanda da China pelo ferro-gusa, a indústria siderúrgica, principal mercado consumidor de carvão vegetal, se voltou para a exportação.
“Boa parte dos produtos da silvicultura é exportada. Com a desvalorização do real frente ao dólar, fica mais barato para os países comprarem os produtos do Brasil. Esta questão cambial acaba influenciando no valor de produção, pois o aumento do dólar torna o produto mais caro no mercado interno”, explica Guedes.


Fonte: Agrolink

Foto: Paulo Cardoso

Águas do Agro irá promover a conservação de água e solo nas propriedades rurais

O programa tem como premissa um modelo de exploração sustentável, com respeito ao solo.

Garantir o bom uso de recursos naturais na agricultura é um desafio, mas também se configura como uma oportunidade para o Brasil, que, nos últimos anos, registrou avanços para uma agricultura, cada vez mais, sustentável. Mas para ir além, e conciliar o aumento de produtividade com a preservação desses recursos, em especial, do solo e da água, o Mapa lançou o Programa Nacional de Manejo Sustentável do Solo e da Água em Microbacias Hidrográficas, Águas do Agro. O lançamento ocorreu em Bonito (MS), durante as comemorações dos 1000 dias do Governo Federal. 

O Programa Águas do Agro irá promover o desenvolvimento sustentável no meio rural por meio da adoção de tecnologias e práticas de conservação de solo e água, com o manejo eficiente dos recursos naturais. Afinal, o produtor rural também produz água ao explorar o solo de forma equilibrada e sustentável. É o que o explica a coordenação-Geral de Conservação do Solo e Água, Soraya Araújo.

“O solo e a água têm uma relação intrínseca: o solo contribui para a filtragem da água e a manutenção do teor de matéria orgânica disponível. Mais do que nunca, hoje, a produtividade não pode estar desvinculada das ações e práticas e tecnologias de conservação de solo e água”.

Assim, é fundamental manter a umidade do solo, fazendo com que a água infiltre e não escoe levando os nutrientes e sementes embora. Desta forma, ela estará disponível para ser utilizada quando a lavoura for plantada e também pelos animais em pastagens, principalmente, em momentos de estiagem.

Por isso, o Águas do Agro traz como premissas um modelo de exploração sustentável, com respeito aos limites do solo, a redução ou eliminação de seu revolvimento, a manutenção da sua cobertura, o aumento do aporte de matéria orgânica, a diversificação dos sistemas agrícolas. E como exemplo para se atingir esses objetivos estão algumas tecnologias e estratégias conservacionistas a serem implementadas: plantio direto; plantas de cobertura; adubação verde; manejo de pastagem; plantio em nível; e terraceamento.

Microbacias Hidrográficas

Essas ações serão trabalhadas junto a propriedades rurais selecionadas conforme critérios de criticidade em relação à disponibilidade hídrica, que recebem menos assistência técnica áreas com maior presença de solos descobertos e erosão acentuada, e municípios que recebem menos assistência técnica e com maior proporção de propriedades com uso de irrigação.

“Se o solo não está devidamente coberto, em uma área degrada, por exemplo, a água da chuva bate e parte do solo é carregada para os rios, causando erosão e assoreamento.  Desta forma, a produção agropecuária adequada e em sistemas sustentáveis, como uma pastagem de boa qualidade ou uma plantação direta, garante que a água siga o seu ciclo hidrológico”, pontua a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação, Mariane Crespolini. 

As localidades são definidas em microbacias, que são territórios que levam em consideração fatores geográficos naturais, econômicos e sociais em condições mais homogêneas. A partir da identificação das microbacias em potencial serão implementadas as Unidades de Referência Tecnológica (URT) com a definição das tecnologias conservacionistas em solo e água, conforme cada área.

Pilares do programa

Além das URT, os pilares do Águas do Agro consistem em assistência técnica e gerencial e capacitação. A ideia é que o modelo de prestação de serviço de assistência técnica e capacitação seja ofertado a grupos de 20 a 30 produtores rurais por microbacia por um período de dois anos.

A assistência técnica e gerencial é fundamentada em cinco passos, que perpassam: diagnóstico produtivo da microbacia; planejamento estratégico; adequação tecnológica; capacitação dos técnicos de assistência técnica na temática de conservação do solo e água; e avaliação dos resultados.

Após esse período de efetiva implementação das ações, o programa Águas do Agro contemplará um projeto específico de monitoramento e avaliação das interferências realizadas nas microbacias, com o objetivo de proceder o acompanhamento, o controle, além de garantir o seu melhor desempenho.

A expectativa é que os resultados sejam observados não apenas no campo ambiental, como também no social e econômico com a adequação das propriedades rurais para o aumento a taxa de infiltração da água no solo e a melhoria da capacidade produtiva dos solos e da capacidade de suporte das pastagens.

Outros benefícios estimados são o aumento da vida útil dos reservatórios e barragens; aumento da fixação de carbono no solo; redução do assoreamento dos cursos d’água e represas; aumento nas disponibilidades hídricas nas bacias e melhoria da qualidade da água nas bacias hidrográficas; diminuição dos efeitos das secas e dos impactos das inundações; dedução dos custos de manutenção de estradas vicinais.

O programa Águas do Agro, no entanto, não se esgota em suas ações isoladamente. Mas, trata-se de um elo estratégico da Política Agrícola do Governo Federal, em total sinergia com outros programas e projetos já em execução, a exemplo do ABC+, Rural Sustentável, Paisagens Rurais, de Produção Integrada, ProIrriga e do Agronordeste.

Juntos, no curto e médio prazo, eles garantirão que o Brasil continue produzindo em maior quantidade, melhor qualidade e com maior sustentabilidade.

O programa Águas do Agro tem abrangência nacional e sua execução é dividida em três fases de atuação: de curto prazo, primeiros dois anos; a médio prazo, quatro anos seguinte; e longo prazo, por 10 anos.

Informações à imprensa
Lara Aliano
imprensa@agricultura.gov.brCategoriaAgricultura e Pecuária

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Com incentivos do Governo, siderúrgica reativa usina em Ribas do Rio Pardo e gera 180 empregos

A Usina da Vetorial Siderurgia, em Ribas do Rio Pardo, retomou suas atividades nesta quarta-feira (29), gerando 180 empregos no município. A produção estava interrompida desde 2014, devido à retração do mercado doméstico e internacional e à instabilidade econômica nacional. De acordo com Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o retorno da Vetorial está diretamente ligado aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado e demais ações ligadas à melhoria do ambiente de negócios em Mato Grosso do Sul.

“Essa empresa ficou por mais de sete anos paralisada. Neste momento, por meio de investimentos e incentivos fiscais do governo do Estado de Mato Grosso do Sul e também de toda a condição do mercado internacional de minério, essa siderúrgica volta a operar, gerando mais de 180 empregos diretos. O minério é todo processado em Ribas do Rio Pardo e exportado”, afirmou o secretário Jaime Verruck.  “Importante destacar que o minério vem de Corumbá, ainda por meio rodoviário e isso demonstra o quanto a ferrovia é necessária”, acrescentou o titular da Semagro.

A retomada das atividades na unidade da vetorial siderurgia em Ribas do Rio Pardo envolveu investimentos na ordem de R$ 25 milhões, mobilizou cerca de 120 profissionais ao longo de seis meses de recuperação e modernização das instalações e agora segue gerando empregos e renda na região.

Com mais de 50 anos de atuação nos negócios de mineração, o grupo vetorial foi por mais de 20 anos a principal fonte de geração de emprego e renda na região de Ribas. “É um dia memorável para a história e economia do município de ribas do rio pardo, sonho que se concretiza mais uma vez pelo pioneirismo dos seus fundadores, sócios e diretores”.

Em Ribas, a unidade tem capacidade instalada de 237 mil toneladas/ano de ferro gusa, gerando 194 novos postos de trabalho diretos e outros 80 indiretos provocando fortes impactos na cadeia produtiva, em particular na silvicultura e carbonização.

Atualmente, o grupo conta com 850 colaboradores diretos e mais de 3,5 mil indiretos na cadeia de produção no País, desde as matérias primas até a entrega dos produtos aos clientes.

Um dos fundadores da Usina no município, Romero Corrêa, comentou que as atividades voltam em um momento muito interessante de crescimento em Ribas. “Após 7 anos de paralisação, retornamos em um período em que a cidade se despontou como uma potência de desenvolvimento”.

Para o presidente do conselho da Vetorial, Gustavo Corrêa, a retomada da Usina era muito esperada por toda equipe. ”Morei aqui por quase 6 anos. Me enraizei em Ribas do Rio Pardo, esses últimos anos estive na cidade por várias vezes para rever amigos. Sempre tive esperanças que essa indústria voltasse a funcionar e hoje é um dia de realização”, afimou.

Publicado por: Marcelo Armôa, Assessoria de Comunicação da Semagro

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Controle de formigas cortadeiras ganha ferramenta para tomada de decisão

As formigas cortadeiras são consideradas uma das principais pragas em plantios florestais de eucalipto e pínus. Com o objetivo de apoiar seu manejo e controle, a Embrapa Florestas acaba de disponibilizar o “Manejo-Formigas”, ferramenta computacional voltada ao controle de saúvas e quenquéns, que dá suporte aos produtores florestais para a definição das medidas de manejo a serem adotadas em cada etapa do plantio. A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Epagri (SC), com apoio da Universidade Federal do Paraná, Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais (Funcema) e Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (Apre, ACR e Ageflor).

Baseado em resultados de mais de 15 anos de pesquisas, que mostram que vários fatores devem ser considerados no manejo de formigas cortadeiras, o produtor florestal responde perguntas a respeito de seu plantio florestal e a ferramenta aponta a melhor forma de manejo. A ferramenta converte todos os fatores associados ao manejo de formigas cortadeiras e suas possíveis combinações (448 possibilidades diferentes) em 16 recomendações de manejo.

Além disso, o usuário também tem disponível informações sobre como reconhecer os gêneros de formigas e as principais espécies, os sintomas de ataques de formigas nas plantas, recomendações detalhadas para cada etapa do plantio (como e/ou quando fazê-lo), como realizar o controle sistemático e ou o controle localizado, além da melhor forma de aplicação de isca formicida.

A Embrapa Florestas também está disponibiizando uma publicação para orientações de uso da ferramenta:

– Publicação: “Manejo-Formigas”: ferramenta computacional para a tomada de decisão no manejo de formigas cortadeiras em plantios de Pinus e Eucalyptus

Clique aqui para acessar a ferramenta Manejo-Formigas.

A ferramenta foi desenvolvida para uso em dispositivos com o programa Microsoft® Excel®.

Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
Embrapa Florestas

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florestas.imprensa@embrapa.br
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Pesquisa analisa possíveis impactos das mudanças climáticas na cultura de eucalipto

Foto: Rodolfo Buhrer

Impactos das mudanças climáticas em três áreas de cultivo de eucaliptos foram estudados

Pesquisa analisou o cenário de mudanças climáticas mais realista para o Sul do Brasil e parte de São Paulo.De três áreas analisadas, duas poderão sofrer poucas alterações na produtividade e uma será mais impactada, porém todas foram consideradas adaptadas para a produção de eucalipto nos próximos 30 anos.Mesmo com impacto reduzido, é importante investir em pesquisas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.Pela primeira vez, estudo analisa escala temporal de dez anos, em vez de 30 anos.Eucalipto é o gênero mais plantado pela indústria de base florestal no País.Trabalho é uma parceria entre Embrapa e a empresa Klabin.

Estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa em três áreas abrangendo a Região Sul do País e parte de São Paulo mostra que, caso o cenário de mudanças climáticas projetado se confirme, a produtividade e a capacidade de armazenar carbono em cultivos de eucalipto serão alterados em duas delas. Mesmo assim, elas continuarão aptas ao cultivo; e uma das áreas poderá sofrer pouco impacto na produtividade.

Foi analisada, também, a capacidade de emissão e remoção de carbono em solos cultivados com eucalipto. Entre os locais avaliados, os situados no Paraná e em Santa Catarina são os que apresentam as menores alterações climáticas futuras para produção da espécie. Os estudos foram feitos com apoio da Klabin.

Por ter utilizado os dados do modelo HADGEM2-ES, considerado a projeção de cenário de mudanças climáticas mais atual, esse é o primeiro estudo que consegue trabalhar com uma escala temporal de dez anos, quando trabalhos anteriores conseguiam predizer cenários para intervalos de somente 30 anos. Segundo os pesquisadores Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária (SP), e Josiléia Zanatta, da Embrapa Florestas (PR), que coordenaram os estudos, a intenção é subsidiar o planejamento da silvicultura brasileira e direcionar esforços de pesquisa científica para mitigação e adaptação a possíveis impactos. “O potencial produtivo dos plantios de eucalipto, especialmente no Brasil, é muito superior ao de outras regiões do globo, com poucas exceções. Por isso, análises das projeções de mudanças climáticas e impacto nas espécies tornam-se ferramentas estratégicas para o setor de base florestal”, pondera Assad.

Modelo HADGEM2-ES
Os cenários futuros utilizados nesse estudo foram gerados pelo HADGEM2-ES, RCP 8.5. O cenário RCP 8.5 é o mais extremo entre aqueles indicados pelo IPCC. Entretanto, atualmente, considerando o fluxo de emissões de CO2, esse é o cenário mais realista em termos de aquecimento global. Esse modelo foi abastecido com informações das séries temporais e simulou o comportamento das variáveis climáticas no futuro.

Foram compiladas informações de três regiões com cultivo de eucalipto: Itapetininga (SP), Telêmaco Borba (PR) e Otacílio Costa (SC), por estarem entre aquelas que, além de tradição no cultivo do eucalipto, apresentam dados e séries históricas climáticas consistentes. “O período ideal de um estudo de modelagem climática deve abranger séries com no mínimo 30 anos de dados e que estejam atualizadas até o presente. Trabalhamos com séries climáticas do período de 1980 a 2010”, explica Assad. 

Foram, então, analisadas as variáveis meteorológicas que afetam o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade do eucalipto, como chuva, temperatura do ar, evapotranspiração e deficiência hídrica. 

No caso do eucalipto, os principais riscos climáticos avaliados foram quantidade e frequência de seca intensa; temperatura mínima (considerando a ocorrência de geada); temperatura média; evapotranspiração potencial e deficiência hídrica. 

Com a adoção da metodologia do Zoneamento de Risco Climático (Zarc), as alterações projetadas nessas variáveis foram relacionadas à quantidade de água que supre a demanda da cultura (tecnicamente conhecida como “índice de satisfação de água no solo”), e às características de solo. Com isso, foi possível projetar as possíveis alterações na produtividade e no carbono da floresta (biomassa vegetal) para os períodos futuros, de 2025 a 2035.

Uso do eucalipto
O eucalipto é o gênero florestal mais plantado no País, responsável por abastecer com matéria-prima uma gama variada de setores da economia, como papel/papelão/embalagens, celulose, geração de energia para agropecuária e siderurgia, construção civil, movelaria, resinas, bioprodutos, entre outros.

Principais conclusões 

A pesquisa analisou tanto as condições de cultivo quanto o impacto na produtividade, além do potencial e acúmulo de carbono na biomassa florestal e no carbono no solo.

Para as regiões estudadas, as projeções indicam que em Telêmaco Borba e Otacílio Costa haverá aumento da temperatura e da deficiência hídrica, porém com valores de deficiência hídrica inferiores ou próximos de 200 mm/ano, o que não interfere na produtividade do eucalipto. A exceção é a região de Itapetininga onde, ao longo dos anos, as estimativas apontam aumento de deficiência hídrica, o que poderá comprometer a produtividade do eucalipto. Isso faz com que essa região seja classificada como de médio a alto risco climático no futuro. 

Outra conclusão do estudo é que a deficiência hídrica não é um fator limitante para a produção do eucalipto, exceto para as regiões limítrofes entre o estado do Paraná e de São Paulo que, nos períodos analisados entre 2021 e 2040, poderá chegar a valores de redução de chuvas superiores a 300 mm/ano. 

 “Essa classificação aponta um direcionamento para investimentos e de esforços de pesquisa em apoio à eucaliptocultura, que já vemos acontecendo no setor de base florestal, mas que precisam ser cada vez mais estimulados e coordenados”, defende José Totti, diretor florestal da Klabin, empresa que colaborou com a pesquisa. “O Brasil é considerado uma das lideranças na silvicultura de eucalipto, com desenvolvimento de tecnologia de ponta, e essa deve ser vista como mais uma oportunidade para empresas, universidades e centros de pesquisa seguirem com o desenvolvimento de tecnologias para que o País continue tendo destaque mundial. De fato, já há um grande esforço conjunto para diminuir os riscos, tanto no desenvolvimento de novos materiais genéticos como de técnicas silviculturais e manejo ambiental”, completa Erich Schaitza, chefe-geral da Embrapa Florestas. “As mudanças de escala espacial e temporal em futuras análises são fortemente recomendadas”, completa Assad.

Importância do setor florestal 
Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor de árvores plantadas possui, hoje, 9 milhões de hectares cultivados especialmente com eucalipto e pínus. O setor conta, ainda, com outros 5,9 milhões de hectares destinados para Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). A área de influência soma mais de mil municípios, gerando 1,3 milhão de postos de trabalho, com um efeito-renda que chega a 3,75 milhões de pessoas ocupadas. A receita bruta total somou R$ 97,4 bilhões em 2019. 

Alterações no carbono 

Como as alterações nos padrões climáticos estudados afetam a produtividade das culturas florestais, acabam também por afetar os estoques de carbono contidos na floresta. Isso também afeta o potencial de remoção de carbono das florestas plantadas.

“Algumas regiões serão mais impactadas que outras, assim como alguns ambientes ou sítios de produção podem ser mais suscetíveis, dependendo das suas características”, explica Josiléia Zanatta. “Também é importante ressaltar que as perdas não devem ser restritas ao carbono armazenado na biomassa vegetal, uma vez que florestas plantadas são transformadas em produtos florestais que podem também ser drenos de carbono por longos períodos, dependendo da manufatura a que se destinam”, completa.

A pesquisa apontou que as regiões estudadas vão continuar com elevado potencial de acúmulo de carbono. O cenário de mudança climática projetado vai impactar em menos de 10% na quantidade de carbono sequestrado, dependendo da região. Novamente, a mais afetada será a região de Itapetininga. “Em Telêmaco Borba as perdas serão pequenas e, em Otacílio Costa, não haverá perdas nesse potencial, considerando os dados e as premissas adotadas no estudo”, reforça Zanatta.

Apesar da aparente resiliência que os dados relativos colocam sobre a taxa anual de incremento de carbono na floresta, as perdas acumuladas em termos absolutos  (menos de 10%) são significativas e podem chegar na região analisada a mais de 8 milhões de toneladas de carbono em 2035, representando perda de 2,5% do carbono armazenado nas florestas, nos estados de SP, SC e PR. 

Mas como é uma área com potencial de expansão, e caso mantido o ritmo de crescimento na área plantada, a região deve responder por aproximadamente 320 milhões de toneladas de carbono sequestrado pelas florestas de eucalipto em 2035, demostrando o elevado potencial dessa região em contribuir para a qualidade ambiental e as políticas de controle das mudanças climáticas.

Outra opção para quem investe em plantios florestais é a comercialização de carbono na forma de créditos, uma vez que a região estudada responde por quase 20% da área cultivada com eucalipto no País. “Essa oportunidade de comercialização de créditos de carbono dos plantios florestais deve ser beneficiada também pelos estoques de carbono do solo”, aponta Zanatta. 

O impacto das florestas plantadas nos estoques de carbono no solo depende muito mais do uso anterior desse solo do que de condições climáticas. “Uma vez que os plantios nessas regiões têm se expandido sobre usos já consolidados, como pastagens e agricultura, pode-se esperar um aumento dos estoques de carbono no solo, ampliando os benefícios ambientais das florestas plantadas”, conclui.

Ações para mitigação e adaptação no setor florestal
As melhores estratégias para proteger os plantios florestais da perda de potencial produtivo e, por consequência, manter a capacidade de mitigação de gases de efeito estufa envolvem ações de pesquisa em duas vertentes principais: seleção e melhoramento genético e adaptação de práticas de manejo visando menor risco de impacto. Nesse contexto, inúmeras ações podem ser realizadas:– Identificação de variedades mais adaptadas (resistentes/tolerantes) às alterações causadas pelas mudanças climáticas, como aumento da concentração de CO2, ocorrência de seca, resistência aos eventos de calor, entre outros. O uso de marcadores moleculares é uma das ferramentas a ser utilizada;- Planejamento da paisagem e inserção de plantios em mosaicos de uso da terra visando conservação de água;- Descoberta e emprego de mecanismos genéticos, moleculares, bioquímicos e fisiológicos que auxiliam os cultivos a se adaptarem a esses estresses;- Pesquisa sobre genes que conferem resistência e/ou tolerância às alterações climáticas para adaptação, com valor biotecnológico;- Pesquisas e adaptação das culturas às novas pragas e doenças que podem se tornar problemas fitossanitários com o desequilíbrio climático;- Práticas silviculturais que possam ser preponderantes para maior resiliência dos cultivos florestais, resultando, principalmente, em maior eficiência no uso dos recursos como água, luz e nutrientes. 
Compromissos do Brasil e o potencial dos plantios florestais
Plantios florestais tanto podem sofrer as consequências das mudanças climáticas quanto atuar fortemente no potencial de mitigação de riscos de impactos, uma vez que são importantes mecanismos de sequestro de carbono.Estudo publicado em 2015 demonstrou que, mundialmente, entre 1991 e 2015, as florestas plantadas foram responsáveis por um sumidouro médio de aproximadamente 1,1 gigatonelada de carbono ao ano. Desde o estabelecimento da convenção de mudanças climáticas, em 1992, tem-se observado um rápido e complexo reconhecimento do papel das florestas na política das mudanças climáticas globais, seja pelo compromisso do protocolo de Kyoto, das ações de mitigação nacionalmente apropriadas, mecanismo de REDD+ ou mesmo pelo Acordo de Paris. Entre as ações que o País tem colocado em prática estão o Plano Nacional de Florestas Plantadas, publicado no fim de 2017, em que uma das metas é expandir a área de plantios florestais em 2 milhões de hectares; e o Plano ABC, que incentiva e financia práticas como plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária, integração lavoura-pecuária-floresta, integração floresta-pecuária, sistemas agroflorestais, reflorestamento e fixação biológica de nitrogênio. O Plano ABC está em andamento, com discussões sobre sua continuidade e aprimoramento com o Plano ABC+ e deverá se alinhar ao Plano Nacional de Florestas Plantadas, buscando criar condições para aumentar a área de plantios florestais no País. As ações apresentadas pelo Brasil no Acordo de Paris, que é um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima para reduzir as emissões de gases estufa a partir de 2020, a fim de conter o aquecimento global abaixo de 2ºC, prevê ampliação e recuperação de 12 milhões de hectares de florestas até 2030.

Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
Embrapa Florestas

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Natália Favero
Klabin

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Klabin divulga o Resumo Público 2021 do Plano de Manejo Florestal do Paraná

O manejo florestal sustentável adotado pela empresa mostra a importância do sistema em formato de mosaico para a conservação da fauna e da flora local

A Klabin disponibilizou o Resumo Público 2021 do Plano de Manejo da unidade Florestal do Paraná com os resultados consolidados de 2020. A unidade de manejo conta com uma área florestal total de mais de 421 mil hectares, sendo mais de 172 mil de vegetação nativa destinada à conservação. O documento reúne as políticas socioambientais e de sustentabilidade da Companhia, além de apresentar indicadores técnicos e econômicos da sua operação florestal, que destacam a importância do manejo adequado para a conservação do bioma da região.

A área florestal da Klabin no Paraná representa a maior mancha verde no Sul do país. Por meio dos estudos que são realizados pela Unidade Florestal da empresa, foram identificadas 1.213espécies de flora nas áreas da empresa no estado, sendo que 39 são consideradas ameaçadas de extinção; na fauna, foram encontradas 746 espécies nas áreas florestais da empresa, sendo que 67 estão nas listas oficiais como ameaçadas de extinção. A Klabin é pioneira no uso da técnica em forma de mosaico, que mescla florestas plantadas com matas nativas, formando corredores ecológicos que possibilitam a convivência e o fluxo da fauna nativa em seu habitat natural, contribuindo também para a proteção do solo e da biodiversidade. O número de espécies registradas, detalhadas pelo Resumo Público, coloca as áreas da Klabin como uma das regiões mais importantes do Estado do Paraná em termos de biodiversidade.

O documento também apresenta as diversas ações que a Klabin realiza com as comunidades onde atua no Paraná, buscando estabelecer proximidade e engajamento da população por meio do conhecimento do território e da consciência ambiental. Ao todo, são 21 projetos socioambientais desenvolvidos pela empresa e seus resultados são mostrados no Resumo Público, como por exemplo o Programa Caiubi de Educação Ambiental, que alcançou mais de 11,7 mil alunos de cinco municípios dos Campos Gerais, disseminando conteúdos de consciência ecológica.

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VEJA: VOITH É UMA DAS CONVIDADAS PARA O SEMINÁRIO DE AUTOMAÇÃO PARA AS INDÚSTRIAS DE PAPEL E CELULOSE

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Outros destaques trazidos pelo relatório são os números dos programas Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis, que apoia agricultores familiares, e doou mais de 28 mil mudas de árvores nativas no fechamento de 2020, além de 639 hectares Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) demarcadas; e o Matas Legais, pelo qual foram doadas mais de 20,5 mil mudas de nativas para restauração florestal e readequação ambiental das propriedades rurais e somou a demarcação de 514 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).

Para acessar o Resumo Público 2021 do Plano de Manejo Florestal do Paraná da Klabin, acesse: https://klabin.com.br/negocios-e-produtos/florestal/

Sobre a Klabin

A Klabin é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, única Companhia do país a oferecer ao mercado uma solução em celuloses de fibra curta, fibra longa e fluff, e líder nos mercados de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais. Fundada em 1899, possui 23 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina. Somente no Paraná, gera mais de 10 mil empregos (diretos e indiretos), em mais de 25 municípios próximos das operações da Companhia, principalmente, na região dos Campos Gerais.

A empresa é pioneira na adoção do manejo florestal em forma de mosaico, que consiste na formação de florestas plantadas entremeadas a matas nativas preservadas, formando corredores ecológicos que auxiliam na manutenção da biodiversidade. A área florestal da Companhia no Paraná compreende o total de 342 mil hectares, sendo 142 mil de mata nativa. A Klabin também mantém um Parque Ecológico, na Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba, para fins de pesquisa e conservação, atuando no acolhimento e reabilitação de animais silvestres vítimas de acidentes ou maus-tratos, auxiliando o trabalho de órgãos ambientais. Além de contribuir para a preservação da flora e fauna da região, inclusive de espécies ameaçadas de extinção.

Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável. Na região dos Campos Gerais a Klabin desenvolve boa parte dos seus programas socioambientais, com destaque para “Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis”, Matas Legais, Projeto de Resíduos Sólidos, Programa Caiubi, Força Verde Mirim e Protetores Ambientais.

A Klabin integra, desde 2014, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, e em 2020 passou a integrar o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, com participação em duas carteiras: Índice Mundial e Índice Mercados Emergentes. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.

Fonte: Klabin
Foto: Klabin

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Região Sul terá primeiras concessões florestais, com investimentos de R$ 285 milhões

Os estudos preliminares para a concessão de manejo sustentável das primeiras Florestas Nacionais no Sul do Brasil apontam para um montante de R$ 285 milhões a serem aplicados na operação florestal e realização de investimentos na cadeia da restauração, o que pode dinamizar a economia da região, gerando empregos e renda para o entorno.

As Florestas Nacionais (Flonas) de Irati (PR), Chapecó (SC) e Três Barras (SC) foram incluídas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, que tem a finalidade de ampliar e fortalecer a interação com a iniciativa privada por meio de contratos de parceria e de outras medidas de desestatização, ampliando as oportunidades de investimento em diferentes setores.

Esta concessão florestal faz parte de uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Com área de 3,8 mil hectares (Irati), 1,6 mil hectares (Chapecó) e 4,3 mil hectares (Três Barras), estas serão as primeiras concessões florestais da Região Sul.

O modelo adotado na gestão será do manejo florestal sustentável e de silvicultura de espécies nativas (via plantio de espécies nativas), que adotará técnicas que possibilitem a extração de produtos florestais madeireiros e não madeireiros com o menor impacto ambiental possível. Adicionalmente, em áreas específicas haverá a recomposição florestal de vegetação nativa.

“O BNDES traz sua experiência técnica de estruturação de projetos para implementar concessões florestais de manejo florestal sustentável. Com esse projeto, esperamos contribuir para dinamizar a economia da região, recompor a mata nativa e, principalmente, criar um modelo sustentável que forneça uma ferramenta para proteção da nossa biodiversidade”.

Essas Flonas da Região Sul para concessão florestal estão localizadas nos municípios de Chapecó, Guatambu e Três Barras, em Santa Catarina, e Fernandes Pinheiro, Irati, Imbituva e Teixeira Soares, no Paraná.

A proposta é o desenvolvimento de um novo modelo de concessão florestal que permita o uso comercial de florestas plantadas e a recuperação das mesmas através de silvicultura de espécies nativas ou recomposição florestal com a vegetação nativa original da Mata Atlântica. As diretrizes técnicas das concessões das Flonas do Sul serão de substituição de porções de plantios atualmente com espécies exóticas por espécies nativas.

“As concessões nas Florestas Nacionais da Região Sul manterão áreas com florestas nativas representativas de biomas e buscarão contribuir com a conservação destas espécies por meio da implantação de projetos de restauração florestal e de silvicultura de espécies nativas, propiciando a geração de informações e conhecimento sobre o uso sustentável dos recursos florestais com potencial de mercado”.

diz Paulo Henrique Marostegan e Carneiro, diretor de Concessão Florestal e Monitoramento do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Benefícios

Além dos benefícios ambientais, as concessões florestais, na escala municipal e nas comunidades vizinhas às áreas, têm o potencial de contribuir com a melhoria das condições socioeconômicas por meio da geração de empregos formais (diretos, indiretos e de efeito-renda), investimentos em serviços e infraestrutura, repasses financeiros através do pagamento pelos produtos explorados, além da arrecadação de tributos e movimentação da cadeia produtiva, de produtos madeireiros e não madeireiros.

As concessões florestais garantem a participação social por meio de uma gama de instrumentos. Entre eles destacam-se a realização de audiências públicas para apresentação e coleta de contribuições à proposta de edital de concessão nos municípios onde as Flonas se localizam, e também no Conselho Consultivo de cada Floresta Nacional, bem como a disponibilização de informações decorrentes do processo licitatórios e dos contratos de concessão firmados, no website do SFB.

Além destes instrumentos, o Serviço Florestal Brasileiro atenderá demandas de acesso a informações por meio da Plataforma Fala.BR (Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação), do Governo Federal.

Legislação

As concessões florestais são regidas pela Lei n. 11.284/2006, conhecida como Lei de Gestão de Florestas Públicas, que permite ao Poder Público conceder a permissão para pessoas jurídicas realizarem o manejo florestal sustentável a fim de extrair produtos madeireiros e não madeireiros, além de ofertar serviços de turismo.

Podem se tornar concessionárias empresas, cooperativas e associações de comunidades locais, que são selecionadas por processo de concorrência (licitação) pública.

Em contrapartida ao direito de manejar a área, as concessionárias realizam periodicamente pagamentos ao governo, decorrentes da produção florestal realizada, mediante regras definidas no contrato firmado. O Serviço Florestal Brasileiro acompanha a execução dos contratos.

Sobre o projeto de Concessão Florestal Sul

O projeto faz parte de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para a prática do manejo florestal e silvicultura de espécies nativas para exploração de produtos madeireiros, não madeireiros e serviços nas Florestas Nacionais de Três Barras (PR), Irati (SC) e Chapecó (SC). 

Este projeto visa assegurar a restauração e a conservação das florestas públicas por meio de parcerias público-privadas, promovendo a conservação e geração de benefícios sociais, ambientais e econômicos. Para estruturação do processo de concessão florestal, o BNDES conta com o auxílio do Consórcio FGV-STCP-MANESCO, contratado através de concorrência pública para a elaboração dos estudos e serviços técnicos.

Fonte: BNDES
Foto: Anthony Freitas

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Com investimentos de R$ 1 Bilhão, WestRock inaugura maior fábrica de papel kraft da América Latina

Em mais uma etapa do plano estratégico de ampliar o seu negócio integrado de embalagens de fibra natural no Brasil, a WestRock, líder global em soluções únicas e sustentáveis, encerra o projeto de expansão da Fábrica de Papel de Três Barras (SC) e passa a ter a maior fábrica de papel kraft da América Latina. O investimento de cerca de U$ 345 milhões visa um aumento de mais de 40% da capacidade de produção que passará a fabricar mais de 1.900 toneladas da linha de papéis de alta performance HyPerform por dia.

A produção irá abastecer todo o negócio integrado de embalagens de fibra natural da WestRock, nas quatro unidades de papelão ondulado em Blumenau (SC), Porto Feliz e Araçatuba (SP) e Pacajus (CE), estrategicamente localizadas para atender as demandas de seus clientes em todo o País. Com o investimento, a empresa também mira no mercado de papel kraft de alta performance para exportação, sobretudo para a América Latina.

“A Expansão da nossa Fábrica para ser a maior fábrica de Papel Kraft da América Latina, faz parte de um planejamento de longo prazo e está totalmente relacionada aos investimentos anteriores que realizamos, como o da mega planta de Embalagens de Papelão Ondulado de Porto Feliz (SP). Esses investimentos visam, no final do dia, nada mais do que atender ao nosso propósito: impulsionar os negócios de nossos clientes com soluções únicas e sustentáveis. Não tenho receio em afirmar que estabeleceremos novos parâmetros em relação à eficiência e à produtividade, aliados sempre a entrega de produtos diferenciados, com a mais alta qualidade disponível no mercado” explica Jairo Lorenzatto, presidente da WestRock no Brasil.

Os investimentos na Fábrica de Papel WestRock de Três Barras são focados em inovação de processos e equipamentos, e foram direcionados, principalmente, para ampliação e otimização dos recursos industriais antes existentes, incluindo a instalação de novo pátio de madeira, ampliação das linhas de celulose, novas caldeiras de força de recuperação e ampliação e modernização das máquinas de papel, além da instalação de equipamentos de suporte a produção.

Vinicius Soares, Vice-presidente de Vendas, Marketing e Inovação dos Negócios de Papel e Papelão Ondulado da WestRock Brasil, pontua que a expansão vai garantir a disponibilidade das linhas diferenciadas de papéis oferecidas pela WestRock, cada vez mais demandada pelos clientes e parceiros. “Crescer com nossos clientes, entregando as melhores e mais sustentáveis soluções em embalagens está no centro de nosso propósito. Os investimentos na Expansão da Fábrica de Papel de Três Barras, resultam em maior capacidade, otimização, e em uma cadeia de suprimentos ainda mais confiável”.

Os papéis kraft HyPerform são produzidos a partir de fibras naturais, tanto as virgens de eucalipto e pinus, vindas das altamente produtivas e duplamente certificadas operações Florestais em Santa Catarina e Paraná, quanto as fibras pós consumo, vindas da Economia Circular. Tudo de forma cíclica e Responsável. Os papéis possuem qualidade superior: a melhor resistência por gramatura, a melhor uniformidade em perfis de gramatura, espessura e umidade. Juntas, essas características conferem ganhos de desempenho significativos no processo de produção nas linhas de embalamento dos clientes.

E, para entregar um produto de qualidade e que promova o menor impacto ao meio ambiente, a expansão utilizou em sua concepção, os princípios de circularidade e dos 5Rs® de Sustentabilidade WestRock (Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Regenerar) para ser ainda mais sustentável. A autogeração de energia, por exemplo, saltou de 55% para 85%, fator crítico, especialmente em meio à crise energética que o País enfrenta. Para isso, os combustíveis de origem renovável, como a biomassa, proveniente das operações de florestas plantadas, e o licor preto, um resíduo da fabricação da celulose, são utilizados para a geração de energia. Os benefícios também se traduzem na redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Nossos clientes sabem que a WestRock é comprometida com a otimização das suas operações por meio da redução dos seus riscos e de seus custos operacionais, e na entrega de uma proposta de valor essencialmente sustentável.

Utilizando como principal matéria prima o HyPerform, nossas embalagens são também mais leves, e com resistência superior, demandando menos recursos naturais.” destaca Lorenzatto. Características fundamentais para atender indústrias e mercados que buscam atingir metas de melhoria de sustentabilidade quanto ao uso de recursos e substituição de embalagens que não sejam biodegradáveis.

fonte:  DataMark 
foto: West Rock

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Brasil pode gerar até US$100 bilhões em receitas de créditos de carbono

Esses sinais acendem um alerta urgente e direcionam as discussões e políticas públicas em torno do combate às mudanças em curso, sobretudo em um ano tão importante e decisivo, com a realização da 26ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, que acontece em novembro.

Diante deste contexto, a ICC Brasil, capítulo nacional da maior organização empresarial do mundo, em parceria com a WayCarbon, maior consultoria estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança do clima na América Latina, desenvolveram um estudo inédito sobre as oportunidades para o Brasil em mercados de carbono. Com o apoio da Suzano, Microsoft, Shell, Natura, Bayer e bp, as instituições apuraram que o potencial de geração de receitas com créditos de carbono até 2030 para o Brasil ficaria em torno de US$493 milhões e US$ 100 bilhões. Isso equivaleria a 1 gigaton (1bi de toneladas de CO2 equivalentes) ao longo da próxima década para os setores de agro, floresta e energia.

Hoje, há um registro acumulado de mais de 14,5 mil projetos de crédito de carbono ao redor do globo, que corresponderam à geração de quase 4 gigatons de tCO2 de créditos até 2020.

Mercado e oportunidades

O crédito de carbono é um instrumento econômico que visa a diminuição dos gases de efeito estufa, que provocam o agravamento das mudanças climáticas. Esses créditos fazem parte de um mecanismo de flexibilização, que auxilia os países ou empresas que possuem metas de redução de emissão de gases de efeito estufa a alcançá-las de forma mais custo efetiva. A cada tonelada reduzida ou não emitida desses gases, gera-se um crédito de carbono. Assim, quando um país ou empresa consegue reduzir a emissão, a depender das metodologias envolvidas, ele recebe um crédito.

O estudo aponta que, na próxima década, o Brasil tem potencial para suprir de 5% a 37,5% da demanda global do mercado voluntário e de 2% a 22% da demanda global do mercado regulado no âmbito da ONU. E, até mais, considerando as políticas públicas, nos mecanismos do artigo 6, gerando as receitas de 100 bilhões de dólares.

Visto a oportunidade de atuação nos mercados de carbono globais e o destaque para os setores agropecuário, florestal e energético, entende-se que há um caminho a ser percorrido pelo governo brasileiro e pelo setor privado a fim de destravar e alavancar tais oportunidades de geração de receita, renda, saúde e bem-estar social. O estudo traz mais de 10 recomendações essenciais, mas há dois passos que são chave.

O primeiro é entender os mercados de carbono como potencial de destravar oportunidades financeiras para planos de recuperação econômica e aceleração do?crescimento sustentável da economia brasileira e o segundo, desenvolver sistemas de monitoramento, relato, verificação e redução de emissões robustos que abarquem todos os setores produtivos da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) brasileira.

Fonte: O Jornal 

Foto: Eldorado Brasil

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Suzano já tem 975 mil hectares de áreas conservadas

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, atingiu a marca de 975 mil hectares de áreas destinadas conservação. Essas áreas hoje representam cerca de 40% dos 2,38 milhões de hectares mantidos pela companhia, entre áreas de plantio e de conservação.

A preservação de áreas nativas faz parte do dia a dia da Suzano. Uma das metas de longo prazo da companhia, também conhecidas como “Compromissos para Renovar a Vida”, é conectar até 2030 um total de meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a preservação nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia – o que equivale a quatro vezes a cidade do Rio de Janeiro.

Além das áreas de conservação, a Suzano mantém aproximadamente 1,3 milhão de hectares de florestas plantadas de eucalipto e planta em torno de 460 mil mudas por dia, incluindo eucalipto e árvores de mata nativa. A partir dessas árvores, são fabricados diversos produtos que estão no dia a dia de mais de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo, desde produtos de higiene e embalagens de alimentos e medicamentos, até roupas, combustíveis e produtos para pets.

“O desenvolvimento de novos produtos de origem renovável, reciclável e biodegradável é fundamental para uma sociedade que, felizmente, está cada vez mais atenta às questões ambientais. Nesse sentido, temos evoluído cada vez mais em direção à bioeconomia a partir de novas aplicações da nossa matéria-prima, ou seja, as árvores plantadas”, diz Pablo Machado, diretor executivo para China e, atualmente, também responsável pela área de Sustentabilidade da Suzano. “Hoje, ao comemorarmos o Dia da Árvore, reforçamos o nosso Propósito Organizacional de ‘Renovar a Vida a partir da Árvore’, cientes do importante papel que ela ocupa na construção de um futuro mais sustentável”, completa o executivo.

Além do compromisso com a conservação da biodiversidade, a companhia tem como meta ofertar 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável desenvolvidos a partir da biomassa, para substituição de derivados de origem fóssil, como produtos plásticos. Para alcançar esse resultado, a Suzano desenvolve uma série de soluções pautadas no conceito da inovabilidade, ou seja, a inovação a serviço da sustentabilidade, ampliando a utilização de sua base florestal em soluções que vão além do papel e da celulose.

O portfólio diversificado da companhia inclui uma série de linhas, como Bluecup Bio® e Loop®, papéis para copos 100% biodegradável e canudos, respectivamente; Ecolig®, utilizada para aplicações industriais de alta performance; Eucafluff®, focada nas aplicações em produtos absorventes e de higiene pessoal descartáveis, como fraldas e absorventes feminino; além de celulose microfibrilar utilizada para produzir a primeira fibra têxtil sustentável do mundo, entre muitas outras. Sem contar, obviamente, a celulose, matéria-prima de todos esses produtos, e de uma ampla linha de papéis e de embalagens.

A evolução das iniciativas da companhia a favor da sustentabilidade e das áreas de conservação, além de seus Compromissos para Renovar a Vida, podem ser acompanhados no site https://centraldeindicadores.suzano.com.br/metas-de-longo-prazo/ .

Fonte: Imprensa Online

Foto: Google

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